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ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
BACIAS DOS RIOS TINTO E TORTO
ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
BACIAS DOS RIOS TINTO E TORTO
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DO PORTOMESTRADO EM ARQUITECTURA PAISAGISTA
ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO I
ALICE NORINHO | MARTA SEABRA
JANEIRO 2012
RESUMOCaracterização das Bacias dos Rios Tinto e Torto nas perspectivas geográfica, demográfica, ocupação do solo e mobilidade. Análise do território, identificando os pontos fortes e fra-cos, as oportunidades e ameaças das bacias. Apresentação de várias propostas concretas no sentido de valorizar o espaço público e a preservação/promoção dos valores ecológicos.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 6 SÍNTESE 36
Âmbito 7 Unidades biofísicas 37
Conteúdo 8 Unidades de paisagem 38
Carácter da paisagem 8 RISCOS 42
Metodologia 9 Risco de erosão 43
Os concelhos e as freguesias 11 Risco de incêndio 44
Risco de cheias 45
ANÁLISE 14 VOCAÇÕES 46
Área Metropolitana do Porto 15 Vocação urbana 47
Concelhos 15 Vocação industrial 48
Freguesias 16 Vocação agrícola 49
Clima 16 Vocação florestal 50
Rios e seus afluentes 17 Estudo dos declives viários 51
Hidrografia e altimetria 17 Distância entre espaços de recreio 52
Ordem de Strahler 18
Geologia 18 PROPOSTA 54
Litologia 19 Estrutura ecológica 55
Hipsometria 19 Estrutura ecológica pormenorizada 56
Declives 20 Corredor verde 57
Exposição solar 21 Parques eco-produtivo e florestal 59
Sombreamento 22 Ciclovia 60
Vistas 22 Corredor verde | Ciclovia | Património | Espaços de recreio 61
Imagens 3D do território 23 Hortas urbanas 62
Perfis 24 SUDS - Bacias de retenção 62
Rede viária 27 EXPANSÕES 63
Demografia 1991-2001-2011 27 Expansão urbana e industrial 64
Evolução da carta de ocupação do solo urbano 1990-2007 29 Expansão agrícola e florestal 65
Evolução da carta de ocupação do solo agrícola 1990-2007 29
Ocupação do solo 30
Ocupação do solo pormenorizada 31
Aglomerados urbanos e industriais 32
Uso agrícola 32
Uso florestal 33
RAN e REN 33
Património 34
Fauna e flora 34
Espaços de recreio 35
INTR
ODUÇÃO
O âmbito territorial do presente trabalho é constituído pelas bacias do Rio Tinto e Rio Torto. As bacias estão inseridas na bacia do Vale do Douro, estando a área em estudo confrontada a Sul pelo Rio Douro.
Situadas no norte do país, as bacias do Rio Tinto e Rio Torto distam do Oceano Atlântico cerca de 7km e 10km, respectivamente. Distam de Espanha a norte cerca de 75km e a nascente 135km. Distam cerca de 277km da capital do país (Lisboa).
A área total do presente estudo é de 39,8km2, dos quais 21,6km2 referem-se à bacia do Rio Tinto e 18,2km2 referem-se à bacia do Rio Torto.
ÃMBITO7
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
CONTEÚDO
O conteúdo do estudo resulta naturalmente dos objec-tivos pretendidos com a realização do mesmo.Pretende-se aplicar os conceitos, valores e fundamen-tos apreendidos na componente teórica da disciplina, tal como os que servem de base à Arquitectura Paisag-ista. Visa a valorização do território e do seu património natural e cultural, a gestão sustentável dos recursos, a adequação dos usos do território com a sua capacidade de carga, a aptidão e vocação e o desenvolvimento sustentável do concelho. Integra a análise cartográfica e interpretação de campo.
CONTEÚDO 8
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
A paisagem caracteriza-se por uma matriz urbana dis-persa e desordenada, apresentando várias fraquezas ao nível do ordenamento do território. Ainda é uma zona muito marcada pela paisagem rural, com a componente agrícola muito presente, em especial na bacia do Rio Torto.A proximidade à cidade Invicta, pólo de vários serviços, teve um papel fundamental na criação de uma vasta oferta na rede viária. Por sua vez, a falta de planea-mento no desenho da mesma e a sucessiva expansão urbana resultou na actual malha complexa.
CARÁCTER DA PAISAGEM
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
METODOLOGIA9
Este trabalho incide sobre o estudo de várias variáveis e posterior formalização das Estratégias de Ordenamento do Território.Para a concretização das mesmas seguiu-se uma me-todologia tradicional definida por Análise – Síntese – Proposta.
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
10
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s Rios e seus a�uentes
ANÁLISE SÍNTESE
Unidades Biofísicas
DistânciaEspaços de recreio
Declives ciclovia
EstruturaEcológica
Corredor Verde
Ciclovia
SUDS
Expansão Urbana
Expansão Industrial
Expansão Agrícola
Expansão Florestal
Unidades de Paisagem
Zonas de Risco
Erosão
Cheias
Incêndio
Vocações
Urbana
Industrial
Agrícola
Florestal
PROPOSTA
Uso do Solo
Rede Viária
Espaços de recreio
Actividades Económicas
RAN
REN
Demogra�a
Património
Ordem de Strahler
Hidrogra�a e Altimetria
Litologia
Geologia
Hipsometria
Declives
Exposição solar
Sombreamento
Vistas
Clima
Fauna
Flora
Parques
Hortas urbanas
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
GONDOMARPertence ao distrito do Porto e à Área Metropolitana. É caracterizada como sendo uma cidade dormitório, pois apesar de já albergar alguns serviços, ainda é dependente da cidade do Porto.Rio Tinto apresenta-se como a freguesia de Gon-domar com mais oferta de equipamentos e serviços. Em muito ajudou a sua localização geográfica, visto estar mais próxima da cidade do Porto e da rede viária principal da AMP.Baguim do Monte é uma freguesia associada à agri-cultura e pequena indústria.Fânzeres está muito dependente das freguesias vizin-has, oferecendo poucos serviços aos seus habitantes.S.Pedro da Cova é uma zona “dormitório” da cidade de Gondomar e do Porto. Tendo sido extintas as ac-tividades ligadas às minas, que motivou a fixação da população no local, a freguesia reúne poucos serviços para ser autosustentável economicamente.Gondomar (S.Cosme) é sede do concelho. Tem como principal fonte de actividade a ourivesaria, apesar de também reunir vários outros serviços e comércio.
OS CONCELHOS E AS FREGUESIAS11
PORTOÉ a capital do distrito do Porto, da Área Metropolitana do Porto e da região estatística do Norte e é con-hecida como a Cidade Invicta. É caracterizada pelos múltiplos serviços que alberga.É uma cidade mundialmente conhecida pelo seu vin-ho, pelas suas pontes e pelo centro histórico, clas-sificado como Património Mundial pela UNESCO.Bonfim foi uma freguesia industrial mas, nos últimos tempos, foi substituída pelo comercio e serviços.Campanhã é uma freguesia rica em recursos hídricos, com boa exposição solar e um solo fértil. Promoveu desde sempre a fixação da população. A agricultura e depois a indústria tiveram grande importância para a freguesia. No entanto, hoje é mais importante os serviços. Com a construção de bairros de iniciativa camarária, houve um aumento da população na dé-cada de 50/60 do séc. XX. Exemplos do património arquitectónico são o Palácio do Freixo e a Quinta de Bonjóia.Paranhos alberga o maior pólo de Ensino Superior na Universidade do Porto - o Pólo Universitário da Asprela, com vários serviços associados.
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
VALONGOPertence ao distrito do Porto e à Área Metropolitana do Porto. A área do município é relativamente peque-na mas reúne um dos maiores números populacionais do país.A freguesia de Ermesinde é uma das mais populosas do concelho. Pela sua localização, a freguesia cres-ceu exponencialmente nos últimos anos, evoluído a rede de transportes. Exemplos são a A4, A3, A41 e a linha de caminho de ferro do Minho e Douro.Na freguesia de Valongo localiza-se a sede do con-celho e reúne também alguns serviços.
12
MAIAPertence ao distrito do Porto e à Área Metropolitana do Porto. Com pouco menos importância que o Porto, a Maia é também um importante pólo de serviços. Localiza-se aqui o Aeroporto de Sá Carneiro.Pedrouços é uma freguesia muito recente pois só foi criada em 1985. A agricultura já foi a actividade dominante. Hoje trata-se apenas de agricultura para auto-sustento(?). O comércio e indústria têm entre-tanto evoluído nos últimos anos.Águas Santas é uma das freguesias mais populacio-nais de Entre Douro e Minho. É a vila mais populosa do distrito do Porto. Sublinha-se, como património da freguesia, o seu Mosteiro.
ANÁL
ISE
As bacias encontram-se inseridas na Área Metropolitana do Porto, constituída pelos concelhos de Arouca, Espin-ho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Porto, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, São João da Madeira, Trofa, Vale de Cambra, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia.Um dos grandes objectivos que a AMP é o reforço das suas capacidades organizacionais com o objectivo de captar a inovação e de atrair novas actividades.
ÁREA METROPOLITANA DO PORTO15
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
A área de estudo abrange um território que inclui ou in-tercepta as áreas de jurisdição de 4 concelhos .A bacia do Rio Tinto inclui ou intercepta os concelhos de Gondomar, Porto, Valongo e Maia.A bacia do Rio Torto inclui ou intercepta os concelhos de Gondomar, Valongo e Porto.
CONCELHOS
ANÁLISE
SÍNTESE
PROPO
STA
FREGUESIAS
CONCELHOS
A área de estudo abrange um território que inclui ou intercepta as áreas de jurisdição de13 freguesias.A bacia do Rio Tinto inclui ou intercepta as freguesias de Bonfim, Campanhã, Paranhos, Rio Tinto, Baguim do Monte, Ermesinde, Pedrouços e Águas Santas.A bacia do Rio Torto inclui ou intercepta as freguesias de Campanhã, Fânzeres, Baguim do Monte, Rio Tinto, S.Pedro da Cova, Gondomar (S.Cosme), Valbom, Va-longo e Ermesinde.
FREGUESIAS 16
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
Tendo em conta a localização geografica das bacias, considerou-se os dados retirados da Estação Meteor-ológica do Porto (Serra do Pilar), com os valores em anexo.
ANÁL
ISE
SÍNTE
SEPR
OPO
STA
CLIMACLIMA NAS BACIAS
Temperatura (°C) Mínima diária anual Máxima diária anualentre 1931 e 1960 (1) -4,4 40,1entre 1971 e 2000
14 de Junho de 1981 -3,315 de Janeiro de 1985 38,7
Precipitação (mm) Total Máxima diária anualentre 1931 e 1960 (1) 1.149,60 101,2entre 1971 e 2000 (2)
24 de Dezembro de 1978 84,4
Evaporação (mm) Totalentre 1931 e 1960 (1) 1.112,70
Humidade relativa do ar entre 1931 e 1960 (1) Percentagem (%)
9h 8015h 6421h 82
Insolaçãoentre 1931 e 1960(1) Total (h) Percentagem (%)
Anual 2.666,8 60Agosto 311,0 73
Dezembro 133,8 46
Vento (km/h)entre 1931 e 1960 (1) Velocidade média
Anual 18,5NW Anual 24
(2) http://www.meteo.pt/pt/oclima/clima.normais/014/
(1)Clima de Portugal fascículo XIII —NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO CONTINENTE, AÇORES E MADEIRA, correspondentes a 1931-1960; Edição de 1965
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLISE
SÍNTESE
PROPO
STA
Rio Tinto: Atravessa as freguesias de Ermesinde, Gon-domar e Campanhã, numa orientação aproximada Norte-Sul. Nasce em Ermesinde, muito perto do limite norte da freguesia e desagua na margem esquerda do Rio Douro. Deste rio fazem parte ribeiras como a ribeira da Castan-heira e a ribeira de Cartes.Rio Torto: Atravessa as freguesias de Baguim do Monte (Rio Tinto), Fânzeres, Gondomar (S. Cosme) e Cam-panhã, numa orientação aproximada Norte-Sul. Nasce em Baguim do Monte, perto de Trancoso, e desagua na marguem esquerda do Rio Douro, em proximidade com a Foz do Rio Tinto.
RIOS E SEUS AFLUENTES17
A Rede Hidrográfica é relativamente densa, dispersando-se praticamente pela totalidade do território. Esta apre-senta como orientação principal de drenagem o eixo Norte-Sul. As linhas de água podem ser divididas em 2 grandes grupos, o grupo das linhas que drenam para o Rio Tinto e o grupo das que drenam para o Rio Torto. As linhas de festo ajudam a perceber a separação física das duas bacias hidrográficas.Nas linhas de água principais, nomeadamente Rios Tinto e Torto, podemos ainda encontrar alguns troços onde o rio se encontra canalizado, essencialmente ao longo do Rio Tinto.
HIDROGRAFIA E ALTIMETRIA
ORDEM DE STRAHLER
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁL
ISE
SÍNTE
SEPR
OPO
STA
HIDROGRAFIA E ALTIMETRIA
Uma bacia compreende o rio principal e os seus tribu-tários ou afluentes. A ordem dos rios é uma classificação que reflecte o grau de ramificação ou bifurcação dentro de uma bacia. Segundo Horton-Strahler, uma linha de água que não tenha tributários são considerados de 1ª ordem. Quando duas linhas de 1ª ordem se juntam passa a formar-se um rio de 2ª ordem. Dois rios de ordem n dão lugar a um rio de ordem n+1.Após análise cuidada de todas as linhas de água ex-istentes conclui-se que a nossa bacia é de 4ª ordem.
ORDEM DE STRAHLER 18
As presentes bacias são compostas por 3 tipos de so-los, geologicamente classificados por Granitos, Xistos e Calcários. No entanto, é o grupo dos solos xistosos que apresentam uma maior área de ocupação nestas ba-cias, seguido dos solos graníticos e, numa percentagem bastante inferior, os solos calcários, presentes essencial-mente na bacia do Rio Torto.
GEOLOGIA
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLISE
SÍNTESE
PROPO
STA
De acordo com a litologia o solo urbano é o que apre-senta maior representatividade neste território, seguido dos antrossolos e, de forma menos representativa, os Leptossolos. É na bacia do Rio Tinto que os solos urba-nos apresentam maior destaque, solos estes associados a uma grande impermeabilização do território. Na ba-cia do Rio Torto predominam os Leptossolos, maioritari-amente associados a uma zona de declives acentuados.
LITOLOGIA19
HIPSOMETRIA
DECLIVES
A carta hipsométrica foi elaborada com base em 7 class-es de altimetria entre os 0 e os 310 m, com intervalos de 20 a 50 m, consoante as classes.Desta análise podemos assim verificar uma baixa am-plitude hipsométrica, com cotas mais baixas a Sul, na foz do rio Tinto e do Rio Torto, e cotas mais elevadas a Nordeste da bacia do Rio Torto.Verificamos ainda que grande parte do território mantem uma altimetria que varia entre os 50 e os 150 metros.
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁL
ISE
SÍNTE
SEPR
OPO
STA
Para a realização da carta de declives foram definidas 3 classes de declives, nomeadamente 6%, 12% e 25%.No que diz respeito aos declives, as bacias em estudo apresentam baixas oscilações no relevo, onde predomi-nam os declives pouco acentuados, com inclinações in-feriores a 6% em cerca de 70% do seu território. Estas zonas do território com declives inferiores a 6% estão directamente relacionadas com o uso urbano e agrícola do solo. O restante território é formado essencialmente por declives com inclinações que variam entre os 6 e os 12% e, em menor percentagem, os declives de 12 a 25%. Declives superiores a 25% são praticamente inexistentes.
HIPSOMETRIAÉ ainda de referir a importância das referidas classes para estabelecer uma relação entre o declive e a aptidão do território para variadas actividades e utilizações do solo (espaço edificado, agrícola, florestal, natural, lazer), assim como para identificar zonas de riscos, nomeadamente risco de cheias, incêndios e erosão. 0-6% - Intervalo de declives com maior percentagem de infiltração e maior risco de cheias.0-12% - Intervalo de declives ideais para a construção urbana e industrial sem necessidade de terraceamento ou grandes movimentos de terra. Até 8% a actividade agrícola é possível, sem que ocorra a necessidade de recorrer a grandes movimentos de terra.12-25 % - Intervalo de declives com restrições para a implantação de edificado como ainda para a agricultura, exigindo assim o terraceamento, realizado de acordo com as regras de conservação do solo.Superior 25% - Para declives superior a 25% não é aconselhável qualquer tipo de uso se não o florestal, uma vez que se tratam de declives pouco acessíveis e propícios a fortes erosões. Do resultado da análise verifica-se que as áreas com maior declive localizam-se a Nordeste da bacia do Rio Torto.
DECLIVES 20
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLISE
SÍNTESE
PROPO
STA
A carta de exposições foi elaborada considerando 4 classes de exposição dominante, nomeadamente as ex-posições a Norte, a Este, a Oeste e a Sul.Uma vez que a carta de exposição solar está relacionada com a carta de declives, pois a variação de declives irá originar também variações de exposição, podemos afir-mar que as áreas com declives menos acentuados têm, na maior parte dos casos, exposição predominante num dos outros três quadrantes detendo por este motivo con-dições mais favoráveis à permanência humana.
EXPOSIÇÃO SOLAR21
Este factor é bastante importante quando falamos ao nível do conforto térmico/ climático, uma vez que, as vertentes viradas a Norte e Noroeste só recebem insolação quando a altura do sol é superior ao declive da vertente. Também nestas vertentes as temperaturas vão ser mais baixas, com propensão para as geadas, os valores de precipitação também tendem a ser mais elevados, devido á influência do relevo na movimentação das massas de ar.No que diz respeito às bacias hidrográficas em estudo, podemos afirmar que, uma vez que se trata de um ter-ritório com declives pouco acentuados, seria de esperar uma carta com exposições solares tão variadas.É interessante verificar-se que a exposição solar a poente praticamente coincide com a localização do uso ag-rícola do solo.
SOMBREAMENTO
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁL
ISE
SÍNTE
SEPR
OPO
STA
Uma vez que estamos perante duas bacias com declives pouco acentuados, podemos verificar na presente carta que o sombreamento é mais visível ao nascer ou ao pôr-do-sol.
SOMBREAMENTO 22
Tal como ocorre na carta de sombreamento, também na carta de vistas se verificam os declives pouco acentua-dos das duas bacias.A vista panorâmica é quase uma constante nas bacias, à excepção das zonas desgastadas pela acção dos rios.
VISTAS
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLISE
SÍNTESE
PROPO
STA
IMAGENS 3D DO TERRITÓRIO23 PERFIS
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁL
ISE
SÍNTE
SEPR
OPO
STA
IMAGENS 3D DO TERRITÓRIO PERFIS 24
Perfil 1
Perfil 8
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLISE
SÍNTESE
PROPO
STA
PERFIS25 PERFIS
Perfil 2
Perfil 3
Perfil 4
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁL
ISE
SÍNTE
SEPR
OPO
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PERFIS PERFIS 26
Perfil 5
Perfil 6
Perfil 7
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLISE
SÍNTESE
PROPO
STA
A rede viária apresenta-se muito complexa, mas também muito rica. As bacias são beneficiadas pela larga oferta de trans-portes, nomeadamente linha de comboio, linha de metro (Porto-Fânzeres), a Auto-Estrada A4 (que liga Matosin-hos a Amarante), a Via de Cintura Interna (de atravessa da cidade do Porto), a Estrada Exterior da Circunvalação (que percorre o perímetro da cidade do Porto), o IC 29 (que liga o Freixo ao centro e arredores de Gondomar).A rede secundária afigura-se de menor qualidade, com passeios estreitos e ruas com traçados irregulares.
REDE VIÁRIA27
Na análise estatística das bacias, não considerámos as freguesias de Pedrouços, Valongo, S.Pedro da Cova, Paranhos e Bonfim, pois sua representação nas bacias é pouco significativa (inferior a 10%).
DEMOGRAFIA 1991-2001-2011
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁL
ISE
SÍNTE
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OPO
STA
REDE VIÁRIA
DEMOGRAFIA 1991-2001-2011
DEMOGRAFIA 1991-2001-2011 28
Da análise demográfica em 20anos, podemos constatar o crescimento da população residente de todas fregue-sias excepto Campanhã. Nesta freguesia, a população tem vindo a diminuir em cerca de 10.000pessoas por cada 10anos.A freguesia actualmente mais povoada é Rio Tinto, com 50.762pessoas. A freguesia com menos população residente é Baguim do Monte com 14.141pessoas. A freguesia de Águas Santas foi a freguesia onde mais aumentou a população residente entre 1991 e 2001, com um acréscimo de cerca de 8.000pessoas.
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLISE
SÍNTESE
PROPO
STA
Da análise da carta de ocupação do solo entre 1990 e 2007, verificamos um aumento da construção em todo o território, sem no entanto existir uma malha verdadeira-mente consolidada.Visualizamos também que o solo da bacia do Rio Tinto encontra-se mais impermeável (com mais construção)que na bacia do Rio Torto (seja em 1990 seja em 2007).
EVOLUÇÃO DA CARTA DE OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO 1990-200729
Da análise da carta de ocupação do solo entre 1990 e 2007, verificamos uma diminuição da área agrícola, em especial na bacia do Rio Tinto.
EVOLUÇÃO DA CARTA DE OCUPAÇÃO DO SOLO AGRÍCOLA 1990-2007
OCUPAÇÃO DO SOLO
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁL
ISE
SÍNTE
SEPR
OPO
STA
EVOLUÇÃO DA CARTA DE OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO 1990-2007
EVOLUÇÃO DA CARTA DE OCUPAÇÃO DO SOLO AGRÍCOLA 1990-2007
A presente carta demonstra a heterogeneidade do uso do solo presente nas bacias. Nesse sentido, podemos encontrar neste território diferentes tipologias, nome-adamente os Territórios artificializados, compostos es-sencialmente por zonas urbanas e zonas industriais, as áreas agrícolas e áreas agro-florestais, compostas es-sencialmente por zonas agrícolas e zonas agrícolas com a presença de zonas florestais e, por fim, as zonas flo-restais e meios naturais e semi-naturais, representadas essencialmente pelas manchas florestais presentes no território. Podemos assim constatar que os territórios artificializa-dos são os que ocupam uma maior área neste território, enquanto que as duas restantes tipologias, em menor presença, apresentam uma ocupação praticamente equivalente entre elas.Desta forma, analisando a presente carta, podemos con-statar a dispersão e desorganização do território, mais evidente nas áreas artificializadas, associadas às con-struções urbanas, sendo assim evidente a falta do orde-namento do território.
OCUPAÇÃO DO SOLO 30
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLISE
SÍNTESE
PROPO
STA
OCUPAÇÃO DO SOLO - PORMENORIZADA31
Na presente carta podemos ver, dentro de cada tipolo-gia anteriormente referida, qual o uso que o solo tem. Desta forma, podemos encontrar dentro dos territórios artificializados, o tecido urbano, a indústria, comércio e transportes, as áreas de extracção de inertes, áreas de deposição de resíduos e estaleiros, e ainda os Espaços verdes urbanos, equipamentos desportivos, culturais e de lazer. Nas áreas agrícolas e agro-florestais podemos ainda encontrar as culturas temporárias, as culturas per-manentes e as áreas agrícolas heterogéneas. Por fim, nas zonas florestais e meios naturais e semi-naturais podemos encontrar as florestas e as florestas abertas e vegetação arbustiva e herbácea.De acordo com o detalhe da informação, podemos assim verificar que a maior área artificializada é a do tecido urbano, a maior área agrícola é a de áreas agrícolas heterogéneas, e as áreas florestais são essencialmente compostas por Florestas.
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁL
ISE
SÍNTE
SEPR
OPO
STA
OCUPAÇÃO DO SOLO - PORMENORIZADA AGLOMERADOS URBANOS E INDUSTRIAIS 32
USO AGRÍCOLA
De acordo com o uso urbano e industrial deste território, podemos constatar que é na bacia do Rio Tinto que se encontra não só a maior área de aglomerados urbanos como também de aglomerados industriais. O uso urbano e agrícola na bacia do Rio Torto encontra-se mais dis-perso no território.
De acordo com a presente carta podemos constatar que as bacias em estudo estão bastante marcadas pela ac-tividade agrícola. Esta actividade está organizada, de acordo com o tipo de cultura, em culturas temporárias, culturas permanentes e áreas agrícolas heterogéneas. É na bacia do rio Torto que nos de paramos com a maior percentagem de mancha de áreas agrícolas heterogé-neas, em proximidade com o Rio Torto. As culturas tem-porárias destacam-se na bacia do Rio Tinto pela área que ocupam, superior à existente na bacia do Rio Torto. No que diz respeito ás culturas permanentes, estas não só se apresentam com menor área de ocupação no ter-ritório, como ainda se manifestam de forma aleatória.
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLISE
SÍNTESE
PROPO
STA
USO FLORESTAL33
RAN E REN
De acordo com a presente carta podemos constatar que são várias as espécies que compõem, em associações ou em Puros, as diferentes manchas florestais deste território. Desta forma, e como presente nesta carta, podemos verificar que as associações de Eucalipto e Pinheiro são as mais presentes neste território, seguido de manchas de Puros de resinosas e de Puros de pin-heiros, com menor presença.
PATRIMÓNIO
Como é do conhecimento geral, a RAN visa a definição e protecção das áreas de aptidão agrícola, enquanto a REN visa a salvaguarda das áreas de sensibilidade ecológica, como as áreas de infiltração máxima, cabecei-ras de cursos de água, áreas de risco de erosão, entre outras.Podemos assim analisar que no território em estudo podemos encontrar essencialmente zonas pertencentes à RAN.
FAUNA E FLORA
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁL
ISE
SÍNTE
SEPR
OPO
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USO FLORESTAL
RAN E REN
PATRIMÓNIO 34
FAUNA E FLORA
No património arquitectónico, de acordo com os 4 con-celhos que englobam as duas bacias, foram identificados diferentes elementos patrimoniais, dos quais destacam-se pelo seu valor ecológico: Palácio do Freixo (é actual-mente uma pousada), a Quinta das Areias (actualmente é um horto), a Casa de Quinta da Revolta (actualmente é o horto do Freixo), a Casa e Quinta de Bonjóia (é um parque público), a Casa e Quinta Villar d’Allen (tem um horto particular), a Quinta das Freiras (com espécies vegetais centenárias) e a Quinta da Campaínha.
Por não existir dados mais concretos, considerou-se a fauna e flora do Parque Oriental como orientativa para o conhecimento dos animais e plantas das bacias.Relativamente à flora existente, salienta-se os amieiros, vidoeiros, choupos, sabugueiros e salgueiros. Pontual-mente aparecem os carvalhos, espinheiros, sobreiros. Tojo, urze, silva e giesta-comum formam o mato da zona. Da vegetação rasteira, pode visualizar-se a amoreira-silvestre e as heras. Verifica-se infelizmente um pouco por todo o território a presença de acácias, robínias, da cana (Arundo donax) e da dedaleira (Digitalis purpurea).Dos grupos de animais vertebrados existentes no Parque, as aves (pintassilgos, corujas, estorninho, pisco entre outros) são o grupo mais diverso. Os anfíbios (salamandras, sapos e rãs) e répteis (cobras) representam o grupo intermédio. Com menor representação no local, encontram-se os mamíferos (cães, gatos e ratos).
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLISE
SÍNTESE
PROPO
STA
ESPAÇOS DE RECREIO35
Consideramos para a carta anexa que os espaços de recreio são zonas de acesso público, com ou sem restrições, a céu aberto, para a prática de ac-tividades desportivas e/ou recreativas.
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
Definimos como áreas relativamente homogéneas, as
seguintes seis unidades biofísicas:
1. Antrossolos graníticos de baixo declive - na pais-
agem estão associados à zona agrícola
2. Antrossolos xistosos de moderado declive - na
paisagem estão associados a usos mistos
3. Leptossolos xistosos de moderado declive - na
paisagem estão associados a uso florestal
4. Solos impermeáveis graníticos de baixo declive -
na paisagem estão associados a usos mistos
5. Solos impermeáveis graníticos de declive mod-
erado - na paisagem estão associados a usos mistos
6. Solos impermeáveis xistosos de declive modera-
do - na paisagem estão associados ao uso urbano
A carta foi elaborada com base nas formações de xisto e
granito, bem como na variação de declives. A esta infor-
mação foi adicionada o tipo de solo, salientando os lep-
tossolos, antrossolos e solos impermeáveis (urbanos).
UNIDADES BIOFÍSICAS37
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
1 | Antrossolos graníticos de baixo declive
2 | Antrossolos xistosos de moderado declive
3 | Leptossolos xistosos de moderado declive
4 | Solos graníticos de baixo declive
5 | Solos graníticos de moderado declive
6 | Solos xistosos impermeáveis de moderado declive
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0 1.000 2.000 3.000 4.000500Meters
1
2
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34
5
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6
6
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
Definimos como áreas relativamente homogéneas, as
seguintes seis unidades de paisagem:
1. zona urbana,
2. zona florestal,
3. zona agrícola,
4. zona urbana e florestal,
5. zona agrícola, urbana e florestal, e
6. leito e margens.
ZONA URBANA
Forças
•Malha urbana não consolidada
•Dispersão dos serviços e equipamentos
•Declives pouco acentuados
Fraquezas
•Impermeabilização do solo
•Rede de saneamento insuficiente
•Rede viária complexa
•Carência de espaços públicos de qualidade
Oportunidades
•Exposição solar
•Proximidade à AMP
Constrangimentos
•Dependência da AMP
UNIDADES DE PAISAGEM 38
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
1 | Zona urbana
2 | Zona florestal
3 | Zona agrícola
4 | Zona urbana e florestal
5 | Zona agrícola urbana e florestal
6 | Leito e margens
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0 1.000 2.000 3.000 4.000500Meters
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1
1
1
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2
5
1
6
5
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
ZONA AGRÍCOLA
Forças
•Infiltração das águas pluviais
•Declives pouco acentuados
•Produção para auto-sustento
•Zonas verdes
Fraquezas
•Utilização de produtos que podem danificar o solo e
o ambiente, para intensificar a produção
•Solos abandonados estão mais expostos à erosão
•Pouca biodiversidade
Oportunidades
•Exposição solar
•Promoção da relação urbano/rural
•Comércio dos produtos agrícolas
Constrangimentos
•Talhões de cultivo de pequena dimensão dificultam
intervenção à macroescala
UNIDADES DE PAISAGEM39
ZONA FLORESTAL
Forças
•Infiltração das águas pluviais
•Zonas verdes
Fraquezas
•Solos abandonados estão mais expostos a incêndios
•Pouca biodiversidade (eucaliptos e acácias)
Oportunidades
•Promoção da relação clareira/orla/mata
•Comércio de biomassa
Constrangimentos
•Alastramento dos incêndios a outras localidades
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
40
ZONA URBANA E FLORESTAL
Forças
•Malha urbana não consolidada
•Dispersão dos serviços e equipamentos
•Infiltração das águas pluviais
•Zonas verdes
•Declives pouco acentuados
Fraquezas
•Impermeabilização do solo
•Rede de saneamento insuficiente
•Rede viária complexa
•Carência de espaços públicos de qualidade
Oportunidades
•Exposição solar
•Promoção da relação clareira/orla/mata
•Proximidade à AMP
Constrangimentos
•Dependência da AMP
ZONA AGRÍCOLA, URBANA E FLORESTAL
Forças
•Malha urbana não consolidada
•Dispersão dos serviços e equipamentos
•Infiltração das águas pluviais
•Zonas verdes
•Declives pouco acentuados
•Produção para auto-sustento
Fraquezas
•Impermeabilização do solo
•Rede de saneamento insuficiente
•Rede viária complexa
•Carência de espaços públicos de qualidade
•Utilização de produtos que podem danificar o solo e
oambiente, para intensificar a produção
•Solos abandonados estão mais expostos à erosão
Oportunidades
•Exposição solar
•Promoção da relação clareira/orla/mata
•Proximidade à AMP
•Comércio dos produtos agrícolas
Constrangimentos
•Dependência da AMP
•Talhões de cultivo de pequena dimensão dificultam
intervenção à macroescala
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
UNIDADES DE PAISAGEM41
LEITO E MARGENS
Forças
•Forte aptidão agrícola
•Declives pouco acentuados
•Promoção de fauna e flora
Fraquezas
•Risco de cheia e erosão
•Rio encanado
•Poluição do rio compromete diversidade florística e
faunística
Oportunidades
•Clima ameno
•Educação ambiental
Constrangimentos
•Como seus afluentes, os rios podem poluir o Rio
Douro
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
As Áreas de Risco no Uso do Solo são as que correspondem a determinadas características ou a factores do
território aos quais este está sujeito, e que implicam regulamentação adicional que condicione as utilizações e
ocupações dominantes estabelecidas para cada categoria de espaço.
As Áreas de Risco consideradas para estas bacias correspondem a:
| RISCOS DE EROSÃO
| RISCOS DE INCÊNDIOS
| RISCO DE CHEIAS
RISCOS 42
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
Neste sentido, o estudo destes processos é imprescindível no que respeita à Gestão Ambiental Estratégica, par-
ticularmente ao nível do Ordenamento e Planeamento da ocupação e uso dos solos e da gestão dos recursos
hídricos.
A prevenção da erosão dos solos é um processo fundamental na Gestão dos Recursos Naturais, na medida que
a sua adequada conservação estabiliza as perdas naturais, conduzindo ao seu equilíbrio natural, ao aumento
da produtividade de nutrientes, à redução dos níveis de poluição das águas e dos níveis de sedimentação em
albufeiras.
Por outro lado, a estabilização e redução dos níveis de erosão, é essencial ao nível da conservação da pais-
agem, sobretudo no que respeita à manutenção das práticas agrícolas e do aumento da produtividade.
O estudo realizado para a delimitação das áreas com risco de erosão baseou-se no conhecimento do declive
e no conhecimento da diversidade da morfologia das bacias hidrográficas existentes. Relativamente ao factor
declive consideraram-se 5 classes de declives, com intervalos compreendidos entre 0-2% ; 2-8 %; 8-18%; 18-
35% e superior a 35%, considerando tanto maior o risco de erosão quanto maior a percentagem de declive.
No que diz respeito à Geologia deste território, foram considerados como mais propícios à erosão os Leptossolos
e, como menos propícios, os solos urbanos.
Relativamente ao uso do solo, o solo agrícola é o mais vulnerável ao risco de erosão, ao contrário do solo ur-
bano, com menor risco de erosão.
RISCO DE EROSÃO43
A erosão dos solos pode ser definida, num sentido lato,
pelo conjunto de processos responsáveis pela desagre-
gação e transporte de partículas superficiais dos solos
expostas ao escoamento superficial.
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Risco
Baixo
Moderado
Elevado �
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0 1.000 2.000 3.000 4.000500Meters
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
A criação e utilização do conceito de risco de incêndio está ligada a uma medida de ordenamento do território,
que visa procurar manter a segurança de toda a população, de bens imóveis e de áreas florestais.
De forma bastante sintética, risco de incêndio pode ser definido como uma escala numérica que representa o
risco de haver incêndios numa determinada região.
Este pode ser determinado por várias variáveis ponderadas e conjugadas entre si tais como declives, exposição
solar, hipsometria, distribuição da população, uso e ocupação do solo, rede viária e a rede hidrográfica. No en-
tanto, e uma vez que estamos num território que apresenta baixa variação altimétrica, o factor hipsometria não
foi considerado, apesar de se ter em atenção que zonas mais altas são propícias à ocorrência de incêndios.
Para a determinação do risco de incêndios no território em estudo, e tendo em conta as características desse
mesmo território, apenas foram utilizadas as variáveis declives, uso do solo e rede hidrográfica. Posto isto,
foram considerados os declives superiores a 25% e o uso florestal com potencial para a ocorrência de risco de
incêndios.
RISCO DE INCÊNDIOS 44
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Risco
Baixo
Moderado
Elevado
0 1.000 2.000 3.000 4.000500Meters
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BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
RISCO DE CHEIAS45
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Linhas de água
Rio encanado
Urbano
Risco Elevado
Risco Moderado
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0 1.000 2.000 3.000 4.000500Meters
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De uma forma geral, ocorrem em períodos de precipitações intensas de curta duração, com picos de cheias
muito elevados. Contudo, a variação espacial do fenómeno das cheias repentinas não depende unicamente dos
elementos meteorológicos, pelo que os factores morfológicos (altitude e declives) ajudam-nos a percepcionar os
locais que reúnem as características ideais para a ocorrência de um fenómeno desta natureza.
Para além das características naturais importa salientar o facto de que os usos do solo e sobretudo a pressão
antrópica sobre o meio físico, funcionam como elemento perturbador fundamental, e de extrema relevância.
No caso particular das presentes bacias, o facto de grande parte do curso dos rios, essencialmente o rio Tinto,
se encontrar encanado, aumenta a probabilidade de ocorrência de cheias.
Para a elaboração da carta de Risco de Cheias foram consideradas diferentes variáveis, nomeadamente a hi-
drografia os declives e o uso do solo
Foi considerada toda a rede hidrográfica, por estar naturalmente sujeita a cheias. Foram considerados os de-
clives entre 0 e 3% com o risco elevado, e declives entre 3 e 6% com o risco moderado.
Consideraram-se as áreas urbanas com maior risco de cheias, devido ao elevado grau de impermeabilização, e
as áreas florestais com menor risco de ocorrência cheias.
As áreas com maior susceptibilidade às cheias estão directamente relacionadas com os troços do rio que se
encontram canalizados.
A irregularidade pluviométrica que se verifica em Portu-
gal, dá origem a eventos de precipitação intensos e con-
centrados que podem provocar problemas de inundações
e cheias repentinas, quando a capacidade de escoamen-
to dos leitos dos cursos de água é insuficiente para
drenar o volume de água afluente, provocando a vazão
para as áreas ribeirinhas (PNA, 2001). A previsão deste
fenómeno é um procedimento muito complexo, dado que
normalmente ocorre em períodos temporais muito re-
duzidos, derivados de situações meteorológicas muito
específicas, maioritariamente de origem convectiva.
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
“maior ou menor faculdade que o espaço apresenta para produzir bens ou prestar serviços de for-
ma equilibrada em relação às comunidades humanas e ao meio em que estas se integram”
Cancela d’Abreu (1989)
| VOCAÇÃO URBANA
| VOCAÇÃO INDUSTRIAL
| VOCAÇÃO AGRÍCOLA
| VOCAÇÃO FLORESTAL
VOCAÇÕES 46
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
Para a determinação das áreas com vocação urbana, foram considerados os factores declive, hidrografia e lito-
logia. De acordo com as variantes em cada factor, foram classificadas zonas de vocação elevada e zonas de
vocação moderada.
Para a vocação urbana elevada foram considerados os declives inferiores a 12%, não existindo assim a ne-
cessidade de terraceamento ou de grandes movimentos de terra para a sua implantação. Na Litologia foram
considerados os solos urbanos.
Relativamente à vocação moderada, os declives considerados são os correspondentes ao intervalo de 12 a 25%,
intervalo esse que já implica a necessidade de terraceamento ou grande movimentos de terra, e na litologia são
considerados os leptossolos.
No que diz respeito à rede hidrográfica, tanto para a vocação elevada como para a vocação moderada, foi es-
tabelecida uma distância mínima de 10 metros entre a construção urbana e o leito dos cursos de água.
De acordo com a carta obtida, podemos observar que é na bacia do Rio Tinto que se encontra aa maior área
com vocação urbana elevada.
VOCAÇÃO URBANA47
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Linhas de água
Vocação
Baixa
Moderada
Elevada
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0 1.000 2.000 3.000 4.000500Meters
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BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
Para a determinação da vocação Industrial consideram-se os mesmo parâmetros utilizados para a vocação ur-
bana, diferenciando igualmente zonas de elevada vocação e zonas de moderada vocação. Neste caso particular
a distância do edificado industrial ao leito dos cursos de água passa de uma distância mínima de 10 metros para
uma distância de 100 metros, garantindo desta forma a protecção e conservação dos cursos de água.
VOCAÇÃO INDUSTRIAL 48
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Linhas de água
Vocação
Baixa
Moderada
Elevada
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0 1.000 2.000 3.000 4.000500Meters
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BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
As áreas consideradas de maior aptidão agrícola correspondem ao conjunto das áreas que em virtude das suas
características pedológicas, climáticas e sociais demonstram potencialidades para a produção de culturas e bens
agrícolas.
Na elaboração desta carta foram utilizados os factores declive, geologia e litologia.
Para a vocação agrícola elevada foram considerados os declives inferiores a 8%, os solos geologicamente de-
nominados de solos calcários e, na litologia, foram considerados os antrossolos.
Relativamente à vocação moderada, os declives considerados são os correspondentes ao intervalo de 8 a 15%,
intervalo esse que já revela algumas dificuldades de acessibilidades devido à inclinação, nomeadamente para
maquinaria agrícola. Na vertente geológica são considerados os solos xistosos e na Litologia os Leptossolos.
VOCAÇÃO AGRÍCOLA 49
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Linhas de água
Vocação
Baixa
Moderada
Elevada
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�0 1.000 2.000 3.000 4.000500
Meters
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Linhas de água
Vocação
Baixa
Moderada
Elevada
���������������
�0 1.000 2.000 3.000 4.000500
Meters
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
Para a elaboração da carta de vocação florestal foram considerados os mesmos factores utilizados na vocação
agrícola, nomeadamente os declives, a geologia e a litologia.
Para a vocação florestal elevada, os declives considerados são os superiores a 25%, os solos xistosos e os
Leptossolos.
Para a vocação florestal moderada, consideraram-se declives que compreendem o intervalo de 12-25%, os solos
graníticos e os antrossolos.
VOCAÇÃO FLORESTAL 50
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Linhas de água
Vocação
Baixo
Moderado
Elevado
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�0 1.000 2.000 3.000 4.000500
Meters
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
Com base na rede viária e na modelação do terreno,
apresentamos um estudo sobre os declives associados
à referida rede, com a intenção de propor uma ciclovia.
Excluímos deste estudo a linha de comboio (desconfor-
tável devido à velocidade de tráfego dos comboios, e
com fraca acessibilidade, pois normalmente a linha de
comboio está a uma cota inferior da estrada), a VCI e
AE A4 (inacessível), a Estrada Exterior da Circunvalação
(perigosa).
Os declives apresentados na tabela anexa baseiam-se
no “Guide for the development of bicycle facilities” de
1999, elaborado pela American Association of State
ESTUDO DOS DECLIVES PARA CICLOVIAS51
Highway and Transportation Officials. O guia é muito
completo na abordagem à instalação de uma ciclovia e
dos cuidados a ter quer na construção quer no uso da
mesma.
Existe também uma versão ainda em rascunho, de 2010,
com alterações devido a sugestões de ciclistas. Nesta
versão, o declive das ciclovias é ainda mais restrito, na
procura do conforto e segurança do seu utilizador.
Inclinações superiores a 5% são indesejáveis porque a
subida é difícil para muitos ciclistas e na descida, podem
exceder a velocidade a que estão habituados.
0 1.000 2.000 3.000 4.000500Metros
�
ESTUDO DOS DECLIVES VIÁRIOS
Legenda
Limite das Bacias
Rio Douro
Declives
até 5%
de 5 a 11%
acima de 11%
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BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
DISTÂNCIA ENTRE ESPAÇOS DE RECREIO 52
A presente carta demonstra as distancias entre aglom-
erados urbanos e os parques de recreio presentes neste
território. De acordo com os 3 raios de distância defini-
dos, 500, 1000 e 1500 metros, podemos perceber quais
as distancias a percorrer, desde a zona urbana até ao
parque mais próximos. Como estamos na presença de
um território com baixos declives, a distância máxima
definida de 1500 metros ainda é confortável para per-
cursos pedonais.
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Aglomerado Urbano
Espaços de recreio
raio = 500 m
raio = 1000 m
raio = 1500 m
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0 1.000 2.000 3.000 4.000500Meters
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
Ao definirmos a Estrutura Ecológica das bacias, estamos
a reconhecer os sistemas ecológicos fundamentais com
vista à implementação sustentável da estrutura edificada.
Esta estrutura é constituída por vários sistemas, não
só de recreio mas também de produção e protecção,
pretendendo estabelecer com o tecido edificado uma
relação espacial coerente e equilibrada.
Pretendemos promover a protecção e integração dos el-
ementos biofísicos, culturais, recreativos e paisagísticos
do território convergindo para a ideia de sustentabilidade.
A Estrutura irá orientar as futuras intervenções antrópi-
cas no sentido de reconhecer,
conservar e promover elementos naturais e culturais que,
por terem características únicas,
deverão ser sujeitos a um ordenamento e planeamento
ambientalmente sustentável.
A Estrutura Ecológica apresentada tem por função es-
sencial contribuir para a estabilidade física e sustentabi-
lidade ecológica das bacias.
Neste território com forte pressão antrópica, entendemos
ser essencial ao equilíbrio do território, a par de outras
redes como a rede viária ou de saneamento.
ESTRUTURA ECOLÓGICA55
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
Foram reunidos vários elementos como a Carta de Ocu-
pação do Solo em 2007 e os Planos Directores Munici-
pais das autarquias. Foram também feitas várias vistas
ao território para compreender a paisagem. Da procura
de espaços de qualidade, definimos 4 sistemas:
1-sistema húmido
- espaços verdes ou ruas arborizadas em leitos de cheia
(zona onde o Rio Tinto está mais encanado)
- leitos, margens e áreas adjacentes de linhas de água
a céu aberto
- campos agrícolas
2-sistema seco
- zonas com declive
- incultos e expectantes
3- corredores
- faixas largas de espaço verde estabelecendo ligação
em biótipos
- faixas de protecção às vias de maior circulação (veg-
etação junto aos eixos viários)
- arruamentos arborizados
- superfícies verticais revestidas a vegetação
4- Sistemas pontuais
- logradouros e quintais
- jardins de quarteirão
ESTRUTURA ECOLÓGICA PORMENORIZADA 56
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
CORREDOR VERDE57
A definição do Corredor Verde com base na Estrutura
Ecológica é um instrumento eficaz de requalificação am-
biental de territórios desestruturados e ecologicamente
sensíveis.
O corredor verde estabelece a ligação entre as áreas
integradas nos quatro sistemas, conduzindo a que todos
os sistemas estejam aqui representados.
Desenhamos o Corredor Verde como um espaço livre
linear, ao longo dos cursos de água e da linha de metro.
Pretendemos que a função fundamental seja ecológi-
ca, com a manutenção da biodiversidade, ligação entre
habitats, movimento de espécies, materiais e energia,
fixação de poeiras e protecção de ventos, filtro natural
da poluição das águas e atmosfera, e regularização das
amplitudes térmicas e incidência solar.
No entanto, também sabemos ser importante a sua com-
ponente função social, com a criação de espaços para
recreio e lazer como o parque eco-produtivo, as hortas
urbanas ou a ciclovia, contribuindo para a preservação
e valorização do património histórico e cultural (o
património arquitectónico e ecológico vai surgindo ao
longo do corredor) e valorização da paisagem.
Pretendemos incentivar o passeio e a “experiência vis-
ual”.� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � É fundamental cuidar dos rios, para que o corredor verde
seja viável.
0 1.000 2.000 3.000 4.000500Metros
Legenda
Limite das Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Rede viária
Estrutura ecológica
Corredor verde
�
CORREDOR VERDE
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
58
Não se pretende verificar análises de ETARs. Pretendemos intervenções activas como retirar a canalização do
Rio Tinto, tão extensa no centro da cidade, e que poderia ser evitada.
Pretendemos que os rios voltem a ter a importância que merecem e o cuidado que carecem actualmente.� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �No seguimento da ideia anterior, propomos a intervenção ao nível do leito e margens, de forma a restaurar a
flora local. Actualmente é caracterizada por espécies invasoras e com fraco carácter fito-remediador. Pretend-
emos que seja feita gradualmente uma intervenção da nascente à margem de cada um dos Rios, na perspectiva
de proporcionar habitats que promovam a biodiversidade aquática e ripícola. ! � " � # $ �Ao delinearmos o corredor, pretendemos que abrigue um determinado conjunto de espécies de aves.
Da análise do Parque Oriental, verificamos a existência de aves que poderiam percorrer também o nosso corre-
dor sem limitação espacial.
Das espécies analisadas, pretendemos “albergar” espécies como os chapins, trepadeiras, tertilhões, toutinegras,
felosas e estorninhos.
Ao analisarmos as necessidades das espécies verificamos que percorrem pelo menos 500m para procura de
habitat e alimento. Daí sabemos que o corredor deve ser rico em espécies produtivas como oliveiras (azeitonas),
pinheiros (pinhões) ou árvores frutíferas (fruta) e espécies promotoras de habitas como carvalhos, sobreiros e
pinheiros (porte), silvas e pilriteiros (protecção), entre outros.
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
PARQUES ECO-PRODUTIVO E FLORESTAL59
A oferta ao nível do Recreio e Lazer deve ser estruturada
e integrada, perspectivando o aproveitamento dos diver-
sos recursos e potencialidades disponíveis na região,
para que constitua efectivamente um factor de desen-
volvimento local.
De acordo com os dados analisados, nomeadamente da
análise da carta de distâncias de espaços de recreio, foi
possível verificar quais as áreas do território que care-
ciam de uma zona de recreio activo e passivo.
São assim propostos dois tipos de parque: um parque
eco-produtivo estritamente relacionado com a sua en-
volvente agrícola, e um parque florestal associado à sua
envolvente florestal. Desta forma colmatamos as áreas
não abrangidas pela rede de espaços de recreio ex-
istentes.
O Parque Eco-produtivo, localizando-se no interior do
corredor verde, deverá reunir as funções de um espaço
agrícola e promover a biodiversidade.
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Espaços de recreio existentes
Parque Florestal proposto
Parque Eco-produtivo proposto
raio = 500 m
raio = 1000 m
raio = 1500 m
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0 1.000 2.000 3.000 4.000500Meters
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Aglomerado Urbano
Parque Florestal
Parque Eco-produtivo
�
�������
0 1.000 2.000 3.000 4.000500Meters
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
Propomos a ciclovia como uma alternativa não poluidora
de viajar (amiga do ambiente), para melhorar a saúde
(esforço cardiovascular) e a qualidade do ar dos habit-
antes da bacia. Em época de redução de custos, é uma
forma barata e prática de viajar, evitando o tráfego car-
acterístico desta zona.
Também a pedalar, o ciclista vai estar mais atento à
sua envolvente, à vizinhança e aos espaços verdes de
qualidade. Devido ao seu declive moderado, as bacias
proporcionam uma vista panorâmica.
Para o percurso final foram utilizadas a rede secundária
e o IC29 (o traçado da estrada permite a inclusão de
uma ciclovia). Consideramos que a linha de metro seria
um bom local para a ciclovia, devido ao cuidado pais-
agístico que apresenta na sua envolvente imediata.
Pretendemos também que a ciclovia se cruzasse, ou
acompanhasse em alguns casos, o Corredor Verde, para
que os ciclistas possam usufruir de um espaço verde de
qualidade.
CICLOVIA 60
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BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
CORREDOR VERDE | CICLOVIA | PATRIMÓNIO | ESPAÇOS DE RECREIO61
0 1.000 2.000 3.000 4.000500Metros
�
PATRIMÓNIO
Legenda
Limite das Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Corredor Verde
Ciclovia
Património Arquitectónico
Igreja Paroquial de Campanhã
Palácio do Freixo
Quinta Bouça dos Capuchinhos
Quinta das Areias
Capela de Monte Crasto
Casa e Quinta Villar d'Allen
Casa e Quinta da Bonjóia
Casa e Quinta da Revolta
Convento Irmãs Franciscanas de Calais
Igreja Matriz de Rio Tinto
Quinta da Campaínha
Quinta das Freiras
Quinta do Chão Verde
Corredor Verde e Ciclovia
Como foi anteriormente referido, proposemos o
Corredor Verde e a Ciclovia tendo em consideração
os equipamentos e património existente.
Nas cartas anexas é possível verificar que o Corre-
dor Verde irá promover passeios quer de carácter
ecológico quer de carácter cultural.
Visto que os espaços de recreio e património se
encontram dispersos pelas duas bacias, o percurso
ao longo do corredor e da ciclovia proporciona difer-
entes experiências recreativas e culturais.
0 1.000 2.000 3.000 4.000500Metros
�
ESPAÇOS DE RECREIO
Legenda
Limite das Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
ciclovia
corredor
Palácio do Freixo
Quinta Bouça dos Capuchinhos
Casa e Quinta da Bonjóia
Centro desportivo
Centro desportivo - Dragão
Monte Crasto
Parque Oriental
Parque radical Lipor
Praça da Corujeira
Quinta da Campaínha
Quinta das Freiras
Quinta do Chão Verde
Corredor Verde e Ciclovia
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
Com o objectivo principal de promover a agricultura na
área urbana, propomos as hortas urbanas em terrenos
incultos e/ou expectantes, associados a grandes aglom-
erados populacionais. Desta forma é possível tirar partido
de zonas abandonadas e degradadas convertendo-as
em zona de produção.
As intervenções ocorridas nas bacias procederam à ca-
nalização dos cursos de água, constituindo um factor de
risco relevante de inundação da área a jusante.
Pretendemos assim que estas bacias de retenção con-
stituam um método de gestão do excesso do escoamento
das linhas de água em determinados locais das bacias,
reduzindo o perigo de inundações nas áreas a jusante
das mesmas.
Desta forma, foram propostas áreas para a implantação
dessas mesmas bacias de retenção, promovendo assim
a redução do risco de cheias associadas à canalização
dos rios, em especial do Rio Tinto.
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Linhas de água
Urbano existente
Hortas Urbanas
������������
�0 1.000 2.000 3.000 4.000500
Meters
0 1.000 2.000 3.000 4.000500Metros
�
SUDSBACIAS DE RETENÇÃO
Legenda
Limite das Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Linhas de água
Rio encanado
Urbano existente
Risco de cheias elevado
Risco de cheias moderado
SUDS
HORTAS URBANAS 62
SUDS - BACIAS DE RETENÇÃO
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
EXPANSÕES63
Apesar de neste momento não se verificar a necessidade de qualquer tipo de expansão urbana ou industrial,
procedeu-se ao seu estudo com base nas vocações estabelecidas anteriormente.
É ainda de referir que, uma vez que a Estrutura Ecológica ocupa grande parte da nossa área de estudo, a
presente proposta de expansão urbana e industrial está totalmente inserida na estrutura ecológica, o que implica
que esta expansão seja condicionada ao nível das tipologia do edificado, tanto pelo número de pisos como pela
sua área de implantação, bem como a área do lote em que está inserido.
Foram definidos dois tipos de expansões:
Tipo I – Com condições mais favoráveis à sua implementação.
Tipo II – Com condições menos favoráveis à sua implementação.
| EXPANSÃO URBANA
| EXPANSÃO INDUSTRIAL
| EXPANSÃO AGRÍCOLA
| EXPANSÃO FLORESTAL
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
EXPANSÃO URBANA E INDUSTRIAL 64
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Linhas de água
Urbano existente
Expansão Urbana Tipo I
Expansão Urbana Tipo II
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0 1.000 2.000 3.000 4.000500Meters
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Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Linhas de água
Industrial existente
Expansão Industrial Tipo I
Expansão Industrial Tipo II
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0 1.000 2.000 3.000 4.000500Meters
�
As presentes propostas de expansão urbana e industrial
garantem o ordenamento urbano de uma forma susten-
tável e coerente.
Apesar de ser na bacia do Rio Tinto que os aglomera-
dos se encontram mais presentes, a nossa proposta visa
a consolidação de alguns dos espaços fragmentados
desse mesmo território, de forma a preencher os vazios
no tecido urbano, contribuindo assim para um melhor
ordenamento do território
BACIAS DO RIO TINTO E TORTO - ESTRATÉGIAS DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
ANÁLIS
ESÍN
TESE
PROPOSTA
X EXPANSÃO AGRÍCOLA E FLORESTAL65
A presente proposta de expansão agrícola ocorre so-
bretudo a norte da Bacia do Rio Tinto e na zona
central da Bacia do Rio Torto.
A proposta vem consolidar espaços já ocupados com
esta actividade. São sobretudo áreas com boa ex-
posição solar e reduzido declive.
A expansão florestal requer um cuidado superior no
sentido de não criar grandes massas vegetais, que
possam colocar em perigo (risco de incêndio) os
aglomerados populacionais envolventes.
Também a escolha das espécies a colocar nas zonas
propostas deve obeceder a critérios de segurança e
sa úde pública.
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Linhas de água
Florestal existente
Expansão Florestal Tipo I
Expansão Florestal Tipo II
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�0 1.000 2.000 3.000 4.000500
Meters
Legenda
Limite Bacias
Rio Douro
Rios Tinto e Torto
Linhas de água
Agrícola Existente
Expansão Agrícola Tipo I
Expansão Agrícola tipo II
����������� ���
�0 1.000 2.000 3.000 4.000500
Meters
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