newsletter cammp n.º 8 abril de 2014
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Caros Clientes e Amigos,
Num ms que termina, poltica e economicamente com a apresentao ao pas do DEO (Documento de Estratgia Oramental), que, ao momento em que esta nota escrita ainda desconhecido, mas em que foi passada para a comunicao social, entre outras, a ideia de que os cortes impostos a pensionistas e funcionrios pblicos iro comear a ser aliviados (ou no estivssemos s portas de um ato eleitoral), enquadrando ainda cortes na despesa pblica na ordem dos 1,4 mil milhes de euros, levamos at vs mais um nmero da nossa Newsletter.
Como facilmente notaro, a produo legislativa da quinzena foi escassa e de pouca relevncia, ao contrrio da jurisprudncia, abundante, e de que apenas pudemos reproduzir a mais relevante.
Jos Pina
Nota de Abertura
Sumrio
Nota de Abertura 1
Verba 28.1 da TGIS e terrenos para construo
2
Jurisprudncia Nacional
Relevante 5
N e w s l e t t e r
N. 8 - Abril 2014
Principais Alteraes
Legislativas 7
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Newsletter N. 8 - Abril 20142
Com efeito, o Governo veio determinar que sobre a
propriedade, usufruto ou direito de superfcie de
prdios urbanos cujo valor patrimonial tributrio
constante da matriz, nos termos do Cdigo do
Imposto Municipal sobre Imveis (CIMI), seja igual ou superior a 1 000 000 dever incidir uma taxa adicional de 1% sobre o
valor patrimonial tributrio utilizado para efeito de IMI, quando se trate de prdio
com afetao habitacional.
O regime transitrio definido para o ano de 2012, consagrado no artigo 6. da Lei n. 55-A/2012, de 29 de Outubro, que previu o aditamento da Verba 28.1 TGIS, tem contribudo em larga escala para o aumento da litigncia entre a Administrao Fiscal e os sujeitos passivos.
Com efeito, o Governo veio determinar que sobre a propriedade, usufruto ou direito de superfcie de prdios urbanos cujo valor patrimonial tributrio constante da matriz, nos termos do Cdigo do Imposto Municipal sobre Imveis (CIMI), seja igual ou superior a 1 000 000 dever incidir uma taxa adicional de 1% sobre o valor patrimonial tributrio utilizado para efeito de IMI, quando se trate de prdio com afetao habitacional.
Mais recentemente veio a comunicao social fazer eco ainda que deturpado da celeuma que tem sido gerada com a introduo daquele regime transitrio, cuja implementao tem suscitado diversas dvidas quanto interpretao e aplicao da verba 28.1 da TGIS.
A controversa tributao dos prdios de luxo j chegou at ao Palcio Ratton e tem sido particularmente notria na situao dos terrenos de construo, bem como no caso dos prdios que no estejam constitudos sob propriedade horizontal.
Alis, foi no mbito de um dos casos sintomticos que os Ilustres juzes do Tribunal Constitucional foram chamados a pronunciar-se sobre questes relacionadas com a introduo da verba 28.1 na TGIS, a propsito de um processo arbitral a decorrer no CAAD em que estaria em causa um prdio constitudo em propriedade vertical, cujo VPT, considerado na globalidade de todas as parcelas utilizadas e exploradas autonomamente, era superior a 1 000 000.
No mbito do referido processo arbitral, o litgio que cumpria decidir prendia-se com a questo de saber se o critrio para
Verba 28.1 da TGIS e terrenos para construo
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Newsletter N. 8 - Abril 20143
determinar se o VPT de um prdio constitudo apenas com propriedade vertical ascendia a 1 000 000 e, desta forma, estar sujeito incidncia da verba 28.1 da TGIS se aferia em funo do valor do somatrio dos VPT atribudos s partes, andares ou divises com utilizao independente ou, pelo contrrio, a Administrao Fiscal apenas se podia deter sobre o valor de cada uma das parcelas que, no caso sub judice, individualmente consideradas, no preenchiam a fattispecie da norma.
Porm, em bom rigor, ao contrrio do que a Comunicao Social pretendeu fazer crer, os Juzes do Palcio Ratton ainda no emitiram qualquer juzo sobre a (in)constitucionalidade daquela taxa e os termos em que se pretende aplicar a mesma, porquanto em causa esteve apenas uma resposta a uma reclamao do Diretor-Geral da Autoridade Tributria e Aduaneira, dirigida ao Tribunal Constitucional, na sequncia da no admisso, por parte do juiz rbitro do CAAD, do recurso para aquele Tribunal da deciso arbitral proferida.
Na verdade, muitos tm sido os pedidos de pronncia dirigidos ao CAAD relacionados com questes de interpretao e aplicao da verba 28 introduzida na TGIS, alegando os contribuintes, inter alia, a violao dos princpios da proporcionalidade, da igualdade, da legalidade e, no menos importante, da proteo da confiana.
Contudo, no obstante no termos ainda o privilgio de
conhecer o sentido do veredito do Tribunal Constitucional, relativamente interpretao e aplicao da verba 28.1 da TGIS, j possvel ter uma ideia clara quanto ao sentido da jurisprudncia do Supremo Tribunal Administrativo no que respeita, pelo menos, ao caso particular dos terrenos para construo.
Com efeito, em recente aresto de 9 de Abril de 2014, nos termos do qual logrmos a confirmao da sentena recorrida pela Administrao Fiscal, assaz evidente a posio adotada por aquele Tribunal quando, recusando perfilhar a interpretao da Administrao Fiscal, afirma que no resulta inequivocamente nem da letra, nem do esprito da lei que a inteno tenha sido, ab initio, a de abranger no seu mbito de incidncia objetiva os terrenos para construo para os quais tenha sido autorizada ou prevista a construo de edifcios habitacionais, como resulta hoje inequivocamente da verba 28.1 da Tabela Geral do Imposto do Selo.
Na verdade, como bem constata o Tribunal, o conceito de prdio (urbano) com afetao habitacional no foi definido pelo legislador na Lei n. 55-A/2012, que o introduziu, nem no Cdigo do IMI, para o qual remete, a ttulo subsidirio, o n. 2 do artigo 67. do Cdigo do Imposto do Selo, tambm introduzido por aquela Lei.
Assim, conforme consta no
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Newsletter N. 8 - Abril 20144
Joana Teixeira
joanateixeira@cammp.pt
quando neles for edificada a construo por eles autorizada e prevista (mas nesse caso no sero j terrenos para construo mas outra espcie de prdios urbanos habitacionais, comerciais, industriais ou para servios ou outros artigo 6. do CIMI).
E conclui, afirmando que resulta do artigo 6. do Cdigo do IMI uma clara distino entre prdios urbanos habitacionais e terrenos para construo, no podendo, assim, estes ser considerados como prdios com afetao habitacional para efeitos do disposto na verba 28.1 da TGIS, na sua redao originria, que lhe foi conferida pela Lei n. 55-A/2012, de 29 de Outubro.
Porm, sem prejuzo do exposto, o Supremo Tribunal Administrativo no deixa de advertir que, tendo em conta a nova redao da Verba 28 da TGIS, introduzida pela Lei n. 83-C/2013, de 31 de Dezembro (Lei do Oramento do Estado para 2014), que recorta agora o seu mbito de incidncia objetiva atravs da utilizao de conceitos que se encontram legalmente definidos no artigo 6. do Cdigo do IMI, a nova alterao apenas torna inequvoco para o futuro que os terrenos para construo cuja edificao, autorizada ou prevista, seja para habitao se encontram abrangidos no mbito da verba 28.1 da Tabela Geral do Imposto do Selo, nada esclarecendo quanto s liquidaes referentes aos anos de 2012 e 2013, porquanto o legislador no pretendeu atribuir carcter interpretativo referida alterao legislativa.
referido aresto, da letra da lei nada de inequvoco decorre pois ela prpria ao utilizar um conceito que no definiu e que tambm no se encontrava definido no diploma para o qual remeteu a ttulo subsidirio prestou-se, desnecessariamente, a equvocos, em matria de incidncia tributria em que a certeza e a segurana jurdica deviam tambm ser preocupaes cimeiras do legislador.
Sendo certo que, do seu esprito, apreensvel na exposio de motivos da proposta de lei que est na origem da Lei n. 55-A/2012, nada mais decorre seno a preocupao de angariar novas receitas fiscais, sobre fontes de riqueza mais poupadas no passado voragem do Fisco que os rendimentos do trabalho, em particular os rendimentos de capitais, mais-valias mobilirias e a propriedade, motivos estes que nenhum contributo relevante trazem ao esclarecimento do conceito de prdios (urbanos) com afetao habitacional, porquanto o do como assente, sem preocupao alguma de o esclarecer.
Acresce que, como bem evidencia o Tribunal, acompanhando de perto o Parecer do Procurador-Geral Adjunto, a afetao habitacional surge sempre no Cdigo do IMI referida a edifcios ou construes, porquanto apenas estes podem ser habitados, o que no sucede no caso dos terrenos para construo, que no tm, em si mesmos, condies para tal, no sendo suscetveis de serem utilizados para habitao seno se e
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Newsletter N. 8 - Abril 20145
hipotecrio pode assim pr
diretamente em causa o direito
de reteno mediante
impugnao dos factos
alegados na petio da ao
de verificao e graduao de
crditos, em que reclame, ou
mediante sustentao da
respetiva inconcludncia, e,
constituindo a existncia do
crdito garantido pressuposto
do direito de reteno, ela
mesma pode ser impugnada
pelo credor hipotecrio.
Acrdo do Tribunal da Relao de Guimares, de 20 de maro de 2014
Responsabilidade Civil - Auto-estrada - Cessionrio
O artigo 12 da Lei n 24/07, ao
definir os direitos dos utentes de
auto-estradas, itinerrios
principais ou itinerrios
complementares, faz recair
sobre o concessionrio a
presuno de incumprimento
de obrigaes de segurana
quando os acidentes sejam
causalmente imputados a
objetos arremessados, a objetos
ou lquidos existentes nas faixas
de rodagem ou ao
atravessamento de animais,
no sendo suficiente para
afastar tal presuno o fato de
as vedaes cumprirem as
normas estabelecidas para a
concesso e que a
concessionria realiza uma
inspeo com o mximo de trs
horas de intervalo.
JURISPRUDNCIA NACIONAL RELEVANTE
- CIVIL -
Acrdo do Supremo Tribunal
de Justia, de 10 de abril de
2014
Risco - Alterao das circunstncias
O risco uma contingncia
que o agente comercial nunca
deixar de ponderar nas
transaes que envolvem a
compra e venda de terrenos
para construo. No caso
especfico da alterao das
circunstncias, h eu ter em
conta que a base do negcio
respeita simultaneamente aos
dois contraentes, isto , torna-se
necessrio que tal modificao
circunstancial produza uma
transformao anormal das
circunstncias em que ambas
as partes fundaram a deciso
de contratar.
Acrdo do Supremo Tribunal de Justia, de 10 de abril de 2014
Arrendamento urbano - mora no pagamento das rendas - indemnizao do senhorio
O senhorio tem direito
indemnizao agravada
prevista no n 1 do art. 1041 do
CC, correspondente a 50% das
rendas em dvida, quando, no
tendo exercido o direito
resoluo do arrendamento
com fundamento em
incumprimento contratual
imputvel contraparte, sendo
a iniciativa e o interesse
prioritrio na cessao da
relao locatcia prprios e
pessoais do inquilino que, ao
entregar as chaves do locado,
manifestou claramente a sua
desistncia na manuteno da
relao de arrendamento em
curso.
Na verdade, constituiria
soluo arbitrria e desprovida
de fundamento material
bastante a que se traduzisse,
neste quadro factual, em
onerar a posio do senhorio,
postergando o especfico
direito indemnizao
conferido ao locador num caso
em que este opta por no
resolver o contrato, cessando a
relao contratual com base
exclusivamente em ato da
iniciativa e interesse do
locatrio.
Acrdo do Tribunal da Relao de Lisboa, de 3 de abril de 2014
Crdito hipotecrio - Direito de Reteno
No oponvel ao credor
hipotecrio a sentena
transitada em julgado que
tenha declarado, em ao em
que aquele credor hipotecrio
no foi parte, a existncia de
direito de reteno alheio sobre
o imvel hipotecado,
inclusivamente a favor do
promitente-comprador do
imvel ou frao. Acresce que,
todas as questes contra a
verificao do direito de
reteno podem ser
levantadas na ao de
verificao e graduao de
crditos. Com efeito, o credor
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Newsletter N. 8 - Abril 20146
- PROCESSO CIVIL -
Acrdo do Tribunal da Relao do Porto, de 3 de abril de 2014
Oposio execuo pelo avalista - Livrana em branco - Pacto de preenchimento
O avalista de livrana em
branco que tenha subscrito
tambm o pacto de
preenchimento est nas
relaes imediatas com o
portador, enquanto aquela no
for transmitida a terceiro, pelo
que pode discutir a validade
desse pacto, se o mesmo foi
violado ou se a outra parte
procedeu de m-f ou
abusivamente. Deste modo, o
princpio da boa-f, bem como
o dever de atuao em
conformidade, impem ao
exequente a obrigao de
informar aos avalistas dos ttulos,
simultaneamente partes no
pacto de preenchimento, os
montantes em dvida, as datas
de vencimento e em que
termos os ttulos sero
preenchidos em caso de no
pagamento. De facto, a falta
de interpelao pelo
credor/exequente, na ausncia
de prazo no pacto de
preenchimento, implica que a
obrigao apenas se considera
vencida com a citao,
relevando somente para efeitos
de contagem dos juros
moratrios. Mais se salienta que,
o pacto de preenchimento ser
nulo, por indeterminabilidade
do seu objeto, apenas se, no
momento da sua assinatura,
no for possvel saber qual o
mbito do seu objeto atravs
Acrdo do Tribunal da Relao de Guimares, de 20 de maro de 2014
Contrato de arrendamento -
ao de despejo - rendas
vencidas e no pagas
Nos termos dos ns 3, 4 e 5 do
art. 14 da Lei 6/2006 (Novo
Regime do Arrendamento
Urbano), na redao
introduzida pela Lei 31/2012, de
14 de Agosto, na pendncia da
ao de despejo, as rendas
vencidas devem ser pagas ou
depositadas, nos termos gerais,
e, no juntando o arrendatrio
prova aos autos, do
pagamento ou depsito das
rendas, encargos ou despesas,
vencidos por um perodo igual
ou superior a dois meses, o
senhorio pode requerer o
despejo imediato. Por outro
lado, no obsta imediata
procedncia do incidente o
facto de o arrendatrio ter
deduzido na ao principal de
despejo pedido reconvencional
de condenao do senhorio na
realizao de obras e invocado
a legitimidade de recusa do
pagamento das rendas
invocando a exceo de no
cumprimento, fazendo a lei
prevalecer, nestas
circunstncias, e face
divergncia da defesa dos
interesses em confronto, a
posio do senhorio (cfr. Acs.
do Supremo Tribunal de Justia
de 5/12/06, de 9/10/07, Ac. TRL
de 10/12/2009, P.189/07.8TBMTJ-
B.L1-7, Ac. T.R.G. de 29/11/07,
P.2276/07.2, todos in
www.dgsi.pt).
da estipulao de um critrio
para a sua determinao. A
nulidade do pacto de
preenchimento, por violao
dos deveres de comunicao e
informao de clusulas
contratuais gerais, inquina o
aval, afetando-o do mesmo
vcio, cabendo ao obrigado
cambirio o nus da prova do
preenchimento abusivo do
pacto, por ser facto impeditivo,
modificativo ou extintivo do
direito emergente do ttulo de
crdito.
- COMERCIAL -
Acrdo do Tribunal da Relao de Coimbra, de 8 de abril de 2014
Insolvncia - Resoluo em benefcio da massa insolvente
Podem ser resolvidos em
benefcio da massa insolvente
os atos prejudiciais massa
praticados ou omitidos dentro
dos quatro anos anteriores
data do incio do processo de
insolvncia, ou seja, os atos que
diminuam, frustrem, dificultem,
ponham em perigo ou
retardem a satisfao dos
credores da insolvncia.
Contudo, para que a venda
levada a cabo possa ser objeto
de resoluo em benefcio da
massa insolvente, exige-se,
ainda, a m-f do terceiro.
Sendo que, por vezes, o tempo
em que ocorreu tal alienao e
as ligaes entre os respetivos
intervenientes, pode fazer
presumir a existncia de m-f
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Newsletter N. 8 - Abril 20147
por parte do adquirente, em
conformidade com o disposto
no artigo 120. n 4 do CIRE.
- FISCAL -
Acrdo do Supremo Tribunal Administrativo, de 9 de abril de 2014
Reverso da execuo fiscal
Um dos requisitos constitutivos
do direito reverso da
execuo fiscal o exerccio
efetivo da gerncia, o qual, se
estiverem em causa situaes
suscetveis de enquadramento
na previso das alneas a) e b)
do n 1 do art. 24 da Lei Geral
Tributria (LGT), impe a
circunstanciada indicao do
perodo do exerccio do cargo:
se na data da constituio das
dvidas, se na data do
pagamento ou entrega do
respetivo tributo, se em ambos
os perodos. Os referidos
pressupostos tm de ser
alegados/incorporados no
despacho de reverso, com a
obrigatoriedade de indicao
das concretas normas legais
em que o rgo da execuo
faz apoiar a responsabilidade
subsidiria imputada ao
revertido, para lhe permitir
conhecer e questionar,
atacando se necessrio, os
concretos pressupostos
determinantes da reverso da
execuo contra si,
habilitando-o a reagir
eficazmente, pelas vias legais,
contra a lesividade do ato caso
com ele no se conforme.
Limitando-se o despacho de
reverso a reproduzir todo texto
do art. 24 da LGT sem subsumir
a situao do revertido numa
das suas alneas, assim
fundamentando a reverso
simultaneamente nas alneas a)
e b) do seu n 1, pese embora
elas tenham mbitos de
aplicao distintos, e no
constando desse despacho a
indicao do perodo de
exerccio do cargo pelo
revertido, no merece censura
a sentena recorrida quando
decidiu pela falta de
fundamentao do despacho
de reverso por se
desconhecer a que ttulo
imputvel a culpa ao revertido.
- LABORAL -
Acrdo do Supremo Tribunal de Justia, de 10 de abril de 2014
Poder Disciplinar Sano
Disciplinar
Atenta a natureza privada das
sanes disciplinares laborais, o
critrio da sua graduao
pertence ao empregador,
norteado pragmaticamente
por princpios gestionrios e de
oportunidade e,
principalmente, pelo princpio
da proporcionalidade, sendo
vetores determinantes, para o
efeito, a gravidade da infrao
e a culpa do infrator. Assim, e
desde que respeitados estes
critrios, oportunamente
apreciados e valorados pelo
detentor do poder disciplinar,
no pode o tribunal substituir-
se-lhe alterando a sano
aplicada.
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Newsletter N. 8 - Abril 20148
PRINCIPAIS ALTERAES LEGISLATIVAS
- FISCAL -
Decreto da Assembleia 216/XII
Estabelece o regime fiscal das
entidades organizadoras das
finais das competies UEFA
Champions League e UEFA
Women's Champions League da
poca 2013/2014, bem como
dos clubes desportivos,
respetivos jogadores e equipas
tcnicas, nomeadamente
treinadores, equipas mdicas e
de segurana privada e outro
pessoal de apoio, em virtude da
organizao e participao
naquelas partidas, nos termos
do qual so isentos de Imposto
sobre o Rendimento das Pessoas
Singulares (IRS) e de Imposto
sobre o Rendimento das Pessoas
Coletivas (IRC), os rendimentos
auferidos por aqueles sujeitos
que sejam relativos
organizao e realizao das
referidas provas. Esta iseno
apenas aplicvel s entidades
a referidas que no sejam
consideradas residentes em
territrio portugus.
- AMBIENTE -
Resoluo da Assembleia da
Repblica n. 33/2014, de 21 de
abril de 2014
Resoluo mediante a qual a
Assembleia da Repblica
resolve, nos termos do n. 5 do
artigo 166. da Constituio,
recomendar ao Governo que,
nomeadamente no stio da Ilustraes de Paul Klee
Internet da Agncia Portuguesa
do Ambiente, disponibilize o
acesso fcil a todos os
documentos estruturantes que
saram das conferncias das
Naes Unidas sobre ambiente
e desenvolvimento.
- DIVERSOS -
Lei n. 23/2014, de 28 de abril de
2014
Regula a base de dados e os
dados pessoais registados
objeto de tratamento
informtico no mbito do
regime de exerccio da
atividade de segurana
privada, aprovado pela Lei n.
34/2013, de 16 de maio.
Lei n. 21/2014, de 16 de abril de
2014
Aprova a lei da investigao
clnica considerada como todo
o estudo sistemtico destinado a
descobrir ou a verificar a
distribuio ou o efeito de
fatores de sade, de estados ou
resultados em sade, de
processos de sade ou de
doena, do desempenho e, ou,
segurana de intervenes ou
da prestao de cuidados de
sade.
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