não basta não fazer o mal é preciso fazer o bem

Post on 24-May-2015

38.851 Views

Category:

Spiritual

25 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

Não basta não fazer o mal é preciso fazer o bem

Basta não fazer o mal para ser

agradável a Deus e assegurar um

futuro melhor?

– Não. É preciso fazer o bem no

limite de suas forças, porque cada

um responderá por todo o mal que

resulte do bem que não tiver feito.

Allan Kardec – O livro dos Espíritos, q. 642.

O bem e o mal que fazemos

decorrem das qualidades que

possuímos. Não fazer o bem quando

podemos e, portanto, o resultado de

uma imperfeição.

Allan Kardec – O céu e o inferno,

capítulo VII primeira parte, n. 6º.

Se toda imperfeição é fonte de

sofrimento, o Espírito deve sofrer

não somente pelo mal que fez como

pelo bem que deixou de fazer na vida

terrestre.

Allan Kardec – O céu e o inferno,

capítulo VII primeira parte, n. 6º.

Um Espírito se apresenta espontaneamente ao

médium sob o nome de Angèle.

1. Arrependei-vos de vossas faltas? – R. Não.

– Então por que viestes até nós? – R. Para

tentar. – Não sois, pois, feliz? – R. Não. –

Sofreis? – R. Não. – O que vos falta? – R. A

paz.Allan Kardec - O céu e o inferno,

segunda parte - exemplos - capítulo VII.

ANGÈLE, nulidade sobre a Terra (Bordéus, 1862)

Certos Espíritos não consideram como

sofrimentos senão aqueles que lhes

lembrem as dores físicas, tudo convindo

que o seu estado moral é intolerável.

Allan Kardec - O céu e o inferno,

segunda parte - exemplos - capítulo VII.

2. Como pode a paz vos faltar na vida

espiritual? – R. Um lamento do passado.

– O lamento do passado é um remorso;

portanto, vos arrependestes? – R. Não; é

por medo do futuro. – Que temeis? – R. O

desconhecido.

Allan Kardec - O céu e o inferno,

segunda parte - exemplos - capítulo VII.

3. Quereis dizer-me o que fizestes na

vossa última existência? Isto me ajudará,

talvez, a vos esclarecer. – R. Nada.

Allan Kardec - O céu e o inferno,

segunda parte - exemplos - capítulo VII.

4. Em qual posição social estáveis? – R.

Mediana. – Fostes casada? – R. Casada e

mãe. – Cumpristes com zelo os deveres

dessa dupla posição? – R. Não; meu

marido me entediava, meus filhos

também.

Allan Kardec - O céu e o inferno,

segunda parte - exemplos - capítulo VII.

5. Como se passou a vossa vida? – R. A

me divertir na juventude, e a me

aborrecer na madureza. – Quais eram

vossas ocupações? – R. Nenhuma. –

Quem, pois, cuidava de vossa casa? – R.

A doméstica.

Allan Kardec - O céu e o inferno,

segunda parte - exemplos - capítulo VII.

6. Não será nessa inutilidade que será

preciso procurar a causa de vossos

lamentos e de vossos temores? – R. Talvez

tenhas razão. – Não basta com isso

convir.

Allan Kardec - O céu e o inferno,

segunda parte - exemplos - capítulo VII.

6. Quereis, para reparar essa existência

inútil, ajudar os Espíritos culpados que

sofrem ao nosso redor? – R. Como? –

Ajudando-os a melhorarem-se pelos

vossos conselhos e vossas preces. – R. Eu

não sei orar. – Fá-lo-emos em conjunto, o

aprendereis; quereis isto? – R. Não. – Por

quê? – R. A fadiga.

Allan Kardec - O céu e o inferno,

segunda parte - exemplos - capítulo VII.

Damos-te instruções colocando-te, sob os

olhos, diversos graus de sofrimento e de

posição de Espíritos condenados à

expiação, em consequência de suas faltas.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

Instrução do guia do médium

Angèle era uma dessas criaturas sem

iniciativa, cuja vida era tão inútil aos

outros quanto a ela mesma.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

Não gostando senão do prazer, incapaz de

procurar no estudo, no cumprimento dos

deveres da família e da sociedade, essas

satisfações do coração, unicas que podem

dar o encanto da vida, porque são de todas

as idades, não pôde empregar os seus jovens

anos senão nas distrações frívolas;

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

...depois, quando os deveres sérios

chegaram, o mundo fizera o vazio ao

redor dela, porque fizera o vazio em seu

coração.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

Sem defeitos sérios, mas sem qualidades,

ela fez a infelicidade de seu marido,

perdeu o futuro de seus filhos, arruinou o

seu bem-estar por sua incúria e seu

desleixo.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

Ela falseou o seu julgamento e o seu

coração, pelo seu exemplo primeiro, e

abandonando-os aos cuidados dos

domésticos que ela não se dava mesmo ao

trabalho de escolha.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

Sua vida foi inútil ao bem e, por isso

mesmo, culpável, porque o mal nasce do

bem negligenciado. Compreendei bem,

todos, que não basta vos abster das faltas:

é necessário praticar as virtudes que lhes

são opostas.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

Estudai os mandamentos do Senhor,

meditai-os, e compreendei que, se vos

colocam uma barreira que vos detêm à

margem do mau caminho, vos forçam, ao

mesmo tempo, a retornar para trás para

tomar a rota oposta, que conduz ao bem.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

O mal é oposto ao bem; portanto, aquele

que quer evitá-lo deve entrar no caminho

oposto, sem o que a sua vida é nula; suas

obras são mortas e Deus, nosso Pai, não é

o Deus dos mortos, mas o Deus dos vivos.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

P. Posso vos perguntar qual foi a

existência anterior de Angèle? A última

devia ser-lhe a consequência.

R. Ela viveu na preguiça beata e a

inutilidade da vida monástica.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

Preguiçosa e egoísta por gosto, quis

tentar a vida de família, mas o Espírito

tem muito pouco progredido. Ela sempre

repeliu a voz íntima que lhe mostrava o

perigo; a inclinação era doce, e gostava

mais de se abandonar que fazer um

esforço para se deter no início.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

Hoje, ainda compreende o perigo que há

em manter-se nessa neutralidade, mas não

sente força para tentar o menor esforço

para dele sair. Orai por ela, despertai-a;

forçai os seus olhos a se abrirem à luz: é

um dever, ninguém o negligencie.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

O homem foi criado para a atividade: a

atividade de Espírito, é a sua essência; a

atividade do corpo, é uma necessidade.

Cumpri, pois, as condições de vossas

existências, como Espírito destinado à paz

eterna.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

Como corpo destinado ao serviço do

Espírito, o vosso corpo não é senão uma

máquina submetida à vossa inteligência;

trabalhai, cultivai, pois, a inteligência, a

fim de que ela dê um impulso salutar ao

instrumento que deve ajudá-la a cumprir

a sua tarefa;

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

...não a deixeis nem em repouso nem em

trégua, e lembrai-vos de que a paz à qual

aspirais não vos será dada senão depois

do trabalho; portanto, assim como por

longo tempo negligenciastes o trabalho,

assim por longo tempo durará para vós a

ansiedade de esperá-lo.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

Trabalhai, trabalhai sem cessar; cumpri

todos os vossos deveres, sem exceção;

cumpri-os com zelo, com coragem, com

perseverança, e a vossa fé o sustentará.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

Aquele que cumpre com consciência a tarefa

mais ingrata, a mais vil em vossa sociedade,

é cem vezes mais elevado, aos olhos do Mais

Alto, do que aquele que impõe essa tarefa

aos outros e negligencia a sua.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

Tudo são degraus para subir ao céu: não os

quebreis, pois, sob os vossos pés, e contai

com que estais cercados de amigos que vos

estendem as mãos, e sustentam aqueles que

colocam a sua força no Senhor.

Allan Kardec - O céu e o inferno, segunda parte

- exemplos - capítulo VII. MONOD.

top related