jornal madeirense 103 - especial 60 anos

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Informativo do Grupo Madeirense Móveis do Brasil

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Com total mobilidade, obraço para monitor projetadopelo Núcleo de Desenvolvimentode Produtos Madeirense ofereceinfinitas opções de regulagem.página 10

informativo institucional - maio e junho de 2008 - ano 14 - no 103

Aníbal BrancoFundador

responsabilidade social

Parceria da Madeirense com o Governo do Estado e aAprecia promove qualificação de detentos e sua reintegração à sociedade através do trabalho. página 12

Fábrica de dignidade

SEIS DÉCADAS DE TRABALHONesta edição, um especial sobre a empresa, que surgiu na década de 40 e hoje é referência nacional

A Madeirense completa 60anos em junho. Sem dúvida, umadata a ser comemorada. Nestasseis décadas, a empresa trans-formou-se em uma das cincomaiores indústrias de móveispara escritório do Brasil, na

vanguarda da ergonomia e dodesign. Essa caminhada desucesso começou a ser trilhadapelos fundadores, Aníbal e ElzaBranco, e continua a ser traçadapor filhos e netos do casal. Sem

esquecer, claro, dos funcionários– personagens coadjuvantes que,desde o início, tiveram peso deprotagonistas nessa bela história,contada nas páginas 4, 5, 6 e 7.

Clientes que necessitam desoluções específicas de utilização,espaço e design ganham projetosúnicos. Conheça os móveis desen-volvidos para as empresas Losangoe WebSoluções. páginas 8 e 9

Mais rapidezNovo sistema de vendas

online da Madeirense propor-ciona ainda mais agilidade nospedidos e integração no processode produção. página 3

Conforto e

produtividade

Sob medida

pessoasPágina 11

Em Gente da Gente, osorriso de Marília, que

há 30 anos trabalha na Madeirense

Funcionários são estimulados a avançar nos estudos. A empresa oferece bolsa de 50% das mensalidades

NA IMPRENSA

O prêmio conquistado pelo programa Alimenta Brasil,apoiado pela Madeirense e promovido pela APRECIA,

foi destaque na mídia de Belo Horizonte, como nocaderno Prazer em Ajudar, do jornal Estado de Minas.

A realização de um sonhoconsolidado a cada dia. Éassim que traduzo a longa evitoriosa trajetória daMadeirense, que chega aos60 anos com mais vigor doque nunca. O destino quis quea comemoração dessa datacoincidisse com um dos me-lhores momentos da em-presa, que passa por umaverdadeira revolução em sualinha de produtos – resultadode parcerias estratégicascom três das mais conceitu-adas empresas do ramo, naEuropa.Mirar adiante é preciso.Porém, é essencial olhar parao passado. Reconhecer os ta-lentos que, durante as últimasseis décadas, transformarama pequena fábrica no quintalda casa dos meus pais, Aníbale Elza Branco, em uma dascinco maiores empresasbrasileiras em seu segmento.Nesses 60 anos, é impres -cindível recordar de tantos talentos que já passaram pelaempresa e daqueles profis-sionais que ainda se dedicamsuas vidas a ela. São, acimade tudo, seres humanos, quevestem a camisa, que seorgulham da qualidade e doreconhecimento daquilo queproduzem.Nesta edição do jornal daMadeirense, contaremos umpouco dessa bela história,que começou a ser escrita pormeus pais, Aníbal e Elza, econtinua a ser traçada pelosfilhos, netos, funcionários ecolaboradores que são o segredo do sucesso dessagrande família chamadaMadeirense..

Alexandre Branco

PALAVRA DO PRESIDENTE

2jornal madeirense

NOSSOS CLIENTES

“Foi a primeira vez que compramos osprodutos da Madeirense e ficamos muito

satisfeitos com a qualidade e os resultados proporcionados. Uma linha

de móveis com design robusto e aomesmo tempo leve, que otimizou os

espaços. Outro diferencial apresentadopela Madeirense foi o bom atendimento

prestado, em especial no pós-venda” Daniel Francisco Sachet

Diretor Executivo

“O design dos móveis e sua ergonomia têmtrazido mais conforto e otimização dos

espaços nos ambientes, principalmente,nas Varas do Trabalho, onde é necessário

celeridade nos processos e busca-se a excelência no atendimento ao público”

Daniel Rocha Coelho Júnior Chefe - Registro e Controle do Patrimônio

Estações de Trabalho Linha Colonna

Call Center Linha VIC

Soluções Aplicadas

Veja o que dizem nossos clientes sobre os produtos Madeirense. Você também pode relatar sua experiência. Escreva para comunicacao@madeirense.com.br.

TRIBUNAL REGIONAL

DO TRABALHO

18a REGIÃO - GOIÁS

Mesas Linha Suprema

Soluções aplicadas Estações de Trabalho Linha Colonna

Poltronas Linhas Destra e Attesa

Visualização dos móveis adquiri-dos no ato da venda, mais agilidadeno recebimento dos pedidos e novolayoutde apresentação dos orçamen-tos, trazendo a descrição detalhadados produtos. Esses são alguns bene-fícios obtidos com a implantação donovo Sistema de Vendas Madeirense.O SVM Online, como é chamado, foiconcebido a partir do que existe demais moderno em tecnologia de sis-temas. A novidade permite vende-dores e representantes lançaremorçamentos e pedidos diretamente nosistema a partir de qualquer com-putador com acesso à internet.

Na antigo processo de vendas,o pedido precisava ser enviado pore-mail. Atualmente, a partir do momento em que são geradas, asinformações ficam imediatamentedisponíveis para todos os departa-mentos da fábrica. Assim, os representantes da Madeirense,em qualquer localidade, podemacompanhar, desde o início, o andamento de cada pedido.

NEGÓCIOS

3 maio e junho de 2008

Basta umaconexão à internet

para acessar onovo sistema de

vendas

Internamente, mais integração

Novo sistema via internet permitemais rapidez, beneficiando o cliente

Um dos principais objetivos doSVM Online é promover maior inte-gração entre os departamentos envolvidos nos processos internos,desde o orçamento até a mon-tagem. O gerente de Tecnologia daInformação da empresa, MarceloSantos, explica que os dados decada setor ficam disponíveis atodos os usuários que têm acessoà rede. “O SVM Online tende a maximizar a produtividade e a

qualidade em todas as etapas dosprocessos comercial e industrial”,complementa Santos, ao lembrarque o cliente é o principal bene -ficiado com a inovação.

Santos: em todas

as etapas deprodução,

expectativade aumentoda eficiência

Entre os novosprodutos que serão

lançadas pelo Gru -po Madeirense apartir das parcerias

com empresas eu-ropéias, algu-mas linhasse rão total-

mente nacio -nalizadas. É o

caso da

cadeira de auditório Tulipa, que estáem adiantada fase de produção. Osencostos e assentos em espuma serãofabricados a partir de moldes produzi-dos na metalúrgica da Madeirense,também responsável por toda a ferra-mentaria de dobra, corte e repuxo, comas quais serão feitas as peças metáli-cas. “Tudo é feito aqui dentro, comnossa tecnologia e nosso conheci-mento”, ressalta o gerente-geral dametalúrgica, Afonso Sabarense.

Outro produto totalmente naciona -lizado será a Chade, uma mesa de tra-

balho com regulagem de altura. Alémdas peças em madeira, as partes dealumínio injetado, aço e termoplásticotambém serão produzidas no Brasil apartir de ferramentas projetadas e cons truídas com tecnologia da em-presa. “Estamos prontos para atendero aumento da demanda. Agora, inves-timos em ferramentaria para que essese outros produtos sejam totalmenteproduzidos aqui”, destaca o gerente-geral. “Novos maquinários serãoadquiridos no futuro, de acordo com aampliação da produção”, adianta.

Produtos de parceiros europeus serão 100% nacionais

SVM:VENDAS

MAIS ÁGEIS

Uma empresa que chega aos 60anos com o vigor da Madeirense nãopode contar apenas com a competên-cia de seus gestores. É fundamentalter colaboradores satisfeitos com oambiente de trabalho e empenhadosem fazer o melhor.

Na Madeirense, uma peculiaridadesempre revelou essa satisfação: sãovários os funcionários com 20, 30, 40

anos de empresa que trabalham juntocom os filhos. O líder de produção dosetor de Acabamento, Hélio Antônio deSouza, é um exemplo. Aos 50 anos,30 dedicados à Madeirense, vê seuspassos serem seguidos pela filha,Ellen Regiane, 23 anos, que desde os17 é funcionária. “Nesses 30 anos, aempresa cresceu muito, e todoscresceram junto. Convidei a Ellenporque aqui é um ambiente onde elatambém teria oportunidades”, conta opai. Há dois anos, a filha trabalha noDepartamento de Tecnologia da Infor-

mação, área em que faz faculdade. “Aempresa aposta na von-tade de aprimoramentodo funcionário”, reco -nhece Ellen.

Passos firmes

Carlos Alberto, 55 anos, é chefe do departamento de Estoque.Há 34 anos colabora com a solidez da empresa. A filha, KellemMara, de 23, está na Madeirense desde os 18. Ela confirma a importância de ter sido indicada pelo pai, “mas é preciso mostrarserviço como todos aqui dentro. Meu pai me ensina muita coisae acabo crescendo junto com ele”, complementa.

GERAÇÕES QUE FAZEM A HISTÓRIAFuncionários que estão na empresa há décadas vêem seus passos sendo trilhados pelos filhos

Carlos Alberto eKellemtrabalhamjuntos hácinco anos

Hélio e a flha Ellen: crescendojunto com a empresa

A história da Madeirense começou a ser construída naregião da Lagoinha, em Belo Horizonte. O pequeno prédiofoi erguido pelas mãos de Aníbal e Elza Branco.

EDITORIAL

É um privilégio chegar aos 60 anos com força, solidez e uma marca re-co nhecida nacionalmente por sua modernidade. Porém, esse sucesso

não é obra do acaso. É conseqüência de uma história de trabalho, ousa-dia e pioneirismo não apenas dos fundadores, Aníbal e Elza Branco,

mas também de pessoas que se entregaram, de corpo e alma, a estafamília chamada Madeirense. Nas próximas páginas, contamos um

pouco desta caminhada, que segue com passos cada vez mais firmes: afamília, os funcionários, as histórias curiosas e o reconhecimento pela

excelência dos produtos que resultam desta bela alquimia.

Competência reconhecida

4jornal madeirense - especial 60 anos

A Madeirense sempre teve sua excelência re-conhecida pelo poder público e por entidades degrande respeito em Minas Gerais. Ao lado, estão alguns dos mais importantes prêmios recebidospela empresa e por seus dirigentes.

1984Aníbal Branco recebe

a Medalha do MéritoIndustrial das mãos

do então governadorde Minas Gerais, Tancredo Neves.

‘É preciso mostrar serviço’

Preferência Pública e Comercialde BH - Diários AssociadosMadeirense - 1966

Medalha do Mérito IndustrialAníbal Branco - 1984

Medalha da InconfidênciaAlexandre Branco- 1998

SAGA CONTADA EM LIVRO

O carinho e a preocupaçãocom toda a família também des-pertaram interesse de AndréCarvalho. O escritor conta que “ocuidado ia além do núcleomarido, esposa, filhos. Quandoum dos sobrinhos passou novestibular de uma faculdade deItajubá, o casal entrou no carroe foi até lá. Aníbal e Elza queriamconhecer a escola e garantiruma boa moradia para o rapaz.Eram muito unidos a todos osparentes”, revela.

Um capítulo do livro foi desti-nado exclusivamente para destacara importância de algumas pessoasque ajudaram a construir a históriada Madeirense juntamente comAníbal e Elza Branco. “São princi-palmente funcionários, que tiveramparticipação fundamental nos 60anos da empresa. É gente como oSeu Cupertino, que, ainda jovem,bateu na porta do velho Aníbal edisse ‘quero trabalhar é aqui’. Hojeele é gerente-geral de produção”,destaca o escritor.

Obra retrata a trajetória do casal Branco e dos 60 anos da Madeirense

“Entre as personalidades sobre asquais escrevi, Aníbal e Elza Brancoestão entre as que mais me impres-sionaram”. Assim o escritor André Carvalho começa a relatar algumasdas histórias contidas no livro, aindasem título definitivo, que escreveusobre a saga do casal. O romance-reportagem traz à tona fatos que mar-caram a vida não apenas da família,

mas de dezenas de protagonistas doque hoje é uma das mais res peitadasindústrias de móveis para escritório doBrasil, a Madeirense.

A admiração que o autor revela temvários motivos. “Eles demons travamgrande coragem e criatividade paraenfrentar problemas”, relata AndréCarvalho. “A capacidade de criarmóveis era do velho Aníbal, um de-senhista extremamente habilidoso.Dona Elza dirigia as finanças dafábrica com firmeza, mas sempremuito preocupada com o bem-estardos funcionários”. Ao pesquisar sobrea trajetória do casal Branco, o autordescobriu que ela interferia até na vidapessoal dos funcionários. “Era uma in-terferência para o bem. Chegava a ar-ranjar casamentos para garantir ofuturo e o bem estar daquelas pes-soas”, recorda Carvalho.

Quanto à personalidade de Aníbal,uma característica chamou especialatenção de André Carvalho: ele nãoguardava o conhecimento consigo,fazia questão de transmiti-lo a todoscom quem trabalhava. “Inventou uma técnica para pegar no martelo quenão dei xava o prego dobrar ou escapulir. O conhecimento era dividido com os funcionários e comos filhos também”, destaca o autor.

A história de Elza e Aníbal Brancose confunde com a da Madeirense

5

Medalha Santos DumontElza Branco – 1991

Clube dos Amigos de JKElza Branco – 2002

Prêmio Minas Desempenho Comercial Revista Mercado ComumMadeirense – 2004/2005

A admiração do escritor pelotrabalho de Aníbal e Elza vem demuito antes. Teve início meioséculo atrás, quando André en-comendou à Madeirense cerca de160 carteiras para a escola quefundaria em breve. “Naquelaépoca, a fábrica da rua Itapecerica,na Lagoinha, era muito modesta.O chão era coberto por serragem.Dona Elza, responsável pelas fi-nanças, ocupava uma pequenasala. Quando as carteiras foram en-tregues, fiquei impressionado coma qualidade”, relata André Carvalho.

Autor e personagens secruzaram no passado

Homenagem Carinho com a família

O escritor André Carvalho:admiração por Elza e Aníbal

Quem vê pela primeira vez Elza Ferreti Branco pode ter uma impressãoequivocada sobre esta senhora de 94 anos. O corpo franzino e a fisionomiamarcada pelo tempo escondem uma força invejável. Fora da empresa de - vido às limitações da idade, ela faz questão de acompanhar de perto afábrica que construiu ao lado do marido, Aníbal Branco. Isso foi possívelconstatar durante a entrevista, várias vezes interrompida para que DonaElza, como é conhecida, pudesse indagar os funcionários por pertosobre o trabalho de cada um. Também é fácil chegar a outra cons -tatação: é enorme o amor que a viúva tem pelo marido que se foi...

A Madeirense foi o pano de fundode sua história com Aníbal Branco.Como foi o começo de tudo?O Aníbal chegou ao Brasil aindajovem, com 22 anos. Em Por-tugal, conheceu o AugustoSouza Pinto, dono do quemais tarde seria a SerrariaSouza Pinto. O senhor Au-gusto ficou impressionadocom a habilidade do Aníbalem trabalhar a madeira e oconvidou para trabalhar em BeloHorizonte. Pouco depois nos co -nhecemos e nos casamos. Apóstrês anos, Aníbal decidiu montar

uma oficina em um cômodo decasa, onde fazia pequenosserviços. Aníbal era muito com-petente e trabalhador, por isso

co nseguimos juntar nossaseconomias e construir um galpãona rua Itapecerica, na Lagoinha.A Madeirense estava começando

a surgir, naquele espaço que nósmesmos construímos.Nas décadas de 40 e 50, o princi-pal papel das mulheres era o de

criar os filhos. Como foi cuidarda empresa e dos filhos aomesmo tempo?Eu passava o dia inteiro nafábrica. Sempre tinha alguémpara ajudar a cuidar dos meusfilhos, mas eles foram educa-dos lá dentro. O Alexandre, que

hoje dirige a Madeirense, desdemuito cedo aprendeu os segredosda marcenaria, primeiro obser-vando, quando era mais novo, de-

1928O imigrante

português ClementeAníbal Branco chegaao Brasil e se instala

em Belo Horizonte.Conhecedor da arte

da marcenaria, vaitrabalhar na Serraria

Souza Pinto.

1931Já casado com ElzaFerreti Branco, SeuAníbal, como era maisconhecido, começavaa trabalhar por contaprópria, fabricando emontando instalaçõescomerciais.

1941Surge a Móveis Bandeirante, dedicadaa produzir esquadrias de madeira emóveis de todos os tipos. Porém, oque no futuro seria uma das cincomais respeitadas indústrias demóveis para escritório do Brasil aindase resumia a uma oficina modesta einformal, na residência do casal.

28 de junho de 1948 O negócio prospera e aMadeirense é oficialmente registra da,com sede na rua Itapecerica,bairro Lagoinha. Naquela época,a Belo Horizonte urbana ainda seacomodava nos limites daavenida do Contorno.

1973Acompanhando o “milagre econômico” dadécada de 70, a Madeirense experimentaum crescimento vertiginoso. A fábricamuda novamente de endereço, desta vezpara o amplo terreno no bairro Planalto,onde permanece até hoje. Comercial-mente, a empresa extrapola os limites deMinas Gerais, constituindo uma rede derepresentantes por todo o país.

Década de 80Atenta às tendências internacionais,principalmente norte-americanas, a

Madeirense desenvolve sua primeiralinha de estações de trabalho, a

Profit. A primeira encomenda sur-preende até mesmo os mais otimis-

tas. A empresa é contratada paramobiliar um prédio inteiro da Petro-brás, no Rio de Janeiro. A qualidadee o atendimento rende à Madeirense

um prêmio oferecido pela empresabrasileira de petróleo.

“Trabalhamos com a verdadea vida inteira. Faço questãoque funcione assim, para

garantir o futuro de todos quedependem da Madeirense”

ENTREVISTA

ELZA BRANCO

6jornal madeirense - especial 60 anos

ATRAVÉS DO TEMPO...

pois trabalhando na produção. Opai gostava de ensinar e elesgostavam de aprender. Todos tra-balharam na produção e ninguémtinha privilégio. Os meninos traba -lhavam da mesma forma que osoutros funcionários. Isso ajudou amoldar o caráter deles e, de certaforma, é um dos segredos dosucesso da Madeirense.

Quem conheceu o Seu Aníbalquando começou a fabricar móveisconta que ele se esmerava no tra-balho. Era um perfeccionista?Sim, Aníbal era um homem fora desérie. Criava muito, desenhava ospróprios móveis e trabalhava amadeira como ninguém. Mediacada madeira de todas as formaspara evitar desperdício. Sou sus-peita para dizer, mas nunca vininguém igual a ele. Como dono daempresa, também dava exemplo.Nunca atrasou as contas ou osalário dos empregados, era muitohonesto. Foi com a verdade que

trabalhamos a vida inteira. Hoje,faço questão que tudo funcioneassim, para garantir o futuro detodos que dependem daMadeirense.Os funcionários que conviveramcom Seu Aníbal falam dele e dasenhora com muita admiração.Como é a relação patrão/empre-gado na Madeirense?

Desde o início,sempre demosmuita importân-cia aos fun-c i o n á r i o s .Formamos umafamília. Sempreconheci cada pes-soa, a história de

cada um. Hoje estou umpouco mais distante da em-presa, mas faço questão desaber o que faz cada um.Se a Madeirense cresce,quem se empenhou paraque isso acontecesse crescejunto. Sempre fizemos questão de retribuir o esforço.Já que a senhora falou em cresci-mento, qual o segredo para que,em 60 anos, a Madeirense se tor-nasse o que é hoje?São muitos detalhes. O perfec-cionismo do Aníbal, a qualidadedos produtos e, acima de tudo, a

honestidade. Tínhamos um clienteque encomendava os móveis semperguntar preço, pois conhecianosso caráter. Outro motivo parachegar onde estamos é que oAníbal nunca foi de guardar di -nheiro. Sempre investia emmáquinas. E não podemos esque-cer também da dignidade de todosque traba lhavam e trabalham a

favor da empresa.Dentro da fábrica, é fácil encontrarfilhos de funcionários e ex-fun-cionários. É um bom sinal?Quando um pai traz o filho para aMadeirense, é sinal que ele gostade onde trabalha, nos dá muitoorgulho. Isso mostra muito do queé a empresa. Somos uma famíliade várias famílias.

13 de junho de1991Aníbal Brancofalece aos 85anos, deixandoo comando daempresa para aesposa e os filhos.

1992É inaugurada a me -talúrgica do grupo.

As partes metálicasdos móveis passam

a ser feiras naprópria empresa,

acelerando a produção e

otimizando custos.

2004 A Madeirense realiza sua primeira exportação.Destino: American Pro-Logic, a representaçãoda empresa em Miami (EUA).

2007Parcerias são firmadas com três dasmais conceituadas indústrias européias de poltronas para auditório (Espanha), divisórias deprimeira linha (Alemanha) e estações de trabalho (Itália). A partir dos acordos, a empresabrasileira passa a produzir novaslinhas de produtos já consagradosno mercado Europeu.

Junho de 2008A Madeirense chega aos 60 anos com uma trajetória vi-toriosa. Além da infra-estrutura invejável, o grupoconta com representantes em todos os Estados e tam-bém no exterior. A data coincide com o lançamentodos produtos oriundos das parcerias européias.

“Desde o início, sempre demosmuita importância aos

funcionários. Formamos umafamília. Sempre conheci cada

pessoa, a história de cada um”

7 maio e junho de 2008

Dona Elza com o filho Alexandre Branco

Para atender a Losango, aMadeirense utilizou painéis estrutu-rais sinuosos dividindo os postos deatendimento e gerando maior inte -ratividade no atendimento. Tambémfoi necessário desenvolver umacaixa para concentrar os equipa-mentos, com furos laterais para ocontrole térmico e calhas especiaispara passagem dos cabos que ligamuma estação à outra.

Segundo relata Carlos Barros, oconceito foi aplicado em todas aslojas do Brasil. “O sucesso foitamanho que a Losango ampliou sig-nificativamente a gama de produtosoferecidos”, comemora.

Interatividade

Alguns clientes necessitam desoluções exclusivas de espaço, fun-cionalidade e comunicação visual.Um desses projetos especiais de-senvolvido pela Madeirense foi apresentado à Losango, no trabalhoencomendado pela PDV Brasil/ProBrasil Propaganda, empresa responsável pelo projeto arquitetônico, estratégia comerciale posicionamento de marca da em-presa financeira. O cliente solicitouum produto diferenciado, que per-mitisse atendimento ao público deforma mais pessoal, com designmoderno, comunicação visual in-tegrada e soluções para o cabea-mento estruturado.

De acordo com Carlos BarrosSantos, arquiteto da PDV Brasil, oobjetivo era mudar a forma deatendimento ao cliente e, aomesmo tempo, incrementar a es-tética e a funcionalidade. “Quandorecebemos essa tarefa, precisáva-mos de um parceiro e, é claro, tinhaque ser a Madeirense”, explica.

8jornal madeirense

PROJETOS ESPECIAIS

SOLUÇÕES PARA PONTOS DEVENDAProjeto elaborado para a Losango aumenta integração no atendimento e atende necessidades de cabeamento

Mobiliário personalizado proporcionou otimização do espaço

TECNOLOGIA

No projeto especial encomendado pela Losango,para obter melhores resultados sem estender oprazo, a Madeirense utilizou a realidade virtualdesde o projeto inicial até a aprovação por parte docliente. O diretor Markoni Heringer (foto) explica oprocesso: “primeiro apresentamos um protótipo real

e depois fizemos a adequação em 3D”. Abaixo,diferentes etapas do projeto virtual.

Realidade virtual em 3D

Qualidade no atendimento,preço, agilidade no prazo de en-trega e, principalmente, capaci-dade de incorporar a identidadevisual no mobiliário foram de-terminantes para que aMadeirense conquistasse maisum cliente: a WebSoluções, pro-dutora digital especializada emdesenvolvimento multimídia einternet.

Passando por reformas emsua sede, a produtora contratouo arquiteto Wilheim Rosa, paraprojetar desde a estrutura ex-terna até estações de trabalhoque deveriam compor o ambi-ente. Porém, faltava encontraruma fábrica de móveis queatendesse as necessidades doprojeto. Após fazer uma cotaçãono mercado, a WebSoluçõeschegou a uma das represen-tações da Madeirense, em SãoPaulo.

Com base nas exigências doarquiteto, o Núcleo de Desen-volvimento de Produtos (NDP)da Madeirense criou mobiliáriosque não somente atendessem àestrutura física, mas que tam-bém fossem fieis à identidadevisual do cliente.

Agregando cores fortes e

acabamento bem traba -lhado em MDF, as posiçõesde trabalho ganharam visualmoderno e arrojado. “Nossocliente buscava um fornecedorque acompanhasse a filosofiada empresa de apresentarsoluções eficientes e criativas.A idéia era montar um escritórioque tivesse a cara da Web-

Soluções”,destaca o gerente comercial daempresa, Leonardo Heringer.

9 maio e junho de 2008

A WebSoluções procurava móveis personalizados que fossem acara da empresa. Encontrou na Madeirense o parceiro ideal

Superando expectativasMerece destaque o prazo

recorde de execução do projetoespecial para a WebSoluções.Desde a concepção até a ins -talação dos móveis, foram ape-nas 20 dias. “Tínhamos umgrande desafio, que era desco-brir quem fabricasse os móveissob medida em prazo recorde.Encontramos na Madeirense oparceiro ideal, desde o orça-mento até o suporte pós-venda,superando nossas expectati-vas. Hoje temos um ambientede trabalho prático, bonito emoderno”, ressalta a sócia- gerente da WebSoluções, CíntiaCamarotto.

Cíntia Camarotto encontrou naMadeirense o parceiro ideal

Ambiente de trabalhoganhou visualarrojado. À direita, emdetalhe, as estações criadas com exclusividade

QUANDO VISUAL É TUDO

ATENDIMENTO

Made Goiânia em novo endereço

REPRESENTAÇÕES

Com um coquetel para 150convidados, foi inaugurada a novaloja da Made Goiânia, o Show-room da Madeirense na capital deGoiás. Além da melhor localização– no Setor Marista, região nobreda cidade – os clientes agoracontam com mais espaço, ondeestão expostas todas as linhasde móveis da marca. Em 400m2,são apresentadas as novidadesem gabinetes para diretoria, estações de trabalho, recepções,mesas de reunião e todas as va -riedades de cadeiras e poltronasMadeirense. A nova loja contatambém com uma sala VIP com

TV LCD e internet sem fio à dis-posição de clientes e arquitetos,que aproveitam para co nhe cer afábrica de Belo Horizonte atravésde um vídeo institucional. O in-vestimento já proporcionou au-mento do número de visitantese, consequentemente, incre-mento nas vendas.

Em busca de maisconforto e produtividade paraquem trabalha à frente docomputador, a Madeirense

criou o Braço Giratóriopara Monitor LCD. O dispositivo articulado é

constituído por 11 peças dealumínio e suporta displays deaté 32 polegadas. Para criar omodelo, o Núcleo de Desen-volvimento de Produtos (NDP)

d aMadeirense

adotou comorefe- rência al-

guns acessórios do mercadoeuropeu. O braço gira 360 grausem torno do eixo afixado namesa, oferecendo infinitasopções de regulagens, tanto ver-tical quanto horizontalmente. Oresultado é mais mobilidade eespaço na área de trabalho.

Para garantir o conforto e afuncionalidade do ambiente detrabalho, empresas no mundo in-teiro se preocupam com acús-tica, iluminação, temperatura eclima organizacional, além dasdimensões e adequação demóveis e equipamentos.

A Madeirense prioriza, cada vezmais, a saúde do usuário no de-senvolvimento de produtos, com-patíveis com as necessidades,habilidades e limitações de cadaindivíduo. Por isso, é referência emmóveis ergonômicos no país.

De acordo com Elizabeth Rocha,do setor de Ergonomia, para que oprofissional tenha desempenho,motivação e criatividade, énecessário conforto e bem-estar."Má postura, imobilidade e uso ina dequado dos móveis causamdores no corpo, dores de cabeça eaté mesmo doenças como DORTe LER”, explica.

Quanto maior o cuidado com aregulagem das cadeiras, encosto esuperfície de contato, maior a pro-dutividade. No entanto, apenasmóveis adequados e ambiente fa-vo rável não são suficientes. A cons -ciência corporal também é fatorprimordial. “A maioria das pessoasnão sabe regular as cadeiras.Acredita que, se não sente doresagora, não vai sentir nunca. Mas apostura errada provoca gravesproblemas de saúde a curto prazo”,avisa Elizabeth.

A Ergonomia pode ajudar, deforma simples, a amenizar ou evi-tar problemas futuros.

PRATICIDADE PARA MONITOR LCDEstações de trabalho ganham design mais leve com novas peças em alumínio injetado

10jornal madeirense

DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS

Nova loja: ainda maisespaço e conforto

SAÚDE CORPORATIVA

Ergonomia melhora

saúde e produtividade

Família unida,família qualificada

É dela o primeiro sorriso para quem visita a Madeirense. Marília é um mistode recepcionista e super-secretária, mas já passou por vários setores.

Entrou na empresa graças a uma visita à casa de Dona Elza, junto com airmã, que já trabalhava na empresa. Foi nesse dia, 30 anos atrás, que

recebeu o convite para trabalhar na expedição. Depois foi para a recepção, trabalhou como telefonista e secretária da diretoria e voltou definitivamente

para o cargo de recepcionista. Hoje, além de cuidar da secretaria e da recepção, também é responsável pelo recebimento e expedição de corres -pondências, cópias de documentos e pelo agendamento de viagens. “Sei

que o Seu Aníbal, a Dona Elza e o senhor Alexandre sempre tiveram grandeconfiança em mim. Por isso, desde o início, faço o máximo para atender

bem a todos”, conta Marília, em tom de gratidão.

A Madeirense já possibilitou acapacitação profissional de váriasfamílias, o que proporciona tran-qüilidade aos funcionários. GeraldoNorval, do departamento financeiro,se formou em 2002 no curso Se-qüencial de Contabilidade da UNA,com a ajuda da Madeirense. Masfoi em 2007 que ele percebeu aindamais a importância do Programa deIncentivo Acadêmico. “Na minhafamília, eram três pessoas na facul-dade ao mesmo tempo. Comomeus dois filhos trabalham na em-presa, tivemos que custear integral-mente apenas a faculdade daminha mulher”, comemora Norval.

Dos filhos de Geraldo, Fabrício, quetrabalha na Madeirense há quase seisanos, se formou em Administração daProdução e Logística na UNA e hojetrabalha como auxiliar comercial. Ooutro filho, Daniel, é office boy daMadeirense e cursa o terceiro períodode Administração de Empresas, nomesmo centro universitário.

Entre as ações de RecursosHumanos aplicadas pelaMadeirense, o Programa de In-centivo à Formação Acadêmicatem grande destaque. Fun-cionários com mais de seismeses na empresa têm direitoa bolsa de 50% para matrícula emensalidades em cursos pré-

vestibulares, graduação e pós-gradu-ação. O reembolso é garantido paracursos relacionados à função exercidaou que possam ser aproveitados emoutros setores da Madeirense.

De acordo com a supervisora de

Pessoal, Valéria Andrade, atualmenteo programa atende 22 funcionários,sendo 18 na graduação e quatro napós-graduação. “É uma forma de via-bilizar o desenvolvimento intelectual eprofissional dos funcionários”, explica.

A assistente de marketingRossana Seabra recebeu do chefe,Markoni Heringer, a confiança deque poderia se aprimorar mais. “Eleme incentivou a buscar nova qualifi-cação. Percebi que era hora de investir na carreira. Hoje faço o cursode Gestão de Recursos Humanos naFaculdade INED”, comenta Rossana.

11 maio e junho de 2008

GENTE DA GENTE

MaríliaNome

Marília Oliveira BacelarIdade

55 anosTempo de Madeirense

30 anosCargo

Secretária e Recepcionista

PESSOAS

Rossanaobteve do

chefe a confiança

para buscarmais

qualificação

Como programa, Geraldo economizou nafaculdade dos filhos Fabrício e Daniel

Valéria: estudo amplia a capacidade intelectual eprofissional

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A preocupação da Madeirensecom a valorização do ser humanoresultou, em 2007, na parceria coma Associação Preparatória deCidadãos do Amanhã (Aprecia) e aSecretaria Social de Defesa Social(SEDS), para desenvolvimento doProjeto Correcional Madeirense.Nele, nove detentos da Peniten-ciária José Maria Alckmin, emRibeirão das Neves, executam tra-balhos de marcenaria, coordenadospela empresa.

O trabalho é desenvolvido em

um galpão dentro da penitenciária.Com carga horária de oito horasdiárias, os detentos reformam emmédia 200 carteiras escolares pormês, que chegam como sucatas esão devolvidas às escolas públicascom o padrão de qualidadeMadeirense. A proposta é, embreve, ampliar a produção para afabricação de móveis de escritório.

De acordo com o coordenadorde projetos da Aprecia, IsraelBreder, os detentos passam porprocesso de triagem e preparação.

“Os interessados são selecionadosdentro da penitenciária, depois pelaSEDS. Por último, passam por umaavaliação da Aprecia, que detectaconhecimentos e habilidades paraa função”, explica Breder.

A Aprecia também ofereceatendimento psicológico e curso devalores humanos aos assistidos.“Nosso objetivo, além de ensinaruma profissão, é resgatar valoresbásicos humanitários, auto-estimae formação pessoal”, complementao coordenador.

O alerta vem de especialistas: ouso irracional e a poluição já provo-cam escassez de água potável nomundo. Diante dessas condiçõesadversas e consciente da sua res -ponsabilidade ambiental, aMadeirense implantou uma Esta -ção de Tratamento de Efluentes(ETE) em sua metalúrgica.

Com capacidade para processarcerca de seis mil litros por dia, a ETEtrata a água utilizada na produçãodos componentes metálicos.

Segundo explica o supervisor in-dustrial da metalúrgica, WeberthSabarense, depois de tratada, aágua é reaproveitada no processoprodutivo da fábrica, na lavagem depeças e maquinário, na aspersãode pátios, irrigação de jardins,limpeza, entre outras aplicações.“Com a reutilização, a empresaeconomiza cerca de 30% do con-sumo. Além de contribuirmos parao meio ambiente, reduzimos nossoscustos”, diz Sabarense.

MEIO AMBIENTE

Água é tratada e reutilizada

EXPEDIENTE

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Departamento de Comunicação e Marketing - Diretor: Markoni Ramires Heringer - Coordenação e revisão: Marilene Dacache Balieiro Jornalista responsável: Ernesto Boaviagem Hodge (MG 64.434 JP) - Projeto gráfico, diagramação e textos: Supra Comunicação Colaboradores: Rossana Seabra, Edilene Ramos e Davi Assumpção - Gráfica: Rona Editora - Tiragem: 5.000 exemplares

Madeirense: Rua Francisco Augusto Rocha, 75 - Planalto - CEP 31.720.260 - Belo Horizonte - Minas Gerais - Telefone: (31) 3459 1236Website: www.madeirense.com.br - E-mail: comunicacao@madeirense.com.br - Atendimento ao Cliente: 0800 283 6776

Publicação Institucional do Grupo Madeirense - maio/junho - ano 14 - no 103

ETE: água proveniente daprodução é reutilizada

ANA LUIZA/ASCOM SEDS

O RESGATE DAA DIGNIDADEDIGNIDADEPrograma da Madeirense reintegradetentos da Penitenciária JoséMaria Alckimin, na Grande BH

Carteiras são reformadas por detentos com supervisão da Madeirense

Detentos recebem orientação

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