manual de gestao de beneficios
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Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS
Secretaria Nacional de Renda de Cidadania - Senarc
MANUAL DE GESTO DE
BENEFCIOS
Braslia, DF 3 edio
Maio de 2010
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Sumrio
Apresentao ........................................................................................................................................ 4
Captulo I O Programa Bolsa Famlia e a Gesto de Benefcios ...................................................... 6 1. O Programa Bolsa Famlia ........................................................................................................... 6
2. A Gesto de Benefcios do Programa Bolsa Famlia ................................................................... 7
2.1. O Cadastro nico e a Gesto de Benefcios do PBF ............................................................ 7
2.2. Conceitos importantes ........................................................................................................... 7
2.3. Composio dos benefcios financeiros do PBF ................................................................... 8
2.3.1. Concesso, Clculo e Prescrio do valor financeiro do BVCE ................................... 10
3. Integrao entre o PBF e o Peti .................................................................................................. 11
3.1. Desenho da integrao entre o PBF e o Peti .......................................................................11
Captulo II Habilitao, Seleo e Concesso de benefcios .......................................................... 14 1. A Habilitao de beneficirios ................................................................................................... 14
2. A Seleo e Concesso de benefcios ....................................................................................... 15
Captulo III Administrao de benefcios ....................................................................................... 17 1. Atividades de administrao de benefcios ................................................................................ 17
2. Aplicao e efeitos das atividades de administrao de benefcios.......................................... 18
2.1. Incluso de benefcios ......................................................................................................... 29
2.2. Liberao de benefcios ...................................................................................................... 29
2.3. Reavaliao de benefcios ..................................................................................................29
2.4. Bloqueio de benefcios .......................................................................................................29
2.5. Desbloqueio de benefcios ..................................................................................................32
2.6. Cancelamento de benefcios ...............................................................................................32
2.7. Reverso de cancelamento de benefcios ...........................................................................34
2.8. Reincluso de benefcios ....................................................................................................35
2.9. Suspenso e reverso de suspenso de benefcios ..............................................................35
2.10. Cancelamento e concesso/reverso de cancelamento do benefcio bsico .....................36
2.11. Cancelamento e concesso/reverso de cancelamento de benefcio varivel ..................36
2.12. Cancelamento e concesso/reverso de BVJ ....................................................................37
3. Divergncias das famlias quanto realizao de atividades de gesto de benefcios .............37
4. Prazo do agente operador para repercusso de atividades de gesto de benefcios no relatrio
da folha de pagamento e no sistema bancrio ...................................................................................37
Captulo IV O Sistema de Gesto de Benefcios do Programa Bolsa Famlia e a sua operacionalizao ............................................................................................................................... 40
1. O Sistema de Gesto de Benefcios .......................................................................................... 40
2. A operacionalizao do Sistema de Gesto de Benefcios ........................................................ 40
2.1. A descentralizao da gesto de benefcios do PBF ........................................................... 41
2.2. Fluxograma da operacionalizao da gesto de benefcios ................................................ 42
2.3. Operacionalizao das atividades de gesto de benefcios nos municpios ........................ 43
2.4. Operacionalizao das atividades de gesto de benefcios por meio da repercusso de
alterao cadastral ...................................................................................................................... 44
2.4.1. A rotina de repercusso automtica de alterao cadastral ......................................... 45
2.4.2. Fluxograma do processamento da repercusso de alterao cadastral no SGB ........... 45
2.4.3. A rotina de reavaliao no SGB .................................................................................. 47
2.4.4. Detalhamento das regras da repercusso de alterao cadastral ................................. 47
3. Acompanhamento da execuo de atividades de gesto de benefcios com o SGB .................. 50
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4. Demais aes baseadas na Rotina de Repercusso Automtica de Alteraes Cadastrais .......56
4.1. Converso de NIS ............................................................................................................... 56
4.2. Substituio de Responsvel pela Unidade Familiar ..........................................................57
4.3. Mudana de municpio .......................................................................................................58
4.3.1. Procedimentos do gestor municipal do municpio de origem .....................................58
4.3.2. Procedimentos do gestor municipal do municpio de destino .....................................59
4.3.3. Procedimentos da famlia ............................................................................................60
4.3.4. Procedimentos em caso de excluso indevida do cadastro .........................................60
5. A execuo de atividades de gesto de benefcios pela Senarc .................................................61
5.1. A utilizao do Formulrio Padro de Gesto de Benefcios .............................................61
5.2. Envio de ofcios Senarc para processamento centralizado de atividades de gesto de
benefcios .............................................................................................................................................62
Captulo V A organizao da Gesto de Benefcios do Programa Bolsa Famlia .......................... 64 1. A organizao da Gesto de Benefcios ..................................................................................... 64
2. Responsabilidades dos entes federados no que tange Gesto de Benefcios .......................... 64
2.1. Responsabilidade da Unio ................................................................................................ 64
2.2. Responsabilidade dos Estados ........................................................................................... 65
2.3. Responsabilidade dos Municpios ......................................................................................65
3. Canais de Atendimento .............................................................................................................. 66
Captulo VI - Introduo e definies da Reviso
Cadastral.............................................................................................................................................68
1.Apresentao...................................................................................................................................68
2. O que Reviso Cadastral..............................................................................................................68
2.1. Como as famlias so selecionadas para Reviso Cadastral .......................................................69
2.2. Validade do benefcio .................................................................................................................69
2.3. Ms de Reviso Cadastral ..........................................................................................................71
Captulo VII - Operacionalizao da Reviso
Cadastral.............................................................................................................................................74
1. Entendendo "na prtica" os conceitos de validade de benefcio e ms de Reviso Cadastral.......74
2. Divulgao do pblico da Reviso Cadastral.................................................................................76
2.1. Como obter a listagem de famlias na Central de Sistemas ........................................................76
2.2. Como obter a listagem de famlias no Sibec ..............................................................................77
2.3. Consultando o ms de Reviso Cadastral no Sibec ....................................................................78
2.4. Comunicando a Reviso Cadastral famlia ..............................................................................79
3. Procedimentos de Gesto do Cadnico na Reviso Cadastral......................................................80
4. Como a Reviso Cadastral altera a Gesto de Benefcios..............................................................80
4.1. Concesso de benefcios a cadastros desatualizados ..................................................................81
4.2. Cancelamentos de todos os benefcios da famlia por conta de aumento de renda per capita
familiar ..............................................................................................................................................81
4.3. Cancelamento/Desbloqueio de benefcios bloqueados por encerramento do prazo para Reviso
Cadastral ............................................................................................................................................82
4.4. Cancelamento do benefcio bsico .............................................................................................82
4.5. Reverso de cancelamento de benefcios cujos cadastros estejam com renda per capita familiar
acima do limite estabelecido .............................................................................................................82
5. Canais de Atendimento aos municpios ........................................................................................83
ANEXO..............................................................................................................................................84
Lista de normas e instrues do Programa Bolsa Famlia, Programas Remanescentes e Cadastro
nico .................................................................................................................................................84
Leis e Decretos...................................................................................................................................84
Portarias Ministeriais .........................................................................................................................85
Instrues Normativas e Operacionais ..............................................................................................87
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Apresentao
Esta publicao do Ministrio do Desenvolvimento Social e Combate Fome - MDS
destina-se aos gestores do Programa Bolsa Famlia - PBF nos municpios e estados e visa favorecer
a compreenso da gesto de benefcios do PBF, suas finalidades e seus mecanismos. A gesto do
PBF pblica, controlada socialmente, com participao comunitria e compartilhada entre o
governo federal, os governos estaduais e, principalmente, municipais.
O papel dos municpios na execuo e no aprimoramento do PBF de importncia central.
por meio do poder municipal que as famlias pobres que precisam do benefcio acessam o
Programa. Por entender essa importncia vital, o MDS vem gerando, com o apoio de estados e
municpios, os instrumentos, procedimentos e mecanismos para a execuo descentralizada das
atividades que integram a gesto dos benefcios do PBF.
As instncias de controle do PBF tambm podem ser beneficiadas com a publicao deste
manual com o aumento da transparncia das aes sociais e a maior participao da sociedade.
Nesse sentido, os conselhos estaduais e municipais de controle social do PBF, bem como a rede
pblica de fiscalizao, instituda em janeiro de 2004, formada pelo Tribunal de Contas da Unio,
Controladoria-Geral da Unio e membros dos Ministrios Pblicos Estadual e Federal, tero mais
informaes a sua disposio para o trabalho de acompanhamento e fiscalizao do Bolsa Famlia
em todas as esferas governamentais.
Este manual foi elaborado pelo Departamento de Benefcios da Secretaria Nacional de
Renda de Cidadania - Senarc, a quem compete o esclarecimento de dvidas e o acolhimento de
sugestes, por meio do e-mail bolsa.familia@mds.gov.br. A edio deste manual estar
disponvel no stio eletrnico do MDS (www.mds.gov.br).
Este Manual de Gesto de Benefcios est organizado da seguinte forma:
Parte I Concesso e Administrao de Benefcios
Captulo I Descreve o PBF e apresenta a gesto de benefcios;
Captulo II Explica sobre a habilitao, seleo e concesso de benefcios financeiros;
Captulo III Explica sobre a administrao de benefcios do PBF;
Captulo IV Apresenta a operacionalizao do Sistema de Gesto de Benefcios; e
Captulo V Detalha as principais atribuies do governo federal e dos governos estaduais e municipais, alm das instncias de controle social e da rede pblica
de fiscalizao, na gesto de benefcios.
Parte II - Reviso Cadastral das Famlias Beneficirias do Bolsa Famlia
Captulo VI Introduo e definies da Reviso Cadastral
Captulo VII Operacionalizao da Reviso Cadastral.
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Parte I
Concesso e Administrao de Benefcios
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Captulo I O Programa Bolsa Famlia e a Gesto de Benefcios
1. O Programa Bolsa Famlia
O Programa Bolsa Famlia um programa de transferncia de renda direta s famlias
pobres e extremamente pobres que vincula o recebimento do auxlio financeiro ao cumprimento de
compromissos (condicionalidades) nas reas de Educao e Sade. Como no podia deixar de ser, o
Bolsa Famlia busca atender a toda a famlia.
O PBF, institudo pela Lei n 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e regulamentado pelo Decreto
n 5.209, de 17 de setembro de 2004, tem por objetivos:
Promover o acesso rede de servios pblicos, em especial, de sade, educao e assistncia social;
Combater a fome e promover a segurana alimentar e nutricional;
Estimular a emancipao sustentada das famlias que vivem em situao de pobreza e extrema pobreza;
Combater a pobreza; e
Promover a intersetorialidade, a complementaridade e a sinergia das aes sociais do Poder Pblico.
O Bolsa Famlia um dos programas que integram o Fome Zero, que tem maior abrangncia
e cujo objetivo assegurar o direito humano alimentao adequada com prioridade para as
pessoas com dificuldade de acesso aos alimentos.
O PBF integra e unifica os atos e procedimentos de gesto de antigos programas de
transferncia de renda do governo federal, chamados Programas Remanescentes, a saber: Bolsa
Escola, institudo pela Lei no 10.219, de 21 de abril de 2001; Bolsa Alimentao, institudo pela MP
no 2.206, de 6 de setembro de 2001; Auxlio-Gs, institudo pelo Decreto n
o 4.102, de 24 de janeiro
de 2002; e Carto Alimentao, institudo pela Lei no 10.689, de 13 de junho de 2003.
No h impedimentos legais para que as famlias continuem a receber benefcios dos
Programas Remanescentes enquanto no migrarem para o Bolsa Famlia. Igualmente, no existem
tambm impedimentos a que essas famlias sejam beneficiadas por programas financiados com
recursos dos estados e municpios.
Cabe destacar que, atualmente, o Programa Carto Alimentao o nico Remanescente
ainda vigente. As famlias que pertenciam aos Programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentao e
Auxlio-Gs e atendiam ao perfil para recebimento do benefcio do Bolsa Famlia j foram
migradas.
O Cadastro nico - Cadnico, institudo pelo Decreto n 6.135, de 26 de junho de 2007 e
regulamentado pela Portaria GM/MDS n 376, de 16 de outubro de 2008, um instrumento de
coleta de informaes que tem como objetivo identificar e qualificar todas as famlias pobres. O
foco do Cadnico so as famlias com renda por pessoa de at meio salrio mnimo. por meio do
Cadnico que as famlias acessam o PBF. Por isso, a gesto adequada do Cadnico de vital
importncia para a gesto de todo o Programa.
A lista de normas e instrues do PBF encontra-se no anexo deste manual.
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2. A Gesto de Benefcios do Programa Bolsa Famlia
Assim como todos os programas de transferncia direta de renda que o antecederam, o PBF
implementou alguns processos e atividades para garantir a transferncia mensal de renda s famlias
beneficirias. A gesto de benefcios do PBF compreende todas as etapas necessrias
transferncia continuada dos valores referentes aos benefcios financeiros previstos na Lei n
10.836, de 2004, desde o ingresso da famlia at seu desligamento do Programa, englobando ainda
aes relativas ao pagamento de benefcios.
Os principais processos que compem a Gesto de Benefcios do PBF so os seguintes:
Habilitao, Seleo e Concesso de benefcios financeiros A concesso segue um plano de expanso do PBF, com base na estimativa de famlias em cada
municpio, na disponibilidade oramentria e na existncia de Programas
Remanescentes na localidade. A execuo da concesso feita de modo
automatizado, com preferncia s famlias de menor renda por pessoa com cadastros
habilitados no Cadnico.
Administrao de benefcios pela Senarc e pelos municpios Observada a legislao vigente, o gestor federal e os gestores municipais podem descontinuar a
transferncia de renda s famlias beneficirias do PBF, temporria ou
permanentemente. Ao longo deste manual sero expostas as condies em que as
famlias podem deixar de receber os benefcios financeiros do PBF.
Pagamento dos benefcios financeiros A Caixa Econmica Federal - Caixa realiza o pagamento dos benefcios financeiros do PBF e dos Programas
Remanescentes em todo o territrio nacional.
Reviso Cadastral: A Reviso Cadastral uma rotina de atualizao cadastral obrigatria das famlias beneficirias do Programa Bolsa Famlia, realizada pelos
municpios.
2.1. O Cadastro nico e a Gesto de Benefcios do PBF
Como os benefcios financeiros do PBF so concedidos com base em informaes do
Cadnico, a gesto de benefcios favorecida com uma administrao eficiente do Cadnico pelo
municpio. Desse modo, se os municpios, no instante do cadastramento, do especial ateno a
informaes como renda por pessoa, composio familiar e dados de identificao de pessoas
(nome completo, data de nascimento, documentao pessoal, etc.), o processo de concesso de
benefcios do PBF positivamente beneficiado.
Da mesma forma, a administrao dos benefcios pelos municpios se utiliza de uma srie de
atualizaes cadastrais efetuadas no Cadnico. Por exemplo, a modificao da renda familiar por
pessoa de uma famlia beneficiria do PBF no Cadnico pode, no futuro, implicar seu desligamento
do Programa. O funcionamento da repercusso da alterao cadastral ser detalhado no Captulo IV,
com a apresentao da operacionalizao da administrao dos benefcios pelos municpios.
2.2. Conceitos importantes
Para melhor compreenso da gesto de benefcios do PBF til conhecer alguns conceitos
importantes:
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Benefcios da Famlia: o conjunto de todos os benefcios financeiros especficos transferidos famlia por meio de seu respectivo Responsvel pela Unidade Familiar
- RF;
Benefcios Especficos da Famlia: so os benefcios financeiros previstos no art. 2 da Lei n 10.836, de 2004, concedidos na forma da Portaria GM/MDS n 341, de
2008, a saber:
a) benefcio bsico: vinculado s famlias extremamente pobres;
b) benefcio varivel: vinculado a crianas e adolescentes de at 15 anos, gestantes e nutrizes;
c) benefcio varivel vinculado ao adolescente - BVJ: vinculado a jovens de 16 e 17 anos; e
d) benefcio varivel de carter extraordinrio - BVCE: destinado s famlias dos Programas Remanescentes Bolsa Escola, Bolsa Alimentao, Carto
Alimentao e Auxlio-Gs, calculado o seu valor e prescrio no ato da
migrao para o PBF.
Folha de pagamento: mensalmente so geradas listagens para pagamento dos valores apurados junto lista de famlias com benefcios financeiros concedidos.
Essas listagens so chamadas folha de pagamento e sua gerao realizada uma vez
em cada ms;
Parcelas de pagamento: o valor financeiro a ser transferido mensalmente, calculado com base nos benefcios que a famlia possui no momento em que
realizado o processo de gerao da folha de pagamento do PBF;
Conta de pagamento de benefcios: so as modalidades de contas mantidas pela Caixa ou Instituio Financeira contratada pelo Agente Operador para
disponibilizao de parcelas famlia, tendo o Responsvel pela Unidade Familiar
como titular da conta, conforme disposto no art. 2, 12 da Lei n 10.836, de 2004;
as contas de pagamento de benefcios podem assumir as seguintes modalidades:
a) contas contbeis;
b) contas-correntes de depsito vista; e
c) contas especiais de depsito vista.
Guia de pagamento bancria: a guia individual para saque de benefcios exclusivamente em agncias da Caixa, em caso de perda, dano ou extravio do carto
magntico;
Carto magntico: o principal meio de saque das parcelas de pagamento pela famlia.
Calendrio operacional do PBF: o cronograma de aes, pactuado entre a Caixa e a Senarc, visando execuo de processos operacionais direta ou indiretamente
relacionados gerao da folha de pagamento e ao cumprimento do calendrio de
pagamento do Programa, nos termos da Portaria GM/MDS n 532, de 3 de novembro
de 2005.
2.3. Composio dos benefcios financeiros do PBF
O PBF dispe dos seguintes tipos de benefcios financeiros, definidos na Lei n 10.836, de
2004:
Benefcio Bsico no valor de R$ 68,00, concedido a cada famlia com renda por pessoa igual ou inferior a R$ 70,00;
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Benefcio Varivel no valor de R$ 22,00, concedido para cada criana ou adolescente de 0 a 15 anos de idade, at o limite de trs crianas por famlia; e
BVJ no valor de R$ 33,00, concedido a todas as famlias do PBF que tenham adolescentes de 16 e 17 anos de idade que estejam freqentando a escola, at o limite de
dois adolescentes por famlia; e
BVCE concedido s famlias dos Programas Remanescentes Auxlio-Gs, Bolsa Escola, Bolsa Alimentao e Carto Alimentao, cuja migrao para o PBF houver perdas
financeiras. O valor concedido calculado caso a caso e tem prazo de prescrio, alm do
qual deixa de ser pago.
Os benefcios bsico e varivel esto previstos na Lei n 10.836, de 2004, e foram
regulamentados pelo Decreto n 5.209, de 2004. Os valores referenciais do PBF para a definio da
renda que caracteriza famlias pobres e extremamente pobres, fundamento para concesso do
benefcio bsico, tambm foram regulamentados pelo Decreto n 5.209, de 2004. O Quadro I
exemplifica os vrios valores que uma famlia pode receber da juno desses benefcios.
A concesso de benefcio varivel de gestante ou nutriz de uma famlia, segundo o 1, do
art. 19 do Decreto n 5.209, de 2004, ser regulamentado posteriormente pela Senarc, com vistas
prestao continuada desse benefcio varivel.
Conforme prev o artigo 21 do Decreto n 5.209, de 2004, a concesso do benefcio
realizada em carter temporrio famlia e no gera direitos, na acepo legal da palavra. No
entanto, o governo federal compromete-se com a realizao mensal da transferncia de renda
famlia, respeitadas as regras de operao do Programa.
Quadro I Composio dos benefcios financeiros (bsico, varivel e BVJ) do PBF
Famlias sem adolescentes de 16 e 17 anos:
Renda Mensal per capita
Composio familiar com membros de:
Valor do benefcio 0 a 15 anos 16 e 17 anos
De R$ 70,01 a R$ 140,00
1 membro Sem ocorrncia R$ 22,00
2 membros Sem ocorrncia R$ 44,00
3 ou + membros Sem ocorrncia R$ 66,00
At R$ 70,00
Sem ocorrncia Sem ocorrncia R$ 68,00
1 membro Sem ocorrncia R$ 90,00
2 membros Sem ocorrncia R$ 112,00
3 ou + membros Sem ocorrncia R$ 134,00
Famlias com um adolescente de 16 ou 17 anos:
Renda Mensal per capita
Composio familiar com membros de:
Valor do benefcio 0 a 15 anos 16 e 17 anos
De R$ 70,01 a R$ 140,00
Sem ocorrncia 1 membro R$ 33,00
1 membro 1 membro R$ 55,00
2 membros 1 membro R$ 77,00
3 ou + membros 1 membro R$ 99,00
At R$ 70,00 Sem ocorrncia 1 membro R$ 101,00
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1 membro 1 membro R$ 123,00
2 membros 1 membro R$ 145,00
3 ou + membros 1 membro R$ 167,00
Famlias com dois ou mais adolescentes de 16 e 17 anos:
Renda Mensal per capita
Composio familiar com membros de:
Valor do benefcio
0 a 15 anos 16 e 17 anos
De R$ 70,01 a R$ 140,00
Sem ocorrncia 2 ou + membros R$ 66,00
1 membro 2 ou + membros R$ 88,00
2 membros 2 ou + membros R$ 110,00
3 ou + membros 2 ou + membros R$ 132,00
At R$ 70,00
Sem ocorrncia 2 ou + membros R$ 134,00
1 membro 2 ou + membros R$ 156,00
2 membros 2 ou + membros R$ 178,00
3 ou + membros 2 ou + membros R$ 200,00
2.3.1. Concesso, Clculo e Prescrio do valor financeiro do BVCE
O BVCE est previsto nos 8 e 9, do artigo 2 da Lei n 10.836, de 2004, e foi
regulamentado pela Portaria GM/MDS n 737, de 15 de dezembro de 2004. Como o valor do BVCE
calculado caso a caso, a soma de todos os benefcios financeiros que so pagos s famlias bem
variada. possvel at mesmo que, em funo do BVCE, algumas famlias recebam um valor
superior a R$ 200,00.
Somente as famlias migradas de Programas Remanescentes que recebam mais do que
receberiam no PBF podem ter concesso do BVCE, para compensar as perdas que a migrao para
o PBF ocasionaria1. Ou seja, uma famlia que receba, por exemplo, Auxlio-Gs, Bolsa Escola e
Bolsa Alimentao pode vir a receber o BVCE no Bolsa Famlia, caso a soma dos benefcios
financeiros bsico e varivel concedidos pelo PBF seja inferior ao que a famlia recebia antes
naqueles programas.
No clculo do valor do BVCE, so somados todos os benefcios pagos famlia pelos
Programas Remanescentes e o resultado desta soma comparado com a soma dos benefcios
bsico+varivel do PBF. Em suma, o valor do BVCE aquele que mantm a famlia recebendo o
mesmo total que vinha recebendo dos Programas Remanescentes. Se o valor do BVCE resultar em
centavos, o valor arredondado para mais. Dessa forma, famlias diferentes podem ter valores de
BVCE distintos, conforme a renda por pessoa, a composio familiar e os benefcios anteriores.
O BVCE, por ser de carter extraordinrio, no pago indefinidamente. Assim, no momento
da concesso dos benefcios financeiros do PBF fixada uma prescrio para o BVCE, tendo por
base os Programas Remanescentes de que a famlia participava antes de migrar para o PBF. Para
famlias inscritas em mais de um Programa Remanescente, no clculo da prescrio do BVCE
escolhida a regra mais favorvel para a famlia.
1 Famlias usurias do Peti podem receber tambm o BVCE, desde que sejam simultaneamente beneficirias do
Bolsa Alimentao, do Auxlio-Gs ou do Carto Alimentao (ver o item 3 deste captulo).
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Assim, pode haver uma data de prescrio do BVCE distinta para cada famlia, a depender
da aplicao das regras de prescrio. Depois de fixada uma prescrio para o BVCE, sua data final
no mais modificada, mesmo que venham a acontecer alteraes na composio da famlia.
O detalhamento do BVCE consta no Anexo III da Instruo Operacional n 12, de 3 de
fevereiro de 2006.
3. Integrao entre o PBF e o Peti
O Programa de Erradicao do Trabalho Infantil - Peti operacionalizado pela Secretaria
Nacional de Assistncia Social - SNAS, em parceria com estados, municpios e a sociedade civil, e
tem o objetivo de erradicar o trabalho infantil nas atividades perigosas, insalubres, penosas ou
degradantes nas zonas urbana e rural.
Com a edio da Portaria GM/MDS n 666, de 28 de dezembro de 2005, o MDS
regulamentou a integrao entre o PBF e o Peti, visando aprimorar a gesto e ampliar a cobertura
para todas as famlias que atenderem aos critrios de elegibilidade de cada um desses programas,
alm de fortalecer o papel do Cadnico como ferramenta de planejamento e gesto dos programas
sociais de transferncia de renda.
Para compreender a integrao entre o PBF e o Peti, necessrio saber que a
operacionalizao do Peti, sob o controle da SNAS a modalidade mais atual de operacionalizao
do Peti. Conta com todas as famlias beneficirias includas no Cadnico. A Caixa, como agente
operador, encarregada da operacionalizao da gesto de benefcios e do pagamento s famlias
por meio de sua rede credenciada. Anteriormente, havia uma modalidade de operacionalizao do
Peti que se baseava na transferncia de recursos da Unio para os municpios via Fundo Nacional de
Assistncia Social. Um dos objetivos da integrao do Peti com o PBF era justamente possibilitar a
existncia de apenas uma forma de operacionalizao do Peti.
Observa-se, portanto, que na modalidade de operacionalizao atual, o controle da lista de
beneficirios realizado pelo Cadnico e o pagamento dos benefcios efetuado pela Caixa. A
Portaria GM/MDS n 666, de 2005, estabeleceu critrios para a migrao de famlias do Peti para o
PBF e novas regras para a entrada de novas famlias no Peti.
3.1. Desenho da integrao entre o PBF e o Peti
No desenho de integrao entre o PBF e o Peti, o MDS teve o cuidado de respeitar as
especificidades dos programas. Como princpio, assumiu a coexistncia dos programas depois da
integrao, diferentemente do que ocorre com os Programas Remanescentes. As vantagens
comparativas entre o PBF e o Peti foram destacadas ao mximo para que essas polticas pblicas,
atuando juntas e no em concorrncia, favorecessem o alcance dos seus objetivos. Assim, as
estratgias de integrao traadas, regulamentadas pela Portaria MDS n 666, de 2005, foram as
seguintes:
A transferncia de famlias do Peti para o PBF, quando possvel, no implica reduo no total dos benefcios financeiros pagos pelo Peti, hiptese em que a
famlia deixa de ser includa no PBF e permanece no Peti. Quando a famlia
recebe do Peti e de algum Programa Remanescente (exceto Bolsa Escola), so
considerados no clculo do BVCE os valores financeiros pagos pelo Peti;
As famlias em situao de trabalho infantil, que no sejam beneficirias nem do Peti nem do PBF, passam a ser includas nesses programas, depois de cadastradas
no Cadnico, tendo por base o critrio de renda por pessoa familiar;
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As famlias beneficirias do PBF que estejam em situao de trabalho infantil passam a cumprir as atividades socioeducativas e de convivncia oferecidas pelo
Peti nos municpios, juntamente com aquelas que esto no Peti; e
As famlias beneficirias do Peti, ao serem includas no PBF, passam a cumprir adicionalmente apenas a condicionalidade de sade, uma vez que a freqncia
escolar j era uma contrapartida familiar no Peti. Elas tambm devem cumprir as
atividades socioeducativas e de convivncia.
As regras de concesso de benefcios para a integrao podem ser mais bem compreendidas
ao se observar que as famlias a serem includas no PBF esto inicialmente em trs situaes
diferentes:
Famlias em situao de trabalho infantil sem nenhum benefcio financeiro do PBF ou do Peti; e
Famlias beneficirias Peti.
O Quadro II, por meio de diagramas, mostra como funciona o desenho da integrao ente o
PBF e o Peti.
Quadro II Desenho da integrao entre o PBF e o Peti
A famlia que ainda no recebe benefcios nem do Peti nem do PBF poder ser includa em
um desses programas, conforme as seguintes condies:
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13
a) Se a renda mensal familiar por pessoa for igual ou inferior a R$ 140,00 a famlia estar habilitada a entrar no PBF; e
b) Se a renda mensal familiar por pessoa for superior a R$ 140,00 a famlia estar habilitada a entrar no Peti.
Caso j receba benefcios financeiros do Peti, a famlia ser includa no PBF se atender as
seguintes condies:
a) Ter renda mensal familiar por pessoa igual ou inferior a R$ 140,00; e
b) A transferncia para o PBF no acarretar reduo no montante dos benefcios financeiros recebidos por essa famlia, caso em que permanecer no Peti.
Se a famlia usuria do Peti e, ao mesmo tempo, beneficiria de um dos Programas Bolsa
Alimentao, Carto Alimentao ou Auxlio-Gs, ao ser migrada para o PBF, torna-se elegvel ao
benefcio varivel de carter extraordinrio. Haver uma pequena diferena de clculo: soma-se aos
benefcios financeiros recebidos dos Programas Remanescentes o benefcio financeiro que a famlia
recebe do Peti.
-
14
Captulo II Habilitao, Seleo e Concesso de benefcios
1. A Habilitao de beneficirios
A Habilitao de famlias no PBF o processo que verifica se as famlias cadastradas no
Cadnico atendem s regras de elegibilidade para o Programa ou se h alguma restrio cadastral
ou administrativa que, igualmente, impedem a sua habilitao. Somente famlias habilitadas podem
ser pblico para a seleo e concesso de benefcios.
O quadro abaixo demonstra como so analisadas as regras de habilitao para cada tipo de
benefcio do PBF, bsico, varivel e BVJ, demonstrando os motivos de no habilitao aplicados
para cada um:
Grupo Motivo de No-habilitao Aplicao por Tipo de Benefcio
Bsico Varivel BVJ
Inel
egib
ilid
ade
Renda per capita familiar superior a R$ 140,00 X X X
Benefcio do PETI maior do que benefcios do PBF X X X
Renda familiar per capita entre R$ 70,01 e R$ 140,00 X
Famlia j possui 3 benefcios variveis X
Possui benefcio por outra famlia X X
Idade superior ao limite permitido X X
Sem acompanhamento de freqncia escolar no ltimo perodo de apurao
X
Famlia j possui 2 benefcios variveis para jovem X
Res
tri
o C
adas
tral
Multiplicidade Cadastral X X X
Cadastro no atualizado (ltimos 24 meses) X X X
Cadastro com Responsvel Familiar com idade menor que 16 anos
X X X
Cadastro excludo do Cadnico X X X
Informao de Escola invlida no Cadnico (Campo INEP);
X
Informao de Escola desatualizada no Cadnico h mais de 12 meses (Campo INEP).
X
-
15
Res
tri
o
Ad
min
istr
ativ
a Deciso judicial X X X
Auditoria/Fiscalizao autorizada pelo MDS X X X
2. A Seleo e Concesso de benefcios
A concesso de benefcios, atribuio exclusiva do MDS, exercida operacionalmente pela
Senarc, com base, principalmente, nas estimativas de pobreza em cada municpio e no quantitativo
de famlias habilitadas e selecionadas para uma determinada folha de pagamentos, a partir de
informaes constantes do Cadastro nico. A Portaria MDS n 341, de 7 de outubro de 2008,
regulamenta a habilitao, seleo e concesso de benefcios do Bolsa Famlia.
Com relao ao PBF, os valores referenciais para definio de pobreza e extrema pobreza
foram inicialmente definidos na prpria lei do Programa e atualizados pelo Decreto n 6.917, de 30
de julho de 2009. Atualmente, a concesso de benefcios financeiros pelo PBF considera famlias
pobres aquelas com at R$ 140,00 de renda mensal familiar por pessoa, e famlias extremamente
pobres aquelas com at R$ 70,00 de renda mensal familiar por pessoa.
A definio da estimativa de famlias pobres existentes no Brasil em cada municpio foram
elaboradas pelo MDS e pelo Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada - Ipea. Essa estimativa,
atualizada em 2006, tem como referncia informaes da Pnad - Pesquisa Nacional por
Amostragem de Domiclios/2004 e do Censo Populacional e est disponvel no stio do MDS. A
cobertura do Bolsa Famlia e o planejamento de sua expanso so realizados segundo essa
estimativa.
A incluso da famlia no PBF para a concesso de benefcios feita exclusivamente entre as
famlias cadastradas no Cadastro nico. No entanto, o cadastramento de uma famlia no resulta na
imediata concesso do benefcio pelo PBF: depende da situao no Cadastro nico, da
disponibilidade de recursos do governo federal e do cronograma de expanso do Programa. Nem
todas as famlias inscritas no Cadnico so includas no PBF. Como o Cadastro nico registra
famlias com diferentes valores de renda por pessoa, apenas o subconjunto das famlias cadastradas
com renda compatvel para o PBF pode ser periodicamente habilitado concesso de benefcios.
Alm da concesso de benefcios para famlias novas, desde sua criao o PBF vem
transferindo para o Programa as famlias includas nos Programas Remanescentes, com o objetivo
de unificar procedimentos de gesto e execuo dos programas de transferncia de renda do
governo federal, e, desde junho de 2006, vem integrando ao programa as famlias atendidas pelo
Peti.
Cabe ressaltar que a concesso de benefcios pelo PBF feita de maneira impessoal, por
meio de um sistema informatizado, que concede benefcios de acordo com o cronograma de
expanso do Programa. As famlias constantes do Cadastro nico em cada municpio so
priorizadas segundo o critrio da renda por pessoa, da menor para a maior renda.
O Quadro III a seguir apresenta uma sntese da operao do Programa Bolsa Famlia; rene
os principais envolvidos na execuo do Programa e demonstra a correlao entre o cadastramento
e a concesso de benefcios.
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16
Quadro III Fluxograma de operao do PBF
Cadastramento Gerao da Folha e do Carto
MD
SF
AM
ILIA
PR
EF
EIT
UR
AC
AIX
A
Define Polticas e
Diretrizes
Disponibiliza
Formulrios
e sistemas
Coleta
dados
famlias
Atribui NIS
e envia arquivo
retorno
Dados
registrados na
Base Local
Envia dados
Digita
dados
famlias
Cadnico
Extrai
Dados
Famlias
Aplica regras
e informa
habilitados
Concede benefcio
SIBEC
Gera Folha
SICIDCadastra Senha,
efetua
pagamento
Produz Carto
e distribui
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17
Captulo III Administrao de benefcios
1. Atividades de administrao de benefcios
Depois de concedido um benefcio financeiro a uma famlia, o governo federal passar a
inclu-la nas folhas de pagamento todo ms. Existem, no entanto, algumas situaes em que isso
pode deixar de ocorrer e levar descontinuidade na transferncia de renda direta famlia,
temporria ou permanente. J em outras situaes, o que se deseja restabelecer o fluxo de
pagamentos famlia. As atividades de administrao de benefcios, ento, so aes realizadas
pelos municpios ou pela Senarc que podem interromper ou restabelecer o pagamento normal de
benefcios famlia.
Cada atividade de administrao de benefcios, ao ser realizada, leva modificao da
situao dos benefcios pagos s famlias, podendo repercutir ou no sobre parcelas de pagamento
ainda no sacadas, conforme cada caso. As parcelas de pagamento futuras tambm podem sofrer
alterao. Cancelar um carto magntico ou bloquear sua senha individual no afeta a situao do
benefcio ou da parcela de pagamento, uma vez que o carto meramente um instrumento para
saque.
Toda a disciplina da gesto de benefcios foi regulamentada por meio da Portaria GM/MDS
n 555, de 2005, que representou um avano na consolidao do modelo de operacionalizao do
PBF. Foi a primeira vez que um programa de transferncia de renda do governo federal teve esse
aspecto de sua operacionalizao regulamentado, permitindo a execuo das diversas atividades de
gesto de benefcios de forma descentralizada aos municpios. As atividades de administrao de
benefcios so:
a. Incluso de benefcios;
b. Liberao de benefcios;
c. Reavaliao de benefcios; e
d. Atividades de gesto de benefcios para os benefcios Bsico, Varivel e Vinculado ao Adolescente - BVJ:
i. Bloqueio;
ii. Cancelamento;
iii. Suspenso;
iv. Desbloqueio;
v. Reverso de cancelamento; e
vi. Reverso de suspenso
e. Reincluso de benefcios
Por meio da Administrao de Benefcios o municpio e as instncia de controle do Bolsa
Famlia conseguem o acesso a consultas e aos relatrios sobre os benefcios do Programa, por meio
do Sistema de Gesto de Benefcios. Portanto, os gestores municipais, conselheiros do controle
social do PBF e a Rede Pblica de Fiscalizao - que engloba TCU, CGU, MPF e MPEs - podem
realizar consultas e emisso de relatrios de acompanhamento das famlias beneficirias. Esse
acompanhamento fundamental para garantir que a renda chegue s famlias que atendem aos
-
18
critrios do Programa e que dependem dos benefcios financeiros. No caso dos gestores municipais
ainda possvel a realizao de inmeras atividades de administrao de benefcios, como bloqueio,
desbloqueio e cancelamento de benefcios.
2. Aplicao e efeitos das atividades de administrao de benefcios
O Quadro IV apresenta os motivos aplicveis e os efeitos de cada atividade de administrao
de benefcios. Elas podem ser realizadas pelo municpio ou pela Senarc. Os municpios no podem
realizar as atividades da Senarc diretamente no Sistema de Gesto de Benefcios, porm a Senarc
pode realizar as intervenes municipais.
-
19
Quadro IV Aplicao e efeitos das atividades de administrao de benefcios
Atividades de Gesto
de Benefcios Motivos Efeitos
ATIVIDADES COM EFEITO EM TODOS OS BENEFCIOS DA FAMLIA
Incluso
1) Ocorre logo aps a concesso do benefcio famlia;
2) necessrio o cadastramento, pelo RF, de senha eletrnica individual do carto magntico em estabelecimento credenciado da Caixa ou de Instituio Financeira autorizada, dentro do prazo de 6
(seis) meses, contado da data em que o benefcio for registrado como includo no Sistema de Gesto de Benefcios;
3) necessria a realizao dos procedimentos necessrios reviso de elegibilidade, prevista no art. 21 do Decreto n 5.209, de 2004.
Registro do benefcio na situao de includo no Sistema de Gesto de Benefcios do PBF, com
base nas informaes constantes do Cadnico;
Definio da modalidade de conta para saque de benefcios, conforme o disposto no 12, do art. 2
da Lei n 10.836, de 2004;
Emisso e expedio de carto magntico pela Caixa ou Instituio Financeira autorizada;
Emisso e entrega de notificao da concesso famlia, por meio do envio de correspondncia ao
endereo registrado no Cadnico, ou por outra
sistemtica eventualmente autorizada pela Senarc;
Poder haver, a critrio da Senarc, a liberao de parcelas, mantendo-se o benefcio na situao de
includo, at o cadastramento pelo RF de senha eletrnica individual do carto magntico e
realizao de procedimentos necessrio reviso
da elegibilidade; e
Esgotado o prazo de 6 (seis) meses para o cadastramento de senha eletrnica individual, o
benefcio poder ser cancelado a critrio da
Senarc.
Liberao
Atividade realizada automaticamente pela Senarc. Ocorre depois de confirmada a incluso de benefcios pela famlia, conforme item anterior, em decorrncia de atividades de reverso de
benefcios, com resultado positivo, tratados mais adiante, e aps transcorrido o prazo da suspenso de
benefcios e de BVJ.
Registro na situao de liberado no Sistema de Gesto de Benefcios do PBF ;
Disponibilizao das parcelas de pagamento nos meses subseqentes, a partir do momento da
gerao das respectivas folhas de pagamento; e
Poder haver, a critrio da Senarc e observado o calendrio operacional, a liberao de parcelas de
pagamento, ou frao, para correo de erro
-
20
Atividades de Gesto
de Benefcios Motivos Efeitos
operacional no processamento da folha de
pagamento j gerada, limitada a retroao a 12
(doze) parcelas, cumprimento de deciso judicial
ou recurso administrativo deferido no mbito da
Senarc, limitada gerao de 12 (doze) parcelas.
Reavaliao
Atividade realizada automaticamente pela Senarc. Ocorre depois de processadas as alteraes
cadastrais da famlia beneficiria do PBF, ocorridas no mbito do Cadnico, depois de
realizadas as atividades de reverso de benefcios ou para compatibilizao de informaes
entre o Cadnico e o Sistema de Gesto de Benefcios, a critrio da Senarc.
Liberao de benefcios caso as regras de elegibilidade do PBF sejam atendidas; e
Cancelamento de benefcios, caso alguma regra de elegibilidade do PBF no seja atendida.
Bloqueio
1) Motivos municipais (executados diretamente no Sistema de Gesto de Benefcios):
a. Trabalho infantil na famlia;
b. Durante procedimento de averiguao de cadastramento, quando houver indcios de:
i. renda per capita familiar superior ao limite de meio salrio-mnimo utilizado no mbito do Cadastro nico;
ii. no localizao de crianas ou adolescentes nos estabelecimentos regulares de ensino;
iii. no adequao s regras de definio de cadastro vlido, citadas no inciso II, do art. 4 da Portaria GM/MDS n 376, de 16 de outubro de 2008, e observado normas complementares
editadas e publicadas pela Senarc;
iv. no localizao da famlia no endereo informado no Cadnico; e
v. crianas ou adolescentes em situao de abrigamento, exceto na hiptese de o Conselho Tutelar ter atestado as condies para a reintegrao da criana ou adolescente famlia,
conforme o art. 25, 7 da Portaria GM/MDS n 376, de 2008.
c. Durante procedimento de averiguao de acmulo de benefcios financeiros do PBF com os do
Programa de Erradicao do Trabalho Infantil (PETI); ou
d. Por deciso judicial.
2) Motivos da Senarc (executados diretamente no Sistema de Gesto de Benefcios ou por aproveitamento de informaes cadastrais):
a. Em decorrncia do encerramento do prazo para a realizao da reviso cadastral das famlias beneficirias do PBF, que ocorrer no perodo de janeiro a outubro de cada ano;
b. Omisso de informao ou de prestao de informaes falsas, apurados em cruzamento do Cadnico com outras bases de dados, conforme disposto no art. 18 da Portaria GM/MDS n
376, de 2008;
c. Em decorrncia de procedimentos de fiscalizao do MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto n 5.209, de 2004; ou
Impedimento da retirada das parcelas de pagamento ainda no sacadas pela famlia;
Impedimento do saque das parcelas de pagamento dos meses subseqentes at o
desbloqueio, se for o caso;
No acarreta, por si s, o desligamento da famlia do PBF;
Benefcios bloqueados h mais de 6 (seis) meses sero automaticamente cancelados
contados da notificao do bloqueio, observado
o calendrio operacional do PBF, salvo
disposio em contrrio da Senarc;
A famlia beneficiria do PBF encontrada em situao de trabalho infantil, permanecer com
os benefcios bloqueados at a cessao do fato;
Solucionada a questo que deu causa ao bloqueio, o benefcio dever ser desbloqueado
ou cancelado; e
O bloqueio de benefcios em razo de descumprimento de condicionalidades impede a
retirada de parcelas a partir da data de
efetivao do bloqueio, sem afetar as parcelas
anteriormente geradas.
-
21
Atividades de Gesto
de Benefcios Motivos Efeitos
d. Em cumprimento Portaria GM/MDS n 321, de 2008, que trata da gesto de condicionalidades do PBF:
- Descumprimento de condicionalidades; ou
- Ausncia de informaes sobre o acompanhamento de
condicionalidades.
Suspenso
Atividade realizada exclusivamente pela Senarc, em cumprimento Portaria GM/MDS n 321, de
2008, nas seguintes situaes:
a. Descumprimento de condicionalidades; ou
b. Ausncia de informaes sobre o acompanhamento de condicionalidades, na forma do art. 10 da
Portaria GM/MDS n 321, de 2008.
Interrupo da disponibilizao das parcelas de pagamento nos meses subseqentes, na forma do
art. 4 da Portaria GM/MDS n 321, de 2008;
A retomada automtica da disponibilizao das parcelas de pagamento, depois de encerrado o
prazo determinado no art. 4 da Portaria
GM/MDS n 321, de 2008;
No acarreta, por si s, o desligamento da famlia do PBF; e
Encerrado o prazo citado no art. 4 da Portaria GM/MDS n 321, de 2008, haver a liberao
automtica do benefcio.
Cancelamento
1) Motivos municipais (executados diretamente no Sistema de Gesto de Benefcios):
a. Desligamento voluntrio da famlia, mediante declarao escrita do RF; ou
b. Deciso judicial.
2) Motivos da Senarc (executados diretamente no Sistema de Gesto de Benefcios ou por aproveitamento de informaes cadastrais):
a. Repercusso de alterao cadastral que implique inelegibilidade ao PBF, em especial nas
seguintes situaes:
i. renda per capita familiar no Cadastro nico superior estabelecida para o PBF, depois de
encerrado o perodo de validade do benefcio;
ii. cadastro excludo da base nacional do Cadnico; ou
iii. renda per capita familiar superior ao limite de meio salrio-mnimo utilizado no mbito do
Cadastro nico.
b. No adequao s regras de definio de cadastro vlido, citadas no inciso II, do art.4 da Portaria
GM/MDS n 376, de 2008, e observado normas complementares editadas e publicadas pela Senarc;
Cancelamento das parcelas de pagamento ainda no sacadas pela famlia;
Interrupo da disponibilizao das parcelas de pagamento nos meses subseqentes, na forma do
art. 4 da Portaria GM/MDS n 321, de 2008;
Desligamento da famlia do PBF;
Cancelamento do respectivo carto magntico em prazo a ser estipulado pela Senarc; e
A famlia beneficiria do PBF encontrada em situao de trabalho infantil, ter seus benefcios
cancelados depois de esgotados os recursos para
a cessao do fato.
-
22
Atividades de Gesto
de Benefcios Motivos Efeitos
c. Decurso do prazo de permanncia do benefcio na situao de bloqueado, aproveitando-se no registro, quando possvel, o motivo que deu origem ao bloqueio;
d. Acmulo de benefcios financeiros do PBF com os do Programa de Erradicao do Trabalho Infantil
(Peti);
e. Encerramento do prazo para reviso de elegibilidade das famlias beneficirias do PBF, que ocorrer
no perodo de janeiro a outubro de cada ano;
f. Omisso de informao ou de prestao de informaes falsas, apurados em cruzamento do
Cadnico com outras bases de dados, conforme disposto no art. 18 da Portaria GM/MDS n 376, de 2008;
g. Posse de beneficirio do PBF em cargo eletivo remunerado de qualquer das 3 (trs) esferas de
governo;
h. Em decorrncia de procedimentos de fiscalizao do MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto n
5.209, de 2004;
i. Em cumprimento Portaria GM/MDS n 321, de 2008, que trata da gesto de condicionalidades do
PBF:
- Descumprimento de condicionalidades; ou
- Ausncia de informaes sobre o acompanhamento de condicionalidades, na forma do art. 10 da
Portaria GM/MDS n 321, de 2008.
j. Reiterada ausncia de saque de benefcios, em 6 (seis) parcelas consecutivas, conforme o art.
24 do Decreto n 5.209, de 2004;
l. Esgotamento do prazo estipulado pela Senarc para a ativao do carto magntico nos estabelecimentos credenciados;
m. Em decorrncia de cancelamento de todos os benefcios variveis, quando a famlia no
possuir benefcio bsico concedido;
n. Em decorrncia de cancelamento do benefcio bsico, quando a famlia no possuir benefcios
variveis concedidos; ou
o. Em funo da prescrio do benefcio varivel de carter extraordinrio, quando a famlia no
possuir benefcios bsico ou variveis concedidos, conforme o disposto no artigo 2, 4, e no art. 5,
3, da Portaria GM/MDS n 737, de 15 de dezembro de 2004.
-
23
Atividades de Gesto
de Benefcios Motivos Efeitos
Desbloqueio
Atividade realizada pela Senarc ou pelos municpios. Ocorre em decorrncia da elucidao ou
finalizao das situaes que deram origem ao de bloqueio.
Liberao das parcelas anteriormente bloqueadas que ainda estejam dentro do prazo
de validade fixado no art. 24 do Decreto n
5.209, de 2004; e
Liberao de benefcios, conforme item especfico desse quadro.
Reverso de
Suspenso
Atividade realizada pela Senarc ou pelos municpios. Ocorre para retificao de erro operacional
no processamento ou no envio das informaes sobre condicionalidades do PBF pelos
municpios, conforme o caso, aos Ministrios da Sade, da Educao e Secretaria Nacional de
Assstncia Social.
A reverso de suspenso de benefcios ter os seguintes efeitos, se efetuada no perodo de at 2
(dois) meses da data da suspenso, observado o
calendrio operacional do PBF:
o Reavaliao de benefcios, conforme item especfico desse quadro; e
o Disponibilizao das parcelas anteriormente suspensas, at a gerao da prxima folha
de pagamento, caso a reavaliao resulte em
liberao de benefcios.
Superado o prazo de at 2 (dois) meses da data da suspenso, a reverso da suspenso de
benefcios no ser permitida, salvo mediante
recurso administrativo nos termos da Portaria
GM/MDS n 321, de 2008.
Reverso de
Cancelamento
Atividade realizada pela Senarc e pelos municpios. Ocorre para desfazer o cancelamento de
benefcios que tenha ocorrido a menos de 120 (cento e vinte) dias, em razo de fato superveniente
que implique a necessidade de retificao do cancelamento ocorrido anteriormente.
A reverso de cancelamento de benefcios ter os
seguintes efeitos, se efetuada dentro do perodo de
120 (cento e vinte) dias:
o Reavaliao de benefcios, conforme item especfico desse quadro;
o Retorno da famlia ao Programa e gerao de parcelas a partir da prxima folha de
pagamento, caso a reavaliao resulte em
liberao de benefcios; e
o Disponibilizao das parcelas anteriormente canceladas, caso a reavaliao resulte em
liberao de benefcios.
Superado o prazo de 120 (cento e vinte) dias o reingresso da famlia depender da atividade de
-
24
Atividades de Gesto
de Benefcios Motivos Efeitos
reincluso de benefcios;
A reverso de cancelamento de benefcios em prazo superior a 120 (cento e vinte) dias caber
apenas Senarc, e nas seguintes hipteses:
o Para correo de erro operacional na folha de pagamento j gerada, limitada
a retroao a 12 (doze) parcelas,
conforme informaes cadastrais
disponveis no Sistema de Gesto de
Benefcios poca da reverso de
cancelamento;
o Cumprimento de deciso judicial; ou
o Cumprimento de deciso em sede de recurso administrativo deferido no
mbito da Senarc, limitada gerao de
12 (doze) parcelas.
O decurso do prazo para reverso de cancelamento de benefcios implicar no cancelamento do
respectivo carto Bolsa Famlia, em prazo a ser
estipulado pela Senarc.
Reincluso
Atividade realizada pela Senarc ou pelos municpios. Possibilita o reingresso famlia no PBF depois
de superado o prazo de reverso de cancelamento de benefcios.
Reconduo do cadastro da famlia ao processo de habilitao, com aplicao das regras constantes
da Portaria GM/MDS n 341, de 2008, que pode
resultar na habilitao ou na no-habilitao do
registro da famlia a novo ingresso no PBF;
Subordinao do cadastro da famlia habilitado s regras de seleo e concesso constantes da
Portaria GM/MDS n 341, de 2008, em condies
de igualdade com as demais famlias;
A reincluso de benefcios ser executada automaticamente pela Senarc, sempre que
possvel, com aproveitamento das alteraes
cadastrais da famlia efetuadas no Cadnico
pelos municpios; e
Nos casos em que no for possvel o
-
25
Atividades de Gesto
de Benefcios Motivos Efeitos
aproveitamento automtico das alteraes
cadastrais, observada norma regulamentar
especfica publicada pela Senarc, a reincluso
de benefcios se dar com a utilizao do
Sistema de Gesto de Benefcios pelos
municpios ou pela Senarc.
ATIVIDADES COM EFEITO EM BENEFCIOS ESPECFICOS DA FAMLIA
Bloqueio de BVJ
1) Motivos municipais:
a. Por deciso judicial; e
b. Durante procedimento de averiguao de cadastramento, quando houver indcios de no
localizao dos adolescentes nos estabelecimentos regulares de ensino.
2) Motivos da Senarc:
a. Em decorrncia de procedimentos de fiscalizao do MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto
n 5.209, de 2004; e
b. Ausncia de informaes sobre o acompanhamento de condicionalidades, na forma do art. 10 da
Portaria GM/MDS n 321, de 2008.
Registro do respectivo BVJ na situao de bloqueado no Sistema de Gesto de Benefcios;
Impedimento de retirada das respectivas parcelas de BVJ ainda no sacadas pela famlia;
Impedimento do saque das parcelas de BVJ geradas nos meses subseqentes;
No implica, por si s, o desligamento do adolescente do PBF;
Benefcios que tenham sido bloqueados h mais de 6 (seis) meses sero automaticamente
cancelados, contados da notificao de bloqueio,
observado o calendrio operacional do PBF,
salvo disposio em contrrio da Senarc; e
Solucionada a questo que deu causa ao bloqueio, o benefcio dever ser desbloqueado
ou cancelado.
Desbloqueio de BVJ
Atividade realizada pela Senarc ou pelos municpios. Ocorre em decorrncia da elucidao ou
finalizao das situaes que deram origem ao de bloqueio.
Liberao das parcelas anteriormente bloqueadas que ainda estejam dentro do prazo
de validade fixado no art. 24 do Decreto n
5.209, de 2004; e
Liberao de benefcios, conforme item especfico desse quadro.
-
26
Atividades de Gesto
de Benefcios Motivos Efeitos
Suspenso de BVJ
Atividade realizada exclusivamente pela Senarc. Ocorre no caso de descumprimento de condicionalidades por parte de respectivo adolescente da famlia.
Registro do respectivo BVJ na situao suspenso no Sistema de Gesto de Benefcios;
Interrupo da disponibilizao das respectivas parcelas do BVJ nos meses subseqentes, na
forma do art. 5 da Portaria GM/MDS n 321, de
2008;
No implica, por si s, o desligamento do adolescente do PBF; e
Encerrado o prazo citado no art. 5 da Portaria GM/MDS n 321, de 2008, haver a liberao
automtica do BVJ.
Reverso de
Suspenso de BVJ
Atividade realizada pela Senarc ou pelos municpios. Ocorre para retificao de erro
operacional no processamento ou no envio das informaes sobre condicionalidades do PBF
pelos municpios ao Ministrio da Educao.
A reverso de suspenso de BVJ ter os seguintes efeitos, se efetuada no perodo de at 2 (dois)
meses da data da suspenso, observado o
calendrio operacional do PBF:
o Reavaliao de benefcios, conforme item especfico desse quadro; e
o Disponibilizao das parcelas do BVJ anteriormente suspensas, at a gerao da
prxima folha de pagamento, caso a
reavaliao resulte em liberao de
benefcios.
Superado o prazo de at 2 (dois) meses da data da suspenso, a reverso da suspenso de BVJ
ter como efeito apenas a disponibilizao das
parcelas dos meses subseqentes.
Cancelamento de
benefcio bsico,
varivel e BVJ
Atividades realizadas automaticamente pela Senarc, por meio do Sistema de Gesto de
Benefcios, mediante anlise das alteraes cadastrais recentemente efetuadas pelos municpios
no Cadnico.
A anlise das alteraes cadastrais servir para verificar as regras de elegibilidade do PBF
constantes da Portaria GM/MDS n 341, de
2008, gerando os seguintes efeitos:
o Cancelamento de benefcio bsico, varivel ou BVJ, caso alguma regra de
elegibilidade do PBF no seja atendida; e
o Registro dos benefcios financeiros na respectiva situao no Sistema de Gesto
-
27
Atividades de Gesto
de Benefcios Motivos Efeitos
de Benefcios.
O cancelamento de benefcio varivel ou BVJ, realizado exclusivamente pela Senarc, por meio
do Sistema de Gessto de Benefcios do PBF,
ocorrero sempre nos meses de janeiro, tendo
como referncia a data de 31 de dezembro do
ano anterior, nos seguintes casos:
o Para os adolescentes de 16 (dezesseis) anos que no puderam ser migrados para
o BVJ, em razo do preenchimento das 2
(duas) vagas disponveis para a famlia
por outros adolescentes do domiclio; e
o Para os adolescentes que tenham completado 18 (dezoito) anos e estiverem
ligados ao BVJ.
Encerrado o perodo de validade do benefcio, ocorrer o cancelamento do benefcio bsico,
caso a renda per capita familiar no Cadnico
permanea superior estabelecida para a
concesso desse benefcio.
Reverso de
Cancelamento de
benefcio bsico,
varivel ou BVJ
Atividades realizadas automaticamente pela Senarc, por meio do Sistema de Gesto de
Benefcios, mediante anlise das alteraes cadastrais recentemente efetuadas pelos municpios
no Cadnico.
A anlise das alteraes cadastrais servir para verificar as regras de elegibilidade do PBF
constantes da Portaria GM/MDS n 341, de
2008, gerando os seguintes efeitos:
o Reverso de benefcios bsico, varivel ou BVJ, conforme as regras de
elegibilidade do PBF sejam atendidas; e
o Registro dos benefcios financeiros na respectiva situao no Sistema de Gesto
de Benefcios.
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Atividades de Gesto
de Benefcios Motivos Efeitos
Concesso de
benefcio bsico,
varivel ou BVJ
Atividades realizadas automaticamente pela Senarc, por meio do Sistema de Concesso de
Benefcios, mediante anlise das alteraes cadastrais recentemente efetuadas pelos municpios no
Cadnico.
A anlise das alteraes cadastrais servir para verificar as regras de elegibilidade do PBF
constantes da Portaria GM/MDS n 341, de
2008, gerando os seguintes efeitos:
o Concesso de benefcio bsico, varivel ou BVJ, conforme as regras de
elegibilidade do PBF sejam atendidas; e
o Registro dos benefcios financeiros na respectiva situao no Sistema de Gesto
de Benefcios.
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2.1. Incluso de benefcios
Como pde ser observado no Quadro IV, a aplicao das atividades de
administrao de benefcios iniciam-se logo aps o processo de ingresso de famlias
(habilitao, seleo e concesso), com a atividade de Incluso de benefcios.
Essa atividade de exclusividade da Senarc e tem por objetivo separar as
famlias recm-ingressas no Programa das que j esto estabelecidas com continuidade
de pagamentos, de forma a possibilitar tanto a Senarc quanto a gesto municipal o
direcionamento de aes especficas as famlias recm-ingressas, como por exemplo:
revalidao das informaes cadastrais prestadas pela famlia na poca do
cadastramento, informao direcionadas s recm-ingressas sobre as condicionalidades
que devem ser cumpridas pelos beneficirios do Programa, aes especficas para
entrega de cartes, quando for o caso, entre outras.
Essa condio possui carter transitrio at o cadastramento pelo responsvel
familiar de senha eletrnica individual do carto magntico em estabelecimento
credenciado pela Caixa, no prazo de 6 (seis) meses, e a realizao, caso necessrio, de
procedimentos relacionados reviso de elegibilidade.
A critrio da Senarc e em carter tambm transitrio, parcelas de pagamentos
podem ser liberadas para as famlias nessa fase, mesmo quando ainda no houve a
liberao definitiva do benefcio.
2.2. Liberao de benefcios
Todo benefcio financeiro que sai de uma situao de incluso, bloqueio,
suspenso ou passa por uma reverso de cancelamento em que houve sucesso, assume a
situao de liberado nos sistemas de gesto de benefcios com os efeitos que a liberao produz.
A partir da liberao, os benefcios financeiros da famlia passam a ser pagos de
maneira permanente, sujeitos apenas a novas situaes de administrao.
2.3. Reavaliao de benefcios
Esta atividade ocorre cada vez em que h mudana na situao dos benefcios,
automticas ou no e confere, neste momento, se a famlia mantm as condies de
elegibilidade que deram origem ao benefcio, tais como: crianas entre 0 e 15 na
manuteno do benefcio varivel; jovens em idade de 16 a 17 para manuteno do
BVJ; multiplicidade cadastral etc.
Nesta ao, a famlia pode perder parte ou todos os benefcios caso no tenha
mais as condies de elegibilidade para manuteno dos mesmos.
2.4. Bloqueio de benefcios
O bloqueio de benefcios pelos gestores municipais depende da emisso de
parecer tcnico por profissionais da rea de assistncia social ou tcnicos de
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fiscalizao. Em todos os casos, preciso formalizar a deciso de bloqueio e obter a
autorizao do responsvel pela Gesto de Benefcios na prefeitura. No prximo
Captulo ser apresentado o Formulrio-Padro de Gesto de Benefcios, um
instrumento til e obrigatrio para a formalizao e arquivamento desses casos de
bloqueio. Algumas prefeituras procuram abrir processos formais para essa deciso de
bloqueio. O importante o respeito s regras de fundamentao do bloqueio em
pareceres tcnicos, a formalizao das decises e o arquivamento das informaes.
Os efeitos do bloqueio de benefcios so de fcil observao. Bloqueado um
benefcio, as parcelas de pagamento ainda no sacadas pela famlia so bloqueadas. As
folhas de pagamento futuras passam a gerar as parcelas de pagamento dessa famlia
bloqueadas. Depois de 6 meses de parcelas bloqueadas, o benefcio estar sujeito ao
cancelamento.
a) Bloqueio de benefcios para averiguao de cadastramento
De acordo com a Portaria 555, cabe bloqueio para averiguao de cadastramento
em casos como: (i) renda per capita superior ao limite de meio salrio-mnimo do
Cadnico; (ii) no localizao de crianas ou adolescentes nos estabelecimentos
regulares de ensino, (iii) no adequao s regras de definio de cadastro vlido,
citadas no inciso II, do art. 4 da Portaria GM/MDS n 376, de 16 de outubro de 2008,
(iv) no localizao da famlia no endereo informado no Cadnico; e (v) crianas ou
adolescentes em situao de abrigamento, exceto na hiptese de o Conselho Tutelar ter
atestado as condies para a reintegrao da criana ou adolescente famlia, conforme
o art. 25, 7 da Portaria GM/MDS n 376, de 2008.
O bloqueio de benefcios para averiguao de cadastramento os respectivos
motivos precisa sempre aplicado em situaes que precisam maior aprofundamento e
detalhamento por parte do Poder Pblico local, mas que mediante uma anlise
preliminar j se pde apontar a existncia de indcios que sugerem fortemente que a
situao exista. Logo, a anlise de indcios exige um processo de apurao e a
formalizao de uma anlise sobre os casos. Por exemplo, a no-localizao da famlia
no endereo somente pode ser constatada por meio de visita domiciliar ou pelo
cruzamento de informaes com outras fontes de dados. O importante que os indcios
sejam slidos e que o bloqueio tenha a formalizao da deciso bem fundamentada.
Os casos que levaram ao bloqueio devem continuar sendo aprofundados e
investigados pelo Poder Pblico local, de modo a confirmar ou no a situao apontada
nos indcios, garantido o amplo acompanhamento pelo controle social do PBF, assim
como a participao da famlia, maior interessada em ver sua situao esclarecida e seu
benefcio desbloqueado.
O bloqueio por renda per capita superior a meio salrio-mnimo devido pois
com a introduo da reviso cadastral, embora se admita o pagamento de benefcios a
famlias com renda per capita superior ao limite do PBF, fixou-se um teto que equivale
ao limite de renda utilizado no Cadnico (1/2 salrio-mnimo).
O bloqueio dos benefcios por motivo de no adequao s regras de cadastro
vlido realizado exclusivamente pela Senarc, para os benefcios cujo cadastro no se
enquadre nas especificaes de cadastro vlido descritas no art. 4 da Portaria GM/MDS
n 376, de 2008. considerado cadastro vlido todo domiclio que atenda s seguintes
condies:
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i) todos os campos considerados obrigatrios para validao, indicados no
aplicativo de
entrada de dados, preenchidos;
ii) o Responsvel pela Unidade Familiar (RF) ter idade mnima de 16 anos;
iii) conter o registro de pelo menos um documento de identificao para todos os
membros da famlia;
iv) conter o registro do nmero de Cadastro de Pessoa Fsica (CPF) ou do Ttulo
de Eleitor para o Responsvel pela Unidade Familiar, exceo dos casos de
cadastramento diferenciado definidos pelo Ministrio do Desenvolvimento
Social e Combate Fome (MDS) no Captulo IX desta Portaria;
v) o CPF, quando informado para o responsvel e para todas as demais pessoas
da famlia, dever ter dgito verificador vlido; e
vi) ausncia de pessoas em multiplicidade na base nacional.
De acordo com o art. 2, inciso I da Lei n 10.836, de 2004, famlia, a unidade
nuclear, eventualmente ampliada por outros indivduos que com ela possuam laos de
parentesco ou de afinidade, que forme um grupo domstico, vivendo sob o mesmo teto
e que se mantm pela contribuio de seus membros. Dessa forma, quando houver
indcios de criana ou adolescente em situao de acolhimento institucional, o gestor
municipal dever bloquear o benefcio do PBF da famlia. Aps confirmado o fato,
dever atualizar os dados no Cadnico, excluindo a respectiva criana ou adolescente
do referido cadastro, e desbloquear o benefcio, desde que a famlia possua ainda o
perfil estabelecido pelo PBF. Assim que a criana ou adolescente retorne ao convvio
familiar, o gestor municipal dever inclu-la novamente no cadastro da famlia para que
seja realizado a reavaliao do benefcio.
b) Bloqueio de benefcios para averiguao de acmulo financeiro de Peti com PBF
No caso de bloqueio por acmulo de benefcios do Peti, deve ser considerado o
disposto no artigo 10, da Portaria GM/MDS n 666, de 2005. O pagamento simultneo
de benefcios do PBF e do Peti no autorizado, cabendo a quem identificar o caso
tomar as providncias para que o benefcio financeiro de menor valor seja cancelado. O
gestor municipal deve analisar qual o benefcio de menor valor e cancel-lo
imediatamente. Nesse exemplo, se o benefcio a cancelar o do PBF, o motivo
aplicvel justamente o acmulo de benefcios do Peti. O bloqueio do benefcio de
menor valor cabvel se houver indcio de acmulo de benefcios entre Peti e PBF,
registrado formalmente a partir de auditoria ou fiscalizao.
c) Bloqueio dos benefcios por descumprimento de condicionalidades
O bloqueio dos benefcios por descumprimento de condicionalidades feito
exclusivamente pela Senarc, depois da apurao da freqncia escolar e/ou da agenda
de sade pelos Ministrios da Educao e da Sade. Em ambos os casos, as informaes
utilizadas so aquelas lanadas pelas Secretarias Municipais de Educao e de Sade
nos sistemas informatizados mantidos pelos respectivos Ministrios. A gesto das
condicionalidades est regulamentada na Portaria GM/MDS n 321, de 2008. Assim, o
artigo 10 desta Portaria fixa regra para bloqueio, suspenso e cancelamento de
benefcios em caso de descumprimento de condicionalidades.
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d) Bloqueio por encerramento do prazo para Reviso Cadastral
Alm dos motivos j existentes para bloqueio de benefcios, existe um motivo de
bloqueio associado ao processo de Reviso Cadastral. A famlia tem um prazo, 31 de
outubro do ano que for selecionada para a Reviso Cadastral, para atualizar suas
informaes cadastrais. Quando se encerra este prazo o benefcio bloqueado por
encerramento do prazo para Reviso Cadastral.
Se for feita uma atualizao cadastral no domiclio da famlia ocorre o
desbloqueio automtico do benefcio, to logo a atualizao seja recebida pelo Sibec.
2.5. Desbloqueio de benefcios
O desbloqueio pode ser feito pelo municpio, ainda que o bloqueio seja realizado
apenas pela Senarc. O desbloqueio dos benefcios deve ocorrer sempre que os fatos que
deram origem aplicao do bloqueio tenham cessado ou sido esclarecidos. Essa
averiguao deve ocorrer antes de decorridos 6 meses do bloqueio dos benefcios, pois
depois desse prazo os benefcios sero cancelados automaticamente.
Com o desbloqueio, liberam-se todas as parcelas de pagamento ainda no
sacadas pela famlia, observado o perodo de validade das parcelas. Assim, no mximo,
a famlia conseguir sacar as parcelas de pagamento depositadas nos ltimos 3 meses
visto que a validade das parcelas deve ser observada2.
O benefcio bloqueado pelo motivo Encerramento do prazo para Reviso
Cadastral desbloqueado automaticamente quando a informao da atualizao cadastal
repercute no Sibec. O desbloqueio pelo mdulo on-line no permitido nesses casos.
2.6. Cancelamento de benefcios
So inmeros os motivos de cancelamento de benefcios, conforme o art. 8 da
Portaria MDS n 555, porm alguns so idnticos aos de bloqueio. Normalmente, os
motivos que podem levar a bloqueio ou cancelamento, indistintamente, servem para o
Poder Pblico possa optar entre uma e outra atividade, segundo a existncia de indcios
ou fatos comprovados. Em geral, a existncia de indcios leva ao bloqueio, enquanto a
existncia de comprovao dos fatos leva ao cancelamento. Esse o caso por exemplo
do motivo de acmulo de benefcios do PBF e do Peti.
Em outros casos, o motivo de cancelamento tambm idntico ao de bloqueio,
porm a escolha de qual utilizar est mais relacionada a possibilitar que Poder Pblico
possa escolher a modalidade mais adequada, segundo o caso especfico e as
circunstncias existentes. Por exemplo o motivo decorrncia de procedimentos de
fiscalizao do MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto n 5.209, de 2004 comum
atividade de bloqueio e de cancelamento, podendo ser aplicado aos benefcios
2 Situaes de emergncia, de calamidade pblica, de greve de funcionrios do agente operador, entre
outras, podem implicar uma modificao nesse perodo de validade por parte do MDS.
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segundo deciso do MDS. Cada ao de fiscalizao pode levar a diferentes decises,
segundo os fatos e informaes encontrados.
Outra situao que alguns motivos bloqueio podem levar ao cancelamento, por
decurso do prazo na condio de bloqueado, mantendo-se sempre que possvel o motivo
que deu origem ao bloqueio. Por exemplo, a no-localizao da famlia no endereo
indicado no Cadnico, depois de o benefcio permanecer bloqueado por mais de 6
meses, cabe cancelamento, que utilizar este mesmo motivo.
A forma como cada cancelamento comandado varia conforme o motivo.
Muitos motivos de cancelamento ocorrem automaticamente por meio do
aproveitamento de alteraes cadastrais; alguns podem ser feitos pelo gestor municipal
ou pela Senarc; e outros podem ser feitos apenas Senarc.
Quanto aos cancelamentos que aproveitam alteraes cadastrais efetuadas pelos
municpios nos cadastros das famlias, tem-se, por exemplo, a no adequao s regras
de definio de cadastro vlido em relao multiplicidade de membros que leva
automaticamente ao cancelamento do benefcio. Se o adolescente da famlia completou
a idade limite para recebimento do BVJ, o benefcio ser cancelado em janeiro do ano
seguinte. Esse conjunto de alteraes que so automaticamente tratadas pelo SGB
conhecido como repercusso de alteraes cadastrais e ser explicado em detalhes mais
adiante. Caso necessrio, recomendvel, conforme o caso, que o gestor municipal faa
o bloqueio de benefcios; se a alterao cadastral for processada o benefcio acabar
sendo cancelado.
O Bolsa Famlia tem assim um conjunto amplo de motivos de cancelamento de
benefcios realizados de forma automatizada pelo Sistema de Gesto de Benefcios, tais
como:
a) Desligamento voluntrio da famlia;
b) Deciso judicial;
c) Repercusso de alterao cadastral que implique inelegibilidade ao PBF, em especial nas seguintes situaes: 1) Renda per capita familiar no Cadnico
superior estabelecida para o PBF, depois de encerrado o perodo de validade
do benefcio; 2) cadastro excludo da base nacional do Cadnico; ou 3) renda
per capita familiar superior ao limite de meio salrio-mnimo utilizado no
mbito do Cadastro nico.
d) Decurso do prazo de permanncia do benefcio na situao de bloqueado, na forma do art. 6, 3 desta Portaria, aproveitando-se no registro, quando
possvel, o motivo que deu origem ao bloqueio;
e) No adequao s regras de definio de cadastro vlido, citadas no inciso II, do art. 4 da Portaria GM/MDS n 376, de 2008;
f) Acmulo de benefcios financeiros do PBF com os do Programa de Erradicao do Trabalho Infantil (PETI);
g) Encerramento do prazo para reviso de elegibilidade das famlias beneficirias do PBF, que ocorrer no perodo de janeiro a outubro de cada ano;
h) Omisso de informao ou de prestao de informaes falsas, apurados em cruzamento do Cadnico com outras bases de dados, conforme disposto no art.
18 da Portaria GM/MDS n 376, de 2008;
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i) Posse de beneficirio do PBF em cargo eletivo remunerado de qualquer das 3 (trs) esferas de governo;
j) Em decorrncia de procedimentos de fiscalizao do MDS, conforme art. 35, inciso I do Decreto n 5.209, de 2004;
k) Em cumprimento Portaria GM/MDS n 321, de 2008, que trata da gesto de condicionalidades do PBF ;
l) reiterada ausncia de saque de benefcios, em 6 (seis) parcelas consecutivas, conforme o art. 24 do Decreto n 5.209, de 2004;
m) Esgotamento do prazo estipulado pela Senarc para a ativao do carto magntico nos estabelecimentos credenciados;
n) Em decorrncia de cancelamento de todos os benefcios variveis, quando a famlia no possuir benefcio bsico concedido;
o) Em decorrncia de cancelamento do benefcio bsico, quando a famlia no possuir benefcios variveis concedidos; ou
p) Em funo da prescrio do benefcio varivel de carter extraordinrio, quando a famlia no possuir benefcios bsico ou varivel concedidos, conforme o
disposto no artigo 2, 4, e no art. 5, 3, da Portaria GM/MDS n 737, de 15
de dezembro de 2004.
Os cancelamentos de benefcios efetuados diretamente pelos municpios no Sistema
de Gesto de Benefcios devem ser registrados no Formulrio-Padro de Gesto de
Benefcios, tendo por base parecer de profissionais da assistncia social ou de tcnicos
de fiscalizao, e outros registros considerados relevantes para a compreenso futura
das causas do cancelamento. Com relao aos cancelamentos efetuados a partir de
alteraes cadastrais, os lanamentos e o arquivamento de informaes condicionam-se
regulao do Cadnico, no sendo necessria a utilizao do Formulrio-Padro de
Gesto de Benefcios. Nessa ltima hiptese, a documentao pertinente deve ser
arquivada segundo as regras do Cadnico.
Como efeito do cancelamento de benefcios, tem-se o cancelamento das parcelas
de pagamento ainda no sacadas. A famlia desligada do Programa e deixa de constar
das folhas de pagamento futuras.
2.7. Reverso de cancelamento de benefcios
Por meio dessa atividade, os benefcios financeiros do PBF que estejam na
condio de cancelado podero voltar a ser pagos a uma determinada famlia, inclusive
as parcelas de pagamento no sacadas durante o perodo em que o benefcio estava
cancelado. Para que isso ocorra, preciso que a reverso seja comandada pelo gestor
municipal no prazo de at 120 dias aps o cancelamento.
Conforme prev o artigo 11, da Portaria GM/MDS n 555, de 2005, reverte o
cancelamento de benefcios que tenha ocorrido h menos de 120 (cento e vinte) dias, e
deve ser executada em razo de fato superveniente que implique a necessidade de
retificao ou correo do cancelamento ocorrido anteriormente.
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Realizada dentro do prazo citado acima, a reverso de cancelamento ter os
seguintes efeitos:
a) Readmisso da famlia no Programa, depois de confirmado que ela ainda preencha os requisitos para a concesso. Em caso positivo, o benefcio
ser retirado da situao de cancelado;
b) Disponibilizao, na prxima folha de pagamento a ser gerada depois da data de reverso, das parcelas de pagamento anteriormente canceladas e,
tambm, daquelas que no chegaram a ser geradas durante o perodo em
que o benefcio esteve na situao de cancelado; e
c) Retomada da disponibilizao normal de parcelas de pagamento nos meses posteriores reverso.
A reverso de cancelamento demandada pelo municpio passa ainda por uma
reavaliao que verifica se a famlia ainda possui os requisitos de elegibiliade para
retornar ao PBF.
2.8. Reincluso de benefcios
Aps excedido o prazo para reverso de cancelamento de benefcios tratada no
item anterior, a famlia apenas poder retornar ao Programa pela atividade de reincluso
de benefcios.
No entanto, diferente dos efeitos da reverso de cancelamento, a modalidade de
reincluso aqui proposta para possibilitar ao gestor municipal indicar, via sistema, se a
famlia deve voltar a concorrer em situao de igualdade com as demais para o ingresso
do PBF. Esta ao do municpio, preferencialmente, ser realizada nos casos em que o
motivo de cancelamento teve fato gerador que somente pode ser reanalisado in loco
pelo gestor municipal. Sempre que possvel as alteraes efetuadas no cadastro de
famlia supriro a reanlise do municpio, possibilitando a reconduo da famlia ao
processo de habilitao e seleo ao PBF. Isto significa que a atividade de reincluso
no retornar a famlia de imediato ao PBF, sendo que isto depende de atendimento de
todos os requisitos para ingresso no Programa, em especial os limites oramentrio-
financeiro e de estimativas de cada municpio, conforme dispe a Portaria GM/MDS n
341, de 2008.
2.9. Suspenso e reverso de suspenso de benefcios
A suspenso de benefcios por descumprimento de condicionalidades feita
exclusivamente pela Senarc, depois da apurao da freqncia escolar e/ou da agenda
de sade pelos Ministrios da Educao e da Sade, seguindo as regras da Portaria
GM/MDS n 321, de 2008. O prazo de suspenso firmado nesta Portaria de 2 meses.
Se um benefcio colocado na situao de suspenso, deixam de ser depositadas
as parcelas de pagamento da famlia, durante o perodo de suspenso. Encerrada a
suspenso, o benefcio volta automaticamente condio anterior, mas no so geradas
parcelas relativas ao perodo em que houve a suspenso.
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A reverso de suspenso pode ser feita pelo municpio, ainda que a suspenso
tenha sido feita pela Senarc. Efetuada a suspenso de benefcios, em caso de reclamao
da famlia, o gestor municipal deve proceder conforme as orientaes de interposio de
recursos da Portaria GM/MDS n 321, de 2008 e, ento realizar a reverso de suspenso.
Efetuada a reverso de suspenso, as parcelas de pagamento anteriormente no
geradas sero depositadas famlia, quando da gerao da folha de pagamento seguinte.
2.10. Cancelamento e concesso/reverso de cancelamento do benefcio bsico
O cancelamento do benefcio bsico ocorre com o aproveitamento das alteraes
cadastrais efetuadas pelos municpios no Cadnico, seguindo o Calendrio
Operacional. A elevao da renda por pessoa da famlia para valores entre R$ 70,01 e
R$ 140,00 leva ao cancelamento do benefcio bsico dessa famlia, quando se encerra o
perodo de validade do benefcio, se a renda familiar ainda estiver acima do limite para
a concesso do bsico deste benefcio.
A concesso/reverso de cancelamento do benefcio bsico ocorre tambm com
o aproveitamento das alteraes cadastrais efetuadas pelos municpios no Cadnico,
seguindo o Calendrio Operacional. A reduo da renda por pessoa da famlia para
valores abaixo de R$ 70,00 leva concesso do benefcio bsico a essa famlia por
ocasio da gerao da folha de pagamento indicada no Calendrio Operacional. Se essa
famlia j teve um benefcio bsico, ocorrer uma rever
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