módulo 51 estado novo, o governo ditatorial de vargas incompleto

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Estado Novo: o governo ditatorial de Vargas

Módulo 51

1. Centralização do poder

• A conjuntura política brasileira após 1935 forneceu as bases para o projeto autoritário de Getúlio Vargas. A tentativa de golpe comunista possibilitou justificar o aumento de poder do Executivo. Mesmo assim, diversos setores da sociedade aguardavam as próximas eleições, que estavam marcadas para 1938.

• Novembro de 1937 – golpe de Estado de Vargas, nova organização do poder político, o Estado Novo e suas características eram de acordo com o período histórico em que estava inserido, ou seja, características autoritárias de governo.

• Estado baseado na burocracia civil e militar e a burguesia industrial.

• Constituição de 1937 – legitimava o Estado autoritário: centralização da autonomia do poder central em relação às forças locais.

2. Constituição de 1937

• Fechamento do Congresso e nova carta constitucional. Tal carta recebeu o apelido de Polaca por seguir o modelo fascista de Constituição da Polônia.

• Principais medidas: possibilidade de governo por meio de decretos-leis, permissão para aposentar servidores públicos de acordo com a conveniência do governo, etc. Tais medidas e uma forma ou outra facilitaram o governo Vargas. Os direitos trabalhistas foram mantidos, mas os de greve foram proibidos.

• Democracia: posta de lado no projeto político de Vargas, os primeiros alvos foram os comunistas. Até mesmo antigos aliados de Vargas, como os integralistas, foram alvos de represálias do governo. Em manifestação, um grupo de integralistas tentou atacar o Palácio de Guanabara onde morava Getúlio. O movimento foi sufocado e muitos foram mortos naquela noite.

3. Organização do Governo

• Conselho de Segurança Nacional (CSN)• Departamento de Imprensa e Propaganda

(DIP) – principal instrumento de imprensa e censura: controle sobre o cinema, rádio, teatro, jornais, literatura, além de impedir a entrada no país de livros considerados “nocivos aos interesses brasileiros”.

• Departamento Administrativo do Serviço Público (Dasp)

• Repressão política massiva: prisões, torturas, exílios, mortes e impecílio a liberdade no país.

• Forte nacionalismo – reflexo de sua política econômica intervencionista, fundamental no estímulo à industrialização do país.

4. Propagando e Cultura no Estado Novo

• Ideologia racista – defendia-se uma orientação branca, cristã e nacionalista, ideia de divisão de povos por “raças” dificultando a entrada no país de pessoas das raças “amarelas” e “negras”.

• Perseguição política e racial contra Olga Benário (esposa de Luís Carlos Prestes antes mesmo do Estado Novo) que foi deportada para a Alemanha nazista e presa em um campo de concentração por ser comunista e judia.

• Superioridade branca, ideal de patriotismo, valorização da família tradicional: mulher-mãe, trabalhador-herói, etc.

• Objetivo: apresentar uma versão da história do Brasil que destacasse o papel da Revolução de 1930 na modernização e no progresso do país, para isso, havia fiscalização nas escolas com estímulo a horas cívicas, “Semana da Pátria” e desfiles para propaganda do governo.

• Visão de Getúlio Vargas: “pai dos pobres”, “benfeitor dos trabalhadores”.

• 1934 – Hora do Brasil: menções elogiosas a Vargas e ao governo, onde por vezes o próprio presidente discursava aos “trabalhadores de todo o Brasil”. Esse programa era considerado tão importante, que também era chamado de “Hora do desliga” ou “Fala sozinho”.

• 1º de Maio, Dia do Trabalho – era especialmente importante para o Estado Novo, buscava-se associar a imagem de Vargas aos trabalhadores. Enquanto uns assistiam a eventos no estádio, outros participavam de desfiles com a pretensão de demonstrar uma coesão do país em torno do trabalho e do presidente.

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