liberdade de expressão: as várias faces de um desafio

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Liberdade de expressão:

as várias faces de um desafio

INTRODUÇÃO – Autores:

Juarez Guimarães Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (1976), mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (1990), doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (1997) e pós-doutorado em Filosofia pela Universidade Estadual de São Paulo (2013). Atualmente é professor Associado do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais. Pesquisa principalmente nas áreas de teoria política, com ênfase nas tradições republicanas e socialistas, na área de pensamento político e social brasileiro, além de políticas públicas relacionadas aos Estados do Bem-Estar Social.

Venício Artur de LimaGraduação em Ciencias Sociais/Sociologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1969), mestrado (1974), doutorado (1979) e pós-doutorado (1988) em Communications pela University of Illinois at Urbana-Champaign. É também pós-doutor pela Miami University (1991). Especialista em História do Cristianismo Antigo, UnB (2009). Professor aposentado da Universidade de Brasília, é articulista permanente do Observatório da Imprensa, da Carta Maior e da Teoria e Debate. Tem experiência nas áreas de Ciência Política e Comunicação atuando principalmente nos seguintes temas: mídia e política; liberdade de expressão; políticas públicas, legislação e economia política de mídia. 

PEQUENA HISTÓRIA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO No Brasil, a chamada Lei de Imprensa (Lei nº

5250/67) foi uma lei instituída durante a Ditadura Militar, sob a vigência da Constituição de 1967, e que vigorou até 30 de abril de 2009, quando foi revogada, por maioria, pelo Supremo Tribunal Federal.

Há pouco tempo o país ainda não tinha mídia de alcance nacional, o sistema mais moderno surgiu durante a ditadura militar no país, vinculado aos interesses políticos e econômicos.

INTRODUÇÃO Discute sobre o Estado estabelecer ou não

regulações sobre os meios de comunicação.

Princípios organizadores do livro:1º Não é

correto analisar Comunicação e

política separadamente

3º Complexidade nas relações fundantes

entre política e comunicação

4º Construção da Liberdade de

Expressão no Brasil e seus desafios

2º Sociedade mais centrada na mídia

Grande Mídia Nova Mídia

Grande mídia: Conjunto das instituições que utilizam de tecnologias específicas para intermediar a comunicação humana, através de um meio de comunicação.

Características: unidirecionalidade, produção centralizada e padronizada.

Nova mídia: Qualquer forma de comunicação realizada através da internet, possibilitando a interação online entre emissor e receptor.

Mídia Decide o que é público ou não. (Agenda Setting)

Crescente papel no processo de socialização;Diferentes instituições perdem espaço;Transformou-se no “educador coletivo” onipresente.

Capítulo 8:O Brasil necessita de uma nova lei de imprensa?

José Emílio Medauar OmmatiÉ Mestre e Doutorando em Direito Constitucional pelo Programa de Pós Graduação em Direito da UFMG. Professor de Teoria da Constituição, Hermenêutica, Jurídica, Direito Constitucional da Faculdade de Ciências Jurídicas de Diamantina. Professor de Introdução à Ciência do Direito e Direito Constitucional II, na Escola Superior Dom Helder Câmara.

“A raposa sabe muitas coisas, mas o ouriço sabe uma coisa muito importante. O valor é uma coisa muito importante”

Arquíloco

Ronald Dworkin

Na perspectiva Dworkiniana:

A moral diz respeito a uma vida boa; A moral política à um conjunto de regras que devem reger

uma comunidade; A ética se relaciona com o viver bem, felicidade individual; E o direito estabelece normas que devem ser cumpridas.

Direito

Moral política

Ética Moral

Constituição Federal de 1988 Não se refere textualmente a liberdade de imprensa;

O direito em si é uma questão interpretativa, o direito à liberdade de imprensa, portanto, é afirmado a partir de outros princípios constitucionais. (Ex: Art. 220)

Direito democrático Pretende afirmar uma comunidade de pessoas livres e iguais e que se respeitam, apesar de suas diferenças É errado entender que liberdade e igualdade estão em conflito.

Democracia Governo do povo é necessário que cada indivíduo tenha a mesma importância

Não há igualdade se as pessoas não puderem se expressar.

MINISTROS Ministro Carlos Britto Relator

Demonstrou completa incompatibilidade da lei em face da CF/88.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 Protege a liberdade deexpressão e de imprensa.

Impede qualquer espécie de censura Necessárias para o desenvolvimentoda democracia

Artigo 5º São instrumentais em relação

a democracia Plena liberdade de imprensa Artigo 220

Ministro Menezes Direito Segue o entendimento do Ministro-Relator mas sobre a ponderação de valores entre liberdade de expressão e o direito de personalidade, citando o Ministro Gilmar Mendes.

Ministro Gilmar Mendes A CF/88 permitiria uma nova regulamentação para proteger outros princípios constitucionais.

Direitos à honra, privacidade e dignidade humana.

A existência de uma lei de imprensa não diminuiria uma democracia consolidada.(ex.: países de democracia que possuem lei de imprensa e não são ditaduras)

Em relação à democracia Liberdade de expressão e imprensa são instrumentais.

“Liberdade para as ideias que odiamos” Oliver Wendell Holmes Jr.

Ministra Carmen Lúcia Faz ligação entre igualdade, liberdade e dignidade humana.

A violação da liberdade de expressão, e a instituição da censura trata os indivíduos como não iguais;

Não pode haver censura prévia O discurso deve ser feito para que haja uma avaliação de licitude;

Liberdade de expressão e de imprensa Não são apenas valores instrumentais;

Ligam-se aos valores da igualdade, democracia e liberdade Interdependentes em relação à igualdade e decorrem dela.

“Limitar a liberdade de imprensa é necessariamente limitar a dignidade das pessoas”

Para o autor O ministro Carlos Britto se equivoca afirmando que o Congresso Nacional estaria impossibilitado de construir uma nova legislação para a atividade de imprensa. Mas como afirmado pelo mesmo é fundamental que seja discutida e aprovada uma normas que trate da propriedade e exploração das redes de rádio e televisão ex.:Evitar Monopólio e Oligopólio;

Não há circulação de ideias, e a dignidade das pessoas fica violada

Risco de manipulações políticas e eleitorais.

É desnecessária uma nova lei de imprensa, mas não é contra a constituição.

REFERÊNCIAS:   GUIMARÃES, Juarez e LIMA, Venício A. de. Introdução. In: LIMA, Venício A. e GUIMARÃES, Juarez (orgs.). Liberdade de expressão. São Paulo: Paulus. 2013. p.09- 17.  OMMATI, José Emílio M. O Brasil necessita de uma nova lei de imprensa? In: LIMA, Venício A. e GUIMARÃES, Juarez (orgs.). Liberdade de expressão. São Paulo: Paulus. 2013. p.169-184.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Notícias STF. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=107402>. Acesso em: 14 Ago. 2015. JUSBRASIL. STF decide que Lei de Imprensa é inconstitucional. Disponível em:< http://oab-ma.jusbrasil.com.br/noticias/1036647/stf-decide-que-lei-de-imprensa-e-inconstitucional>. Acesso em: 13 Ago. 2015. SAIBA DISSO!. Liberdade de expressão | Saiba Disso!. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=XgwHN6jkeJg>. Acesso em 12 Ago. 2015. TVUFG. Pensar Direitos Humanos: “Liberdade de Expressão e Liberdade de Imprensa”. Disponível em: <video:https://www.youtube.com/watch?v=jcOb9qqYJG4>. Acesso em 15 Ago. 2015.

Trabalho de Política e Legislação em Comunicação Social

Alunos: Adolpho Guiroto Ataide; Gabriela Jeronymo Bueno; Giulliana Dias Pereira; Heitor Fernando Grajefe Feitosa; Jéssica Cristina de Freitas; Juliane Portal de Souza; Talita K. da Silveira de Souza.

Professora: Valéria S. De Assis

UEM - MARINGÁ PARANÁ – BRASIL

2015

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