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Megacidades Brasileiras:

Vulnerabilidades e Adaptação`as

Mudanças Climáticas: RMSP

Jose. A Marengo CCST-INPE

Esforço Interinstitucional

Coordenação:

Dr. Carlos Nobre (CCST, INPE)

Dr. Daniel Hogan (NEPO, UNICAMP)

Equipe:

Andrea Young ( NEPO, UNICAMP)

Gustavo Costa (CCST INPE)

Magda Lombardo (UNESP Rio Claro)

Joao Lima (UNESP Pres. Prudente)

Patricia Pinho (CCST, INPE)

Sinesio Alves Junior (CCST INPE)

Colaboradores:

Agostinho Orgura (IPT, USP)

Antonio Donato Nobre (CCST INPE)

Andre Silveira (CCST INPE)

Grasiela Rodrigues (CCST INPE)

José Marengo (INPE)

Maria Valverde (CCST INPE)

Paulo Saldiva (USP)

Largest Urban Agglomerations in the World 1980-2010.

Adapted from United Nations - HABITAT (2004)

Região

Metropolitana de

São Paulo

IBGE 2007

Cidade 10.886.518 hab.

SEADE 2008

RMSP - 19.697.337 hab.

Martinelli, M, 2020: Clima do Estado de São Paulo, Confins, 8 | 2010

1120

1200

1300

1400

1500

1700

2000

3000

4000

mm

Temperatura do ar – variação média/diária - RMSP

Mooca

BrásSé

Lapa

Saúde

Source: Environmental Atlas of São Paulo

Ilha de Calor Urbana

Cidade de SP

Aquecimento global é uma realidade: tendências da temperatura do ar de 1901-2005 e 1979–2005 (IPCC 2007)

Temperaturas

médias subiram de

0,7 ºC nos últimos

50 anos no Brasil!

Tmin Inverno

subiu

quase

1 C!

Tendências nas freqüências (em %) de noites quentes (TN90P) e frias (TN10P), e de dias

quentes (TX90P) e frios (TX10P) em Campinas e Água Funda, São Paulo. Índices são

definidos em Vincent et al. (2005). (Fonte: T. Ambrizzi, IAG/USP).

Floods in

Rio de

Janeiro

Floods in

Sao Paulo

Verão do 2010-para não esquecer..!!

Entre os eventos climáticos extremos mais significativos, ocorridos no

verão de 2010, afetando regiões de SP e RJ, têm-se as chuvas extremas e

avalanches que mataram mais de 50 pessoas em Angra dos Reis, RJ, na

virada do ano 2010.

Em SP, segundo o Jornal Folha de São Paulo 16/02/2010, no verão de

2010 mais de 140 pessoas morreram em conseqüência das chuvas extremas e

enchentes em áreas rurais e urbanas do estado, incluindo a RMSP e o Vale do

Paraíba do Sul. Segundo o mesmo Jornal (7-01-2010), em SP 12% das

rodovias apresentam problemas provocados pelas chuvas.

Na cidade histórica de São Luiz do Paraitinga, no Vale do Paraíba do Sul

em SP, os prejuízos estimados em danos a prédios históricos, devido à cheia

do Rio Paraitinga, ultrapassam os 100 milhões de reais.

Em SP, 300 pontos de deslizamento foram detectados na RMSP e no vale

do Paraíba.

No RJ, em Angra dos Reis e na Baixada Fluminense, os prejuízos

estimados pelas chuvas em janeiro 2010, ultrapassam os 230 milhões de

reais. Deslizamentos de terra causados pela chuva no Ano-Novo de 2010

soterraram casas e mataram 53.

No mês de Janeiro de 2010, o volume de água que se abateu sobre São Paulo foi

de 480,5 milímetros. Isso representa o dobro da média histórica de janeiro e o

maior volume registrado desde 1947 nesse mesmo mês.

Segundo reportagem da Revista Veja de 07/02/2010, em 1947, quando ocorreu o

recorde pluviométrico no mês de janeiro em São Paulo, a cidade tinha 2,2

milhões de habitantes e a chuva provocou problemas similares aos atuais,

embora em escala menor. O principal fator pelo qual os relatos de tragédias em

1947 são menores do que os registrados hoje é a forma de ocupação da cidade.

Com ruas de terra, várzeas e lagoas pluviais às margens do Tietê, a água da

chuva era mais facilmente escoada e drenada. Poucas horas depois da chuva,

portanto, a cidade voltava ao normal. As situações mais dramáticas ocorridas

em 1947 tiveram início no dia 21 de janeiro. Foram cinco dias de chuva

ininterrupta.

Volumes de chuva registrados

no mês de Janeiro em São Paulo

- Mirante de Santana, de 1943

até 2010(Fonte: INMET).

Observed trends of the R10and R5xday extremes rainfallindices during 1951-2002.

72

90 0

82

25

1 2

92

29

0 1

110

28

3 3

116

27

1 5

124

41

27

125

32

1 5

122

40

7 10

0

20

40

60

80

100

120

140

freq

uên

cia

Década de

1930

Década de

1940

Década de

1950

Década de

1960

Década de

1970

Década de

1980

Década de

1990

Década de

2000

Eventos de chuvas Intensas por décadas (1933-2009)

>30mm/dia >50mm/dia >100mm/dia >100mm/2dias

Eventos de Chuvas Intensas na Cidade de

São Paulo estão se tornarndo mais frequentes

...Número de Eventos por Décadas (1933-2009)

Fonte: Estação Meteorológica do IAG-USP; análise: Julia Reid, INPE

Inundações na cidade de São paulo em Fevereiro de 2010

Episódios de chuvas intensas: São Paulo

CDD

2010-40

CDD

2041-70

CDD

2071-2100

R10

2010-40

R10

2041-70

R10

2071-2100

Chuva

2010-40

Chuva

2041-70

Chuva

2071-2100

Mudanças

esperadas de

chuvas e

extremos de

chuva para o

futuro relativo

ao presente

(1961-1990),

cenário de

emissões A1B,

derivadas do

model regional

Eta-CPTEC 40

km. (Marengo

et al 2010)

Mudanças nos índices de extremos de chuva CDD (dias), R10 e R20 (dias) para os

períodos 2020-2030, 2040-2050 e 2080-90, relativos a 1961-90. Modelo regional Eta.

Mudanças nos índices de extremos de temperatura TN10 (noites frias) , TN90,

(noites quentes) (em %) para a RMSP, para os períodos 2020-2030, 2040-2050 e

2080-90, relativos a 1961-90. . Modelo regional Eta.

Sumário das projeções Climáticas RMSP

Fonte: Jose Marengo, CCST INPE

Esquema dos

efeitos das

mudanças

climáticas sobre a

saúde humana

(Elaborado por

Saldiva, 2010)

Fonte: Analise de Andrea Young

Expansao da Mancha Urbana(Periodo 2001-2008)

Fonte: Analise de Andrea Young

Projecao da expansao da Mancha Urbana(2001-2008-2030)

Legenda - Classificação HAND-declividade

Região Metropolitana de SP – Mapeamento das áreas de risco (HAND para inundação e declividade para deslizamento)

7425000m N

30

00

00

m E

Créditos: Grupo HAND, CCST – INPECoordenador: Antonio Donato Nobre

Especialistas: Grasiela Rodrigues e André SilveiraMapa produzido pelo modelo de ambientes HAND (Nobre et al, 2010)com base num MDT fornecido por Andrea Young do NEPO/UNICAMP e produzido pelo Centro de Estudos da Metrópole que obteve as curvas de nível da Emplasa com base nos dados do IBGE.

D Hand < 5,3m 21,63%5,3 < Hand < 15m 12,58%Hand > 15m e Declividade <= 10˚ 35,80%Hand > 15m e 10˚ < Declividade <= 20˚ 13,44%Hand > 15m e 20˚ < Declividade <= 30˚ 14,20%Hand > 15m e Declividade > 30˚ 2,32%

Área

MDT com resolução horizontal de 30 m e vertical de 5 m

Vulnerabilidade a Inundações 2008(HAND classes 1 e 2 VS area mancha urbana atual)

Fonte: Analise de Andrea Young

Fonte: Analise de Andrea Young

Vulnerabilidade a Inundações 2030(HAND classes 1 e 2 vs area mancha urbana futura)

Fonte: Analise de Andrea Young

Risco de Deslizamentos 2030(Declividades muito alta e critica VS area mancha urbana futura)

Fonte: Analise de Andrea Young

anos período taxa expansão acumulado

2001

2008 7 2,8 2,8

2010 2 0,80 3,60

2020 10 3,98 7,58

2030 10 3,98 11,56

2050 20 7,97 19,53

2060 10 3,98 23,51

2080 20 7,97 31,48

2090 10 3,98 35,46

Area impermeável m2

Area risco m2

área risco (%) Area projeção exp m2

Area risco m2

área risco (%)

2123424000 552339900 26,0 2467773000 631329300 25,58

Area impermeável m2

categorias risco Area risco m2

área risco (%) Area projeção exp m2

categorias Area risco m2

área risco (%)

2123424000 Médio 20687400 0,97 2467773000 Médio 239121900 9,69

Alto 526500 0,02 Alto 36606600 1,48

Modelo MEP - Métrica de Expansão Periférica (Efeito de Borda)

Projeção da Expansão Urbana

Risco de Enchente e Inundação em 2008 Risco de Enchente e Inundação em 2030

Risco de Deslizamento em 2008 Risco de Deslizamento em 2030

O que pode e deve ser feito:

•Um desenvolvimento desordenado tem afetado processo de

urbanização em cidades como SP, associados a um crescimento

populacional desbalanceado, espaços fragmentados, degradação

ambiental, mudanças climáticas, segregação social, falta de infra-

estrutura, e deficientes de serviços sociais e de saúde.

•O crescimento urbano não somente causa mudanças nos clima

regional, mas também pode afetar os extremos climáticos, como as

enchentes, tempestades, chuvas intensas, ondas de calor, elevação

do nível do mar, secas e deslizamentos de terra, que podem passar

a ser mais freqüentes.

•Decisões sobre desenvolvimento urbano em megacidades

precisam considerar conhecimento científico e tecnológico.

Aqueles que tomam as decisões devem ter a capacidade de

aproveitar tecnologias e adaptar elas para a região, assim como

identificar ferramentas efetivas de gerenciamento e avaliar e

aproveitar aquelas práticas que podem funcionar em cidades como

SP.

•Então, pesquisa cientifica, desenvolvimento de capacidades e

recursos humanos, e adequadas tecnologias são chave para ampliar

o rango disponível de opções de políticas publicas para governança

e desenvolvimento urbano nas megacidades.

•Atores chaves dos setores político, econômico e da sociedade em

geral deverem ser consultados e considerados para garantir que as

questões e pesquisas cientificam sejam adequadas para as mais

urgentes necessidades locais.

•Todos os projetos deveriam de abordar os aspectos econômicos,

ecológicos e sociais a través de:

- Inovações técnicas na infra-estrutura urbana adaptada a condições

locais.

- Inovação nas políticas de decisões (novas políticas ambientais na

toma de decisões e a governança).

- Novas parcerias (agencias e governos federal e estadual e

municipal e o setor produtivo) para enfrentar as mudanças

climáticas.

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