microbiologia aula prática 1 maria josé correia mariacorrei@gmail.com 2013/2014 16-09-2013
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Microbiologia
Aula prática 1
Maria José Correiamariacorrei@gmail.com
2013/2014
16-09-2013
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Sumário P1:
Apresentação sucinta do programa das aulas laboratoriais;
Segurança no Laboratório
Noções de desinfeção, assepsia e esterilização
Introdução à microscopia
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Programa:Data Tema
16/09 O laboratório de Microbiologia (Equipamentos Materiais e Cuidados)
23/09 Meios de cultura e cultivo de microrganismos (Preparação dos meios para a aula seguinte)
30/09 Recolha e processamento de amostras (Recolha pelos alunos de uma amostra do biofilme oral e sua inoculação nos meios apropriados).
7/10 Observação direta de microrganismos (Coloração de Gram das amostras do biofilme oral.
14 e 21/10 Identificação de microrganismos por cultura e testes bioquímicos miniaturizados para identificação de streptococci. Inclui realização de um antibiograma com o microrganismo identificado.
30/10 Ficha de avaliação. Apresentação dos trabalho.
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Segurança no laboratório:
Atitudes:
Usar o senso comum (a maioria dos acidentes de laboratório começa com algo simples);
Estar consciente – conhecer os reagentes antes de os usar (ler os rótulos tomar as medidas necessárias);
Estar protegido – conhecer as práticas e equipamentos que podem aumentar a proteção (máscaras, luvas, etc.).
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Segurança no laboratório: Regras gerais:
Nunca COMER, BEBER, FUMAR, aplicar lentes de contacto ou cosméticos!
Nunca cheirar soluções ou reagentes
Nunca pipetar com a boca
Lavar imediatamente a pele após contacto com culturas/químicos
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Segurança no laboratório:
É especialmente perigoso correr ou brincar em ambientes laboratoriais
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Segurança no laboratório: Bancada:
As bancadas de trabalho devem ser mantidas organizadas e limpas
Identificar todo o material utilizando para isso marcadores de vidro apropriados
Manter os bicos de Bunsen e as lamparinas acesas apenas enquanto são necessários
Os lixos devem ser perfeitamente identificados O material de vidro estalado ou partido deve ser
imediatamente rejeitado Colocar as pipetas de vidro sujas em contentores
de plástico devidamente identificados para esse fim
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Segurança no laboratório:
Proteção pessoal:
Usar bata e manter os cabelos compridos apanhados;
Não usar sapatos abertos, chinelos, sandálias; Usar a hotte sempre que necessário; Quando abandonar o laboratório retirar a bata e
lavar todas as zonas de pele que possam ter estado expostas a substâncias tóxicas/patogénicas.
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Instruções gerais:
Ler os protocolos antes de cada aula prática
Desinfetar as mãos e a bancada
No início da aula examinar/registar os resultados das experiências realizadas na aula anterior
Seguir atentamente as instruções fornecidas pelo docente antes de executar o trabalho proposto
Depois de terminar o trabalho de cada aula arrumar a bancada onde trabalhou. Colocar o lixo e o material inoculado nos locais apropriados
Desinfetar a bancada (álcool) e lavar as mãos com sabonete antes de deixar o laboratório
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Assepsiaausência de microrganismos
Manutenção das condições de assepsia:
limpar e desinfetar a bancada de trabalho lavar e desinfetar as mãos no início e fim da aula usar bata limpa (sempre) esterilizar o material a utilizar trabalhar à chama ou na câmara de fluxo laminar
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Técnicas de esterilização
Principais agentes anti-microbianos
Métodos físicos Calor Radiações Filtros
Métodos químicos desinfetante antisséticos
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Esterilização pelo calor
Calor seco Oxidação e desnaturação das proteínas
Combustão da matéria orgânica
Aplicações: Materiais resistentes a altas temperaturas (ansas, vidros
não calibrados, etc.)
Equipamento Estufas a 160-180ºC (2 horas)
Equipamento de incineração ou queima direta
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Esterilização pelo calor
Calor húmido
Coagulação das proteínas; destruição de células vegetativas e esporos
Aplicações: Meios de cultura e soluções aquosas
Materiais pouco resistentes ao calor (plásticos resistentes, etc.)
Equipamento/técnicas: Autoclave (atmosfera de vapor de água sob pressão)
Pasteurização (aquecimento do produto por um período de tempo que varia com produto a pasteurizar e a temperatura utilizada)
Tindalização (aquecimento a 65-100ºC durante 30-60 min, intercalado com incubação a 35ºC – ciclos que podem repetir-se até 3 dias)
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Esterilização por filtração
Remoção de microrganismos em membranas filtrantes com poro nominal inferior às dimensões bacterianas (0,2 µm)
Aplicações: Produtos termo lábeis, voláteis ou sensíveis a
altas pressões (ex: antibióticos e vitaminas)
Equipamento/técnicas: Filtração com funil (grandes volumes) Filtração com seringa (pequenos volumes) Filtração de ar em câmaras de fluxo laminar
Prescott, Microbiology, 5th edition
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Esterilização por radiações
Raios X e :
Poder ionizante e elevado poder de penetração - para objectos volumosos
Raios UV:
Menor energia, radiação pouco penetrante usada para esterilização de superfícies
Ultra-sons (radiação de alta frequência)
Destruição mecânica de células
Raios catódicos (feixes de electrões de intensidade e velocidade elevadas):
Esterilização de material cirúrgico
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Esterilização por agentes químicos
Agentes bactericidas ou bacteriostáticos (só eliminam as formas vegetativas e não as formas esporuladas)
Sabões, sais biliares e fenóis (alteração da tensão superficial)
Cloro (oxidação de compostos celulares) Álcoois (desnaturação de proteínas e solubilização de
lípidos)
Detergentes germicidas:misturas comerciais de vários agentes bactericidas e bacteriostáticos
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Introdução à microscopia
Microscópio ótico
instrumento usado para ampliar
constituído por uma parte mecânica e uma parte ótica
OcularTubo Revólver
Objetiva
Platina
Diafragma
Condensador
Fonte de luzPé
Parafuso Macrométrico
Parafuso Micrométrico
Coluna
Prescott, Microbiology, 5th edition
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Microscópio ótico - Parte mecânica Pé ou Base – suporta/estabiliza o microscópio
Braço ou Coluna – peça fixa à base, serve de suporte a outros constituintes
do microscópio.
Tubo ou Canhão –suporta os sistemas de lentes da extremidade superior
Platina – peça paralela à base, onde é colocada a preparação a observar,
possuindo no centro um orifício que permite a passagem dos raios luminosos
concentrados pelo condensador.
Parafuso Macrométrico – engrenagem indispensável para fazer a
focagem.
Parafuso Micrométrico – elemento que permite movimentos de amplitude
reduzida para completar a focagem.
Revólver – peça giratória adaptada à zona inferior do tubo que suporta as
objetivas de diferentes ampliações (ex: 10x, 40x, 100x)
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Microscópio ótico - Parte ótica
Sistema de Oculares e Sistema de Objetivas – o conjunto de
lentes que permitem a ampliação do objecto (a ampliação dada ao
microscópio é igual ao produto da ampliação da objetiva pela
ampliação da ocular)
Fonte Luminosa lâmpada (iluminação artificial), espelho que reflita a luz solar (iluminação natural).
Condensador – conjunto de lentes convergentes que distribui
regularmente, sobre o campo visual do microscópio, a luz emitida
pela fonte luminosa.
Diafragma – regula a intensidade luminosa no campo visual do
microscópio
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Utilização do microscópio
Ligar a lâmpada Ajustar distância interpupilar (oculares) Colocar a lâmina na platina e focar em objetiva 10x Ampliar a imagem, retificar focagem e observar Utilizar óleo de imersão (1 gota) apenas para a objetiva
100x Limpar a objetiva com solução apropriada Quando terminar observação:
Regular a luz para o mínimo e desligar a lâmpada Voltar sempre para a objetiva de menor ampliação Cobrir o microscópio
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Objetivos P1:
O aluno deve ser capaz de:
seguir todas as regras de segurança referidas; definir desinfeção, assepsia e esterilização; enumerar os principais processos de esterilização
de material e meios de cultura; descrever as situações específicas em que deve
ser utilizado um determinado método de esterilização;
descrever o modo de atuação dos métodos de esterilização;
utilizar o microscópio da forma mais correta.
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