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Maria, nome de tantas mulheres. Um nome que evoca a lembrança de lutas bem batalhadas, de respostas bem dadas, de carinho generoso oferecido, de cuidado garantido, de fidelidade

sem mancha, de esperança na tribulação, de perseverança no sofrimento. Um nome de muitos significados, de tantas histórias de vida e de muitos caminhos.

Entre todas estas mulheres, Marias, uma foi escolhida. A escolha foi de Deus Pai, de uma filha predileta, preservada de todo pecado, imaculada, e se tornou do Filho de quem foi

escolhida para ser Mãe, a Mãe de Deus, uma discípula missionária.

A grandeza e a profundidade desta realidade de ser Mãe do Filho Salvador de Deus e d’Ele se tornar discípula exemplar se revelam em dezenas e centenas de títulos, expressando sua estatura, congregando povos e tantos diferentes, de longe e de perto, e fecundando de amor o coração de todos os que crêem no seu Filho, Jesus Cristo, o irmão e Salvador de todos. É imaculada desde a sua concepção, sem pecado, pela força da graça que gera os amigos de

Deus, purifica os pecadores e faz os santos.

Esta Maria é das dores e das graças, de Lourdes e de Fátima, das Mercês e do Bom Sucesso, da Glória e da Saúde, da Boa Viagem e do Desterro, da Esperança e da Paz, da

Piedade e da Misericórdia, de um lugar e de muitos outros, na vila, nos alagados, da Rasa, da Várzea ou em Guadalupe; Rainha e Serva, Mãe e Filha, Mestra e discípula missionária,

por ser da Conceição, Aparecida, a Imaculada. Ela é, reafirma o Documento de Aparecida, a discípula perfeita do Senhor.

Sua perfeição é verdade da fé, explicitada pelo Papa Pio IX, em oito de dezembro de 1854, numa Bula, ‘Ineffabilis Deus’, dizendo: “Desde o primeiro instante de sua concepção, por graça e privilégio únicos do Deus todo-poderoso, a bem-aventurada Virgem Maria foi, em

consideração aos méritos de Cristo Jesus, salvador do gênero humano, preservada pura de toda mácula do pecado original”.

A singularidade de sua vida e a especialidade da graça que o mundo não vê e domina, perdendo a oportunidade de experimentá-la, comprovam o caminho de um discipulado que

faz dela “a máxima realização da existência cristã como um viver trinitário dos ‘filhos no Filho’, através de sua fé (Lc 1,45) e obediência à vontade de Deus (Lc 1,38), assim como por

sua constante meditação da Palavra e das ações de Jesus (Lc 2,19.51)”.

O Documento de Aparecida, magnífico dom da V Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe, firmando o horizonte dos que crêem em Cristo, continua dizendo:

“interlocutora do Pai em seu projeto de enviar o Verbo ao mundo para a salvação humana, com sua fé Maria chega a ser o primeiro membro da comunidade dos crentes em Cristo, e

também se faz colaboradora no renascimento espiritual dos discípulos.

Sua figura de mulher livre e forte emerge do Evangelho, conscientemente orientada para o verdadeiro seguimento de Jesus. Ela viveu completamente toda a peregrinação da fé como

mãe de Cristo e depois dos discípulos, sem estar livre da incompreensão e da busca constante do projeto do Pai. Alcançou, dessa forma, o fato de estar ao pé da cruz em

comunhão profunda, para entrar plenamente no mistério da Aliança”.

Maria, Mãe de Jesus, é modelo incontestável do discipulado que desafia o mundo contemporâneo para uma aprendizagem que permitirá um caminho novo para sua

organização, com força de superação de lacunas terríveis e de cenários deprimentes, quando se contabilizam os diferentes ataques à vida e a perpetuidade dos cárceres, a céu

aberto, impostos pela indiferença pernóstica com os mais pobres e com os indefesos.

O Documento de Aparecida ainda recorda que Maria “com os olhos postos em seus filhos e filhas e em suas necessidades, como em Caná da Galiléia, ajuda a manter vivas as atitudes de atenção, de serviço, de entrega e de gratuidade que devem distinguir os discípulos de

seu Filho. Indica, além do mais, qual é a pedagogia para que os pobres, em cada comunidade cristã, ‘sintam-se em casa’”.

A força de sua presença terna e amorosa atrai multidões, como nos santuários marianos. No Santuário Nacional de Aparecida, no último ano, foram cerca de oito milhões de peregrinos para escutar o convite ao chamado de Deus e reavivar o compromisso de viver promovendo e defendendo a vida. Diante do desafio de ser discípulo missionário, ela brilha como modelo

fidelíssimo do seguimento de Jesus.

16/05/2010

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