notas oit 5_trabalho doméstico
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8/2/2019 Notas OIT 5_Trabalho Domstico
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Notas OIT
Notas OIT /O Trabalho Doms tico Re munerado na Amrica Latina e Ca ribe
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Organizao Internacional do Traba lho
Equipe de Trabalho Decente pa ra os pases do Cone Sul.Programa sobre Condies de Trabalho e Emprego (TRAVAIL)Esta s rie de Notas OIT foi rea lizada com o a poio do governo de Luxemburgo
Copyright Organizao Internacional do Trabalho 2011
Uma referncia importante para a qualidade do emprego a duraoda jornada de trabalho. Sua regulamentao, assim como a dos perodosde descanso, includas frias e feriados, fundamental para o bemestar e a segurana das pessoas que trabalham. Para as trabalhadorasdomsticas, essa regulamentao indispensvel, pois suas jornadasso geralmente longas e intensas, com freqncia sem regras que aslimitem.
A organizao do tempo de trabalho e de descanso - garantida por leiatravs do estabelecimento de uma jornada mxima legal e seuscorrespondentes descansos dirios e semanais - permite quetrabalhadores e trabalhadoras se recuperem fsica e mentalmente deseu trabalho, desenvolvam diferentes atividades e respondam a outrasresponsabilidades de sua vida. A regularidade da jornada e das horaslivres garante a possibilidade de prosseguir com os estudos ou de estarpresente em atividades de filhos ou familiares. As trabalhadorasdomsticas tambm enfrentam a necessidade de cuidar de sua prpriafamlia, mas no contam com alternativas dada a insuficincia dosservios pblicos na maioria dos pases da regio.
As trabalhadoras domsticas da Amrica Latina e Caribe vivem umadifcil realidade: suas jornadas de trabalho so mais longas emcomparao com o restante da fora de trabalho.
Para aquelas que trabalham por dia ou por hora, o trabalho maisintenso, j que devem responder por uma grande quantidade de tarefasem uma nica jornada ou em algumas horas. Raramente conseguemter a semana ou o ms de trabalho completos, alternando assim perodosde atividade muito intensos com jornadas sem trabalho remunerado.
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1. O texto completo de ambas pode ser consultado em espa nhol em: Conveno - http:// www.ilo.org/ ilolex/spanish/ convdisp1.htme Recomenda o - http:// www.ilo.org/ ilolex/english/ recdisp1.htme em portugus em http:// www.oitbrasil.org.br/ sites/ default/ files/ tapec/ housework/ doc/ trabalho_domestico_nota_5_565pdf
Fonte: Legislaes nacionais e Valenzuela e Mora (2009). Trabajo domestico: un largo camino hacia el trabajo decente. Santiago: OIT.Elaborao: OITNotas: (1) Argentina: Aplica-se a todas as pessoas empregadas no servio domstico que dormem no emprego.Obs.: "No se menciona este ponto" no significa que necessariamente o regime normal possa cobrir o vazio. possvel que opere
simplesmente a falta de regulao dando espao a usos e costumes que nem sempre beneficiam a trabalhadora. (Valenzuela e Mora,2009, p.35)
Desc ans os diriosPases J ornada definida
Argentina (1)
Brasil
Bolvia
Descanso noturno de 9hDescanso dirio de 3h entre as tarefas matutinase as vespertinas
No se menciona este ponto
Descanso em feriado, 2h/dia
12h (quando dormem no emprego) e descansode 1h/dia que pode ser includo na jornada
No se menciona este ponto
8h dirias e 44 horas semanais
Colmbia
Costa Rica
10h dirias No se menciona este ponto
1 hora de intervalo
No se menciona este ponto
Descanso dirio de 12h dirias(10h noturnas e 2h para refeies)
Equador
El Salvador
No se menciona este ponto
No est sujeita a horrio
8h dirias - diurno, 6 h dirias - noturno. 48h semanaisdiurnas e 36h semanais noturnas
Nicargua
Panam
Paraguai
Peru
Repblica Dominicana
Trinidad e Tobago
Uruguai
Venezuela
No se menciona este ponto
No est sujeita a horrio
No se menciona este ponto
8h dirias, 48h semanais
No est sujeita a horrio
44h (distribudas por 6 dias)
8h dirias , 44h semanais
No est sujeita a horrio (dormem no emprego)
Descanso dirio de 12h
Das 21:00h s 6:00h
Descanso dirio de 12h
No se menciona este ponto
Descanso dirio de 9h
No se menciona este ponto
9h contnuas noturno (quando dormem no emprego)
Descanso dirio de 10 h
Guatemala No est sujeita a horrio Descanso dirio de 10h dirias(8h noturnas e 2h para refeies)
Honduras No se menciona este ponto Descanso dirio de 10h(8 noturnas e 2h para refeies)
Mxico No se menciona este ponto Direito a descanso "durante a noite e repousopara tomar seus alimentos"
por isso que a Conveno sobre Trabalho Decente para Trabalhadoras e Trabalhadores Domsticos, 2011 (n189) e aRecomendao n201, que a acompanha, tratam o tema da jornada de trabalho com especial ateno. A adoo doConveno e da Recomendao na 100 Conferncia Internacional do Trabalho da OIT, em 16 de junho de 2011, umavano histrico em direo a um trabalho decente para as trabalhadoras domsticas1.
As longas horas de trabalho, o trabalho noturno, o escasso tempo de descanso e de frias representam uma ameaa ao
bem estar das trabalhadoras domsticas. Desde a adolescncia e juventude at a idade adulta, as mulheres no serviodomstico esto sobrerrepresentadas entre aqueles que trabalham jornadas superiores a 48 horas semanais, apesar da
jornada legal ser de 44 horas semanais em muitos pases.
Ainda, na maioria dos pases, a legislao de trabalho permite jornadas mais extensas ou no estabelece limites ao horriodo trabalho domstico remunerado, exigindo somente uma jornada mnima de descanso. Para as que vivem no domiciliode seu empregador ("puertas adentro", "sin retiro" ou "cama adentro"), a jornada de trabalho muitas vezes contnua, poisno raro que tenham que estar disposio de seus empregadores para alguma tarefa a qualquer momento do dia oumesmo noite.
Geralmente, o horrio de trabalho das domsticas se estende para alm do que foi acordado e no tem uma definioclara de incio e final, contando com descansos semanais curtos e/ou irregulares. Da mesma forma, os feriados e diasreligiosos muitas vezes no so considerados para elas. Nas legislaes nacionais, em geral, o descanso semanal de
um dia por semana e, em alguns pases da regio, se menciona uma durao de 24 horas, por vezes com referncia aque seja aos domingos. Exceto pelo Uruguai e Bolivia, os pases no determinam a remunerao devida por horas extrasou de trabalho noturno destas trabalhadoras.
Tambm com frequncia, as frias tm durao inferior s do conjunto dos trabalhadores dos pases ou no esto referidasna legislao nacional. De toda forma, este um dos direitos das trabalhadoras domsticas que menos se cumpre.
12h dirias (quando no dormem no emprego). Quando vivemna casa do empregador, no esto sujeitas a horrio.
10h dirias (quando no dormem no emprego) 8h dirias(quando dormem no emprego)Chile (2)
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Fonte: Legislaes nacionais e Valenzuela e Mora (2009). Trabajo domestico: un largo camino hacia el trabajo decente. Santiago: OIT.Elaborao: OITNotas: (1) Argentina: Aplica-se a todas as pessoas empregadas no servio domstico que dormem no emprego.
Obs.: "No se menciona este ponto" no significa que necessariamente o regime normal possa cobrir o vazio. possvel que operesimplesmente a falta de regulao dando espao a usos e costumes que nem sempre beneficiam a trabalhadora. (Valenzuela e Mora,2009, p.35)
Pases Frias
Chile
Colmbia
Costa Rica
Equador
El Salvador
Guatemala
10 dias teis (1-5 anos trabalhados) / 15 dias teis (5-10 anos) / 20 dias teis (superior a 10 anos de antiguidade)
30 dias por ano trabalhado (includo direito a abono de pelo menos 1/3 da remunerao normal, alm do salriomensal)
1, 2, 3 semanas, 1 ms, anuais, segundo o tempo de servio
15 dias teis, mais 1 dia adicional a cada 3 anos, depois de 10 anos de trabalho para um ou mais empregadores
No se menciona este ponto
15 dias de frias anuais e/ou frao correspondente
15 dias por ano
No se menciona este ponto
No se menciona este ponto
Argentina
Brasil
Bolvia
Mxico
Nicargua
Honduras Se menciona o direito a frias remuneradas, mas no se desenvolve (o regime geral estabelece 10,12,15 ou 20dias de frias ao ano, segundo o tempo de servio)
No se menciona este ponto
No se menciona este ponto
Paraguai
Peru
R. Dominicana
Trinidad e Tobago
Uruguai
Venezuela
Se menciona o direito a frias remuneradas mas no se desenvolve (o regime geral estabelece 30 dias a cada11 meses)
12, 18 ou 30 dias/ano segundo o tempo de servio
15 dias/ano e/ou frao correspondente
2 semanas a cada ano
2 semanas depois de 12 meses trabalhados
20 dias teis, depois de 5 anos se agrega um dia, e, em seguida, a cada 4 anos se agrega outro dia adicional
15 dias de frias anuais
A Conveno n 189 assinala, em seu Artigo 7, que os trabalhadores e trabalhadoras devem ser informados sobre suas
condies de emprego de forma adequada, verificvel e facilmente compreensvel. Devem constar em seus contratos otipo de trabalho a realizar, horas normais de trabalho, frias anuais remuneradas e perodos de descanso dirios e
semanais.
Ainda, estabelece que todo pas membro dever adotar medidas para assegurar a igualdade de tratamento entre ostrabalhadores domsticos e os trabalhadores em geral, em relao s horas normais de trabalho, compensao dashoras extraordinrias, os perodos de descanso dirios e semanais e s frias anuais remuneradas, em conformidade
com a legislao nacional ou com convenes coletivas, tendo em conta as caractersticas especiais do trabalho domstico.
O perodo de descanso semanal dever ser de ao menos de 24 horas consecutivas e os perodos durante os quais ostrabalhadores domsticos no dispem livremente de seu tempo e permanecem disposio do empregador devero
ser considerados como horas de trabalho, tal como determinem a legislao nacional ou as convenes coletivas ouqualquer outro mecanismo em conformidade com a prtica nacional (Artigo 10).
No mesmo sentido, aponta para que os pases assegurem aos trabalhadores e trabalhadoras domsticas residentes nodomiclio para o qual trabalham que no sejam obrigados a permanecer ou a acompanhar a membros do domiclio duranteos perodos de descanso dirios e semanais ou durante as frias anuais (Artigo 9).
Panam
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. OIT, 2009 Trabajo Decente para los trabajadores domsticos Informe IV (1) (OIT, Ginebra)
. OIT, 2010 Trabajo Decente para los trabajadores domsticos Informe IV (2) (OIT, Ginebra)
. Valenzuela, Mara Elena y Claudia Mora (ed.) Trabajo domstico: un largo camino hacia el trabajo decente. Santiago: OIT, 2009
REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS
Os pases deveriam prestar especial ateno s necessidades dos trabalhadores domsticos menores de 18 anos e maiores doque a idade mnima para o trabalho definida na legislao nacional, e adotar medidas para proteger-los, limitando estritamenteseus horrios de trabalho, para assegurar que disponham do tempo adequado para descanso, educao ou formao profissional,atividades de lazer e o contato com seus familiares, alm de proibir que trabalhem noite (Pargrafo 2).
Regulamentar e registrar com exatido as horas de trabalho realizadas, inclusive as horas extras e os perodos de disponibilidadede trabalho imediata e definir e informar sobre a taxa de remunerao ou forma de compensao das horas extras e das horasde disponibilidade de trabalho imediata, com fcil acesso dos trabalhadores e trabalhadoras domsticas a esta informao. Ospases deveriam considerar a elaborao de orientaes prticas, em consulta com as organizaes mais representativas deempregadores e de trabalhadores, assim como com organizaes representativas dos trabalhadores domsticos e organizaesrepresentativas dos empregadores dos trabalhadores domsticos, quando tais organizaes existam (Pargrafos 6.1 e 6.2c, 8.1e 8.2, 9.1 e 9.2).
Adotar medidas para que os trabalhadores e trabalhadoras domsticos tenham direito a perodos de descanso adequados durantea jornada de trabalho, de maneira a que possam realizar as refeies e ter pausas no trabalho (Pargrafo 10).
A legislao nacional ou convenes coletivas deveriam definir as razes pelas quais se poderia exigir dos trabalhadores domsticosque prestem servio durante o perodo de descanso dirio ou semanal, e se deveria prever um perodo de descanso compensatrioapropriado, independentemente de toda compensao financeira. Ainda, o tempo dedicado pelos trabalhadores domsticos aoacompanhamento de membros do domiclio durante as frias no deveria ser contabilizado como perodo de frias anuaisremuneradas destes trabalhadores (Pargrafos 11 a 13).
Na regio, vrios pases desenvolveram iniciativas que tendem a equiparar direitos em matrias como a jornada semanal,
pagamento de horas extras e o gozo de feriados nacionais. No Brasil, a interpretao corrente da Justia do Trabalho a
de que a lei geral, que estabelece as 8 horas dirias e 44 horas semanais de trabalho no pas, se aplica tambm s
trabalhadoras domsticas e tem julgado as demandas sobre o tema com base neste entendimento. No Chile, foi assegurado
o gozo remunerado dos dias festivos estabelecidos na lei (Lei 20.336 do 2009). A legislao mais completa a do Uruguai,
que apresenta detalhadamente o tema na Lei de Trabalho Domstico de 2006 e na Conveno Coletiva vigente para o
perodo 2010-2012 (ver quadro).
O direito ao trabalho e ao descanso so as duas faces de uma jornada de trabalho decente. por isto que assegurar paraas trabalhadoras domsticas da regio condies adequadas, no menos favorveis do que a dos outros trabalhadores e
trabalhadoras, um passo importante em direo a este objetivo.
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