nutrição e eficiência reprodutiva de vacas leiteiras · maior ingestão de energia resulta em...

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Nutrição e Eficiência

Reprodutiva de Vacas

Leiteiras

Profa. Ricarda Maria dos Santos

FAMEV – Universidade Federal de Uberlândia

Por que devemos nos

preocupar com “Eficiência

Reprodutiva”?

Eficiência Reprodutiva X Retorno Econômico

O desempenho reprodutivo:

# produção de leite por dia de vida útil da vaca

# número de animais de reposição

# redução de custos

# evolução do rebanho

É fácil fazer

uma vaca ficar

gestante?

Calving

Calving

Uterine

involution

Resumption

of ovarian

cycles

Ovulation of

quality oocyte

with oestrus

Conception

Implantation

Maintenance

of pregnancy

342-380

10-30

0

20-40

60-90

76-106

Days after calving

EBal

Insulin High Low

P4

PGF2α

21-d cycles High

High 21-d pulses Suppressed

Increasing

30-60

Implantação

Involução

Uterina

Retomada

dos ciclos

ovarianos

Parição

Insulina

Ovulação de

ovócito de

qualidade

c/ estro

Concepção

Manutenção

da prenhezAlta

Parição

Aumentando

Baixa

Ciclos 21 dias

Ciclos 21 pulsos

Alta

SuprimidaAlta

Dias após parição

BE

Introdução

(Garnsworthy, 2008)

Qual o Principal Problema

Nutricional das nossas

vacas?

Introdução

Qual o Principal Problema

Nutricional das nossas

vacas?

BEN

Introdução

Quando começa o manejo

reprodutivo da vaca de leite?

Depois do Parto

Na secagem

Na lactação anterior

Na primeira IA pós-parto (Depois do PVE)

Introdução

No nascimento

Produção de Leite X Ingestão de MS X Peso Corporal

Dias em lactação

Vacas de alta produção foram geneticamente selecionadas para direcionarem uma

fração ainda maior de suas reservas de energia para a produção de leite (Coffey et al.

2004).

Maior ingestão de energia resulta em produção mais elevada de leite, sem benéfico

sobre o ganho de peso (Patton et al. 2006).

Anestro

Efeitos da BEN:

•Doenças Periparto - Saúde Uterina

•Atraso na Ciclicidade

•Concepção

•Perda Precoce de Gestação

Anestro

Início da lactação = BEN (consumo x produção de leite)

BEN – inicia dias antes da parição

BEN pós-parto X Desempenho reprodutivo

Anestro

BEN - principal fator nutricional relacionado à baixa fertilidade

das vacas leiteiras.

BEN = anestro pós-parto e baixa concepção.

Fundamental manter o consumo energético do período pré-parto

até a parição e aumentar o consumo rapidamente no período

posterior para reduzir o BEN e os efeitos prejudiciais nas funções

ovariana e hepática.

BEN pós-parto X Desempenho reprodutivo

Anestro

Importância do Pré-parto?

Anestro

MagraModeradaGorda

DIAS PRÉ-PARTO

IMS

, (%

PV

)

Ingestão de matéria seca em vacas e novilhas de diferentes condições corporais

nas últimas 3 semanas antes do parto (Grummer, 1999).

Anestro

IMS

21 d

ias

s-p

art

o (

% P

V)

IMS 1 dia pré-parto (% PV)

Relação entre IMS 1 dia antes do parto e 21 dias pós-parto (Grummer, 1998; r=0,54)

Anestro

ECC x BEN

A estratégia mais bem sucedida para minimizar o BEN é

a monitoramento do ECC ao parto, o que influencia o

consumo e a produção de leite pelo restante da lactação,

porém o ECC deve ser manipulado até o final da lactação

para assegurar que a vaca tenha na secagem o ECC

desejado no parto.

Alto ECC ao parto exacerba os problemas de BEN.

Anestro

Como sabemos se uma vaca em BEN ?

A vaca em BEN perde peso

Como avaliar ?

Escore da Condição Corporal

ECC 2,0 ECC 2,5

Anestro

ECC 3,0 ECC 3,5 ECC 4,0

A avaliação do escore da condição corporal, observando apenas

a garupa da vaca é prática e rápida (Maciel, 2006).

Escore da Condição Corporal

Anestro

Quando avaliar o ECC?

Secagem e Pré-parto

Ao parto

Início da Lactação

Período de Serviço

Doenças Periparto

Chapinal et al. (2010)

Ocorrência de doença de acordo com a semana do pós-parto

Santos et al. (2010)

Doenças Periparto x Ciclicidade

Atraso na primeira ovulação reduz a taxa de prenhez durante a lactação

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

0 50 100 150 200 250 300 350 400

Dias Pós-parto

Po

rcen

tag

em d

e V

aca

s G

esta

nte

s

1a Ovulação antes dos 50 DEL (n = 44)

1a Ovulação depois dos 50 DEL (n = 25)

Butler (2001)

AnestroDoenças Periparto x Ciclicidade

Santos et al. (2009)

Doenças Periparto x Ciclicidade

Santos et al. (2009)

Doenças Periparto x Prenhez

(Ribeiro et al. 2016)*Efeito aditivo

Santos et al. (2009)

Doenças Periparto x Perda de Gestação

(Ribeiro et al. 2016)

Bisinotto et al. (2012)

Doenças Periparto x Embrião

Bisinotto et al. (2012)

Doenças Periparto x Embrião

(Ribeiro et al. 2016)

(Ribeiro et al. 2016)

(Ribeiro et al. 2016)

Bisinotto et al. (2012)

Doenças Periparto x Embrião

Bisinotto et al. (2012)

Doenças Periparto x Embrião

Doenças Periparto x Embrião

(Ribeiro et al. 2016)

(Ribeiro et al. 2016)

Doenças Periparto x Receptoras

Doenças Periparto x Concepção

Bisinotto et al. (2012)

Doenças Periparto

• Prevalência de doenças no início da lactação é alta

• Doenças são associadas com redução de fertilidade

• Decréscimo da fertilidade é observado em todas as fases da

gestação

• redução da qualidade embrionária no dia 6

• redução da prenhez no dia 15

• redução da prenhez no dia 30

• aumento da perda de gestação

Nossas vacas mestiças

tem doença uterina no

pós-parto?????

Endometrite Clínica/ SVP

Como diagnosticar??

Metricheck

Mão Enluvada

Incidência de Endometrite Clínica / SVP em vacasleiteiras mestiças

Endometrite Clínica/ SVP

(Jesus et al., 2010)

Endometrite Subclínica/Endometrite Citológica

Como diagnosticar???

Método: “cytobrush” endometrial;

Efeitos do parto, escore de condição corporal, presença de corpo lúteo, dias pósparto e ordem de lactação na incidência de endometrite citológica em vacasleiteiras mestiças

Estação do parto

Primavera/Verão

Outono/Inverno

Escore de condição corporal

<2,50

≥ 2,50

Presença de Corpo Lúteo

Sem Corpo Lúteo

Com Corpo Lúteo

Dias pós-parto

30-39 dias

40-49 dias

50-59 dias

Acima de 60

Ordem de Lactação

Primeira

Segunda

Terceira ou mais

Incidência de endometrite citológica

30,30 (20/66)

22,64 (24/106)

31,53 (35/111)

14,75 (09/61)

33,33 (21/63)

21,10 (23/109)

27,59 (08/29)

26,67 (20/75)

25,53 (12/47)

19,05 (04/21)

29,73 (11/37)

31,82 (14/44)

20,88 (19/91)

Valor de PVariável

0,248

0,042

0,144

0,799

0,526

Endometrite Subclínica = Endometrite Citológica

(Carneiro et al, 2012)

Cumulative Proportion Surviving (Kaplan-Meier)

20 40 60 80 100 120 140

DAYS AFTER PARTURITION

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

NO

N-P

RE

GN

AN

T C

OW

S

NEGATIVE POSITIVE

(Carneiro et al., 2014)

Endometrite Subclínica = Endometrite Citológica

Vacas mestiças

A taxa de prenhez foi menor em vacas com endometrite subclínica(P<0,001). A média de dias abertos para as vacas com endometritesubclínica foi de 206 e para as vacas sem endometrite subclínica foi de118 (Gilbert et al., 2005).

Endometrite Subclínica = Endometrite Citológica

(Dubuc et al., 2011)

Endometrite Subclínica vs. Endometrite Clínica/SVP

Retenção de Placenta

Rezende et al. (2013)

Retenção de Placenta

Rezende et al. (2013)

Retenção de placenta Prevalência de endometrite subclínica (n) P-Valor

Presente 35,82% (24/67)

0,100

Ausente 26,07% (103/395)

Retenção de placenta X Endometrite subclínica em vacas

leiteiras mestiças.

(Rossini et al. 2015)

Variável

Patologia

Retenção de placenta (n) Endometrite subclínica(n)

Tipo de Parto

Distócico 68,42% (13/19) 42,10% (08/19)

Eutócico 12,19% (54/443) 26,86% (119/443)

P-Valor 0,0001 0,152

Estação do Parto

Chuvosa 15,67 (34/217) 35,48 (77/217)

Seca 13,47 (33/245) 20,41 (50/245)

P-Valor 0,503 0,001

Prevalência de retenção de placenta e de endometrite subclínica em vacas leiteiras

mestiças de acordo com o tipo de parto e a estação do ano do parto.

(Rossini et al. 2015)

Efeito da ocorrência de retenção de placenta, endometrite subclínica ou ambas as

patologias em vacas leiteiras mestiças sobre o, número de inseminações por

concepção, o período de serviço e a taxa de descarte.

(Rossini et al. 2015)

Patologia (n)Número de IA/concepção

(Média ± EPM)

Período de serviço

(Média ± EPM)

Taxa de

Descarte (%)

Sem patologia (275) 2,47 ± 0,118 131,68 ± 4,55 5,82

Retenção de Placenta (37) 3,11 ± 0,371 173,10 ±13,90 13,95

Endometrite Subclínica (96) 2,45 ± 0,207 129,80 ± 8,35 6,80

Ambas (17) 3,71 ± 0,623± 187,10 ± 18,10 29,17

P-Valor 0,03 0,001 0,009

Resumindo:

Vaca que parem em boa ECC e não perdem muito peso

Ciclam mais cedo

Tem melhor saúde uterina

Produzem ovócitos e embriões de melhor qualidade

Emprenham mais cedo

Obrigada!Ricarda.santos@ufu.br

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