o cortiço-aluísio de azevedo

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Discentes:

Carine Santos Jaqueline Lima Lucas Rodrigues Moacy Júnior Rafael Henrique

Docente:

Soliane Souza

ALUISIO AZEVEDO, viveu entre 1857 e 1913, em um período de profundas mudanças , como a abolição da escravidão e a instalação da Republica. A denuncia das mazelas sociais e o engajamento na defesa dos menos favorecidos constituem aspectos marcantes de sua obra. Inaugurador do naturalismo brasileiro destacou-se pela maestria no enfoque de aglomerados humanos colocando pela primeira vez na nossa literatura a gente humilde do povo brasileiro em primeiro plano.

Principais obras de Aluísio de Azevedo

O Cortiço, Aluísio de Azevedo

Foco Narrativo

Narrado em 3ª pessoa, a obra tem um narrador onisciente que se situa fora do mundo narrado e/ou descrito. Há um total distanciamento entre o narrador e o mundo ficcional, por vezes no cortiço de João Romão, outras no sobrado de Miranda. Como o narrador exerce a onisciência, por vezes sua fala se confunde com a dos personagens, principalmente com João Romão, por meio do discurso indireto livre. Há o predomínio na narrativa do discurso indireto livre, o que permite ao autor revelar o pensamento das personagens.

Contexto Histórico

A segunda metade do século XIX é caracterizado pela consolidação do poder da burguesia, o materialismo e o crescimento do proletariado.

Características da escola

Zoomorfismo; “[...] Da porta da venda que dava para o cortiço iam e vinham como formigas; fazendo compras.”

Determinismo; “E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.”

As determinações da raça;

“(...) Rita, volúvel como toda mestiça, não guardava rancores, e, pois, desfez-se em obséquios com a família do amigo. (...)” (p.179)

As determinações do meio;

“Ela [Piedade] ergueu-se finalmente, foi lá fora ao capinzal, pôs-se a andar agitada, falando sozinha, a gesticular forte. E nos seus movimentos de desespero, quando levantava para o céu os punhos fechados, dir-se-ia que não era contra o marido que se revoltava, mas sim contra aquela amaldiçoada luz alucinadora, contra aquele sol crapuloso, que fazia ferver o sangue aos homens e metia-lhes no corpo luxúrias de bode. (...)” (p.158)

Personagens;

Pobres: pretos,mulatos e brancos,que são moradoresdo cortiço;

Ricos: portuguesesenriquecidos, quemoram no sobradoao lado do cortiço.

João Romão

Um capitalista, representa o capitalista explorados. Ele é um português que vem para o Brasil com intuito de enriquecer de maneira exacerbada. Vive juntamente com Bertoleza;

"...deixando de pagar todas as vezes que podia e nunca

deixando de receber, enganando os fregueses roubando

nos pesos e nas medidas...."

Bertoleza

Uma escrava que pensa ter comprado a sua liberdade e que representa o trabalhador escravo;

Miranda

Um português que no "O cortiço" representa a burguesia e que no mesmo mora num sobrado ao lado do cortiço;

".....o Miranda pilhou-se em flagrante delito de adultério; ficou furioso e o seu primeiro impulso foi manda-la para o diabo junto com o cúmplice; mas a sua casa comercial garantia-se com o dote que ela trouxera...."

Jerônimo Um outro português que vem para o

Brasil, representa um trabalhador bastante disciplinado;

" ..... grande seriedade do seu caráter e a pureza austera dos seus costumes..."

Zulmira

Filha de Miranda e Estela; Sofre por representar o fruto dessa

relação; Vivia para satisfazer a vontade do

pai;

"....pálida, magrinha , com pequeninas manchas roxas nas mucosas do nariz, das pálpebras e dos lábios(...) olhos grandes, negros, vivos e maliciosos."

D. Estela

Adultera; Presunçosa.

"..... senhora pretensiosa e com fumaças de nobreza..."

Pombinha

Amiga; Inteligente; Pura.

" A filha era flor do cortiço (...) Moça bonita, posto que

enfermiça nervosa ao último ponto: loura muito pálida,

com uns modos de menina de boa família."

Léonie

Prostituta; Independe dos homens.

"... com suas roupas exageradas e barulhentas de cocote à francesa, levantava rumor lá ia e punha expressões de assombro em todas as caras."

Botelho

Antipático; Parasita

"... via-se totalmente sem recursos e vegetava à sombra do Miranda ..."

Piedade

Uma portuguesa mulher de Gerônimo, representa a típica mulher europeia, submissa, honesta, trabalhadora;

"Piedade merecia bem o seu homem, muito diligente, sadia, honesta, forte, bem acomodada com tudo e com todos, trabalhando de sol a sol e dando sempre tão boas contas da obrigação, que seus fregueses de roupa, apesar daquela mudança para Botafogo, não a deixaram quase todos."

Rita Baiana

Uma mulata sensual que vem morar no cortiço, representa a mulher brasileira, alegre, assanhada, Dançarina;

" E toda ela respirava o asseio das brasileiras e um odor sensual de trevos e plantas aromáticas. Irrequieta, saracoteando o atrevido e rijo quadril baiano, respondia para a direita e para a esquerda, pondo à mostra um fio de dentes claros e brilhantes que enriqueciam a sua fisionomia com um realce fascinador".

Firmo

Gastador; Galanteador; Charlatão; Presunçoso

"... era um mulato pachola, delgado de corpo ágil como um cabrito; capadócio de marca, pernóstico, só de maçadas, e toso ele se quebrando nos seus movimentos de capoeira."

Cortiço“Eram cinco horas da manhã e o cortiço

acordava, abrindo, não os olhos, mas sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem de uma assentada sete horas de chumbo”.

Papel das mulheres no Cortiço

Estela: entediada com a monotonia de seu casamento, se prostitui, inclusive para o próprio marido;

Pombinha: de menina pura se transforma em cobra; larga o marido e cai na prostituição;

Leónie: senhora das prostitutas; arrebanha novas parceiras;

Rita Baiana: com seu jeito brasileiro e sensual de ser, seduz Jerônimo, destruindo seu casamento com Piedade;

Augusta: arranja barriga fora do casamento para se tornar ama-de-leite e lucrar com isso.

Desfeche da obra; À cena trágica do suicídio de Bertoleza, que se nega a voltar a seus donos, segue uma cena de intensa ironia: um grupo de abolicionistas chega à casa de João Romão para entregar-lhe um diploma de sócio benemérito.

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