mobilidade urbana: tendências e desafios · mobilidade urbana: tendências e desafios....
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São Paulo, Novembro/2013
Apresentador:
Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho
Pesquisador do IPEA.
Mobilidade urbana:
tendências e desafios
Deslocamentos urbanos no Brasil: tendências recentes
Fonte: Ipea com dados da PNAD/IBGE
Deslocamentos urbanos no Brasil: tendências recentes
Tabela 1 – Variação percentual da quantidade
de domicílios com posse de automóvel e
motocicletas pelas famílias brasileiras – 2008 e
2012
Fonte: Ipea com dados da PNAD/IBGE
Deslocamentos urbanos no Brasil: tendências recentes
Figura 3 – Gráfico de dispersão com a posse de veículos x renda per capita média
por estado
Fonte: Ipea com dados da PNAD/IBGE
Gastos das famílias
Gastos com transporte urbano - Famílias brasileiras com gastos efetivos no TU ( 44.249.608 famílias)
Renda
T. público T. privado Total familiar (R$) T. público T. privado Total
Até decil 1 54,82 61,34 116,16 532,03 10,30% 11,53% 21,83%
Decil 1-2 64,75 97,14 161,90 917,20 7,06% 10,59% 17,65%
Decil 2-3 71,03 118,74 189,77 1.165,42 6,10% 10,19% 16,28%
Decil 3-4 83,82 164,72 248,54 1.490,95 5,62% 11,05% 16,67%
Decil 4-5 82,69 213,93 296,63 1.730,79 4,78% 12,36% 17,14%
Decil 5-6 88,07 262,23 350,30 2.102,56 4,19% 12,47% 16,66%
Decil 6-7 89,47 350,45 439,92 2.573,93 3,48% 13,62% 17,09%
Decil 7-8 86,57 454,56 541,14 3.237,67 2,67% 14,04% 16,71%
Decil 8-9 83,07 727,52 810,59 4.669,59 1,78% 15,58% 17,36%
Maior Decil 9 76,66 1.426,78 1.503,45 10.872,28 0,71% 13,12% 13,83%
Total 78,89 427,44 506,33 3.211,25 2,46% 13,31% 15,77%
Intervalos renda
familiar per capita
Gastos com transporte urbano (R$) Participação na renda (%)
• O gasto com transporte privado é em média 5 vezes o gastos com TP
• Famílias comprometem cerca de 15% da renda com o transporte urbano,
sendo que os 10% mais pobres comprometem mais de 20% da renda
Fonte: Elaboração própria com dados da POF/IBGE/2009
0
100
200
300
400
500
600
700
800
Até decil 1
Decil 1-2
Decil 2-3
Decil 3-4
Decil 4-5
Decil 5-6
Decil 6-7
Decil 7-8
Decil 8-9
Maior Decil 9
Gas
to p
er
cap
ita
R$
Transp. Coletivo Transp. Individual
Gráfico: Gastos per capita com transporte urbano - Famílias urbanas das 9 RM´s
nacionais* com gastos efetivos no TU ( 9.724.021 famílias)
* PA, CE, PE, BA, MG, SP, RJ, PR, RS
Fonte: elaboração própria com dados da POF 2009.
Gastos das famílias
Participação TP na economia: tendências
Fonte: elaboração própria com dados do IPCA/IBGE
Tabela: Peso dos itens de transporte sobre o cálculo do IPCA
Políticas de estímulo ao transp. individual
63,2%
19,0%
12,1%
27,5%
41,8%
0,0%
10,0%
20,0%
30,0%
40,0%
50,0%
60,0%
70,0%
Ônibus urbano Automóvel novo
Motocicleta Gasolina IPCA
Gráfico: Variação acumulada dos preços do automóvel, gasolina e tarifa de ônibus urbano no Brasil no período entre as POF´s 2003 e 2009 ( jan/2003 a jan/2009) e (direita) – 2000 a 2012
Fonte: Elaboração própria com dados do IPCA/IBGE
0
50
100
150
200
Infl
ação
acu
mu
lad
a d
esd
e ja
n/2
00
0 (
%) Tarifa ônibus urbano IPCA
Gasolina Veículo próprio
Políticas de estímulo ao transp. individual
Sendo: CT = Custo total do sistema
Pe = Número de passageiros pagantes equivalentes do sistema
Por que as tarifas de TP subiram tanto?
Políticas de estímulo ao transp. individual
Aumento preços dos insumos do TPUIncentivo ao transporte individual
Aumento das gratuidades
Queda de produtividade e Rentabilidade
Desequilíbrio econômico-financeiro
Aumento da tarifa TPU
Perda demandaRedução da receitaAumento custo/pas
Perda de qualidade e competitividade TPUAumento do Transporte Individual
Mais congestionamento, poluição, acidentes e desigualdades urbanas
Base – arrecadação tarifária
Problemas: subsídio cruzado; ciclo vicioso de aumento das tarifas; financiamento das
expansões e melhorias da qualidade
Políticas de estímulo ao transp. individual
Custeio do transporte público urbano na Europa.
26%32% 31%
38%44% 45% 46% 43% 46% 50% 50% 54%
46% 50%39%
59%48%
68% 72%53%
31%40%
9%7%
1% 4%4%
9% 10%18%
14%
1%
9%
45%
40%74%
68%60% 56% 56% 54% 54% 53% 50% 50% 50% 46% 44% 43% 42% 41% 36% 32%
26% 25% 25% 20%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Subsídio público Outras receitas Receita tarifária
Fonte: European Metropolitan Transport Authorities - EMTA
Financiamento operação do TPU
Alternativas para diversificação
das fontes de financiamento do
TPU: propostas e exemplos para
o debate público
Financiamento do TPU – fontes progressivas
Gastos das famílias metropolitanas com despesas de transporte, uso do espaço e IPTU
Fonte: POF/IBGE
Tabela 4 - Sociedade
Origem Fonte Caracterização Vantagens Desvantagens Exemplos
Sociedade Orçamento geral Subsídios à operação
dos serviços
Redução do nível da
tarifa ao usuário direto
Compromete
parcela do
orçamento geral
São Paulo e cidades
européias que já
subsidiam
Sociedade Fundos
vinculados a
outras politicas
públicas
As gratuidades e
descontos existentes
para determinados
usuários (estudantes,
idosos, pessoas com
deficiência etc.)
passariam a ser
financiadas pelos
respectivos "fundos"
setoriais
Evita o subsídio
cruzado no qual o
usuário pagante arca
com os custos das
gratuidades
Compromete
parcela dos
recursos de cada
política social
setorial
O Fundef/Fundeb
financiam ou fornecem
os passes escolares
Exemplos de fontes de financiamento do TPU
Tabela 4 – Usuário do automóvel Exemplos de fontes de financiamento do TPU Origem Fonte Caracterização Vantagens Desvantagens Exemplos
Usuário do
automóvel
Taxa sobre os
combutíveis
Cobrança de uma
alíquota sobre a venda
de combustível com
vinculação a um fundo
específico
um tributo
proporcional ao uso
das vias públicas e de
fácil cobrança
Não descrimina em
função do horário e
do local de uso das
vias (e.g. horários
fora do pico e áreas
rurais)
A cidade de Bogotá
(taxa sobre a gasolina
destinada a fundo
específico para
transporte público)
Usuário do
automóvel
Taxa sobre o uso
da via sujeita a
congestionament
o
Cobrança pelo uso das
vias em função do nível
de congestionamento
Obriga o usuário do
transporte individual a
arcar com as
externalidades
negativas geradas
Difícil
operacionalização;
resistência em
pagar por algo que
atualmente é
utilizado
gratuitamente
Londres, Estocolmo,
Cingapura etc.
Usuário do
automóvel
Cobrança de
estacionamentos
em vias públicas
Expansão da cobrança
de estacionamento em
áreas públicas centrais
e implantação de taxas
cujos recursos sejam
destinados a fundos
específicos para o TPU
Fácil operacionalização
em função da
existência da estrutura
de cobrança
Resistência política
e de segmentos
econômicos ao
aumento de carga
tributária
Aumentar a tarifa das
áreas de zona azul com
a destinação das
receitas extras para o
TPU
Tabela 4 – Usuário do automóvel Exemplos de fontes de financiamento do TPU Origem Fonte Caracterização Vantagens Desvantagens Exemplos
Usuário do
automóvel
Taxa sobre os
combutíveis
Cobrança de uma
alíquota sobre a venda
de combustível com
vinculação a um fundo
específico
um tributo
proporcional ao uso
das vias públicas e de
fácil cobrança
Não descrimina em
função do horário e
do local de uso das
vias (e.g. horários
fora do pico e áreas
rurais)
A cidade de Bogotá
(taxa sobre a gasolina
destinada a fundo
específico para
transporte público)
Usuário do
automóvel
Taxa sobre o uso
da via sujeita a
congestionament
o
Cobrança pelo uso das
vias em função do nível
de congestionamento
Obriga o usuário do
transporte individual a
arcar com as
externalidades
negativas geradas
Difícil
operacionalização;
resistência em
pagar por algo que
atualmente é
utilizado
gratuitamente
Londres, Estocolmo,
Cingapura etc.
Usuário do
automóvel
Cobrança de
estacionamentos
em vias públicas
Expansão da cobrança
de estacionamento em
áreas públicas centrais
e implantação de taxas
cujos recursos sejam
destinados a fundos
específicos para o TPU
Fácil operacionalização
em função da
existência da estrutura
de cobrança
Resistência política
e de segmentos
econômicos ao
aumento de carga
tributária
Aumentar a tarifa das
áreas de zona azul com
a destinação das
receitas extras para o
TPU
Tabela 4 – Usuário do automóvel Exemplos de fontes de financiamento do TPU
Origem Fonte Caracterização Vantagens Desvantagens Exemplos
Usuário do
automóvel
Cobrança de
estacionamentos
de uso privado
Criação ou elevação de
IPTU sobre vagas de
veículos privados ou
cobrança de taxa sobre
vagas de
estacionamento de
grandes polos
geradores de tráfego
Repassa aos
proprietários de vaga
de estacionamento
(especialmente os
empreendedores
imobiliários de pólos
de atração de tráfego)
os custos das
externalidades
negativas geradas pelo
transporte privado
Resistência política
e de segmentos
econômicos ao
aumento de carga
tributária
-
Tabela 4 – Usuário/Propriet. do automóvel Exemplos de fontes de financiamento do TPU
Origem Fonte Caracterização Vantagens Desvantagens Exemplos
Usuário do
automóvel
Cobrança de
estacionamentos
de uso privado
Criação ou elevação de
IPTU sobre vagas de
veículos privados ou
cobrança de taxa sobre
vagas de
estacionamento de
grandes polos
geradores de tráfego
Repassa aos
proprietários de vaga
de estacionamento
(especialmente os
empreendedores
imobiliários de pólos
de atração de tráfego)
os custos das
externalidades
negativas geradas pelo
transporte privado
Resistência política
e de segmentos
econômicos ao
aumento de carga
tributária
-
Proprietário
do
automóvel
Tributos
incidentes sobre
a produção,
comercialização
e propriedade
dos veículos
individuais
Utilizar parcela da
arrecadação dos
tributos incidentes
sobre a produção,
comercialização e
propriedade dos
veículos individuais, e
destiná-la ao
financiamento do TPU
Tributos já existentes Resistência política
e de segmentos
econômicos ao
aumento de carga
tributária
-
Tabela 4 – Setor Produtivo Exemplos de fontes de financiamento do TPU
Origem Fonte Caracterização Vantagens Desvantagens Exemplos
Setor
produtivo
Vale Transporte O empregador
participa dos gastos de
deslocamento do
trabalhador com a
ajuda de custo
equivalente à parcela
que exceder a 6% (seis
por cento) de seu
salário básico (Lei
7418/1985)
Subsidio direto ao
usuário, financiado
pelos benficiários
indiretos
Beneficia apenas os
trabalhadores com
carteira assinada
Lei do Vale Transporte
(Lei 7418/1985) no
Brasil
Setor
produtivo
Tributo com base
na folha de
pagamento de
empresas
Tributo com base na
folha de pagamento de
empresas comerciais,
industriais e de serviços
para municípios com
mais de 300.000
habitantes
Financiamento dos
trabalhadores em
busca de emprego e/ou
do setor informal
Onera a folha de
pagamentos,
aumentando os
custos de
contratação de
pessoal e de
produção de bens e
serviços
Versement Transport
(França)
Tabela 4 – Outras fontes Exemplos de fontes de financiamento do TPU
Origem Fonte Caracterização Vantagens Desvantagens Exemplos
Proprietários
de imóveis
beneficiados
pelos
investiment
os em
transporte
Instrumentos de
captura de valor
Captura de parte da
valorização imobiliária,
por meio de
instrumentos para este
fim. (e.g. Imposto
Predial Territorial
Urbano, Contribuição
de Melhoria e
Operações Urbanas
Consorciadas)
A quantificação da
valorização imobiliária
é possível dada a
existência de norma
técnica específica;
instrumentos já
previstos no arcabouço
legal
Dependendo do
instrumento,
aplicação pode ser
espacialmente
restrita; recurso
não é perene e,
portanto,
dificilmente
financia a operação
de sistemas
São Paulo (Operações
Urbanas), Colômbia
(Contribuição de
Melhoria) e Hong Kong
Receitas de
comércio,
serviços,
publicidade
etc.
Atividades
geradoras de
renda associadas
ao transporte
Pagamento de aluguel
pelo uso de espaços
comerciais, publicidade
etc. nas estações e em
áreas nas imediações
Captação de recursos
externos ao sistema,
gerando receitas de
forma contínua para
custeio do serviço de
transporte
Modelagens de
negócio são
complexas e devem
ser atreladas a um
sistema de
regulação que
contabilize os
negócios conexos
ao fluxo de caixa
das empresas
No Brasil, propagandas
em ônibus e
instalações de
comércio em estações
e terminais de
transporte. Nos
Estados Unidos e em
Hong Kong, modelos
de negócios mais
complexos
São Paulo, 18/11/2013
Apresentador:
Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho
Muito obrigado!!!
carlos.carvalho@ipea.gov.br
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