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Ministério da Justiça/MJ
DEGRAVAÇÃO 27ª REUNIÃO
ORDINÁRIA DA COMISSÃO
NACIONAL DE POLÍTICA
INDIGENISTA
Dia: 27/03/2015
Brasília/DF
27ª REUNIÃO ORDINÁRIA
COMISSÃO NACIONAL DE POLÍTICA INDIGENISTA-CNPI
Estiveram presentes na 27ª Reunião Ordinária da CNPI:
- Representantes de governo:
Flávio Chiarelli – Presidente da CNPI; Frederico Brito – Gabinete de Segurança
Institucional da PR; Katia Cristina Favilla – Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome; Cel. Rodrigo Martins Prates – Ministério da Defesa; Marcelo Veiga –
Ministério da Justiça; Edmilton Cerqueira – Ministério do Desenvolvimento Agrário;
Joaquim Modesto – Advocacia Geral da União.
- Representantes Indígenas:
Pierlangela Nascimento Cunha – Wapichana/RR; Kohalue Karajá – Karajá/TO; Francisca
Navantino – Paresi/MT; Elcio Severino da Silva – Manchineri/AC; José Arão Marizê Lopes
– Guajajara/MA; Simone Vidal da Silva – Karipuna/AP; Luiz Vieira Titiah – Pataxó hã-hã-
hãe/BA; Rosa Silva Souza – Pitaguary/CE; José Ciriaco Sobrinho – Potiguara/PB; Manoel
Messias da Silva – Xukuru – Kariri/AL; Sandro Emanuel Cruz dos Santos- Tuxá/BA;
Marcos dos Santos Tupã – Guarani/SP; Brasílio Priprá – Xokleng/SC; Deoclides de Paula –
Kaingang/RS; Valcelio Figueiredo – Terena/MS; Heliton Gavião – Gavião/RO; Crisanto
Xavante – Xavante/MT
- Demais participantes:
Dione Macedo e Ricardo Ribeiro – Ministério de Minas e Energia; Gabriel Domingues e
Rodrigo Augusto – Ministério do Meio Ambiente; Lucia Alberta de Oliveira, Madeleyne
Machado – Funai.
- Secretaria Executiva da CNPI:
Teresinha Gasparin Maglia
Gracioneide Maria Rodrigues
Maria Fernanda Briceno
Elaine Santos
Kaio Kepler – Relatoria
DEGRAVAÇÃO 27ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO
NACIONAL DE POLÍTICA INDIGENISTA
Dias: 27/03/2015
Local: Salão Negro/MJ
Legenda:
1) Palavras, nomes, siglas ou expressões sublinhadas – Houve dúvida na
compreensão;
2) (ininteligível) – Não compreendida a palavra ou expressão;
3) Reticências (...) – Frase não concluída;
4) (intervenção fora do microfone) – Várias falas fora do microfone em
que não foi possível a compreensão;
5) (intervenções simultâneas) – Várias falas ao mesmo tempo,
impossibilitando a compreensão;
Manhã:
Presidente da CNPI Flávio Chiarelli – Vamos dar início aqui já com, agora
que a gente já está com um quórum bastante ampliado vamos dar início a
nossa 27ª Reunião Ordinária da CNPI. Queria dar, cumprimentar aqui os
presentes, enfim, eu acho que essa é a nossa 1ª reunião de 2015 não é? A
última eu acho que foi 2014. E, enfim, hoje a nossa pauta, como a gente já
havia combinado na última reunião, ela deve ser uma pauta mais breve, uma
pauta mais leve também. A gente tinha combinado que a gente precisava fazer
uma reunião após o Seminário até para poder avaliar o que aconteceu, e
eventuais medidas que a CNPI pode sugerir aí para a Comissão Organizadora,
para colaborar no processo de construção da Conferência Nacional, não é? Eu
tenho também aqui na mesa um convite da Secretaria-Geral da Presidência da
República para a gente indicar representantes indígenas para uma atividade
que mais à frente eu vou, eu vou falar o que é, uma atividade agora em abril.
E, mas é só para a gente ir pensando, eles estão abrindo o convite aqui para até
oito Conselheiros e Conselheiras não governamentais, então o caso aqui não
são os representantes do órgão de governo, são os representantes indígenas,
mas eles pedem que a gente observe uma paridade de gênero: homem e
mulher e também uma igualdade de representatividade das regiões do país.
Então se a gente puder distribuir essas oito vagas aí entre homens e mulheres e
nas regiões do país, eles estão abrindo a possibilidade de trazer para essa
reunião que vai acontecer de 14 a 17 de abril até oito Conselheiros, mas para
frente eu acho que a gente pode tocar nisso, mas só para vocês já irem
pensando aí. Eu vou, como a gente não tem uma pauta como eu falei, uma
pauta muito extensa, eu já vou abrir logo a palavra para os senhores, para
quem quiser se manifestar. Eu acho que todo mundo que está aqui nessa
reunião deve ter acompanhado em alguma medida, ou quase todos, o nosso
Seminário, mas mesmo aqueles que não acompanharam também podem
eventualmente colaborar. Então eu vou abrir aqui uma ordem bem livre de
inscrição, eu só preciso que alguém me ajude aqui na, Graça quem vai fazer?
Teresinha, acompanha aqui a ordem de inscrição para a gente poder já abrir a
palavra, já está aberta já a inscrição. Enquanto isso se alguém quiser propor
também algum ponto de pauta, alguma questão de ordem pode ficar à vontade
também. (Intervenção fora do microfone) Ah, sim, antes de a gente começar
então a nossa avaliação do Seminário eu tenho aqui a Ata da última reunião, a
26ª como eu falei foi em dezembro de 2014, todo mundo recebeu?
Então, se ninguém tiver nenhuma objeção a gente pode considerar ela
aprovada, está aprovada a Ata, obrigado Teresinha. Já tem algum inscrito,
não? Senão eu mesmo vou fazer avaliação. Então Luiz Titiah está com a
palavra.
Luiz Vieira Titiah - Bom dia a todos, Luiz Titiah representando a região
Nordeste e Leste e da APOINME. Senhor Presidente e demais é o seguinte, a
minha avaliação até que eu, se faço parte da Comissão Organizadora, essa
Conferência, assim, na minha avaliação no geral assim, eu achei que o
Seminário foi importante, principalmente, para os representantes indígenas. E
também importante para os Servidores da FUNAI que trabalham lá na ponta,
não é? Na regional, porque principalmente para eles porque eles estavam,
assim, sem muitas informações do processo que a gente vinha trabalhando
perante o ano de 2014, não é? E assim, e depois que nós começamos os
trabalhos de grupo, nós também indígenas começamos a participar das mesas
de debate, coordenando as mesas de debate nós começamos a esclarecer
também algumas coisas, não é? Algumas dúvidas que eles tinham ainda na
visão deles, principalmente, os Servidores, mas para nós principalmente os
indígenas, porque nós tínhamos, conseguíamos falar na nossa forma do nosso
jeito para passar para os caciques as lideranças que estavam presentes. Mas
assim, enfim, eu acho que a gente tem de avaliar e encaminhar, assim,
algumas propostas para nós nos organizarmos mais, principalmente, na etapa
regional e na etapa nacional, que é onde vai vir mais lideranças que não
participaram desse Seminário. Nós pegamos, nós tivemos uma aula, pegamos
o material e vamos executar lá na ponta, mas nós não vamos ter tempo de
preparar algumas lideranças para estar participando e ajudando a organizar na
etapa regional e nacional. E assim, tiveram algumas coisas pequenas
principalmente na infraestrutura que nós queríamos avaliar para isso não estar
acontecendo e, principalmente, na hospedagem onde no primeiro dia nós, eu, a
Rosa, a Simone e outras lideranças da Comissão e da CNPI, nós tivemos de
dormir tarde por algumas falhas na infraestrutura, principalmente, na questão
da água não é? E aí muitas lideranças que não entendiam vieram para a
cobrança com a gente, a gente teve que ficar até tarde e estar organizando isso,
que é uma pequena coisa, mas que é uma pequena coisa que cria um
problemão, porque algumas lideranças entendem assim: que é um pacote, tem
direito a tudo, não é? E isso nós, deu um pouco de trabalho para a gente estar
se preparando para outras atividades, mas assim, enfim, no momento que eu
tenho de mais de 18 anos aí do movimento é, até muito tempo que eu
participei de um Seminário, de uma atividade, assim, para um encerramento
daquele de ontem, foi maravilhoso, teve a força, os poderes antigos nosso
encostaram ali para nós terminarmos com aquele ritual bonito. E assim, o que
nós orientamos, principalmente, na mesa que eu coordenei que é aquilo que eu
repito de novo aqui na CNPI não é? E eu acho que serve para nós todos, como
foi uma decisão de encaminhamento da CNPI para essa Conferência, a 1ª
Conferência Nacional de Política Indigenista acontecesse em 2015, é um
barco que nós estamos todo mundo juntos. Se der certo vai ser parabenizado,
se der errado nós vamos errar todo mundo juntos e aí eu não separo ninguém,
são os indígenas que estão aqui presente, são os representantes do governo,
são os representantes da FUNAI lá na ponta que está na sua CR, que vai estar
na sua CTL ajudando a gente. Mas assim, eu espero que nós depois, acho que
vai sair de encaminhamento aí, brevemente a gente tem uma reunião da
Comissão Organizadora para nós também estarmos avaliando as questões
internas nossa, para nós estarmos reajustando algumas coisas para isso não
acontecer nem lá na ponta, na base, porque lá nós vamos, é, estar se
trabalhando com lideranças que é Cacique, é Pajé, são as rezadeiras,
associações, os setores de educação, as organizações internas de cada povo.
Vai ser diferente de uma formação de Seminário que teve aí, mas assim,
enfim, eu também acho que os outros também, os outros companheiros
fizeram esse papel também, quando nós estávamos no hotel, nos bastidores
nós começamos também perguntar a avaliação de cada liderança: “E o que
você achou companheiro do Seminário?” E muitos acharam interessante até
que ontem na janta eu falei com um parente, porque ele estava jantando mais
eu, que ele disse que: “Ele como jovem foi a primeira oportunidade que ele
teve de participar de um Seminário e que o povo dele é distante.” Ele iria
chegar, onde ele iria ficar, iria andar mais oito dias de barco para chegar na
aldeia dele e que ele iria, estava levando uma bagagem muito importante para
chegar lá, traduzir no idioma para o povo dele. Então ele assim, poxa, ele, eu
fiquei assim meio emocionado, assim, de eu ouvir dele dizer essas palavras
para nós e eu falei com ele: o que ele precisasse que ele podia contar com o
rapaz da FUNAI lá, que algumas dúvidas poderia estar ligando para a gente,
entrando em contato com a Comissão, porque a Comissão mesmo com a
distância que estava podia estar ajudando em algumas informações para eles,
para ajudar lá na ponta com ele. O que ele pediu, assim, que eu depois eu
falei: olha, eu posso até falar com o menino para ver seu nome e ele falou
assim: “Eu tenho o maior desejo de vir participar não só lá da regional, para
eu vir para a nacional e trazer um Cacique da minha aldeia que nunca saiu.”
Então isso é interessante para a gente, não é? Principalmente para nós que
somos de outra região, ter, ouvir essa experiência, ouvir essa fala do nosso
parente, mas, enfim. Assim, foi produtivo o nosso Seminário, foi cansativo,
todo mundo contribuiu, Comissão, os funcionários, os funcionários das
empresas, algumas falhas nós vamos também estar avaliando na Comissão e
eu tenho certeza que com fé em Deus as tarefas que nós temos aí, os deveres
de casa que nós temos aí para a etapa local e regional com certeza com fé em
Deus vai dar certo, mas também depende de nós todos abraçarmos essa luta,
obrigado.
Flávio Chiarelli - Obrigado Titiah, próximo Crisanto
Crisanto Xavante – Bom dia para nós, não é? Depois dessa correria eu ainda
não ouvi agradecimento das mulheres viu? Defender em todas, em todos os
grupos que fomos, passamos. É, bom, o Seminário ele nunca é igual, não é?
Ele, assim, modifica de acordo com a organização e a maneira de dirigir, a
nossa foi diferente, não é? Então eu acho que vale a pena avaliarmos. Viu
Presidente? Para mim foi positivo, mas, assim, fica um gostinho de a gente
colocar aqui não para o senhor acatar, mas pensar na possibilidade não é?
Com a redução do orçamento eu esperava trazer mais liderança, não vou falar
de outra, eu vou falar da minha complexidade, nós somos um povo de facção
familiar, grupo, até chegar aos clãs. Eu tenho essa preocupação, eu estar
capacitado, eu estar exercendo, tendo essa aula é uma coisa, então eu queria
pedir para o senhor pensar, a FUNAI pensar de nós fazermos essa
multiplicação, não é? Para o Conselheiro, para as Assembleias locais,
exercitamos, foi dada essa possibilidade para nós ensaiarmos, ter esse treino,
mas, assim, eu queria ver essa na ponta, se tiver a possibilidade, se tiver
recurso, talvez de já deixo a minha preocupação. E tem muitas terras e têm
muitos CRs distantes, essa é a minha preocupação já na frente lá para os
locais, de a gente trabalhar, colocar a dificuldade, se for possível pode ser
sanado, não é? Até a realização, o começa das reuniões locais. Mas assim, eu
estou satisfeito, não aconteceu isso na saúde indígena, essa interação, essa
interação das lideranças da saúde, está falando da sua forma. Então queria
parabenizar nesse sentido, falar pouco, mas colocar a necessidade de a gente
aperfeiçoar cada vez mais, sucesso já começou, não é? Já demos essa largada
que nós temos confiança hoje em cada um de nós, mas ficou essa interrogação
para mim que eu estou colocando, muito obrigado.
Teresinha Maglia - O Titiah pediu para voltar um pouquinho à palavra dele.
Flávio Chiarelli – Obrigado Crisanto, pode complementar a sua fala Titiah
Luiz Vieira Titiah - Senhor Presidente, só lembrei aqui uma coisa que eu
acho que serve para nós todos aqui indígenas, nós achamos interessante aquele
filme que foi passado ontem e nós queríamos ver a possibilidade do senhor,
junto com vocês conseguisse uma cópia para nós, porque aquele filme ali vai
ajudar muito a gente lá na base, na ponta na etapa local e regional, de nós
entramos passando para as lideranças aquela luta e aquele movimento que nós
fazemos no acampamento e dentro do Congresso sobre a questão da PEC 215.
Flávio Chiarelli – Bom, Titiah, a Lúcia está me falando aqui que já tem uma
parceria já com o autor do filme para ver se a gente consegue imprimir aí
algumas cópias, não é? E aí eu queria só fazer um rápido antes de passar a
palavra para o próximo comentário, cadê o Crisanto? Assim, a gente conhece
a realidade dos Xavantes e sabe das divisões internas que têm mesmo, a
estrutura social do povo xavante ela, para você de fato dizer que você atingiu
todo mundo teria que chamar muita gente aqui, não é? Então a nossa limitação
nesse Seminário foi só em relação às vagas mesmo, porque a gente tinha 115
vagas para indígenas e se a gente fosse dar uma boa participação ou mais
satisfatória para o povo xavante, por exemplo, a gente iria acabar
comprometendo a participação dos demais. Eu digo isso porque uma vez eu
estive em um evento que a FUNAI promoveu, isso já tem uns quatro, cinco
anos, lá em Primavera do Leste e era um hotel como foi, assim, fechou um
hotel, um Seminário, mas só para os xavantes e, assim, tinha muitas pessoas e
ali a gente via que mesmo assim ainda precisaria, talvez, ter até mais a gente
para discutir ali com a gente. Então eu acho que essa colocação que você faz
aí de a gente conseguir ampliar e tal, é justamente das etapas locais que isso
vai se dar, porque aí vai ter uma ampla participação, não é? A gente vai ter
oportunidade também de ouvir os vários clãs, as várias famílias e os vários
pontos de vista. Em relação ao que o Titiah colocou da organização, eu estava
até comentando lá em cima, não é? Porque eu cheguei aqui, vi que ainda não
tinha quórum para começar, subi, tinha alguns de vocês lá, eu acho que são
dois modelos, não é? A gente ou paga diária e cada um se vira ou a gente dá
tudo e aí não paga diária e nesse tudo, talvez, nessa primeira experiência nossa
aqui a gente não tenha pensado, por exemplo, a questão da água, era um hotel
de uma categoria mais luxuosa, não é? Então obviamente que a água seria cara
lá, a gente talvez não tenha pensado nisso, então para as próximas realizações
a gente já pensar em incluir no contrato, na contratação a obrigação de um
fornecimento de uma água gratuita, um bebedouro ou um galão de água
mineral ou uma cota maior de água, porque realmente a água não é nem, não
estamos nem falando aqui da Coca-Cola, da cervejinha do... Estamos falando
da água, a água, enfim, não é um artigo de luxo. Então esses pequenos
detalhes Luiz, eu acho que a gente talvez não tenha nem lembrado, não é?
Porque assim, não é Teresinha, assim, a gente, não é? A gente (Ininteligível)
lembraram antes, ainda têm os órgãos de controle em cima da gente, mas
assim, a gente vai aprimorar. Eu acho que o importante também na nossa
avaliação em relação à hospedagem é que bem ou mal se isso tem uma maior
ou menor importância o fato é que a gente conseguiu hospedar todo mundo
bem, com dignidade e atingir o nosso objetivo maior que era manter o grupo
unido, sem dispersar para que as pessoas pudessem ir e voltar todos juntos, tal,
para o evento ser como foi ontem. É difícil você ver um evento, qualquer
evento que você, qualquer Seminário que você vai de três dias, no último dia
você ver uma sala tão lotada como ontem, porque normalmente as pessoas já
vão dispersando: “Ah, é o último dia, eu vou lá na feira, na Torre de TV fazer
umas compras, vou fazer ali, vou conhecer a Catedral e tal.” Já vai
diminuindo o número, então assim, eu acho que esse era o objetivo principal e
a gente conseguiu, agora, tudo pode ser aprimorado, então a gente, a Lúcia
está anotando aqui atentamente as sugestões em relação as nossas eventuais
falhas na organização, para a gente poder corrigir nas próximas. Quem é o
próximo inscrito aí Teresinha?
Teresinha Maglia - Bom dia gente, como fui eu que planejei a logística só
gostaria de colocar o seguinte Presidente, a gente planejou sim a questão da
água, pedimos inclusive a inclusão da água e aí a gente ficou sabendo no dia
que iniciava aqui que o TCU não permite a inclusão de água de maneira
nenhuma, garrafinha de água nos quartos, a gente tinha previsto duas
garrafinhas de água nos quartos. O pessoal aqui do MJ que é quem trabalha a
questão de licitações já nos alertou que isso vai dar problema em todas as
regionais e na nacional, porque não é permitido de maneira nenhuma, o TCU e
a CGU não permite que se coloque água nos quartos em garrafa. Aí como
aquele, o problema foi todo esse, é muito estranho, eu acho que a gente teria
até de repente sentar e conversar com o pessoal da CGU e do AGU para ver
uma maneira de nós conseguirmos fazer isso, porque nós temos 26 regionais
pela frente e nós temos locais que é muito quente e que não é possível ficar
sem água à noite. Aí a gente conseguiu junto com a empresa, a GV2, a gente
conseguiu no segundo dia de colocar um bebedouro e acho que vocês devem
ter percebido que não estava exposto, estava bem para trás, porque não, não se
podia correr o risco de os outros, como é uma água paga por dinheiro público,
não se podia correr o risco de que outros hóspedes do hotel tomassem uma
água paga pelo governo. Ou seja, por isso ela teve que ficar afastada no local
onde o pessoal não tivesse acesso, a não ser vocês que soubessem, o pessoal
do encontro que soubesse. Vamos ter que ver para todas as regionais e para a
nacional como nós vamos fazer, mas de repente conversar com o pessoal.
Flávio Chiarelli – Eu confesso que eu não conheço nem uma proibição, nem
uma permissão do TCU em relação a isso, mas, assim, eu, vocês sabem que eu
sou Procurador Federal, não é? Trabalhei em consultoria muitos anos e acho
um pouco estranho, porque é como eu falei, não estamos falando da Coca-
Cola, estamos falando de água e se você for no Ministério Público Federal,
vocês já foram lá na Câmara e eu tenho certeza que no próprio Tribunal de
Contas da União eles tomam água com gás, que é um pouco...
Paga pelo dinheiro público, não é? E ainda serve água comum para todo
mundo e a deles é com gás, entendeu? Para mostrar que eles têm direito a com
gás e você não tem direito a com gás. Então acho estranho, vou conversar com
a Consultora Jurídica do Ministério da justiça aqui para saber de onde é que
tem essa proibição, essas proibições do TCU elas são, às vezes, elas são meio
que como um mito. A FUNAI teve um problema muito grande em um evento
que ela montou aqui no Memorial dos Povos Indígenas, e que na última hora
lá existia uma dúvida se podia ou não pagar determinada coisa lá do evento,
diz respeito ao, não era bebida alcoólica, era o lanche que iria ser servido lá,
na dúvida a FUNAI não pagou, a empresa já estava fornecendo, não estava
contratada, estava fornecendo, fizeram uma vaquinha entre os funcionários
para pagar R$ 3.000,00 para a empresa do lanche. E aí depois eu fui estudar
melhor o caso e vi que poderia, aí contei isso para um colega meu que é o
Procurador Chefe de uma autarquia aí federal, ele falou: “Ah, mas pode
mesmo?” Eu falei: pode, as reuniões que a gente faz aqui você acha que esse
pão de queijo aqui vem de onde? Então assim, essas questões são muitas, o
que o TCU proíbe? É o gasto exagerado, eu não vou fazer um evento e
contratar um coquetel de camarão com caviar, servindo champanhe, isso o
TCU proíbe, não é? Agora, água mineral, eu acho até, assim, enfim, acho
absurdo, essa é uma multa que eu gostaria de tomar do TCU, porque eu paguei
a água mineral para as pessoas beberem, eu gostaria de tomar essa multa no
TCU para levar isso para o Judiciário. E no Judiciário onde os Juízes recebem
lanche com suco de laranja, com misto quente e tal, poder julgar se o TCU
está certou ou está errado, porque é um absurdo. Mas, enfim, vamos voltar o
nosso foco aqui, não é? Esquecer um pouco o TCU, quem é o próximo inscrito
aí?
Chiquinha Pareci – Bom dia a todos e a todas, inicialmente de certa forma a
gente pode considerar que o evento foi um sucesso, não é? Ele teve, assim,
tive essas questões, eu acho que essas questões têm que serem sanadas e foi
até bom ser colocado aqui essa parte aí mesmo dessa questão de elementos de
despesa, porque eu estou com uma lista aqui de uma série de situações que
provavelmente a gente vai vivenciar nas etapas locais e até nas etapas
regionais, inclusive, envolvendo a própria FUNAI, de certas incoerências.
Mas de uma maneira geral, assim, o evento ele foi, assim, bastante positivo,
mas ele deu também, deu uma indicação de algumas questões que a gente tem
que melhorar, não é? É, inclusive essa questão mesmo do relacionamento com
os indígenas, as pessoas que terão que fazer abordagem, aquela história que eu
estava colocando lá em cima, você saber dizer não. É muito diferente uma
pessoa saber falar não e de uma forma e de outra, depende muito, eu, por
exemplo, para eu receber um não dependendo de como fala comigo eu vou
para a porrada, com o perdão da palavra. Mas eu não aceito, agora, se falar
com jeitinho não é Marcelo? Você tem que dar uma resposta para mim,
explicando assim, aí ainda vai, mas assim, de cara já vai. Então tudo isso a
gente tem que pensar, porque se trata de pessoas, pessoas têm sentimentos e
eles ficam sentidos mesmo. Bom, ah, eu queria colocar aqui Presidente,
algumas questões que me foram colocadas pelo pessoal meu lá de Mato
Grosso, mas aí eu vi que tinha também algumas outras, não é? Algumas outras
CRs que têm também alguns questionamentos, querendo saber, uma dela se
trata, por exemplo, da questão do pagamento de área de colaboração, aquela
Portaria que proíbe não sei o quê, não pode fazer isso. Mas como fica isso na
ponta, não é? Como que a gente vai lidar com essas questões? Outra coisa
também que eu queria ver é a, que agilidade nos contratos, é muito importante,
porque o pessoal colocou para mim que o trabalho de base ele deve ter essa
agilidade muito em relação às publicações, parece que publica contratos, não
é? Quando se faz contratos públicos envolvendo empresas e órgão público,
não é? E aí você tem que fazer uma publicação, não é? Então como é que fica
isso? Porque parece que o pessoal reclamou, para mim reclamaram que
demora um século para sair, quando sai o trem até já acabou, entendeu? Então
eu acho, assim, que isso tem que haver, tem que haver uma agilidade porque
tem pressa nas coisas, nós temos pressa. E lá na ponta, lá na aldeia é difícil,
como que a gente vai, têm questões que a gente não tem nem como tratar, não
é? Outra questão também que me colocaram dentro de uma série, eu vou só
citar algumas que eu considerei assim, relevantes para esse momento, mas eu
vou passar, assim, por registrar e entregar. É a questão da agilidade nos
Pareceres Jurídicos em processos pertinentes às despesas da Conferência,
parece que tem que sair um Parecer Jurídico, não é? Em relação a essas
despesas, e aí eu gostaria de saber como é que fica isso nesse período todo que
nós temos um tempo, assim, bem reduzido, não é? Deixa ver outra também,
ah, e outra questão também, o pessoal reclamou que o e-mail do endereço
eletrônico da própria Conferência da FUNAI, anos luz para responderem, tem
gente que mandou umas questões perguntando situações que estão
vivenciando lá na ponta, até o momento não teve resposta. Ou seja, não está
funcionando, quem é que fica responsável por isso, para dar resposta imediata
para o pessoal que está na ponta, não é? E por último a questão mesmo dos
recursos para o pessoal da articulação das bases, como é que vai ser tratada
essa questão? No mais penso eu que a gente está em um caminho que vamos,
vai depender muito de cada um de nós vestirmos a camisa, independente de
qualquer coisa, mas assim, que possamos de fato fazer com que essa
Conferência tenha que ser um sucesso, principalmente, para as comunidades
locais, não é? E para nós também, porque isso aqui é um grande desafio para a
CNPI, obrigada.
Flávio Chiarelli - Obrigado Chiquinha, eu queria te pedir uma coisa, algumas
questões foram colocadas que você foi, espécie de porta voz dos problemas
que já antevendo, dizem respeito à própria organização da Conferência e
outros são internas da própria FUNAI. Então queria te pedir para passar essa
lista para a Lúcia, para a gente poder, porque eu não vou responder todas aqui,
mas, enfim, para a gente.
Chiquinha Pareci – Mas eu vou passar.
Flávio Chiarelli – Isso, para a gente poder depois, não é? Próxima Rosa.
Rosa Pitaguary - Bom dia, Rosa Pitaguary APOINME, na minha avaliação a
nossa Conferência, o nosso Seminário, assim, apesar das dificuldades que nós
tivemos, mas eu acho que a gente, nós superamos mais uma etapa dessa
grande Conferência, desse grande momento que a gente vem batalhando para
que possa ser realizado, não é? E, assim, tivemos algumas situações que eu
acho que têm que ser discutidas no âmbito da Comissão Organizadora,
algumas coisas que ficaram, assim, a desejar, algumas decisões que foram
tomadas e não foi, foi deliberada pela Comissão. E que infelizmente não foi
deliberada, não foi feita, mas fora toda essa situação para nós o Seminário foi,
assim, perfeito, principalmente, o nosso encerramento eu acho que foi um
momento de espiritualidade muito forte onde muitas pessoas se, até se
emocionaram, não é? Com as falas mesmo da mesa, com o nosso ritual, o
nosso Toré também que a região Nordeste puxou para o final, para o
encerramento. Quero também agradecer o Flávio por ter entrando também na
roda, ter dançado com a gente, isso para nós também é importante, esse
momento. Então assim, muito obrigada e eu acho que é isso, para mim, assim,
a nossa, nós temos algumas coisas sim para avaliarmos, temos algumas
propostas sim de demandas que a gente vai colocar, mas assim, eu acho que
muito mais no âmbito da Comissão Organizadora, não é? São discussões mais
internas até, decisões mais internas que a gente tem que tomar nesse momento,
obrigada.
Flávio Chiarelli - Obrigado Rosa, eu, na verdade eu que queria agradecer
vocês terem me convidado para o centro da roda ali naquele Toré, confesso
que foi a primeira vez que eu tinha, você vê que eu trabalho na FUNAI já mais
de seis anos e foi a primeira vez que eu dancei o Toré com os indígenas, então
para mim foi, para mim foi muito emocionante mesmo. E o Mário que está ali
no fundo ele ficava assim: “Vai Presidente, olha para a câmera e tal.” E eu
não conseguia, se eu olhava para a câmera eu desconcentrava o passo, porque
não é, tem que ter o ritmo, eu sou meio galego, assim, não tenho muito ritmo.
Então eu tinha que me concentrar ali no que eu estava fazendo.
Teresinha Maglia - A Rosa pediu para dar só uma palavrinha.
Flávio Chiarelli - Pode completar Rosa.
Rosa Pitaguary - Desculpa gente, mas também preciso fazer um
agradecimento aos nossos queridos Frederico e Coronel Rodrigues por todo
momento das nossas reuniões, a gente, nós não podemos deixar é assim, fiel,
não é? Sempre no horário e sempre no final termina sempre nós e eles dois,
então assim, muito obrigado por esse empenho de vocês, estar sempre com a
gente nos ajudando, a gente também tem que agradecer aquelas pessoas que a
gente vê que se dispõe não é? A permanecer sempre com a gente, então aos
dois o meu agradecimento, obrigada.
Flávio Chiarelli - Obrigado Rosa, Capitão.
Capitão Potiguara – Bom dia a todos e a todas, Capitão Potiguara, Comissão
Leste e Nordeste da APOINME. Presidente, eu queria parabenizar a Comissão
Organizadora, não é? Pelo Seminário e queria dizer que, ou até eu não sei se
foi o costume da minha casa que eu estranhei, é, eles disseram, eles só podiam
tomar um copo de suco e na minha casa eu tomo uma jarra, tomo... E isso aí
me deixou, assim, preocupado, disse: está danado, mas será que só um copo
de suco? Mas foi bom, eu queria dizer que o Seminário foi um desafio nosso e
essa Conferência ela vai ser justamente o desafio para os povos indígenas,
principalmente, para a CNPI que foi, fomos nós aqui que podemos essa ao
governo, essa Conferência, não é? E fora dessa avaliação eu queria só pedir
uma coisa à bancada indígena, porque nós estamos no terceiro Presidente
Interino e que eu queria sugerir a nossa bancada indígena, ela fizesse uma
Resolução pedindo à Presidenta Dilma e ao Ministro da justiça a efetivação da
sua pessoa, porque não dá para a gente conviver com mais interino nesse
período, muito obrigado.
Flávio Chiarelli - Quem é o próximo inscrito? Bom, oh, capitão, eu só queria
fazer um comentário, porque eu falei para alguns e vou falar para todos, a
AGU fez um evento ano passado em setembro que eu fui e eram 500
Procuradores, era uma coisa muito parecida, era um hotel e tal, o almoço, café,
tudo incluído e tal. E eu passei esse constrangimento que o senhor passou
também, porque eu tomei a primeira Coca-Cola, na hora que o garçom vinha
passando com a bandeja eu fui pegar a segunda: “Não, o senhor já tomou uma
Coca-Cola.” Aí eu falei: mas eu não posso? “Não, é uma por pessoa.” Aí
quem não tomou a Coca-Cola sobrou não é? Aí colocaram em um cato assim,
a Coca-Cola, aí eu cutuquei o meu colega, outro Procurador, falei assim: olha,
pega lá uma coquinha lá para a gente, vai lá, você pega a Coca-Cola de quem
não tomou, não é? Mas assim, é um pouco chato mesmo, mas é que essas
coisas decorrem de contrato, não é? Estava no contrato, a alimentação com um
copo, aí então assim, mas a gente vai, igual eu falei, a gente pode pensar uma
maneira de flexibilizar isso. Mas vale o registro, porque assim, dos mínimos
detalhes, as questões mais importantes a gente tem que pensar em tudo, desde
o copo de suco até o que é que você falou, estou almoçando, tomei o primeiro
copo de suco e agora? Eu vou entalar com a comida aqui, eu não posso ter o
segundo, isso é desconfortável. Então desde o detalhe da água, do suco até os
detalhes maiores a logística a gente está tentando aprimorar para que não volte
a acontecer isso aí. E eu queria também endossar as palavras da Rosa aqui e
formalmente fazer um agradecimento também ao Coronel Rodrigo e ao
Frederico, porque de fato eles dois são, confesso até que eu achei que a gente
estava com algum problema mais grave na república, porque eu cheguei de
manhã vocês não estavam aqui, eu falei: não, tem alguma coisa de errado
acontecendo. Vocês não estavam aqui eu fiquei preocupado, porque eles de
fato eles estão sempre em todas as reuniões, participam, têm ideia, colaboram
ativamente, se esforçam e a gente vê que no fundo eles fazem isso não por
obrigação, mas estão fazendo isso por prazer porque gostam, acho que já até
se afeiçoaram já a causa indígena, se não eram, não é? Enfim, mais
afeiçoados, mas agora já estão, até vocês são sempre elogiados quando as
pessoas para mim em off, em conversas paralelas e tal sobre vocês, vocês são
sempre elogiados. Então eu queria aqui endossar suas palavras aqui e
parabenizar os dois membros aqui da nossa Comissão.
Teresinha Maglia - O próximo Gavião, Heliton Gavião.
Heliton Gavião - Região Amazônica. É, eu quero também parabenizar cada
um de nós, não é? Tanto indígena, não indígena que fez certeza fez frente
desse Seminário e eu tenho certeza que foi proveitoso esse encontro,
principalmente, para dizer para vocês a partir de agora com certeza cada um
de nós temos uma responsabilidade muito grande para estar, tomarmos frente
organizando tanto Conferências locais e estaduais e junto com a Coordenação
Regional da FUNAI. E com certeza uma responsabilidade muito grande para
nós, apesar de que nós temos experiência de acompanhar muitos tantos
encontros do movimento, encontro da saúde indígena, tanto educação, demais
encontros, não é? Com isso a gente possa também dizer que nós temos
experiência, mas ao mesmo tempo a gente tem a preocupação maior com a
participação das nossas lideranças tradicionais, demais membros da
comunidade. E dizer também para o nosso Cacique maior, Presidente da
FUNAI, uma questão preocupante para nós, claro que nós recebemos a
formação esses três dias da discussão da programação, planejamento dessa
Conferência. Ainda nós temos a preocupação da base, não é? Como é que nós
podemos organizar os encontros locais e estaduais juntos com a coordenação
que foi, que vai também estar em frente dessa organização. E pedir apoio da
FUNAI, que possa orientar ou fazer a comunidade entender que esses
encontros vão ser tão importantes para a gente refletir, construir uma proposta,
diretrizes para que o estado brasileiro possa respeitar a questão indígena, que
possa realmente criar, ter uma Política Indigenista visível perante estado, tanto
também perante a sociedade não indígena, não é? Eu acho que importante é a
gente refletir isso. E outras coisas, e outra preocupação, outro ponto é a
questão dos encontros do movimento indígena esse mês de abril, porque a
gente sabe muito bem que abril, o mês de abril tem uma significativa muito
importante para a gente refletir, resgatar a memória, o histórico dos povos
indígenas no Brasil. Então a minha preocupação é esses encontros, essas
agendas que vão acontecer mês que vem, é importante a gente refletir,
importante também a gente começar a se preocupar que não fere essa
programação, esse Seminário e Conferência que vai acontecer em cada estado,
para que nossas lideranças que nós participaram desse encontro não reflete,
que esse encontro não é importante, essas referências que vão acontecer em
cada estado. Eu acho que essa é uma questão preocupante para mim, que a
gente com certeza vai levar essa informação, porque se a gente não passa essa
informação desse Seminário que aconteceu, com certeza liderança vai pensar
que esse encontro não é importante para eles também compreenderem. Eu
acho que isso é importante para nós, porque mesmo que nós estamos à frente,
com certeza algumas lideranças vão dizer que esse encontro é do governo, não
é? Sendo que está sendo promovido pelas lideranças indígenas que estão à
frente dessa Comissão Organizadora, eu acho que isso é importante para a
gente levar essa informação para a nossa base para que não fira essa
programação das Conferências locais, estaduais também. Eu tenho certeza que
mês que vem vai estar, eu não sei quantos números da população nem
participantes daqui do movimento indígena, do Acampamento Terra Libre
aqui em Brasília. Eu acho que isso é uma preocupação maior para mim, o
estado de Rondônia com certeza vai estar, apesar que vieram só duas pessoas,
eu tenho certeza que vou passar essa informação para eles, porque dia 07 a 10
já acontece o Encontro do Movimento Indígena do Estado de Rondônia, é
onde com certeza vou levar essa informação para eles, para que eles não
possam pensar que esse encontro que nós participamos seja do governo, mas
claro que participação do governo com certeza é importante, não é? Então essa
é uma questão preocupante para mim, era somente isso que eu queria dizer,
obrigado.
Flávio Chiarelli - Obrigado Heliton, próximo Élcio.
Elcio Manchineri - Bom dia a todos e a todas, Élcio Manchineri conhecido
mais Tóia, não é? Região Amazônica, COIAB. Bom, senhor Presidente, com
relação à Conferência, não é? É, desde o início eu acho que nós vimos, a gente
está vindo, conseguindo alcançar nossos objetivos, não é? E o Seminário em si
foi um grande encontro também do Movimento Indígena, oportunidade de
várias regiões estarem se encontrando e aí discutindo seus problemas, não é?
Problemas territoriais, problemas do dia a dia. E surtiu muito efeito, isso foi
bastante positivo, esse reencontro de várias regiões antes da Conferência, em
relação ao formato do Seminário também foi bastante interessante, porque deu
oportunidade para mais pessoas falarem, no grupo que nós participamos, eu,
Chiquinha, Juan e a Márcia do Ministério do Meio Ambiente, nós trabalhamos
não o debate, mas demonstrar o que é na questão do desenvolvimento
territorial e de povos indígenas e direitos coletivos, trazendo exemplos para
que os nossos parentes que estavam ali refletissem, a partir daí trabalhassem
novas propostas, entender isso melhor, não é? Vou colocar isso para a mesa,
como é que eles estavam entendendo, então o formato em si foi bastante
interessante, não é? Pena que o tempo, talvez, nós estejamos, não foi o
suficiente para a gente aprofundar mais no debate, nos esclarecimentos e na
conversa, não é? Mas em si se eu for analisar analisando toda a questão do
evento do Seminário, nós conseguimos atingir o objetivo. E também para os
próprios funcionários da FUNAI entenderem melhor daquilo que não era do a
FUNAI que estava fazendo o Seminário, mas que era toda uma situação,
governo e movimento indígena, porque isso que é o interessante para a gente,
não é? Onde as pessoas conseguem captar a essência do que vai ser o
Seminário para trabalhar. Ah, têm muitas dificuldades ainda que eu acho que é
mais uma questão administrativa, não questão política, não é? De
entendimento do que vai ser a Conferência em novembro, mas acho que
também pode ser sanada pela FUNAI através das reuniões internas que a
FUNAI possa fazer com os Coordenadores das CRs, não é? Porque aí são
mais questões administrativas, não políticas, não é? E parabenizar a todos
também pela participação e aqui também parabenizar o Coronel Rodrigo e ao
Alfredo ali, que sempre têm tido... Acho que talvez essa preocupação de
entender melhor a questão do Movimento Indígena, de como funciona as
comunidades indígenas, não é? E acho que o Coronel está indo mais além, não
é Coronel Rodrigo? Fez um curso sobre etnografia das, indígena das Américas
e ali também dá uma plataforma mais geral do que são esses povos,
principalmente, aqui no Brasil, não é? Então eu acho que tudo isso contribui
para o entendimento de todo esse processo, e é isso senhor Presidente,
obrigado.
Flávio Chiarelli - Obrigado, Kohalue.
Kohalue Karajá – Bom dia a todos e a todas, meu nome é Kohalue Karajá, é
Região Amazônica. Então, eu gostaria de agradecer a Comissão Organizadora
e aos demais integrantes do CNPI, não é? Que bom que deu certo a nossa
Conferência, porque nas outras Conferências eu tenho visto só ataques, não é?
Movimento Indígena atacando, partindo para ataques, governos atacando
principalmente a FUNAI. Então eu acho que realmente em relação à FUNAI
focou, priorizou mais, Política Indigenista é isso que nós queremos, não
ataques. Então assim, esperamos que mais para frente referências locais que
pudesse, que haja ter um êxito em relação à participação diretamente com
Movimento Indígena no local. E também regional, não é? Só houve um
pouquinho de mudança em relação à Tocantins, eu não sei se isso pode
interferir em relação aos custos, no caso a gente já havia escolhido três, três
municípios que era: Araguaína, o formoso Araguaia e São Felix. E aí na
última hora os parentes nosso, o Xerente puxou uma reunião, uma Assembleia
deles para Tocantins, e aí eu não sei se isso vai interferir em relação aos
gastos, eu por mim eu, eu gostaria se ficasse só nós três, pudesse estar
chamando o pessoal lá para acontecer essa Assembleia, não é? E aos demais
eu queria agradecer, eu acho que todo mundo já sabe que eu havia entregado
meu cargo do CNPI e como não aconteceu ainda a Assembleia-Geral de
Tocantins. E ainda permaneço aqui, porque a gente não pode deixar vago, eu
tenho que estar aqui, porque têm outros afazeres, no caso eu sou Coordenador
Técnico Local da FUNAI de Araguaia, então eu tenho que estar sempre ligado
lá e, ao mesmo tempo, no Movimento Indígena Local. E aí eu queria
agradecer muito a paciência de vocês aí, porque eu, passando uma luta
também com o meu filho, meu filho doente, muitas vezes e eu deixo, tenho
que estar com vocês aí no sentido de contribuir com o movimento de vocês,
porque eu me sentiria se eu tivesse que me ausentar talvez. E falta alguém
para estar contribuindo com vocês aqui seria eu, não é? Mas isso, mesmo
assim, eu estou aqui com vocês, apesar de a gente receber bastante crítica e
espero que daqui para frente possamos trabalhar juntos e tentar fazer conforme
nós almejamos, pretendemos fazer isso, muito obrigado.
Teresinha Maglia – Obrigada Kohalue, próximo, o Gabriel.
Gabriel Domingues - Gente, bom dia, eu sou Gabriel Domingues, eu estou
representando o Ministério do Meio Ambiente, eu não estou diretamente na
Comissão Organizadora da Conferência, mas o Rodrigo e a Márcia são da
minha equipe lá e então, são da Comissão Organizadora e a gente está
acompanhando também. Eu infelizmente eu tive oportunidade de participar
somente na quarta-feira, na tarde de quarta-feira e foi uma participação, foi
curta, porém assim, foi muito, para mim foi muito significativa. Eu acho que
de uma forma geral até concordando, assim, com o que já foi avaliado, as
diferentes participações, a presença das coordenações regionais, a FUNAI, a
participação inclusive contando a realidade que eles estão vivendo lá, todas as
dificuldades deles, a participação de outros órgãos do governo que também
estão se juntando e estão participando desse processo da Conferência que eu
também achei interessante assim. É, eu queria só trazer algumas contribuições,
é claro que depois isso é para ser discutido mais minuciosamente no âmbito da
Comissão Organizadora, mas com relação, assim, a gente, no ano passado a
gente teve, viveu o processo de organização dos encontros de povos e
comunidades tradicionais no âmbito da Comissão Nacional de Povos e
Comunidades Tradicionais, tivemos cinco encontros regionais e um encontro
nacional ao final do ano. Então assim, com relação á questão mais operacional
a gente aprovou no âmbito da Comissão Organizadora, no próprio Regimento
Interno tinha algumas recomendações para os participantes, talvez, isso possa
ajudar com relação assim, ao que vai ter direito no hotel, o quarto tem duas
águas e tudo, orientações gerais, é a questão de transporte, como que funciona.
Então assim, para todos os eventos já tinha isso, depois a gente fez uma
publicaçãozinha que aí iria para os participantes, na pastinha assim, eles
mesmos na hora quando chegava a turma eles já liam ali, já ficavam cientes de
tudo o que, do processo da organização. Esse negócio da água, por exemplo,
agora eu confesso que fiquei preocupado, porque a gente lá no MMA, a gente
que contratou, porque alguns desses encontros foi a gente que contratou e foi
pela nossa Ata de eventos, a gente contra, a empresa que a gente contratou a
gente previu exatamente duas águas por dia no hotel, no quarto do hotel.
Agora eu estou preocupado até com essa respectiva e talvez a gente vai ter
problema com o TCU aí, eu não sei, não é? Mas, inclusive, no encontro
nacional a gente teve um problema também em novembro, porque a gente
naquela correria do evento esqueceu de prever na Ata as águas, então a
empresa que contratou, que fez a negociação com o hotel não tinha e a gente
pediu para... E uma coisa que foi isso, assim, a gente pede para esvaziar os
frigobares do hotel.
Eles vêm vazios até para evitar de o pessoal consumir sem saber que depois
vai ter que pagar e tudo, e tinha somente as águas, foi assim que funcionou, só
que no encontro nacional não tinha nem a água. E aí foi aquele problema, o
pessoal chegando tinha água para tomar, os caras cobrando no hotel caro e
tudo, a gente teve na correria comprar galão de água de última hora para levar
e aditivar no contrato para poder, distribuímos na porta, na saída do evento a
garrafinha de água para o pessoal, foi uma confusão. Mas isso é coisa que
acontece mesmo, faz parte desse processo e aprimoramento, eu acho que aí
tem uma coisa para avaliar, porque eu acho que pode variar, nesse caso que a
gente viveu dos encontros em PCT, a opção foi por justamente pagar só um
auxílio transporte para os participantes. E aí chegando aqui o pessoal tinha
tudo incluído, transporte, alimentação, hospedagem e tudo, isso por um lado é
bom, porque pode ser que ajude nisso que o Presidente falou de evitar
dispersão do pessoal, está todo mundo mais junto, porém, é uma demanda
grande para quem está na organização, que tem que ficar prestando atenção,
vendo todo mundo, quem está, quem não foi e tudo. Não é? Eu acho que é
uma coisa de se avaliar, quando é diária paga a diária, cada um se vira, mas aí
dá para também ter uma organização no sentido de cada um, por exemplo, as
lideranças assim, ajudarem seus grupos assim a se organizar para ir, é uma
coisa a se avaliar e pensar de que forma isso pode ser melhor. É, uma última
coisa com relação à metodologia, uma observação, assim, que eu queria até
ouvir uma avaliação aí mais quem, o pessoal que participou aí, Bancada
Indígena, pessoal de governo, é com relação ao formato que foi dado ali
daquelas discussões ali, que foi dividido por tema, as mesas ficaram fixas e os
participantes foram trocando de mesa e debatendo diferentes temas. Porém,
quem estava na mesa, na discussão ficou toda hora tendo que repetir e falar
durante três vezes, eu acho que foi, que é desgastante para quem está na mesa,
assim, repetir. Eu lembro que a metodologia que a gente usou nos encontros
de PCT a gente dividiu por grupo, aí cada um, o pessoal se inscreveu nos
diferentes temas, vocês até me perdoem se isso já foi uma discussão feita no
âmbito da Comissão Organizadora, mas é para avaliação mesmo. O pessoal ia
para os temas, fazia uma discussão, tinha um tempo maior para fazer uma
discussão mais aprofundada dentro de cada temática daquela e depois levava
para a plenária, fazia uma síntese, um relato, cada grupo levava para a plenária
para discussão na plenária, todos os grupos juntos discutirem cada tema
daquele. Eu acho que é para, é o caso de a gente avaliar também se não, se
isso na minha impressão eu acho que otimiza mais o tempo e dá uma
oportunidade de aprofundar, um aprofundamento maior dentro de cada tema e,
ao mesmo tempo, também todo mundo tem oportunidade de discutir todos os
temas na plenária. Então só algumas observações, o Rodrigo está aqui eu não
sei se ele quer fazer uma complementação, ele é da Comissão Organizadora.
Rodrigo Augusto - Rodrigo Augusto, Ministério do Meio Ambiente, só
complementando o que o Gabriel falou, primeiro dois pontos: primeiro eu
acho que o, fazendo uma avaliação do Seminário eu acho que o Seminário
serviu muito, ele cumpriu o papel de horizontalizar as informações com
relação à Conferência, principalmente, a local, regional e a nacional. Mas mais
do que isso, eu acho que ela ajudou pelo menos a bancada governista, pelo
menos o Ministério do Meio Ambiente conseguir se ver de forma e qualificar
a sua participação dentro da Conferência. Eu acho que a gente está
conseguindo encontrar o nosso lugar de fala inclusive, então o eixo três, o eixo
de desenvolvimento sustentável de terras e povos indígenas onde o Tóia falou,
a Márcia e o Juan da FUNAI, falaram e conseguiram falar sobre PGTA, sobre
PNGATI que é justamente o nosso mitiiê, não é? Então a gente estava muito
com receio de trazer a PNGATI para dentro da Conferência, porque a
PNGATI vai ter uma Conferência própria o ano que vem. Então a gente não
queria contaminar a Conferência de Políticas Indigenistas com a temática e a
problemática da PNGATI, mas eu acho que ela encontrou o seu lugar, não é?
Então assim, a gente segue qualificar melhor a nossa participação e eu acho
que dentro da Conferência Nacional quando a gente teve isso que o Gabriel
está falando, que a gente for pensar a metodologia. E se os eixos tiverem outra
forma de lidar eu acho que aí a gente consegue se encaixar com o MDA, e o
Ministério do Meio Ambiente conseguir ali tomar conta e se qualificar para
participar melhor desse eixo de desenvolvimento sustentável. Eu acho que é
um ponto importante a gente dar esse feedback, de mostrar que foi importante
o Seminário, o Seminário de fato conseguiu até para a bancada governista a
gente ter um primeiro, uma primeira visualização do que vai ser essa
Conferência, da dimensão dela, da diversidade que ela vai ter, a diversidade
cultural, a diversidade... O desafio de perceber as várias realidades locais e
tentar trazer isso para um discurso e para uma narrativa mais geral no encontro
nacional. E eu acho que a discussão mais pontual do eixo três eu acho que ela
está conseguindo fazer isso, está conseguindo entender as realidades locais e
aí puxar dentro do PGTA e da PNGATI para o âmbito mais nacional. Então eu
acho que é essa a minha avaliação do Seminário.
Teresinha Maglia – Próximo Valcelio.
Valcélio Figueiredo Terena - Bom dia a todos, sou Valcelio Terena de
Campo, Grande Mato Grosso do Sul. Bom, senhor Presidente, na verdade
assim nós temos essa avaliação do Seminário e eu quero colocar aqui para
todos os companheiros, principalmente, para a Comissão Organizadora que na
verdade a gente estava enfrentando isso como um desafio, não é? Um desafio
de a gente fazer realizar essa Conferência que para mim na minha avaliação
foi um sucesso, sabemos que temos várias dificuldades por região, mas, enfim,
nós temos que estar enfrentando mesmo realmente para fazer acontecer,
porque na verdade é o seguinte, se for para a gente fazer uma Conferência sem
o desafio a gente não consegue o avanço da Conferência Nacional. Então a
minha avaliação quando eu quero passar para os meus companheiros aqui na
condição de Mato Grosso do Sul, é uma, nós tivemos uma visibilidade do
Seminário, no entanto, com as lideranças indígenas, aqueles que vão participar
da Coordenação Regional, tanto Coordenador também, porque foi muito
importante para a gente ter essa grande visibilidade de como vai ser feito nas
etapas locais, pelo respeito também que foi citado. Como nós vamos estar
trabalhando os locais respeitando as culturas, respeitando só costumes de cada
povo, isso é muito importante também para a nossa realização das etapas.
Então eu vejo que esse Seminário ele teve um avanço, realmente tem crítica,
sabemos que tem CR no estado que não está, às vezes, favorável da realização
da Conferência, mas eu acredito que o Presidente na sua posição pode também
estar fazendo as suas comunicações, o contato com os Coordenadores para que
possa estar realmente vestindo a camisa, estar interagindo também junto com
as comunidades para essa realização das Conferências. Porque para nós essa
Conferência como pode ser vista pelo governo é um grande desafio que nós
estamos enfrentando ela, mas eu tenho certeza que ela já começou, a gente
vem trabalhando todos os documentos, base, o regimento, até participamos
das oficinas, tanto do Seminário. Agora vamos entrar na fase das etapas locais
e regionais, até mesmo nacional, então eu vejo, assim, senhor Presidente, que
essa é uma avaliação, coloco de uma posição positiva que tivemos com todos
os companheiros da coordenação nacional que esteve presente, esteve
engajado nesse trabalho. E também os nossos companheiros de governo aí
olha, quero agradecer muito pela presença efetiva que vocês tiveram com a
gente, isso é muito importante, sabemos também que têm pessoas ainda para
nos estar dando essa sustentação do nosso trabalho. Então, oh, Presidente,
mais uma sugestão aqui também, a gente teve muitas críticas, a questão da
hospedagem, não é? E a gente não pode deixar de não estar falando também,
mas eu vejo que algumas falhas que têm de repente dar para serem corrigidas.
Eu vejo, é só uma situação da Comissão Organizadora, às vezes, como nós
chegamos aqui em Brasília, já foi citado ontem, hoje aqui pelo Capitão
também algumas situações, assim, do hotel, mas eu acredito que nessa
próxima reunião a gente pode pontuar algumas situações para a gente estar
acertando elas, não é? E eu não sei se é o, ou pode ser o mesmo pensamento
também da Comissão Organizadora, mas eu sugiro assim que para nós que
temos muita demanda com a base, de a gente vir pela diária mesmo como foi
citado, porque a gente pode estar trabalhando da forma mais adequada para a
gente que nem no caso... É, nós temos muito gasto em relação às demandas
das nossas aldeias em termo de comunicação e eu vejo que nós, o pessoal em
si quando vier para a nacional, eu sugiro, assim, que realmente tem que vir
pelo pacote para não dispersar muito da localidade, do horário, entendeu? Mas
a Comissão, no entanto, porque a gente já vem na frente, eu acredito que tem
que vir pela diária, porque nós vamos ter vários trabalhos para fazer. Então a
gente não vai estar somente engajado em um só determinado serviço, não é?
Então eu vejo assim, é uma sugestão que eu coloco, mas, enfim, eu vejo essa
visibilidade da Conferência para mim foi já um sucesso e vamos fazer ela
estar correspondendo melhor ainda, obrigado.
Flávio Chiarelli - Obrigado Valcelio, Simone é a próxima inscrita.
Simone Karipuna - Simone Karipuna Região Amazônica, COIAB do Amapá
e Norte do Pará. É, bom, tem um monte de coisa que eu quero falar, espero
tentar aqui falar pelo menos um pouco do que eu estou pretendendo. É, bom,
avaliação desse Seminário, a gente já vem já com uma avaliação desde a
oficina que ocorreu no ano passado em Sobradinho, a gente também já
percebeu que a gente precisaria melhorar muita coisa para o Seminário, não é?
Então desde a nossa atuação mesmo como membro da Comissão
Organizadora, também desde o processo de todo, todo dia a gente estar se
reunindo para avaliar todo o processo do dia, o que foi que a gente cometeu
para que no outro dia a gente também não tivesse, para também que a gente
não cometesse de novo. Então isso achei muito positivo agora para o
Seminário, a gente teve várias vezes esse momento durante o Seminário,
durante os três dias, ah, a gente... Não vou repetir o que os colegas já falaram
em relação, de algumas coisas que ocorreram, a gente também precisa ter uma
preocupação muito grande, inclusive, para dar, isso já é uma demanda para a
Subcomissão de Infraestrutura e Logística, para que nas Conferências
Regionais e Nacional, que a gente consiga também fazer um diálogo com as
empresas que forem atender essa demanda. Porque nós vamos trabalhar essas
empresas, tem que ficar bem claro para eles que eles vão trabalhar com o
público específico e que o tratamento tem que ser mais moderado, eles não
podem utilizar de qualquer forma para fazer uma conversa com as nossas
lideranças, tanto na regional como na nacional. Isso aqui tem que ficar bem
claro aqui e a quem está, vai estar nessa Subcomissão vai ter que ter essa
preocupação. É, uma coisa também que eu achei que a princípio eu fiquei
meio apreensiva, porque a gente também na Comissão Organizadora nós
vamos ter que, tudo o que a gente for deliberar daqui para frente, tudo o que
for referência à demanda sobre a Conferência terá que passar pelo crivo da
Comissão Organizadora, porque a gente percebeu que tiveram algumas coisas
que não passaram pela gente. E aí pensando nessa questão, é, acabei
esquecendo, bom, passou, mas tem uma coisa que eu coloco como positiva, o
colega ali acabou falando que, é o Paulo, não é? Paulo Guilherme falou que
ficou... Ah, é que está, ok, e aí falou que, assim, a dinâmica que foi utilizada
nas mesas, não é? Então eu, assim, eu moderei uma mesa, mas é, as três mesas
e eu logo que eu fui para lá eu fiquei muito apreensiva e aí ao final dos três,
das três mesas eu fiquei aliviada, porque na plenária em que eu estava as
pessoas que saíram de lá saíram, só não saíram satisfeitas com a primeira
mesa, porque a gente acabou que, preocupado muito com o tempo. Mas as
outras a dinâmica foi muito boa, viu? Foi assim, a própria plenária lá fez sua
colocação logo, não foi 100%, a gente precisaria de um tempo maior, mas a
gente teve um produto. Só que infelizmente isso é uma coisa que eu coloco,
uma problemática e houve em relação à relatoria, ficou muito complicado
fazer moderação daquelas mesas e estar preocupado com a relatoria, porque na
última mesa não teve relatoria. E aí tivemos a sorte também nessa última
mesa, se a Luciana e a Luciana fez algumas, fez as anotações, mas é muito
preocupante isso, então isso fica aí para que isso não ocorra mais. Ah, também
fico preocupada em relação a, bom, todo o Seminário para mim, assim, como
liderança eu estou saindo satisfeita, eu, a gente chegou com a mala cheia de
muita responsabilidade, não só com toda a logística da nossa liderança ali
presente, como também dos Servidores que também estavam ali, mas também
com conteúdo. Conteúdo para nós era o fundamental para que a nossas
lideranças de base pudessem absorver, e a gente percebeu não na totalidade,
assim, porque também até para nós a gente que está aqui vivenciando já com
vários momentos da Comissão Organizadora, a gente ainda está em
aprendizado. Mas as nossas lideranças que vieram de base voltaram com uma
bagagem cheia, não é? Então quando eu falo em relação a essa bagagem cheia
aí vem uma outra preocupação, isso eu remeto aqui também para a
Subcomissão de Metodologia e Infraestrutura, enfim. Como e quando vai
chegar? A gente vai ter que demandar esse material para a base, porque nós já
estamos em final de março e têm muitas Assembleias que já vão começar
agora em abril e esse material tem que chegar lá, não é? E isso é uma
preocupação também, então essa é uma coisa aqui para que a gente também
pense em relação a isso, Seminário foi bom, foi muito proveitoso, mas agora é
fazer aí essa logística toda para dar subsídio suficiente para ocorrer as locais.
Quando fala referência aos locais, vem uma preocupação muito grande e aí eu
já falo aqui para o Presidente da FUNAI, para a Lúcia da FUNAI e MJ
também, é em relação ao transporte aéreo, porque eu venho de uma região em
que o valor que tem para duas locais, na minha região infelizmente não tem
como. Então eu gostaria que eu, eu estou falando da minha região e sei que
tem também outras regiões que para se garantir a realização de locais tem que
ter transporte aéreo. Então, por exemplo, de a gente olhar com carinho essa
questão que é muito importante para, de fato, a gente da minha região
conseguir fazer uma boa atividade. Também, assim, falei das mesas de debate
e gostaria de agradecer os expositores das mesas de debate, foram pessoas
assim, cansaram e foi cansativo, mas as pessoas também que estavam lá como
expositores foram muito bem, foram muito didáticos no repasse das
informações para a plenária. Então assim, de parabéns, é, teve a questão
cultural que foi muito boa, mas eu queria agradecer a esse momento cultural
na pessoa do Capitão, porque ele foi, assim, ele reflete tudo e quem estava na
plenária ontem percebe que reflete tudo que é a valorização da nossa cultura
em todo esse processo da Conferência, então o meu agradecimento Capitão,
aos membros da CNPI, da bancada governamental. A Conferência ela está
hoje acontecendo porque foi, nós levantamos a bandeira do Movimento
Indígena Nacional, e aí muito discutida essa proposta da realização da
Conferência. E aí estamos nesse momento, aqueles que ainda não estão
envolvidos nesse processo, ainda não vestiram a camisa, saibam que vocês
também são partes importantes nesse processo, porque essa Conferência ela
foi, é uma vontade nossa, não é? E aí por muitos de vocês levantado, eu acho
que convido vocês também para vestirem a camisa dessa, da Conferência,
porque para nós esse é um, a gente pretende com isso mudar a história da
Política Indigenista no Brasil. Obrigada.
Flávio Chiarelli - Obrigado Simone, Marcos do Tupã.
Marcos Tupã - Bom dia a todos e a todas, membros da CNPI indígenas e não
indígenas, é, eu sou Marcos Tupã, Ibiá guarani da região Sudeste. É, na
questão da avaliação eu quero parabenizar a todos, a Comissão Organizadora,
a princípio dentro da questão onde, quando foi discutida a Conferência, e que
partiu de novos movimentos indígenas, essa questão de trazer de junto a
sociedade e aos nossos povos indígenas a questão da discussão da
Conferência. E hoje estamos vivendo isso, me sinto agradecido por todos os
movimentos indígenas que se propuseram trazer essa discussão no âmbito da
questão da política e no qual nós vivemos. É, foi muito esclarecedor por parte
dos expositores e ouvimos dos nossos parentes de cada região, não podia ser
diferente, não é? Porque a discussão colocada ali é o que nós vivemos em
nossa região, a expressão das problemáticas da demarcação das terras e outras
dificuldades como compreensão na aplicação, na educação, na saúde e todas
as questões políticas das ações do governo, seja federal, do estado ou do
município que muitas das vezes acabam afetando de tal forma, não de fato
como garante a Lei. Então isso é uma discussão que veio em muitas das
regiões e, de fato, nós vamos ter muita essa discussão mais a fundo nessas
regiões, nas reuniões das etapas locais e regionais. Então eu quero parabenizar
a todos da Comissão Organizadora da CNPI, do Movimento Indígena, dos
representantes dos governos, é claro que a Conferência em si, a discussão vai,
já tem um norte, já tem os princípios, já tem o norteador da discussão. É, a
Legislação e a Lei específica para cada qual está escrito estão aí colocadas,
garantidas e que, de fato assim, não sei qual a palavra usar no sentido de a
garantia da execução e do respeito, de fato, como se garante a Lei. É, na parte
mais assim específica, ainda até ontem à tarde quando se levantou a questão
da organização das etapas locais, foram levantadas da parte da coordenação e
da dificuldade de realizar as reuniões das etapas locais e a dificuldade de
contratação do serviço, isso ainda ficou um pouco na discussão com os
Coordenadores da dificuldade de contratação bem específica, que quando se
faz reuniões, evento na aldeia, que se faz necessário à contratação do serviço
de cozinha. Então como coloco aqui para a Comissão Organizadora e também
na CNPI que fica como registro de como podemos lá na aldeia, têm muitas
aldeias que estão mais estruturadas, que vão ter pessoas, que vão precisar
organizar as pessoas de cozinha. É, como fala? Fogão, essas coisas
industrializadas que têm mais estrutura, têm muitas aldeias que de fato vai
precisar, tem equipe que vai cozinhar e aí tem a parte que tem algumas aldeias
que vão ter que cortar lenha, tem, são bem específicas assim de cada aldeia.
Então para esse serviço assim ainda os Coordenadores levantaram as
dificuldades de como vão fazer o repasse de pagamento para essas pessoas,
então isso ainda a gente vai levar para a Comissão Organizadora, de como
sanar as possibilidades para realizar esses eventos. Ah, eu queria também
deixar aqui, é uma recomendação para a Comissão Executiva e também nós da
Comissão Organizadora para ver pelo menos, assim, na minha região e que vai
ter uma rede, Conferência Regional. Eu queria propor essa parte da estrutura,
que a estrutura do evento da reunião da Conferência seja o mesmo espaço
onde também pode ser, as pessoas podem se hospedar, como foi feito lá na
outra Conferência dos Povos Indígenas lá em São Paulo, em São Vicente que
teve o espaço onde as pessoas se hospedaram e no mesmo espaço também
foram realizados os eventos, as reuniões e a discussão. Isso facilita muito para
nós para, já levanta, toma café e no mesmo espaço fazer a reunião, porque não
tem esses translado de local da hospedagem. E aí com isso acaba também
perdendo muito tempo até as pessoas chegarem, se inscreverem, fazer
credenciamento, então isso tem, aqui nesse evento a gente. É claro que na
Conferência Nacional vocês da executiva e nós vamos ver o melhor espaço,
então, mas nessas Conferências Regionais eu queria que fosse essa
possibilidade de não, para de fato a gente ter o espaço das lideranças que
forem participar dos eventos ficarem lá sem... É, porque vai vir muitos nossos
anciãos, as mulheres, então essa, é importante de fato, assim, garantir quando
possível esses espaços que já tenham esse contexto, ok? Então obrigado
(Ininteligível).
Teresinha Maglia - Obrigada ao Marcos e só para clarear bem rapidinho essa
questão, é Teresinha que está falando da Secretaria-Executiva, todas as
regionais vão ser solicitadas que sejam no próprio evento, no hotel onde o
pessoal tem a hospedagem, alimentação e o encontro. Aqui em Brasília não
aconteceu isso, porque nós fizemos, a empresa contratada GV2 fez uma
proposta para os hotéis aqui em Brasília e nós tivemos 15 negativas dizendo:
“Não temos espaço, não podemos hospedar e fazer o espaço, não temos como
receber nem hospedagem nem alimentação.” O único hotel que se dispôs, a
única positiva, o único hotel que se dispôs a receber foi o hotel base e o único
local que nós tivemos para fazer o encontro foi o Centro Internacional de
Convenções do Brasil, por isso é que ficou esse translado vai lá e vem aqui.
Mas dentro das próximas nós, das regionais vai se fazer o possível e o
impossível para que seja no mesmo local, claro que a nacional é um pouco
mais diferente, não é? Porque a nacional são quase 2.000 pessoas ou mil e
poucas pessoas, não tem nenhum hotel que comporta essa quantidade e nem
consegue fazer um evento assim. Mas aí é diferente da nacional, próximo
inscrito, o Crisanto pediu novamente a palavra, então agora Crisanto, depois
eu tenho escrito o Brasílio, o Coronel Rodrigo, Pierlangela, Frederico, Sandro
e José Arão.
Crisanto Xavante – É, bom, o Presidente não está, mas você está aqui, não é?
Eu queria ratificar a minha fala, porque quando a gente começar, quando eu
começo a falar me atrapalho tudo, então falar com calma agora. Quando eu
falei sobre corte, de vir só quatro pessoas por regiões a gente entende, mas
quando a gente vai se inteirando, capacitando nesse Seminário, eu tenho essa
preocupação em nível local, estamos formando a Comissão Regional, nós
mesmos que estamos aqui, a princípio nós estávamos era relacionando mais de
cinco lideranças, dando suporte das etapas locais. Então a minha, eu pedi
como sugestão nesse, tive a possibilidade de a FUNAI proporcionar para as
regionais o que a gente escolher ou indicar, formar Comitê locais, a Comissão
local ter uma capacitação mínima, nós mesmo, mas a FUNAI possibilitar isso,
a gente reunir e passar, não é? Fazer a multiplicação, nesse sentido que eu
falei. A outra preocupação que eu tenho, todo mundo falou sobre logística,
não é? Falta de água, então tem duas situações: uma vir com diária, uma fazer
eventos com diárias, cada um vai para os seus hotéis, cobra o que quiser.
Então cada pessoa toma a sua responsabilidade por si mesmo, quando é pacote
vem minha sugestão, não é? Além do que já foi sugerido, a questão da água
que eu acho que temos que nos preocupar também com as pessoas, não sei por
que eu vou falar aqui, porque acho que porque o xavante está passando isso,
virão algumas lideranças com as doenças degenerativas, não é? Ou hipertenso,
diabético, então se for, se a gente caminhar para o pacote, levar em
consideração essa minha sugestão. É, fazer esse acordo com o SESAI que
disponibiliza equipe mínimo de pronto atendimento, pronto socorro, fazer... E
os medicamentos, a gente fica o tempo todo em pé discutindo, tinha gente com
dor de cabeça que procurava medicamentos, prefiro carregar os meus
medicamentos e a gente acaba passando os comprimidos, esses medicamentos
básicos. E pensar para a etapa regional, principalmente para a nacional, não é?
Outra também eu queria colocar aqui não puxando o saco do meu
Coordenador, mas assim, o meu Coordenador, o Coordenador do CR xavante
ficou decepcionado com a gente, porque nós não apresentamos o nosso ritual.
Aí eu falei para ele assim: não, nós vamos nos preparar para a etapa regional e
nacional, nós vamos apresentar sim. E assim, incentivar, ver se a gente faz
melhor do que fizemos hoje, improviso, então para quem ficar na parte
cultural já está pronto, não é? Para estar, estamos fazendo essa parte cultural
que é muito boa para nós, quebra esse cansaço, intensidade na discussão.
Então desde já estou deixando, nós xavantes nós vamos vir preparados para
estar demonstrando alguns rituais. É, estou falando sobre eixo, falar aqui
resumidamente, eu dei o máximo de mim, acho que todos nós demos o
máximo da gente, é uma coisa nova para nós, para algumas lideranças. É, nós
temos essa visão de cosmovisão, respeito do mais novo com o mais velho,
essa ligação com a natureza, a gente não tem separação entre coisa material e
com espiritualidade. Então como eu fiquei na diversidade cultural e não me
lembro o final, eu falei sobre esse respeito e acabei puxando mais para
respeito à mulher, a interação da mulher no processo, porque nós indígenas
erámos fortes, passamos séculos ou ano, porque as nossas mulheres estavam
ao lado, estavam equilibrando. E de repente, tudo bem, a cultura ela é
dinâmica, ela muda, de repente fomos para outro caminho, mas assim, para
mim foi muito produtivo, não é? É, pedi a fala porque eu precisava falar sobre
essas doenças que assolam, acho que não só xavante, está avançando nos
outros povos, temos esse cuidado nessa parte de prevenção. Qualquer
manifestação de doença que já existe, porque esse cidadão ele tem vergonha
de falar, eu sou diabético, eu tenho esse direito. E a Comissão Organizadora
junto com a logística já colocar também, não sei como eu vou falar, uma
triagem, eu acho que assim o pessoal da logística vão se preparar melhor,
porque o Seminário significa tudo isso, aprendemos com as falhas e as
próximas reuniões, próximos eventos melhoramos. Então nesse sentido eu
pedi a palavra de novo, muito obrigado.
Teresinha Maglia – Obrigada Crisanto, próximo é Brasílio e depois do
Brasílio o Coronel Rodrigo.
Brasílio Priprá - Bom dia, eu sou do Povo Xokleng de Santa Catarina, da
região Sul. Eu também queria fazer uma avaliação, eu acho que foi
interessante, participei já de várias Conferências, eu acho que é o início da
Conferência Nacional, mas eu acho que é importante. Então essas pessoas que
estão aí da Comissão são pessoas já também que participaram, são
experientes, eu acho que nós vamos fazer uma boa Conferência, as lideranças
na base também já sabem do que propor, até porque na verdade tudo o que foi
proposta já em 2005, 2006 foi encaminhado, o Congresso para juntar a PL
2057 que toda liderança participou. Então é nessa mesma linha, na época do
Presidente Lula, é na mesma linha, então eu acredito que vai dar uma boa
Conferência, é necessário fazer isso, eu quero agradecer também essa
oportunidade que o Ministério da Justiça tem nos dado de segurar o recurso
para que a gente faça essa Conferência. Também quero agradecer o Presidente
pela presença dele no Congresso, porque eu acho que fez uma boa defesa, até
porque ele conhece muito bem, até têm muitos Deputados que falam uma
coisa que nem conhecem. Então ele como júri ele sabe fazer muito bem e fez
muito bem. Eu quero agradecer como povo Xokleng por todos os povos, acho
que ficaram felizes aqueles que veem essa defesa. E o que eu quero deixar
aqui também para o Ministério da Justiça, Doutor Marcelo, o nosso objetivo
da Conferência, era interessante que a sociedade soubesse de tudo o que vão
fazer e vamos propor, não é contra a sociedade, é para preservar a água da
sociedade. Nós temos o exemplo de São Paulo aí, temos grandes Engenheiros,
pessoas muito formadas, mas hoje estão passando sede e as experiências,
inteligência do povo indígena, lá não vai faltar água não. Então a nossa
direção, a nossa proposta, o que nós vamos fazer para o governo para nos
atender também vai atender a sociedade, então isso é importante que a
sociedade se puder um dia divulgar isso, nós também somos, por que nós
fizemos isso? Porque nós somos brasileiros, somos verdadeiros brasileiros e
temos interesse que a sociedade nos entenda também que nós queremos
preservar esse país que é nosso, e esse país preservado preserva toda a
sociedade. Então hoje a sociedade aqui está o governo aqui e quem sabe
amanhã ou depois a gente divulga isso em alguma rede aí, mostrando que
todas essas Conferências que nós vamos ter e vamos fazer a proposta aqui. E
que também nos ajude implantar aquilo que nós, nosso direito, aquilo que as
nossas comunidades precisam e para que esse Brasil seja melhor, talvez, não
para nós, mas para os nossos filhos, nossos netos, é isso que nós vamos
implantar, é tudo o que for pedido é em direção de um país bom, tranquilo,
harmônico para todos os brasileiros que gostam desse país. Eu quero
agradecer a Comissão, foi muito boa, não vou falar da água, todo mundo já
falou, eu acho que tem a forma de resolver, mas todo mundo está de parabéns,
eu quero agradecer todos e quero agradecer também a Teresinha e todos que
estão aqui, os dois Coronéis que estão aqui, todos que estão aqui até pela
presença que tiveram nesse encontro, o meu obrigado.
Flávio Chiarelli - Obrigado Brasílio, Coronel Rodrigo está inscrito.
Cel. Rodrigo Martins Prates/Ministério da Defesa – Bom dia a todos e
todas, então antes de mais nada questão agradecer as referências aí da Rosa,
do Tóia que foi meu colega lá no curso lá de índios nas Américas, não é? Lá
com o Professor Melatti e Valcelio, o próprio Presidente, não é? Então
realmente tem mais ou menos uns dois anos que eu passe a representar o
Ministério de defesa na Comissão, inicialmente a gente vem imbuído daquele,
do compromisso da defesa naturalmente não é? De e com a orientação de ver
sempre a perspectiva da defesa, que é natural que seja assim, assim como
qualquer Ministério presente tem que ver a perspectiva do seu Ministério,
aquela ótica, ver a realidade indígena. Mas aos poucos além dessa
preocupação, é lógico não é? É, a gente vai conhecendo mais o Movimento
Indígena, os indígenas em sim, as lideranças e em conhecendo a gente vai
cada vez admirando mais pelo comprometimento, pela liderança genuína ali,
não é? Pelo trabalho, pela dedicação e lealdade que é um ponto fundamental,
lealdade entre eles e lealdade com os povos que representam. Então isso a
gente vai aprendendo e obviamente quando a gente conhece a gente vai
gostando mais, aí o coração vai falando mais alto sem deixar também a razão.
É, com relação à defesa, então obviamente muitas vezes e teve lá na discussão
dos eixos temáticos, algumas dúvidas e que são dúvidas não dos indígenas,
são dúvidas da sociedade brasileira como um todo, sobre o papel da defesa, o
papel do Exército que está mais presente ali em contato com os indígenas. E
tem, eu tive até vontade de comentar um dos, depois não tive mais
oportunidade, mas é de, não, por que o Exército não enfrenta lá a questão do
genocídio, não é? Lá no Mato Grosso. Então o Exército não pode, no mundo
democrático existe poder político, poder civil, poder político e isso aí é todo
mundo, todo no Exército, nas Forças Armadas tem essa consciência plena.
Então as Forças Armadas são empregadas mediante determinação expressa da
Presidenta da República e dentro da Lei, não basta ser a Presidente, tem que
ser dentro da Lei de acordo com a Lei, se ela fugir à Lei também não, não é?
Porque é uma organização nacional, é uma instituição nacional o que não
impede, todo mundo sabe aqui, muitas vezes lá na ponta da linha, um apoio
aqui, um apoio ali, uma coisinha menor. E aí só voltando aqui, a gente se
preocupa, porque até o momento lá eu tive que sair, duas manhãs eu não pude
estar presente, mas tinha lá o meu representante que levantou a preocupação
da parte logística, então isso daí, a Simone foi uma que já vinha falando
comigo desde um ano atrás, não é? Mas sempre o Presidente falou lá na
oficina de aprimoramento que: “Tem que ser filtrado, primeiro tentar resolver
na base.” Isso aí até lembrando a palavra do Crisanto lá, um comentário que o
Crisanto fez no eixo temático e da sabedoria oriental, lembra disso? Da
sabedoria oriental, tentar resolver, fazer as coisas. Ah, não deu de jeito
nenhum, vai buscar o apoio de cima e assim vai chegar ao Ministério da
Justiça e eu só peço em nome da defesa, não é? Qualquer necessidade seja
apresentada com maior antecedência possível até para ter condições de
atender, apesar que hoje em dia no Brasil todo está essa restrição orçamentária
e tudo, mas o que for possível. Acabei de pedir para a Lúcia ali para me
adiantar, mandar o que tiver, questão de etapas locais e regionais, data e local,
porque a minha intenção é chegar, segunda-feira já propor um documento que
vai para, particular para o Exército, mas também para a Marinha e
Aeronáutica, até a ponta da linha já pré-autorizando, por exemplo, se for
convidado por etapa local, porque é interessante, se for chamado e se for... E
ter a solidariedade, o que for possível, lógico que o que não for possível, e
sempre lembrando bem, eu já trabalhei a vida inteira, 30, quase 40 anos e sei
das restrições o dinheiro é contadíssimo, é contadíssimo. Então não tem como,
ah, vai levar 200 indígenas 200 quilômetros de distância, não tem como, o
combustível é ali na marca, vem certinho. Então tem que, é o fogão, falaram
até negócio da cozinha, não é? Então assim, eu estou, se o Exército for
cozinhar para todos, as 130 Assembleias locais, pronto, acabou, só vai ter
soldado cozinheiro. Bom, agora quanto a ir, a questão ainda da preocupação
do estado, então a defesa e o Gessy não é? Estão sempre presentes também, eu
não sei se posso falar em nome do, não é Coronel não, mas é, já recebeu esse
posto aqui agora, foi promovido o Frederico, não é? É, a gente olha na
fronteira do Brasil, toda a parte de fronteira, os indígenas estão em toda a faixa
de fronteira. Então até levantei a questão da preocupação com a proteção
territorial etc., toda a faixa de fronteira, então inevitavelmente são parceiros,
somos parceiros. Quanto à avaliação, então primeiro ponto é essa questão, eu
acho que só cotejando, repetindo o que já foi falado, mobilização, eu acho que
mobilização foi um ponto fundamental, mobilização indígena eu acho que só
traduzindo o que já foi dito também, eu acho que foi importante até para as
lideranças aqui da CNPI, indígenas, porque mostraram ali a importância da
CNPI, não é? Mostraram que realmente são, é uma representação legítima,
não é? O objetivo da formação eu acho que isso aqui dá uma tranquilidade
muito grande, todo mundo achou que foi, eu acho que na minha opinião
também foi muito bom, foi, se atendeu o objetivo de formação, preparação do
pessoal para operar, organizar e executar desde a ponta da linha. É, a questão
da Conferência que a Pierlangela falou muito ao final ali do encerramento
ontem, sobre essa questão da Conferência dos povos indígenas, a Conferência
dos povos indígenas. Então nós temos que lembrar sempre, também é a
Conferência Nacional de Política Indigenista, relação estado/povos indígenas.
Então essa relação obviamente tem dois lados, então e sociedade e então eu
acho que é um desafio estar engajando cada vez mais o estado, não é? Os
representantes todos através dos Ministérios, etc., mas também lá na ponta da
linha, município, estado, sociedade também, uma coisa que eu também falo
desde o início, questão da visibilidade, porque a sociedade também todo
mundo sabe aqui que existe o preconceito, existe o... Porque justamente
porque não conhece, porque não conhece, então essa questão da visibilidade
eu acho que é uma parte muito importante. Na parte que eu participei mais
ativamente foi na coordenação de uma mesa, no início do Regimento Interno,
ficou clara ali uma das preocupações foi a sistematização desde o início, não
é? Os registros dos locais e tal, mas nós já entendemos qual é a concepção,
mas é importante esse olho na sistematização de tal forma que o resultado seja
compatível, seja coerente, seja legítimo o resultado com o que realmente os
anseios dos povos indígenas alinhados, obviamente, com o estado brasileiro.
É, foi, tiveram alguns pontos menores ali, mas que já foram, estão sendo
resolvidos, questão de preocupação, consideração de gênero e geracional, não
é? Que também se reflita não só no nacional como na regional, no regime, no
texto do regimento foi visto ali que não prevê a possibilidade de convite,
convidado, convidar outras pessoas, mas isso aí está implícito, mas não está
no regimento. Ou seja, de certa forma desestimula e aí fica só os indígenas
falando com os indígenas, mas é, eu acho que é interessante chamar pessoas
ali que interessem para comunidades indígenas para participar. E essas
pessoas com certeza um deles eu acho que é quase obrigatório que é o pessoal
da FUNAI, servidores da ponta da linha, ainda que com aquela visão que a
gente percebeu a preocupação ali do Servidor e da ANSEF inclusive, não é?
É, mas lembrar que obviamente a FUNAI ela é uma operadora, ela é
facilitadora desde a ponta da linha, lógico que do ponto de vista, vivência, têm
uns ali que estão 10, 20, 30 anos trabalhando e eles têm que ser ouvidos, é
importante que sejam ouvidos, mas é, eles são, sobretudo, os facilitadores e
eles são os executores da política, eles não são formuladores da política. É que
nem o soldado querer fazer a Política de Defesa, então ele vai executar a
Política de Defesa que, às vezes, é feito pelo político que depois quem vai
brigar a guerra, quem vai guerrear e vai colocar o sangue ali vai ser o soldado,
aproveitando aqui o... É, bom, então era isso aí, muito obrigado.
Flávio Chiarelli - Obrigado Coronel, a Pierlangela.
Pierlangela Cunha- Então, a minha avaliação nesse, no sentido que até a
gente conversou um pouco depois, nós os indígenas que fazia um pouco essa
prévia da Comissão Organizadora, mas aqui trazendo para a CNPI, não é?
Porque têm alguns membros que não fazem parte da Comissão Organizadora,
não é? É um pouco, assim, ver a questão, eu acho que foi colocada pelo
MMA, pelos representantes do MMA que eu achei, que a gente achou
interessante que foi essa, qualificou a participação dos Ministérios. Porque eu
acho que como nós estamos falando de Política Indigenista, a participação dos
Ministérios e esse subsídio, qualificar essa participação dos Ministérios assim
como trazer para a gente que vai realizar lá as etapas locais, subsídios é muito
importante, não é? Eu acho que tem um vasto material em cada Ministério que
também pode, nós também estarmos tendo esse material como subsídio, eu
vejo assim que têm coisas que ontem e nos trabalhos em grupo surgiu o
material do PNGATI, outras coisas que fazem parte desse kit, não é? E eu vejo
assim, como a gente está falando de todas, vai ter um aumento sim que nós
vamos falar de todas essas ações do Ministério, não é? Não vai ter como,
porque como a gente vai avaliar a política a gente, ninguém vai focar só na
FUNAI, não é? Então eu acho que tem que ficar claro e, assim, a gente até
discutiu lá em Roraima que a gente vai pegar aquela lista, por exemplo, dos
projetos de Lei que nós temos, que a FUNAI fez uma vez, eu não sei se tem
uma outra atualizada dos projetos de Lei que estão no Congresso, aquilo ali é
material importante, porque a gente tem eu acho que de 2012 foi feito. Eu
acho que foi a última, não sei se tem uma atualizada, mas aquilo ali também é
importante, não é? Então assim, tem essa, qualificar essa participação no
sentido de que nas locais nós vamos estar falando sobre isso também em
algumas regiões, o que já foi colocado, já foi demandado. Então a gente
precisaria ver não só a FUNAI, porque senão vai ficar muito só para fazer um
debate na FUNAI, não é? E a gente também ter que chamar atenção dos
nossos parentes que têm outros Ministérios e outras atuações e que onde estão
essas ações da Política Nacional. Então eu queria colocar aqui para os
Ministérios que pudessem trazer esses materiais para compor para quem
quisesse, mas que a gente tivesse disponível, não é? Compor esses kits que
nós vamos estar trabalhando. Então é uma sugestão para qualificar também e
para a FUNAI atualizar aquela dos projetos, não sei se a FUNAI, eu acho que
foi a SAL, eu não sei se foi o Ministério da Justiça, não é? Foi, deve ter isso
aí, porque é importante para a gente para saber, porque assim, a Sônia falou e
tudo mais, mas é importante que a gente possa também para estar levando isso
aí. É, a outra questão é o material para divulgação e mobilização, não é? A
gente precisa disso urgente, não é? Um pouco o que a gente está pensando,
não é? Em alguns lugares faz essa mobilização em vários espaços, já começar
a utilizar o que nós temos, mês de abril vai ser para isso. Então a gente
precisa, não sei, não sei se tem um prazo para a gente poder estar com esse
material, foi o que Simone falou, porque assim, como as nossas regiões, o que
a gente está pretendendo? Fazer algumas traduções na língua de um
documento menor, mas que possa a gente traduzir, por exemplo, em uma
língua ianomâmi não é? No Sanumá, no Waiwai, então a gente precisa ter para
subsidiar um pouco esse material que eu acho que é interessante, vai ser um
material menor, não é? Mas que tragam esses pontos mais gerais, a gente um
pouco melhorar essa questão desse trabalho. E aí para as grandes regiões a
gente vai realmente ter uma grande dificuldade para a área de voo, a gente
estava pensando, por exemplo, na terra indígena ianomâmi são 12, para
deslocar 120 pessoas para uma etapa regional, não é? Então nós, onera muito,
40.000 não dá para pagar nem o voo, não é? O (Ininteligível). Então como é
que vai fazer isso também nós vamos estar discutindo lá um pouco uma
dinâmica que foi feita na Conferência de educação, que foram feitos locais,
depois é que veio o material. Então vamos tentar também fazer com que a
gente possa ter o maior número de participação, vir mais resultado da base,
mas também são logísticas que a gente vai precisar um pouco pensar bastante
nisso. E uma das preocupações é a questão das Subcomissões, não é? Eu vejo
que o Seminário faltou os representantes serem, assim, atuando já como
representantes das Subcomissões no sentido de a gente ter uma referência das
Subcomissões, para a gente poder se direcionar quem está, porque assim, não
pode centralizar na figura da Lúcia para resolver tudo, não é? Porque aí fica
complicado e, assim, qual é a nossa atuação enquanto membros indígenas?
Porque a primeira pessoa que eles vêm perguntar, olha, eu estou com medo de
ficar com esse microfone na mão, morro de medo de choque, não sei.
(Intervenções fora do microfone) Eu já vi gente morrer assim, então eu não
quero ficar na memória da Conferência não, desse jeito não. Então é, então
assim, a gente precisa, eu vejo assim, eu estou trazendo isso para a CNPI
porque assim, nós somos os primeiros que as pessoas procuram, não é? Para
resolver, os parentes, aí a gente precisa ter aquelas pessoas de referência, não
é? Isso uma vez eu falei até na nossa reunião da Comissão Organizadora,
também tem que ter um indígena de referência nessas, quando vier para a
nacional nas Subcomissões, por quê? Porque é a nossa referência, é aquela
conversa de parente para parente que a gente precisa intermediar, porque
assim, essas, as Conferências às vezes vêm, as pessoas trazem como um
problema maior, não é? E a gente pode resolver, intermediar e resolver a coisa
para que não se torne, o pessoal não pegue o microfone, vai lá à frente. Então
a gente tem que pensar nisso, então eu acho que, eu vejo que na próxima
reunião da Comissão Organizadora tem que ter essas pessoas de referência nas
Subcomissões, porque aí a gente direciona, até porque para o nosso trabalho lá
quando a gente for estar fazendo as locais e as regionais a gente, às vezes, vai
ter problema de logística. Então a gente vê com quem falar diretamente, não
é? A questão dos comunicadores, com quem vocês vão falar em Brasília,
quem é a referência de vocês? Então a gente precisa ter isso já na Comissão
Organizadora eu acho que bem claro, não é? Quem vai ficar respondendo por
isso, então era o que eu queria trazer para a gente poder ir, problema vai
acontecer, reclamação vai ter demais, não é? Mas assim, a gente tentar poder
fazer, nós como indígenas, não é? A gente é como Chiquinha falou: “A gente
saber conversar e, às vezes, a maneira, cada povo é um povo diferente.”
Então aqui cada um da Comissão é referência, então eles vão chegar primeiro
onde? Na gente, então a gente tem que ter a pessoa de referência e resolver a
situação, só para facilitar, porque esse vai ser o nosso papel imediato, aqui não
aconteça... Eu lembro uma vez que e aí ontem na minha fala eu coloquei
bastante isso, sobre as pessoas virem e perguntar para quem é da Comissão
Organizadora as coisas, porque, às vezes, rola muito boato, essa questão de
briga por espaço, não é? Tudo está, bastidores é o que mais ferve, não é?
Enquanto a coisa está acontecendo aqui os bastidores, nós é que estamos nos
bastidores que e acabamos do lado indígena, não é? Nós que seguramos a
barra, então eu lembro uma vez que na Conferência Nacional dos povos
indígenas, vieram assim, estava previsto trazer uma quantidade de caiapós. E
aí eles se organizaram e vieram dois ônibus, então todos os guerreiros
pintados, não é? E tudo mais, chegaram na Conferência aí o pessoal disse: “E
agora vão invadir a Conferência? Vai acabar a Conferência?” E na realidade
não, eles tinham se organizado para vir para participar, porque eles queriam
entregar um documento para o Presidente da FUNAI e tudo mais, tinha uma
situação e tudo foi conversado fora à parte da Conferência e foi resolvido. E
eles acabaram participando da Conferência e ajudando a gente, no final e tudo,
então isso vai acontecer e a gente precisa estar preparado para isso, não é?
Preparado para essas questões, porque aí a gente já sabe como lidar com isso,
então era a minha contribuição. E assim, uma das questões do material foi
colocada muito essa questão das palavras, das palavras difíceis, então
paradigma, foi colocada essa questão de palavras muito técnicas. E assim,
sugerir até fazer uma explicação melhor, não é? Sobre isso, assim, sobre os
termos técnicos, a palavra que veio muito: descolonização, não é? Porque aí a
gente vai, e aí por isso que a gente até sugeriu em algumas questões que a
gente vai até traduzir na língua para tentar fazer não o material, porque não vai
dar, ter condição de se fazer um grande material, mas pelo menos alguma
coisa na língua já para as pessoas, para melhor entendimento. Então porque foi
uma das questões colocadas, muito essa questão das palavras, não é? E
palestrante, a primeira mesa eu acho que foi até um pouco de cobrança, eu
acho que o pessoal meio que confundiu um pouco porque tinha o
representante da Secretaria da Presidência da República, não é? Da Secretaria-
Geral da Presidência da República, não, nos eixos temáticos e aí acabou meio
que o pessoal foi cobrar ele, várias coisas, não é? Acabou ficando meio, assim,
era com um objetivo e acabou virando uma mesa de cobrança porque ele era o
representante da Secretaria-Geral. Então nós temos, aí eu até falei, eu até falei
para, no grupo, não é? Como é que a gente vai pensar esses palestrantes,
porque como é que a gente vai, se são pessoas que vão contribuir, se vão ser
mesmo, porque imagina você colocar alguém lá do Ministério da Justiça, se
for o Marcelo, por exemplo, vão cobrar o Marcelo, a demarcação de terra e
tudo mais, vão cobrar mesmo, vão cobrar mesmo. Então a gente pensar isso,
porque essa metodologia do trabalho, a escolha dos palestrantes, isso vai ter
uma, vai nortear o nosso trabalho também, isso também tem um peso. Então
um pouco isso que eu queria contribuir nessa avaliação, obrigada.
Flávio Chiarelli - É Frederico, primeiro Frederico eu acho que você tem que
esclarecer aqui se você é ou não militar, já me falaram que você é Policial
Federal, a não ser que seja um sigilo também, faz parte do...
Frederico Brito - Eu sou Frederico do GSI, eu sou da carreira de especialistas
de Políticas Públicas de Gestão Governamental.
Famoso Gestor do Ministério do Planejamento, não militar. É, os colegas,
Presidente, é vai ser difícil fazer uma avaliação depois de tudo o que foi dito,
vou repetir muito o que já foi dito, mas eu acredito que o Seminário foi muito
positivo, ele funcionou apesar de ter sido cansativo, não é? Principalmente
naquele dia da leitura do regimento, da apresentação, documento base, eram
momentos necessários para tornar público o que a Comissão Organizadora já
tinha produzido e nesse sentido isso foi proveitoso para nivelar o
conhecimento em termos desses documentos. E também em termos do que foi
proveitoso, foi estabelecer, nivelar um conhecimento a cerca dos eixos
temáticos, porque eu acredito que a não ser para as pessoas que trabalharam na
elaboração desse documento ou tiveram oportunidade de ver interiormente,
estava uma dúvida: poxa, mas o que será isso? O que será o outro, não é? E as
mesas ajudaram bastante para deixar claro, para colocar uma, nivelar
minimamente o conhecimento e para isso foi, eu achei bem interessante o fato
de dois conceitos ali colocados, tem servido realmente de base para as
discussões nas mesas que eu pude acompanhar. Em que pese ter ocorrido
momentos como a Pierlangela estava apontando e que virara, assim uma
cobrança ou parecia que a mesa estava indo para o outro lado, mas muito, a
maior parte das falas foi em termos de retirar dúvidas das apresentações, como
eu pude ver, algumas foram até lidas, o documento para deixar mais claro
ainda o que estava sendo colocado. É, deixa eu ver, eu apesar de problemas do
tempo que eu havia, o tempo premente no terceiro dia eu achei bem
importante ter fechado aquela tabela com o estabelecimento das locais, das
reuniões locais, das Assembleias locais. Deixa eu ver o que eu também achei
interessante, a participação, a primeira vez eu tinha visto os grupos dos jovens,
aquele, aquela apresentação, não, a fala que foi feita rapidamente pelo jovem,
não é? Colocou a importância do Movimento dos Jovens Indígenas e me
causou a estranheza, poxa, os jovens estão aqui, mas as mulheres que já têm
uma organização em si, aparente elas não se organizam, a organização das
mulheres, sem vocês seria impossível de eu preparar esse material, preparar a
organização. É, a importância do que houve em relação a essa nivelação de
conhecimento, eu reparei muito nisso, não só em relação às lideranças
indígenas de base, mas em relação aos funcionários da FUNAI que também
estavam totalmente, nós comentamos isso diversas vezes na Comissão
Organizadora, não é? Nesse momento só nós estamos, temos esse
conhecimento, então todos os que vierem aqui vão estar entrando pela
primeira vez em contato com ele, eu acho que isso foi conseguido, tanto para o
lado de funcionários quanto pelo lado dos indígenas. É, e é isso, no mais
muito obrigado pela lembrança da minha assiduidade, fiquei envaidecido,
fiquei muito honrado com isso e é isso. Obrigado.
Flávio Chiarelli - Obrigado Frederico, a gente que agradece a revelação desse
Ministério, porque eu já estava começando a achar que era um segredo de
segurança nacional, me falaram primeiro que você era militar, depois me
falaram que você era Delegado da Polícia Federal, aí depois já iam falar que
você era da ABIN. Então você revelou que você é um Gestor do MPOG e,
enfim, isso foi bastante esclarecedor. É, eu tenho mais na inscrição aqui, eu
tenho, são agora deu meio dia, tem mais só três pessoas inscritas sem prejuízo
de mais alguém querer falar, mas que são o Sandro, o Arão e o Edmilton, o
Marcelo também quer. É, eu tenho alguns pontos que eu acho que a gente
ainda vai ter que tocar, apesar de eu ter falado que a pauta iria se concentrar só
nisso, não é? Um é o convite que eu vou ler o convite para vocês, porque
àquela hora eu só mencionei, um outro ponto que a gente vai ter que tocar aqui
hoje ainda que a gente não delibere nada é a realização dos jogos mundiais
indígenas e vou explicar por quê. É, e aí nós temos o, a Teresinha me falou
que: “Nós temos um almoço já contratado.” Que eu estou estendendo o
convite inclusive para os representantes de governo, se quiserem se juntar.
Então eu estou falando tudo isso para dizer o seguinte, a gente interrompe
agora e já vai para o almoço e volta mais cedo ou tenta esgotar e depois
almoça, encerrar? Vamos encerrar, meio dia a gente encerra e aí à tarde a
gente volta, pode ser? Todos então, mas a gente tenta voltar não às 14h30, a
gente tenta voltar, a gente vai lá, almoça, oi? Não podem voltar? Não, não
pode no almoço ou não pode voltar? Não pode voltar? Ah, para esgotar agora,
para esgotar agora, então vamos esgotar agora e aí fica, quando a gente voltar
fica só essa questão dos jogos e enfim, então é. Então o Sandro.
Flávio Chiarelli - Só que tem um problema, espera aí Sandro, o almoço lá a
gente tem que chegar lá até meio dia e meia, então...
Sandro Tuxa – Dois minutos para mim, meu Presidente.
Flávio Chiarelli - Então está, então eu vou controlar o tempo que não, eu não
gosto de fazer isso, vou controlar o tempo.
Sandro Tuxá – Hawati Tuxá pelo eixo Nordeste e APOINME, Presidente, eu
só queria dar um encaminhamento, eu acho que todas as falas já foram muito
bem ditas, eu não tenho mais nada a agregar com o que aconteceu, eu acho
que a gente está no caminho certo, estamos superando é a primeira e, portanto,
vai ter sempre esses erros e acertos. Então vai estar sempre sentando, se
conversando para poder superar todos os percalços que houver no caminho. É,
eu queria aqui fazer um pedido ao Marcelo Veiga e ao seu Presidente da nossa
Comissão e Presidente da FUNAI, para que a gente possa oportunizar a vinda
de todos os integrantes da CNPI para que possa criar as condições necessárias
para que os integrantes da CNPI, da Bancada Indígena possa se fazer presente
no ATL, porque nós poderemos dar um norte muito positivo para a realização
de nossa Conferência. O ATL a cada ano que é realizado, os indígenas que
compõem cada Conselho eles têm, eles são cobrados e precisam dar o seu
testemunho das coisas que são, estão sendo demandas. Nesse ATL há uma
particularidade por conta da Comissão nacional, então muitas dúvidas poderão
ser tiradas nos grupos de trabalho que seguirão no ATL através desses
indígenas, não é? Qual a função de cada um, quais são as orientações que cada
um vai levar para as bases, como está sendo pensada a nossa Conferência, o
que vai ocorrer nas etapas locais, regionais e nacionais. As dúvidas que virão
vêm realmente de índios da ponta, não é? São índios que passam cinco dias,
seis dias para chegarem a Brasília para ouvir das lideranças nacionais o que
ocorre. E eu acho que seria uma grande perca se a Comissão Nacional através
de sua bancada não tivesse aí para justificar o que é essa Conferência e para
quem ela veio. Porque ainda há uma ideia muito é, já amarrada, já construída
que é a Comissão, que essa Conferência vai dar um resultado para tudo e que a
partir dela vai haver um pacto e a gente sabe que não, ela vai dar um norte, ela
vai dar encaminhamentos, ela vai procurar resolver problemas históricos do
Movimento Indígena e dar mais uma ferramenta tanto para o governo quanto
para os indígenas para solucionar essa relação do estado com o qual ninguém
é brasileiro. Justifico nisso e fica minha fala por aqui e meu muito obrigado.
Flávio Chiarelli - Obrigado Sandro. Arão, três minutos.
Arão Guajajara – Eu quero parabenizar a iniciativa em relação ao Seminário
que a gente participou, a Comissão Indígena presente e ao governo, a bancada
do governo que está presente aqui também na pessoa do senhor Presidente. Eu
queria fazer um pedido aqui aproveitando a oportunidade de que nós da
Bancada Indígena da CNPI pudéssemos fazer uma manifestação oficial em
relação a esse projeto que está em encaminhamento que é a PEC 215. Me
preocupa muito isso, apesar de não ser o ponto principal, mas a gente está, vai
ser cobrado sobre isso. E também que essas propostas, eu não quero aqui
pensar negativamente, essas propostas que serão criadas, que venham ser
criadas, que vai culminar na Conferência Nacional de Política Indigenista, de
fato, a gente possa ter o acompanhamento necessário nos períodos e nos
prazos que eles serão encaminhados ao governo, aos Ministérios responsáveis
para não acontecer essa distorção que houve em relação à reestruturação e
reformulação da FUNAI, que a Bancada Indígena da CNPI. E até hoje eu digo
isso por experiência própria, estou pagando ainda o preço de como se eu ou a
Bancada Indígena da CNPI tivesse tido a participação massiva e efetiva em
relação à reestruturação e reformulação da FUNAI e isso não aconteceu, mas a
gente é apontado e penalizado como corresponsáveis por essa distorção que
houve. E eu não quero passar por essa situação mais uma vez, estamos aqui
para contribuir, eu sei que a gente tem condições de contribuir, mas precisa se
ter esse cuidado. É, em relação à FUNAI também senhor Presidente, a gente
precisa analisar em um outro momento qual é a situação da FUNAI hoje em
relação, principalmente, ao seu quadro funcional, nós temos carência de
funcionários na área, a gente sabe, tem consciência disso, mas principalmente
no maranhão a gente tem essa necessidade de trazer uma resposta, muitos dos
indigenistas se aposentaram, outros estão se aposentando. Qual é a visão do
governo, a proposta do governo em relação à recomposição desse quadro
funcional das FUNAI e, por último, em relação ao Maranhão eu queria
repassar essa preocupação à coordenação da CNPI, à Secretária que a entidade
COAPIMA hoje está sem um Coordenador, porque o Coordenador da
entidade ele assumiu um cargo de chefia da FUNAI. E é preciso o Maranhão
confirmar ou indicar novos membros para a composição da CNPI, o Lourenço
Krikati me falou que: “Não quer mais participar, porque voltou a estudar,
está fazendo curso superior.” E eu estou me sentindo dentro dessa
responsabilidade, mas tem que ter uma confirmação oficial por parte da
entidade, porque me sinto não regular nessa função que estou hoje, não me
nego a participar, mas precisa ter essa resposta. No mais senhor Presidente,
obedecendo ao tempo, falta 15 segundos apenas, eu quero resumir aqui e
espero que a gente tenha condições de criar realmente propostas que sejam
condizentes com a realidade do nosso povo, obrigado.
Flávio Chiarelli - Obrigado Arão pela compreensão, o Marcelo Veiga já falou
que vai se manifestar à tarde, então o último inscrito é o Edmilton.
Capitão Potiguara - Com relação ao que Arão falou, Capitão Potiguara
Leste/Nordeste, área da APOINME, eu estou realizando dia 07 na Assembleia
Legislativa da Paraíba uma Audiência Pública com relação à PEC, estou
levando os Caciques, não é? Vamos ocupar o plenário e saber dos 36
Deputados quem é que nos apoia, para eles mandarem para a bancada da
Paraíba federal um documento pedindo a revogação da PEC. Obrigado.
Flávio Chiarelli – Obrigado Capitão, próximo Edmilton.
Edmilton Cerqueira – Boa tarde, o Seminário eu acho que cumpriu com o
propósito e a gente fica muito feliz quando a gente idealiza algo, planeja algo
e vê que o resultado foi atingido. E para além do próprio Seminário que é uma
das etapas preparatórias da Conferência, eu queria pegar a fala de Marcelo,
resgatar na mesa de abertura, quando ele pontuou como esse processo vem
sendo construído a partir da CNPI e a partir da Comissão Organizadora, de
forma bastante respeitosa, certo? Solidária, governo, indígenas e indigenistas
em um processo de construção de uma Conferência da envergadura dessa 1ª
Conferência Nacional. A gente sabe que para chegarmos aqui em Brasília de
17 a 20 de novembro desse ano com 2.000 pessoas teremos o envolvimento de
outras, milhares. E não é uma Conferência fácil de ser realizada pela própria
natureza, pela própria característica dela, mas destacar a forma como o
processo de construção vem se dando. E que se enquanto Comissão
continuarmos nesse ritmo eu não tenho dúvida de que teremos uma excelente
Conferência, desde que a Presidenta lançou, publicou o Decreto, inúmeros
debates, inúmeras discussões travamos aqui nesse, no colegiado da CNPI,
como também da Comissão Organizadora. Lembro da questão da
PNGATI que vamos fazer juntos. E como eu faço parte da CNPI do Comitê
Gestor da PNGATI, levar para a PNGATI, não, não vamos fazer mais juntos,
separa, aí volta: “Não, vamos fazer juntos.” E, ou seja, é o processo de ida e
vinda do debate, do ouvir, de colocar as ponderações na mesa e ter o bom
senso de sempre apontar o melhor caminho. Nós tivemos no Seminário um
processo que faz parte da dinâmica, porque eu acho que quem fez a proposta
acertou realmente quando aqueles seis eixos temáticos seriam colocados em
uma única mesa. E avaliou que seria algo muito cansativo, estão aquele
momento serve para todo o processo, esse que eu já falei de fazer junto com a
PNGATI, depois separar e depois voltar e ter o bom senso. Esse de chegar
com a programação que os seis eixos estariam na mesma mesa e ver que seria
muito cansativo e separar e realmente estava certo. Então nem sempre você
tem que ficar engessado: “Não, está na programação que vai estar tudo em
uma mesma mesa e vai ter desse jeito e pronto e acaba tal, não vai ter mais
Seminário.” Calma, não é assim, está separando, está propondo, por isso e
isso, eu fiquei, o grupo cinco da pluralidade étnica cultural, certo com
Crisanto e o Daniel ficou com o da memória, certo? Direito à memória e à
verdade e uma mesa coordenada por Titiah, daqui a pouco já fui para outra
sala, mesa coordenada por Simone Karipuna, depois a pouco já fui para outra
sala coordenada por Pierlangela. Ou seja, tudo deu certo e foi rico, com
certeza se tivesse feito no “plenarão” seria cansativo e não teria a riqueza que
tivemos. Então usar isso daí como um exemplo de que o processo é dinâmico
e que nem sempre a gente tem que ficar engessado. E como o Marcelo fez
questão de pontuar na fala dele e na mesa de abertura não tivemos uma
votação, e o fato de não ter uma votação não é que não tivemos divergências,
tivemos muitas, muitas divergências, chegamos ali no Seminário com tudo
pronto, bonitinho, o regimento isso, os eixos tal. “Olha, foi construído de...”
Não, muita pauleira mesmo, tinha vezes que a gente alterava a voz, ficava um
zangado com o outro, aborrecido, mas o consenso o tempo todo como centro
do debate. Eu acho que a gente percebe, o fato de ser sempre no consenso não
quer dizer que não teve divergência, não é isso. Só que não adianta, nem o
governo está querendo impor o seu ponto de vista e ficar de cara zangada que
se não for assim eu não quero, ou a Bancada Indígena ou a Bancada
Indigenista. Estamos todos e todas construindo um único processo que é uma
Conferência, então algumas posições: “Está bom, eu retiro, recuo.” “Não, eu
também.” E aí você vai construindo um consenso, o Seminário refletiu isso e
eu acho que todos e todas estamos realmente de parabéns com esse processo.
E indo nesse ritmo eu não tenho dúvida, faremos uma excelente Conferência
aqui em Brasília, as lideranças indígenas que vieram, os Coordenadores e as
Coordenadoras da FUNAI que vieram eu acho que levaram o dever de casa,
porque foi isso que vieram fazer aqui. E não adianta, a gente na próxima
semana está iniciando o processo e as pessoas na dúvida. A dúvida é claro,
muitas irão surgir, coisas que não foram pensadas agora e quando está lá os
momentos locais ou regionais, e a gente não viu isso lá em Brasília, seriedade
para administrar e conduzir, não adianta entrar em desespero. É isso.
Flávio Chiarelli - Agradeço Edmilton, vou suspender a reunião aqui para a
gente poder almoçar, a gente tem 10 minutos para chegar lá, os membros de
governo também vou reafirmar aqui o convite, então convidados. É lá onde foi
o Seminário, o Centro Internacional, CICB.
Período da tarde:
Flávio Chiarelli - Boa tarde a todos, “Temos a satisfação de convidar esse
colegiado.” No caso, porque eles mandaram para vários, então: “CNPI, para
participar do Fórum Participa Brasil Interconselhos Ampliado, a ser
realizado no período de 14 a 17 de abril, com abertura no dia 14, às 14h, em
Brasília-DF. Neste fórum será iniciado o processo de participação social no
ciclo planejamento/orçamento do Governo Federal, discutindo-se o Plano
Plurianual, PPA, 2016/2019. Esperamos que a participação dos Conselheiros
e das Conselheiras desse colegiado reflita o acúmulo das discussões na área
de atuação, incluindo deliberações do Conselho e resoluções de suas
conferências nacionais e planos setoriais, que possam ser traduzidas em
propostas para o próximo PPA. Solicitamos a indicação de até oito
Conselheiros e Conselheiras não governamentais.” Então, é um convite
direcionado, no nosso caso aqui, à bancada indígena. “Desse colegiado, para
participar, observando-se, necessariamente, paridade de gênero.” Ou seja, o
que a gente indicar de mulher, vamos ter que indicar de homem e vice-versa.
Teresinha Maglia – Quatro mulheres e quatro homens.
Flávio Chiarelli - “E representatividade de todas as macrorregiões do país.
Sugerimos...” Isso é necessariamente. “Sugerimos, ainda, tanto quanto
possível, a adoção de critérios de equidade geracional e étnico.” Então, se a
gente for indicar, no nosso caso aqui, acho que nem tem uma diferença tão
grande, geracional assim, mas, enfim...
Chiquinha Pareci - Acho que aqui, mais velhinha das mulheres sou eu.
Flávio Chiarelli - A mais velhinha aqui é a Chiquinha, que deve ter uns 35,
34 anos.
Chiquinha Pareci - É muita bondade sua.
Flávio Chiarelli - É. E o mais novo é o Capitão, que deve ter uns 27, 26 anos,
então, a gente... (Intervenções fora do microfone) Então, a gente nem tem
tanto, mas, em relação ao étnico, essa também, se bem que aqui também,
ninguém aqui tem dois da mesma etnia na nossa bancada, então, também não
é um problema, então, é mais para a gente observar mesmo a
representatividade de homem e mulher e das regiões, das macrorregiões, das
cinco regiões do país, enfim, como é que a gente compõe. “Para possibilitar a
emissão de passagens aéreas e diárias, pedimos que sejam encaminhados os
dados dos Conselheiros e Conselheiras participantes até o dia 27 de março.”
Hoje?
Por mensagem eletrônica, para o e-mail tal.” Aí tem que preencher aqui uma
tabela aqui com os dados.
Só, “Reforçamos a importância da participação esse Conselho e ficamos à
disposição para prestarmos quaisquer informações.” Quem assina é o
Marcelo Pires Mendonça, que é o Coordenador Geral de Mecanismos Formais
de Participação, lá da Secretaria Nacional de Articulação Social, da Secretaria
Geral da Presidência da República. Então, assim, a gente tem que, entre nós
aqui, tirar aí até oito, se forem oito são quatro mulheres e quatro homens, se
forem, pode ser três homens e três mulheres ou sete, enfim, eu acho que se
eles deram essa abertura que eles vão, não é, Terezinha? Pagar a passagem e
diária, a gente poderia ocupar esse espaço de oito, não até oito, mas, de oito
pessoas que pudessem comparecer.
Teresinha Maglia - queria fazer algumas colocações, Teresinha, Secretaria-
Executiva, bom, nós tivemos uma reunião e todos os Secretários Executivos
das comissões e Conselhos Nacionais, do qual foi discutida, então, essa
possibilidade de serem trazidos membros dos Conselhos. Eram só quatro
vagas por Conselhos e eu pedi, barganhei, porque eu acho que da importância
da CNPI se fortalecer cada vez mais, o pessoal conseguir entender cada vez
mais o PPA, coloquei para eles que seria importante serem mais pessoas,
tendo em vista que nós abrangemos o país todo, então, a gente pediu que
fossem oito vagas, então, por isso que eles colocaram para nós, da CNPI, até
oito vagas. Também a minha preocupação foi no momento de discutir com os
Secretários é que se eles bancariam a despesa toda, aí sim, foi garantido, nem
todos os Conselhos vão bancar, mas, os nosso eles vão bancar toda a despesa,
inclusive, o deslocamento, a gente pediu que fosse feito, então, na ficha de
inscrição, quem que foi, de vocês, o escolhido, tem que preencher tudo bem
direitinho, para que eles possam, então, prover toda, todos os lados, então,
quem que vocês escolherem. Obrigada, Presidente.
A data é de 14 a 17 de abril, daqui 15 dias.
Flávio Chiarelli - Era isso que você estava perguntando? Bom, enquanto a
gente vai pensando aí as nomes, eu queria só fazer mais uma informe, que é,
foi falado aqui, pela manhã, em mais de uma fala, bom, várias coisas foram
faladas, mas minha Assessora de comunicação social, que está ali atrás, ela me
lembrou de, da ampla divulgação, também, para essa comissão, que este ano a
FUNAI vai promover, agora em abril, a campanha, ano passado foi mais de
combate ao preconceito e este ano a gente vai promover uma campanha que a
gente está fechando lá na FUNAI, de valorização do papel do indígena, não é
isso, Vanderléa? Na preservação ambiental, enfim, na importância do indígena
também, é um pouco, o foco é um pouco diferente da campanha do ano
passado, mas, isso também é, enfim, dialoga um pouco com o que foi falado
aqui pela manhã. A outra questão que foi colocada é a sugestão de que a gente
faça uma reunião da comissão organizadora, extraordinária, eu também acho
importante, eu vou ver se a gente convoca essa reunião para daqui uns 15 dais,
mais ou menos, porque após o seminário ficaram algumas tarefas que a gente
precisa afinar melhor o, enfim, algumas questõezinhas, não é, Lúcia? Então,
acho que daqui a umas duas semanas a gente vai fechar a data e a gente vai
convocar, os que estão presentes aqui, que são membros, já ficarem sabendo.
Pois não, Rosa. De coincidir com a semana aqui, não, não, tudo bem, a gente
vai fazer coincidir, não coincidir, mas, a gente precisa ter esse momento com
uma certa brevidade para resolver algumas questões, eu vou ver com a Lúcia
direitinho, a gente vai montar essa agenda, mas, só para já deixar avisado que
eu vou chamar, vou convocar os membros para a gente fazer uma reunião aí,
em breve, da comissão organizadora. A outra questão que a gente precisa
tratar, eu vou até encostar um pouco aqui para trás, é o seguinte: a gente, a
CNPI, ela fez um convite no ano passado, na 25ª reunião, de que na 26ª
reunião, os organizadores dos jogos viessem apresentar a proposta, prestar um
esclarecimento, tal, eles vieram, apresentaram a, fizeram uma apresentação
muito bonita, diga-se de passagem, e a gente não deliberou mais nada sobre
isso, a gente ficou de pensar em alguma, se vai ter um movimento ou não e, o
que ocorre? Esses jogos, eles estão ganhando uma certa dimensão e eu vou
contar um exemplo só, enfim, eu recebi um Ministro do STJ, que estava com,
acompanhado com uma pessoa da Nova Zelândia, que lida com os povos
indígenas da Nova Zelândia e os dois me perguntaram, os dois, o Ministro do
STJ, um grande entusiasta da causa indígena, os dois me perguntaram: “E os
jogos? Vocês estão participando? Que dia que é e tal? Como é que vai ser?”
E eu fiquei naquela saia justa, porque a gente também não tem, no âmbito da
CNPI a gente não discutiu mais isso depois, a gente, os jogos vão ser
realizados, (ininteligível) de qualquer maneira, não é, Edimilton? Vai haver
uma participação do Governo Federal, de qualquer maneira, porque, primeiro
que o Ministério do Esporte, o Coronel Rodrigo não está aqui porque ele foi
para a reunião lá, dos jogos, agora a tarde, ele me falou. Então, o Ministério do
Esporte está puxando, outros Ministérios vão participar, também, de alguma
outra maneira e a gente chamou aqui o pessoal, eles apresentaram, a gente
ficou de pensar e a gente não pensou mais nada. Então, os jogos são em
setembro, é possível que para a próxima reunião da CNPI, seria interessante
que a gente tivesse já uma opinião formada da comissão, talvez debatida na
próxima reunião mesmo, mas, que a gente pudesse ter uma opinião mais
concreta a respeito disso, porque conforme chega mais próximo desses jogos,
os órgãos de Governo também vão ser mais cobrados, os órgãos de Governo
todos, que participam da CNPI. Então, o Ministério da Defesa vai ser
chamado, para a questão, ou logística ou de segurança, não sei, o Ministério
da Justiça vai ser chamado, a FUNAI vai ser chamada e aí a gente vai,
também, a gente não debateu aqui, no âmbito da CNPI, qual que é a posição,
enfim, desta comissão, então, só fica aí o informe, para a gente não esquecer
que, talvez, na próxima reunião nossa, a gente tenha que tratar desse assunto.
(Intervenções fora do microfone)
Rosa Pitaguary - APOINME. Eu estou com algumas preocupações de
questões de agenda e tudo, nós fizemos a agenda das conferências regionais,
tem a agenda da CNPI que eu não sei como é que ficou, se está chocando com
as conferências regionais e, tem também essa questão dos jogos indígenas, que
já vai ser em setembro. Então, assim, eu estou preocupada porque tem, nós
temos essas atividades, que para nós é importantíssima e por conta dessas
agendas, para a gente poder conciliar tudo, nós, enquanto comissão, estou
falando também, nós enquanto Comissão Nacional de Política Indigenista,
com a CNPI. É uma preocupação que eu estou tendo com tudo isso.
Simone Karipuna - Então, Simone Caripuna, região amazônica. Eu, na
realidade, eu queria só lembrar que na reunião da CNPI, que houve lá em
Sobradinho, onde teve justamente esse colegiado sobre os jogos indígenas, a
pedido dessa comissão, a gente fez os encaminhamentos, pedimos para que,
até eu não sei se foi o termo adequado, uma resolução, uma recomendação em
relação a trazer uma discussão, visto que, dentro da instância da CNPI, tem
várias questões que vão ser abordadas nos jogos indígenas, nos jogos
mundiais, que se trata, por exemplo, o MDA vai estar inserido dentro dos
jogos mundiais e tem uma forte ligação com a, sobre comissão de ética no
desenvolvimento. Então, assim, de a gente tentar, de uma certa forma, também
fazer um diálogo lá, para a gente também puxar nossas regiões para fazer parte
desse processo dos jogos mundiais, disseram que é complicado, que tem que
fazer uma inscrição, enfim, e a gente, até então, falou que precisava entender
como é que está se dando todo esse pensamento, até mesmo da nossa
participação nesses jogos, e aí a gente colocou como uma recomendação e aí,
Terezinha, eu já peço para a Secretaria-Executiva, para que busque essa, a ata
para a gente, normalmente ver, para a gente ver o que foi encaminhado,
porque a gente demandou, inclusive, o pessoal que estava lá, para que a gente
não fiquei repetindo coisas que a gente já pensou e já encaminhou, para a
gente não, está bom?
Edmilton Cerqueira/MDA – Como o Presidente Flávio falou, em uma
reunião da CNPI foi proposto que se fizesse o convite a Marco Terena, certo?
Um dos representantes do comitê intertribal, o ITC, para vir falar sobre os
jogos e o que motivou esse convite, foi o informe que Chiquinha Pareci trouxe
do evento da ONU, onde, que Ministro é aquele, Chiquinha? Mário? Onde
Chiquinha trouxe o informe que estava no evento da ONU, fazendo parte da
delegação indígena brasileira, onde foi dado o informe, nesse evento da ONU,
da realização dos primeiros jogos mundiais dos povos indígenas, que
aconteceria aqui, no Brasil, em Palmas e a data de 15 a 27 de setembro. E aí,
esse colegiado propôs que, para a próxima reunião, a representação do ITC se
fizesse presente para falar sobre os jogos, o Presidente Flávio formulou por
escrito o convite e veio, na oportunidade, o Marco Terena, representantes da
prefeitura de Palmas, ele fez a apresentação com Power Point, contextualizou
os jogos, fez do primeiro, certo? Até o último que aconteceu lá em Cuiabá, em
2013, que foram os 12º jogos e que lá em Cuiabá foram lançados os Primeiros
Jogos Mundiais, na época, inclusive, contamos com a presença do então
Ministro do Esporte, Aldo Rebelo. E, nós, MDA, realizamos a primeira feira
nacional da agricultura indígena, como nós já demos em algumas reuniões,
uma feira exitosa, onde a produção indígena, com sua diversidade, qualidade,
certo? Pôde ser exposta e a comercialização total dos produtos e, lá, na
primeira feira, o compromisso pelo sucesso, da realização e uma segunda, no
âmbito dos jogos, porque você já tem um público vindo de toda parte do
Brasil, indo para um evento, você casa as duas coisas, então, a feira foi um
sucesso, saiu o compromisso da realização da segunda, a primeira foi com 10
estandes e para a segunda uma ampliação de 15, para 15, saiu de 10 para 15,
porque você tem que ser muito pé no chão e ir crescendo aos poucos e com
qualidade e, temos informes aqui, da segunda feira, nesse colegiado, inclusive
nessa reunião, que foi falado dos jogos mundiais e iremos lançar um edital
para que circule em todo o Brasil, para que todos os povos indígenas tenham
conhecimento e apresentem, certo? O seu interesse em participar e aí, em cima
dos critérios estabelecidos no edital, você vai fazendo a seleção, como
acontece nas feiras que têm essa característica, certo? Já existem, de vários
lugares do Brasil, vários povos indígenas, entrando em contato ou quando a
gente encontra em algum lugar ou através de ligação: “E aí? como é que está
a feira? Está segurada? Está garantido? Como é que começa a divulgação?”
Tudo isso. Então, como o Presidente Flávio colocou, os jogos acontecerão, os
jogos acontecerão, o responsável, um dos responsáveis do ITC, que é uma dos
organizadores, foi convidado a esse colegiado, se fez presente e falou dos
jogos, Simone Caripuna, inclusive, na época propôs que a bancada indígena
fosse para uma outra sala para ter uma reunião mais reservada, para discutir
sobre o que tinha sido colocado pelo parente de vocês, Terena, foi feito, vocês
retornaram e eu, no meu entendimento, quando o Marco disse: “Ok, tudo isso
que está sendo colocado nós vamos levar e buscar, dentro do que for possível,
acolher.” Certo? Inclusive, no que se refere à indicação dos povos que
participam, tal, que vocês criticaram, às vezes, como se dava esse processo e
que muitos povos gostariam de participar, mas, tinham dificuldade de acessar.
Isso eu estou apenas retomando a discussão da última reunião, foi dezembro?
(Intervenções fora do microfone) Foi dezembro, estou apenas trazendo de
volta o que foi a reunião e de dezembro para cá, muita coisa tem avançado
com relação aos jogos, o informe do nosso Presidente Flávio revela isso,
inclusive, onde até dirigentes da Nova Zelândia estão procurando informações
acerca dos jogos. Então, era apenas um resgate para ajudar na memória,
vamos assim dizer, da nossa última reunião.
Flávio Chiarelli - Obrigado, Edmilton, próximo Kohalue.
Kohalue Karajá – Boa tarde a todos, Kohalue Karajá, região amazônica.
Assim, na verdade, Presidente, como eu sou de Tocantins, eu tenho
acompanhado como está se dando a questão da realização dos jogos que será
acontecido em Palmas e, recentemente, o Sr. Marcos Terena esteve lá
procurando, pedindo apoio do movimento indígena local e aí a gente só
acompanhou ele na articulação dos povos indígenas, que recentemente foi
criado, são dos integrantes. Acompanhamos ele lá e pedindo apoio ao
Governador, pudesse ceder para ele o espaço para estar recebendo, apoio
logístico, no caso e foi concedido para ele, porque já começa, começa
problema, criou-se problema agora, a Prefeitura, parece que já não está mais
querendo atender essa questão aí, apesar de ele estar recebendo, já recebeu
quatro milhões já e, inclusive, nem sequer começou a construção onde vai
acontecer o evento, entendeu? (Intervenções fora do microfone) Não começou
ainda e, o que está acontecendo? A FUNAI, coordenação regional de Palmas
e, a gente, como é da FUNAI, não foi convidado ainda para fazer parte dessa
equipe, eu, como coordenador local do Araguaia, muita gente me procura, só
que eu não tenho acesso a essa informação aí, praticamente Marcos Terena
tem o grupo dele, tem a equipe dele, inclusive, lá na Santa Isabel tem uma
equipe dele nos, cada região tem a equipe dele que contacta esse povo. Todas
as vezes que aconteceram os jogos, só chama esse povo, então, isso fica muito
complicado, se não envolver FUNAI, de qualquer forma a FUNAI tem que
estar presente, devera ter chamado a FUNAI, sentar, assim como a CNPI
convocou ele aqui para falar com a gente sobre os jogos, que vão acontecer. E,
aí eu fico preocupado se acontecer, uma vez aconteceu lá, lá em Palmas que
aconteceu isso, um índio lá de Amazonas sumiu, sumiu, ele saiu para caçar, lá
no rio Tocantins e aí apareceu somente no outro dia, então, isso aí é, e aí foi,
na verdade o pessoal foi buscar apoio da FUNAI, na época. Então, isso, acho
que isso, tem que estar atento em relação a isso, conversar e, pudesse, sei lá,
participar, efetivamente nessa construção que vai acontecer daqui para a frente
aí. Obrigado.
Flávio Chiarelli - Assim, a gente teve uma reunião, no ano passado, com
representante da cidade de palmas e, para justamente que ele pudesse
apresentar o projeto e ver em que medida a FUNAI iria participar disso,
porque também, o que não dá, eu concordo com você, é a FUNAI não ser
chamada e aí quando dá os problemas, quem é que vai resolver o problema? A
velha e boa FUNAIZONA de sempre. Mas, assim, a gente tem sido chamado
para a reuniões do Ministério do Esporte, mas, aí a FUNAI tem, como não é
uma iniciativa da FUNAI, a FUNAI tem apenas acompanhado e aí, eu acho
que é importante até para pautar a atuação da FUNAI, é que a CNPI também
dê a sua posição para pautar um pouco a atuação da FUNAI, também, nesse
assunto, já que não é uma iniciativa da FUNAI, mas que não tem como,
também, a FUNAI, ficar de fora, até porque Palmas é uma cidade que abriga
uma coordenação regional da FUNAI, enfim. Então, a gente já sabe onde é
que vão parar todos os problemas, em vez de ser Delegacia de Polícia, hospital
e todos os outros, vão parar, na Prefeitura, tal, vão parar tudo dentro da
FUNAI, no final das contas, então, a gente, por isso que seria interessante, é
um pedido que eu faço para essa comissão, para que a gente possa até pautar a
nossa atuação na FUNAI.
Rosa Pitaguary - Acho que tem alguns meses atrás, que nós também
participamos de uma, de um fórum sobre política de esporte e lazer para os
povos indígenas e, no momento também, nós pedimos a presença do, sim, foi
aqui em Brasília, a gente também pediu a presença do indígena que está a
frente da organização dos jogos mundiais, onde ele foi, teve os mesmos
questionamentos que nós fizemos enquanto CNPI, foi feito lá também, ele
ficou também de levar resposta e até agora nós não tivemos resposta nenhuma.
Vai acontecer a continuidade desse encontro, que é puxado pelo Ministério do
Esporte, que eles estão chamando FOPPELIN, que é Fórum de Política,
Esporte e Lazer para os Povos Indígenas e, vai estar dando continuidade, vai
ser agora, em Cuiabá, de sete a 10 de abril e, assim, a gente fica um pouco
preocupada porque é uma discussão que a gente vem fazendo e pedindo
respostas e a gente não tem obtido essas respostas sobre os jogos mundiais,
sobre como é que está se dando, enfim, todas as explicações. E quando a gente
questiona a participação dos povos indígenas do nosso país, para estar,
também, participando desses jogos, a gente não tem uma resposta concreta,
lembro que nesse encontro teve um questionamento sobre a participação dos
índios do nordeste e assim, nós não tivemos resposta, também, sobre isso.
Então, assim, está uma coisa assim, muito vaga, muito solta e que a gente nãos
abe nem como trazer essas respostas para ter esses esclarecimentos.
Flávio Chiarelli - Obrigado, Rosa. É por isso que eu falo, a gente tem que ter
uma certa pressa, porque segundo o site deles aqui, faltam só 174 dias, 17
horas, 15 minutos e 56 segundos para a realização, então, esse é o tempo que a
gente tem para, pode pegar. Pier.
Pierlangela Cunha - Região amazônica. Eu vejo assim, em relação à questão,
a gente tem discutido isso já a algum tempo, sobre essa questão dos jogos
indígenas, eu vejo que, eu não sei se o Ministério do Esporte já veio alguma
vez aqui.
Na 26ª e qual? Pois é, eu acho que, responsabilidade, como é que está sendo
feita essa, qual foi a relação estabelecida entre Ministério do Esporte e Comitê
Intertribal, qual é essa relação? Porque é uma organização não governamental,
então, eu vejo por esse lado. É uma cooperação técnica? O que foi feito? Se
alguém pudesse me explicar aí como é que é essa relação entre o comitê,
porque o comitê é responsável para realizar isso, não é? Então, para entender,
porque essas relações de Governo, por exemplo, tem coisas que a gente quer
fazer e não faz com ONG e tem coisas que faz, então, a gente precisa ver
como é que é essa relação entre o Ministério de Esporte, se abriu um edital, se
foi, o que, qual é essa relação? Porque a gente precisa saber entender essa
relação, para entender até aonde a gente pode atuar e como a gente pode atuar.
Se a gente não tiver claro qual é o tipo de relação que se criou, para nós aqui,
até para nós, indígenas, nós não vamos poder, primeiro a gente tem que saber,
porque aí, Marcos Terena é uma personalidade internacional, conhecida,
reconhecida internacionalmente e contribuiu muito para a luta dos povos
indígenas, não, a gente não tira o mérito disso, mas, o que, a relação que se
quer estabelecer, inclusive, isso, na conferência a gente vai estar levando
também, para estar discutindo um pouco isso. Então, eu vejo assim, primeiro
vai acontecer? Vai. Mas, agora o que a gente tem que focar? É saber aonde é
que a gente tem que atuar, para que isso não ocorra, é um edital? Que relação
foi estabelecida? Porque se a gente não entender essa relação que foi
estabelecida, porque o Comitê Intertribal, qual é a relação, qual a atuação
dele? É uma organização não governamental. E aí eu, é só para esclarecer,
porque aí, para gente pegar mais a fundo e estudar melhor, talvez, nós
estudarmos melhor nossas estratégias em relação a isso, por quê? Porque se a
gente chamar de novo Marcos Terena, ele vai, eu acho que a gente tem que
ser, ter uma atuação mais técnica nesse caso, mais estratégica para a gente
poder, vai acontecer agora? Vai. Vai acontecer, da forma que ele pensou, da
forma, não vai, mas, como é que eu, a gente pode, depois, posteriormente,
estar intervindo, inclusive porque nós estamos num a bancada que tem órgãos
governamentais que participam disso, por quê? Porque a gente entendendo
essa relação a gente vai também ver como o Presidente da FUNAI falou: a
FUNAI só é chamada, assim como o MJ, só é chamado para dar recurso, dar
apoio e tudo mais, então, que relação foi estabelecida, também, com o comitê
intertribal em relação a isso? É uma ação do Governo Federal? Porque assim,
eu acho que tem papeis aí, eu quero colocar bem claro, é uma parceria do
Governo Federal com o comitê? Por quê? Porque como é que está essa
relação, porque se é só com o Ministério do Esporte e os outros entram como
parceiros, então, está todo mundo no mesmo barco. Então, eu não sei, a gente
precisa entender melhor siso, às vezes a própria FUNAI, o próprio Ministério
e os outros órgãos que veem isso como uma boa iniciativa? Que, claro, tem o
seu lado, tal, essa questão da divulgação, da cultura, tem coisas interessantes
que são, que estão sendo feitas, mas, as formas que estão sendo feitas não é da
forma participativa que a gente quer, da forma participativa, da forma que
participem os outros, que seja aberta como a gente, coletiva como a gente
sempre coloca. Então, assim, a gente precisa entender melhor isso, porque eu
vejo assim, se a gente ficar, o Marcos, ele tem uma certa proteção e ele ainda é
usado, em certos órgãos, então, assim, ele tem, sim, sua importância, não
vamos tirar, o evento também tem sua importância, não vamos tirar o mérito
porque tem sua importância, agora, como é que nós vamos fazer para que isso
seja mais coletivo, que seja uma participação mesmo, uma ação de Governo
com povos indígenas, para mudar essa relação, aí eu também preciso entender
melhor isso, para poder a gente ter mais clareza desse processo.
Flávio Chiarelli - Obrigada, Pier. Simone.
Simone Karipuna - Só para reforçar o que eu falei agora a pouco, eu estou
aqui olhando a ata, aqui, da nossa reunião de dezembro, em que a gente faz
uma recomendação, para que este pleno aqui, da CNPI, seja orientador do
processo dos jogos mundiais, aqui, junto ao Governo, junto a todas as esferas
que vão participar pela delegação brasileira. Então, a gente colocou isso como
uma orientação, o que ficou para se discutir e depois se posicionar, foi sobre a
fala do Marcos Terena nesse pleno, em relação a nossa bancada indígena,
então, assim, na fala dele, colocou muito em dúvida a nossa postura enquanto
liderança indígena de base, então, foi isso que, na fala do Lindomar Xocó, ele
colocou bem claro nesse pleno, então, isso, também, é que a gente lembra.
Também olhando aqui eu percebi também, que na fala do Marcos Terena, ele
coloca que vem sendo acompanhado tanto pelo Itamaraty, mas, pela pessoa do
Sr. Marcelo e aí ele menciona na fala dele que está sendo acompanhada essa
discussão. Está bom? Então, assim, para que, é bom a gente sempre se valer
do nosso registro. Obrigada.
Flávio Chiarelli – Próximo, Élcio.
Élcio Manchineri – Boa tarde. Região amazônica, Estado do Acre. No Acre,
Presidente, no Estado do Acre tem um povo que se chama Rolnik e aí eles
falam o seguinte que tem que olhar de perto para falar de certo, entendeu?
Pois eles sempre comunicam o seguinte, eles falam que tem que olhar de perto
para falar de certo. Dizendo isso, a gente poderia participar desses jogos, nesse
evento, já que está sendo, já está programado, vai acontecer e, para ver o
funcionamento dos jogos, como é que funciona, aquela coisa toda, já que
realmente é, vamos dizer, é uma janela para um bocado de situações, tanto
para mostrar a cultura, mas, também para mostrar a situação do que se passa
nas comunidades indígenas. Tem uma outra questão, que aí eu acho que é uma
questão mais legal, é a questão dos direitos de imagem de cada povo, afinal de
contas, na reunião passada da CNPI, o Marcos Terena falou que era um
empreendimento, que como todo empreendimento existem contratos, então, eu
acho que é o momento de a própria FUNAI começar a olhar a questão desses
contratos e, realmente, para onde é que está sendo, vai esse dinheiro? Só o
Ministério do Esporte, me parece que é quatro milhões, não é? Aí vai mais
milhões, como é que fica a situação dessas comunidades que participam?
Participam apenas dos jogos? Quando voltam, eu acho que são coisas que a
gente pode estar, através desse evento, estar levando outras questões, mas, eu
acho que uma iniciativa interessante é a que o MDE está fazendo, que é a
questão das sementes tradicionais, entendeu? Então, acho que aproveitar esse
espaço, dar uma olhada lá e ver como é que funciona realmente. Agora outa
questão, como a Simone falou, é que a partir de outras iniciativas, que a
FUNAI seja parte do processo, não ser chamado depois para, só para
participar, mas, que a própria FUNAI seja parte do processo e que todos os
processos sejam discutidos nessa, na CNPI, seja com o Ministério do Esporte,
seja com outros órgãos, mas, que quem sabe a gente transforme isso em um
programa melhorado para os povos indígenas, na questão do esporte. É isso
que eu penso, eu acho que nós temos que ir lá e dar uma olhada para falar de
certo depois. Obrigado.
Flávio Chiarelli - Obrigado. Titiah, depois Capitão, depois Rosane, depois
Valcelio, depois Crisanto e depois se ninguém mais se inscrever, a gente vai
voltar na...
Luiz Vieira Titiah - Região Nordeste e Leste na área da APOINME – Boa
Tarde. Luiz Titiah representando a região nordeste e leste da área da
APOINME. Sr. Presidente, ademais é o seguinte, eu mesmo, semana passada
eu me inscrevi lá com as vagas que tinha lá no Estado da Bahia e eu estou
indo para o Fórum Nacional de Esportes, vai ser a semana que entra, mas, meu
objetivo assim, foi que, naquela fala, aquela conversa que nós tivemos com o
Marcos Terena, na última vinda dele, na reunião da CNPI, nessa fala que o
Tóia acabou de dizer desse povo lá do Acre, dos parentes lá do Acre, ele
acabou de me fortalecer do que eu quero ir fazer nesse fórum, estou indo lá
participar do dia sete a 11, vou estar observando, vou estar participando, eu até
combinei com a Sônia, a Sônia, está indo, acho que no último dia e acho que o
Lindomar Terena vai estar lá representando a PIB, vai estar sentado na mesa,
representando a PIB e eu vou também fazer uma parte de observador, para,
depois que eu retornar, eu dar minhas opiniões, porque esse ditado é certo
mesmo, para a gente ter um olhar para, de perto para depois estar falando,
estar avaliando para ir caminhando. Mas, assim, enfim, eu queria, eu estou
assim, um pouco preocupado, com aquela lista que ele representou naquela
última reunião aqui, da CNPI, que eles participaram, tem alguns
representantes que não discutiram nada lá na base e as lideranças estão
cobrando isso e assim, como os jogos estão sendo aplicados na região,
principalmente na região da Bahia lá, eu me senti assim que e algumas
lideranças também avaliaram em algumas regiões, que esse projeto é m ais
visado para fortalecer alguma política, porque não é só Porto Seguro, não é só
os índios de Porto Seguro que envolve com esporte, tem várias aldeias
vizinhas que participam de esporte, tentam estar no esporte para estar
ocupado, para não estar envolvendo com outras coisas. E aí a gente fica assim
perguntando: e cadê o nosso espaço também? E cadê a oportunidade que dá
para nós estarmos participando, também? E nós vemos, também, olhando a
figura das fotos, tem uns caras assim, que são escolhidos os índios para sair
naquelas fotos, para ser divulgado e tudo, isso foi uma avaliação que nós, da
região, que teve os jogos lá em Porto Seguro, fizemos essa avaliação e em
alguns Estados, a gente ouvindo algumas lideranças, mas, houve isso também.
Mas, assim, enfim, eu quero dizer que eu vou lá participar, com fé em Deus eu
vou lá participar e quando eu voltar, na próxima reunião, eu estou informando
algumas coisas que eu ver por lá e ouvir por lá e aí se eu tiver alguma
oportunidade nos trabalhos de, se tiver alguns trabalhos de grupo, alguma
coisa, eu também vou estar perante o movimento que eu represento,
APOEMA e ter próprio, se der, a hora que eu tiver uma oportunidade, posso
também estar falando em nome da CNPI, mas, assim, eu acho que eu vou falar
mais em nome da nossa organização, APOEMA e vou fazer minhas
colocações. Mas, assim, tem algumas coisa aí que eu queria aproveitar o
momento, estou meio, um pouco cansado, acho que nós todos aqui estamos
cansados, mas, eu queria dizer que tem uma agenda e uma coisa que foi
colocada aqui, que nós podíamos nos organizar, tem oito vagas aí, no período
do acampamento, tem algumas lideranças que vão estar aqui no acampamento,
tem outras que não tem condições de vir, Sr. Presidente e o que Sandro falou
de manhã, eu concordo com ele, é um momento oportuno para a gente estar
dentro do acampamento com as lideranças desse país inteiro, estar
informando, estar passando para eles, ajudando já fazer um papel da nossa
conferência, dentro dos trabalhos que vão ter no acampamento, eu tenho
certeza que o conhecimento que nós temos com a organização do
acampamento, lá vai ter esse momento oportuno de estar passando um pouco
como vão ser as etapas locais. Também falar um pouco do seminário de
formação que teve aí, que acho que boa parte daquelas lideranças que
estiveram aqui não vão estar no acampamento, já vão estar nas suas regiões
trabalhando, mas, as lideranças que vêm, se nós fizermos esse trabalho, vai
somar mais com a gente, que eles vão entender e vai estar nas, em cada região
ajudando até a própria comissão organizadora. E a outra coisa, para eu
encerrar, é o seguinte, eu fiquei também um pouco preocupado nas falas de
Marcos, quando ele esteve aí e eu, e essa preocupação, eu aproveitei as duas
reuniões e passei para a liderança numa reunião lá na, numa visita que eu fiz
em alguma comunidade e alguma liderança que foi, naquela época, Terezinha,
lá de Porto Seguro, também enxergou isso lá, as preocupações dele mais
visadas, na fala dele, falando não sei o quê, que o acordo já estava feito e não
sei o quê e tal, enfim, mas, esperamos que, realmente, nós precisamos da
bancada da CNPI, estar envolvido nessa discussão, o que nós não aceitamos
ou o que nós aceitamos, mas, nós temos de estar envolvidos nessa discussão,
porque também faz parte do trabalho de nós, lideranças, dentro de uma
política do Governo. Essa questão do esporte também, porque é difícil, eu
acho que não tem uma aldeia que não pratica o seu esporte e que a juventude
está aí se organizando e participando, então, eu só queria encerrar minhas
palavras aqui e dizer que eu vou lá participar e acho que vão mais alguns
companheiros aí que eu já conversei, que nós vamos nos encontrar lá e nós
vamos ver o que vai dar lá, esse fórum, que vai ser esse passo aí para depois
ter os jogos e tudo.
Flávio Chiarelli - Capitão.
Capitão Potiguara – Nordeste leste, representando a APOINME, boa tarde.
Capitão Potiguara, leste, nordeste, APOINME. Sr. Presidente, assim que o
Marcos esteve aqui fazendo aquele relato, cheguei na aldeia e repassei para os
caciques, falando dos jogos mundiais, só que no início do mês, nós fomos
pegos de surpresa, com algumas vagas que chegaram lá para dentro da aldeia,
sem conhecimento do cacique e o cacique perguntou se eu sabia de alguma
coisa, eu disse que não, eu pedi que ele ligasse para a FUNAI, para ver se a
FUNAI tinha informações e ele ligou e a FUNAI não soube informar, ele está,
ele disse que ia boicotar essas vagas, porque tinha que passar por ele, como
cacique e que não ia deixar o pessoal vir participar de um evento que ele não
sabia quem ia justamente coordenar, que a FUNA I não estava no meio. Então,
o Sandro me chamou e disse que, perguntou até se a gente tinha sido aprovado
a fala do Marcos aqui, quando ele veio, disse: “Não, ninguém foi contra, ele
foi chamado para fazer a explanação, que ninguém tinha conhecimento.” Aí
ele disse que vai boicotar, eu acho que é 15 vagas que chegou para os
Potiguara, aí ele disse que não sabe quem mandou e ele disse que ia boicotar
essas vagas.
Flávio Chiarelli - Obrigado. Rosane Kaingang. Ela saiu, vamos pular para o
próximo, Valcélio.
Valcélio Figueiredo Terena - Boa tarde a todos e a todas. Sou Valcélio
Terena, Mato Grosso do Sul. Realmente, nessas falas desses encontros da
CNPI, várias vezes a gente foi, foi comentado sobre a questão da, quanto à
pessoa do Marcos e, a meu ver hoje, eu acredito que a gente tem que estar,
realmente, chamando ele, como a gente fez lá no Sobradinho, mas, dar uma
explicação para a gente, de que forma que está conduzindo os jogos que vão
acontecer lá em Tocantins, porque além de ele ser da minha região, lá
também, o pessoal está todo desinformado desses jogos, a gente não tem uma
participação ativa dele na região, explicando a situação, conforme vão ser as
demandas dos jogos. Então, hoje é uma preocupação muito grande, ado eu
vejo na questão da CNPI, que é a representação em nível de Estado, que
mesmo nós estamos desatualizados na questão desses jogos e a gente pediu
para o Marcos, lá em Sobradinho que, realmente, ele viesse estar envolvendo a
CNPI no processo desses jogos, garantindo participação, também, ativa da
CNPI também, nesses jogos, para a gente estar informando e estar
trabalhando, também, nesse processo, porque o que nós questionamos, eu
questionei o Marcos, por ele ser da minha região lá de Mato Grosso do Sul,
enquanto a gente está sofrendo a questão das demarcações de terra lá, estamos
tendo suicídio, as brigas com os fazendeiros e eu penso comigo assim que a
gente tem que mostrar os dois lados da moeda, entendeu? Porque nós estamos
vivendo uma situação crítica no país, a questão da demarcação e terra,
enquanto ele está trabalhando só na questão dos jogos. Então, eu acho que isso
nós temos que estar tomando algumas providências, Presidente e de fazer o
encaminhamento diretamente do Ministério da Justiça, que essa representação
tem que ser respeitada e acatadas também, suas decisões. É isso.
Flávio Chiarelli - Obrigado. Crisanto.
Crisanto Xavante – Boa tarde, Presidente, boa tarde, Conselheiro, comissão.
Presidente, não tive oportunidade de estar falando com nosso parente, Marcos
Terena, mas, assim, minha fala vai ser, vai ser diferente, assim, eu tive,
rapidamente, pelos jogos indígenas de Cuiabá, é onde eu quero prover essa
fala, independente de parente, patrício dele, mas, nós temos que deixar de se
tratar como irmão, nós estamos lidando com um instrumento da cultura
europeia, eu vejo dessa forma e pela conjuntura atual, hoje, da própria
FUNAI, quando a responsabilidade da FUNAI com nós, indígenas, saíram
para os seus devidos Ministérios, o que foi deixado é para acompanhar esse
desenvolvimento de cada Ministério, de cada responsabilidade e Ministério do
Esporte, ele está incluso nessa linha do meu pensamento, do meu raciocínio.
Quanto à questão do Marcos, eu gostaria, não estou falando em nome dos
Xavantes, eu estou falando como cidadão xavante, indígena, Crisanto, cidadão
brasileiro, eu acho que está na hora de a FUNAI pegar essa responsabilidade
junto com CNPI, mesma comissão, mas, estamos aqui como consultivo e não
só, vou ser solidário com você, viu, parente, Terena, não machuca só você
não, todos nós, todos nós, quando ele fala atacando CNPI, atacando o próprio
parente, a pessoa que nos representa, em nível da ONU, falar daquela forma
para mim, foi decepcionante, em vez de buscar diálogo, esclarecer, estava
ferindo a legitimidade da gente, nós fomos escolhidos, nas nossas regiões,
com as nossas lideranças, tudo bem, o cara foi, esse parente foi estratégico,
melhor ataque, como os técnicos de futebol falam, nosso futebol brasileiro
fala, melhor defesa é o ataque, nada mais isso ele fez. Mas, assim, eu gostaria
que o próprio CNPI tome essa responsabilidade, junto com a FUNAI e
Ministério da Justiça, toma providências, porque eu já vim ouvindo dos
próprios, meus patrícios, que participam dos jogos indígenas que eles
promovem, Marcos e o irmão dele, veio aqui se confirmar nos jogos de
Cuiabá, simples barraquinha, alagado, condição dos nossos esportistas, do
nosso jovem, precária, não se faz isso, a gente não vê isso nos jogos
olímpicos, em qualquer esporte promovido dentro do nosso país não existe
isso, ainda mais esse jogos é de inteira responsabilidade dos nossos parentes.
Isso me indignou, meu filho estava lá dentro, eu fiz questão de tirar ele,
porque ali foi desumano, alagação, palafita, as feiras, realizadas em cima
dessas tábuas, então, eu, para evitar falar isso, que não se resolve a gente se
confrontando, tem outros caminhos para a gente resolver, tem outros
instrumentos, então, a minha opinião, hoje é essa. Então, externar essa minha
preocupação, essa minha indignação em relação à fala do nosso parente, eu só
não pedi a fala para não falar dessa forma, porque brigar entre irmão é feio,
então, se tem outro caminho vamos procurar ir, a gente se apropriar mais uma
vez, fazer valer, fazer direito, tratar nossas crianças, nossa juventude direito,
fazer as coisas direito. Acredito que quando CNPI começar a acompanhar,
Ministério da Justiça, FUNAI, começar a acompanhar, vai melhorar, então, eu
penso dessa forma, se falei alguma coisa a mais, me desculpa, então, só isso.
Obrigado.
Flávio Chiarelli - Obrigado, Crisanto. Eu estou com o Edmilton inscrito,
agora o Marcos Tupã, depois a gente vai, se não tiver mais ninguém inscrito, o
Marcelo vai, estava inscrito para falar pela manhã, sobre o seminário, vai falar
agora, vocês tem uma proposta aí do Capitão, vocês vão discutir e eu e o
Marcelo, a gente vai ter que sair, na verdade era agora 3h, já são três e 10,
mas, é aqui para o Ministério da Justiça mesmo, então, assim, a gente não vai
poder ficar muito tempo, porque a gente tem que subir para uma reunião, aí
vamos ver se a gente consegue. Vamos fazer assim, proposta de
encaminhamento, o Edmilton vai falar, o Marcos Tupã vai falar, o Marcelo vai
falar, porque ele não falou pela manhã e aí a gente sai e aí aqui pode seguir, o
espaço está aqui reservado a tarde toda, inclusive para definir os nomes, a
resolução que o Capitão propôs, se for o caso depois a gente, eu ainda volto,
se der tempo.
Edmilton Cerqueira (MDA) – Como todo mundo colocou aí, os jogos irão
acontecer, me parece que isso não é objeto mais de discussão, se vai ter jogos
ou se não vai ter jogos, uma das questões colocadas é papel da CNPI diante
dos jogos, papel da FUNAI diante dos jogos e o que me deixa muito
preocupado, eu achei interessante o nosso Presidente Flávio ter entrado no site
dos jogos, porque lá no site tem: faltam tantos dias, tantas horas, tantos
minutos, tantos segundos, veja, quando Chiquinha Pareci trouxe o informe da
ONU, ok? Chiquinha Pareci compôs a delegação brasileira, lá na ONU foi
dado o informe dos jogos, que os jogos iriam acontecer em tal mês, em tal
cidade e ali se fez um mini debate, algumas pessoas se posicionaram, daquele
debate vem a ideia de convidar Marcos Terena como um dos representantes do
Comitê Intertribal, Presidente convidou formalmente, ele aceitou, veio
agradecer o convite e fez a exposição. Dezembro foi embora, janeiro foi
embora, março já está indo embora na próxima semana e a gente ainda está
discutindo qual vai ser o papel da CNPI e da FUNAI, nós estamos falando de
um evento internacional, pelo que se coloca pela organização do evento, mais
de 30 países já estão confirmados, mais de 30 países, principalmente os países
da América e, mais ainda, da América Latina, o informe e, já contando, na
estrutura da organização, conforme relatos, do Ministério das Relações
Exteriores, do Ministério das Relações Exteriores, como se trata de um evento
internacional. E aí você vem de um processo de informes no evento da ONU
que tratou da temática indígena, traz a discussão para a CNPI, tem um comitê
coordenado pelo Ministério do Esporte, com envolvimento de outros órgãos,
da Prefeitura de Palmas, foi elaborada uma planta da Vila Olímpica, que é do
lado do Estádio de Palmas, quem conhece lá, tem o Estádio, do lado vai ser
construída a Vila Olímpica, em frente já tem um rio para as atividades
aquáticas, ou seja, tudo integrado, as coisas estão acontecendo, já foi criado
site, a Prefeitura de Palmas criou uma Secretaria Extraordinária dos jogos. Eu
estou trazendo isso para ver que as coisas estão acontecendo e a gente está, a
essas alturas, sem saber qual é o papel desse colegiado, a CNPI e da FUNAI e
aí, vários de vocês já colocaram aqui que tem que haver o envolvimento da
FUNAI e que não pode ser um envolvimento pontual, vários de vocês
colocaram. Quem coordena a política indigenista, no âmbito do Governo
Federal, é a nossa gloriosa FUNAI, os olhos do mundo, em setembro, estarão
voltados para o Brasil, os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil e
como é que este colegiado aqui, a CNPI e a FUNAI estarão inseridos? Se a
FUNAI não se envolver, se a CNPI não se envolver, os jogos irão acontecer e
aí? Restará, depois de setembro, só participar de uma avaliação? Então, se a
CNPI e se a FUNAI, diante de todas as observações que se tem colocado, esse
colegiado avalia que tem que participar, eu acho que o que tem que definir é
como que vai ser essa participação, como vai ser essa participação no âmbito
da CNPI e no âmbito da FUNAI, porque lá em 2014 é dado o informe, de lá
até aqui tanta coisa já aconteceu e nós estamos aqui sentados, definindo se vai
ter participação ou não e como vai ter. Então, eu estou assim, todos nós,
membros da bancada de Governo, indigenista e indígena, que fazemos parte
desse colegiado, é preciso que se tome uma posição, porque setembro já está
perto e os jogos vão acontecer, os jogos vão acontecer e se você ter o
envolvimento do próprio Ministério das Relações Exteriores, aquele prédio ali
em frente, paralelo à esse aqui, já diz o nível do debate, da discussão, que já
saiu das fronteiras do Brasil.
Flávio Chiarelli - Obrigado, Edmilton. A última fala vai ser do Marcos Tupã
e aí o Marcelo Veiga.
Marcos Tupã - Marcos Tupã, comissão Guarani Gurupá e região sudeste.
Bom, é uma questão de registro e urgência e solicitar ao Presidente da
FUNAI, é uma questão de urgência, até, em São Paulo tem a comunidade
Guarani no Jaraguá, é uma das menores terras indígenas do Brasil, com um
hectare, um vírgula tantos hectares e que tem uma comunidade que, após, a
terra foi publicada após o relatório circunstanciado, tem uma comunidade que
foi retomada, ocupando a expansão do território, da terra indígena e aí houve
a, por parte dos tais donos, que recorreram e que colocaram na justiça e, na
primeira instância, a primeira instância, até então, havia suspendido a ação e,
foi recorrido, então, ao Supremo Regional Federal de São Paulo e o qual foi,
esta liminar, então, foi concedido em favor do proprietário, no qual hoje estão
prestes aí, a ocorrer, a qualquer momento a reintegração de posse. Eu queria
aqui, pedir ao Presidente, acionar aí seus Procuradores, a AGU aqui de
Brasília e lá de São Paulo para, até, como vai poder mediar esses assuntos, que
é de extrema urgência para nós, porque, a qualquer momento a polícia vai
entrar na aldeia e vão correr esse risco. É só esse registro.
Flávio Chiarelli - Bom, Marcos, a gente está entrando já com a suspensão de
segurança no STF e aí vamos tomar todas as medidas possíveis, necessárias.
Vou passar a palavra para o Dr. Marcelo Veiga, que vai retomar o ponto de
pauta da manhã, que era a avaliação do seminário em si.
Marcelo Veiga - Boa tarde a todos, a todas. Eu queria iniciar, fazer uma fala
muito rápida também, alguns pontos foram levantados, com relação ao jogos
indígenas, em que pese, cada um tem a sua opinião e, enfim, o seu ponto de
vista em relação a esses, a essa atividade, eu acho que o Edmilton fez um
relato muito bom de como as coisas estão andando e estão andando mesmo, eu
acho que foi bem precisa a fala dele. É um evento do Ministério dos Esportes,
ganhou um corpo dentro do Governo Federal, já é um evento bem maior,
porém, quem está tocando é o Ministério dos Esportes, nós fomos acionados
única e exclusivamente para verificarmos qual seria a possibilidade de
ajudarmos na segurança dos jogos. Então, o Ministério da Justiça foi acionado,
única e exclusivamente para pensarmos a estratégia de segurança, aí, cabe
também uma crítica, eu acho que o Ministério da Justiça poderia atuar um
pouco mais enfaticamente, em outras áreas também, não só nessa, inclusive,
via FUNAI, que é o órgão indigenista. Com relação a, então, esse é o meu
relato breve e, assim, a gente tem acompanhado as reuniões e tentando
construir ainda, nesse tempo muito curto, uma estratégia de segurança para os
jogos, que vai sair através dos órgãos de segurança aqui, do MJ. Com relação
ao seminário, primeiro eu quero me desculpar, mas, não tive condições de
participar o tempo todo do seminário, o pessoal da comissão organizadora já
sabe que a gente tem que ficar muito na retaguarda também, para que as coisas
ocorram, então, nos dois últimos dias eu não tive condições de ir até lá. Mas, a
avaliação que eu faço é que foi um evento muito bom, inclusive, pelo relato
que vocês trazem do seminário, acho que foi fundamental a ideia que vocês
tiveram de fazer esse seminário, nivelar informações entre os parentes de
vocês e, também, entre os servidores da FUNAI, eu acho que isso foi
fantástico, porém, o que me surpreendeu também foram os membros de
Governo falando muito bem, porque, na verdade, a gente precisa unir
esforços, nesse momento, para essa conferência. Então, fazer esse nivelamento
acho que foi a estratégia, talvez a mais importante que a gente tenha tido até
esse momento, o que eu queria dizer é que foi dado o pontapé inicial para a
conferência, agora a gente tem muito trabalho a fazer, tem algumas
preocupações que eu queria dividir com vocês aqui, mais especificamente, é
óbvio que nós vamos tratar, no âmbito da comissão organizadora, mas eu acho
que é importante a CNPI também acompanhar e estar ciente. Nós temos, bom,
o regimento interno está, já está pronto, já é um ganho, precisamos agora,
conseguir a publicação esse regimento interno, se ele tiver alguma alteração, o
regimento interno, talvez ele tenha, no capítulo específico sobre a prestação de
contas, porque aí a nossa consultoria jurídica está tentando amarrar um pouco
melhor, mas, de qualquer forma a gente leva para aprovação na comissão
organizadora. O outro ponto, a questão metodológica e a questão do texto
base, nós já conseguimos avançar bastante no texto base, nós já temos,
digamos, é muito mais do que uma minuta do texto base, nós já temos os eixos
definidos, o texto, fundamentalmente desses eixos já estão definidos, a gente
precisa, agora, melhorar aquela parte introdutória do texto base, essa vai ser
uma atividade que nós vamos fazer na comissão organizadora, via a comissão
de relatoria, que tem, de acompanhamento do texto base. E, tem um outro
ponto, também, que eu acho que é fundamental, a semana que vem, eu não sei
quem fez a pergunta, talvez a Pierlangela, falou das subcomissões, não foi
você que fez? Uma de vocês, enfim, falou da questão das subcomissões, nós já
temos, praticamente, todos os nomes das subcomissões, do MJ só está faltando
o nome da coordenação geral da comissão executiva, a gente fecha a semana
que vem esse nome, que é quem vai tocar os trabalhos e a ideia é que a gente
já comece a colocar a mão na massa a partir da semana que vem, é óbvio que
tem gente trabalhando, a Terezinha já está trabalhando, a gente já está
trabalhando, vocês, enfim, a gente só precisa agregar mais umas pessoas, a
FUNAI também já tem esses nomes indicados. Então, a nossa ideia é essa, que
a gente já faça algumas reuniões da comissão executiva, semana que vem e a
proposta que eu faço, com relação à conferência, é que toda vez que tiver
reunião da comissão organizadora, a gente veja, Terezinha, a possibilidade de
fazer uma prévia, um dia antes, entre comissão executiva e comissão
organizadora, porque daí, ou pelo menos, se não a comissão organizadora
toda, que a gente consiga fazer com um grupo, talvez a gente possa extrair um
grupo da comissão organizadora, de Governo e de indígenas, para acompanhar
mais de perto a comissão executiva. A gente pode fazer uma reunião de
trabalho, um dia antes, apresentar tudo que foi feito, isso sempre um dia antes
de cada reunião da comissão organizadora, apresentar tudo que foi feito, todas
as dificuldades e já antecipar o que vai ter de deliberação para a comissão
organizadora, que vai se reunir nos dias seguintes. Então, eu acho que é uma
metodologia de trabalho, eu queria que vocês pensassem um pouco, porque a
gente vai ter uma máquina aí que vai começar a rodar sozinha, sozinha não, a
gente vai estar movimentando, mas ela vai andando aí com as suas próprias
pernas e a gente vai ter muitos problemas para solucionar, acho difícil a
participação de sociedade civil nas próprias subcomissões, porque essas
subcomissões vão se reunir todos os dias, daqui até janeiro do ano que vem.
Então, para trazer vocês para cá para ficar todo esse tempo aqui, eu acho
difícil, mas, eu acho que a gente supre essa necessidade de vocês, de
informação, pode ser com informes também, eu acho que situações limítrofes
a gente pode mandar informes para a comissão organizadora e marcar essas
reuniões antecipadamente para socializar as ideias. Fórum nacional, isso, isso.
Eu não sei se faltou mais alguma coisa do que tinha sido perguntado para o
MJ. Com relação a, com relação só ao que o Marcos Tupã colocou, a gente
também está acionando a Polícia Federal para saber se já chegou esse pedido
de liminar na Superintendência da Polícia Federal lá de São Paulo, já pedi para
o pessoal fazer esse contato, eu queria, ue vou acompanhar de perto o
cumprimento disso junto com a Superintendência de lá e a diretoria da Polícia
Federal aqui. Tinha mais alguma coisa que ficou para responder? (Intervenção
fora do microfone) Mas, solucionou ou ainda não? Ficou a dúvida? Pode falar,
então.
Simone Karipuna - Então, a gente sabe da dificuldade de a gente vir da base
e também até porque nós temos nossas atividades na base também, nesse
momento de mobilização, tranquilo, então, assim, mas, eu, o que a Pier me
fala aqui é que, para a nacional, no processo todo, nacional, a gente vai fazer
parte dessas subcomissões para poder garantir agilidade, inclusive da, diante
da representatividade das nossas regiões, tem a de logística, que é necessário
que a gente esteja aí acompanhando essa questão, tem a questão cultural,
também, que nos preocupa muito, tem várias outras que a gente vai precisar
ter bem próximo a essa conversa.
Marcelo Veiga - O que a gente tinha pensado originalmente, também,
Simone, é o seguinte: como vocês estão lá na ponta e vocês são o braço da
conferência na ponta, vocês é que vão ser o nosso ponto de contato, também,
para que as coisa acabem acontecendo e vocês são os fiscais, inclusive, disso
lá, verificando se está ocorrendo, se não está ocorrendo, quais são os
problemas, enfim. E aí, trazendo essas informações para a gente, por isso que
essas reuniões são importantes, da comissão executiva com vocês, agora, no
dia a dia da comissão executiva, eu acho que o trabalho de vocês é lá na ponta,
o nosso aqui, centralizando e vocês, lá na ponta.
Simone Karipuna - Marcelo, só para reforçar uma coisa que eu acho que eu
posso falar isso pela bancada indígena e, talvez, até mesmo um pouco pela
bancada governamental, é que qualquer, essa questão de dúvidas, que a gente
sempre tira dentro da comissão organizadora e, também, as decisões também
cheguem num momento que já está a coisa acontecendo, que isso, pelo menos
passe dentro da instância da subcomissão, da comissão organizadora, porque
senão a gente acaba perdendo um pouco a essência da nossa participação nela.
Marcelo Veiga - Simone, eu vou ser bem realista com você, tem algumas
decisões que nós vamos tomar e não vamos poder, não vai dar tempo, é assim,
de bate e pronto, é como eu te falei, é uma máquina, quem faz conferência
sabe que é no dia-a-dia que a gente tem que tomar decisões. Agora, tem
algumas, que eu reconheço que precisa da participação de vocês, então,
algumas, é óbvio, a gente tem um pouco mais de tempo e dá para esperar
chamar reunião ordinária, tem algumas que eu acho que vão ser fundamentais,
não dá para esperar, a gente vai chamar a extraordinária, mas, tem algumas
que são do dia-a-dia, assim: “Gente, vamos ter que fazer agora.” Entendeu? E
aí...
Simone Karipuna - Me perdoe mais uma vez, mas, tem coisas assim, não
estou falando tudo, porque tem coisinha que tem como você, mas, quando
forem decisões políticas, que pelo menos consulte por e-mail, entendeu?
Assim, isso que fique bem claro e gostaria, também, de que fosse pensado, na
questão da estrutura das nossas atas da comissão organizadora, que fossem lá
remetidas as nossas falas, porque para nós é muito interessante, para a nossa
base, que veja o nosso posicionamento, que não coloque só no bojo de todo
mundo, a fala de todo mundo. Está bom?
Marcelo Veiga - Então, só para, desculpe, Rosa.
Rosa Pitaguary - Só fortalecendo aqui o que a Simone está falando.
Realmente, nessa última ata que, a anterior, a gente viu que tinha algumas
coisas que não estavam ok, essa outra ata agora, da comissão organizadora
também não consta falas e indagações nossas, que é importante, porque nós
trazemos essas indagações de base e elas não estão constando na ata, decisões
que nós tomamos e que não está sendo levado em consideração e nem a gente
delibera e não está sendo cumprido. Então, assim, eu vejo que a gente precisa,
realmente, alinhar as conversas e, para a gente poder definir tais coisas,
porque ou a gente é comissão organizadora e define para as coisas
acontecerem ou a gente está aqui para servir, de que, na verdade? Então,
assim, isso, para mim, eu acho importantíssimo que a gente tenha, realmente,
esse diálogo. Outa coisa, eu vou, mais uma vez, bater na tecla, a ata para, a ata
da comissão organizadora, quando a gente se reúne, para poder passar para os
demais membros, temos pessoas que não estão recebendo a ata e eu não estão
conseguindo passar as informações na base em quanto à conferência.
Marcelo Veiga - Deixa eu só colocar, com relação à ata, nós enviamos
justamente antes para vocês, para vocês verem se tem algum problema na ata e
fazer as complementações, eu acho que a ideia é essa e a Lúcia está falando
que pessoal não tem respondido-, nem que recebeu, então, eu acho que, assim,
já é uma reclamação de vocês, já não é de hoje, de que algumas pessoas não
estariam recebendo as atas, vamos dar uma olhadinha lá, Lúcia, ver se está
tendo algum problema, a gente tenta solucionar. A comissão organizadora é
um órgão como um todo, nós fazemos parte, então, vocês têm toda a
liberdade, todo o direito de ligar para gente há qualquer momento, dos
membros do Governo, de fazer cobrança, de como está andando algo, mas, eu
ainda enfatizo: eu acho importante que vocês se subdividam também, porque
não adianta a Rosa acompanhar todas as subcomissões, a Pierlangela todas as
subcomissões, então, separar um pouco para dividir o trabalho seria, eu acho
que é mais produtivo também. (Intervenções fora do microfone) Eu preciso
subir mesmo, gente.
Rosa Pitaguary - Desculpa, Marcelo, mas, é rapidinho, mas, é porque é
assim, olha, na minha região, na minha área eu falo isso, na minha aldeia,
telefone para mim, é bem complicado para eu conseguir uma ligação e quando
eu consigo área para eu falar, algumas vezes eu tenho conseguido atendimento
ou retorno e aí, assim, fica bem difícil e outra coisa, a ata, às vezes está
chegando dois dias antes, não está chegando com tempo hábil para que a gente
possa sentar, ler e analisar, para trazer respostas, não, infelizmente isso não
está acontecendo.
Marcelo Veiga - É, só vamos ver, então com a Secretaria-Executiva da
comissão organizadora, a Lúcia já está aq1ui, já está anotando e a gente dá
uma olhada como vai ser o encaminhamento. O Titiah tinha levantado a mão.
Luiz Vieira Titiah - Região Nordeste e Leste na área da APOINME. Só
nessa questão mesmo, Marcelo, é porque, dois problemas que estão tendo,
mandaram uma ata para mim que eu não consegui abrir, no meu e-mail e
quando manda é com dois dias, três dias e eu quero deixar registrado que
quando nós vamos para a base, nós tem os outras atividades a fazer, sabe? Nós
não ficamos parados, não, para o dia-a-dia nós temos atividades na base,
participando de reuniões de outros setores, nós não temos tempo, então,
quando, era melhor, assim, se vai ter a reunião, duas semanas antes ou oito
dias antes, mandar para a gente ter tempo de analisar, responder algumas
cosias. Aí manda, a reunião vai ser segunda-feira, aí manda na sexta para a
gente para a gente estar olhando, às vezes a gente está participando de alguma
reunião, de algum evento e não tem tempo e nós temos essa dificuldade, é por
isso que algumas lideranças não estão respondendo, não está tendo tempo de
responder, certo?
Marcelo Veiga - Perfeito. Então, a Pierlangela tinha pedido a palavra e
depois, se tiver alguma consideração e depois...
Pierlangela Nascimento Cunha – Só para complementar, Marcelo, é por isso
que a gente quer a questão das pessoas referências em cada subcomissão. É,
um canal direto para a gente poder ligar, para a gente poder com quem fala
diretamente sobre logística, sobre infraestrutura, sobre, entendeu? Porque
senão aí a gente fala com um, fala com outro e aí ninguém sabe responder e é
importante logo essas subcomissões terem as pessoas com quem a gente vai
falar para...
Marcelo Veiga - Enquanto a gente não tiver o canal institucionalizado, que
vai ser nos próximos dias, mas, caso aconteça alguma coisa, vamos utilizar o
canal da CNPI e a Terezinha pode receber, enquanto a gente não tiver isso já
formatado no âmbito da conferência, a gente usa esse canal aqui, vocês vão
mandando para a gente e a gente envia também para a FUNAI também, caso
seja necessário. Bom, gente, eu vou ter que subir para a reunião das três, que
eu estou um pouco atrasado a Terezinha vai conduzindo aqui os trabalhos, está
bom? Muito obrigado, gente.
Simone Karipuna - A gente também te agradece por esse processo, a gente
iniciou e eu acho que esse processo de início das atividades da comissão
organizadora foi um processo de aprendizado e, assim, durante sua fala no
primeiro dia da abertura do seminário, a gente viu uma coisa: que você tanto
nos ensinou como você aprendeu com a gente. Então, assim, houve um
amadurecimento da nossa parte, mas a gente viu que, de você, no bom sentido,
você também amadureceu até no reconhecimento da nossa legitimidade aqui,
de cobrança, então, permaneça assim e essa bancada aqui agradece essa sua
mudança. Está bom?
Teresinha Gasparin Maglia - Bom, gente, tendo em vista que o Presidente e
o Marcelo têm uma reunião com o Secretário Executivo aqui do Ministério
para discutir questão de terras, pediram, então, que nós, como Secretaria-
Executiva, assumíssemos, então, os trabalhos agora a tarde e eu vou passar a
palavra, então, para o Titiah, que estava inscrito e depois continuamos aqui.
Luiz Vieira Titiah - Não, Tereza, é o seguinte: eu acho questão de ordem, eu
acho que já teve de avaliar o que tinha de avaliar, eu acho que algumas coisas
nós temos que discutir é na comissão, que é papel da comissão, que está no
regimento interno, eu acho que só tem duas cosias aqui para nós fecharmos,
para nós encerrarmos isso aqui, porque se for para mais tarde eu não vou
aguentar, ontem eu fui dormir 1h da manhã resolvendo problema de liderança
lá no hotel, fui passar mensagem para as lideranças que estavam cobrando
sobre o seminário, aí fui dormi 1h da manhã e acordei 5h para, pensando que o
carro ia sair 7h, então, nós precisamos descansar. Mas, assim, eu acho que
alguma coisa que tem que fechar aqui é as oito pessoas que vão participar do
convite que o Presidente leu aí, eu acho que nós temos de ter agora o pulso de
decidir aqui se nós vamos participar dessa discussão do esporte ou não, se vai
participar dos jogos ou não, porque nós temos que deixar isso aqui fechado
para nós começarmos a trabalhar nas bases, com as outras lideranças. Tem
outro ponto que eu não estou vendo muito interesse, da nossa participação no
acampamento, para nós estarmos trabalhando a conferência nacional, eu não
estou vendo assim, eu não vi por parte do próprio Marcelo, o interesse de a
gente estar aqui, mas, a gente vai estar, vai ter algumas pessoas que vão vir aí
nessas caravanas aí e outros não vão ter a oportunidade, então, nós podíamos
estar pegando essas vagas aí e dando oportunidade a essas lideranças que não
tem, para estar aqui somando, na mesma hora que está participando do
encontro, na hora da oportunidade vem no acampamento e dá o seu recado, é
aproveitando o momento para fazer as contribuições nos trabalhos. Então, o
que queria contribuir é isso aí.
Teresinha Gasparin Maglia - Então, a sugestão, Titiah e a bancada toda,
indígena, é vocês se reunirem agora para discutirem os nomes e discutirem a
participação nos jogos e nós, como Governo, damos um tempinho para eles
pensarem e conversarem, é isso? Ok. Então, sintam-se à vontade. Corta.
Interlocutora não identificada – (Intervenção fora do microfone) Nós não
temos as datas, agora, da conferência para a gente, das conferências para a
gente poder estar fazendo arranjo,
Teresinha Gasparin Maglia - Mas, sempre vai chocar, você acha que poderá
ter alguma que, alguma, nessa data aqui, tem alguma que vai chocar com a
reunião de vocês?
Vamos retomar, gente? Vamos fazer, conseguir concluir? Então, após essa
pequena pausa onde vocês sentaram para definir os nomes do pessoal que vai
participar do Fórum Interconselhos, para discutir o PPA 2016/2019, o pessoal
já tem o nome das pessoas para nós deixarmos registrado em ata, quem seriam
os oito indígenas da CNPI que participam desse fórum? Alguém pode, quer
pegar a palavra? Os nomes.
Pierlangela Nascimento Cunha – Para o fórum? Para o fórum. Deoclides,
Selmo, Crisanto, Sandro, Brasílio, Capitão, Cremilda, que ela é suplente e
Anastácio, só foi a Cremilda porque os outros estão na comissão, as outras
mulheres, as quatro mulheres estão na comissão organizadora.
Teresinha Gasparin Maglia - Tem que ser quatro, gente, é paritário.
Pierlangela Nascimento Cunha - Mas, aí, paritário, se nós formos para o
fórum, as quatro, são quatro mulheres da comissão organizadora que vai ser na
mesma época.
Teresinha Gasparin Maglia - Sim. Nós não temos, quem nós temos mais de,
não pode ser, gente, quatro, tem que ser, gente, quatro, quatro. (Intervenções
fora do microfone) Glicéria, não está mais? Quem disse? Nunca foi tirado.
Gente, quem é que nós temos mais de mulher na comissão? A Glicéria, nós
temos que ela é suplente do Sandro, a Glicéria, ela nunca foi substituída por
ninguém, ela continua, sim, como membro suplente da CNPI, suplente do
Sandro.
Bom, só se ela não pode mais, mas, ela continua como suplente, posso até
consultar ela. Nós temos duas mulheres, quem mais?
Luiz Vieira Titiah - Nós trabalhamos esses oito nomes também porque
(ininteligível).
Teresinha Gasparin Maglia – Sim, Titiah, mas, foi bem claro aí, a paridade
entre gênero. (Intervenções fora do microfone) Jovem então, da CNPI, mas,
jovem, vamos ver, o Selmo é um dos, a paridade de juventude então, da
(ininteligível) nacional, é o Selmo, que é o mais jovem.
Teresinha Gasparin Maglia - Selmo, quem mais? (Intervenções fora do
microfone) Sandro, ele pode ser teu tio, mas, ele é jovem. Píer dá para você
repetir para mim quem teve que ir para nós conseguirmos bater o martelo
nesse, então, como mulher vão, mulher ficou Cremilda e Glicéria? Começar
com ela.
Pierlangela Nascimento Cunha (Comissão Organizadora Nacional) – É, aí
o Deoclides, Selmo, Crisanto, Sandro, Brasílio, Capitão, a Cremilda, já está
aí?
Teresinha Gasparin Maglia - São seis homens e duas mulheres.
Valcélio Terena - Gente, e a questão da proporcionalidade, são, veja bem é o
Interconselho, ok? É o Interconselho, dezenas de pessoas estarão aqui em
Brasília, aí tem representação do CONDRAF, do CONSEA, de Economia
Solidária, da Juventude, do CNPIR, etc., etc. e aí, paridade, metade homens,
metade mulheres para que a gente possa ter um Interconselho com a cara do
Brasil, que é metade homem, metade mulher, não tem um Interconselho só de
homem ou só de mulher ou só com maioria de homem ou só com maioria de
mulher.
Luiz Vieira Titiah - Questão de ordem, mas, assim, nós trabalhamos com o
pessoal que estava aqui, porque eu também não posso garantir ninguém lá da
ponta ou lá e outra região sem eu consultar a pessoa, que agora, no seminário
mesmo, nós ficamos sem poder trazer liderança que nós deixamos por conta,
quando foi consultar a passagem da liderança estava com pendência. E nós
também não podemos perder essa oportunidade e nem as vagas.
Teresinha Gasparin Maglia – Correto, mas, não dá para consultar ninguém
porque tem que ser da CNPI, Titiah, tem que ser... (Intervenções fora do
microfone) Ancião, jovem, duas mulheres, quem é o ancião, por favor?
(Intervenções fora do microfone) Ah, o Capitão? Ok, o Capitão é o ancião,
então. (Intervenções fora do microfone) Mãe? Ainda bem que está desligado,
não está, vou sugerir o seguinte para a Secretaria Geral, então, nós estamos
indicando um nome de um jovem, duas mulheres, um ancião e quatro homens,
de pessoas normais, Sandro, que não é ancião, que não é mulher, os outros
também são normais, pelo amor de Deus, mas, eu digo assim, que não entram
nessas categorias. Então, ficou Capitão, como o ancião, um jovem, o Selmo,
duas mulheres, Glicéria e Cremilda, mais Deoclides, Crisanto, Sandro e
Brasílio. Elas são da comissão organizadora da conferência e possivelmente
tem reunião na mesma semana.
Simone Karipuna - Teresinha, então, aqui a gente fez uma reunião da
bancada e aí, nós, enquanto membros da comissão organizadora da bancada
indígena, a gente está propondo que a reunião da comissão organizadora
nacional ocorra nos dias de 14 ao dia 17, 16, com retorno dia 17, para não sair,
nós vamos participar da reunião, a gente vem com o compromisso para
participar da reunião e aí a gente colocou porque a gente avaliou ali que a
gente, tem que ter um dia para gente nivelar nossas informações em relação à
comissão organizadora, os membros da comissão organizadora da bancada
indígena precisam ter o momento para, também, fazer essa avaliação interna,
foi até proposta do Presidente aí, certo? E tem coisas que a gente precisa
demandar logo e levar material.
Teresinha Gasparin Maglia - A sugestão é 14, 15 e 16? Chegada dia 13 e
retorno dia 17?
Simone Karipuna - Não, porque a gente vem no dia 14 para as nossas
atividades, ei, Titiah, a sugestão aqui que a gente está propondo que dia 14 é o
nivelamento interno nosso, de todos os membros da comissão organizadora e
aí, da bancada indígena e já no dia 15 a gente, 15 e 16 a gente trabalha e no
dia 17 vai embora, certo? É isso, bancada? Ok.
Teresinha Gasparin Maglia – Ok? Fechado, então? os nomes então ficaram
esses que a gente leu antes, vou repetir novamente, Capitão, Selmo, as duas
mulheres, Cremilda e Glicéria e depois, Deoclides, Crisanto, Sandro e
Brasílio. Ok? Aqui eu vou deixar uma cópia para vocês, desse pessoal, dos
oito que vão vir, do convite que veio para nós, que tem algumas explicações
como vai ser, enfim. Ok? Depois o pessoal pega aqui, questão de ordem,
Selmo, pega o microfone, por favor. Vai lá, Selmo.
Selmo – Então, a questão das datas desse seminário, chegada.
Teresinha Gasparin Maglia - Desse encontro do Fórum Interconselhos?
Selmo – Isso.
Teresinha Gasparin Maglia - 14 a 17, com abertura no dia 14 às 14h, então,
provavelmente se vocês chegarão às 14, no dia 14 mesmo e o término dia 17,
então, assim que eu tiver eu vou encaminhar as listas de inscrição de vocês, eu
vou ter todas as informações eu repasso, conforme eu recebo eu já repasso
para vocês via e-mail. Ok? Bom, outro ponto que nós ficamos agora de
discutir e que vocês ficaram de tomar posição durante a reunião de vocês, da
bancada, sobre a questão dos primeiros jogos mundiais. Alguém gostaria de
fazer, de tecer algum comentário? O que vocês decidiram sobre os jogos?
Qual é a posição da bancada indígena na CNPI? Vocês não chegaram a
discutir?
Luiz Vieira Titiah - Teresinha, nós conversamos ali, mas, nós não fechamos
nada de encaminhamento, até eu já vou deixar registrado aqui, a minha
opinião, como Luiz Titiah, representando a APOINME dentro da CNPI, se
tiver a oportunidade eu tenho interesse de participar dos jogos, para eu estar lá
participando dessa atividade.
Teresinha Gasparin Maglia - Obrigada, Titiah. Pierlangela.
Pierlangela Nascimento Cunha - Bom, é que a gente sabe que vem o
representante do Ministério dos
Esportes, mas, que a gente, na próxima reunião da CNPI pudesse convidar o
Ministro do Esporte para vir nessa bancada na próxima reunião de julho?
Junho. Na nossa próxima reunião. O Ministro mesmo e não representação, a
gente quer falar com o original e não com a cópia, como diz lá em Roraima.
Teresinha Gasparin Maglia - Ok. Então, a sugestão da Pierlangela é que,
para a próxima reunião da CNPI, em junho, que a previsão da nossa próxima
reunião é dois a cinco de junho, a gente convide o Ministro do Esporte para vir
conversar com a CNPI sobre os primeiros jogos mundiais, é um convite. Ok?
Quem pediu a palavra? Brasílio.
Sandro Tuxá – Olha, agradeço aí a ideia de Pier, Pierlangela, eu acho muito
bacana esse posicionamento, de repente essa resolução aí, do chamado ao
Ministro, porque não é de agora que a gente vem fazendo duras críticas à
forma como trabalharam e discutiram os jogos indígenas, a gente lembra que
nós falamos, em muitos momentos, com os companheiros, parentes e amigos
que estão à frente desses jogos e que, na prática, não respeitam a diversidade
cultural que temos e padronizam regiões e acaba deixando até os próprios
povos de algumas regiões que têm uma rica participação na, ativa na questão
dos jogos olímpicos indígenas, se eu posso dizer que a gente pode pensar em
dos jogos olímpicos indígenas, mas, não participam. Então, eu acho que é uma
oportunidade, sim, de estar sentando, conversando sobre isso, não só por conta
das questões dos jogos mundiais, é porque a gente vê que alguns parentes
estão aproveitando da nossa falta de tato com a coisa, de organização nossa
mesmo e se protagonizam como donos dessa questão e a gente sabe que não é.
Então, é bom conversar com o Ministro, nivelar informação, não para poder
atirar pedra em ninguém, eu acho que justifica, sim, a vinda do Ministro para a
gente poder caminhar e tornar, realmente acessível a questão dos jogos,
porque o que a gente quer com os dos jogos indígenas é incentivar a prática,
então, a gente tem que incentivar as práticas no bojo das regiões, vez ou outra
chamando outros povos para entender que jogo indígenas, que os jogos é uma
alternativa viável para muitos problemas que hoje ocorrem nas nossas
comunidades, como o próprio ócio. E a gente só pode tornar isso positivo, de
maneira positiva, à medida que todos se sintam partes e não grupos.
Teresinha Gasparin Maglia - Ok. Obrigado, Sandro, só lembrando que não é
uma recomendação, nem resolução, é um convite, é um convite ao Ministro.
Ok. Fechamos esse ponto, então? Algo mais que o pessoal queira dizer? Ah,
Brasílio, desculpa.
Brasílio Priprá - Brasílio, (ininteligível) Santa Catarina. Eu acho que é
interessante o pessoal também observar, aqueles que puderem ir, observar,
porque muitas coisas a gente primeiro tem que ver, para depois criticar, eu
acho que, eu tenho muito respeito pelo Marcos, eu acho que eu é um trabalho
que ele faz, é reconhecido internacionalmente, eu acho que tem que ter um
respeito por ele e não que nós não possamos criticar, mas, a gente precisa ver
de perto, realmente, para que a gente possa criticar. Então, na verdade, eu acho
melhor aqueles que puderem participar, participar, então, sou a favor a quem
puder ir participar, é bom participar, porque é melhor a gente também ver a
coisa de perto, para que gente possa falar, realmente, o que viu, porque eu
acho que os jogos são importantes, deve melhorar, deve acontecer, vai
acontecer, independente de qualquer coisa, então, na verdade é bom a gente
observar para que depois a gente possa conversar com ele, de acordo com o
que a gente viu. Obrigado.
Teresinha Gasparin Maglia - Obrigado, Brasílio, agora o Selmo.
Selmo – Eu queria, na verdade, eu queria fazer uma pequena avaliação e, na
verdade pergunta, também, eu queria saber se a gente já vai sair daqui com a
próxima reunião da CNPI agendada, isso é uma das coisas, até porque eu
estou vendo que a gente está muito focado na questão desse encontro que a
gente está discutindo aí, isso é uma das coisas. E se tiver, se houver, eu queria
também fazer uma pergunta e deixar como proposta que eu estou sendo
cobrado na minha base, é que eu a gente vem, para essa reunião da CNPI e a
gente discute o tempo todo a política geral a nível de Brasil e a gente não tem
um momento com o Presidente, só nós, lideranças, com o Presidente, de estar
discutindo pelas necessidades dos nosso Estados. Digo isso porque eu estou
sentindo a necessidade, dentro do meu povo, dentro do meu Estado, aqui eu
não posso, especificamente, chegar e falar só da minha aldeia, do meu povo,
mas, eu preciso falar, especificamente do meu Estado e ter um pouco do
conhecimento a nível nacional e eu estou sentindo essa falta, porque o meu
povo está me cobrando na minha base. Digo isso por conta de uma cobrança
que o mês passado o Ministro, foi dado causa ganha à terra Xucuru-Cariri, no
Estado de Alagoas e a gente não tem esse acesso de estar vindo aqui discutir
com o Presidente, o único acesso que tem sou eu, aqui na CNPI, então, eu
vindo aqui eu não tenho esse acesso de sentar com o Presidente, de expor toda
essa situação. Então, eu queria deixar como proposta, eu não sei se os parentes
aceitam em si, a mesa em si, mas, eu queria deixar é que a gente ter um
momento, dentro da CNPI, nós, indígenas, como Presidente para gente estar
fazendo essa avaliação e revendo, na verdade, os pontos que se têm por base e
a gente ver o que é que a gente pode estar adiantando, acrescentando nesse
sentido. Essa é a minha proposta, não sei se os parentes aceitam, mas, fica aí a
minha proposta, era isso.
Teresinha Maglia - Obrigado, Selmo, só respondendo para o Selmo, nós já
temos a programação do ano todo de 2015, das reuniões da CNPI, Selmo, já
está marcado, sim, desde o final do ano passado, as três próximas reuniões da
CNPI, que é a 28ª, 29ª e 30ª reunião, já está marcado, sim, que é setembro,
aliás, junho, setembro e dezembro. Ok? Quanto a essa questão de sentar com o
Presidente, a gente pode ver uma forma de que, uma tarde, da plenária de dois
dias, a gente reserve uma tarde para que a gente, vocês possam sentar só com
o Presidente, sem gravação, sem filmagem, sem nada, uma reunião paralela à
reunião da CNPI, mas focará em assuntos pontuais. Ok? Rosa inscrita.
Rosa Pitaguary - Terê, eu acho que também seria importante essa, já que,
assim, com essa reivindicação do Selmo, seria importante que o Presidente
viesse e trouxesse também os seus Diretores com os seus devidos, porque
assim, com certeza vai falar sobre questões fundiárias, eu acho que é
importante que tenha representatividade também desses representantes aqui,
até mesmo para estar nos informando e estar tirando algumas dúvidas, alguns
questionamentos da gente.
Teresinha Gasparin Maglia - Ok. Obrigada, Rosa. Capitão.
Capitão Potiguara - Presidente, Capitão Potiguara, leste e nordeste. Eu
queria só relembrar aos companheiros, membros da CNPI que eles aderissem
ao que o Capitão está fazendo lá na Paraíba, que é as audiências públicas com
relação às PEC, às portarias, para testar os nossos parlamentares, para trazer as
propostas aqui para a bancada federal, isso aí eu estou fazendo agora, no dia
07 de abril, na assembleia da Paraíba, são colegiados, 36 Deputados e aí é
onde eu vou ver quais são os Deputados que eu tenho, aliados, para a causa
indígena, lá nós tiramos um documento para mandar para a bancada da
Paraíba. Eu queria pedir que, se fosse possível, os outros Estados
encampassem também esse movimento, que é bom a gente fortalecer esse
movimento. Muito obrigado.
Teresinha Gasparin Maglia - Obrigada, Capitão. Mais algum assunto? Mais
algo, encerrando? Ok, gente, então, em nome do Presidente Flávio,
declaramos encerrada a 27ª Reunião Ordinária da CNPI.
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