legislação ambiental aplicada a parques...
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Legislação Ambiental Aplicada
a Parques Eólicos
Geógrafa - Mariana Torres C. de Mello
mariana@ctgas.com.br
Licenciamento Ambiental
e Estudo de Impacto Ambiental
Mariana Torres C. de Mello - mariana@ctgas.com.br
CAPÍTULO 4
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
Licenciamento Ambiental:
O licenciamento ambiental é o procedimento administrativo por meio do qual o
órgão ambiental competente licencia a implantação, ampliação e operação de
empreendimentos potencialmente causadores de degradação ambiental.
EMPREENDEDOR
(PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA)
IMPLANTE AMPLIE OPERE
EMPREENDIMENTO
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades
utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como
os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio
licenciamento de órgão estadual competente, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente -
SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em
caráter supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis.
- O licenciamento ambiental surgiu na Lei nº 6.938, de 1981 (PNMA).
- O art. 9º da lei cita expressamente “o licenciamento e a revisão de atividades efetivas ou
potencialmente poluidoras”, como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Em
seqüência, o art. 10 da mesma lei dispõe:
O ORGÃO AMBIENTAL LICENCIA A:
Ampliação
Modificação Operação
Localização
Instalação
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
Todos os empreendimentos potencialmente capazes de causar degradação
ambiental precisam de licenciamento ambiental!!!
- Observar as atividades potencialmente poluidoras do Cadastro Técnico Federal /
CTF (Já informadas nos slides sobre o PNMA)!
-Observar as atividades descritas na Resolução CONAMA 237, de 19 de
dezembro de 1997, que dispõe sobre licenciamento ambiental; competência da
União, Estados e Municípios; listagem de atividades sujeitas ao licenciamento;
Estudos Ambientais, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto
Ambiental.
DAR ÊNFASE AS DIRETRIZES DESSA RESOLUÇÃO!!!
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
ESFERA FEDERAL: O IBAMA é o responsável pelo licenciamento de atividades desenvolvidas em mais de um estado e daquelas cujos impactos ambientais ultrapassem os limites territoriais.
ESFERA ESTADUAL: a PNMA atribuiu aos ESTADOS a competência de licenciar as atividades localizadas em seus limites regionais.
ESFERA MUNICIPAL: licencia empreendimentos com impactos ambientais locais ao município.
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES:
- A licença ambiental não tem caráter definitivo;
- O cumprimento das condições da licença ambiental são acompanhadas
sistematicamente e pode ser cobrado por via administrativa ou judicial,
podendo ser suspensa ou mesmo cancelada;
- A freqüência das ações de fiscalização varia em função da natureza da
atividade e dos seus cronogramas de planejamento, implantação e operação;
- O licenciamento deve ser, em regra, efetivado perante o órgão seccional
(estadual) do SISNAMA; e · nos casos de empreendimentos com
significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, o IBAMA
atua como licenciador, no lugar do órgão seccional.
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
TIPOS DE LICENÇA AMBIENTAIS:
I – Licença Prévia (LP) – concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento
ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e
estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases
de sua implementação;
II – Licença de Instalação (LI) – autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de
acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados,
incluindo as medidas de controle ambiental, e demais condicionantes, da qual constituem
motivo determinante;
III – Licença de Operação (LO) – autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após
a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas
de controle ambiental e condicionantes determinadas para a operação.
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
O licenciamento ambiental pode ser preventivo ou corretivo e é composto de
8 fases – vejamos a seguir.
Definição do órgão ambiental competente e os documentos 1
Requerimento da licença ambiental 2
Análise pelo órgão ambiental competente dos documentos 3
Solicitação de esclarecimentos pelo órgão ambiental 4
11
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Realização de audiência pública 5
Solicitação de esclarecimentos pelo órgão ambiental competente, em decorrência da audiência pública 6
Emissão de parecer técnico conclusivo 7
Deferimento ou não do pedido de licença, com a devida publicidade 8
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
O licenciamento ambiental pode ser preventivo ou corretivo e é composto de
8 fases – vejamos a seguir.
Fonte: Apresentação - LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA PARQUES EÓLICOS – Adriana Coli Pedreira
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
Considera-se impacto ambiental:
Art. 1º Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,
causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas (Resolução CONAMA 001/1986)
Art. 2º Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo
relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão
estadual competente, e da Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMA157 em
caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente
(...)
Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia
primária, acima de 10MW;
TODO O TIPO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL VIRÁ PRECEDIDO DE ESTUDO
DE IMPACTO AMBIENTAL
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
INFORMAÇÕES GERAIS 1
CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 2
ÁREAS DE INFLUÊNCIA 3
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DA ÁREA DE INFLUÊNCIA 4
QUALIDADE AMBIENTAL 5
FATORES AMBIENTAIS 6
MEIO FÍSICO 6.1
MEIO BIOLÓGICO 6.2
MEIO ANTRÓPICO 6.3
ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 7
PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS 8
PRAGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DE IMPACTOS AMBIENTAIS 9
ROTEIRO BÁSICO PARA A ELABORAÇÃO DE ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
RESOLUÇÃO CONAMA nº 279, de 27 de junho de 2001
Estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental simplificado de empreendimentos
elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental
Art. 1º Os procedimentos e prazos estabelecidos nesta Resolução aplicam-se, em qualquer
nível de competência, ao licenciamento ambiental simplificado de empreendimentos
elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental, aí incluídos:
I - Usinas hidrelétricas e sistemas associados;
II - Usinas termelétricas e sistemas associados;
III - Sistemas de transmissão de energia elétrica (linhas de transmissão e subestações);
IV - Usinas Eólicas e outras fontes alternativas de energia.
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
Art. 3º Ao requerer a Licença Prévia ao órgão ambiental competente, na forma desta
Resolução, o empreendedor apresentará o Relatório Ambiental Simplificado,
(...)
Art. 4º O órgão ambiental competente definirá, com base no Relatório Ambiental
Simplificado, o enquadramento do empreendimento elétrico no procedimento de
licenciamento ambiental simplificado, mediante decisão fundamentada em
parecer técnico.
Art. 2º Para os fins desta Resolução, são adotadas as seguintes definições:
I - Relatório Ambiental Simplificado RAS: os estudos relativos aos aspectos ambientais
relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou
empreendimento, apresentados como subsídio para a concessão da licença prévia
requerida, que conterá, dentre outras, as informações relativas ao diagnóstico ambiental da
região de inserção do empreendimento, sua caracterização, a identificação dos impactos
ambientais e das medidas de controle, de mitigação e de compensação
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
Resolução 237/1997 Resolução 279/2001
EIA/RIMA RAS/Relatório de detalhamento dos programas
ambientais
Audiências Públicas Reunião técnica informativa
Prazo de 6 meses para análise das licenças, podendo ser de 12 meses se houver EIA/RIMA
e ou audiência pública
Prazo de 60 dias para análise das licenças .
Fonte: Apresentação - LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA PARQUES EÓLICOS – Adriana Coli Pedreira
Capítulo X: Licenciamento Ambiental
http://homolog-w.mma.gov.br/index.php?ido=publicacao.publicacoesPorSecretaria&idEstrutura=137 / JUNHO DE 2009
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
PESQUISA SOBRE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DE PARQUES EÓLICOS
Analisando as respostas apontadas pelos Estados e pelo IBAMA, foi possível identificar algumas linhas de
ação que poderiam otimizar o processo de licenciamento ambiental dos empreendimentos de geração de
energia eólica:
-Mapas de sensibilidade para a geração de energia eólica: Através da identificação de áreas que
apresentam bom potencial eólico e são menos suscetíveis aos impactos ambientais ocasionados pela
geração eólica, seria oferecida maior segurança aos agentes licenciadores na tomada de decisão além de
fornecer suporte aos empreendedores do setor na fase de planejamento e concepção do projeto.
-Marco regulatório: Os parques eólicos estão muitas vezes instalados em áreas que de alguma forma
estão protegidas pela legislação ambiental ou apresentam características que poderiam ser exploradas por
outro setores da economia como o turismo por exemplo. Neste contexto, nota-se a necessidade de
regulamentação das atividades de forma clara que defina as regras para mediar eventuais conflitos
existentes.
- Disseminação de informações técnicas: Verificou-se a necessidade de disseminação de informações
técnicas sobre a atividade de geração de energia eólica, inclusive para os agentes licenciadores. Esta
atividade poderia ser realizada através de vários canais como um portal virtual contendo estas informações
e a realização de cursos e treinamentos.
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
Alguns casos práticos divulgados pela mídia:
Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/10/26/ult5772u5785.jhtm
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
Fonte: http://www.nominuto.com/noticias/cidades/mp-pede-suspensao-de-licenca-
de-parque-eolico-em-galinhos/84123/
Capítulo 4: Licenciamento Ambiental
Algumas resoluções importantes:
CONAMA 001/1986 – Avaliação de Impacto
Ambiental
CONAMA 237/1997 – Licenciamento
Ambiental baseadas na PNMA
CONAMA 002/1985 – Licenciamento de
Atividades Potencialmente Poluidoras
CONAMA 006/1987 - Dispõe sobre o
licenciamento ambiental de obras do setor
de geração de energia elétrica de grande
porte
CONAMA Nº 279/2001 - "Estabelece
procedimentos para o licenciamento
ambiental simplificado de empreendimentos
elétricos com pequeno potencial de impacto
ambiental"
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