mineração e revoltas nativistas · revolta de beckman (1684 – 1685) ... guerra dos mascates ......
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A Mineração
A Exploração do Ouro
• Dois tipos de empreendimentos, que visavam a exploração do ouro, foram organizados: as lavras e as faiscações.
• As lavras, unidades produtoras relativamente grandes, chegavam a possuir algum equipamento especializado, exigindo, às vezes, o trabalho de mais de 100 escravos. Como o capital necessário para explorar uma lavra era elevado, apenas as grandes jazidas compensavam o capital investido.
• Já nas faiscações, pequenas unidades produtoras, trabalhavam
somente algumas pessoas ou, em muitos casos, apenas um minerador. Também era freqüente um homem livre enviar um escravo para a faiscação, que ficava com uma parte do ouro encontrado e entregava a outra parte a seu senhor.
A Administração da Área
Mineradora
• Logo que descobriram as primeiras jazidas em Minas Gerais, a Coroa publicou o Regimento das Minas (1702).
• Para executar o Regimento, cobrar os impostos e apoiar todo o serviço de mineração, foram criadas as Intendências de Minas, uma para cada capitania em que houvesse extração de ouro.
• As Intendências eram totalmente independentes de qualquer outra autoridade colonial, prestando contas tão somente ao governo de Lisboa.
• O principal imposto cobrado era o quinto (20%), cobrado sobre o ouro extraído.
• 1720 - Casas de Fundição
• 1735 – Capitação (imposto sobre o número de escravos)
• 1750 – Finta (100 arrobas anuais; quinto estimado da produção total da capitania)
• 1763 – Derrama (cobrança invasiva do imposto não pago)
Sociedade mineradora
• Maior mobilidade social
• Promove o desenvolvimento do setor de serviços e o comércio
• Prevalece a vida urbana
• A sociedade é bem mais diversificada que a açucareira (não apenas mineradores, mas, também, comerciantes, artesãos, tropeiros, profissionais liberais, funcionários públicos, padres, militares)
Consequências
Surto demográfico (mais de 800 mil pessoas chegam da metrópole)
Deslocamento da capital para o Rio de Janeiro (1763)
Formação de um mercado interno (criação de gado; itens agrícolas)
REVOLTA DE BECKMAN (1684 – 1685) – MARANHÃO
1- Causas:
Dificuldade de compra de escravos escravização indígena choque com jesuítas;
Portugal criou Companhia de Comércio do Maranhão
•Fornecimento de 500 escravos por ano;
•Venda alimentos importados;
•Compra de produtos da região
Não cumprimento do acordo
Reação da Metrópole
Abolição monopólio da Companhia;
Prisão de Tomás Beckman em Lisboa;
Nomeação de novo Governo para o Maranhão.
Dissolução do Governo Provisório;
Líderes – presos e executados;
Degredo e outras prisões.
1º MOVIMENTO COLONIAL A CONTESTAR
AUTORIDADE DA COROA PORTUGUESA,
EMBORA NÃO DESEJASSE A
INDEPENDÊNCIA.
GUERRA DOS MASCATES – 1709 – 1711 – PERNAMBUCO
1- Conjuntura interna
OLINDA
Sede da capitania;
Região açucareira
RECIFE
Submissão à Olinda;
Presença holandesa melhorias;
Portos;
Comércio próspero (mascates).
2- Comerciantes de Recife – credores dos senhores de terra de Olinda.
3- Expulsão dos holandeses decadência de Olinda aumento dos impostos rejeição de Recife e desejo de se tornar vila.
1709 – Recife elevado à vila
Olindenses ocupam Recife
Mascates recebem apoio de outras Capitanias e recuperam domínio de Recife
Portugal apóia os Mascates
REVOLTA DE VILA RICA OU FELIPE DOS SANTOS - 1720
1- Causas:
Criação das Casas de Fundição e Intendência das Minas;
Corrupção dos funcionários públicos – que foram denunciados pelos rebeldes;
Cobrança do quinto – considera abusiva.
2- Reação Conde de Assumar – Governador da Capitania
Inicialmente fingiu concordar com rebeldes;
Organização de tropas REPRESSÃO;
Felipe dos Santos foi esquartejado.
Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho) 1º Ministro de D. José I – rei de Portugal. Déspota esclarecido - visava acelerar o processo de
modernização do país e assim aumentar seu poder e prestígio a fim de enfraquecer a oposição ao seu governo;
Política centralista; Contrário aos privilégios do clero e da nobreza; Confiscou bens da Igreja, mandou fechar colégios e
missões ligadas aos jesuítas, Concessões à burguesia mercantil;
POLÍTICA POMBALINA
(1750 A 1777)
Política pombalina para o Brasil:
•Extinção completa das Capitanias hereditárias,
•Proibição da escravidão indígena
•Criação de Companhias de Comércio
•Expulsão jesuítas de Portugal e colônias (1756), prisões e degredo de padres, confisco de propriedades,
•1763 – mudança da capital para o Rio de Janeiro,
•Instituiu DERRAMA.
•Secularização do ensino
•Incentivo à instalação de manufaturas
Após a morte de José I, em 1777, Pombal é afastado e suas principais medidas são revogadas – Política conhecida com a Viradeira.
Alvará decretado por Maria I Proibição de funcionamento de fábricas e manufaturas no Brasil.
Pretexto: se houvesse desenvolvimento fabril os colonos se descuidariam da agricultura;
Motivos reais:
Manter mão de obra disponível para agricultura e mineração;
Manter os privilégios dos comerciantes portugueses que vendiam os seus produtos sem concorrência.
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