lutas pela educação 25 de março coluna o jornal

Post on 12-Aug-2015

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Education

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Quem luta pela educação?

Vivemos uma semana considerada de lutas pela educação, com

paralisações crescentes em várias escolas, sejam elas estaduais ou

municipais no Brasil afora.

Não é possível imaginar que ouvindo e lendo as reivindicações,

o cidadão não se sinta tocado a refletir as razões que levam, ano a

ano, os trabalhadores em educação a fazer chamamentos fortes

sobre a valorização dos educadores.

“Tem algo errado no ensino privado!

Todo bom profissional teve um bom professor.

Segundo pesquisas apenas 2% dos estudantes querem seguir a

carreira de professor.

Por que uma profissão com tanta relevância para a formação

humana e cidadã desperta tão pouco interesse nos jovens?

O alerta disparou, é preciso debater!

Pela valorização dos professores e da educação.”

Como educadora sinto-me tocada pelo chamamento feito pelo

Sinproeste para a Campanha Salarial de 2014 (citado acima), pois

inteligentemente exposto lembra-nos de que:

Existem vagas ociosas no ensino superior: predominância nas

licenciaturas – formação de professores para a educação

básica.

Dentre os professores o número de aposentados e afastados

para tratamento de saúde (principalmente mental) aumenta a

cada dia.

De acordo com a Unesco, será necessário recrutar 5,2 milhões

de professores em todo o mundo até 2015.

Para aligeirar a formação de um universo de reserva que vá

desempenhar a função de professor, criam se galacticamente

cursos de formação que não se encontram semelhantes em

outras áreas do conhecimento que não a docência.

O senso comum acredita que ser professor de escola privada é

ter melhor condições de trabalho e melhor remuneração.

Destaco ainda a Campanha “Basta Colombo!” do SINTE/SC que

se propõe a promover a conscientização e fortalecer a luta pelo

cumprimento dos compromissos assumidos pelo governo do Estado,

que são: descompactação da tabela salarial, pagamento do reajuste

do Piso Nacional e revogação do Decreto das Progressões.

Mesmo que esta campanha apresente-se dando maior destaque

para as questões salariais é evidente ao bom entendedor que

existirão poucos candidatos querendo atuar nestas condições em que

trabalham os educadores catarinenses.

Infelizmente parece-nos que a Educação ainda é preocupação de

poucos. Não é uma bandeira que ultrapasse governos, partidos,

setores formais e informais da economia, instituições culturais e

sociais...

Afinal quem assume a luta pela educação?

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