mapas temÁticos quantitativos

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CARTOGRAFIA TEMÁTICA QUANTITATIVA

INTRODUÇÃO.• A Cartografia temática quantitativa, ela é que mostra o quanto de

alguma coisa existe em lugares diferentes, podendo estas

características ser combinadas.

• Trazem relações de proporção (quantas vezes A é maior que B) que

contribuem para o processo de cognição do indivíduo, estas relações

de proporção estão muitas vezes ligadas, a aspectos variados de sua

cultura e realidade socioeconômica.

• É a intensidade dos dados representados. EX: Mapa de capitais com

maior população.

GRÁFICO DOS 15 MUNICÍPIOS MAIS POPULOSOS DO BRASIL, SEGUNDO O IBGE

Distribuição populacional do Brasil

Mapa das capitais brasileiras por renda per capita em 2010.

• + R$ 1.400,00• + R$ 1.200,00• + R$ 1.000,00• + R$ 800,00• + R$ 600,00

CARACTERISTICAS.

• Representação de Fenômenos Quantitativos por Símbolos Proporcionais.

• A vantagem deste método é fornecer informações sobre a localização

espacial do fenômeno bem dar uma idéia com razoável precisão de sua

quantificação.

Representação por Círculos.

• A área do círculo representa a informação, logo a proporção é dada em

termos de área e não do raio do círculo.

• A escolha do tamanho dos círculos tem que ser bastante criteriosa, para

não acontecer que uma ocorrência fique muito grande ou que alguma

não possa ser representada por ter ficado muito pequena.

EXEMPLO DE MAPA REPRESENTADO POR CÍRCULOS.

Representação por outras figuras.

• Também serão as mais simples (triângulos e quadrados). São de desenho um pouco mais difícil, porém as relações quantitativas são mais fácil de serem estabelecidas, pelo fato de haver uma referência linear.

EXEMPLO DE REPRESENTAÇÕES POR OUTRAS FIGURAS.

Mapa de semicírculos opostos com informação quantitativa no modo de implantação pontual. FONTE: INGE 2007

Modernamente, todos os softwares cartográficos permitem a representação isaritma de fenômenos.

Método das figuras geométricas proporcionais

• O tamanho de uma forma escolhida (o círculo, por exemplo) é proporcional à intensidade da ocorrência em valores absolutos. Para resolver esta representação aplica-se o Método das Figuras Geométricas Proporcionais.

•As áreas das figuras serão proporcionais às quantidades a serem representadas.

Método das Figuras Geométricas Proporcionais: .

Considera o tamanho de uma figura geométrica proporcional à quantidade a ser representada, que será colocada no centro da área de ocorrência. Este método é ideal para a representação de valores absolutos, como a população dos Estados Brasileiros

Método das figuras geométricas proporcionais

Método das Figuras Geométricas Proporcionais:

• A Representação Quantitativa em mapas é empregada para evidenciar a relação de proporcionalidade entre objetos, junto à realidade sendo entendida como de quantidades.

• Martinelli (2003a) considera que tal relação deve ser transcrita por uma relação visual de mesma natureza. A única variável visual que transcreve fielmente esta noção é a tamanho.

         A Cartografia Temática é usada na elaboração de mapas temáticos e cartogramas. São convenções, símbolos e cores usadas para que haja uma melhor compreensão do tema exposto e seu espaço geográfico.                Além de indica o fenômeno e onde ele ocorre a cartografia temática também pode através de símbolos indicar a qualidade, a quantidade e a dinâmica desses fenômeno. Para isso geralmente são usadas linhas, áreas, cores e pontos dependendo do assunto tratado. Confira alguns dos principais elementos usados:

 

                                                  

 

Leitura Quantitativa

Método isarítmico

• A origem• Exemplo

Metade do século XVI Edmond Halley Século XVI Humboldt

Representações QuantitativasMapas Coropléticos

Mapas Coropléticos Quantitativos Foi introduzido no início do século XIX, tendo sido, desde então,

amplamente empregado por cartógrafos, po resultar de fácil assimilição para o usuário (Martinelli,2003b)

A técnica coroplética é um método de representação cartográfica que tem como finalidade traduzir valores para as áreas.

Os valores a serem representados devem ser transformados em valores relativos como razões ou proporções. Valores absolutos devem ser representados com outro método.

Mapas Coropléticos Quantitativos

O método usa valores aproximados dos dados. Para dados preciso deve-se usar tabelas ou diagramas juntamente com o mapa.

Fonte: http://humanabrasil.org

Mapas Coropléticos Quantitativos

Em dados quantitativos o método faz uso da variável visual luminosidade e saturação da cor, de forma que as diferenças são ordenadas em classes distintas

Mapas Coropléticos QuantitativosTipos: Densidade e Porcentagem 1- Mapas de Densidade : Indicam Razão, como número de pessoas por Km²

BRASIL Densidade Demográfica (2000)

Mapas Coropléticos Quantitativos2- Mapas de porcentagem: que ilustram razões, comopercentagem de habitante sobre o total da população.

Taxa de crescimento da população, segundo os municípios - Brasil – 2000 – 2010. Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000/2010.div>

Mapas Coropléticos Quantitativos

Mapas Coropléticos Quantitativos

CARTE FIGURATIVE DE L’INSTRUCTION POPULAIRE DE LA FRANCEFONTE: Friendly, 2005Primeiro mapa de coroplético quantitativo de abordagem zonal , aplicada na França

Método Coroplético

Martinelli (2003) indicou que o seu uso seria mais adequado para valores relativos como, por exemplo, as densidades, as porcentagens ou proporções, do que para valores absolutos, esse método é uma forma comum de mapeamento e é uma opção disponível em grande parte dos sistemas de informações geográficas.

• Raisz (1969) : método coroplético não deveria se limitar a divisões administrativas

Método CoropléticoClássificação dos dados

a) Quantil : * Inclui o mesmo número de valores de dado em cada classe • Nunca terá classes vazias, ou classes compoucos ou muitos valores.

Método CoropléticoClássificação dos dados

b) Intervalo Igual: A diferença entre o valor superior e o inferior de cada classe é praticamente o mesmo • Facilmente interpretado pelos leitores. Úteis para a comparação entre

uma série de mapas.

Classificação dos dados • c) Quebra natural : Busca minimizar, em cada classe, as diferenças entre

os valores e maximizar a diferença entre os valores de classes diferentes. Pode servir como um esquema de classificação padrão, pois trata com cuidado a distribuição de dado.

Classificação dos dados Coropléticos• d) Personalizada: As classes são definidas de acordo com um critério

estabelecido. Bom resultado para estudos específicos. Pode ser um critério de classificação pobre.

Limite das Classes Coropléticas• SELEÇÃO DE INTERVALOS DE CLASSES (REGRAS) As classes não podem se sobrepor:• 0 – 20• 18 – 30• 28 – 40 (Errado)

• Obs: Os limites das classes devem ser bem definidos• Os intervalos selecionados devem cobrir todos os dados, do mais baixo

até o mais alto.• Nenhum valor deve começar com o valor que é igual ao maior valor da

classe precedente. Exemplo:

Limite das Classes Coropléticas• Há um limite quanto ao número de classes a serem representados no

mapa coroplético. O olho humano consegue distinguir um número limitado de tons de cinza entre o branco e preto na escala cinza – acromática e de cores cromáticas (cerca de oito cores ou tons de cinza).

00 – 05 05 – 10

10 – 15 (Errado)

00 – 04 05 – 09 10 – 14 (Certo)

Mapas Coropléticos

Distribuição territorial dos municípios brasileiros segundo participação nos grupos ocupacionais e econômicos (Empregadores)

Fonte: Google

Representações Quantitativas Dinâmicas

Refere-se especificamente à manifestação interativa da informação espacial, com a respectiva visualização, possível em tempo real, fruto dos grandes avanços tecnológicos, envolvendo a geomática, a animação onde possibilitam a apreciação do dinamismos dos fenômenos.

Variações no tempo e no espaço

Fonte: Google

Mapas Dinâmicos Quantitativos

O dinamismo dos fenômenos pode ser apreciado no tempo (se traduz pelas variações quantitativas ou pelas transformações dos estados de um fenômeno, que sucedem no tempo para um mesmo lugar) e no espaço ( o fenômeno se manifesta através de um movimento, deslocando certa quantidade de elementos desse percurso, dotando de certo sentido e direção, empregando pra isso, um certo tempo) (CUENIN,1972)

Mapas Dinâmicos

Carta SinóticaRepresentação Dinâmica onde as variáveis quantitativas no mapa retratam fenômenos no espaço e em curto tempo

Fonte: Google

Mapa analítico - círculos proporcionais sobrepostos ao coroplético, representando aspectos de um único fenômeno.

Número de Pessoas empregadas no BrasilFONTE: IBGE, Censo Agropecuário, 1996

Mapas Dinâmicos

Mapa indicando as ISÓBARAS (linhas que unem mesmo valor de Pressão atmosférica em dado ponto de referencia espacial, e ISOIETAS (linhas de mesmo índice pluviométrico) em determinado período.

Representações Quantitativas Dinâmicas

Mapas de Fluxos

Fluxos econômicos circulantes no Estado de São Paulo. Fonte: PDT-Vivo 2000-2020.

Mapas de Fluxos• Minard, em 1840, propõe uma cartografia econômica, abordando a

dinâmica espacial e temporal dos fenômenos através da representação de movimentos no espaço por meio de Fluxos. Ela Evoluiu a partir dos gráficos, tendo, nas abcissas, as distâncias entre lugares ao longo de uma determinada via de transporte, e, nas ordenadas, a quantidade transportada. O Mapa de Fluxo resultou da transferência desta representação para uma rede de vias de circulação.

Fonte: Google

Mapas de Fluxos

Mapas de Fluxo Bovino na Amazônia Legal (2006) dados socioeconômico representando Pontos e Fluxos.

Mapas de Fluxos Os mapas de fluxo são representações que tentam simular o movimento

linear do objeto alvo de um lugar para o outro. Representam o deslocamento no espaço e indicam a direção e/ou a rota do movimento.

Para representar dados quantitativos em mapas de fluxos, considerando-se valores absolutos ou derivados e nível

de medida ordenado, intervalar ou de razão.

Exemplo: mapas de fluxo de tráfego e mapas detransportes que ilustram interações sociais oueconômicas entre pontos de origem e destino.

Mapas de Fluxos

Mundo - principais fluxos petrolíferos em 2004 - MAPAS QUANTITATIVOS-DINÂMICOS

Fonte: Google

Mapas de Fluxos

Mapa locais produção e mercados Toyota - DURAND_MF._Atlas da mundialização compreender o espaço mundial contemporâneo (2005) Fonte: Google

Mapas de Fluxos

Principais fluxos globais de cocaína (2008) Fonte: UNODC

Mapas de Fluxos

Mapa dos fluxos do comércio mundial de mercadorias - COMÉRCIO TRIPOLAR (2007) Fonte: Google

A organização de um mapa de fluxos necessita dos dados que significam as quantidades deslocadas e uma base cartográfica, com registro e identificação de pontos de partida, chegada e percurso, bem como os respetivos pontos de coleta dos dados

Mapas de Fluxos O mapa resulta em

uma articulação de flechas seguindo roteiros estipulados. A Intensidade do fenômeno será transcrita pela espessura do corpo da flecha, numa escala de proporcionalidade tal que 1 mm.

Mapa Linear das Grandes Rotas Marítimas e Aéreas (1996) Fonte: Google

Mapas de Fluxos Fenômenos

diversificados Migrações, propagações de epidemias, intercâmbios comerciais, tráfego, rodoviário, movimento de dinheiro e valores, fluxo de informações, transporte de ideias, circulação de energia, movimento das massas de ar , etc. Deslocam-se elementos materiais (toneladas de minério), não materiais e subjetivos.

Fluxo econômico por trecho rodoviário no Estado de São Paulo, em 2002.Fonte: ICHIHARA, 2007.

Mapas de Fluxos

Podem dar a ideia de relacionamento entre pares de terminais de fluxos, que podem ser cidades, colocando-as na categoria dominantes

Trata- se, portanto, da mobilização da variável tamanho em implantação linear. A direção é dada pela trajetória de apoio. O Sentido é fornecido pela indicação origem- destino, inerente à própria flecha.

A espessura das flechas e Fluxos aceita subdivisões proporcionais ao componentes do total movimentado

Mapas de Fluxos

América do Sul, esquema Básico de Regionalização a partir dos Fluxos. FONTE: _____________ . Políticas territoriais brasileiras no contexto da integração sul americana. Revista Território. Rio de Janeiro, ano IV, n°7, p.25-41, jul./dez.1999.

Avaliação de fluxo de entrega de um distribuidor, RM Curitiba/PR Fonte: Google

Mapas de Fluxos

Dessa forma o mapa de fluxo, por trabalhar com a variável visual de tamanho possibilita uma resposta fácil e rápida para o leitor. Além de responder às seguintes questões: “qual a intensidade do fluxo?”, “onde estão os maiores fluxos?”, “como se agrupam os fluxos?” e “como os fluxos se articulam no espaço.” (MARTINELLI, 2003).

Mapa de fluxo de passageiros no Brasil, 2007 Fonte:http://confins.revues.org/image.php?source=docannexe/image/3483/img-10.png&titlepos=up

Mapas de Fluxos

Fluxos Migratórios no Brasil, Séc. XXI

Representações QuantitativasMapas de Pontos

São utilizados quando se necessita apresentar, de forma visualmente mais agradável, quantidades de determinados pontos.

Demonstram detalhes de localização muito mais claros e as vezes precisos, possibilitando uma visão geral de concentração ou densidade relativa dos dados em função dos pontos representados.

Fonte: Google

Mapas de PontoTécnicas de Execução

Atribuir um valor para ponto a ser representado.

Determina um numero de pontos a serem desenhados pela visão do valor do total da área pelo valor atribuído a cada ponto.

Inserir os pontos nos locais determinados.

Mapas de linha

São fundamentais para a construção de modelos que normalmente são associados a terrenos, como no caso de curvas de nível.

Mostra claramente em que direções os valores ou intensidades de um fenômeno crescem ou decrescem. Como ocorre com os mapas de

temperatura , precipitação , umidade.

Fonte: Google

Fonte: Google

Mapas de linhaTécnicas de execução

Fazer um levantamento de dados pontuais com coordenadas conhecidas.

Transferir os dados coletados para um mapa.

Estabelecer uma amplitude máxima entre os valores dos dados.

Determinar as classes a serem representadas.

Traçar por algum método de interpolação, uma isolinha estabelecida pela classe calculada.

Mapas de Linhas

Mapa mostrando o numero de carros por dias nas rodovias no Estado de Goiás.

Fonte: Google

Gráficos QuantitativosCartografia de Sintese Triangular

Para Le Sann(1991) e Martinelli (1998), o gráfico triangular é um dos exemplos de gráfico composto, usado somente para três variáveis, necessitando que as mesmas sejam complementares, ou seja, que façam parte do mesmo conjunto. Em outras palavras, a soma das três deve totalizar 100%, é um gráfico de dados relativos. O gráfico é formado por um triângulo equilátero. Cada um dos lados recebe a graduação de 0 a 100% de maneira que cada vértice tenha a ao mesmo tempo, o valor 0 de uma classe e o valor 100 da outra. A leitura é feita pelo encontro das três linhas num ponto dentro do triângulo.

Cartografia de Sintese Triangular

Gráfico triangularFonte: MARTINELLI, 1998, p.60 e 62.

Cartografia de Sintese Triangular

Permite sintetizar em uma única notação (um ponto no interior do triângulo) uma estrutura ternária específica.

Mostra conteúdos globais integrados

Três componentes de estrutura (I, II, II) : Segmentos de retas que ligam cada vértice ao meio do lado oposto

Cartografia Quantitativa de Representações Triangulares

Distribuição da população por faixas etárias de 1-14 anos, 15-64 anos e 65 anos e mais no Brasil e na Europa – 2007Fonte dos dados : IBGE. Contagem da população 2007. EUROSTAT. Population by sex and age on 1. January of each year 2008.

Cartografia Quantitativa de Representações Triangulares

Ex: Piramides etárias por sexo

Fonte: Google

Referências

• Cuenin, R.. Cartographie générale (tome 1), Eyrolles, Paris, 1972

• FRIENDLY, Michael; DENIS, Daniel J. Milestones in the History of Thematic Cartography, statistical graphics and data visualization : an illustrated chronology of innovations. York Univesity, 2005.

• ICHIHARA, S.M. O impacto do crescimento econômico sobre as rodovias de São Paulo: uma aplicação do modelo de insumo produto combinado ao geoprocessamento. In: Anais do 35o Encontro Nacional de Economia da ANPC. Recife, 2007.

• INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Contagem da população 2007. 63 Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 101, p. 40-64, jan./mar. 2010

• IBGE. Censo agropecuário. Rio de Janeiro, 1996. 1 CD-ROM.

• LE SANN J. Os gráficos básicos no ensino de geografia: tipos, construção, análise, interpretação e crítica. Geografia e Ensino , v. 11/12, p. 42-57. IGC/UFMG, 1991.

• MARTINELLI.M. L. Uma abordagem sócio educacional. In: MARTINELLI, Maria Lúcia; RODRIGUES, Maria Lucia; MUCHAIL, Salma Tannus (Orgs.). O uno e o múltiplo nas relações entre as áreas do saber. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1998 a. p. 139-151

Referências

• MARTINELLI.M. L. 2003, Cartografia temática:caderno de mapas. EDUS P, São Paulo.

• _____________ . Políticas territoriais brasileiras no contexto da integração sul americana. Revista Território. Rio de Janeiro, ano IV, n°7, p.25-41, jul./dez.1999

• Raisz, Erw in (1969). Cartografia Geral. Editora Científica, Rio de Janeiro. Tradução de “General Carto graphy”, 1938, Ed. McGraw Hill

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