mulheres que ganharam o nobel da paz

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ASAS GUERREIRASGUERREIRAS DADA PAZPAZ

"É preciso explicar por que o mundo hoje, que é horrível, é apenas um momento do longo desenvolvimento histórico, e que a esperança sempre foi uma das forças dominantes das revoluções e das insurreições. Eu ainda sinto a esperança como minha concepção de futuro". Jean Paul Sartre, 1963. Prefácio de "Os Condenados da Terra", de Frantz Fanon.

A voz das mulheres possui um papel especial e uma força que vem

da alma na luta por um mundo não violento.

“A compaixão é mais importante que o intelecto na tarefa de

conclamar, pelo amor, o trabalho que a paz necessita. E a intuição

pode frequentemente ser uma luz exploradora muito mais

poderosa que a razão fria.”

Betty Williams (1976)

Portanto, em nome de todas as mulheres, nos sentimos honradas

por essas mulheres terem sido especialmente reverenciadas hoje

por suas participações na liderança de movimentos não violentos

para uma sociedade pacífica e justa.

Betty

ELLEN JOHNSON-SIRLEAF

Economista com formação nos Estados Unidos, ex-Ministra das Finanças e Presidente da Libéria em seu segundo mandato, Ellen Johnson-Sirleaf é a primeira mulher a se tornar chefe de Estado na África.

• Economista e mãe

de quatro filhos, é

conhecida como a

“Dama de Ferro”.

•Desde a sua posse em 2006, contribuiu para garantir a paz na Libéria, para promover o desenvolvimento econômico e social e reforçar o lugar das mulheres.

•A atual presidente, nascida em 1938 tem em seu currículo passagens pelo Citibank e o Banco Mundial.

Ministra das Finanças dos presidentes William Tubman e William Tolbert nos anos 1970 e 1980, seu objetivo foi anular a dívida e atrair os investidores para a reconstrução de seu país, o que conseguiu em parte.

•Em 1985, em posição de candidata a ocupar o assento no Senado, criticou publicamente o regime militar de Charles Taylor, o que lhe custou a condenação de dez anos de prisão, embora fosse libertada pouco tempo depois.

Ex- Presidente Charles Taylor

•A luta contra a corrupção e por profundas reformas institucionais na mais antiga república da África ao sul do Saara, fundada em 1822 por escravos negros libertos e vindos dos Estados Unidos, sempre esteve no centro de sua ação política. •Este combate, que lhe valeu o apelido de "Dama de Ferro" da África, também a levou para a prisão em duas oportunidades nos anos 1980 sob o regime de Samuel Doe. •Devolvida à liberdade, viveu no exílio até 1997 quando regressou ao seu país como economista do Banco Mundial.

•Ao fim da Segunda Guerra Civil em 2003, que custou a vida a mais de 140 mil liberianos (a rondar o número de toda a população são-tomense)

e com a consequente saída de Taylor do país, Ellen Johnson-Sirleaf assume a liderança do Partido da Unidade e vence as presidenciais no segundo turno realizadas no dia 8 de novembro de 2005, ao seu rival liberiano, ex-jogador George Weah.

PENSAMENTOS DE ELLEN JOHNSON -SIRLEARF “De certo modo, represento as aspirações e expectativas de todas as mulheres não só da Libéria, se não do continente inteiro. E isto implica para mim uma grande responsabilidade”. “ Quero desenvolver meu papel com êxito, em nome de cada uma destas mulheres, e assim deixar a porta aberta para todas que venham depois de mim. Espero em alguns anos mais, ter parceiras, é um tanto solitário ser a única saia entre tantas calças.”

LEYMAH ROBERTA GBOWEE

•A liberiana Leymah Gbowee foi uma criança frágil e doente. Teve rubéola, malária e cólera. Era chamada pelos parentes de “Vermelha", porque tinha uma pele mais clara do que de costume entre a população da etnia Kpellé.

•Na vida adulta, formou-se terapeuta e ganhou outro apelido que ultrapassou as fronteiras da Libéria e revelou toda a sua coragem: "guerreira da paz".

•Militante pacifista, contribuiu para acabar com as guerras civis que devastaram seu país até 2003, mobilizando as mulheres através da oração e até de uma inusitada greve de sexo.

•Vestidas de branco, as seguidoras de Leymah conseguiram organizar grandes mobilizações populares.

•Em meio a um dos mais brutais conflitos da história de seu país, Leymah chamou as mulheres a orar pela paz, sem distinção de religião (o país está dividido entre uma maioria cristã e uma minoria muçulmana).

• O movimento foi crescendo durante o conflito, até culminar em uma histórica "greve de sexo“: •Lançada em 2002, a iniciativa levou as liberianas a negar sexo aos homens até que cessassem os combates - o que obrigou Charles Taylor, ex-chefe de guerra convertido em presidente, a envolvê-las nas negociações de paz.

•Imagem símbolo do movimento pacifista Liberiano

•Charles Taylor protagonizou alguns dos episódios mais conturbados da história do país. Em dezembro de 1989, depois de iniciar uma rebelião contra o então presidente liberiano Samuel Doe, ele tomou o controle de quase todo o território em poucos meses. Tornou-se presidente em 1997.

•Durante a guerra e como assistente social, Leymah conviveu diariamente com as crianças-soldados, e transformou a proteção a elas numa de suas grandes

bandeiras.

•Enfrentando uma revolta armada, viu-se obrigado a deixar o poder em 2003, sob a pressão da rebelião e da comunidade internacional.

•Mãe de seis filhos, morando em Gana desde 2005, ela foi tema de um documentário intitulado Pray the Devil Back to Hell (uma expressão equivalente a “Reze para fazer o Diabo voltar ao inferno”).

Leymah Gbowee, que fundou e dirige várias organizações de mulheres, participou da Comissão Verdade e Reconciliação. Um percurso inesperado, para quem reconhece ter sido uma criança doente - rubéola, malária, cólera - que "frequentemente desejou estar saudável".

•Leymah diz ter percebido que “a única maneira de mudar as coisas, do mal para o bem, era fazer com que as mulheres e mães dessas crianças se levantassem e colocassem os filhos no bom caminho”. •"Nada deveria levar uma pessoa a fazer o que foi feito com as crianças da Libéria, drogadas, armadas, convertidas em máquinas de morte“. •“Trata-se da maneira como encontramos a força moral, a perseverança e a valentia para levantar nossa voz contra a guerra, e restabelecer o sentido comum em nosso país”.

PENSAMENTOS DE LEYMAH GBOWEE

TAWAKKUL KARMAN

•Nascida em 1979 no Iemen, na cidade de Ta’ izz, já era conhecida por organizar manifestações e acampamentos contra o governo desde 2007. •Casada e com três filhos, Karman coordena o chamado Conselho dos Jovens da Revolução Árabe . •Ativista, jornalista e fundadora da ONG Mulheres Jornalistas sem Correntes, que criou em 2005.

• Tawakkul Karman é uma das principais líderanças das manifestações estudantis que iniciaram os protestos populares contra o regime do ditador Saleh. •O Iêmen ainda é um país conservador no qual as mulheres não possuem relevância social.

•É uma mulher que consegue reunir apoio de todo o espectro político do Iêmen - embora tenha sido bastante ácida ao falar contra o regime de Saleh e também contra os islâmicos mais radicais ativos no Iêmen, inclusive ligados à Al Qaeda.

•Principal cabeça do movimento opositor, a ativista foi presa antes mesmo do início dos protestos, mas pouco depois foi liberada e voltou a se manifestar contra o regime.

Karman foi reconhecida pelo Comitê Nobel da Noruega junto à presidente da Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf e à também liberiana Leymah Gbowee por sua "luta não violenta pela segurança e os direitos das mulheres para participar plenamente das tarefas de pacificação".

"Sou uma cidadã do mundo, a terra é minha pátria e a humanidade é minha nação"

PENSAMENTO DE TAWAKKUL KARMAN

WANGARI MAATHAI

Wangari Muta Maathai foi uma professora e ambientalista queniana, pioneira da causa do meio ambiente e da conservação das florestas na África.

Nascida em Nyeri, Quênia, foi a primeira mulher africana a receber, em 2004, o Prêmio Nobel da Paz.

Bióloga, mãe de três filhos, Wangari Maathai foi presa e ameaçada de morte por lutar pela democracia no Quênia.

•Voltou ao Quênia e recebeu o título de doutora pela Universidade de Nairobi. Fundou o Green Belt Movement, com o qual contribuiu com o desenvolvimento sustentável no mundo. •Estudou Biologia nos Estados Unidos e trabalhou como pesquisadora na Alemanha.

•Recebeu o diploma de Bacharel em Mount St. Scholastica College (atual Benedictine College). Recebeu o título de Mestre da Universidade de Pittsburgh.

•Ela foi professora em diversas universidades, tanto nos Estados Unidos e na Europa quanto no seu próprio país.

Wangari Maathai – Plantando a Paz nas Florestas da África

•A árvore é um símbolo de paz na África. Em diversas comunidades, ainda sobrevive uma antiga tradição:

•Quando há um conflito, a pessoa mais velha planta uma árvore entre os dois lados em disputa. Este cerimonial sinaliza o início da reconciliação entre as partes.

•As árvores foram substituídas por lavouras comerciais, como está ocorrendo agora na Amazônia. •O desflorestamento do Quênia destruiu boa parte da biodiversidade e reduziu a capacidade das florestas de conservar água, um recurso bastante escasso na região.

•Para mudar aquela situação, Wangari Maathai começou uma campanha de conscientização com grupos de mulheres mostrando que árvores deviam ser plantadas.

Em 1977, aos 65 anos, Wangari Maathai iniciou o Movimento Cinturão Verde, com a intenção de recuperar as florestas do Quênia como herança cultural, ecológica e pacifista para as próximas gerações.

•Aos poucos, elas foram percebendo que o plantio gerava emprego, combustível, comida, abrigo, melhorava o solo e ajudava a manter as reservas de água. •Nas últimas três décadas, as mulheres do Quênia plantaram mais de 40 milhões de árvores.

O trabalho de conscientização foi difícil. “O nosso povo foi historicamente persuadido a acreditar que, por ser pobre, também não tinha conhecimento e capacidade para enfrentar os seus próprios problemas.

E esperavam soluções de fora. As mulheres não conseguiam perceber que para atender às suas necessidades básicas era preciso um meio ambiente saudável e bem manejado” Wangari Maathai.

•Na África, relatou Wangari:

“existem muitos conflitos por

recursos naturais escassos e

degradados.

•As pessoas lutam pelo que

restou de terra, água, pastos e

florestas”.

•Para resolver estes graves

conflitos, que estão gerando

milhões de refugiados

ecológicos em todo o planeta, a

professora do Quênia defendeu

uma consciência cada vez

maior sobre três questões:

sensibilidade ambiental, um

bom governo democrático e

paz.

Maathai morreu no dia 25 de setembro 2011 , aos 71 anos, no hospital de Nairóbi após uma valente e prolongada luta contra o câncer.

PENSAMENTOS DE WANGARY MAATHAI

“Ao longo da história, chega um momento em que a humanidade é chamada a se deslocar para um patamar de consciência, a alcançar um terreno moral mais elevado. Um momento em que temos que abandonar nossos medos e dar esperanças um ao outro. Este momento é agora.”

•É preciso compartilhar os recursos naturais de

forma equitativa para reverter a distribuição injusta

de recursos que atualmente existe no mundo.”

Wangari Maathai

•“O meio ambiente é fundamental para

alcançar a paz. Quando ele está degradado,

as pessoas sofrem, pois não têm os recursos

necessários para sobreviver.”

Wangari Maathai

•Heróis da Paz. (2011) Oque ganhadores do Prêmio Nobel da Paz têm a nos dizer-Ed.

Gutenberg.

•http://exahttp://biografias.blogs.sapo.mz/

•http://nobelprize.org

•me.abril.com.br/economia/mundo/noticias/ellen-sirleaf-a-primeira-presidente-

da-africa-e-agora-nobel-da-paz

•http://www.telanon.info/sociedade/2011/10/11/8700/ellen-johnson-sirleaf-devota-

das-mulheres-santomenses/

•http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeira_Guerra_Civil_da_Lib%C3%A9ria

•http://biografias.blogs.sapo.mz/

•http://www.opais.net/pt/revista/?id=1641&det=23766&mid

•http://veja.abril.com.br/tema/premio-nobel-2011

•http://ecogerenciamentoambiental.blogspot.com/p/palestra-de-cultura-de-

paz.html

BIBLIOGRAFIA

CRIAÇÃO E ORGANIZAÇÃO:

Wagner Ramalho/ Gestor Ambiental-FMU

CONCEPÇÃO E REVISÃO:

André Alcantara e Nadime Boueri/ UMAPAZ

AGRADECIMENTO:

Equipe Crer-Ser

Gerenciamento Ambiental

ecogerenciamentoambiental.blogspot.com

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