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Integração Atenção Primária – Atenção Especializada: cuidados colaborativos. Funciona?

Modelo Brasileiro

E o processo de trabalho? Consultas e visitas domiciliares conjuntas – registro

Experiência da Saúde Mental

Seu papel na construção das redes de atenção

Questões Hoje

2

Como era?

Referencia sem contra-referencia

Excesso de encaminhamentos

Busca de especialistas - Dificuldades para marcar

Saúde Mental: sem vagas e sem pacientes

Despacho-terapia

E os problemas mais graves NÃO ficam resolvidos

3

• Mcwhinney (a) - Médicos de família e especialistas devem ter seus papeis e focos de responsabilidades bem definidos considerando uma efetiva comunicação e integração entre os serviços

• Starfield (b) - Coordenação do cuidado -interface entre profissionais da atenção primária e especialistas e a qualidade da continuidade do cuidado

(a) textbook in family medicine. Oxford University Press,1989

(b) Primary and specialty care interfaces: the imperative of disease continuity. Br J Gen Pract. 2003;53(494):723-9

- 2010 – Papel da “discussão de casos” no cuidado de pessoas deprimidas na APS – Metanálise " What is the role of consultation–liaison psychiatry in the management of depression in primary care? A systematic review and meta-analysis”

- 5 ensaios clínicos randomizados

- Desfecho – melhora clínica e prescrição de tratamento

- Componentes da “discussão de caso” 1. Encontro regular presencial entre profissionais; 2. Foco no manejo do caso na APS com suporte; 3. Referência dos casos apenas somente discussão

direta;

• As evidências disponíveis sugerem que “discussão de caso” não está associada com melhoras signiticativas na melhora do cuidado de pessoas com depressão ou na prescrição de antidepressivos na APS.

* J. Cape et al. What is the role of consultation–liaison psychiatry in the management of depression in primary care? A systematic review and meta-analysis”General HospitalPsychiatry 32 (2010) 246–254

- 2012 - Metalise = Cuidados Colaborativos (CC) para depressão e ansiedade;

- 79 ensaios clínicos randomizados - (24308 pcts) - 80% na APS

- Envolvimento de médicos, enfermeiros e profissionais de Saúde Mental

- Aspectos Fundamentais incluídos: 1. Atuação de equipe multiprofissional;

2. Plano de cuidado estruturado;

2. Acompanhamento contínuo e compartilhado (case management);

3. Comunicação interprofissional “potencializada”;

- Aspectos Fundamentais incluídos: - “Case management” – atenção à aderência ao tratamento

(farmacológico/psicológico), monitorar evolução do tratamento, tomar ação no fracasso do tratamento. Trabalho conjunto com profissional APS (que mantém responsabilidade clínica) e supervisão contínua.

- Ação individual necessária e pactuada entre profissionais envolvidos

Conclusão : Cuidados Colaborativos estão associados com melhoras significativas nos quadros de depressão e ansiedade comparado com tratamento usual e representa uma opção terapeutica útil no cuidado de adultos com estes quadros.

• Archer J, Bower P, Gilbody S, Lovell K, Richards D, Gask L, Dickens C, Coventry P. Collaborative care for depression and anxiety problems. Cochrane Database of Systematic Reviews 2012, Issue 10

-

• Cuidados colaborativos envolve profissionais de diferentes especialidades, disciplinas ou setores trabalhando juntos para oferecer serviços complementares a apoio mútuo. Asseguram que os usuários dos serviços de saúde recebam o cuidado mais apropriado para sua necessidade, localidade e o mais rápido possível, com o mínimo de obstáculos. Envolvem a melhor comunicação ao posibilitar contatos pessoais, compartilhados, educação permanente e/ou planejamento sistemático de cuidados conjuntos.

“MATRIX CARE” MATRICIAMENTO

• Os trabalhos colaborativos entre “matriciadores e matriciados" não acontecem instantaneamente ou sem trabalho para tal. Requerem preparação, tempo e estruturas administraticas de suporte, responsável por determinar e alocar recursos necessários, gerenciar tempos e agendas.

• Atuação conjunta no mesmo ambiente é importante para ambos profissionais.

• Disposição para aprender com diferentes disciplinas de forma conjunta, respeitando as particularidades individuais dos profissionais.

O matriciamento é um modelo de cuidados colaborativos genuíno do Brasil?

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Tradição Brasileira

PORTARIAS / MANUAIS

FATOS E ROTINAS

Consultas conjuntas Grupos Projetos

terapeuticos

SUS – 26 ANOS

ESF – 14 ANOS

NASF – 4 ANOS PACIÊNCIA HISTÓRICA

..PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM NO SUS/APS – (NÍVEL UNIVERSITÁRIO)

NÃO TÊM FORMAÇÃO ESPECÍFICA P/ APS

SAÚDE PÚBLICA – UNIVERSAL

Clinica Ampliada - Matriciamento

Projeto Terapêutico Singular- Projeto de Saúde do Território

Construção Redes

- paciente com doenças fisicas: AVC, afásico, deprimido, em uma comunidade em um morro ou obesos, com hipertensão e diabetes descontrolada, e dor lombar,”nervosa”.

- Paciente Poliqueixosas, depressiva-ansiosas com maridos alcoolatras

- Crianças com dificuldades de aprendizagem

- Jovens que se envolvem com drogas

- TMG: trancados em casa, sem acesso ao cuidado

- Famílias em vulnerabilidade psicossocial

17

25 a 35% da população no território tem sofrimento psíquico 40% da população em atendimento nas unidades tem

depressão-ansiosa APENAS 17% no máximo esta sendo medicada... Não

medicalização... Há falta de acesso !!!

A coordenação é da AP, que muitas vezes não sabe detectar e nem o que fazer

A importância do matriciamento: - Outro modelo, para conseguir resolver – criar soluções - Formação Inadequada = educação permanente - Como lidar com problema psicossocial

Pactuação de ações

- O que eles esperam de mim?

- O que eles sabem (e/ou praticam) sobre meu

“núcleo” de saber?

- Os encaminhamentos são qualificados?

- Entendemos nosso “campo” de atuação?

- Manejo das “arestas interpessoais”?

Conheço:

os determinantes de saúde e as características da comunidade que trabalho?

-os equipamentos de saúde e suas rotinas? Já fui até eles?

- a rede intersetorial (gorvernamentais e não governamentais) ?

1) tividades individuais X compartilhadas – • Produzir intervenções • Mais ação e menos reunião! • Educação Permanente: quem ensina quem e como? • Matriciar: verbo transitivo indireto – nós nos

matriciamos

• Casos índices para PTS com todos profissionais – prática do método.

• Intervenção Interdisciplinar !!!

- Previamente selecionado e abordado pela equipe ESF – que é a coordenadora sistema !

Intervenções Interdisciplinares e Comunitárias

Faltam novas tecnologias nesse nível EM TODAS AS AREAS

Palestra? Vocês gostam?

Como resolver de uma nova forma velhos problemas sem solução

Grande fronteira

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Facilitação do contato

◦Mobilidade:

◦ Visitas pré-agendadas e regulares:

uma rotina previsível e quer permita

a organização da unidade de saúde.

◦Disponibilização de comunicação

rápida (celular) do matriciador para

a equipe matriciada.

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Apoio a Equipe: comunicação e relação profissional-paciente

◦ As equipes de SF apresentam burnout com mais

freqüência e intensidade do que equipes de UTI

◦ Apoio a AP : se ela ficar sobrecarregada, apenas ira baixar a qualidade e não cumprira suas atribuições.

◦ Não é “bombril”...

◦ Trabalho em Equipe

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Organização da rede Pactuação com os diversos atores (ABS, nível

secundário e terciário) sobre a atuação de cada nivel com os pacientes.

Estudo cuidadoso do território e suas particularidades geográficas e epidemiológicas

• Apoio do gestor local: divisão e orientação para processo de trabalho

• Expectativas dos gestores: referência secundária?

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Tempos dos Profissionais

Sobrecarga da ESF

Demanda espontânea x Trabalho no território

Continuidade do Cuidado

Registro das Ações:planejamento e acompanhamento

Hierarquização do cuidado

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O MATRICIAMENTO NÃO DEVE SER

1. Ambulatórios com horário marcado e agenda – mas é

necessário ambulatório de retaguarda

1. Um trabalho isolado, sem articulação com a rede

2. Atendimento de especialidade na AP

3. Reuniões de Regulação ou Supervisão de Casos

4. Voltado para a demanda especializada na área

– a demanda da AP é diferente

Funciona ! - com vistas à experiência internacional acumulada + exp. nacional;

Trabalho artesanal, com várias competências a serem desenvolvidas, inclusive gerencial

Educação (permanente p/ equipe) e dedicação são imprescindíveis

Como Fazer – um guia:

http://pt.scribd.com/doc/70063697/Guia-Pratico-de-matriciamento-em-saude-Mental

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