revoltas nativistas no brasil colonial

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CENTRO EDUCACIONAL SESI – 404 Vera Cruz – Valinhos / SP. Expectativas de Ensino e de Aprendizagens – 2º Ano - Ensino Médio. Analisar criticamente as revoltas do período colonial, identificando as diferentes versões para explicá-las e o uso político feito destas versões.

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Page 1: Revoltas nativistas no brasil colonial

CENTRO EDUCACIONAL SESI – 404Vera Cruz – Valinhos / SP.

Expectativas de Ensino e de Aprendizagens – 2º Ano - Ensino Médio.

Analisar criticamente as revoltas do período colonial, identificando as diferentes versões para explicá-las e o uso político feito destas versões.

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Os Movimentos Nativistas: tinham caráter regional e questionavam aspectos específicos, especialmente no que diz respeito ao Pacto Colonial.

MOBILIZAÇÔES SOCIAIS NO BRASIL COLONIAL

1.1- Revolta de Beckman – MA /1684.

Participantes: Elite local; (Divergências entre Jesuítas x Fazendeiros no que tange a exploração da mão de obra indígena)Líderes: irmãos Beckman (Tomás e Manuel); Motivos: descumprimento dos compromissos da Cia. de Comércio do Maranhão na utilização de mão-de-obra indígena. Descontentamento de elites locais (altos preços e má qualidade de produtos).A CIA. deveria fornecer 500 escravos por ano.

O Conflito: os rebeldes mantiveram por um mês o governo na região. Mas a Coroa Portuguesa logo realizou uma violenta repressão e os líderes foram enforcados. No final, foi normalizado o abastecimento de escravos para a região e teve fim o monopólio de comércio de escravos.

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1.2- Guerra dos Emboabas - MG / 1707-1709.

Participantes: Bandeirantes (Paulistas) X Forasteiros (Emboabas); Motivo: Disputa pela região aurífera;

O CONFLITO

A guerra começa com o cerco de Sabará pelos emboabas, incendiando aldeias e matando pessoas. Os paulistas procuram desforra em um novo conflito, mas novamente são derrotados em uma sangrenta matança, no chamado Capão da Traição.

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O Final da Guerra dos Emboabas foi desfavorável aos paulistas. Com a derrota dos paulistas, alguns deles fossem para o oeste onde descobririam novas jazidas de ouro nos atuais estados do MS, MG e GO. Regulamentação da distribuição de lavras entre emboabas e paulistas Regulamentação da cobrança do Quinto; Divisão da Capitania de São Vicente: Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, e surgimento da Capitania do Rio de Janeiro; São Paulo deixou de ser vila passa a ser cidade; Acabam as guerras na região das minas, com a Metrópole assumindo o controle administrativo da região.

Rio das Mortes / MG

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1.3- Revolta de Felipe dos Santos - MG / 1720.

Participantes: Elite local (mineradores, fazendeiros e comerciantes); Motivos: cobrança excessiva de impostos e instalação das Casas de Fundição; O Conflito: Felipe entregou algumas reivindicações ao governador, com a promessa de serem atendidas, mas logo depois ele é capturado e enforcado, e com isso as Casas de Fundição se alastram pela região.

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1.4- Guerra dos Mascates – PE / 1710

Participantes: Senhores de Engenho de Olinda X Mascates de Recife. Motivos: Causa básica: Recife obtém autonomia e Olinda não aceita.Olinda: Endividamento e empobrecimento dos Senhores de Engenho de Açúcar. (Latifundiários)Recife: Os comerciantes reivindicavam maior participação política; (Comerciantes Portugueses)Início: elevação de Recife à categoria de Vila. Resultados: com a intervenção da Coroa Portuguesa Recife foi elevada à capital de PE.

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RESUMO BÁSICO

Page 8: Revoltas nativistas no brasil colonial

Bibliografia Básica.

Resumo Básico das Rebeliões do Brasil Colonial. Disponível in: <http://profedu.blogspot.com.br/2007/05/blog-post_28.html> Acesso em 06/02/2013.

Rebeliões e Revoltas no Brasil Colonial. Disponível in: <http://www.colegiomondrone.com.br/images/works/12082010170705.pdf> Acesso em 06/02/2013 – Grifo Nosso.

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Romanceiros da Inconfidência II ou do Ouro Incansável)

Mil bateias vão rodando sobre córregos escuros; a terra vai sendo abertapor intermináveis sulcos;infinitas galeriaspenetram morros profundos.

De seu calmo esconderijo,o ouro vem, dócil e ingênuo;torna-se pó, folha, barra,prestígio, poder, engenho . . .É tão claro! — e turva tudo:honra, amor e pensamento.

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Borda flores nos vestidos, sobe a opulentos altares, traça palácios e pontes,eleva os homens audazes,e acende paixões que alastram sinistras rivalidades.

Pelos córregos, definhamnegros a rodar bateias.Morre-se de febre e fomesobre a riqueza da terra:uns querem metais luzentes,outros, as redradas pedras

Page 11: Revoltas nativistas no brasil colonial

Ladrões e contrabandistas estão cercando os caminhos;cada família disputaprivilégios mais antigos;os impostos vão crescendo e as cadeias vão subindo.

Por ódio, cobiça, inveja,vai sendo o inferno traçado.Os reis querem seus tributos,— mas não se encontram vassalos.Mil bateias vão rodando,mil bateias sem cansaço.

Page 12: Revoltas nativistas no brasil colonial

Mil galerias desabam;mil homens ficam sepultos;mil intrigas, mil enredosprendem culpados e justos;já ninguém dorme tranqüilo,que a noite é um mundo de sustos.

Descem fantasmas dos morros,vêm almas dos cemitérios:todos pedem ouro e prata, e estendem punhos severos,mas vão sendo fabricadasmuitas algemas de ferro.

Cecília Meirelles