maiakoviski e consciência coletiva última versão

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Apresentação de imagens do Rio de Janeiro com fundo musical e textos de Maiakvoski

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MENSAGENS REFLEXIVASArte da Imagem, Arte da Música e Arte do Pensamento

MAIAKOVSKI E consciência coletiva

ARTE DA IMAGEM: fotos de Ricardo Zerranner

ARTE DA MÚSICA: Rolf Lowland - Ode to Simph

ARTE DO PENSAMENTO: Maiakovski e Outros

A grandeza de um povo está na maior amplitude de sua consciência coletiva; mal de um deve repercutir em toda a comunidade em que este se insere. Infelizmente, na nossa sociedade há carência de cons-ciências coletivas estruturadas nos valores eternos; nela impera o individualismo e o separatismo. É a grande chaga que deteriora o organismo nacional. A advertência de Martin Luther King é muito atual:

“O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons.“ J. Meirelles

Maiakovski, poeta russo, "suicidado" após a revo-lução de Lênin, no início do Século XX, traduziu, em palavras alegóricas, esse nefasto sentimento, então vigente na Rússia e até certo ponto compreensível. Vivia-se naquela época o auge do autoritarismo do regime comunista. Infelizmente, o individualismo ainda persiste na sociedade brasileira.

Depois de Maiakovski, outras versões surgiram, de outros pensadores, todas, porém, inspiradas na versão original do poeta russo. J. Meirelles

Admiremos as belas imagens do Rio e meditemos sobre os textos, que sintonizam com o sentimento atual do brasileiro. Cumpre-nos transformá-lo !

VERSÃO ORIGINAL DE MAIAKOVSKI

Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão.

E não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.

E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.

Depois de Maiakovski… 1. Bertold Brecht (1898-1956)

Primeiro levaram os negrosMas não me importei com isso.

Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operáriosMas não me importei com isso.

Eu também não era operário.

Depois prenderam os miseráveisMas não me importei com isso.

Porque eu não sou miserável.

Depois agarraram uns desempregadosMas como tenho meu emprego.

Também não me importei.

Agora estão me levandoMas já é tarde.Como eu não me importei com ninguém,

Ninguém se importa comigo.

2. Martin Niemöller, 1933 - símbolo da resistência aos nazistas.

Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.

Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.

Como não sou comunista, não me incomodei .

No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.

Como não sou católico, não me incomodei.

No quarto dia, vieram e me levaram;

já não havia mais ninguém para reclamar...

3. Cláudio Humberto, em 09 FEV 2007

Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a vítima, não me incomodei.

Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles e não me incomodei.

Depois fecharam ruas, onde não moro;

Fecharam então o portão da favela, que não habito;

Em seguida arrastaram até a morte uma criança, que não era meu filho...

O maior povo do mundo, em magnanimidade, alegria e

criatividade – o brasileiro, tem um espírito nacional ainda

imaturo, infantil. Não se congrega para o combate à

corrupção e às desigualdade sociais da maneira como o

faz em torno do carnaval e do futebol.

Segundo Pietro Ubaldi evoluir é fazer expandir consci-

ências por unidade coletivas cada vez mais amplas, da

familiar biológica até à familiar universal. Vivemos ainda o

estágio evolutivo da primeira unidade coletiva – a

FAMÍLIAR. Para nossos filhos, tudo, mesmo o supérfluo.

Para os filhos carentes da comunidade onde vivemos é

problema de Governo, não nosso.

A nosso ver, o grande objetivo estratégico dos governos

é fazer expandir consciências, inicialmente da familiar

para a comunitária; presença do Estado nas comuni-

dades periféricas dos centros urbanos, onde se manifes-

tam, com maior intensidade, as desigualdades sociais.

Organizar as comunidades e repassar poder; dar espaços

políticos a novas lideranças; fazer quebrar o silêncio dos

bons. Esta, no nosso entender, a linha político-social a

ser seguida. Estamos realizando um estudo sobre o

tema, envolvendo, Exército (Serviço Militar e juventude

brasileira), Maçonaria e Universidades.

Por enquanto, apenas semeadura, creio eu.

J. Meirelles

IMAGENS: Ricardo Zerranner

TEXTO – recebida da internet anonimamente.

FORMATAÇÃO: J. Meirelles

celjm@uol.com.br

www.jmeirelles.wordpress.com

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