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INSTITUTO POLITÉCNICO DE SETÚBAL
PLANO ESTRATÉGICO DE
DESENVOLVIMENTO
2007-2011
A construir futuro
Março 2007
Índice
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 1
ÍNDICE
INTRODUÇÃO 2
PARTE I - FORMULAÇÃO ESTRATÉGICA
I. FORMULAÇÃO ESTRATÉGICA 5
I.1 VISÃO, VALORES E MISSÃO 6
I.2 OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS 9
I.2.1 FORMAÇÃO 10
I.2.2 INVESTIGAÇÃO 12
I.2.3 RELAÇÃO COM A ENVOLVENTE 14
I.2.4 RECURSOS E ORGANIZAÇÃO 16
I.3 ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO 18
I.3.1 FORMAÇÃO 18
I.3.2 INVESTIGAÇÃO 21
I.3.3 RELAÇÃO COM A ENVOLVENTE 23
I.3.4 RECURSOS E ORGANIZAÇÃO 26
PARTE II - DIAGNÓSTICO
II. DIAGNÓSTICO 29
II.1 ANÁLISE DA ENVOLVENTE 30
II.1.1 AMBIENTE CONTEXTUAL 30
II.1.1.1 CONTEXTO POLÍTICO-LEGAL 30
II.1.1.2 CONTEXTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO 38
II.1.1.3 CONTEXTO ECONÓMICO 45
II.1.1.4 CONTEXTO SOCIOCULTURAL 52
II.1.2 AMBIENTE TRANSACCIONAL 55
II.1.2.1 OFERTA FORMATIVA 55
II.1.2.2 PROCURA 73
II.1.2.3 COMUNIDADE 80
II.2 AMEAÇAS E OPORTUNIDADES 82
II.3 ANÁLISE INTERNA 86
II.3.1 ENQUADRAMENTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO RECENTE DO IPS 86
II.3.2 PONTOS FORTES E FRACOS 88
II.4 ANÁLISE SWOT 91
APÊNDICES 92
Introdução
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 2
INTRODUÇÃO
O presente Plano de Desenvolvimento do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) para os próximos
cinco anos é naturalmente influenciado pelo actual quadro de mudança do Ensino Superior em
Portugal. Deste quadro fazem parte as políticas do governo e do MCTES, algumas já
consubstanciadas em legislação recentemente publicada, que decorrem da implementação do
Processo de Bolonha e das metas definidas no âmbito da Estratégia de Lisboa para 2010, assim
como as análises e recomendações do Relatório da ENQA e da OCDE, apresentados publicamente
em Novembro e Dezembro de 2006.
A situação socioeconómica do país, bem como as estatísticas da educação referentes à escolaridade,
às qualificações dos portugueses, ao acesso ao ensino superior e ainda ao sucesso académico e à
empregabilidade dos diplomados constituem preocupação bastante para justificar o surgimento de
um conjunto de alterações substanciais à estrutura e à organização do sistema, com implicações
profundas para as instituições do ensino superior. De entre as propostas emergentes de alterações,
são de destacar as seguintes:
O reforço do papel e da missão do ensino politécnico;
A ênfase nas formações técnicas de curta duração;
A captação de novos públicos, sobretudo jovens com dificuldades de acesso ao ensino superior
e adultos com percursos escolares e profissionais diversificados;
A responsabilidade das instituições no sucesso académico dos seus estudantes, bem como na
inserção dos mesmos no mercado de trabalho;
A efectiva ligação e interacção com os parceiros sociais na oferta de formação e na
transferência de conhecimento e tecnologia;
A racionalização da rede nacional de instituições do ensino superior;
A internacionalização das instituições de ensino superior.
O contexto em que estas propostas emergem contém oportunidades reais de mudança positiva que
devem ser abordadas de forma crítica e criativa no sentido de definir um novo rumo para o IPS nos
próximos anos.
Dando continuidade à iniciativa tomada em 2001, em que foi elaborado o Plano de
Desenvolvimento do IPS para o período 2002/2006, a actual Presidência do IPS tomou a decisão
de formular um plano estratégico de desenvolvimento para o próximo quinquénio.
O Plano Estratégico de Desenvolvimento do IPS 2007-2011 tem como objectivo estabelecer
de forma consensualisada e inequívoca linhas de orientação do IPS, definindo este como
um todo global integrador da Presidência, Escolas e Serviços de Acção Social. Enquanto
documento orientador estratégico, deverá enquadrar e ser capaz de gerar planos de
actividades anuais ou bienais das várias unidades orgânicas e serviços.
Trata-se, por conseguinte, de um plano estratégico ao nível do IPS enquanto instituição do ensino
superior que integra várias escolas superiores e outras unidades orgânicas e a quem cabe a sua
orientação global para a prossecução dos objectivos do ensino superior politécnico numa mesma
Introdução
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 3
região, concertando as respectivas políticas educacionais e de optimização de recursos, deixando
espaço, todavia, para que cada uma das suas escolas projecte e desenvolva o seu percurso no âmbito
da respectiva autonomia.
Se bem que cada unidade orgânica do IPS tenha a sua especificidade, que requer actuações
diferenciadas, não deixa, no entanto, de haver espaços de concertação que podem optimizar e
potenciar recursos e que, fundamentalmente, permitem uma melhor afirmação e desempenho do
IPS face ao actual contexto de mudança do ensino superior nacional.
Justifica-se assim a elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento do IPS para 2007/2011,
através do qual se procuram estabelecer objectivos estratégicos a alcançar no horizonte dos
próximos 5 anos - quantificados de forma ambiciosa mas realista - e acções de carácter estratégico,
numa perspectiva de inovação, mudança e adaptação às alterações da envolvente económica, social,
cultural, científica, tecnológica e política. O novo contexto e os novos desafios que lhe estão
associados requerem a adopção de novos padrões de gestão e de funcionamento da generalidade
das Instituições de Ensino Superior e, em particular, do IPS, que levam ao reequacionando da sua
missão, objectivos e formas de actuação. Estes devem influir decisivamente no posicionamento
estratégico e operacional do IPS face a uma envolvente ampla, diversificada e até, de certa forma,
turbulenta e portadora de incerteza, razões pelas quais se configura a possibilidade de desenhar e
introduzir, no horizonte de 2007/2011, outros objectivos estratégicos ou acções que não são hoje
contemplados.
O roteiro metodológico escolhido considerou, além de uma exaustiva consulta documental, etapas
de recolha de informação e opinião – sob a ideia de Ouvir interno e externo – operacionalizadas
com 4 reuniões de Focus Group (Presidência e Vice-Presidência; Presidentes dos Conselhos
Directivos e Directores; mesas dos Conselhos Científicos e mesas dos Conselhos Pedagógicos),
com reuniões plenárias nas 5 Escolas e com dois inquéritos on-line (para as comunidades interna e
externa do IPS). O tratamento dos dados e a análise dos elementos recolhidos suportam a
orientação deste documento, particularmente no que reporta à identificação de objectivos
estratégicos partilhados.
Pode assim afirmar-se que a metodologia para a elaboração do Plano Estratégico assentou na
discussão e reflexão que envolveu toda a comunidade educativa, desde os órgãos de gestão, ao
corpo docente, não docente e discente, e a comunidade social envolvente do IPS.
A estrutura do Plano Estratégico assenta numa análise externa e interna, designadamente:
A envolvente contextual - ambiente político-legal, científico e tecnológico, económico e
sociocultural - que, de forma indirecta, podem afectar o ensino superior e, em particular, o IPS;
A envolvente transaccional - envolvente próxima, em que existe uma interacção directa,
designadamente, o IPS no quadro da rede de ensino superior, a oferta formativa, a procura e a
comunidade, sobretudo a existente no espaço de influência do IPS;
A situação interna do IPS e das suas unidades orgânicas.
Introdução
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 4
A análise externa contemplou não somente a situação actual, mas também as dinâmicas e
tendências perspectivadas. A análise interna relativamente a cada uma das Unidades Orgânicas é
articulada ao nível do IPS.
Com base na análise efectuada é então formulada a estratégia institucional, com a definição ao nível
do IPS, designadamente de:
Visão, Valores e Missão;
Objectivos estratégicos, ao nível da formação, investigação, relações com a envolvente,
recursos e organização;
Estratégias de desenvolvimento - acções integradas de carácter estratégico através das quais se
procurará alcançar os objectivos estratégicos.
O presente documento está estruturado da seguinte forma:
Na Parte I apresenta-se a Formulação Estratégica (Visão, Valores, Missão, Objectivos e Planos
Estratégicos);
Na Parte II apresentam-se os elementos de suporte à formulação estratégica correspondente ao
Diagnóstico Estratégico (análise externa e interna), designadamente:
Análise da envolvente:
o Ambiente Contextual: contexto político-legal, contexto científico e tecnológico,
contexto económico e contexto sociocultural
o Ambiente Transaccional: oferta formativa, procura e comunidade
Ameaças e oportunidades
Análise interna
Pontos fortes e fracos
Análise SWOT
Apêndices
Parte I - Formulação Estratégica
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 5
I. FORMULAÇÃO ESTRATÉGICA
Parte I - Formulação Estratégica – Visão, Valores e Missão
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 6
I.1 VISÃO, VALORES E MISSÃO
VISÃO
Ser um líder na educação terciária, no sector politécnico, com prestígio internacional, reconhecido pela sua forte ligação à comunidade e excelência
na sua capacidade de intervenção na criação, transmissão e difusão de conhecimento científico, tecnológico e cultural.
VALORES
Equidade, integridade e responsabilidade Competência, qualidade e excelência
Inovação, criatividade e empreendedorismo Pluralismo, partilha e coesão
MISSÃO
O Instituto Politécnico de Setúbal, como Instituição de Ensino Superior, procura, de forma permanente e em articulação com os parceiros sociais,
contribuir para a valorização e desenvolvimento da sociedade em geral e da região de Setúbal, em particular, através de actividades de formação terciária,
de investigação e de prestação de serviços, que concorram para a criação, desenvolvimento, difusão e transferência de conhecimento e para a
promoção da ciência e da cultura.
Quadro 1. – Visão, Valores e Missão VISÃO
O Instituto Politécnico de Setúbal, como instituição do ensino superior, é um centro de criação,
transmissão e difusão de ciência, tecnologia e cultura, intervindo directamente no desenvolvimento
da sociedade e na valorização dos recursos humanos. Como entidade, cabem-lhe naturalmente
legítimas intenções e aspirações para o futuro, cuja explicitação pode constituir um instrumento de
motivação e inspiração para a sua comunidade.
Assim, é Visão do IPS:
Ser um líder na educação terciária, no sector politécnico, com prestígio
internacional, reconhecido pela sua forte ligação à comunidade e excelência na
sua capacidade de intervenção na criação, transmissão e difusão de
conhecimento científico, tecnológico e cultural.
Parte I - Formulação Estratégica – Visão, Valores e Missão
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 7
VALORES
No âmbito da sua actividade, o Instituto Politécnico de Setúbal interage, através dos seus recursos e
competências, quer com a sua comunidade interna, quer com a comunidade envolvente. Como
elementos diferenciadores de uma cultura própria, comportamentos e relações, bem como de
afirmação das suas convicções, assumem-se como valores fundamentais: Equidade, integridade e responsabilidade O IPS defende os princípios do respeito pela pessoa, da justiça social, da igualdade de oportunidades, da protecção da diversidade cultural, do rigor e honestidade cultural, da transparência e assunção de responsabilidades. Competência, qualidade e excelência Toda a comunidade do IPS assume um compromisso com os mais elevados padrões de qualidade intelectuais e éticos, no ensino e na aprendizagem, na formação e na investigação, bem como na prestação de serviços e na conduta em todas as actividades com particular relevância no desenvolvimento e impacto positivo na vida dos estudantes. Inovação, criatividade e empreendedorismo O desenvolvimento do IPS passa por promover novas abordagens, responder de modo crítico e criativo aos desafios internos e externos, racionalizar e rentabilizar recursos e processos. Pluralismo, partilha e coesão O IPS promove a cooperação e o intercâmbio em todos os domínios, considerando essencial alicerçar as relações inter escolas, congregar vontades e optimizar sinergias, valorizando as diferenças e o pluralismo de ideias.
MISSÃO
O Instituto Politécnico de Setúbal é uma instituição de Ensino Superior que visa contribuir para o
desenvolvimento sustentado da sociedade, em articulação com os parceiros sociais, através do
desenvolvimento de actividades de formação, de investigação e desenvolvimento, de transferência
de conhecimento e tecnologia na prestação de serviços à comunidade, e ainda de divulgação e
promoção da ciência e da cultura.
No domínio da formação, o IPS assume como primordial a formação superior de profissionais de
elevada competência técnica e científica, quer ao nível da formação inicial de 1º ciclo (licenciatura),
quer ao nível da formação de 2º ciclo (mestrado), quer ainda ao nível da formação pós-graduada e
de outros tipos de formação ao longo da vida. Assume ainda como acções importantes o
desenvolvimento de cursos de especialização tecnológica, assegurando a articulação dos mesmos
com as formações de 1º ciclo, e o reconhecimento e a validação de competências de nível superior.
O IPS integra a prática de investigação e desenvolvimento e a transferência de conhecimento e
tecnologia como componentes imprescindíveis da sua actividade, quer como suporte à actividade
de formação, quer ainda como factor de interacção e compromisso com a comunidade.
Parte I - Formulação Estratégica – Visão, Valores e Missão
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 8
No âmbito das suas competências e, para além da contribuição para o desenvolvimento da
sociedade através das suas actividades de formação, criação, desenvolvimento e difusão do
conhecimento, o IPS assume a sua total disponibilidade para a prestação de serviços à comunidade,
em conformidade com os recursos e competências, de acordo com as necessidades da envolvente.
No que concerne à actividade de natureza cultural, o IPS, tirando partido do valor patrimonial dos
seus Claustros e das competências instaladas no domínio das Artes, Comunicação e Animação,
desenvolve acções concertadas com a comunidade que contribuem para a sua própria inserção
social e para o fortalecimento da sua acção.
Privilegiando a região em que se encontra localizado e para a qual tem uma responsabilidade
atribuída no âmbito do ensino superior, o IPS procurará no entanto ter uma actuação pró-activa no
todo nacional e ao nível internacional, de que resulta o reforço das suas competências ao nível da
intervenção local.
Funcionando como um todo integrador das suas unidades orgânicas, o IPS procurará, de forma
permanente, a construção e a consolidação de uma identidade, procurando racionalizar e optimizar
a aplicação e afectação dos recursos, concertar políticas de funcionamento e, sobretudo, estabelecer
em toda a sua comunidade um clima de bem estar, motivação e partilha.
Em síntese, será desenvolvido um projecto educativo excelente, de investigação sólida e de
prestação de serviços, numa variedade de esferas de acção que correspondam aos recursos internos
e às necessidades da comunidade. Será um crescimento local, nacional e internacionalmente
alargado, financeiramente sustentável, estruturado com redes e parcerias, empreendedor na
aproximação a novas oportunidades e consistente nas direcções essenciais. Será promovido um
ambiente intelectualmente estimulante, cultural e socialmente empenhado, que satisfará a
comunidade interna e externa, com um sentido de orgulho no Instituto e naquilo que é feito.
Assim, como forma de traduzir os seus ideais e orientações globais a difundir por todos os seus
membros e à comunidade e tendo em vista a congregação de esforços para a prossecução dos
objectivos gerais, enuncia-se a missão como sendo:
O Instituto Politécnico de Setúbal, como Instituição de Ensino Superior, procura de forma
permanente e em articulação com os parceiros sociais, contribuir para a valorização e
desenvolvimento da sociedade em geral e da região de Setúbal, em particular, através de
actividades de formação terciária, de investigação e de prestação de serviços, que concorram para
a criação, desenvolvimento, difusão e transferência de conhecimento e para a promoção da
ciência e da cultura.
Parte I - Formulação Estratégica – Objectivos Estratégicos
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 9
I.2 OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS
FORMAÇÃO
1. Afirmação de um projecto educativo que inclua todo o domínio da formação terciária em todas as escolas, com predomínio na formação inicial ao nível do 1º ciclo e igualmente ao nível do 2º ciclo, nas diferentes áreas científicas e actividades profissionais onde exista competência técnica e científica suficiente para tal e que corresponda às necessidades da envolvente.
2. Aumento do sucesso escolar, pela redução das taxas de insucesso e abandono e do número médio de anos de conclusão dos cursos.
3. Fácil e útil integração dos seus diplomados na vida activa. 4. Gradual alargamento a novos públicos, em oferta formativa com ou sem atribuição de
grau. 5. Alargamento da oferta formativa conjunta entre as suas várias Escolas, em qualquer dos
ciclos. 6. Integração e articulação da oferta formativa ao nível de uma rede alargada de instituições
de ensino superior, de carácter regional.
INVESTIGAÇÃO
1. Prática continuada de actividades de investigação e desenvolvimento, optimizando sinergias internas, em articulação e colaboração com a comunidade e no âmbito de alianças estratégicas ou Redes de Conhecimento.
2. Aumento da qualificação do corpo docente em número de doutorados. 3. Aumento do número de projectos e do financiamento exterior associado. 4. Aumento da divulgação da produção científica.
RELAÇÃO COM A ENVOLVENTE
1. Fortalecimento e maior eficácia no relacionamento com a comunidade, particularmente ao nível da prestação de serviços e da transferência de tecnologia e inovação.
2. Estabelecimento de parceria que congregue, em torno de interesses comuns e de projectos bem delineados, diferentes instituições nacionais e/ou estrangeiras, mantendo todavia a possibilidade de relacionamento, pontual ou mais abrangente, com outras instituições, sempre que conveniente para o seu desenvolvimento.
3. Gradual e sustentada internacionalização, através da cooperação com instituições europeias e extra-comunitárias, promovendo a mobilidade de estudantes, docentes e pessoal não docente e o desenvolvimento de competências, de projectos de formação e de investigação conjunta.
4. O reforço da identidade IPS e a construção de uma imagem comum forte, moderna e clara no que respeita aos objectivos da instituição e aos seus traços distintivos.
RECURSOS E ORGANIZAÇÃO
1. Promoção da centralização de serviços, processos ou funções numa perspectiva de obtenção de melhor optimização de recursos e eficácia.
2. Melhoria da gestão da informação institucional e dos circuitos de informação interna. 3. Existência de mecanismos necessários à avaliação da actividade docente que inclua as
actividades pedagógicas, de investigação e prestação de serviços à comunidade e ainda de gestão institucional.
4. Elevação do nível de desempenho do pessoal não docente. 5. Reforço das lideranças institucionais. 6. Melhoria da eficácia do funcionamento orgânico institucional do IPS e das Unidades
Orgânicas. 7. Reforço da qualidade dos apoios e serviços prestados pelos SAS.
Quadro 2. – Síntese dos objectivos estratégicos
Parte I - Formulação Estratégica – Objectivos Estratégicos
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 10
I.2.1 FORMAÇÃO
Ao nível da formação, enunciam-se 6 objectivos estratégicos.
1. Afirmação de um projecto educativo que inclua todo o domínio da formação terciária em todas as escolas, com predomínio na formação inicial ao nível do 1º ciclo e igualmente ao nível do 2º ciclo, nas diferentes áreas científicas e actividades profissionais onde exista competência técnica e científica suficiente para tal e que corresponda às necessidades da envolvente.
A oferta formativa de nível superior não deve esgotar-se na oferta de cursos de 1º ciclo. Estes
cursos, embora concebidos para promover uma inserção rápida no mercado de trabalho, no sentido
em que promovem um conjunto de competências que visam a flexibilidade e a mobilidade,
precisam de ser complementados com especializações, quer ao nível de pós-graduações curtas, quer
ao nível de 2º ciclos.
É assim pertinente a existência de oferta de 2º ciclos no IPS, quer como continuação dos seus 1º
ciclos, quer ainda como complemento de outros oferecidos em outras instituições.
Outros tipos de formações superiores, desde as pós-graduações, aos cursos especializados de curta
duração, tendo necessariamente presente os novos públicos e as suas necessidades especiais, são
também considerados essenciais em termos de desenvolvimento.
Igualmente importante é a realização de algumas formações, em parceria, ao nível do 3º ciclo. Estas
formações não só contribuem para um melhor aproveitamento dos recursos humanos existentes,
como constituem um factor de atracção e um elemento facilitador de relacionamento institucional.
Para além disso, as formações de 3º ciclo têm um papel fundamental na promoção de competências
avançadas, que devem ser colocadas ao serviço da instituição.
Ainda no quadro da oferta formativa, considera-se ser de definir para os próximos cinco anos um
projecto educativo que inclua as formações de nível 4 (Cursos de Especialização Tecnológica -
CET), formações não superiores pós secundárias que devem ser assumidas como importantes para
o fortalecimento do IPS e para o seu desejado crescimento.
Para além da relevância para o tecido produtivo que estas formações possam ter, é importante
relevar todo o potencial de captação de jovens e de interacção com a sociedade que formações
deste tipo representam. É igualmente relevante a sua articulação com as formações de 1º ciclo, de
forma a garantir a transição de estudantes e o consequente preenchimento de vagas neste nível.
2. Aumento do sucesso escolar, pela redução das taxas de insucesso e abandono e do número médio de anos de conclusão dos cursos.
O IPS considera objectivo estratégico, para os próximos 5 anos, o aumento do sucesso escolar,
com, pelo menos, redução em 50% das taxas de insucesso e de abandono escolares e do número
médio de anos para conclusão dos cursos.
Assumindo que o insucesso académico é uma realidade a combater, considera-se importante tirar
partido do novo paradigma subjacente ao Processo de Bolonha. A responsabilidade do
sucesso/insucesso académico cabe, em grande parte, às instituições de ensino (conforme referido
no Relatório da OCDE).
3. Fácil e útil integração dos seus diplomados na vida activa.
Parte I - Formulação Estratégica – Objectivos Estratégicos
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 11
O IPS considera objectivo estratégico, para os próximos 5 anos, a obtenção dos dados necessários à
plena compreensão da capacidade de integração dos seus diplomados na vida activa, considerando
desejável que a taxa de empregabilidade se situe na ordem dos 90%.
É da responsabilidade do IPS a capacidade de diplomar estudantes para entrarem no mercado de
trabalho assim como o acompanhamento ou monitorização da empregabilidade dos seus formados.
4. Gradual alargamento a novos públicos, em oferta formativa com ou sem atribuição de grau.
É objectivo estratégico do IPS o gradual alargamento a novos públicos, em oferta formativa com
ou sem atribuição de grau, obtendo nos próximos 5 anos, pelo menos, 20% da população estudantil
neste tipo de público.
A elevação das habilitações dos portugueses é uma prioridade nacional. A percentagem de
diplomados do ensino superior, em 2003 (11%), face à média europeia do mesmo ano (22,5%) é
claramente insuficiente, pelo que se justificam medidas excepcionais tendentes ao acesso e ao
sucesso no ensino superior por parte de públicos não tradicionais.
Encontram-se neste caso os jovens com dificuldades académicas (para os quais os CET podem
constituir uma porta de entrada, pela via profissionalizante) e os adultos com mais de 23 anos, que
por várias razões não tiveram oportunidade de prosseguir uma rota académica contínua e cujo
acesso ao ensino superior foi recentemente facilitado através do Decreto-Lei nº 64/2006, de 21 de
Março. Outros públicos não tradicionais são os seniores, bem como os formandos de cursos de
pós-graduados e os formandos em formação contínua. Para estes novos públicos haverá que
considerar, inclusivamente, a possibilidade de apostar na oferta formativa em regime pós-laboral.
Também a promoção do crescimento económico e o desenvolvimento social do país, que passam
pela necessidade de assumir os desafios da competitividade, somente serão possíveis de alcançar
com uma valorização dos recursos humanos no sentido de desenvolvimento das suas
competências, tornando-se a elevação das habilitações dos portugueses uma prioridade nacional.
Assim, cabe ao sistema educativo nacional um papel fundamental para a obtenção de tal desiderato,
através da oferta, não somente de cursos formais, mas também de acções de formação contínua.
5. Alargamento da oferta formativa conjunta entre as suas várias Escolas, em qualquer dos ciclos.
É objectivo estratégico do IPS o alargamento da oferta formativa conjunta entre as suas várias
Escolas, em qualquer dos ciclos, devendo registar nos próximos 5 anos, pelo menos, 5 cursos
conjuntos.
A existência de competências distintas entre as várias Escolas nas diversas áreas científicas,
potencia, com os mesmos recursos, um alargamento da oferta formativa para novas áreas de
intervenção com carências, sobretudo, ao nível regional.
6. Integração e articulação da oferta formativa ao nível de uma rede alargada de instituições de ensino superior, de carácter regional.
Tendo em conta a realidade do ensino superior que se caracteriza hoje pela dispersão e
sobreposição da oferta formativa direccionada para o mesmo universo de candidatos, considera-se
que a oferta formativa do IPS deverá estar articulada com a restante oferta no âmbito regional.
Parte I - Formulação Estratégica – Objectivos Estratégicos
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 12
I.2.2 INVESTIGAÇÃO
Na área da investigação definem-se 4 objectivos estratégicos.
1. Prática continuada de actividades de investigação e desenvolvimento, optimizando sinergias internas, em articulação e colaboração com a comunidade e no âmbito de alianças estratégicas ou Redes de Conhecimento.
O Relatório da OCDE não afasta a investigação do ensino politécnico. No entanto, há o risco de se
considerar que as formações politécnicas, missão principal dos institutos politécnicos, não carecem
de uma base de investigação para se desenvolverem. Mais, encarando este tipo de formação como o
essencial da actividade dos institutos, o MCTES pode decidir que o seu financiamento se deva fazer
principalmente com base no ratio professor-aluno. Entende-se, todavia, que a actividade de
investigação é crucial para o desenvolvimento e para a afirmação dos institutos politécnicos. A
investigação e desenvolvimento, bem como a transferência de conhecimento e tecnologia,
constituem uma ligação indispensável com as empresas e as instituições da região para a introdução
de inovação e progresso, no sentido do desenvolvimento sustentado da sociedade. Acresce ainda
que a própria formação para as profissões necessita de uma retaguarda de investigação para o
desenvolvimento do conhecimento sobre o desempenho profissional e sobre a eficiência dos
recursos humanos.
2. Aumento da qualificação do corpo docente em número de doutorados.
É objectivo estratégico do IPS a qualificação do corpo docente de modo que o número de
doutorados atinja, no prazo de 5 anos, pelo menos 50% do seu corpo docente.
A par da actividade de formação, a actividade do docente do IPS deve necessariamente incluir
actividades de investigação centradas na prática profissional e nos contextos de trabalho em que os
seus formandos e ex-formandos actuam. A colaboração com e a integração dos orientadores e
apoiantes das práticas pedagógicas e estágios neste tipo de actividades também deve ser um traço
fundamental do IPS.
Por outro lado, o número de doutorados é um factor importante, não somente como meio de
elevação de competências técnicas e científicas, mas como forma regulamentada de acreditação e
autorização relativamente à oferta formativa superior.
3. Aumento do número de projectos e do financiamento externo associado
É objectivo estratégico do IPS a duplicação do número de projectos de investigação existentes e do
financiamento externo associado, envolvendo a comunidade IPS, em particular os estudantes.
A existência de projectos de investigação constitui uma forma desejável de interacção com a
comunidade, de resolução de problemas dessa mesma comunidade e de contribuição para o
desenvolvimento da sociedade.
Pretende-se assim aumentar de uma forma sustentada e significativa o número de projectos que
envolvam o IPS e instituições da região, em particular as empresas, assegurando e incrementando
neste domínio e desta forma o valor das receitas próprias do IPS.
Parte I - Formulação Estratégica – Objectivos Estratégicos
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 13
Também as condições proporcionadas para a prática de investigação por parte da comunidade IPS
devem ser alvo de melhoria significativa, com apoio crescente aos grupos de investigação existentes
ou a constituir.
4. Aumento da divulgação da produção científica.
É objectivo estratégico do IPS aumentar a divulgação da produção científica, duplicando-a.
Existindo o incremento de actividades de investigação e desenvolvimento, a par da formação
avançada dos docentes, é mandatória a disseminação dos conhecimentos, sendo objectivo, num
horizonte de 5 anos, a duplicação da divulgação da produção científica em revistas ou encontros
técnico-científicos de referência internacional.
Parte I - Formulação Estratégica – Objectivos Estratégicos
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 14
I.2.3 RELAÇÃO COM A ENVOLVENTE
Nesta dimensão estabelecem-se 4 objectivos estratégicos.
1. Fortalecimento e eficácia no relacionamento com a comunidade, particularmente ao nível da prestação de serviços e da transferência de tecnologia e inovação.
O estabelecimento de uma relação aberta e próxima do IPS com a envolvente é uma forma, não
somente de contribuir para o desenvolvimento técnico, económico, social e cultural das
comunidades com quem interactua, mas também de identificação de novos desafios e
oportunidades, inclusivamente, a possibilidade de uma maior adequação da oferta formativa.
Tal ligação deverá ocorrer, não apenas no âmbito da formação e da participação de membros da
comunidade em órgãos consultivos, mas também através de actividades de investigação aplicada,
seminários, conferências e outros tipos de encontros científicos, bem como da prestação de
serviços, com a utilização dos seus recursos e competências disponíveis do IPS.
A mensurabilidade deste objectivo passa pela avaliação do impacto da prestação de serviços.
2. Estabelecimento de parceria que congregue, em torno de interesses comuns e de projectos bem delineados, diferentes instituições nacionais e/ou estrangeiras, mantendo todavia a possibilidade de relacionamento, pontual ou mais abrangente, com outras instituições sempre que conveniente para o seu desenvolvimento.
No domínio do relacionamento interinstitucional, o IPS assume como estratégico para o seu
desenvolvimento o estabelecimento de parcerias com instituições de ensino superior. Os seus
potenciais parceiros são todas as instituições de ensino superior, nacionais ou estrangeiras,
independentemente do tipo de ensino predominante nessas instituições ser o ensino politécnico ou
o ensino universitário.
Dada a sua significativa vocação regional e atendendo a outros factores como sejam a dimensão, as
áreas em que desenvolve actividade, o seu nível de desenvolvimento, ou a identificação de
prioridades e objectivos, poderá, em termos gerais, privilegiar o relacionamento com algumas
instituições, através da adesão a redes ou alianças que congreguem, em torno de interesses comuns
e de objectivos bem delineados, diferentes instituições. Em caso algum tal envolvimento significará
a impossibilidade de relacionamento, pontual ou mais abrangente, com outras instituições, se tal for
entendido por conveniente ao seu desenvolvimento.
Em qualquer dos casos a identidade do IPS é inquestionável e deve ser sempre preservada.
3. Gradual e sustentada internacionalização, através da cooperação com instituições europeias e extra-comunitárias, promovendo a mobilidade de estudantes, docentes e pessoal não docente, bem como o desenvolvimento de competências, de projectos de formação e de investigação conjunta.
É objectivo estratégico do IPS o aumento da mobilidade de docentes, pessoal não docente e
estudantes, que, neste caso, deverá atingir nos próximos 5 anos uma taxa de 2,5%.
A internacionalização, que é hoje uma condição de sobrevivência das instituições de ensino
superior, comporta um conjunto de medidas objectivas subjacentes ao Processo de Bolonha –
reconhecimento de graus e diplomas, harmonização de curricula, escala europeia de classificações,
mobilidade – bem como um conjunto de pressupostos e a criação de condições à implementação
efectiva do referido Processo – cooperação com instituições europeias, acreditação internacional da
Parte I - Formulação Estratégica – Objectivos Estratégicos
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 15
qualidade, internacionalização e mobilidade do corpo docente, competências de ensino e
aprendizagem em línguas estrangeiras, nomeadamente em inglês – e ainda a cooperação ao nível
extra-comunitário, incluindo a captação de estudantes estrangeiros e o desenvolvimento de
projectos de formação e de investigação.
Também se considera importante, para a progressiva internacionalização do IPS, a promoção de
parcerias para a oferta conjunta de cursos, nomeadamente ao nível do 2º ciclo, e para o
desenvolvimento de projectos de inovação e de investigação.
Outro elemento contributivo para a internacionalização é a mobilidade internacional do corpo
docente e o desenvolvimento de competências de comunicação em línguas estrangeiras,
nomeadamente em inglês.
4. Reforço da identidade IPS e a construção de uma imagem comum forte, moderna e clara no que respeita aos objectivos da instituição e aos seus traços distintivos.
A projecção externa do IPS passa, também, por uma identidade e uma imagem, que sejam
reconhecidas sem ambiguidades nem equívocos. É assim objectivo estratégico do IPS o reforço da
sua identidade e a construção de uma imagem comum forte, moderna e clara no que respeita aos
objectivos da instituição e aos seus traços distintivos. Considera-se aumentar em 50% o actual
índice de notoriedade junto da comunidade externa, que se situa em 3,6 numa escala de 1 a 5 (Ver
Apêndice 5).
Parte I - Formulação Estratégica – Objectivos Estratégicos
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 16
I.2.4 RECURSOS E ORGANIZAÇÃO
Nesta dimensão consideram-se 7 objectivos estratégicos.
1. Promoção da centralização de serviços, processos ou funções numa perspectiva de
obtenção de melhor optimização de recursos e eficácia.
Como se sabe, cada unidade orgânica é possuidora de recursos próprios destinados aos serviços de
apoio à respectiva actividade, designadamente, financeiros, gestão de pessoal, manutenção,
aquisições ao exterior e ligações com a envolvente, e que foram desenvolvidos em
acompanhamento com a lógica evolutiva da sua instalação gradual.
Tal situação, se bem que correspondente à autonomia estatutária das unidades orgânicas, é
susceptível de uma optimização e racionalização de recursos, normalização de procedimentos e até
no ganho de maior poder negocial nos casos da aquisição de serviços ao exterior.
2. Melhoria da gestão da informação institucional e dos circuitos de informação interna.
A Informação sobre dados gerais do IPS é presentemente muito lacunar, problema que tem sido
sistematicamnete identificado sempre que ao IPS é solicitada informação, quer por parte de
entidades externas, quer por parte da comunidade do IPS. Embora algum trabalho tenha vindo a
ser feito neste sentido, há que criar mecanismos que permitam a disponibilidade de respostas
imediatas em vez de respostas pontuais de acordo com as solicitações que vão surgindo.
Paralelamente, a circulação da informação relevante para a comunidade interna e externa tem que
ser mais rápida, mais eficaz e mais especializada.
3. Criação de mecanismos necessários à avaliação da actividade docente que inclua as actividades pedagógicas, de investigação e de prestação de serviços à comunidade e ainda de gestão institucional
O nível de desempenho e a procura da excelência na capacidade de intervenção do IPS na criação,
transmissão e difusão de ciência, tecnologia e cultura, passa, necessariamente por uma política de
melhoria contínua da qualidade.
4. Elevação do nível de desempenho do pessoal não docente
Considera-se que num prazo de cinco anos todos os funcionários devem ter frequentado no
mínimo uma acção de formação.
O sucesso das políticas e da imagem social do IPS passa em grande medida pelo desempenho do
pessoal não docente, quer pelo atendimento ao público, quer pelo apoio técnico e administrativo
que proporciona. A elevação da formação do pessoal não docente e das suas qualificações é hoje
um elemento chave, pelo que deve ser considerada uma prioridade, quer para a direcção do IPS,
quer para os próprios funcionários.
5. Reforço das lideranças institucionais.
O reforço das lideranças institucionais é crucial para a operacionalização, a partilha e a coesão
interna.
Parte I - Formulação Estratégica – Objectivos Estratégicos
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 17
6. Melhoria da eficácia do funcionamento institucional do IPS e das Unidades Orgânicas
O funcionamento orgânico e as práticas do IPS e das Unidades Orgânicas, grande parte das quais se
encontra estabelecida nos respectivos estatutos, têm evidenciado algumas inoperacionalidades e
desactualização, não conseguindo responder hoje de forma adequada às alterações que se têm
produzido, quer na instituição, quer na relação desta com a envolvente.
7. Reforço da qualidade dos apoios e serviços prestados pelos SAS.
Considera-se fundamental garantir a qualidade dos apoios prestados pelos SAS, quer no domínio
dos serviços de bolsas, alimentação e alojamento, quer no âmbito das actividades desportivas.
Parte I - Formulação Estratégica – Estratégias de Desenvolvimento
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 18
I.3 ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO I.3.1 FORMAÇÃO
OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS ESTRATÉGIAS
DE DESENVOLVIMENTO
1. Afirmação de um projecto educativo que inclua todo o domínio da formação terciária, com predomínio na formação inicial ao nível do 1º e 2º ciclos, nas diferentes áreas científicas e actividades profissionais, onde exista competência técnica e científica suficiente para tal e que correspondam às necessidades da envolvente.
� Investimento na oferta de 2º ciclos, individualmente ou em parceria.
� Promoção da realização de algumas formações, em parceria, ao nível do 3º ciclo.
� Desenvolvimento de outros tipos de formações superiores, desde as pós-graduações aos cursos especializados de curta duração.
� Análise da pertinência de criação de um quadro transversal às Escolas Superiores para organizar a oferta de CET.
2. Aumento do sucesso escolar
� Implementação de um programa de formação pedagógica de docentes.
� Levantamento de equipamentos e ferramentas pedagógicas indispensáveis ao prosseguimento de novas formas de trabalho para docentes e formandos.
� Criação de uma estrutura de certificação e qualidade.
� Criação de um Centro de Reconhecimento, Validação e Acreditação de Competências de Nível Superior que, entre outros, fará o interface com os CET e assegurará a mobilidade de estudantes entre estes cursos e os cursos de 1º ciclo.
3. Fácil e útil integração dos seus diplomados na vida activa
� Reactivação do Observatório de Inserção na Vida Activa.
� Auscultação a empresas e instituições da região com vista à adaptação dos planos de estudo tendo em vista a empregabilidade dos diplomados.
4. Gradual alargamento a novos públicos, em oferta formativa com ou sem atribuição de grau.
� Adopção de medidas excepcionais de apoio aos estudantes maiores de 23 anos.
� Desenvolvimento de medidas de apoio aos estudantes.
5. Alargamento da oferta formativa conjunta entre as suas várias escolas.
� Oferta formativa entre as Escolas, em qualquer ciclo ou formação pós graduada.
FORMAÇÃO
6. Integração e articulação da oferta formativa ao nível de uma rede alargada de instituições de ensino superior, de carácter regional.
� Racionalização da oferta formativa ao nível regional.
Quadro 3. – Síntese das estratégias de desenvolvimento na área da Formação
Parte I - Formulação Estratégica – Estratégias de Desenvolvimento
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 19
Foi definido como objectivo estratégico para os próximos cinco anos, ao nível da formação, a
criação de um projecto educativo que inclua todo o domínio da formação terciária (pós-secundário,
licenciaturas, mestrados, doutoramento, pós-graduação e outras acções de formação ao longo da
vida), com predomínio na formação inicial ao nível do 1º ciclo (licenciatura) e 2º ciclo (mestrado),
nas diferentes áreas científicas onde exista competência técnica e científica suficiente para tal e que
correspondam às necessidades da envolvente.
Assim, e tendo presente o objectivo de ofertas formativas conjunta, quer resultante de sinergias
entre as diferentes Escolas do IPS, quer especialmente através de parcerias com outras instituições,
devem todas as Escolas do IPS:
Investir na oferta de 2º ciclos, quer como continuação dos seus 1º ciclos, quer ainda como
complemento de outros oferecidos, por exemplo, em universidades;
Esta oferta formativa poderá ser organizada isoladamente ou em parceria com outras
instituições, particularmente no 2º ciclo, tendo em conta a necessária preocupação de
racionalizar essa mesma oferta e procurando ir ao encontro das necessidades regionais e
nacionais;
Promover a realização de algumas formações, em parceria, ao nível do 3º ciclo, com
particular relevância para doutoramentos em ambiente empresarial;
Desenvolver outros tipos de formações superiores, desde as pós-graduações, aos cursos
especializados de curta duração, tendo necessariamente presente os novos públicos e as suas
necessidades especiais.
Ainda no quadro da oferta formativa, deve-se desenvolver em articulação com as formações de 1º
ciclo e desde que reunidas as competências e recursos adequados ao tipo de ensino com uma índole
fortemente prática e com inserção em contextos reais de trabalho, a oferta de CET.
Considerando-se preferencial que tal oferta ocorra num quadro transversal às Escolas
Superiores, de uma forma equilibrada e participada, será efectuada uma análise sobre a pertinência
de um quadro, suportado por uma estrutura própria, que terá como missão a dinamização e a
gestão de toda a oferta formativa não superior pós-secundária e que deverá ser capaz de reforçar a
actual visibilidade e a capacidade negocial do IPS com os parceiros da comunidade e com o
MCTES.
A oferta de CET permitirá ainda alargar a esfera de participação do IPS ao nível regional, com um
importante envolvimento com as autarquias e com as Escolas Secundárias e Profissionais, que
poderão ser sede de desenvolvimento de algumas das ofertas formativas.
Para tanto, deverá ser promovido e celebrado um acordo alargado com as Câmaras Municipais do
Distrito e com as Escolas interessadas.
Relativamente aos objectivos estratégicos para o aumento do sucesso escolar e gradual alargamento
a novos públicos, é preconizado:
Dar seguimento a um programa de formação pedagógica de docentes, suportada por
grupos de reflexão e acompanhamento, que inclua a identificação de boas práticas pedagógicas,
a experimentação de novas metodologias e a produção de novos materiais de apoio aos
estudantes;
Parte I - Formulação Estratégica – Estratégias de Desenvolvimento
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 20
Efectuar-se um levantamento de equipamentos e ferramentas pedagógicas
indispensáveis ao prosseguimento de novas formas de trabalho para docentes e
formandos, com enfoque nas novas tecnologias, nomeadamente e-learning;
Adoptar medidas excepcionais de apoio aos estudantes e, em particular, aos maiores de
23 anos;
Criar uma estrutura de certificação e qualidade, através da qual se obtenham mecanismos
de combate sistemático ao insucesso e abandono escolares, bem como mecanismos de
observação e acompanhamento do percurso dos diplomados.
Tendo em conta que os adultos com mais de 23 anos constituem um novo público com
necessidades e características próprias, que as escolas devem integrar de forma adequada, o que não
passa somente por encontrar novas metodologias de formação, mas também pela adopção de
estratégias diferenciadoras ao nível dos curricula que permitam aos formandos o reforço de
actividades em áreas deficitárias, em simultâneo com o reconhecimento e a acreditação de
competências desenvolvidas em ambiente não formal e/ou profissional, preconiza-se:
A criação de um Centro de Reconhecimento, Validação e Acreditação de Competências
de Nível Superior que assegurará o interface com os CET e a mobilidade de estudantes entre
estes cursos e os cursos de 1º ciclo e facilitará a integração dos maiores de 23 anos.
Este Centro poderá vir a revelar-se um instrumento imprescindível, não só na transferência de
estudantes dos CET para cursos de 1º ciclo, como na transferência de estudantes maiores de 23
anos para os CET. Poderá constituir ainda um instrumento chave na inserção social de
emigrantes, que integram já de forma significativa a população da região de Setúbal.
Relativamente aos objectivos estratégicos para a fácil e útil integração dos seus diplomados na vida
activa , é preconizado:
• Auscultar empresas e instituições da região com vista à adaptação dos planos de estudo
tendo em vista a empregabilidade dos diplomados;
• Reactivar o Observatório de Inserção na Vida Activa.
Em relação ao objectivo de integração e articulação da oferta formativa ao nível de uma rede
alargada de instituições de ensino superior, considera-se de toda a conveniência analisar com outras
instituições de ensino superior implantadas na região o conjunto de formações propostas e
equacionar a possibilidade de concertação de acções no sentido da racionalização da rede.
Parte I - Formulação Estratégica – Estratégias de Desenvolvimento
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 21
I.3.2 INVESTIGAÇÃO
OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS ESTRATÉGIAS
DE DESENVOLVIMENTO
1. Prática continuada de actividades de
investigação e desenvolvimento, optimizando sinergias internas e em articulação e colaboração com a comunidade, no âmbito de alianças estratégicas ou Redes de Conhecimento.
� Criação de uma estrutura de apoio (I&D-IPS), no domínio da actividade de investigação, desenvolvimento e inovação.
2. Aumento da qualificação do corpo
docente em número de doutorados.
� Programa de apoio à formação avançada dos docentes.
3. Aumento do número de projectos e do financiamento externo associado.
� Identificação e divulgação de fontes de financiamento, programas e concursos nacionais e internacionais.
INVESTIGAÇÃO
4. Aumento da divulgação da produção científica.
� Criação de meios de divulgação científica.
� Apoio à participação dos docentes em eventos científicos.
Quadro 4. – Síntese das estratégias de desenvolvimento na área da Investigação
Foram definidos como objectivos estratégicos do IPS a prática continuada de actividades de
investigação e desenvolvimento e de formação de docentes, em articulação e colaboração com a
comunidade, no âmbito de alianças ou Redes de Conhecimento, bem como atingir no prazo de 5
anos, em termos globais, um número de doutorados superior, pelo menos, a 50% do seu corpo
docente.
A investigação e desenvolvimento (I&D) e também a inovação (I&D+i) são factores essenciais e
indissociáveis da actividade afecta ao ensino superior. A criação e a transferência de conhecimento,
no seu amplo sentido, estão ligadas à aprendizagem de nível superior e por consequência ao
desenvolvimento e progresso da sociedade em que vivemos. Assim, é fundamental o
desenvolvimento da actividade de investigação, cada vez mais como factor de aprendizagem dos
nossos estudantes e de envolvimento com a sociedade.
Neste âmbito é entendido, por exemplo, que os grupos de investigação e desenvolvimento do IPS
devem existir e ser apoiados, tendo como premissas para a sua constituição, entre outras, as
seguintes:
Existir massa crítica técnico-científica de identidade específica, com o eventual envolvimento
de docentes provenientes de diferentes Escolas do IPS e também de outras instituições,
incluindo empresas;
Parte I - Formulação Estratégica – Estratégias de Desenvolvimento
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 22
Privilegiar o surgimento no IPS, através dos grupos existentes ou a criar, de representações
(pólos – funcionamento em rede) de instituições nacionais ou estrangeiras consagradas de I&D,
devendo a unidade existente no IPS manter a sua identidade própria, reflectida em graus de
autonomia, nomeadamente financeira;
Fazer parte da sua missão o envolvimento com a sociedade, em particular a regional, através da
promoção de projectos em interacção com essa mesma sociedade.
Assim, no domínio da actividade de investigação, desenvolvimento e inovação, será criada uma
estrutura de apoio (I&D-IPS) que compreenderá todo um conjunto de aspectos que procurem
facilitar uma actividade de investigação e desenvolvimento mais presente e que melhor contribua
para a qualidade da formação superior do IPS e para o desenvolvimento de projectos com a
comunidade, em particular com as empresas e outras instituições.
Competirá à I&D-IPS a promoção e a gestão de iniciativas de apoio à investigação e
desenvolvimento, como sejam as bolsas de curta duração ou os concursos de projectos de
investigação, ou ainda a divulgação dessa mesma actividade, entre outras.
No objectivo estratégico de qualificação do corpo docente de modo que o número de doutorados
atinja, no prazo de 5 anos, pelo menos 50% do seu corpo docente, considera-se essencial o apoio à
formação avançada dos docentes, não só financeiro, mas também através de redução do serviço
docente.
Competirá também à I&D-IPS a gestão do programa de apoio à formação avançada dos docentes
do IPS, programa esse que é entendido como fundamental para que o IPS consiga atingir o
objectivo do número de doutorados.
Relativamente ao objectivo estratégico de duplicação do número de projectos e do financiamento
externo associado, a I&D procurará identificar e divulgar junto da comunidade académica fonte de
financiamento, programas e concursos nacionais e internacionais.
Como estratégia para aumentar a divulgação da produção científica, apontam-se a criação de
meios internos de divulgação científica (revista, anuário científico, portal do IPS), o apoio à
divulgação científica em revistas periódicas (nacionais e internacionais) de referência em cada
especialidade, bem como o apoio à participação dos docentes em eventos científicos.
Parte I - Formulação Estratégica – Estratégias de Desenvolvimento
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 23
I.3.3 RELAÇÃO COM A ENVOLVENTE
OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS ESTRATÉGIAS
DE DESENVOLVIMENTO
1. Fortalecimento e eficácia no relacionamento com a comunidade, particularmente ao nível da prestação de serviços e da transferência de tecnologia e inovação.
� Criação de uma estrutura de apoio (I&D-IPS) em interacção constante e privilegiada com a OTIC-IPS.
� Estudo da possibilidade de integração da I&D-IPS numa estrutura de âmbito mais vasto, configurando uma unidade autónoma com personalidade jurídica própria.
2. Estabelecimento de parceria que congregue, em torno de interesses comuns e de projectos bem delineados, diferentes instituições nacionais e/ou estrangeiras, mantendo, todavia, a possibilidade de relacionamento, pontual ou mais abrangente, com outras instituições sempre que conveniente para o seu desenvolvimento.
� Continuação e conclusão do processo de definição de qual o tipo de alianças estratégicas globais que melhor serve os interesses e os propósitos do IPS.
3. Gradual e sustentada internacionalização, através da cooperação com instituições europeias e extra-comunitárias, promovendo a mobilidade de docentes, pessoal não docente e estudantes, o desenvolvimento de competências, de projectos de formação e de investigação conjunta.
� Apoio ao desenvolvimento do Centro para a Internacionalização e Mobilidade (CIMOB-IPS).
� Aplicação dos instrumentos recentemente criados no âmbito do CIMOB-IPS para aplicação em todas as Escolas Superiores do IPS.
� Promoção de acções de formação visando questões relacionadas com a internacionalização, nomeadamente na área do reconhecimento académico.
� Promoção de parcerias prioritárias, para projectos conjuntos no âmbito da formação e investigação, com Espanha, Angola, e Brasil.
� Aprofundamento das actuais ligações internacionais.
� Criação de um Centro de Competências Linguísticas.
RELAÇÃO COM A
ENVOLVENTE
4. Reforço da identidade IPS e a construção de uma imagem comum forte, moderna e clara no que respeita aos objectivos da instituição e aos seus traços distintivos.
� Criação de um novo logótipo e um Manual de Identidade Corporativa comum às Unidades Orgânicas.
� Adopção de um Protocolo de Procedimentos - produtos comuns a elaborar incluem, além do logótipo, do Manual de Identidade Corporativa e do Protocolo de Procedimentos, o Cartão de Identificação IPS, o Estatuto do Estudante e do Funcionário Docente e Não Docente do IPS e a revista (em suporte online e/ou papel) do IPS.
� Prioridade à promoção e à divulgação da oferta formativa e das outras actividades do IPS junto dos diversos públicos.
� Continuação das actividades de promoção de cultura.
Quadro 5. – Síntese das estratégias de desenvolvimento no âmbito das relações com a envolvente
Parte I - Formulação Estratégica – Estratégias de Desenvolvimento
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 24
Sendo objectivo estratégico do IPS fortalecer e tornar mais eficaz o seu relacionamento com a
comunidade, particularmente ao nível da prestação de serviços e da transferência de tecnologia e
inovação, pretende-se que a estrutura de apoio atrás referida (I&D-IPS), no âmbito da sua
actividade, tenha uma interacção constante e privilegiada com a OTIC-IPS, quer na
concertação de acções, quer na identificação de prioridades. Assim, tendo por objectivo um melhor
desenvolvimento do IPS e um relacionamento mais eficaz com a comunidade, particularmente ao
nível da prestação de serviços e da transferência de tecnologia e inovação, deve ser estudada a
possibilidade de integração da I&D-IPS numa estrutura de âmbito mais vasto, configurando uma
unidade autónoma com personalidade jurídica própria. Esta unidade será gerida com a
participação das Unidades Orgânicas.
O estabelecimento de parcerias com instituições de ensino superior através da adesão a redes ou
convénios que congreguem, em torno de interesses comuns e de objectivos bem delineados,
diferentes instituições nacionais e/ou estrangeiras é um objectivo estratégico do IPS para os
próximos cinco anos. No contexto actual, deve ser continuado e concluído o processo de
definição de qual o tipo de alianças estratégicas globais que melhor serve os interesses e os
propósitos do IPS, a partir de uma consciencialização da identidade própria do IPS, de quais os
objectivos a atingir com as alianças, da avaliação que é feita da actual aliança e da negociação e
partilha com potenciais parceiros, incluindo os actualmente existentes.
Neste domínio estão a ser estudadas duas opções de alianças: uma correspondente ao Convénio
actualmente existente com o IPSantarém, a UNLisboa e o ISPA; outra tendente à criação da Região
de Conhecimento do Sudoeste Ibérico com o IPBeja, o IPPortalegre, o IPSantarém, a UAlgarve, a
UÉvora, a UExtremadura, a UCádiz e a UHuelva.
É igualmente objectivo estratégico do IPS uma gradual e sustentada internacionalização, através da
cooperação com instituições europeias e extra-comunitárias.
A recente criação do Centro para a Internacionalização e Mobilidade (CIMOB-IPS) constitui
um passo importante na estratégia de internacionalização na medida em que permite o reforço da
coordenação, concertação e racionalização de esforços no domínio das relações internacionais.
Os instrumentos recentemente criados no âmbito do CIMOB-IPS para aplicação em todas as
Escolas Superiores do IPS (Regulamento da Mobilidade Internacional, Regulamento do
Reconhecimento Académico do Estudante em Mobilidade, Regulamento de Atribuição dos ECTS e
Suplemento ao Diploma), juntamente com o Plano Financeiro de Apoio à Mobilidade Internacional
(PFAMI) são instrumentos chave para a coordenação de políticas nesta matéria. Considera-se ainda
fundamental a promoção da formação dos docentes na área do reconhecimento académico, como
estratégia facilitadora da mobilidade de estudantes.
É considerado estratégico, para a progressiva internacionalização do IPS, a promoção de parcerias
para a oferta conjunta de cursos, nomeadamente ao nível do 2º ciclo, e o desenvolvimento de
projectos de inovação e de investigação.
Neste âmbito, pelos contactos existentes e potencialidades actualmente identificadas, definem-se
como prioritárias as parcerias com Espanha, Angola, e Brasil. Define-se também como
desejável iniciar contactos com vista ao estabelecimento de acordos e parcerias com os países
asiáticos, nomeadamente através de instituições do ensino superior de Macau, como, por exemplo,
Parte I - Formulação Estratégica – Estratégias de Desenvolvimento
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 25
o Instituto Politécnico de Macau. A recente adesão do IPS ao Fórum Permanente Euro
Mediterrânico deve ser acompanhada para avaliar da pertinência de desenvolvimento de acções
concretas neste âmbito.
Devem ainda ser aprofundadas as ligações existentes através de organizações internacionais
como sejam a SEFI (Sociedade Europeia para a Formação de Engenheiros) e a ASIBEI
(Associação Ibero-americana de Instituições de Ensino da Engenharia) no domínio da Engenharia,
a EURASHE (Associação Europeia de Instituições de Ensino Superior) num âmbito mais genérico
do ensino politécnico europeu e a AULP, no âmbito das instituições de ensino superior nos países
da CPLP.
Outro elemento estratégico para a internacionalização é a mobilidade internacional do corpo
docente e o desenvolvimento de competências de comunicação em línguas estrangeiras,
nomeadamente em inglês.
Um Centro de Competências Linguísticas surge aqui como um recurso imprescindível ao
serviço de docentes, estudantes e funcionários não docentes, pelo que se torna urgente dar início ao
processo da sua criação.
Relativamente à identidade e imagem do IPS, a estratégia passa pela criação de um novo logótipo
e um Manual de Identidade Corporativa comum às Unidades Orgânicas e pela adopção de um
Protocolo de Procedimentos em que o IPS surge como entidade agregadora e definidora,
inseparável das unidades orgânicas.
Os produtos comuns a elaborar incluem, além do logótipo, do Manual de Identidade Corporativa e
do Protocolo de Procedimentos, o Cartão de Identificação IPS, o Estatuto do Estudante e do
Estatuto do Funcionário Docente e Não Docente do IPS e a revista (em suporte online e/ou
papel) do IPS.
Em termos de actividades, o GI.COM-IPS deve reforçar o trabalho em rede com as Unidades
Orgânicas, dando prioridade à promoção e à divulgação da oferta formativa e das outras
actividades do IPS junto dos diversos públicos, incluindo a participação em feiras
internacionais.
Igualmente deve dar continuidade às actividades de promoção de cultura, nomeadamente
associadas ao Espaço Cultural dos Claustros e em colaboração com os cursos da ESE nos domínios
das Artes e da Animação.
Parte I - Formulação Estratégica – Estratégias de Desenvolvimento
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 26
I.3.4 RECURSOS E ORGANIZAÇÃO
OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS ESTRATÉGIAS
DE DESENVOLVIMENTO
1. Promoção da centralização de serviços, processos ou funções numa perspectiva de obtenção de melhor optimização de recursos e eficácia.
� Criação de uma equipa para proceder a um levantamento e análise dos recursos, processos e funções existentes em todas as unidades orgânicas, a quem caberá efectuar propostas transversais de reorganização.
� Criação de um Conselho Estratégico do IPS.
� Desenvolvimento do Portal IPS.
� Apoio ao desenvolvimento do GARDOC (Grupo de Apoio aos Recursos Documentais do IPS)
2. Melhoria da gestão da informação institucional e dos circuitos de informação interna.
� Desenvolvimento de um Centro de Informação do IPS, em articulação com o Portal IPS.
3. Existência de mecanismos necessários da avaliação da actividade docente, que inclua as actividades pedagógicas, de investigação e prestação de serviços à comunidade e ainda de gestão institucional
� Criação de estrutura de certificação e qualidade com acção na avaliação da actividade docente.
� Implementação de planos de actividade para os docentes, desenvolvendo objectivos a atingir a todos os níveis, desde o trabalho pedagógico, o trabalho de investigação e prestação de serviços à comunidade.
� Criação de uma equipa de acompanhamento do Plano Estratégico de Desenvolvimento.
4. Elevação do nível de desempenho do pessoal não docente.
� Criação do GAFOR-IPS (Gabinete de Formação do IPS).
5. Reforço das lideranças institucionais.
� Promoção de acções de carácter formativo.
� Implementação de acções visando a apropriação do Plano Estratégico de Desenvolvimento.
6. Melhoria da eficácia e do funcionamento orgânico institucional do IPS e das Unidades Orgânicas
� Implementação de acções e criação das equipas necessárias à revisão participada dos Estatutos do IPS e das Unidades Orgânicas.
RECURSOS E
ORGANIZAÇÃO
7. Reforço da qualidade dos apoios e serviços prestados pelos SAS.
� Estabelecimento de mecanismos de avaliação sistemática dos apoios e serviços.
� Apoio ao funcionamento regular das estruturas de audição dos estudantes: Conselho de Acção Social e Comissão de residentes.
� Promoção da participação dos estudantes no desenvolvimento das actividades dos SAS.
� Integração plena do Clube Desportivo nos SAS.
Quadro 6. – Estratégias de desenvolvimento no âmbito dos recursos e organização
Parte I - Formulação Estratégica – Estratégias de Desenvolvimento
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 27
É objectivo estratégico do IPS, sem prejuízo de uma adequada flexibilidade e proximidade,
promover a centralização de serviços, processos ou funções numa perspectiva de obtenção de
melhor optimização de recursos e eficácia.
Nesta perspectiva, deverá ser criada uma equipa para proceder a um levantamento e análise
dos recursos, processos e funções existentes em todas as unidades orgânicas, a quem caberá
efectuar propostas transversais de reorganização, em concertação com os respectivos órgãos de
gestão.
Num contexto de ligação entre a dimensão da envolvente e a interna, a criação do Conselho
Estratégico do IPS entende-se como uma estratégia de desenvolvimento e de aglutinação,
reunindo inclusivamente entidades e personalidades nacionalmente reconhecidas, tendo em vista
um perfil continuado de preocupação e de intervenção estratégica da organização.
O Portal IPS é uma ferramenta de importância estratégica pelo seu papel na articulação,
coordenação e centralização da actividade do Instituto, permitindo a partilha de conhecimento e
melhorando os circuitos de informação. O desenvolvimento pleno do Portal do IPS é pois uma
prioridade para os próximos anos. Igualmente estratégico para o IPS é o desenvolvimento do
GARDOC (Grupo de Apoio aos Recursos Documentais do IPS), criado em 2003, que tem como
missão: definir linhas comuns de actuação no domínio da harmonização e normalização de
metodologias de trabalho e procedimentos técnicos, politicas de cooperação conducentes à
optimização dos recursos humanos, materiais e informacionais, visando o desenvolvimento dos
serviços, assente em critérios de qualidade e de igualdade de acesso, interagindo com os decisores e
órgãos de gestão na tomada de decisões relacionadas com os serviços de documentação.
Na implementação do Portal dos Serviços da Presidência está prevista a criação da rubrica “O IPS
em números”, com o objectivo de apresentar estatísticas gerais sobre o IPS relativas à
caracterização de estudantes, diplomados, cursos, docentes, pessoal não docente, etc. que poderão
ter diferentes usos e finalidades e ser de acesso mais ou menos restrito consoante a sua natureza. A
organização e a gestão desta informação, quer para fins internos (facilita, por exemplo, o
surgimento de projectos de formação, investigação, etc. comuns), quer para disponibilizar à
comunidade (reforçando a imagem e o grau de notoriedade do IPS), carece de recursos próprios e
estrutura adequada. Assim, prevê-se a criação de um Centro de Informação do IPS, à semelhança
do que já acontece em instituições internacionais, a funcionar em articulação com o Centro de
Informática.
É objectivo estratégico a existência de mecanismos necessários à avaliação de toda a actividade
docente, válida para todos os docentes do IPS, e que inclua as actividades pedagógicas, de
investigação e prestação de serviços à comunidade e ainda de gestão institucional.
Nesta perspectiva, propõe-se que a existência de uma estrutura de certificação e qualidade
(prevista criar para a obtenção de mecanismos de combate sistemático ao insucesso e abandono
escolares, bem como mecanismos de observação e acompanhamento do percurso dos diplomados,
anteriormente referido), se estenda ao estabelecimento de mecanismos necessários à avaliação
de toda a actividade docente, válida para todos os docentes do IPS, e que inclua as actividades
pedagógicas, de investigação e prestação de serviços à comunidade e ainda de gestão institucional.
Parte I - Formulação Estratégica – Estratégias de Desenvolvimento
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 28
Todos os mecanismos de avaliação se devem reger por padrões exigentes e claros. Isto é
particularmente importante em tempos de mudança, tendo presente o Processo de Bolonha, e com
novos públicos pertencentes à família IPS.
É assim necessário definir, para cada actividade desenvolvida, objectivos a atingir a todos os
níveis, desde o trabalho pedagógico, ao trabalho de investigação e prestação de serviços à
comunidade.
É necessário que cada docente assuma a sua responsabilidade no trabalho que desenvolve, que em
conjunto se consiga melhorar o desempenho e que, quer a aprendizagem por parte dos nossos
estudantes, quer a actividade de investigação e desenvolvimento em interacção com a sociedade
sejam objecto de melhoria continuada. Cada docente deverá assim apresentar, em termos a
estabelecer, planos e relatórios da sua actividade, que necessariamente serão objecto de avaliação.
Este Plano Estratégico de Desenvolvimento deve ser acompanhado, monitorizado e ajustado, pelo
que se preconiza a criação de uma equipa de acompanhamento do Plano.
É objectivo estratégico a elevação do nível de desempenho do pessoal não docente, através da
elaboração de planos de formação anuais e de uma melhor apropriação e adequação do sistema de
avaliação de desempenho da administração pública. Assim, é criado um Gabinete de Apoio à
Formação (GAFOR-IPS) que tem como missão elaborar planos de formação anuais e apoiar
iniciativas individuais de formação do pessoal não docente
É objectivo estratégico o reforço das lideranças institucionais, no sentido de operacionalizar a
partilha e a coesão interna. Para alcançar tal desiderato, além de eventuais acções de carácter
formativo, promotoras do desenvolvimento de competências e consciência dos papéis, releva-se a
apropriação do Plano Estratégico de Desenvolvimento como fio condutor.
É objectivo estratégico do IPS a melhoria da eficácia do funcionamento orgânico institucional do
IPS e das Unidades Orgânicas. Prevendo-se a publicação de uma nova Lei da Autonomia dos
Institutos Politécnicos, e ainda que tal não venha a acontecer, considera-se imprescindível e urgente
a revisão dos Estatutos dos Estatutos do Instituto e das Unidades Orgânicas, pela desadequação e
desactualização dos Estatutos actuais.
A qualidade dos apoios e serviços dos SAS é uma prioridade para o IPS. Para tal, torna-se
indispensável a criação de mecanismos de avaliação sistemática a integrar na estratégia de avaliação
global do IPS. É fundamental garantir o funcionamento regular das actuais estruturas de
participação dos estudantes, bem como incentivar a participação destes nas várias actividades
desenvolvidas no âmbito dos SAS. A integração do Clube Desportivo na Unidade Orgânica
constituída pelos SAS deve tornar visível a dimensão do Clube no apoio aos estudantes,
nomeadamente na melhoria da sua qualidade de vida e no desenvolvimento de um espírito de
comunidade académica e institucional.
Parte II - Diagnóstico
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 29
II. DIAGNÓSTICO
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 30
II.1 ANÁLISE DA ENVOLVENTE
Considera-se a envolvente contextual - ambiente político-legal, científico e tecnológico, económico
e sócio-cultural - que, de forma indirecta, podem afectar o ensino superior e, em particular, o
Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), bem como a envolvente transaccional - envolvente próxima,
em que existe uma interacção directa, designadamente, a oferta formativa, a procura e a
comunidade, sobretudo a existente no espaço de influência do IPS.
II.1.1 AMBIENTE CONTEXTUAL
A actividade a desenvolver pelo Instituto Politécnico de Setúbal encontra-se, naturalmente,
enquadrada por uma envolvente externa, enquanto meio em que as instituições do ensino superior
se inserem, designadamente, o ambiente político-legal, científico e tecnológico, económico e sócio-
cultural. Nos subcapítulos seguintes apresenta-se uma breve caracterização de tal envolvente, nos
aspectos que, de forma indirecta, podem afectar o ensino superior e, em particular, o IPS, ou que
contribua para um melhor entendimento do seu enquadramento.
II.1.1.1 CONTEXTO POLÍTICO-LEGAL
Síntese
O Processo de Bolonha tem como objectivo central o estabelecimento, até 2010, do
Espaço Europeu do ensino superior, sendo que, do ponto de vista da estratégia
comunitária da União Europeia, se enquadra na agenda política, delineada pelos
Chefes de Estado e de Governo, na Cimeira de Lisboa (2000), prosseguida na
Cimeira de Barcelona (2002).
Actualmente, o Processo considera dez linhas de acção: a adopção de um sistema
compreensivo e comparável de graus, a adopção de um sistema de dois ciclos;
estabelecimento de um sistema de transferência de créditos ECTS – European
Credit Transfer System, promoção da mobilidade, promoção da cooperação
europeia na garantia de qualidade; promoção a dimensão Europeia necessária no
ensino superior; promoção da aprendizagem ao longo da vida; promoção do
envolvimento e participação das instituições e dos estudantes; promoção da
atractividade e competitividade no espaço europeu de ensino superior; e o nível de
doutoramento - terceiro ciclo.
O Processo de Bolonha anuncia uma mudança de paradigma do ensino superior,
onde o estudante desempenha um papel central, evidenciando a carga de trabalho
realizado para atingir os objectivos de um programa de estudos especificados em
termos de competências.
O rápido desenvolvimento científico e tecnológico do País é assumido como
prioridade nacional, tornando-se explícito o compromisso com a ciência e
definindo metas e indicadores. A necessidade de desenvolver capital humano é
evidente e considerada imperativa para a modernização.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 31
O relatório da OCDE, quanto ao ensino terciário português, aponta
particularmente o baixo nível de estudos académicos da população, o baixo nível de
conclusão do ensino superior e fraco desempenho escolar.
A decisão de relançar a Estratégia de Lisboa e a apresentação do Quadro de
Referência Estratégico Nacional (2007-2013) anunciam uma visão para Portugal e o país
que queremos ser em 2013, estabelecendo prioridades, sustentando as opções
económicas e o próprio Plano Tecnológico.
O Decreto Lei 74/2006 aponta as expectativas da transição de Portugal para um
sistema de ensino superior no âmbito do processo de Bolonha. É evidente que este
processo “não pode, em circunstância alguma, ser entendido como uma mera
mudança formal”, e tem de ser acompanhado de um novo sistema nacional de
acreditação, conforme recomendação do Relatório da ENQA - Rede Europeia
para a Garantia da Qualidade do Ensino Superior.
O Processo de Bolonha1 tem como objectivo central o estabelecimento, até 2010, do Espaço Europeu
do Ensino Superior, um desafiante paradigma de educação, que se desenvolveu igualmente na direcção
de um Espaço Europeu de Investigação mas, sobretudo, do ponto de vista da estratégia comunitária da
União Europeia, enquadra-se na agenda política, delineada pelos Chefes de Estado e de Governo,
na cimeira europeia de Lisboa (2000), prosseguida na cimeira de Barcelona (2002), a qual definiu o
objectivo de, até 2010, fazer da Europa: “a economia do conhecimento mais competitiva e mais dinâmica do
mundo, capaz de um crescimento económico duradouro acompanhado de uma melhoria quantitativa e qualitativa do
emprego e de maior coesão social”2 - considera-se o Processo de Bolonha como um vector determinante
para o cumprimento da Estratégia de Lisboa.
Actualmente, o Processo considera3 dez linhas de acção:
i) adopção de um sistema compreensivo e comparável de graus, utilizando também o Suplemento
ao Diploma (Bolonha, 1999). Existem organizações e redes de trabalho para promover a nível
institucional, nacional e Europeu um reconhecimento eficaz dos graus reflectindo a diversidade
de qualificações;
ii) adopção de um sistema de dois ciclos; estando o acesso ao segundo ciclo sujeito à aprovação
total do primeiro ciclo que deverá ter uma duração mínima de três anos e constituindo um grau
de qualificação para a inserção no mercado de trabalho Europeu. O segundo ciclo levará à
obtenção do grau de Mestre. Os programas que levem à obtenção de um grau podem e devem
ter orientações diferentes e vários perfis, de forma a acomodar as necessidades individuais,
académicas e de mercado de trabalho (Helsínquia, 2001). Considerando a importância da
investigação nos sistemas de ensino superior europeu, o sistema de dois ciclos foi alargado para
1 Preâmbulo do Decreto-Lei Nº 42/2005 de 22 de Fevereiro. 2 Cf. http://www.dges.mctes.pt/Bolonha/Bolonha/Processo+Bolonha/ 3 Incluída aqui a análise que consta no documento da Estratégia Institucional do IPS (2004).
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 32
um sistema de três ciclos em que o terceiro ciclo é constituído pelo Doutoramento (Berlim,
2003);
iii) estabelecimento de um sistema de transferência de créditos ECTS – European Credit Transfer
System, como meio de promover a mobilidade dos estudantes. Estes créditos podem também
ser obtidos num contexto exterior ao ensino superior, como a aprendizagem ao longo da vida,
desde que reconhecida;
iv) promoção da mobilidade, reduzindo obstáculos;
v) promoção da cooperação europeia na garantia de qualidade desenvolvendo metodologias e
critérios comparáveis (Bolonha, 1999);
vi) promoção da dimensão Europeia necessária no ensino superior dando ênfase ao
desenvolvimento curricular, cooperação entre instituições, programas de mobilidade, de
estudos, estágios e investigação;
vii) promoção da aprendizagem ao longo da vida;
viii) promoção do envolvimento e participação das instituições e dos estudantes;
ix) promoção da atractividade e competitividade no espaço europeu de ensino superior. O uso do
sistema de créditos juntamente com o Suplemento ao Diploma irão facilitar o acesso dos
estudantes ao mercado europeu de trabalho fortalecendo a compatibilidade e a competitividade
do sistema Europeu de Ensino Superior, tornando-o mais atractivo (Praga, 2001);
x) o nível de doutoramento - terceiro ciclo (Berlim, 2003).
Em Bergen, 2005, comprometeu-se a implementação dos standards e guidelines de garantia da
qualidade, a implementação dos enquadramentos nacionais de qualificações e o reconhecimento
dos «joint degrees», incluindo o 3º ciclo.
O Processo de Bolonha anuncia uma mudança de paradigma do ensino superior, onde o estudante
desempenha um papel central, evidenciando a carga de trabalho realizado para atingir os objectivos
de um programa de estudos especificados em termos de competências.
2006 foi profícuo no desenvolvimento de documentos, processos e estratégias em diversos
quadrantes da actividade – quer pelo Compromisso com a Ciência4, o propósito de Enhancing
Portugal’s human capital 5, o Relatório da ENQA e o da OCDE.
O rápido desenvolvimento científico e tecnológico do País é assumido6 como prioridade nacional,
tornando-se explícito o compromisso com a ciência e definindo metas e indicadores. O aporte
financeiro para o desenvolvimento científico faz-se acompanhar de medidas7 de racionalização de
4 Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Um Compromisso com a Ciência para o futuro de Portugal. Vencer o atraso científico e tecnológico. Documento de orientação. Abril, 2006
5 Enhancing Portugal’s Human Capital. Economics Department Working Papers no. 505. Eco/wkp (2006) 33. 28-jul-2006.
6 Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - Um Compromisso com a Ciência para o futuro de Portugal. Vencer o atraso científico e tecnológico. Abril, 2006
7 Assim se afirma o “cancelamento do financiamento de pólos de Ensino Superior abaixo de limiares mínimos, a fixar por avaliações independentes”, o não financiamento, salvo excepções previstas, de “todos
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 33
meios – neste contexto, enuncia-se a avaliação relativa a integração de escolas politécnicas em
Universidades, de escolas universitárias entre si, ou de escolas politécnicas entre si. Em alguns casos
concretos8 - “especialmente nas áreas tecnológicas e de engenharia, as metas a atingir adequadas à missão das
instituições no que respeita à captação de investimentos externos, aos níveis mínimos apropriados de participação
empresarial nas actividades da instituição ou em projectos conjuntos, e ainda a intensidade de referência da prestação
de serviços ou de difusão científica e tecnológica” - ficam para definir as metas, os níveis mínimos
apropriados e a intensidade da prestação de serviços ou de difusão científica e tecnológica.
A necessidade de desenvolver capital humano9 é evidente e considerada imperativa para a
modernização. Destacam-se, como maiores deficiências, a literacia da população (não obstante ter
aumentado a cobertura da escolaridade básica), a insuficiente participação dos adultos em
programas de formação10 assim como o facto do acesso à educação terciária ser limitado e selectivo.
De entre as necessidades em relevo, a de formação dos professores, particularmente na área
pedagógica.
O relatório da OCDE utiliza o termo “ensino terciário para descrever todos os tipos de ensino ao nível pós-
secundário, independentemente de as instituições serem universidades, politécnicos, colégios pós-secundários ou outros
institutos ou instituições.”11
De entre as características principais do sistema de ensino terciário português são particularmente
apontados o baixo nível de estudos académicos da população, o baixo nível de conclusão do ensino
superior e fraco desempenho escolar. Apesar de o ingresso no ensino superior ter aumentado, o
número dos que concluem aponta para um número de desistências e taxas de insucesso muito
elevados. Entre os motivos para estes fracos resultados, encontram-se os custos de oportunidades
(a curto prazo) de frequentar o ensino terciário, a baixa eficiência de algumas instituições de ensino
superior, e as baixas competências dos estudantes que ingressam.
Na análise do acesso e participação, retome-se que “os estudantes mais velhos estão significativamente sub-
representados. O ensino ao longo da vida é ainda uma área subdesenvolvida no sistema de ensino português”12. Uma
mudança importante na política de acesso é a recente possibilidade de estudantes com mais de 23
anos de idade entrarem no ensino superior – o que poderá criar um novo grupo alvo para os que
os cursos superiores de licenciatura com número de estudantes em primeira inscrição inferior a 20”. (Idem).
8 “Especialmente nas áreas tecnológicas e de engenharia, as metas a atingir adequadas à missão das instituições no que respeita à captação de investimentos externos, aos níveis mínimos apropriados de participação empresarial nas actividades da instituição ou em projectos conjuntos, e ainda a intensidade de referência da prestação de serviços ou de difusão científica e tecnológica” (Idem).
9 Enhancing Portugal’s Human Capital. Economics Department Working Papers no. 505. Eco/wkp (2006) 33. 28-jul-2006.
10 Idem – “Because of the large share of the Portuguese population with low educational achievements and the lags involved in improving the competence level of the workforce, adult training is important to provide opportunities to current workers to acquire new qualifications. Adult training activities vary a lot across OECD countries with, on the one extreme, a limited number of OECD countries (Denmark, Finland, Sweden, Switzerland and the United States) having more than 40% of the labour force taking part in jobrelated education and training each year. At the other extreme, Portugal, like Greece, Hungary, Italy and Spain, have a low training culture: less that than 10% of Portuguese employees are involved in adult training.”
11 Relatório OCDE – Examiner’s Report. Dezembro 2006. p.8. 12 Idem, p. 24.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 34
disponibilizam o ensino superior ao mesmo tempo que exige programas e metodologias que se
articulem bem com o perfil deste novo grupo de estudantes.
O IPS não sai fora dos desafios levantados no que se refere ao encorajamento da diversidade e da
qualidade, na educação e na investigação. Tal como recomendado pelo Relatório que temos vindo a
citar, o objectivo e a missão precisa de clarificação num cenário de racionalização do sistema global.
Precisa de dar mais resposta às necessidades da sociedade, de modo que encoraje, ao mesmo
tempo, a sua própria independência na ciência e no conhecimento.
Como instituição pública, é livre de determinar a sua própria missão e estratégias no âmbito da
estrutura binária – naturalmente, sujeito até ao presente à importante cláusula para politécnicos
públicos que todos os novos programas de estudo necessitam da aprovação do Ministério, sendo
que a base para aprovação depende de o programa cumprir os requerimentos formais e se a
instituição tem capacidade para oferecer o programa.
Acresce uma restrição adicional que se prende com o facto de se os novos programas requererem
um aumento nos recursos humanos na instituição, tal necessita da aprovação do Ministério das
Finanças.
Apesar do Plano Tecnológico Português e de estarem estabelecidas metas para o ensino superior,
não existe “um plano nacional ou uma estrutura de planeamento explícitos. Na ausência de tal estrutura, as
análises acerca da adequação e relevância das novas instituições /programas tornam-se muito difíceis de fazer de
forma transparente.”13
No contexto da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico Português, estão definidas metas em
termos de aumento de ingressos e o sucesso no ensino superior quer para grupos com idades mais
tradicionais quer para estudantes adultos, e uma ênfase particular na ciência, engenharia e
tecnologia.
De entre as prioridades do governo, incluem-se a implementação do Processo de Bolonha, a
reforma da governação institucional, a autonomia institucional, um sistema nacional de acreditação
de programas, as questões de acesso de estudantes e de igualdade de oportunidades e a relação entre
os sistemas universitário e politécnico. É evidente a preocupação em melhorar a qualificação dos
portugueses, a diferentes níveis.
Assumido como prioridade para as políticas públicas, o Plano Tecnológico traduz a aplicação em
Portugal das prioridades da Estratégia de Lisboa. Como estratégia para promover o
desenvolvimento e reforçar a competitividade do país, baseia-se em três eixos: conhecimento,
tecnologia e inovação. No eixo do conhecimento, uma das medidas é estimular novos processos de
ensino/aprendizagem no ensino superior, implementando o Processo de Bolonha - “No âmbito da
política a desenvolver para o ensino superior, foram definidas finalidades claras para, (i) garantir a qualificação dos
portugueses no espaço Europeu, concretizando o processo de Bolonha, oportunidade única para incentivar a frequência
do ensino superior, melhorar a qualidade e a relevância das formações oferecidas e fomentar a mobilidade e a
internacionalização, e (ii) promover a igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior, melhorando os níveis
13 Idem, p.26.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 35
de frequência e conclusão dos cursos superiores, atraindo novos públicos, numa lógica de aprendizagem ao longo de
toda a vida e promovendo a acção social escolar.”
A decisão de relançar a Estratégia de Lisboa e a apresentação do Quadro de Referência Estratégico
Nacional (2007-2013) anunciam uma visão para Portugal e o país que queremos ser em 2013, estabelecendo
dez prioridades14, sustentando as opções económicas e o próprio Plano Tecnológico – as
prioridades são:
1ª - preparar os jovens para o futuro e modernizar o nosso ensino;
2ª - qualificar os trabalhadores portugueses para modernizar a economia e promover o
emprego;
3ª - Investir mais em Ciência & Tecnologia (o QREN como instrumento financeiro ao
serviço do Plano Tecnológico);
4ª - Reforçar a internacionalização e a inovação nas empresas;
5ª - Modernizar o Estado e reduzir os custos de contexto;
6ª - Reforçar a inserção no espaço europeu e global;
7ª - Valorizar o Ambiente e promover o desenvolvimento sustentável;
8ª - Valorizar o território e a qualidade de vida;
9ª - Promover a Igualdade de Género;
10ª - Afirmar a Cidadania, a igualdade de oportunidades e a coesão social.
“Conhecimento, qualificação, competitividade, coesão social - estas são as palavras-chave que vão marcar os
programas, as iniciativas e os projectos que os 45 mil milhões de euros do QREN vão financiar.”
As guidelines15 ou Orientações Integradas para o Crescimento e Emprego (2005-2008), no que se
refere às orientações sobre o emprego, afirmam como orientação “24.) Adaptar os sistemas de educação
e formação em resposta às novas exigências em matéria de competências“.
Notando as reformas significativas e as mudanças de políticas apontadas pelo Relatório da OCDE -
“Portugal não alcançará os ambiciosos objectivos que delineou para o seu sistema de ensino superior no contexto da
estratégia de Lisboa a não ser que sejam feitas reformas significativas e mudanças de políticas em três áreas chave
relacionadas com a coordenação do sistema e seis aspectos importantes relacionados com a diversidade do sistema”16; e
são elas: (1) desenvolvimento de uma estrutura nacional de planeamento do ensino superior:
Conselho Nacional para o Ensino Superior; (2) contratos institucionais negociados; (3) reforço da
capacidade de orientação.
Quanto à diversidade do sistema, foram apontados: (a) novos públicos, novos programas; (b)
clarificação dos tipos institucionais e das respectivas funções; (c) desenvolvimentos diferenciados na
14 Intervenção do primeiro Ministro no lançamento do QREN, Uma visão para Portugal. O país que queremos ser em 2013. 17 Janeiro 2007.
15 Cf. http://www.estrategiadelisboa.pt/document/guidelines_pt.pdf 16 Relatório OCDE, p. 29.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 36
autonomia institucional; (d) acreditação e licenciamento do programa e a implementação do
“processo de Bolonha”; (e) racionalização do panorama institucional (redução do número de
organizações relativamente autónomas dentro do sistema); (f) Reforçar a rede institucional, com
ofertas de programas coordenados, programas conjuntos, acordos estruturais para transferência de
estudantes, partilha de infra-estruturas e capacidade, etc. O painel aconselha que estas iniciativas
sejam apoiadas apenas onde haja uma clara ênfase no reforço das competências regionais,
respeitando ao mesmo tempo as diferentes missões das universidades e politécnicos.
Realce-se o reforço do sistema binário e a formulação expressa de um novo papel aos politécnicos,
apontando-se que a principal localização institucional de programas profissionais de primeiro e de
curto ciclo deverá ser o sector politécnico, pese embora o reconhecimento de que “as aspirações no
sector são de maior desenvolvimento de programas de Mestrado, um aumento de titulares de Doutoramentos, uma
tentativa de assegurar o direito de oferecer programas de Doutoramento, a expansão de programas de investigação e
eventualmente a obtenção do estatuto universitário”.
A Equipa de Revisão formulou “.”convicta opinião que Portugal não necessita de aumentar o número de
licenciados provenientes de programas universitários de longo ciclo, predominantemente orientados para a investigação.
Uma significativa área de crescimento deverá ser desenvolvida em programas orientados para a vertente profissional de
primeiro ciclo e para certificados profissionais de curto ciclo e programas de diplomas. Estes programas inserem-se no
perfil dos novos grupos de estudantes acima mencionados, mas a sua provisão num sistema de ensino superior, onde os
professores universitários e os valores académicos desempenham um papel predominante, é um desafio essencial. Em
suma, defendemos um aumento do número de estudantes no ensino superior e uma estabilização neste aumento, a
favor de programas de bacharéis com orientação profissional e, particularmente, em programas de orientação
profissional de curto ciclo no ensino politécnico (como já é evidenciado pelo aumento em cinco vezes do número de
estudantes matriculados em Cursos de Especialização Técnica, no ano lectivo de 2006/7, principalmente no sector
politécnico)
Em síntese, e tendo presentes as características distintivas dos politécnicos, considera-se que este
sector será a principal área de crescimento no sistema em termos de novos grupos de estudantes e
novos tipos de programas.
É nossa análise que a realização do 2º ciclo, pela característica dos seus descritores, designadamente
pela investigação, suporta uma forma científica, sólida e sustentável de ensinar no 1º ciclo, e de
tornar ambos ciclos de qualidade. Acrescem que, não apenas um 1º ciclo com as características que
legalmente foram formalizadas, claramente perde consistência e desenvolvimento se não existir
ligação ao 2º ciclo, como este se articula e fortalece em ligação ao 3º ciclo, produtor de investigação
adequada às áreas científicas.
Os politécnicos contribuem para o sistema nacional de inovação, sobretudo através da “formação de
capacidades e da transferência de tecnologias.” - e reflectimos sobre a, assim chamada, academic drift do
politécnico do mesmo modo que sobre o que pode ser designado professional drift das universidades
– e o recurso à lei de 1979, considerando o ensino politécnico como: “um ensino com uma maior vertente
aplicada e técnica e uma forte orientação vocacional, para a formação de técnicos de nível intermédio para as
indústrias, empresas de serviços e unidades educacionais”, parece-nos que deverá ser lida e interpretada no
respectivo contexto histórico. Com enfoque na sequência dos ciclos como tarefa central, será
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 37
necessário abrir vários e novos caminhos para estudantes, incluindo cursos pós-secundários e de
ensino vocacional e cursos de curto ciclo.
Compreende-se a caracterização17 da Equipa de Revisão, e a necessidade social e nacional de “formar
licenciados empregáveis com conhecimentos práticos, fundamentados por capacidades analíticas e de resolução de
problemas”18 tal como se entende que os dois subsistemas tenham “uma igual dignidade e exigência, mas
com diferentes vocações”19.
As mensagens são contraditórias, todavia, entre a valorização de uma formação direccionada para o
desempenho de uma actividade profissional e a exigência de aumentar as qualificações do corpo
docente, do qual depende igualmente o financiamento.
O Decreto Lei 74/2006 aponta as expectativas da transição de Portugal para um sistema de ensino
superior no âmbito do processo de Bolonha. É evidente que este processo “não pode, em circunstância
alguma, ser entendido como uma mera mudança formal”, e ser acompanhado de um novo sistema nacional
de acreditação e, conforme recomendação do Relatório da ENQA - Rede Europeia para a Garantia
da Qualidade do Ensino Superior -, da implementação de procedimentos para o registo de novos
programas que não descriminem o tipo de fornecedor institucional.
Tal abordagem enfatiza a natureza dos programas educacionais e as capacidades dos licenciados, e
aos padrões de qualificação conferidos pela conclusão desses programas - a abordagem preferida da
ENQA envolve uma avaliação individual dos programas, complementada por auditorias periódicas
de qualidade à totalidade da instituição. Percebe-se que a frequência, e talvez intensidade, das
auditorias de qualidade varie de acordo com os antecedentes das instituições.
17 “os politécnicos em Portugal se afastaram do seu objectivo inicial. Não existe nada que diferencie o ensino nos politécnicos, apesar das afirmações retóricas do papel sectorial e missão institucional. Quase todos os representantes dos politécnicos indicaram, no decorrer das discussões no âmbito desta revisão, que desejam que estes se convertam em universidades. Tendo em conta as provas disponíveis para a Equipa de Revisão, não pretendem trabalhar com a indústria. A sua abordagem curricular é primeiramente baseada no conteúdo e na teoria, à semelhança do ensino universitário. Os seus programas não fornecem uma suficiente experiência de trabalho e estágios. Facultam um reduzido ensino profissional e pequenos cursos de formação. Os politécnicos não estão a contribuir para melhorar as taxas de sucesso no ensino secundário. Estão também a negligenciar as ofertas pós-secundárias e técnicas que são necessárias para servir os estudantes que não se adaptam ao o ensino académico e que já não fazem parte da educação portuguesa.” (Idem, p.54)
18 Idem, p. 55 19 Lei 74/2006
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 38
II.1.1.2 CONTEXTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO
Síntese
Nos próximos 10-15 anos prevê-se o abrandamento da deslocalização de empresas e a
intensificação da deslocalização de pessoas, fazendo com que o recrutamento seja feito
à escala mundial e que a alta qualificação e formação sejam condições sine qua non de
empregabilidade, o que requer, necessariamente, o desenvolvimento científico e
tecnológico dos recursos humanos.
Os Relatórios de 2006 da OCDE e ENQA, defendem de forma clara a mobilidade de
pessoas. No entanto, a necessidade dos Institutos Politécnicos desenvolverem ou
realizarem as actividades de I&D de forma consistente apenas terá resposta com a
constituição das referidas “redes institucionais” entre instituições e/ou empresas não só
para assegurar a formação dos próprios docentes ao nível do 3º ciclo, como para
assegurar a ligação a projectos de investigação aplicada, tornando-se, assim, a
cooperação institucional, a nível nacional e internacional, com instituições
congéneres, crucial para o processo de actualização de conhecimentos, a paridade de
competências, reconhecimento inter-pares da qualidade do trabalho desenvolvido e
notoriedade das instituições.
Mas a necessidade de recursos humanos altamente qualificados e com formação em
investigação não é exclusiva das Instituições de Ensino Superior, existindo um défice
de recursos humanos altamente qualificados e com formação em investigação nas
empresas, sendo para isso desejável a integração de doutores e mestres nos
quadros de empresas, a fim de promoverem a inovação e a qualidade de produtos e
serviços que estas oferecerem.
Assim, o esforço de articulação entre as instituições de I&D e as Empresas deve
ser intensificado a nível nacional e, naturalmente, a nível regional, sendo este
determinante para a sustentabilidade da actividade económica a nível regional e
atracção de novos projectos ou investimentos que contribuam para o seu
desenvolvimento.
Central a esta política é, inevitavelmente, a investigação aplicada nos mais diversos
sectores da economia. Contudo, o investimento nacional nestas áreas, embora em
crescimento acentuado ainda está longe das metas europeias sendo, em 2002, apenas
cerca de 39% do valor médio na Europa dos 25, assim como apenas 74% do valor
correspondente em Espanha. Segundo o documento enquadrador da Estratégia de
Lisboa, numa proporção da população activa, Portugal precisa de uma vez e meia mais
cientistas para dispor das capacidades médias europeias.
De referir que o VII Programa Quadro aprovado no final do mês de Novembro pelo
Parlamento Europeu dispõe da maior verba de sempre para a investigação, ciência,
desenvolvimento tecnológico e educação.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 39
O desenvolvimento da investigação e a inovação nos próximos anos em Portugal, será marcado
pelos vários documentos que de diversas proveniências têm sido publicados sobre o Ensino
Superior em Portugal e pelas metas propostas pelo Governo em termos de desenvolvimento
científico e tecnológico para o país. Esse desenvolvimento terá omnipresente o enquadramento de
Portugal no quadro alargado da CE, as políticas definidas no Quadro de Referência Estratégico
Nacional (QREN) para o período de 2007-2013, as várias directivas e financiamentos decorrentes,
como também as contingências do mundo e economia globalizada em que nos integramos. Em
relação à Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT) onde se inclui a Península de Setúbal, o QREN
identifica um conjunto de pontos fracos na RLVT que poderão ser traduzidas em prioridades e cujo
desenvolvimento deverá ser enquadrado no próprio Plano Estratégico para o Desenvolvimento da
Península de Setúbal (PEDEPES).
Os documentos internacionais de avaliação do sistema de ensino superior português (OCDE,
ENQA) enfatizam entre muitos outros aspectos a manutenção do sistema binário, isto é, de um
papel diferenciado para Universidades e Politécnicos. O diagnóstico tem em consideração, para
além da necessidade de adequação e convergência do sistema português de ensino e de I&D à
tendência geral europeia, as especificidades socio-económicas portuguesas, marcadas por um défice
em formação e desenvolvimento científico e tecnológico do país. Estes factores considerados
fundamentais para o desenvolvimento e paridade económica são realçadas de forma evidente nas
sugestões que as equipas de avaliação apresentam. De salientar que os relatórios, tendo sido
encomendados pelo MCTES, representam por assim dizer, o posicionamento de uma estratégia
oficial face às reformas previstas para o Sistema de Ensino Superior em Portugal. Num comunicado
emanado do gabinete do Primeiro Ministro, referindo o discurso de 21 de Dezembro de 2006, à
Assembleia da República, são reiteradas as orientações das avaliações internacionais, com ressalva
do aumento de propinas e do regime contratual e de carreira dos docentes universitários. Quanto
aos objectivos traçados para a C&T estes são apresentados no documento de reflexão do Ministério
“Um Compromisso com a Ciência para o Futuro de Portugal - Vencer o atraso científico e tecnológico”, de Abril
de 2006. A leitura atenta dos indicadores propostos neste documento permite concluir que o
enfoque na investigação se dirige a múltiplas frentes, desde a formação de doutorados, à produção
científica, à internacionalização, a centros, parcerias, programas e redes. Algumas áreas são
identificadas, como as das Redes Temáticas de Investigação - no indicador relativo ao “Programa de
Redes Temáticas de investigação, visando a integração de capacidades, a formação avançada, a demonstração e difusão
e a cooperação internacional, designadamente em suporte às parcerias internacionais para a ciência e tecnologia
(C&T) e o Ensino Superior constituídas. Entre estas últimas podem-se identificar, desde já, as seguintes: Energia;
Transportes e Logística; Produção, especialmente nos sectores automóvel, aeroespacial e dos moldes; Telecomunicações e
Redes de Informação; Engenharia de Software; Robótica e redes de infra-estruturas críticas; Conteúdos digitais e
multimédia; Biociências, biotecnologia e biomedicina.”
No relatório da OCDE (Dez. 2006), a exclusão das Instituições Politécnicas das actividades de
investigação e de formação para a investigação é normalmente justificada por três fundamentos
base: i) limites na disponibilidade de capacidade de investigação de qualidade e a necessidade de
concentrar em vez de dispersar; ii) os elevados custos de manter uma investigação de qualidade
excelente, e a necessidade de conter os custos elevados da investigação e do sistema de formação
com essa orientação para a investigação; e a iii) necessidade dos Institutos Politécnicos focarem a
sua actividade na transmissão e aplicação de conhecimento, em vez de na geração e preservação de
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 40
conhecimento. Como é mencionado no referido documento, os Politécnicos contribuem para o
sistema nacional de inovação fundamentalmente através da formação de competências e
transferência de tecnologia.
Em todo este contexto de discussão e reflexão em que vivemos é interessante constatar que, na
cimeira de Davos 2007 – Fórum Económico Mundial, que decorreu durante a última semana de
Janeiro de 2007, as principais empresas mundiais de Recursos Humanos apontaram como nova
tendência para os próximos 10-15 anos o abrandamento da deslocalização de empresas e a intensificação da
deslocalização de pessoas. Quer dizer portanto que, por um lado o recrutamento será feito à escala mundial e
que o multilinguísmo será imprescindível, por outro que a alta qualificação e formação serão condições sine qua
non de empregabilidade. As mesmas multinacionais de Recursos Humanos indicaram como profissões
de futuro no mundo ocidental altamente terciarizado os serviços de cuidado a terceiros, cuidados de saúde e
afins, enfermagem, instrutores de educação física, actividades ligadas ao turismo e ao lazer. Estes serão os
serviços de eleição para uma população relativamente próspera e crescentemente envelhecida. O
lazer e o turismo requerem qualidade ambiental e a esta liga-se o ordenamento do território, as energias alternativas,
a reciclagem, a aquicultura e agricultura biológica, etc., etc. É uma nova janela de oportunidades que se
desenha, uma nova aposta a considerar na educação, formação e investigação. Uma aposta que a
Península de Setúbal, pelas suas excelentes condições, pode ganhar com vantagem.
O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), desde a sua fundação, consignou estatutariamente como
objectivos, para além da formação e ensino, a realização de actividades de pesquisa, investigação aplicada e
desenvolvimento experimental; a prestação de serviços à comunidade; a organização ou cooperação em actividades de
extensão educativa, cultural e técnica; a participação em projectos de cooperação nacional e internacional; o
intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições congéneres nacionais e estrangeiras. 20 A coerência com
que o IPS tem insistido nas actividades de investigação e desenvolvimento é demonstrada no Plano
de Desenvolvimento Estratégico (2002-2006), onde é reiterada essa vocação, afirmando que o IPS é
uma instituição de ensino superior público que integra unidades orgânicas orientadas para objectivos de formação de
elevada qualidade científica, artística, técnica e profissional, de desenvolvimento de actividades de investigação aplicada
e experimental, de prestação de serviços e de cooperação com entidades do tecido empresarial e institucional da
comunidade, participando em projectos de âmbito nacional e internacional.
Os objectivos firmados e reafirmados enquadram o esforço que o IPS, desde 1979 até 2006, tem
desenvolvido na promoção da formação avançada do seu corpo docente, com vista a qualificar e
valorizar o potencial humano, com impacto nas actividades e formação ministrada. Essa formação
ao ser feita noutras Instituições de Ensino Superior, tem naturalmente proporcionado a integração
de docentes do IPS em grupos ou centros de I&D com reconhecimento nacional e internacional.
Ao nível do Instituto as actividades de I&D, onde naturalmente se inclui os trabalhos
desenvolvidos pelo docentes no âmbito da formação avançada, têm sido consideradas necessárias
pela ligação à prestação de serviços e por sustentar perspectivas de novas ofertas formativas. A
proposta de criação de 2ºs ciclos é apenas um exemplo de que a sua fundamentação é também
justificada pelas actividades de investigação desenvolvidas pela instituição e pelo número de
docentes doutorados ou especialistas que esta possui. Quanto à oferta formativa de 3º ciclo esta
20 I.P.S. Estatutos, Capítulo I, Art.º 1- 1, b)-e)
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 41
apenas poderá ser perspectivada em parceria com as Universidades que, a verificar-se, permitirá
cumprir uma aspiração antiga dos Institutos Politécnicos, i.e a de poder formar o seu próprio corpo
docente e de desenvolver estratégias de I&D adequadas às reais necessidades da região na qual se
integra e do próprio país.
Refira-se que a tendência actual, definida essencialmente pelas recomendações resultantes dos
Relatórios de 2006 da OCDE e ENQA, defende de forma clara a mobilidade de pessoas e a clara
diferenciação de funções e oferta formativa entre Politécnicos e Universidades. No entanto, a necessidade de dar
continuidade e complementar a formação oferecida pelo IPS, rentabilizando a massa crítica
existente no Instituto, e a necessidade dos Institutos Politécnicos desenvolverem ou realizarem as
actividades de I&D de forma consistente apenas terá resposta com a constituição das referidas
“redes institucionais”. Refira-se que os avaliadores do Relatório da OCDE sugeriram a formação de
redes entre instituições e/ou empresas não só para assegurar a formação dos próprios docentes
(num primeiro momento) como para assegurar a ligação a projectos de investigação aplicada. Esta
proposta é sugerida de acordo com o modelo das “research universities” ou, em certos casos, de
acordo com o que em Portugal se convencionou chamar na classificação da FCT “Laboratórios
Associados“.
A cooperação institucional, a nível nacional e internacional, com instituições congéneres, é crucial
para o processo de actualização de conhecimentos, paridade de competências e reconhecimento
inter-pares do trabalho desenvolvido. A nível nacional e internacional tem-se assistido à
formalização deste tipo de cooperação através da formalização de protocolos em que, numa
perspectiva de interesse estratégico, se pretende potenciar a oferta formativa, a ligação entre áreas
de excelência e a capacidade de concretizar projectos de investigação. Um exemplo deste tipo de
tendências é a participação do Instituto Superior Técnico (IST), como membro, no CLUSTER-
Consortium Linking Universities of Science and Technology for Education and Research, grupo restrito de
algumas das melhores instituições europeias de ensino nas áreas da engenharia, ciência e tecnologia
e de que são exemplo escolas tão prestigiadas como o Imperial College de Londres, a Ecole
Polytechnique Fédérale de Lausanne, a Universidade Católica de Lovaina, a Universidade Técnica
de Eindhoven, a Universidade Técnica de Darmstad e o Politécnico de Turim. Este consorcio visa
promover a excelência no ensino graduado e pós-graduado e na investigação científica.
Relativamente ao desenvolvimento científico e tecnológico do país, dados recentes do Instituto
Nacional de Estatística (INE) e do Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior (MCTES),
mostram que o número de pós-graduações e doutoramentos conferidos ou reconhecidos em
Portugal tem vindo a aumentar exponencialmente mas é considerado ainda nos diversos
documentos insuficiente. É reconhecido que se verifica uma evolução muito positiva, tendo em
conta os registos entre os anos de 1970 e 2002, mas também é salientada a assimetria que ainda se
regista relativamente a outros países e à evolução desejada para o desenvolvimento do país.
A necessidade de recursos humanos altamente qualificados e com formação em investigação não é
exclusiva das Instituições de Ensino Superior mas também das empresas públicas e privadas. A
integração de doutores e mestres nos quadros deste tipo de empresas é referida como a única forma
de promover a inovação e a qualidade de produtos e serviços que estas podem oferecer, numa
economia cada vez mais competitiva e globalizada.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 42
A relação entre Instituições de Ensino Superior e as Empresas é ainda deficitária no país. O
aumento da qualificação dos quadros técnicos das empresas poderá fomentar uma maior partilha de
perspectivas de evolução comum entre as diferentes instituições. Assim, é desejável que o meio
empresarial e industrial seja capaz de apoiar e apontar direcções, face às suas necessidades, para o
desenvolvimento das actividades de investigação aplicada e a respectiva oferta formativa por parte
das instituições de ensino superior.
Quanto à investigação aplicada, os relatórios oficiais e de referência já mencionados (OCDE e
ENQA) sublinham a vocação dos Institutos Politécnicos para este tipo de investigação. Pode-se
mesmo afirmar que a investigação aplicada, bem como a prestação de serviços à comunidade, são
vistas como formas de relacionamento com o meio envolvente, que não são nem deverão ser,
mutuamente exclusivos, podendo, e devendo sim, estabelecerem-se sinergias entre este tipo de
actividades, maximizando o seu impacto nas regiões em que as Instituições estão inseridas, e em
prol do desenvolvimento mútuo. O reconhecimento do papel da investigação aplicada é consensual
no IPS e está consignado no anterior Plano de Desenvolvimento Estratégico do IPS.21
Ao nível da formação é afirmado na proposta de Programa Operacional Regional de Lisboa e Vale
do Tejo 2007-2013 (QREN/FEDER), que os níveis de habilitação escolar da população empregada
em Portugal são ainda reduzidos e bastante inferiores à média dos países da União Europeia. Este
facto reflecte-se nos níveis de participação em acções de formação profissional que tem como
resultado o acesso limitado à aprendizagem ao longo da vida. Assim, existe em Portugal uma grande
urgência de vencer o atraso nos níveis de qualificação e de literacia da população em geral, quer em
termos estatísticos quer na resposta eficaz às necessidades económicas e do mercado de trabalho.
Estes aspectos têm particular relevância para o desenvolvimento da Península de Setúbal que,
embora integrada na Região Lisboa e Vale do Tejo, para efeitos administrativos e de gestão de
fundos, está desfasada por defeito em relação aos níveis da Grande Lisboa.
A melhoria da formação e qualificação da população no Distrito de Setúbal, terá como reflexos uma
melhoria do nível de vida da população, desempenho económico e perspectivas de
desenvolvimento da região. Para isso é necessário ter-se em conta as tendências regionais em
termos do desenvolvimento de cada sector de actividade. O sector principal de actividade
económica na Península de Setúbal era, pelo menos até meados do século XX, o sector primário
(agricultura e pescas, com destaque para a última). Os últimos anos mostram no entanto não apenas
um decréscimo percentual da população produtiva ocupada em actividades do sector primário na
região mas, também, uma diminuição da sua participação no sector secundário acompanhado de
um aumento no terciário.
Da análise SWOT apresentada no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para o
período de 2007-2013, identifica-se um conjunto de pontos fracos na Região de Lisboa e Vale do
Tejo (RLVT). Esses serão pois domínios de actuação estratégica na região e como tais, deverão ser
21 Sendo a investigação aplicada uma das pedras basilares da qualidade e actualidade do ensino, o IPS tem procurado apoiar e incentivar o seu desenvolvimento. Tem merecido especial destaque a investigação realizada pelos alunos e docentes do IPS, nas suas instalações. Assim, foi lançada em 1997 uma iniciativa pioneira que consistiu num concurso interno de projectos de investigação, tendo decorrido em 2000 o seu terceiro ano de execução. Ibidem, p. 89
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 43
encaradas como oportunidades de reconversão e inovação. Citando apenas alguns exemplos é
perceptível a necessidade de formação e de intervenção altamente qualificada, suportadas por uma
actividade de investigação orientada por objectivos práticos. Assim, as referências ao i) aumento do
desemprego e dificuldade de reintegração no mercado de trabalho de pessoas com qualificações
médias e superiores; ii) o pouco relevo das empresas em sectores determinantes para a
competitividade, com consequências negativas ao nível do registo europeu de patentes; iii) as
empresas pouco receptivas à participação em projectos de investigação com as universidades; ou
ainda a referência à iv) tendencial falta de empreendedorismo de qualidade; realçam áreas
privilegiadas para o desenvolvimento de actividades de I&D e formação pelas Instituições de
Ensino Superior, em estreita cooperação com os agentes económicos e entidades regionais e locais.
O QREN (2007-2013) apoia-se nos princípios definidos na “Estratégia de Lisboa”, isto é, da criação no
espaço europeu a economia competitiva mais dinâmica do mundo, assente em três pilares: investigação, educação e
inovação. Os governos, organismos e entidades promotoras de ciência e tecnologia são encorajados a
apresentar projectos à Comissão em consórcio com parceiros de países terceiros e a promover a
mobilidade de investigadores e ideias. Desta forma são estimuladas parcerias regionais, nacionais e
transnacionais entre todas as instituições e todas as áreas de actividade e, nomeadamente, na de
I&D. A investigação e a inovação, tal como a formação, a cooperação e a mobilidade são aspectos
transversais na estratégia e política definida no QREN. O objectivo não é apenas inovar e
desenvolver para gerar mais riqueza mas, também focalizar na sua distribuição ou seja, fazê-lo de
forma equitativa a nível nacional, regional territorial e também relativamente ao capital humano.
A eficácia na qualificação dos recursos humanos e na promoção da inovação e aptidão tecnológicas
das empresas será determinante para a sustentabilidade da indústria a nível regional e atracção de
novos projectos ou investimentos de base tecnológica. Como refere o próprio PEDEPES- Plano
Estratégico para o Desenvolvimento da Península de Setúbal, as actividades de I&D na região
poderá ser futuramente condição preferencial para a captação de mais investimento quer nacional
quer estrangeiro e à não deslocalização de empresas, particularmente as multinacionais. O
PEDEPES claramente já propunha criar condições na Península de Setúbal para se realizarem mais
actividades de I&D, isto com o objectivo de diminuir o fosso existente entre a despesa de I&D na
Área Metropolitana de Lisboa (AML) e na Península de Setúbal e, simultaneamente, criar
mecanismos que promovam a deslocalização de infra-estruturas tecnológicas da AML para a
Península de Setúbal. Esta estratégia incide não necessariamente apenas no contexto do ensino
superior e nas áreas já existentes, mas sobretudo em áreas de conhecimento que possam servir de
suporte à competitividade dos “clusters” actuais ou potenciais que venham a ser identificados. Por
outro lado, o PEDEPES reforça a necessidade de haver capacidade na Península de Setúbal de se
fornecer serviços no âmbito dos estudos de viabilidade, projectos de diagnóstico e resolução de
problemas concretos. Este tipo de perspectivas reforça a necessidade de complementar a I&D com
outro tipo de actividades orientadas à prestação de serviços tecnológicos e resolução de problemas.
Isso requer a existência de uma dinâmica própria e eficaz nas entidades que executam I&D,
essencialmente as universidades, politécnicos e instituições privadas sem fins lucrativos da
Península de Setúbal e da Área Metropolitana de Lisboa.
Globalmente existe consciência de que o esforço de articulação entre as instituições de I&D e as
Empresas deve ser intensificado a nível nacional e, naturalmente, a nível regional. Como diagnostica
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 44
o QREN22 são i) fracos os níveis de colaboração entre as empresas e o ensino superior, no domínio
das actividades de I&D; ii) existem fracos níveis de prestação de serviços das infra-estruturas às
empresas; iii) é reduzida a eficiência na transferência de tecnologia; ;iv) os sistemas de
educação/formação são desajustados entre as competências produzidas no sistema de ensino e as
necessidades das empresas. Para vencer o atraso estrutural que separa Portugal da média europeia, a
Estratégia de Lisboa e o Plano Tecnológico definem como objectivo a duplicação da capacidade
científica e tecnológica do país como forma de gerar mais riqueza e competir no mercado internacional.
Central a esta política é, inevitavelmente, a investigação aplicada nos mais diversos sectores da
economia. Contudo, o investimento nestas áreas, embora em crescimento acentuado ainda está
longe das metas europeias, sendo em 2002 apenas cerca de 39% do valor médio na Europa dos 25,
assim como apenas 74% do valor correspondente em Espanha.23 Segundo o documento
enquadrador da Estratégia de Lisboa, numa proporção da população activa, precisamos de uma vez
e meia mais recursos humanos afectos às actividades de I&D para dispormos das capacidades
médias europeias.
Para responder ao défice de financiamento da I&D em Portugal 24 é necessário estimular a inovação e para
tal é necessária mão-de-obra altamente qualificada. A necessidade de alterar o paradigma da
economia de “mão-de-obra barata e pouco qualificada” é urgente e a qualificação tem de ser
intensiva durante os próximos 6 anos. O balizamento de 6 anos é relevante pois enquadra-se no
balizamento cronológico do VII Programa Quadro da CE para a Investigação operacional entre
2007 e 2013. Por outro lado, todos os dados, análises e relatórios revelam que a investigação em
meio empresarial é insuficiente e baixo quando comparado com os níveis europeus.25 Esta situação
tem de ser alterada por três motivos principais: i) não é sustentável para o cumprimento dos
objectivos de geração de riqueza e competitividade; ii) não possível o estado/financiamento público
suprir todas as necessidades nesta matéria; iii) é fundamental que sejam as empresas a definir as
áreas de investigação e inovação em função dos seus objectivos estratégicos e à sua contribuição
para a economia do país.
O VII Programa Quadro aprovado no final do mês de Novembro pelo Parlamento Europeu dispõe
da maior verba de sempre para a investigação, ciência, desenvolvimento tecnológico e educação.
22 Proposta de Programa de Operacional Regional de Lisboa 2007-2013 (FEDER), Lisboa, QREN,
23 Estratégia de Lisboa, Investigação, Inovação e Desenvolvimento - Enquadramento.
24 Vide supra nota anterior.
25 A Estratégia de Lisboa refere que “No que respeita à inovação empresarial, verificou-se na última metade da década de noventa em Portugal a duplicação do número de empresas com actividades de I&D. Estas empresas já não competem internacionalmente com base em salários baixos, mas com recursos humanos qualificados, I&D e inovação, marketing, design, formação e qualidade, cooperando com instituições de C&T. A nossa aposta é tornar possível que este modelo económico emergente, este novo Portugal Inovador, se torne o modelo dominante, a partir do qual se sustente um novo ciclo de crescimento económico. “
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 45
II.1.1.3 CONTEXTO ECONÓMICO
Síntese
Em termos nacionais, apesar de existirem perspectivas de uma ligeira retoma do PIB
a partir de 2006, devem ser considerados os objectivos por parte do Governo pela
redução estrutural da despesa pública, situação que, certamente, condicionará o
investimento no ensino superior.
De referir, no entanto, que ao nível dos fundos de coesão, que constitui uma forte
alavanca ao desenvolvimento económico e social, através do investimento público e
privado, inicia-se para o período 2007-2013 um novo plano de apoio designado por
Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), que contempla, entre outros, a
Agenda para o Potencial Humano (uma das três agendas) para a qual se prevê investir
dez mil milhões de euros.
Ao nível regional, como se sabe, a área privilegiada de captação de estudantes e de
actuação do IPS corresponde, naturalmente, ao espaço territorial do distrito de
Setúbal, que é caracterizado pela existência de um tecido empresarial bastante
diversificado, verificando-se uma evolução positiva do número de empresas
existentes, com taxas de crescimento superiores ao registado no total nacional.
São, ainda, de considerar as perspectivas de realização de grandes projectos de carácter
estruturante no distrito de Setúbal, ao nível do sector marítimo portuário, logística,
turismo, energia e indústria transformadora, para além de outros domínios onde
se prevê algum desenvolvimento, designadamente, as actividades associadas ao mar
(pesca, aquicultura e actividades náuticas), as actividades de saúde e as actividades
associadas ao ambiente.
Generalidades
A situação económica é um dos factores exógenos que tem uma acção indirecta sobre a actividade
do ensino superior, que se reflecte ao nível orçamental do Estado – podendo afectar as verbas
destinadas às respectivas instituições públicas - de investimento na actividade económica e social -
que promove a criação de empregos, o desenvolvimento de novos projectos e a procura de
desenvolvimento e novas qualificações – e do poder de compra - que promove uma maior ou
menor disponibilidade para a procura da oferta formativa ao nível do ensino superior.
Ao nível do PIB, principal indicador da actividade económica e que indicia níveis de investimento e
de consumo, a economia portuguesa tem, de certa forma, permanecido estagnada entre 2002 e
2005, prevendo-se, todavia, uma ligeira retoma a partir de 2006.
Ao nível das taxas de juro, que afectam, também, níveis de investimento e de consumo, com a
participação na união monetária, a economia portuguesa passou a beneficiar de um regime de taxas
de juro mais baixas e menos voláteis.
Com efeito, durante a segunda metade da década de 90, a maior facilidade de financiamento e a
expectativa de um maior rendimento permanente traduziu-se numa queda da taxa de poupança,
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 46
estimulando o consumo privado, nomeadamente de bens duradouros, e o investimento (Banco de
Portugal, Relatório Anual 2005).
Esta situação de taxas de juro nominais e reais em níveis reduzidos, manteve-se até aos finais de
2005, a partir do qual, por decisão do Conselho do BCE, se tem registado aumentos sucessivos das
taxas mínimas aplicáveis às operações principais de refinanciamento, situando-se em Dezembro de
2006 em 3,25% e prevendo-se, para 2007, da ordem dos 3,8%.
Ao nível dos fundos de coesão, que constitui uma forte alavanca ao desenvolvimento económico e
social, através do investimento público e privado, concluiu-se em 2006 o Quadro Comunitário de
Apoio para Portugal (QCA III), iniciando para o período 2007-2013 um novo plano de apoio
designado por Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Na definição das orientações políticas no âmbito do QREN e de todos os Programas Operacionais
(PO), há a referir, particularmente, as seguintes prioridades estratégicas:
a) Promover a qualificação dos portugueses, desenvolvendo e estimulando o conhecimento, a
ciência, a tecnologia e a inovação como principal garantia do desenvolvimento do País e do
aumento da sua competitividade;
b) Promover o crescimento sustentado através, especialmente, dos objectivos do aumento da
competitividade dos territórios e das empresas, da redução dos custos públicos de contexto, da
qualificação do emprego e da melhoria da produtividade e da atracção e estímulo ao
investimento empresarial qualificante;
c) Garantir a coesão social actuando, em particular, nos objectivos do aumento do emprego e do
reforço da empregabilidade e do empreendedorismo.
O QREN, aprovado em Conselho de Ministros em 11 de Janeiro de 2007, assume como grande
desígnio estratégico “a qualificação dos portugueses e das portuguesas, valorizando o conhecimento, a ciência, a
tecnologia e a inovação, bem como a promoção de níveis elevados e sustentados de desenvolvimento económico e sócio-
cultural e de qualificação territorial, num quadro de valorização da igualdade de oportunidades e, bem assim, do
aumento da eficiência e qualidade das instituições públicas”.
Para a prossecução deste grande desígnio estratégico, a Agenda para o Potencial Humano (uma das
três agendas) para a qual se prevê investir dez mil milhões de euros, integra como principais
dimensões de intervenção: Qualificação Inicial, Adaptabilidade e Aprendizagem ao Longo da Vida,
Gestão e Aperfeiçoamento Profissional, Formação Avançada para a Competitividade, Apoio ao
Empreendedorismo e à Transição para a Vida Activa, Cidadania, Inclusão e Desenvolvimento
Social, Promoção da Igualdade de Género.
Apesar da actual situação conjuntural e das perspectivas serem de recuperação muito ténue da
actividade económica, é objectivo do actual Governo26 uma consolidação orçamental baseada em
medidas de carácter estrutural, consubstanciada nas recomendações do Conselho da União
Europeia em Setembro de 2005, prevendo-se reduções do défice estrutural do PIB de 1,60, 0,78 e
0,73 p.p., respectivamente em 2006, 2007 e 2008, e na prossecução a um ritmo não inferior a 0,5
26 Programa de Estabilidade e Crescimento 2005-2009 (Dez 2005)
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 47
p.p. por ano, da diminuição do défice em 2009 e nos anos seguintes até atingir um saldo de, pelo
menos, -0,5% do PIB.
Tais objectivos por parte do Governo passam, necessariamente, por uma redução estrutural da
despesa pública, para além do reforço da receita fiscal, de modo a manter os compromissos de
consolidação.
Caracterização da área geográfica de influência do IPS 27
A área de influência do IPS, sobretudo ao nível de captação de estudantes, corresponde,
naturalmente, ao espaço territorial do Distrito de Setúbal, constituído por um conjunto de treze
concelhos (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Alcácer
do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines), que se encontra demarcado pela Península de
Setúbal (metade Norte do Distrito) e pelo Litoral Alentejano (metade Sul do Distrito)28.
Fig. 1. - Mapa Administrativo do Distrito de Setúbal
Em termos genéricos, todo o Distrito, é caracterizado pela existência de actividades e estruturas
muito diversificadas (agricultura, pescas, indústria transformadora, construção, comércio, serviços,
saúde, educação, cultura, recreio, lazer, administração pública) e tem registado dinâmicas de
investimento e desenvolvimento económico e social.
Com excepção das actividades financeiras, tem-se verificado uma evolução positiva do número de
empresas existentes na Península de Setúbal e no Alentejo Litoral, com taxas de crescimento
positivas nas duas regiões, superiores ao registado no total nacional e nas regiões (NUTS II) de
Lisboa (Grande Lisboa e Península de Setúbal) e Alentejo (Litoral, Alto, Central, Baixo e Lezíria do
Tejo).
27 Em Apêndice (Apêndice 1) são apresentados quadros relativamente à situação económica na zona de influência do IPS
28 O Alentejo Litoral engloba ainda o concelho de Odemira, pertencente ao Distrito de Beja.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 48
O tecido empresarial é bastante diversificado, cobrindo as diversas actividades e, na generalidade,
com uma estrutura idêntica ao tecido nacional, se bem que inferior ao nível da indústria
transformadora, mas superior ao nível da agricultura e pescas e dos serviços.
No que se refere à dimensão média de pessoal/sociedade (excluídas as empresas de nome
individual) por sectores de actividade, em 2003 constatava-se a existência de um tecido empresarial
da globalidade Península de Setúbal e no Alentejo Litoral de dimensão média muito próxima da
média da totalidade do Continente.
A existência de tal tecido económico vem, naturalmente, reflectir-se no poder de compra da
população do distrito, cujo indicador de rendimento per capita, em 2004, nos Municípios de
Almada, Barreiro e Setúbal apresentavam valores superiores à média nacional, contudo, de valores
inferiores à região de Lisboa. Todavia, no Alentejo Litoral, com excepção de Sines, em todos os
Municípios o indicador de rendimento per capita é inferior à média nacional.
No que se refere ao sistema de saúde, de acordo com dados do INE relativos a 2003, na Península
de Setúbal e Alentejo Litoral existiam 7 Hospitais (Almada 1, Barreiro 229, Montijo 1, Setúbal 2 e
Santiago do Cacém 1) - situação que se alterou em Setúbal pela criação do HOSPOR e pela fusão
do Hospital do Outão e do Hospital S. Bernardo no Centro Hospitalar de Setúbal - e, ao nível dos
Centros de Saúde e suas extensões, tem-se registado uma evolução positiva, que passaram de 121
no ano de 1995 para um total, em 2003, de 130.
O distrito de Setúbal, um dos distritos mais jovens do país com uma percentagem da população
com 65 ou mais anos de apenas 15,6%, apresenta as seguintes taxas:
Taxa mortalidade - 9,4‰, a média nacional é de 9,7‰;
Taxa mortalidade infantil – 3,4‰, a média nacional é de 3,9‰
Taxa mortalidade neonatal – 2,2‰, a média nacional é de 2,6‰
Taxa mortalidade perinatal – 4,9‰, a média nacional é de 4,6‰
Nas causas de morte, o distrito de Setúbal está em 4º lugar nacional quanto a acidentes de viação,
das doenças de declaração obrigatória ocupa o 2º lugar nas declarações de Hepatite A e B e está
identificado um crescimento nas problemáticas da toxicodependência e da gravidez da adolescência.
Em termos de estabelecimentos de ensino (público e privado), há a salientar:
No âmbito do ensino básico, no período entre 00/01 e 04/05, tem-se registado uma
diminuição significativa de escolas do 1º e 2º Ciclo, todavia, mantendo-se o número de escolas
do 3º Ciclo;
O número de estabelecimentos do ensino secundário tem-se mantido estável no período de
00/01 a 04/05;
Ao nível do ensino profissional, em igual período, registou-se um acréscimo significativo de
escolas profissionais;
29 Inclui um Centro Privado
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 49
Ao nível do ensino superior somente existem estabelecimentos em Almada (6), Barreiro (1),
Setúbal (5) e Santiago do Cacém (1).
Quanto ao número de estudantes matriculados nos estabelecimentos públicos e privados de ensino,
há a salientar:
O ensino básico (1º, 2º e 3º ciclo), nos anos lectivos 00/01 e 04/05, tem vindo a registar um
decréscimo significativo generalizado a nível do continente nacional e no Alentejo Litoral,
enquanto que na Península de Setúbal se registou uma ligeira redução no 1º ciclo, um ligeiro
aumento no 2º Ciclo e uma redução em relação ao total nacional ao nível do 3º Ciclo;
Entre os anos lectivos 00/01 e 04/05 as taxas de crescimento verificadas no ensino secundário
na Península de Setúbal e Alentejo Litoral são significativamente superiores ao registado no
total nacional (Continente) e regiões de Lisboa e Alentejo, que foram negativas;
No ensino profissional, em tal período, enquanto a taxa de crescimento nacional (continente)
foi positiva, na Península de Setúbal registou-se uma taxa de crescimento negativa (apesar do
aumento deste tipo de estabelecimentos) e no Alentejo Litoral uma taxa positiva superior à taxa
nacional;
No ensino superior, enquanto a taxa de crescimento nacional (continente) foi negativa, na
Península de Setúbal e no Alentejo Litoral registaram-se taxas de crescimento positivas (no caso
do Alentejo Litoral há que salientar que somente existe um estabelecimento de ensino
superior).
Tendências
Conforme já referido, o Distrito de Setúbal tem registado dinâmicas de investimento e
desenvolvimento económico e social, perspectivando-se a realização de grandes projectos de
carácter estruturante, sobretudo orientados para as infraestruturas de transporte/logística e para a
actividade económica – indústria e turismo.
Ao nível do sector marítimo portuário30, é previsto, no horizonte de 2010, um montante de
investimento previsto em infraestruturas e acessibilidades para os cinco portos principais da ordem
dos 304 milhões de euros, dos quais, cerca de 100 milhões destinados ao Porto de Setúbal e
Sesimbra e ao Porto de Sines, tendo em vista:
Relativamente ao Porto de Setúbal e Sesimbra: Reforço da sua posição no segmento de carga
geral, nomeadamente como primeiro porto nacional para carga Ro-Ro e de suporte à instalação
industrial correlacionada; Desenvolvimento da vocação para carga geral contentorizada e na
movimentação de granéis sólidos; Afirmação no sistema logístico nacional através da ligação à
plataforma urbana nacional do Poceirão e à plataforma transfronteiriça de Elvas/Caia.
Relativamente ao Porto de Sines: Afirmação como porto de águas profundas capaz de se impor
no contexto ibérico e europeu; desenvolvimento no segmento da carga contentorizada,
30 Orientações Estratégicas para o Sector Marítimo Portuário, versão para consulta, Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Dezembro de 2006.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 50
tornando o porto uma referência nacional, ibérica, europeia e mundial; potenciação do porto
enquanto elemento motor de desenvolvimento de uma vasta área industrial e logística que, de
forma integrada, se constituam como sistema de alavancagem da actividade económica
nacional, designadamente através da sua projecção externa; Afirmação como referência no
sistema logístico nacional, através do desenvolvimento da plataforma portuária de Sines e das
ligações à plataforma urbana nacional do Poceirão e à plataforma transfronteiriça de
Elvas/Caia.
Também no âmbito da Logística são previstos investimentos para a concretização da Rede
Nacional de Plataformas Logísticas31 de cerca de 1.038 milhões de euros, dos quais 131 milhões são
relativos a acessibilidades, que contempla, entre outras:
A plataforma do Poceirão, com um investimento previsto de cerca de 17 milhões de euros, em
que se pretende: a criação de um Plataforma multimodal (rodo e ferroviária), de apoio à A.M.
de Lisboa e aos portos de Lisboa e Setúbal; a Dinamização da actividade económica
nacional/regional, através da Articulação de fluxos logísticos internacionais, nacionais e
regionais da região de Lisboa e Vale do Tejo e o alargamento do hinterland dos portos por oferta
de actividades logísticas complementares às portuárias.
A plataforma de Sines, com um investimento previsto de cerca de 65 milhões de euros, em que
se pretende: a criação duma zona Portuária multimodal (marítima, rodo e ferroviária), de apoio
ao porto de Sines; Desenvolver o porto de Sines com o aumento o seu hinterland no corredor
logístico de Madrid; Dinamizar industrialmente a região, através da prestação de serviços de
logística às empresas utilizadoras do porto de Sines e a empresas industriais localizadas no seu
perímetro.
Para Sines estão também previstos diversos investimentos num valor superior a 2.000 milhões de
euros, na área da petroquímica com a implantação de novas unidades, expansão e modernização das
actuais, bem como na área da energia (centrais de ciclo combinado e outras).
Ao nível do Turismo, para além de dois projectos recentemente desbloqueados para o Litoral
Alentejano (Costa Terra e Pinheirinho) que representam mais de 670 milhões de euros, dos quais
75% de capital estrangeiro, há a salientar o Projecto de Desenvolvimento Turístico de Tróia, num
valor de cerca de 250 milhões de euros, que irá promover a reconversão da Península de Tróia,
região que revelou sempre potencial para este sector. Prevê-se que tais projectos venham a criar
cerca de 4.000 novos postos de trabalho directos para a Região.
O Plano Definitivo de Investimento (PDI) do projecto de Tróia prevê a construção de uma nova
unidade de alojamento de cinco estrelas com 300 quartos, um ‘eco-resort’ com capacidade de 600
camas, uma marina, um parque de recreio aquático, um centro desportivo e um centro equestre.
Serão igualmente efectuados avultados investimentos em termos de imobiliária turística.
31 Plano Portugal Logístico, Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, 2006. Sistema integrado que inclui uma estrutura de planeamento e regulação, bem como a efectivação de uma rede estratégica de plataformas logísticas localizadas junto aos principais centros de consumo/produção e das principais fronteiras, devidamente articuladas com as infra-estruturas de transporte.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 51
No PDI está ainda incluída a execução de obras de recuperação e restauro do património
arqueológico das ruínas romanas de Tróia, classificadas como monumento nacional desde 1910.
Como resultado da concretização deste investimento, prevê a obtenção de importantes benefícios
sócio-económicos com impacto local e regional, em termos de emprego e qualificação de recursos
humanos, representando um aumento de oito por cento do emprego no conjunto dos concelhos de
Grândola, Alcácer do Sal e Setúbal e um Valor Acrescentado Bruto (VAB) directo estimado em
37,4 milhões de euros.
Para Sesimbra está previsto o Projecto da Mata de Sesimbra, com a construção de oito mil unidades
de alojamento, distribuídas por aparthotéis e apartamentos, a que corresponde um investimento de
cerca de 1.140 milhões de euros, com a criação de 2800 postos de trabalho directos e 8.400 de
indirectos.
De referir, ainda, dada a sua proximidade com o distrito de Setúbal, o Alqueva, maior lago artificial
da Europa, onde estão previstos avultados investimentos na área do turismo procurando afirmar-se
como destino de excelência com empreendimentos de luxo associados ao Turismo Náutico, saúde,
bem-estar e golfe.
Ao nível da indústria transformadora, a instalação em Palmela da AutoEuropa na década de 90,
principal unidade de montagem automóvel em Portugal, dinamizou a instalação na Península de
Setúbal de um tecido diversificado de empresas e indústrias. Efectivamente, a indústria automóvel
atravessa horizontalmente diversos sectores de actividade, lidando com uma multiplicidade de
tecnologias, competências e conhecimentos, induzindo, consequentemente, efeitos multiplicadores
na globalidade do tecido empresarial, assim como o desenvolvimento de cadeias de elevado valor
acrescentado.
Se bem que correndo-se riscos de deslocalização, muito vulgares neste sector de actividade (o que
poderia desencadear uma situação de recessão regional alargada a sectores com maior dependência
da procura local), a VW, detentora do capital da Autoeuropa, tem afirmado a intenção de manter a
fábrica portuguesa, dando continuidade a investimentos de modernização e preparação para a
produção de novos modelos. Caso venha a ser atribuído à Autoeuropa a montagem dum novo
monovolume prevê-se, segundo afirmações do ex-director Emílio Saenz, a necessidade de 4.000
quadros técnicos superiores.
Mas também para outros domínios se prevê algum desenvolvimento.
Face à localização e condições naturais do distrito de Setúbal, as actividades associadas ao mar
(pesca, aquicultura a exemplo do recentemente anunciado grande investimento duma empresa
espanhola no distrito de Aveiro, e actividades náuticas), as actividades de saúde, face a
caracterização sócio-económica do distrito e as actividades associadas ao ambiente, pela crescente
legislação e consciencialização sobre tal aspecto.
De referir que no Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território, elaborado pelo
Governo em 2006, os cenários trabalhados até 2020 apontam para que na Península de Setúbal a
indústria transformadora continuará a ter um papel relevante no crescimento económico através de
uma Consolidação do eixo Lisboa-Palmela-Setúbal, apoiado em novas acessibilidades ferroviárias e
na relevância do cluster automóvel.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 52
II.1.1.4 CONTEXTO SOCIOCULTURAL
Síntese
Relativamente à população residente, a Península de Setúbal tem registado uma
evolução positiva, com taxas de crescimento superiores ao nível nacional,
constatando-se, no entanto, uma redução da população residente na faixa etária
dos 15 aos 24 anos, situação que é comum à generalidade da situação nacional.
Todavia, apesar da redução da população residente nesta faixa etária na península de
Setúbal tem-se registado um aumento na faixa etária dos 0 aos 14 anos, enquanto
ao nível nacional praticamente se tem mantido estável.
Quanto à natalidade, no período de 1995 até 2004, a Península de Setúbal tem
registado taxas superiores relativamente ao nível nacional, sendo contudo inferior
no Alentejo Litoral.
Perspectiva-se uma tendência persistente de reforço dos pesos absolutos e relativos
da Grande Lisboa, Grande Porto, Península de Setúbal e Algarve, em contraste com
perdas muitos sensíveis das sub-regiões do interior do Norte, do Centro do Alentejo.
Generalidades32
Ao nível da população residente, em que o Distrito de Setúbal registava em 2004 cerca de 830.000
habitantes, enquanto a Península de Setúbal tem registado uma evolução positiva, com taxas de
crescimento de cerca de 1,5% nos anos entre 2000 e 2004, superiores ao nível nacional, o Alentejo
Litoral tem praticamente estagnado e, inclusivamente, registou em 2004 uma taxa de crescimento
negativa de -0,2%. Todavia, no total das duas regiões, tem-se assistido a uma taxa de crescimento
positiva, se bem que reduzida.
O facto de se registarem taxas de crescimentos positivas da população residente na Península de
Setúbal, pode ser explicado pela forte dinâmica de criação de emprego com a implantação de
numerosas unidades industriais que, pela necessidade de grandes contigentes de mão-de-obra, têm
exercido um forte efeito polarizador sobre a população residente em regiões onde as oportunidades
de emprego se revelam mais escassas.
De referir, ainda, que a proximidade do Distrito de Setúbal com a capital e com a melhoria dos seus
acessos através da abertura da ponte Vasco da Gama em 1998 (já se aborda a construção duma 3ª
ponte), veio contribuir para um crescimento da população residente na Península de Setúbal.
Todavia, apesar do aumento demográfico na Península de Setúbal, constata-se uma redução da
população residente na faixa etária dos 15 aos 24 anos, situação que é comum à generalidade da
situação nacional.
32 Em Apêndice (Apêndice 2) são apresentados quadros relativamente à situação sócio-cultural na zona de influência do IPS
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 53
Apesar da redução da população residente na faixa etária dos 15 aos 24 anos, na Península de
Setúbal tem-se registado um aumento na faixa etária dos 0 aos 14 anos, enquanto ao nível nacional
praticamente se tem mantido estável.
Quanto à natalidade, no período de 1995 até 2004, a Península de Setúbal tem registado taxas
superiores relativamente ao nível nacional, sendo contudo inferiores no Alentejo e no Alentejo
Litoral.
No que se refere à escolaridade, as proporções da população residente com, no mínimo, o 3º ciclo
de ensino básico completo e o ensino superior, registavam em 2001, na Península de Setúbal taxas
superiores relativamente ao nível nacional, sendo contudo inferiores no Alentejo e no Alentejo
Litoral.
Tendências
Conforme referido no relatório sobre o programa nacional da política de ordenamento do
território33, a grande instabilidade demográfica das últimas décadas não induziu alterações sensíveis
na dimensão da população residente em Portugal, dado o facto de algumas regiões e áreas
revelarem uma sistemática e forte capacidade de atracção e crescimento populacional, enquanto
outras sofreram elevadas e continuadas perdas de população, o que se traduziu numa alteração
muito sensível da estrutura de distribuição da população no território nacional.
Os espaços de atracção e que se reforçam são os mais dinâmicos economicamente e os mais
especializados na indústria e nos serviços de carácter urbano, compreendendo-se, deste modo, que
a análise da evolução da distribuição sub-regional da população portuguesa evidencie, no
continente, uma tendência persistente de reforço dos pesos absolutos e relativos da Grande Lisboa,
Grande Porto, Península de Setúbal e Algarve, em contraste com as perdas muitos sensíveis das
sub-regiões do interior do Norte, do Centro e do Alentejo.
Ao nível do sistema educativo nacional perspectiva-se, na generalidade, a curto e médio prazos,
uma tendência de crescimento no número de estudantes inscritos nos cursos formais34,
designadamente:
No ensino básico prevê-se uma subida ligeira até cerca de 2010, para depois se verificar uma
queda marcante até 2020;
No ensino secundário prevê-se um crescimento superior a 10% nos cursos gerais e
tecnológicos na década de 2006 a 2015 e uma forte subida para os cursos profissionais;
No ensino superior prevê-se uma subida sustentada para o sistema universitário e uma subida
constante para os próximos anos no sistema politécnico.
33 Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território, Ministério do Ambiente do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Fevereiro de 2006.
34 Estudo Prospectivo sobre o Financiamento da Educação em Portugal no período 2000-2020, in Dinâmicas Institucionais, Tomo III, GIASE, Ministério da Educação, 1998.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 54
De referir, ainda, que um dos factores que pode contribuir para o aumento de estudantes no ensino
superior será o combate ao insucesso escolar nos níveis inferiores.
Mesmo tratando-se de projecções elaboradas já há alguns anos, não deixa de ser previsível que a
fomentação do crescimento económico e desenvolvimento social do país que passa pela
necessidade de assumir os desafios da competitividade, somente serão possíveis de alcançar com
uma valorização dos recursos humanos no sentido de desenvolvimento das suas competências,
cabendo, assim, ao sistema educativo nacional um papel fundamental para a obtenção de tal
desiderato.
No caso particular do Distrito de Setúbal, dada a sua caracterização económica e social face ao todo
nacional, será, por conseguinte, de perspectivar que estas tendências sejam mais salientes.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 55
II.1.2 AMBIENTE TRANSACCIONAL
A actividade a desenvolver pelo Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) e pelas suas unidades
orgânicas, encontra-se enquadrada e condicionada por uma envolvente externa próxima, em que
existe uma interacção directa, designadamente, a restante oferta formativa, a procura e a
comunidade, sobretudo a existente no seu espaço de influência. Procura-se, nos capítulos seguintes,
apresentar uma breve caracterização de tal envolvente, nos aspectos que, de forma directa, podem
afectar a actividade do IPS, ou que contribua para um melhor entendimento do seu
enquadramento.
II.1.2.1 OFERTA FORMATIVA
Síntese
Ao nível da oferta, o IPS confronta-se, em geral, quer no distrito de Setúbal, quer nos
distritos limítrofes (Lisboa, Évora, Beja e Santarém), com a concorrência de todos
os tipos de instituições, públicas e privadas, do ensino superior politécnico e
universitário.
Em termos genéricos, pode-se, assim, considerar que o IPS encontra a sua acção
confinada sobretudo à área de origem maioritária dos seus estudantes.
Todavia, se bem que a grande proximidade da zona norte do distrito de Setúbal com o
concelho de Lisboa, face às melhores acessibilidades, tem contribuído para o seu
aumento demográfico, também se constitui como um pólo atractivo para as
instituições do ensino superior instaladas em Lisboa, onde se encontra instalado
um número significativo de estabelecimentos deste nível de ensino alguns
naturalmente mais prestigiados e, por isso, com significativo poder de atracção sobre a
população em idade de ingresso no ensino superior.
Ao nível das licenciaturas (1º ciclo), com excepção de alguns cursos em que existe
somente oferta das escolas do IPS, a restante oferta formativa encontra-se, na
generalidade, pressionada por todos os distritos limítrofes.
A actual oferta formativa do IPS não cobre todas as áreas científicas que são
oferecidas pela restante rede nacional do ensino superior, existindo espaço para
eventuais decisões sobre a extensão da oferta para áreas ainda não cobertas, tendo
em conta, para este efeito, as perspectivas de realização de grandes projectos de
carácter estruturante no distrito de Setúbal, sobretudo orientados para as
infraestruturas de transporte, logística, turismo e indústria transformadora, bem como
as áreas emergentes associadas ao mar, saúde e ambiente.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 56
Generalidades
Ao nível do ensino superior público, o IPS confronta-se a Sul com a concorrência do Instituto
Politécnico de Beja, a Norte, no distrito de Lisboa com as Universidade de Lisboa, Universidade
Técnica de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, o ISCTE, o Instituto Politécnico de Lisboa e
várias escolas superiores (sobretudo na área da saúde) e no distrito de Santarém com os Institutos
Politécnicos de Santarém e Tomar e, a Este, com a Universidade de Évora.
De referir, ainda, os diversos estabelecimentos de ensino superior privado, quer universitário, quer
politécnico, que representam uma concorrência acrescida em todos os distritos limítrofes do distrito
de Setúbal, agudizando a concorrência pela atracção de estudantes entre os estabelecimentos
ministrantes de ensino nesta área.35
Se bem que a grande proximidade da zona norte do distrito de Setúbal (principalmente a zona
ribeirinha constituída pelos concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo e Seixal)
com o concelho de Lisboa, face às melhores acessibilidades, tem contribuído para o seu aumento
demográfico, também se constitui como um pólo atractivo para as instituições do ensino superior
instaladas em Lisboa, onde se encontra instalado um número significativo de estabelecimentos
deste nível de ensino.
Efectivamente, se o facto de estar localizado numa região densamente povoada e ainda pouco
envelhecida constitui uma oportunidade a aproveitar, o facto é que a localização mais próxima do
IPS com o distrito de Lisboa confronta-o com uma concorrência forte dos estabelecimentos de
ensino localizados neste distrito, alguns naturalmente mais prestigiados e, por isso, com
significativo poder de atracção sobre a população em idade de ingresso no ensino superior.
Assim, em termos genéricos, pode-se considerar que o IPS encontra a sua acção confinada
sobretudo à área de origem maioritária dos seus estudantes.
Deste modo, a capacidade de afirmação do IPS face à sua concorrência mais directa e dado o
excesso de oferta de ensino superior na Área Metropolitana de Lisboa, terá que passar pela
afirmação da especificidade dos seus cursos, nomeadamente pela afirmação das características do
ensino politécnico face ao ensino universitário e pela maior adequação dos cursos ministrados face
às necessidades do mercado de trabalho.
Licenciaturas
Se bem que o IPS, tal como a generalidade das instituições, se encontre numa fase transitória na
criação e reestruturação da sua oferta formativa, no quadro seguinte são apresentados os cursos de
licenciatura ministrados pelas várias unidades orgânicas, considerando já os cursos relativos ao 1º
ciclo que foram propostos mas ainda não aprovados pela tutela.
35 Em Apêndice (Apêndice 3) são apresentados elementos relativamente às instituições do ensino superior, públicas e privadas, existentes nos distritos de Setúbal, Lisboa, Santarém, Évora e Beja.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 57
Uni. Org. Cursos Ramos Área Científica*
Engenharia do Ambiente Engenharia de Automação, Controlo e Instrumentação
Informática de Gestão Engenharia Informática
Informática Industrial Automóvel Energia Engenharia Mecânica Produção Electromecânica Electrónica e Computadores Electrónica e Telecomunic.
Engenharia Electrotécnica e Computadores
Energias Renov. e Sist. Potênc. Bioelectrónica Biomecânica
ESTS
Engenharia Biomédica
Sist. de Informação Médica Engenharia Civil Engenharia de Conservação e Reabilitação ESTB Gestão da Construção
Tecnologias
Enfermagem Fisioterapia ESS Terapia da Fala
Saúde
Educação de Infância Educ. de Infância pª Apoio à Educ. Bilingue da Criança Surda Ensino Básico - 1º ciclo Professores de Educação Musical do Ensino Básico
Ciências da Educação e Formação de Professores
Tradução e Interpretação de Língua Gestual Portuguesa Hum., Secr. e Trad. Desporto de Recreação Ed. Fís., Desp. Animação e Intervenção Sociocultural Promoção Artística e Património
ESE
Comunicação Social Marketing
Áreas de Direito, Ciências Sociais e Serviços
Contabilidade e Finanças Gestão de Recursos Humanos Gestão da Distribuição e Logística
ESCE
Gestão de Sistemas de Informação
Economia, Gestão, Administração e Contabilidade
Quadro 7. - Cursos Ministrados no IPS por área científica
* (classificação CITE; Ministério da Educação)
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 58
Enquadramento ao nível nacional 36
A área das Tecnologias, na qual se inserem diversos cursos ministrados no IPS, encontra-se
presente em todos os distritos do País, particularmente ao nível do ensino politécnico público (14
dos 18 distritos do Continente). Em alguns dos distritos nacionais (cinco) estão localizadas mais de
uma instituição de formação na área das tecnologias, sendo a formação nesta área garantida,
maioritariamente pelo Ensino Superior Público Politécnico.
Também a área da Saúde apresenta uma boa cobertura nacional, existindo estabelecimentos de
ensino superior ministrando cursos nesta área científica quer públicos, quer privados.
O ensino politécnico garante a existência de cursos nesta área científica na maior parte dos distritos
do país (17), coexistindo em quatro deles com cursos universitários.
O ensino privado na área da saúde surge apenas no litoral do país (distritos de Braga, Porto, Aveiro,
Lisboa, Setúbal e Faro) e nos distritos de Vila Real de Viseu.
Dois dos cursos ministrados em escolas do IPS inserem-se na área das ciências sociais e serviços
(comunicação social e marketing). Nesta área o território nacional encontra-se coberto, na maior
parte dos casos, ora por estabelecimentos de ensino universitário, ora por estabelecimentos de
ensino politécnico, coexistindo os dois tipos de ensino superior apenas nos distritos do Porto,
Coimbra e Lisboa.
Situação semelhante é observável relativamente às áreas da economia, gestão, administração e contabilidade e das ciências da educação e formação de professores.
A área das Humanidades, Secretariado e Tradução é equitativamente garantida pelos dois
subsistemas de ensino superior público os quais garantem a leccionação desta área em 12 dos 18
distritos.
Enquadramento Regional
Para efeito de enquadramento regional, considerar-se-á a oferta formativa ao nível do Distrito de
Setúbal e dos distritos limítrofes, designadamente, Lisboa, Santarém, Évora e Beja, relativamente à
oferta das escolas do IPS.
Em todos os distritos existem instituições do ensino superior politécnico público, contudo, em
Évora somente existe a Escola Superior de Enfermagem de São João de Deus da Universidade de
Évora.
No quadro seguinte são apresentados, por distrito, os estabelecimentos de ensino existentes no
distrito de Setúbal e dos distritos limítrofes, Lisboa, Santarém, Évora e Beja.
36 Em Apêndice (Apêndice 3) são apresentados elementos relativamente à rede de ensino superior e oferta formativa.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 59
BejaBeja
ÉvoraÉvoraSetúbalSetúbal
LisboaLisboa
SantarémSantarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
(1) Univ. Púb.
+ 1 Esc. Enf.
(1) Univ. Púb.
+ 1 Esc. Enf.(1) Polit. Púb.
(3) Polit. Priv.
(1) Univ. Púb.
(1) Univ. Priv.
(1) Polit. Púb.
(3) Polit. Priv.
(1) Univ. Púb.
(1) Univ. Priv.
(14) Polit. Púb.
(22) Polit. Priv.
(22) Univ. Púb.
(22) Univ. Priv.
(14) Polit. Púb.
(22) Polit. Priv.
(22) Univ. Púb.
(22) Univ. Priv.
IPSESTS
ESE
ESCE
ESTB
ESS
IPSESTS
ESE
ESCE
ESTB
ESS
IPSESTS
ESE
ESCE
ESTB
ESS
(4) Polit. Púb.
(2) Univ. Priv.
(4) Polit. Púb.
(2) Univ. Priv.
(7) Polit. Púb.
(1) Polit. Priv.
(1) Univ. Priv.
(7) Polit. Púb.
(1) Polit. Priv.
(1) Univ. Priv.
Fig. 2 – Nº estabelecimentos de ensino
Com base nos quadros apresentados no Anexo 3, pode-se deduzir para cada uma das áreas
científicas:
Tecnologias
Na área do Ambiente existe oferta de 13 cursos que cobrem todos os distritos, intervindo todos
os tipos de instituições e as escolas superiores politécnicas públicas em três dos distritos (Setúbal,
Santarém e Beja).
Na área do Automação, Controlo e Instrumentação não existe qualquer outra oferta para
além da existente na ESTS.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 60
Fig. 3 – Nº de cursos na área do ambiente Fig. 4 – Nº de cursos na área da Automação, Controlo e
Instrumentação
Na área da Engenharia Informática existe oferta de 28 cursos que cobrem todos os distritos,
intervindo todos os tipos de instituições e as escolas superiores politécnicas públicas em todos os
distritos com excepção de Évora.
Na área da Mecânica existe oferta de 6 cursos que cobrem os distritos de Setúbal, Lisboa e
Santarém, não intervindo nesta área as instituições universitárias privadas ou concordatórias.
Fig. 5 – Nº de cursos na área da Engenharia Informática Fig. 6 – Nº de cursos na área da Mecânica
Na área da Engenharia Electrotécnica e Computadores (incluindo electromecânica, electrónica
e telecomunicações) existe oferta de 11 cursos que cobrem os distritos de Setúbal, Lisboa e
Santarém, não intervindo nesta área as instituições politécnicas privadas.
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Automação, Controlo e Instrumentação
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Ambiente
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Mecânica
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Engenharia Informática
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 61
Na área da Engenharia Biomédica (excluindo Biotecnologia) existe oferta de 4 cursos que
cobrem somente os distritos de Setúbal e Lisboa, não intervindo neta área as instituições
politécnicas privadas.
Fig. 7 – Nº de cursos na área da Electrot. e Computadores Fig. 8 – Nº de cursos na área da Biomédica
Na área da Engenharia Civil existe oferta de 11 cursos que cobrem todos os distritos,
intervindo todos os tipos de instituições e as escolas superiores politécnicas públicas em todos os
distritos com excepção de Évora.
Na área da Conservação, Reabilitação e Gestão da Construção não existe qualquer outra
oferta para além da existente na ESTB (cursos de Gestão da Construção e Engenharia de
Conservação e Reabilitação)
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Engenharia Civil
Fig. 9 – Nº de cursos na área da Engenharia Civil Fig. 10 – Nº de cursos na área da Conservação, Reabilitação e Gestão da Construção
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Biomédica
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Electrotécnica e Computadores
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Conservação, Reabilitação e Gestão da Construção
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 62
Saúde
Na área da Enfermagem existe oferta de 14 cursos que cobrem todos os distritos, intervindo as
escolas superiores politécnicas públicas em todos os distritos e as privadas somente em Lisboa.
Na área da Fisioterapia existe oferta de 6 cursos que cobrem somente os distritos de Setúbal e
Lisboa, com intervenção das escolas superiores politécnicas públicas e privadas.
Na área da Terapia da Fala existe oferta de 4 cursos que cobrem somente os distritos de
Setúbal e Lisboa, sendo a oferta da ESS a única escola superior politécnica pública.
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Enfermagem
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Fisioterapia
Fig. 11 – Nº de cursos na área da Enfermagem Fig. 12 – Nº de cursos na área da Fisioterapia
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Terapia da Fala
Fig. 13 – Nº de cursos na área da Terapia da Fala
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 63
Ciências da Educação e Formação de Professores
Na área da Educação de Infância existe oferta de 11 cursos que cobrem todos os distritos,
intervindo as escolas superiores politécnicas públicas em todos os distritos.
Na área do Ensino Básico - 1º ciclo existe oferta de 9 cursos que cobrem todos os distritos
com excepção de Beja, intervindo as escolas superiores politécnicas públicas em tais distritos.
Na área da Educação de Infância pª Apoio à Educação Bilingue da Criança Surda,
Professores de Educação Musical do Ensino Básico e Tradução e Interpretação de Língua
Gestual Portuguesa não existe qualquer outra oferta para além da existente na ESE.
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Educação de Infância
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Ensino Básico – 1º Ciclo
Fig. 14 – Nº de cursos na área da Educação de Infância Fig. 15 – Nº de cursos na área do Ensino Básico – 1º Ciclo
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv. Fig. 16 – Nº de cursos na área da Educação de Infância pª Apoio à Educação Bilingue da Criança Surda, Professores de
Educação Musical do Ensino Básico e Tradução e Interpretação de Língua Gestual Portuguesa (1 por cada)
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 64
Educação Física, Desporto e Artes do Espectáculo
Na área do Desporto de Recreação (incluindo Ciências do Desporto e outras variantes), existe
oferta de 10 cursos que cobrem todos os distritos, intervindo as escolas superiores politécnicas
públicas nos distritos de Setúbal, Santarém e Beja.
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém(Rio Maior)
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Desporto
Fig. 17 – Nº de cursos na área do Desporto
Ciências Sociais e Serviços
Na área da Animação Cultural, existe oferta de 5 cursos que cobrem todos os distritos com
excepção de Évora, intervindo as escolas superiores politécnicas públicas em nos distritos de
Setúbal, Santarém e Beja.
Na área da Promoção Artística e Património não existe qualquer outra oferta para além da
existente na ESE
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
AnimaçãoCultural
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Promoção Artística e Património
Fig. 18 – Nº de cursos na área da Animação Cultural Fig. 19 – Nº de cursos na área Promoção Artística e
Património
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 65
Na área da Comunicação Social (incluindo Ciências da Comunicação, Relações Públicas) existe
oferta de 13 cursos que cobrem os distritos de Setúbal, Lisboa e Santarém, intervindo escolas
superiores politécnicas públicas e as instituições universitárias públicas e privadas.
Na área do Marketing (incluindo Publicidade, Gestão de Marketing,) existe oferta de 10 cursos
que cobrem os distritos de Setúbal, Lisboa e Santarém, intervindo todos os tipos de
instituições.
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Comunicação Social
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Marketing
Fig. 20 – Nº de cursos na área da Comunicação Social Fig. 21 – Nº de cursos na área do Marketing
Economia, Gestão, Administração e Contabilidade
Na área da Contabilidade existe oferta de 9 cursos que cobrem os distritos de Setúbal, Lisboa
e Santarém, intervindo escolas superiores politécnicas públicas e privadas e instituições
universitárias públicas.
Na área das Finanças existe oferta de 5 cursos que cobrem os distritos de Setúbal e Lisboa,
intervindo escolas superiores politécnicas públicas e privadas e uma instituição universitária privada.
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Contabilidade
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Finanças
Fig. 22 – Nº de cursos na área da Contabilidade Fig. 23 – Nº de cursos na área das Finanças
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 66
Na área dos Recursos Humanos existe oferta de 8 cursos que cobrem os distritos de Setúbal,
Lisboa e Santarém, intervindo todo o tipo de instituições.
Na área da Distribuição e Logística não existe qualquer outra oferta para além da existente na
ESCE.
Na área da Gestão Informática (Informática de Gestão ou Gestão de Sistemas de Informação)
existe a oferta de 8 cursos que cobrem todos os distritos com excepção de Évora, intervindo
todo o tipo de instituições.
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Recursos Humanos
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Distribuição e Logística
Fig. 24 – Nº de cursos na área dos Recursos Humanos Fig. 25 – Nº de cursos na área da Distribuição e Logística
Beja
Évora
Setúbal
Lisboa
Santarém
Polit. Públ. Polit. Priv. Univ. Públ. Univ. Priv.
Gestão Informática
Fig. 26 – Nº de cursos na área da Gestão Informática
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 67
Em síntese, com base nos dados anteriores, pode-se referir:
Na área das Tecnologias, com excepção dos cursos de Automação, Controlo e Instrumentação,
Conservação e Reabilitação e Gestão da Construção Civil em que existe somente oferta das escolas do IPS,
a distribuição da restante oferta formativa encontra-se pressionada a Norte pela oferta das
instituições de ensino superior do distrito de Lisboa e de Santarém (com excepção da área de
Biomédica), a Sul pela oferta do distrito de Beja, a Este pela oferta existente no distrito de Évora
(nestes dois distritos nas áreas do Ambiente, Engenharia Informática e Engenharia Civil). Se a Sul a
pressão é fundamentalmente exercida por uma instituição congénere (o Instituto Politécnico de
Beja) a Norte e a Este, coexistem instituições de ensino superior público universitário (Évora) e
politécnico (Santarém e Tomar). No distrito de Lisboa o confronto é com instituições de ensino
público e privado.
Na área da Saúde, relativamente à Enfermagem, também ganha expressão a delimitação da área de
intervenção do IPS pela existência de estabelecimentos de ensino superior nesta área científica em
todos os distritos limítrofes. No caso da Fisioterapia e Terapia da Fala a pressão é somente exercida
no Distrito de Lisboa.
Neste quadro, e dadas as carências de técnicos na área da saúde e a localização do IPS numa região
densamente povoada, pode concluir-se que a afirmação do IPS como instituição de formação nesta
área poderá manter-se, não estando posta em causa, nem a necessária procura deste tipo de
formação, nem a possibilidade de integração dos seus diplomados no mercado de trabalho.
Na área da Educação e Formação de Professores com excepção da Educação de Infância para Apoio
à Educação Bilingue da Criança Surda e Professores de Educação Musical do Ensino Básico, em que existe
somente oferta das escolas do IPS, a distribuição da restante oferta formativa também se encontra
pressionada a Norte pela oferta das instituições de ensino superior politécnicas públicas e privadas
do distrito de Lisboa e de Santarém, a Sul pela oferta do distrito de Beja (na área da Educação de
Infância) e a Este pela oferta existente no distrito de Évora.
Na área do Desporto (caso do curso de Desporto de Recreação da ESE) a pressão também é exercida
pela existência de cursos em todos os distritos limítrofes.
Na área das Humanidades, Secretariado e Tradução (caso do curso de Tradução e Interpretação de
Língua Gestual Portuguesa da ESE) somente existe oferta formativa do IPS.
Na área das Ciências sociais e serviços (Animação Cultural, Promoção Artística e Património
comunicação social e marketing), com excepção da Promoção Artística e Património, em que existe somente
oferta das escolas do IPS, a pressão é sobretudo proveniente do Distrito de Lisboa.
Tal situação é idêntica relativamente à área da Economia, Gestão, Administração e
Contabilidade, com excepção do Curso de Gestão da Distribuição e Logística da ESCE, em que existe
somente oferta duma das escolas do IPS.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 68
Áreas Científicas não cobertas
Como se sabe, o conjunto das escolas do IPS cobrem diversas áreas, designadamente, as
tecnologias (ESTS e ESTB), Educação (ESE), Ciências Empresariais/Gestão (ESCE) e Saúde
(ESS).
Apesar de cada uma delas oferecerem vários cursos no âmbito das suas competências, todavia não
cobrem outras áreas científicas que são oferecidas pela restante rede nacional do ensino superior,
parte das quais se passa a referir e que, se entende, se enquadram no ensino superior politécnico:
No âmbito das Tecnologias: Agronomia (e variantes) Materiais Alimentar (e variantes) Mecatrónica Engenharia/Gestão Industrial Oceanografia (e variantes) Florestal Química (e variantes) Geologia e Minas
No âmbito da Saúde: Análises Clínicas e de Saúde Pública Nutrição Anat. Patológica, Citológica e Tanatológica Ortóptica/Ortoprotesia Audiologia Prótese Dentária Cardiopneumologia Radiologia Dietética Saúde Ambiental Farmácia Terapia Ocupacional Medicina Nuclear Higiene Oral
No âmbito da Educação: Artes Plásticas Jornalismo Ciências da Educação Línguas, Literaturas e culturas Ciências Musicais Músicas (e variantes) Dança Prof. Ensino Básico - 2.º Ciclo (variantes) Educação Sócio-Profissional/Social Turismo
No âmbito do Desporto: Ergonomia Variantes (Cond. Física, Psicol. Treino.....)
No âmbito das Ciências Empresariais/Gestão: Auditoria e Fiscalidade Gestão do Desporto Gestão Bancária e Seguradora Gestão em Saúde Gestão da Administração Pública Gestão Hoteleira Gestão de PME Gestão Imobiliária Gestão de Transportes Gestão Turística Gestão do Ambiente Sociologia do Trabalho
Quadro 8. – Áreas de Cursos não ministrados no IPS
Naturalmente que eventuais decisões sobre a extensão da oferta para áreas ainda não cobertas (as
atrás designadas ou outras inovadoras no ensino) terá que passar por uma análise das respectivas
competências (incluindo inter escolas) e, sobretudo pelas oportunidades e necessidades sócio-
económicas que venham a ser detectadas na zona de influência do IPS e, ainda, numa perspectiva
de afirmação das características do ensino politécnico face ao ensino universitário.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 69
Mestrados
Como se sabe, somente com introdução do Decreto Lei 74/2006, passou a ser legalmente possível
a realização de mestrados pelo ensino superior politécnico, que antes lhe estava vedado.
Em parceria com universidades, a ESE promoveu os seguintes mestrados:
No período de 2002/2004, o Mestrado em Ciências da Educação – Especialização de
Educação de infância (em parceria com a Universidade do Algarve);
No período de 2004/2006, o Mestrado em Ciências da Educação – Especialização de
Educação de infância (em parceria com a Universidade do Algarve);
Nos períodos de 2003/2004 e 2004/2005, o Mestrado em Didáctica de Línguas (em parceria
com a Universidade de Aveiro)
Ao abrigo da nova legislação, foram, entretanto, propostos à tutela, os seguintes mestrados que
aguardam ainda aprovação:
Por parte da ESTS:
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Engenharia Electrotécnica e de Computadores
Engenharia do Ambiente
Engenharia Informática de Gestão
Engenharia de Produção
Integração de Sistemas Industriais
Engenharia Automóvel
Engenharia em Energia
Pela ESCE:
Sistemas e Tecnologias de Informação
Gestão Estratégica de Recursos Humanos
Ciências Empresariais
Contabilidade e Finanças
Pela ESTB:
Engenharia Civil
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 70
Por parte da ESS:
Gestão em Saúde Ambiental
Por parte da ESE, ao abrigo da nova legislação específica, estão para aprovação pela tutela as
seguintes propostas de curso de Mestrado:
Educação Pré-Escolar
Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º ciclo do Ensino Básico
Ensino do 1º e do 2º ciclos do Ensino Básico
Ensino de Inglês e de Francês no Ensino Básico (em conjunto com as ESE de Castelo Branco,
Faro, Leiria, Santarém, Portalegre e Viseu)
Ensino de Educação Musical no Ensino Básico
Ensino de Educação Visual e Tecnológica no Ensino Básico
Pós-Graduações
Ao nível das Pós-graduações existe a seguinte oferta:
Pela ESTS:
Climatização
Energias Renováveis em Edifícios
Monitorização de Sistemas Ambientais
Produção Integrada por Computador
Riscos e Saúde Ambiental
Segurança e Higiene no Trabalho
Pela ESCE:
Segurança e Higiene no Trabalho
Fiscalidade
Gestores de Formação para Administração Local
Pela ESS:
Tratamento de Feridas e Viabilidade Tecidular
Prática Transfusional para Enfermeiros
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 71
Enfermagem na área da Saúde Mental
Enfermagem na área Médico-Cirurgica
Complemento de Formação
Pela ESS: Enfermagem
Acções de Formação contínua
Pela ESE:
Matemática para Professores de 1º e 2º Ciclos
Ensino Experimental das Ciências
Pela ESS:
Curso de Avaliação do Movimento e Função
Curso de Dor Crónica Lombar
Curso de Estabilidade Dinâmica
Curso de Intervenção da Fisioterapia em Utentes com Incontinência Urinária
Curso Prática Baseada na Evidência
CIPE (destinado a Enfermeiros)
CET
Ao nível dos CET é aguardado registo para as seguintes formações:
Pela ESTS:
Desenho e Projecto de Construção de Mecânicas
Estudo e Projecto de Sistemas de Refrigeração e Climatização
Gestão de Oficinas de Automóvel
Automação e Instrumentação Industrial
Telecomunicações e Redes
Sistemas de Electrónica e Computadores
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 72
Instalações Eléctricas e Automação
Electromedicina
Tecnologias e Programação de Sistemas de Informação
Qualidade Ambiental
Qualidade Alimentar
Electromecânica
Pela ESTB:
Construção e Obras Públicas
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 73
II.1.2.2 PROCURA
Síntese
Desde 1996 que o número de candidaturas ao ensino superior tem vindo a decrescer e,
a partir de 2003, o número de vagas passou a ser superior ao número de candidaturas.
Tal situação é devida sobretudo a factores demográficos, resultantes da diminuição da
natalidade que teve lugar nas últimas décadas, mas também ao facto da elevada taxa
de abandono do secundário, com quase metade dos estudantes a não concluir o
secundário.
Todavia, apesar da diminuição do número de candidatos aos primeiros graus do
ensino superior, tem-se registado um aumento acentuado do número de
estudantes de mestrado e de doutoramento, contudo, continuando Portugal a
apresentar uma proporção muito baixa de pós-graduados quer na população
activa, quer no total de estudantes no ensino superior.
No corrente ano lectivo, o número de estudantes colocados no ensino superior
público através do concurso nacional de acesso no conjunto das 1.ª e 2.ª fases cresceu
7% em relação ao ano de 2005, destacando-se o ensino politécnico, onde foram
admitidos mais 2183 estudantes (+14,5%).
A distribuição por área cientifica de formação, tendo por referência os estudantes
inscritos pela 1ª vez no 1º ano, a nível nacional, é caracterizada por uma
predominância das “Ciências Sociais, Comércio e Direito”, seguida pela “Engenharia,
Indústria Transformadora e Construção” e pela “Saúde e Protecção Social”, sendo a
área da Agricultura” a que menos procura tem registado.
As áreas das ciências e tecnologia e as da saúde, estão associadas a elevados
níveis de empregabilidade, enquanto as áreas de humanidades e ciências sociais,
de educação e de agricultura, estão associadas a um menor grau de
empregabilidade.
A percentagem de estudantes inscritos pela 1ª vez no 1º ano, no ensino politécnico
(público e privado) que, a nível nacional é de cerca de 45%, no distrito de Setúbal é de
cerca de 60%, em Lisboa é de cerca de 27% e, no conjunto destes dois distritos
(Lisboa+Setúbal) é de cerca de 31%.
Considerando que existem perspectivas de um aumento do reforço dos pesos
absolutos e relativos em termos populacionais da Península de Setúbal, pode-se, por
conseguinte, concluir por uma tendência de aumento da procura, por jovens, de
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 74
acesso ao ensino superior na área privilegiada de captação de estudantes do IPS
que é o distrito de Setúbal.
Tendo em conta, também, os objectivos nacionais de valorização dos recursos
humanos, as condições especiais de acesso e ingresso no ensino superior para os
candidatos maiores de 23 anos, a reorganização dos cursos de especialização
tecnológica (CET) com o possível envolvimento das instituições de ensino superior e
a existência no distrito de Setúbal, de uma forte dinâmica do seu tecido empresarial
constituído por uma vasta diversidade de actividades com tendências de crescimento e
favoráveis ao aumento da população, alarga-se, por conseguinte, o espaço de
recrutamento e de intervenção ao IPS para uma acção preponderante quer no
ensino formal quer no ensino informal ao nível da formação contínua (pós-graduada e
curta duração).
Generalidades 37
O ensino superior português viveu nos últimos vinte anos um período de acentuado crescimento
do número de estudantes, sendo Portugal, entre 1975 e 2001, o país da União Europeia que
registou a maior taxa de crescimento do número de estudantes no ensino superior.38
Durante as décadas de oitenta e noventa, o número de candidaturas ao ensino superior excedeu
sempre o número de vagas disponíveis. O crescimento de vagas do sistema de ensino superior
português não conseguia acompanhar o aumento de interesse pelo ensino superior.
No entanto, em 1996, o número de candidaturas começou a diminuir, continuando o número de
vagas a crescer e, a partir de 2003, o número de vagas passou a ser superior ao número de
candidaturas, registando-se uma proporção importante das vagas não ocupadas, situação até então
inédita no ensino superior público português.
Apesar de ter havido uma redução de 7% das vagas oferecidas entre 2002 e 2006, neste últimos
quatro anos mais de 20% das vagas disponibilizadas não têm encontrado candidatos, sendo tais
reduções mais acentuadas no ensino privado.
A redução do número de candidatos deve-se sobretudo a factores demográficos, resultantes da
diminuição da natalidade que teve lugar nas últimas décadas, mas também ao facto de não se ter
conseguido corrigir o número elevado de estudantes que não finalizam o secundário, situação na
37 Em Apêndice (Apêndice 4) são apresentados elementos relativamente à procura. 38 Elaborado com base em Cabral, M. (2006), “Estudo da Expansão do Sistema de Ensino Superior Português nas ultimas duas décadas”, Universidade do Minho, Versão Preliminar.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 75
qual Portugal apresenta a mais alta taxa de abandono do secundário da UE, com quase metade dos
estudantes a não concluir o secundário.
Todavia, se o número de candidatos aos primeiros graus do ensino superior tem diminuído nos
últimos anos, o mesmo não aconteceu com os estudantes de pós-graduações, em que o aumento do
número de estudantes de mestrado e de doutoramento subiu acentuadamente nas últimas duas
décadas.
Efectivamente, o número e a proporção de estudantes de pós-graduação (mestrado, cursos de
especialização e doutoramentos) continuaram a crescer nos últimos anos.
Os estudantes de mestrado subiram de três mil em 1990, para cerca de 13 mil em 2005 e o número
total de doutorados por ano também cresceu, de uma média de 77 por ano na década de 70 para
cerca de 200 por ano na década de 80, atingindo os 330 em 1990, e subindo para 1068, em 2004.
No entanto, a proporção de doutorados no estrangeiro tem vindo a diminuir, passando de 60% do
total na década de setenta, para 40% na década de oitenta, cerca de 25% na década de noventa e
13% do total dos doutoramentos obtidos em 2004.
Apesar da evolução positiva do número de pós graduados, Portugal continua a apresentar uma
proporção muito baixa de pós-graduados quer na população activa, quer no total de estudantes no
ensino superior.
A esmagadora maioria dos estudantes de pós-graduação está nas universidades públicas. As
Universidades privadas e os politécnicos, que em conjunto têm metade do total dos estudantes do
ensino superior, têm apenas 15% dos estudantes de pós-graduação.
Em termos genéricos, a percentagem de estudantes inscritos pela 1ª vez no 1º ano, no ensino
politécnico (público e privado) tem sido de cerca de 45%.
De referir que é detectável a persistência de um estigma de inferioridade científica e social em torno das
instituições integradas no sub-sistema de ensino superior politécnico relativamente ao ensino
superior universitário, aspecto que tem assumido tradução ao nível das opções de candidatura por
parte dos estudantes com o ensino secundário completo.
Ao nível do acesso ao ensino superior, de referir que no corrente ano lectivo o número de
estudantes colocados no ensino superior público através do concurso nacional de acesso no
conjunto das 1.ª e 2.ª fases cresceu 7% em relação ao ano de 2005, destacando-se o ensino
politécnico, onde foram admitidos mais 2183 estudantes (+14,5%).39
39 Nota do Gabinete do Ministro do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lisboa, 13 de Outubro de 2006
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 76
Quanto à distribuição por área científica de formação, tendo por referência os estudantes inscritos40
pela 1ª vez no 1º ano durante os anos 1998 a 2003, a nível nacional, é caracterizada por uma
predominância das “Ciências Sociais, Comércio e Direito” (cerca de 30%), seguida pela
“Engenharia, Indústria Transformadora e Construção” e pela “Saúde e Protecção Social” (ambas
com cerca de 17%), sendo a área da Agricultura” a que menos procura tem registado (cerca de 1%).
De referir, no entanto que a área cientifica “Saúde e Protecção Social” tem registado taxas de
crescimento significativas.
Relativamente às “engenharias” tem sido apontado como um forte contributo para a sua reduzida
procura, o facto da exigência, em geral, de provas nacionais de ingresso nas áreas da Matemática e
Física.
De referir que a percentagem de engenheiros graduados na população activa em Portugal era, em
2000, de cerca de 0,8%, enquanto na Alemanha era de 3% e nos EUA 1,5%.41
Conforme referido pelo CNAES,42 em alguns países habitualmente tidos como referenciais
(Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Noruega e Reino
Unido), a aprovação num curso do ensino secundário é condição bastante para acesso ao respectivo
ensino superior. Apesar de ser proposto que este regime venha a ser adoptado a partir de
2009/2010, tal no entanto, segundo o CNAES, não será viável de aplicar a curto prazo no sistema
nacional, tendo em conta as discrepâncias existentes no sistema de avaliação do ensino secundário,
nomeadamente no que respeita às diferenças de classificações verificadas na avaliação interna dos
exames nacionais.
No que se refere à empregabilidade,43 as áreas das ciências e tecnologia, cujo principal grupo de
cursos são os diferentes ramos de engenharia, estão associadas a elevados níveis de
empregabilidade, uma vez que existe uma escassez de pessoas com estas qualificações face à
procura das empresas.
O mesmo acontece com a área da saúde, em que as fortes restrições à entrada vigentes durante
décadas criaram uma situação de excesso de procura, que obrigou até à contratação de profissionais
estrangeiros.
40 Como se sabe, o número de estudantes inscritos numa área científica, não corresponde necessariamente à “procura”, tendo em conta as respectivas vagas e outras condições de acesso que podem, inclusivamente, desviar as 1ªs escolhas dos estudantes para outras áreas. 41 OCDE - Education and training Policy Division, Directorate for Education, 2006, Reviews of National Policies for Education – Terciary Education in Portugal- Examiners Report, Paris. 42 CNAES, Proposta de alteração do Regime de Acesso ao Ensino Superior, Janeiro de 2006. 43 Cabral, M. (2006), “Estudo da Expansão do Sistema de Ensino Superior Português nas Ultimas Duas Décadas”, Universidade do Minho, Versão Preliminar.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 77
Pelo contrário, as áreas de humanidades e ciências sociais, de educação e de agricultura, estão
associadas a um menor grau de empregabilidade, decorrente de uma situação em que existe um
excesso de oferta de qualificados em muitos dos cursos destas áreas.
Mas a fomentação do crescimento económico e desenvolvimento social do país que passa pela
necessidade de assumir os desafios da competitividade, somente serão possíveis de alcançar com
uma valorização dos recursos humanos no sentido de desenvolvimento das suas competências, pelo
que a elevação das habilitações dos portugueses é uma prioridade nacional cabendo, assim, ao
sistema educativo nacional um papel fundamental para a obtenção de tal desiderato, não somente
através da oferta de cursos formais mas, também, na formação contínua.
Através do Decreto-Lei nº 64/2006, de 21 de Março, foram aprovadas as condições especiais de
acesso e ingresso no ensino superior, que contempla os candidatos maiores de 23 anos,
independentemente das habilitações académicas de que são titulares, tendo em vista a promoção da
aprendizagem ao longo da vida e a atracção de novos públicos.
Também através do Decreto-Lei nº 88/2006 de 23 de Maio, em que foi efectuada uma
reorganização (acesso, estrutura de formação e condições de ingresso) dos cursos de especialização
tecnológica (CET), foi alargada jovens e adultos a oferta de formação ao longo da vida e para novos
públicos, com o envolvimento das instituições de ensino superior na expansão da formação pós-
secundária, na dupla perspectiva de articulação entre os níveis secundário e superior de ensino e de
creditação, para efeitos de prosseguimento de estudos superiores, da formação obtida nos cursos de
especialização pós-secundária.
Alarga-se, por conseguinte, para os próximos anos o âmbito de recrutamento de estudantes para o
ensino superior.
Ao nível regional
Tal como a nível nacional, o ensino superior tem registado um decréscimo a partir de 2003, se bem
que de forma menos acentuada no ensino politécnico no distrito de Setúbal, em que registou em
2005 um crescimento relativamente a 2004.
A percentagem de estudantes inscritos pela 1ª vez no 1º ano, no ensino politécnico (público e
privado) que, a nível nacional é de cerca de 45%, no distrito de Setúbal é de cerca de 60%, em
Lisboa é de cerca de 27% e, no conjunto destes dois distritos (Lisboa+Setúbal) é de cerca de 31%.
Quanto à distribuição por área cientifica de formação, tendo por referência os estudantes inscritos
pela 1ª vez no 1º ano, verifica-se, também, que na Região de Lisboa (NUT II, que inclui a Grande
Lisboa e a Península de Setúbal) existe uma predominância das “Ciências Sociais, Comércio e
Direito” (cerca de 37%) que é superior ao nível nacional (cerca de 30%), seguida pela “Engenharia,
Indústria Transformadora e Construção” (com cerca de 16%) que é ligeiramente inferior ao nível
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 78
nacional (com cerca de 16%) e pela “Saúde e Protecção Social” (com cerca de 15%) ligeiramente
inferior ao nível nacional (com cerca de 17%), sendo a área da Agricultura” a que menos procura
tem registado (cerca de 1%).
De referir, no entanto que a área cientifica “Saúde e Protecção Social”, tal como a nível nacional,
tem registado taxas de crescimento significativas.
Tendo presente as principais áreas de intervenção das escolas do IPS e por referência os estudantes
inscritos pela 1ª vez no 1º ano, verifica-se que na área de Lisboa, existe uma predominância das
“Ciências Empresariais” (cerca de 16%), seguida pela “Saúde” (cerca de 12%) e pela “Engenharia, e
Técnicas Afins” (com cerca de 10%), sendo as áreas da “Formação de Professores” (com cerca de
6%) e “Ciências da Educação” (cerca de 2,5%) as que menos procura têm registado.
Tendências
Como é natural, no âmbito da sua actividade de formação inicial, as escolas do IPS têm captado
estudantes originários, fundamentalmente, da sua zona geográfica correspondente ao distrito de
Setúbal,44 com grande contributo da capital de distrito.
Conforme já referido, o distrito de Setúbal, com cerca de 830.000 habitantes em 2004, tem
registado uma evolução positiva da população residente, com taxas de crescimento superiores ao
nível nacional e, apesar de uma redução da população residente na faixa etária dos 15 aos 24 anos
(situação comum à generalidade da situação nacional), tem registado um aumento na faixa etária
dos 0 aos 14 anos, enquanto ao nível nacional praticamente se tem mantido estável. Também ao
nível da natalidade, no período de 1995 até 2004, a Península de Setúbal tem registado taxas
superiores relativamente ao nível nacional, sendo contudo inferior no Alentejo Litoral.
Ao nível do sistema educativo, relativamente ao número de estudantes matriculados nos
estabelecimentos públicos e privados de ensino, há a registar que, entre os anos lectivos 00/01 e
04/05, no ensino básico (1º, 2º e 3º ciclo), apesar do decréscimo significativo generalizado a nível
do continente nacional, a Península de Setúbal registou uma ligeira redução no 1º ciclo, um ligeiro
aumento no 2º Ciclo e uma redução em relação ao total nacional ao nível do 3º Ciclo e que no
ensino secundário na Península de Setúbal e Alentejo Litoral são significativamente superiores ao
registado no total nacional (Continente) e regiões de Lisboa e Alentejo, que foram negativas.
Perspectiva-se, ainda, a curto e médio prazos, uma tendência de crescimento no número de
estudantes inscritos no ensino básico e secundário.
44 Em Apêndice (Apêndice 4) são apresentados elementos relativamente à origem doa estudantes do IPS.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 79
Considerando que existem perspectivas de um aumento do reforço dos pesos absolutos e relativos
em termos populacionais da Grande Lisboa, Grande Porto, Península de Setúbal e Algarve, em
contraste com perdas muitos sensíveis das sub-regiões do interior do Norte, do Centro e do
Alentejo, pode-se, por conseguinte, concluir por uma tendência de aumento da procura, por jovens,
de acesso ao ensino superior na área privilegiada de captação de estudantes do IPS que é o distrito
de Setúbal.
De referir, também, que um dos factores que pode contribuir para o aumento de estudantes no
ensino superior será o combate ao insucesso escolar nos níveis inferiores.
Tendo, ainda, em conta:
os objectivos de valorização dos recursos humanos no sentido de desenvolvimento das suas
competências, as condições especiais de acesso e ingresso no ensino superior, que contempla os
candidatos maiores de 23 anos, e a reorganização dos cursos de especialização tecnológica
(CET), com o possível envolvimento das instituições de ensino superior na expansão da
formação pós-secundária;
que, em 2001, as proporções da população residente com, no mínimo, o 3º ciclo de ensino
básico completo eram, ao nível nacional, de 32,3% e no ensino superior de 6,6% e, em Lisboa,
de 44,6% e 10,5% respectivamente. A Península de Setúbal com taxas de 40,8% e 6,9%, se bem
que inferiores à região de Lisboa, são superiores relativamente ao nível nacional, sendo contudo
inferiores no Alentejo Litoral (25,5% e 3,5%);
a existência no distrito de Setúbal, de uma forte dinâmica do seu tecido empresarial constituído
por uma vasta diversidade de actividades com tendências de crescimento e favoráveis ao
aumento da população,
Alarga-se, por conseguinte, o espaço de recrutamento e de intervenção ao IPS para uma acção
preponderante quer no ensino formal quer no ensino informal ao nível da formação contínua (pós-
graduada e curta duração).
De referia, ainda, se bem que com restrições regulamentares e com menor expressão na totalidade
da procura, as possibilidades de expansão de captação de estudantes de países membros da
Associação Europeia de Comércio Livre, no âmbito do Programa ERASMUS e de outras
comunidades (PALOP, Brasil).
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 80
II.1.2.3 COMUNIDADE
Síntese
A efectiva ligação e interacção do IPS com os parceiros sociais na oferta de formação
e na criação, desenvolvimento e transferência de conhecimento e tecnologia é uma
forma, não somente de contribuir para o desenvolvimento técnico, económico, social
e cultural das comunidades com quem interactua mas, também, de identificação de
novos desafios e oportunidades.
O IPS e cada uma das suas escolas têm já desenvolvido várias actividades em diversas
áreas e estabelecidos protocolos com entidades regionais, nacionais, europeias e dos
PALOP, no âmbito da formação, mobilidade de docentes e estudantes, nas actividades
de investigação aplicada, na organização de seminários, conferências e outros tipos de
encontros científicos, bem como na prestação de serviços.
No que se refere ao distrito de Setúbal, dada a sua situação económica e social que é
caracterizada pela existência de actividades e estruturas muito diversificadas, bem
como por uma diversidade de associações sectoriais (empresariais, culturais e sociais)
existe espaço para a continuidade e alargamento da intervenção do IPS coma
comunidade local.
O estabelecimento de uma relação aberta e próxima do IPS com a envolvente é uma forma, não
somente de contribuir para o desenvolvimento técnico, económico, social e cultural das
comunidades com quem interactua mas, também, de identificação de novos desafios e
oportunidades, inclusivamente, a possibilidade de uma maior adequação da oferta formativa.
Tal ligação deverá ocorrer não apenas no âmbito da formação (cursos de curta duração, trabalhos e
estágios curriculares) e da participação de membros da comunidade através dos Conselhos
Consultivos das escolas e do Conselho Geral do IPS (actualmente estabelecidos por via da
regulamentação), mas também através de actividades de investigação aplicada, seminários,
conferências e outros tipos de encontros científicos, bem como da prestação de serviços, com a
utilização dos seus recursos e competências disponíveis.
Existe, por conseguinte, um espaço para o exercício de uma política de afirmação do IPS como
instituição de referência, impondo-se como um parceiro válido no desenvolvimento técnico,
económico, social e cultural das comunidades com quem interactua, procurando participar
activamente em acções e programas que visem a modernização e desenvolvimento do tecido social
e económico.
Para o efeito, para além de ligações pontuais no âmbito de iniciativas temáticas ou específicas, existe
a possibilidade de estabelecer um vasto conjunto de ligações institucionais entre o IPS e as suas
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 81
escolas com instituições regionais, nacionais e internacionais, dos ramos empresarial, cultural,
ensino e investigação, que podem ser consagrados em protocolos ou convénios.
Quer o IPS quer cada uma das suas escolas têm já desenvolvido várias actividades em diversas áreas
e estabelecidos protocolos com entidades regionais, nacionais, europeias e dos PALOP, ao abrigo
de programas curriculares, mobilidade de docentes e estudantes ou no desenvolvimento de
projectos.
No domínio do relacionamento interinstitucional e num contexto mais global que abrange as áreas
da formação, da mobilidade e da investigação, o IPS é actualmente membro de um Convénio com
instituições nacionais do ensino superior, designadamente, com o Instituto Politécnico de Santarém,
a Universidade Nova de Lisboa e o Instituo Superior de Psicologia Aplicada, encontrando-se, no
entanto, em estudo a possibilidade de, em alternativa, integrar uma outra aliança tendente à criação
da região do conhecimento do Sudoeste Ibérico com o Instituto Politécnico Beja, o Instituto
Politécnico de Portalegre, a Universidade do Algarve, a Universidade de Évora, a Universidade da
Extremadura, a Universidade de Cádiz e a Universidade de Huelva.
No que se refere ao distrito de Setúbal que, conforme já referido, é caracterizado pela existência de
actividades e estruturas muito diversificadas (agricultura, pescas, indústria transformadora,
construção, comércio, serviços, saúde, educação, cultura, recreio, lazer, administração pública),
existe, também, uma diversidade de associações sectoriais (empresariais, culturais e sociais), que
permitem - e muito provavelmente necessitam - de apoio e colaboração, existindo, por conseguinte,
um imenso espaço para a continuidade e alargamento da intervenção do IPS com a comunidade
local.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 82
II.2 AMEAÇAS E OPORTUNIDADES
Com base na análise da envolvente pode-se identificar um conjunto das principais ameaças e
oportunidades relativamente ao IPS que se colocam no horizonte do presente Plano Estratégico de
Desenvolvimento (2011).
No que se refere à evolução do sistema de ensino superior em Portugal e, em particular, as
perspectivas de desenvolvimento específicas das instituições integradas no sub-sistema de ensino
superior politécnico, o Relatório da OCDE - que pretende fazer uma divisão clara entre o ensino
universitário e o politécnico, colocando este no que pode ser considerado um “patamar inferior” -
realça o reforço do sistema binário e a formulação expressa de um novo papel aos politécnicos
como principal localização institucional de programas profissionais de primeiro e de curto ciclo,
pese embora as legítimas aspirações de maior desenvolvimento de programas de Mestrado, um
aumento de titulares de Doutoramentos, uma tentativa de assegurar o direito de oferecer programas
de Doutoramento e a expansão de programas de investigação.
De entre as características principais do sistema de ensino terciário português são particularmente
apontados o baixo nível de estudos académicos da população, o baixo nível de conclusão do ensino
superior e fraco desempenho escolar
Por outro lado, a necessidade imperativa de desenvolver capital humano como factor de
modernização, o facto do acesso à educação terciária que antes era limitado e selectivo ser agora
alargado com a recente possibilidade de estudantes com mais de 23 anos de idade entrarem no
ensino superior e o estímulo para o ensino ao longo da vida que é, ainda, uma área subdesenvolvida
no sistema de ensino português, proporciona ao sector politécnico um crescimento no sistema em
termos de novos grupos de estudantes e novos tipos de programas, se bem que exigindo novas
metodologias que se articulem bem com os novos perfis.
No entanto, é de referir a dependência para os politécnicos públicos da aprovação pelo Ministério
de todos os novos programas de estudo com base em requisitos formais e capacidades das
respectivas instituições, sobretudo no que se refere à exigência do número de doutorados.
Paralelamente, é igualmente detectável a persistência de um estigma social de “inferioridade”
científica e social em torno das instituições integradas no sub-sistema de ensino superior politécnico
relativamente ao ensino superior universitário, aspecto que tem assumido tradução ao nível das
opções de candidatura por parte dos estudantes com o ensino secundário completo.
Há, assim, necessidade de inverter a actual imagem do ensino politécnico junto da procura, através
de elementos de diferenciação que constituam atractivos quer no âmbito da formação inicial, quer
no âmbito de outros segmentos de procura ainda pouco explorados como, por exemplo, na
formação de curta duração dirigida a activos.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 83
Ainda no que respeita ao reforço da atractibilidade junto da procura potencial, haverá que adoptar
medidas que aumentem a visibilidade junto da comunidade próxima, através de estratégias de
marketing institucional.
Ao nível económico, apesar de existirem perspectivas uma ligeira retoma do crescimento nacional,
devem ser considerados os objectivos por parte do Governo pela redução estrutural da despesa
pública, situação que, certamente, condicionará o investimento no ensino superior, sendo de
referir, no entanto, os próximos investimentos na formação e capital humano por via dos novos
fundos de coesão, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Ao nível do distrito de Setúbal que, como se sabe, é a área privilegiada de captação de estudantes e
de actuação do IPS, tal espaço territorial é caracterizado pela existência de um tecido empresarial
bastante diversificado, com taxas de crescimento superiores ao registado no total nacional e
existem perspectivas de realização de grandes projectos de carácter estruturante, ao nível do sector
marítimo portuário, logística, turismo, energia e indústria transformadora, para além de outros
domínios se prevê algum desenvolvimento, designadamente, as actividades associadas ao mar
(pesca, aquicultura e actividades náuticas), as actividades de saúde e as actividades associadas ao
ambiente.
Tal caracterização económica e a necessária valorização das diversas actividades apontam, por
conseguinte, para a necessidade e oportunidade de novas acções de formação e de reconversão,
não apenas ao nível profissional mas, igualmente, na lógica da formação ao longo da vida, de nível
intermédio e superior.
Relativamente à população residente, no seu total e na faixa etária dos 0 aos 14 anos, bem como às
taxas de natalidade, a Península de Setúbal tem registado uma evolução positiva, com taxas de
crescimento superiores ao nível nacional, face à forte capacidade de atracção motivada pela sua
actividade económica, perspectivando-se, ainda, uma tendência persistente de reforço do seu peso
populacional absoluto e relativo ao total nacional. Tais fluxos migratórios exigem respostas
enquadradoras do aproveitamento da multiculturalidade daí resultante.
Ao nível da oferta, o IPS confronta-se, em geral, quer no distrito de Setúbal, quer nos distritos
limítrofes (Lisboa, Évora, Beja e Santarém), com a concorrência de todos os tipos de instituições,
públicas e privadas, do ensino superior politécnico e universitário.
Se bem que a grande proximidade da zona norte do distrito de Setúbal (principalmente a zona
ribeirinha constituída pelos concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo e Seixal)
com o concelho de Lisboa, face às melhores acessibilidades, tem contribuído para o seu aumento
demográfico, também se constitui como um pólo atractivo para as instituições do ensino superior
instaladas em Lisboa, onde se encontra instalado um número significativo de estabelecimentos
deste nível de ensino, alguns naturalmente mais prestigiados e, por isso, com significativo poder de
atracção sobre a população em idade de ingresso no ensino superior.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 84
Ao nível das licenciaturas (1º ciclo), com excepção de alguns cursos em que existe somente oferta
das escolas do IPS, a restante oferta formativa encontra-se, na generalidade, pressionada por todos
os distritos limítrofes. No entanto, a actual oferta formativa do IPS não cobre outras áreas
científicas que são oferecidas pela restante rede nacional do ensino superior, sendo de considerar,
ainda, as perspectivas de realização de grandes projectos de carácter estruturante no distrito de
Setúbal, sobretudo orientados para as infraestruturas de transporte, logística, turismo e indústria
transformadora, bem como as áreas emergentes associadas ao mar, saúde e ambiente.
Considerando que existem perspectivas de um aumento do reforço dos pesos absolutos e relativos
em termos populacionais da Península de Setúbal, pode-se, por conseguinte, concluir por uma
tendência de aumento da procura, por jovens, de acesso ao ensino superior na área privilegiada de
captação de estudantes do IPS que é o distrito de Setúbal.
Também o novo regime de ingresso no ensino superior para os maiores de 23 anos, a
reorganização dos cursos de especialização tecnológica (CET), tendo em conta a dinâmica do
tecido empresarial do distrito de Setúbal e as tendências de crescimento da sua população, alarga o
espaço de recrutamento e de intervenção ao IPS para uma acção preponderante quer no ensino
formal quer no ensino informal ao nível da formação contínua (pós-graduada e curta duração).
No que se refere às relações com a comunidade, para além das várias actividades já desenvolvidas
pelo IPS e pelas suas escolas em diversas áreas e o estabelecimento de diversos protocolos com
entidades regionais, nacionais, europeias e dos PALOP, no âmbito da formação, mobilidade de
docentes e estudantes, nas actividades de investigação aplicada, na organização de seminários,
conferências e outros tipos de encontros científicos, bem como na prestação de serviços, também
o distrito de Setúbal, dada a sua situação económica e social, caracterizada pela existência de
actividades e estruturas muito diversificadas, bem como por uma diversidade de associações
sectoriais (empresariais, culturais e sociais) abre espaço para a continuidade e alargamento da
intervenção do IPS com a comunidade local.
A análise efectuada permite identificar as seguintes principais ameaças e oportunidades que se
apresentam à intervenção do IPS, constituindo um contributo fundamental para a definição do seu
posicionamento estratégico e para a definição dos objectivos e caminhos a seguir para a sua
afirmação futura.
Parte II - Diagnóstico –Análise da Envolvente
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 85
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
• Diferenciação do ensino superior politécnico (ESP) face ao ensino universitário.
• Potencial de crescimento do ESP.
• Crescimento da procura por novos públicos.
• Reforço da lógica de formação ao longo da vida.
• Possibilidades de alargamento da oferta formativa (formal e informal).
• Investimentos na formação e capital humano (QREN).
• Dinâmica de crescimento e diversidade na actividade económica da região.
• Projectos de carácter estruturante (marítimo portuário, logística, turismo, energia e indústria transformadora) na região.
• Perspectivas de desenvolvimento na região, das actividades associadas ao mar (pesca, aquicultura e actividades náuticas), saúde e ambiente.
• Dinâmica de crescimento demográfico da região.
• “Menorização” do ensino superior politécnico (ESP).
• Baixo nível de sucesso escolar, sobretudo no secundário.
• Limitação da actuação do ESP, no âmbito da oferta formativa (prévia aprovação pela Tutela ou Agência de Acreditação).
• Exigência de doutorados no corpo docente.
• Percepção social do ESP
• Evolução do sistema de financiamento do sistema de ensino superior.
• Forte densidade concorrencial sedeada na cidade de Lisboa (em quantidade, diversidade e prestígio).
Quadro 9 – Síntese das principais ameaças e oportunidades identificadas
Parte II – Diagnóstico – Análise Interna
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 86
II.3 ANÁLISE INTERNA
II.3.1 ENQUADRAMENTO HISTÓRICO E EVOLUÇÃO RECENTE DO IPS
O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) foi criado em 1979, tendo os seus estatutos sido aprovados
somente em Dezembro de 1995.
A sua primeira Unidade Orgânica, a Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTS), foi
legalmente formalizada em 26 de Dezembro de 1979 e, após concluída a construção das respectivas
instalações, em Setembro de 1988, iniciou a leccionação dos primeiros cursos de bacharelato no
domínio das Engenharias.
Em 1985 é constituída a Escola Superior de Educação (ESE), direccionada para a formação na área
da educação, que passa a funcionar inicialmente nas actuais instalações da sede do IPS (antigo
palácio Fryxell), sendo depois transferida para a antiga fábrica Barreiros e, no ano lectivo de
1988/89, para as instalações da EST Setúbal. Só em 1993 a Escola inicia o desenvolvimento da sua
actividade educativa em edifício próprio, concebido pelo arquitecto Álvaro Siza Vieira (que, com
esse projecto, ganhou nesse ano o Prémio Nacional de Arquitectura).
Numa lógica natural de expansão do IPS, em Dezembro de 1994 é criada a Escola Superior de
Ciências Empresariais (ESCE), com a função principal de intervir nas áreas das Ciências
Empresariais, visando complementar as vertentes de educação e engenharia apresentadas pelas
outras Escolas do IPS. A ESCE iniciou as actividades lectivas em 1995/96 nas instalações da
Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, mudando no ano seguinte para instalações criadas de
raiz. Inicialmente arrancou com dois cursos de bacharelato em Contabilidade e Finanças e em
Gestão dos Recursos Humanos, oferecendo actualmente 5 cursos no domínio das ciências
empresariais.
A Escola Superior de tecnologia do Barreiro (ESTB) foi a quarta Escola a ser constituída, tendo
iniciado as suas actividades formativas no ano lectivo de 1999/2000, em instalações provisórias
cedidas pela Quimiparque, Parques Empresariais S.A., encontrando-se ainda em período de
instalação. A sua criação visou responder ao interesse, demonstrado por vários concelhos da zona
ribeirinha do Tejo, de ver instalada uma instituição de ensino superior na sua zona de influência,
enquanto pólo dinamizador do desenvolvimento regional e instrumento de fixação de população.
Com o objectivo de evitar a concorrência interna entre diferentes unidades orgânicas do IPS, a EST
Barreiro actua em áreas científicas diferentes da EST Setúbal, designadamente na área da engenharia
civil. Encontra-se em fase de conclusão novas instalações.
Criada a 13 de Março de 2000, a Escola Superior de Saúde (ESS) é a mais recente unidade orgânica
do IPS. Este novo eixo de desenvolvimento da actividade do IPS, justificado pela enorme carência
de técnicos nesta área, face às necessidades actuais da sociedade portuguesa, em geral, e da região de
Setúbal, em particular, veio responder igualmente à decisão do Ministério da Saúde de criação de
Parte II – Diagnóstico – Análise Interna
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 87
uma Escola Superior de Enfermagem em cada Distrito. Funcionando nas instalações da ESCE,
aguarda com alguma expectativa a disponibilização de verbas para a construção das suas futuras
instalações, encontrando-se aprovado o respectivo projecto de arquitectura e o concurso para
adjudicação da obra em fase de decisão.
Desta forma, o IPS engloba actualmente, para além dos Serviços da Presidência, dos Serviços de
Acção Social e de um Clube Desportivo, cinco unidades orgânicas, orientadas pela perspectiva de
dinamização cultural e científica da região em que está inserida:
Escola Superior de Educação (ESE);
Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTS);
Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE);
Escola Superior de Tecnologia do Barreiro (ESTB);
Escola Superior de Saúde (ESS).
Com mais de 5.700 mil estudantes nos vários cursos ministrados, mais de 520 docentes e o apoio
de 160 funcionários não docentes, o IPS é uma das mais importantes instituições de ensino superior
público do distrito de Setúbal. Em contínuo processo de desenvolvimento, o IPS tem procurado
diversificar e alargar a sua esfera de intervenção científica e pedagógica, enveredando por caminhos
inovadores e pouco explorados. A sua clara aposta na formação de diplomados com um elevado
nível cultural, científico, artístico, técnico e profissional, permitiu-lhe afirmar-se como referência no
panorama do ensino superior politécnico português.
De referir, após obras conservação e de recuperação a partir de disponibilidades financeiras
próprias, a disponibilização dos Claustros existente no edifício dos Serviços da Presidência do
Instituto Politécnico de Setúbal para iniciativas de carácter cultural e de animação, intercâmbio de
experiências dos diferentes níveis educativos, apoio a iniciativas locais, promoção de novos artistas,
realização de seminários ou outros eventos que pelas suas características se integrem na missão
institucional do IPS.
De referir, ainda, a existência do clube IPS, que dispõe de um Pavilhão Gimnodesportivo onde se
desenvolve um conjunto variado de actividades desportivas e recreativas, de carácter regular,
pontual e institucional, aberto à comunidade.
Parte II – Diagnóstico – Análise Interna
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 88
II.3.2 PONTOS FORTES E FRACOS 45 Conforme já referido, o IPS, através das suas escolas superiores, intervém em várias áreas
(educação, desporto, tecnologia, ciências empresariais e saúde), possuindo, por conseguinte, uma
diversidade de áreas do conhecimento, susceptível de alargar a sua intervenção a uma ampla gama
de actividades.
Ao nível da formação, existe uma disponibilização de cursos que, em geral, são caracterizados por
um elevado potencial de integração no mercado de trabalho e que têm registado bons índices de
empregabilidade, nomeadamente na sua envolvente local. De referir que alguns dos cursos
ministrados enfrentam pouca concorrência, mesmo a nível nacional.
Para o exercício das suas funções, três das escolas situadas no Campus (ESE, ESTS e ESCE)
dispõem de boas instalações, de equipamentos gerais e laboratoriais e recursos materiais adequados,
por forma a garantir boas condições para a aprendizagem e para o exercício da actividade docente e
não docente.
Neste aspecto, de referir que se encontram quase concluídas as futuras instalações da ESTB, no
Barreiro. Todavia, a ESS encontra-se a funcionar nas instalações da ESCE, em condições precárias
e limitativas do seu desenvolvimento, aguardando, ainda, a disponibilização de verbas para a
construção de novas instalações, na cidade de Setúbal, cujo projecto já se encontra aprovado.
A localização geográfica do IPS e das suas escolas, num distrito dinâmico, diversificado e em
crescimento, é uma situação favorável, pese embora que a proximidade do distrito com Lisboa,
conforme já referido, constitui como um pólo atractivo para as instituições do ensino superior nela
instaladas.
No entanto, no caso da ESTB, tal proximidade tem-se revelado muito vantajosa, face à inexistência
de formações de nível superior na área da engenharia civil em horário nocturno.
De referir, também, que um dos inconvenientes muito apontado pelos estudantes do IPS é a difícil
acessibilidade ao Campus, através dos meios de transporte públicos ferroviários e rodoviários.
Ao nível do relacionamento, em geral, é de destacar a existência de uma cultura de proximidade
entre docentes, não docentes e estudantes, caracterizada pela facilidade de contacto, a informalidade
e a presença de hierarquias pouco marcadas. Em oposição à generalidade do ambiente universitário,
o fácil contacto entre docentes e estudantes permite a estes tirarem partido da disponibilidade dos
primeiros.
45 Para a caracterização do IPS e das respectivas escolas, foi solicitado recentemente pelos serviços da Presidência o “Portefólio das Unidades Orgânicas do IPS”.
Parte II – Diagnóstico – Análise Interna
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 89
Ao nível do corpo docente, é de salientar a existência de um número considerável de docentes que
tiveram, ou têm, experiência profissional com consequências ao nível da percepção das
necessidades reais das empresas em termos de perfis profissionais.
Todavia, o número de doutorados é ainda reduzido, embora exista uma forte aposta por parte do
IPS e das respectivas escolas nos incentivos e apoios para a formação avançada.
De referir que a prática de incentivo ao desenvolvimento de competências tem existido, também,
ao nível do pessoal não docente, através da frequência de vários cursos de formação.
Contudo, o forte enfoque na formação avançada dos docentes em conjunto com as inúmeras
actividades lectivas e não lectivas, tem restringindo o desenvolvimento de actividades de
investigação aplicada e de desenvolvimento experimental.
Efectivamente, as actividades de Investigação dos docentes desenvolvem-se maioritariamente ao
nível dos seus esforços com vista à obtenção de formação complementar (mestrado e
doutoramento), resultando em níveis reduzidos de publicação de artigos e de apresentação de
comunicações, bem como não existe qualquer mecanismo ao nível do IPS que permita de uma
forma eficaz a obtenção e divulgação de informação de sistemas de financiamento de projectos de
investigação.
Também o nível de internacionalização, que é hoje uma condição de sobrevivência das instituições
de ensino superior, é, ainda, bastante incipiente, carecendo de dinamização a oferta conjunta de
cursos, o desenvolvimento de projectos conjuntos de inovação e de investigação, bem como a
captação de estudantes estrangeiros e a mobilidade internacional do corpo docente.
Constata-se, também, um insuficiente desenvolvimento das relações inter-escolas, fontes potenciais
de uma maior eficiência na utilização de recursos e competências em acções conjuntas e que podem
promover uma maior coesão interna e de vivência do espírito IPS, para o qual muito contribuirá o
reforço das lideranças.
Uma maior aproximação e interligação do IPS e das escolas, bem como com o meio envolvente e
com a divulgação das respectivas actividades, reforçarão a sua visibilidade e reconhecimento, para o
qual haverá, muito provavelmente, a necessidade de alterar a actual imagem institucional que surge
descoordenada e actuar ao nível das actividades de marketing.
Decorrente da presente análise, podem-se considerar os seguintes principais pontos fortes e fracos
que se apresentam à intervenção do IPS, constituindo um contributo para a definição de acções de
carácter estratégico a seguir para a sua afirmação futura.
Parte II – Diagnóstico – Análise Interna
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 90
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
• Diversidade de áreas de conhecimento das Escolas
• Bom relacionamento entre docentes e estudantes, caracterizado por uma grande proximidade e informalidade
• Empregabilidade dos diplomados
• Aposta no desenvolvimento dos recursos humanos
• A experiência profissional de algum corpo docente
• Localização geográfica
• Boas condições ambientais e materiais, nas diversas escolas instaladas no Campus
• Nº de doutorados
• Nível de investigação do corpo docente
• Capacidade de captação para financiamento de projectos de investigação
• Nível de internacionalização
• Interacção entre as escolas
• Vivência do espírito do IPS
• Articulação entre IPS e escolas
• Lideranças da organização
• Interacção com a comunidade
• Divulgação regional do IPS e das suas Escolas
• Notoriedade do IPS
• Acessibilidade de transporte público de acesso ao Campus
Quadro 10 – Síntese dos principais pontos fortes e pontos fracos
Parte II – Diagnóstico – Análise SWOT
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 91
II.4 ANÁLISE SWOT
O relacionamento das principais ameaças e oportunidades detectadas na análise externa com os
principais pontos fortes e fracos considerados na análise interna, suscita algumas linhas de acção de
âmbito estratégico, que são a seguir apresentadas.
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS
Diversidade áreas de conhecimento. Bom relacionamento. Empregabilidade dos diplomados.. Aposta no desenvolvimento dos RH’s. Experiência profissional de docentes. Localização geográfica. Condições ambientais e materiais.
Nº de doutorados. Nível de investigação do corpo docente.
Capacidade de captação para financiamento de projectos de investigação.
Nível de internacionalização. Interacção entre as escolas. Vivência do espírito do IPS. Articulação entre IPS e escolas. Lideranças da organização. Interacção com a comunidade. Divulgação regional do IPS e das suas Escolas.
Notoriedade do IPS. Acessibilidade de transporte público de acesso ao Campus.
Diferenciação do (ESP). Potencial de crescimento do ESP. Crescimento procura por novos
públicos. Reforço de formação ao longo da
vida. Alargamento da oferta formativa Investimentos na formação
(QREN). Crescimento da diversidade da
actividade económica da região. Projectos de carácter estruturante. Desenvolvimento doutras
actividades. Crescimento demográfico da
região.
(sugestões) � Afirmação de um projecto educativo de formação terciária com alargamento a novos públicos e com empregabilidade.
� Desenvolvimento de novas práticas pedagógicas.
(sugestões) � Fortalecimento do
relacionamento inter-escolas IPS.
� Reforço das lideranças. � Fortalecimento do
relacionamento com a comunidade.
AM
EA
ÇA
S
“Menorização” do ESP. Baixo nível de sucesso escolar. Limitação da actuação do ESP. Exigência de doutorados. Percepção social do (ESP). Sistema de financiamento ensino
superior. Forte densidade concorrencial de
Lisboa.
(sugestões) � Implementação de
mecanismos para aumento do sucesso escolar.
� Fortalecimento da imagem
IPS. � Promoção e divulgação do
IPS.
(sugestões) � Desenvolvimento da
investigação. � Aumento do nº de
doutorados. � Estebelecimento de parceria
e redes de conhecimento. � Reforço da
internacionalização. � Racionalização dos recursos.
Quadro 11 – Análise SWOT
OP
OR
TU
NID
AD
ES
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 92
APÊNDICES
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 93
APÊNDICE 1
CONTEXTO ECONÓMICO Projecções do PIB Nacional
Fig. 1.1 - Projecções do PIB para Portugal
Fonte: GEE com base em: INE, MF, CE, OCDE e FMI
Empresas
Empresas existentes na Península de Setúbal e no Alentejo Litoral.
Actividade 2002 2003 2004 2002 2003 2004 2002 2003 2004
Agricultura e pesca 3.307 3.403 3.177 3.112 3.187 3.878 6.419 6.590 7.055Indústrias transformadoras 5.978 6.057 6.132 707 717 747 6.685 6.774 6.879Construção 15.559 15.950 19.162 1.986 2.030 2.232 17.545 17.980 21.394Comércio por grosso e a retalho 28.173 28.663 30.952 3.344 3.411 3.827 31.517 32.074 34.779Alojamento e restauração 7.186 7.449 9.946 1.395 1.442 1.787 8.581 8.891 11.733Transportes, armazenagem e comunicações 1.476 1.619 1.664 262 285 280 1.738 1.904 1.944Actividades financeiras 2.361 2.375 1.918 217 216 190 2.578 2.591 2.108Serviços 8.095 6.946 13.010 662 636 975 8.757 7.582 13.985Outras 4.436 4.647 6.616 438 456 600 4.874 5.103 7.216
Total 76.571 77.109 92.577 12.123 12.380 14.516 88.694 89.489 107.093
TotalPenínsula de Setúbal Alentejo Litoral
Quadro 1.1. – Evolução do número de empresas (2004-2002) Fonte: INE
Taxas de crescimento do número de empresas
2003/2002 2004/2003
Península de Setúbal 0,7% 20,1%Alentejo Litoral 2,1% 17,3%Total 0,9% 19,7%
Quadro 1.2. – Taxas de crescimento do número de empresas (2004-2002)
2003/2002 2004/2003
Total nacional 4,2% 3,1%Lisboa 1,4% -1,2%Alentejo 5,9% -11,7%
Quadro 1.3. – Taxas de crescimento do número de empresas (NUTS II) e nacional (2004-2002)
3,9
2,0
0,8
-1,1
3,9
2,0
0,8
-1,1
3,9
2,0
0,8
-1,1
0,3
3,9
2,0
0,8
-1,1
0,3
3,9
2,0
0,8
-1,1
3,9
2,0
0,8
-1,1
3,9
2,0
0,8
-1,1
3,9
2,0
0,8
-1,1
1
3,9
2,0
0,8
-1,1
0,3
1,1
1,8
2,4
3,0
1,10,9
0,7
1,5
0,81,0
-1,5
-0,5
0,5
1,5
2,5
3,5
4,5
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
%
INEOCDE
Comissão Europeia
FMI
PEC 2005/2009
BPortugal
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 94
Estrutura por sectores de actividade
Actividade Pen. Set. Al. Lit. PS+AL Portugal Lisboa Alentejo
Agricultura e pesca 3,4% 26,7% 6,6% 0,5% 0,2% 0,4%Indústrias transformadoras 6,6% 5,1% 6,4% 12,8% 8,7% 10,7%Construção 20,7% 15,4% 20,0% 18,0% 16,1% 18,3%Comércio por grosso e a retalho 33,4% 26,4% 32,5% 37,4% 36,9% 40,5%Alojamento e restauração 10,7% 12,3% 11,0% 10,4% 10,4% 12,8%Transportes, armazenagem e comunicações 1,8% 1,9% 1,8% 4,2% 4,7% 3,9%Actividades financeiras 2,1% 1,3% 2,0% n/d n/d n/dServiços 14,1% 6,7% 13,1% 9,8% 14,5% 6,7%Outras 7,1% 4,1% 6,7% 6,9% 8,3% 6,7%
Estrutura (%)
Quadro 1.4. – Estrutura por sectores de actividade (2004)
Dimensão média de pessoal/sociedade (excluídas as empresas de nome individual) por
sectores de actividade
Actividade Nacional
Agricultura e pesca 6,1 3,7 5,0 4,8Indústrias transformadoras 18,5 10,8 17,7 17,4Construção 5,9 7,9 6,0 7,4Comércio por grosso e a retalho 4,1 4,2 4,1 5,5Alojamento e restauração 3,2 4,5 3,4 5,3Transportes, armazenagem e comunicações 6,7 3,4 6,3 8,3Serviços 4,8 5,3 4,8 6,0
Pen. Set. Al. Lit. TotalPessoal/Sociedade
Quadro 1.5. – Dimensão média por sectores de actividade (2004) Poder de Compra
Municípios 2004
Alcochete 83,62Almada 120,94Barreiro 106,10Moita 77,97Montijo 94,29Palmela 96,61Seixal 94,46Sesimbra 82,91Setúbal 107,92
Total 101,52
Alcácer do Sal 64,31Grândola 74,24Odemira 65,20Santiago do Cacém 87,72Sines 97,88
Total 77,89
Pen
ínsu
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l
Quadro 1.6. – Indicador per capita de rendimento na Península de Setúbal e Alentejo Litoral (2004) Indicador per capita %
Península de Setúbal 101,52Alentejo Litoral 77,89Lisboa 149,32Alentejo 76,77
Quadro 1.7. – Indicador per capita de rendimento (2004)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 95
Saúde
Hospitais e Centros de Saúde e suas extensões existentes na Península de Setúbal e no
Alentejo Litoral.
Hosp.
Municípios 1995/2003 1995 2000 2003
Alcochete 4 6 6Almada 1 20 14 15Barreiro 2 9 10 8Moita 6 5 6Montijo 1 7 7 7Palmela 12 12 12Seixal 7 11 11Sesimbra 4 4 5Setúbal 2 11 9 11
Soma 6 80 78 81
Alcácer do Sal 11 11 11Grândola 6 6 6Odemira 10 17 18Santiago do Cacém 1 11 11 11Sines 3 3 3
Soma 1 41 48 49
Total 7 121 126 130
Centros de saúde e extensões
Pen
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lent
. Lito
ral
Quadro 1.8. – Evolução do número de Hospitais e Centros de Saúde (1995-2003) Fonte: INE
Consultas e Médicos por habitante
Municípios 1995 2003 1995 2000 2003 1995 2000 2003
Alcochete 2,12 2,47 2,02 ,72 ,94 1,25Almada 0,63 1,12 3,53 3,41 3,45 3,53 3,35 3,35Barreiro 0,93 ... 2,51 2,51 3,40 2,53 2,39 2,32Moita 1,89 1,92 2,16 ,50 ,84 ,86Montijo 0,41 0,41 2,24 1,95 1,97 1,71 1,89 1,87Palmela 2,00 2,38 2,25 ,98 1,54 1,96Seixal 1,85 2,21 2,09 ,91 1,25 1,34Sesimbra 2,27 2,34 2,18 ,93 1,06 1,16Setúbal 0,85 1,39 2,33 2,25 2,36 3,07 3,19 3,19
Alcácer do Sal 2,20 2,99 2,84 ,43 ,43 ,36Grândola 2,33 2,48 2,79 ,43 ,76 ,76Odemira 2,53 2,55 2,53 ,43 ,51 ,58Santiago do Cacém 0,32 0,30 1,94 1,95 1,88 ,79 1,25 1,29Sines 2,36 2,24 2,29 1,11 1,43 1,48
Consultas por habitanteHospitais Centros de saúde e extensões
Médicos por 1 000 habitantes
Pen
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lent
. Lito
ral
Quadro 1.9. – Consultas e médicos por habitante no sistema de saúde (1995-2003) Fonte: INE
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 96
Educação
Número de estabelecimentos públicos e privados na Península de Setúbal e no Alentejo
Litoral.
Municípios 00/01 04/05 00/01 04/05 00/01 04/05
Alcochete 7 6 1 1 1 1Almada 61 58 14 13 23 22Barreiro 24 24 6 6 10 11Moita 28 26 7 6 8 8Montijo 23 23 5 4 4 3Palmela 37 35 7 4 5 5Seixal 44 42 12 11 13 14Sesimbra 19 17 5 4 5 5Setúbal 38 35 7 6 10 10
Soma 281 266 64 55 79 79
Alcácer do Sal 19 17 3 2 3 3Grândola 18 13 4 1 3 2Odemira 52 38 8 5 6 6Santiago do Cacém 36 32 4 4 7 6Sines 6 4 1 1 2 2
Soma 131 104 20 13 21 19
Total 412 370 84 68 100 98
Pen
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. Lito
ral
Estab. Ensino Básico (público e privado)1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo
Quadro 1.10. – Estabelecimentos do ensino Básico (00/01-04/05) Fonte: INE
Municípios 00/01 04/05 00/01 04/05 00/01 04/05
Alcochete 1 1 1Almada 13 13 3 6 6 6Barreiro 5 5 1 5 2 1Moita 2 2 1Montijo 2 2 1 3Palmela 2 3 2Seixal 6 5 5Sesimbra 2 2 3Setúbal 7 7 2 3 4 5
Soma 40 40 7 29 12 12
Alcácer do Sal 2 2Grândola 1 1 1 1Odemira 3 2 1 2Santiago do Cacém 3 4 2 1Sines 1 1 2 3
Soma 10 10 4 8 1
Total 50 50 11 37 12 13
Alent
. Lito
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Estab. Ensino (público e privado)Secundario Esc. profissionais Ensino superior
Quadro 1.11. – Estabelecimentos de ensino secundário, profissional e superior (00/01-04/05) Fonte: INE
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 97
Número de estudantes matriculados nos estabelecimentos públicos e privados de ensino
Municípios 00/01 04/05 00/01 04/05 00/01 04/05
Alcochete 548 619 248 318 471 494Almada 7.808 7.702 3.874 3.781 6.592 5.651Barreiro 3.643 3.367 1.917 1.892 3.122 2.823Moita 3.431 3.133 1.749 1.669 2.507 2.281Montijo 2.025 1.996 996 1.162 1.535 1.493Palmela 2.389 2.690 1.108 1.275 1.584 1.584Seixal 6.929 7.129 3.724 3.657 5.370 4.932Sesimbra 1.831 2.091 954 1.015 1.558 1.598Setúbal 5.673 5.453 2.947 2.955 4.562 3.966
Soma 34.277 34.180 17.517 17.724 27.301 24.822
Alcácer do Sal 616 486 341 294 520 407Grândola 635 509 368 256 606 454Odemira 1.077 953 618 545 1.063 821Santiago do Cacém 1.266 1.028 639 616 1.260 955Sines 833 580 317 343 585 452
Soma 4.427 3.556 2.283 2.054 4.034 3.089
Total 38.704 37.736 19.800 19.778 31.335 27.911
Pen
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. Lito
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Estab. Ensino Básico (público e privado)1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo
Quadro 1.12. – Estudantes no ensino básico (00/01-04/05)
Fonte: INE
1º Ciclo 2º Ciclo 3º CicloPenínsula Setúbal -0,3% 1,2% -9,1%Alentejo Litoral -19,7% -10,0% -23,4%Lisboa -3,1% 0,5% -4,3%Alentejo -11,5% -5,4% -15,9%Nacional -6,5% -3,6% -7,4%
Taxa cresc. Alun. 05/01
Quadro 1.13. – Taxa de crescimento de estudantes no básico (00/01-04/05)
-30%
-20%
-10%
0%
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo
Península Setúbal Alentejo Litoral Lisboa Alentejo Nacional
Fig. 1.2. – Taxa de crescimento de estudantes no ensino básico (00/01-04/05)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 98
Municípios 00/01 04/05 00/01 04/05 00/01 04/05
Alcochete 336 288Almada 4.565 7.489 632 520 10.693 10.906Barreiro 2.426 4.432 113 96 153 334Moita 1.040 1.547Montijo 901 1.279 138 167Palmela 1.136 1.350Seixal 3.303 5.543 4Sesimbra 1.011 1.297Setúbal 3.107 4.426 539 494 6.303 6.221
Soma 17.825 27.651 1.422 1.281 17.149 17.461
Alcácer do Sal 297 498Grândola 255 481 95 98Odemira 592 771 101 163Santiago do Cacém 484 1283 17 45Sines 337 519 209 229
Soma 1.965 3.552 405 490 17 45
Total 19.790 31.203 1.827 1.771 17.166 17.506
Alent
. Lito
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Pen
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Estab. Ensino (público e privado)Secundario Esc. profissionais Ensino superior
Quadro 1.14 – Estudantes no ensino secundário, profissional e superior (00/01-04/05) Fonte: INE
Secund. Profiss. SuperiorPenínsula Setúbal 55,1% -9,9% 1,8%Alentejo Litoral 80,8% 21,0% 164,7%Lisboa -33,5% 15,3% -2,8%Alentejo -36,8% 20,1% -6,8%Nacional -29,3% 14,3% -1,9%
Taxa cresc. Alun. 05/01
Quadro 1.15. – Taxa de crescimento de estudantes no ensino secundário, profissional e superior (00/01-04/05)
-50%-40%-30%-20%-10%0%10%20%30%40%50%60%
Secund. Profiss. Superior
Península Setúbal Lisboa Alentejo Nacional
Fig. 1.3 – Taxa de crescimento de estudantes no ensino secundário, profissional e superior (00/01-04/05)
Ainda sem qualquer desagregação por Concelho e com base em dados obtidos no Gabinete de
Informação e Avaliação do Sistema Educativo (GIASE), o número de estudantes matriculados nos
estabelecimentos públicos e privados de ensino básico e secundário, nos anos lectivos 04/05 a
06/07, são apresentados no quadro seguinte.
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 99
Total 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo
2006/2007 1.084.800 469.443 239.819 375.538 337.4462005/2006 1.076.360 467.061 240.218 369.081 326.1822004/2005 1.082.895 472.863 251.285 358.747 356.192
2006/2007 81.267 36.246 18.236 26.785 25.8122005/2006 79.463 35.396 17.894 26.173 25.6172004/2005 78.476 35.759 18.111 24.606 27.472
2006/2007 8.811 3.746 1.947 3.118 2.9482005/2006 8.699 3.677 1.987 3.035 2.9502004/2005 9.125 3.932 2.113 3.080 3.404
Continente
Península de Setúbal
Alentejo Litoral
Níveis de Ensino
Ensino Básico EnsinoSecund.
Quadro 1.16. – estudantes matriculados nos estabelecimentos públicos e privados de ensino básico e secundário
Fonte: GIASE
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secund.Continente -0,7% -4,6% 4,7% -5,3%Península de Setúbal 1,4% 0,7% 8,9% -6,0%Alentejo Litoral -4,7% -7,9% 1,2% -13,4%
Quadro 1.17. – Taxas de crescimento de estudantes matriculados nos estabelecimentos públicos e
privados de ensino básico e secundário (06/07-04/05)
-15%-13%-11%-9%-7%-5%-3%-1%1%3%5%7%9%
1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secund.
Continente Península de Setúbal Alentejo Litoral
Fig 1.4 – Taxas de crescimento de estudantes matriculados nos estabelecimentos públicos e privados de ensino básico e secundário (06/07-04/05)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 100
APÊNDICE 2
CONTEXTO SÓCIO-CULTURAL
Demografia
Evolução demográfica na Península de Setúbal e no Alentejo Litoral.
População residente
Municípios 1995 2000 2001 2002 2003 2004
Alcochete 11.093 12.778 13.214 13.778 14.347 14.966Almada 158.218 161.381 162.586 163.812 164.844 165.363Barreiro 82.928 79.356 78.995 79.052 79.047 78.992Moita 66.589 67.509 68.076 68.843 69.603 70.226Montijo 37.419 39.188 39.566 39.925 40.199 40.466Palmela 47.857 53.216 54.429 55.741 57.014 58.222Seixal 131.353 149.724 153.829 157.650 161.327 164.715Sesimbra 31.149 36.697 38.228 40.120 42.076 44.046Setúbal 108.593 113.811 115.414 117.064 118.696 120.117
Soma 675.199 713.660 724.337 735.985 747.153 757.113
Alcácer do Sal 13.624 14.008 13.967 13.903 13.841 13.716Grândola 14.454 13.968 14.545 14.603 14.602 14.543Odemira 25.738 25.467 25.572 25.638 25.709 25.695Santiago do Cacém 30.203 30.345 30.441 30.415 30.389 30.305Sines 13.613 12.584 13.248 13.368 13.466 13.531
Soma 97.632 96.372 97.773 97.927 98.007 97.790
Total 772.831 810.032 822.110 833.912 845.160 854.903
Alent
. Lito
ral
Pen
ínsu
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Quadro 2.1. – Estimativas da população residente (2004-1995) Fonte: INE
50.000
150.000
250.000
350.000
450.000
550.000
650.000
750.000
850.000
950.000
1995 2000 2001 2002 2003 2004
Península de Setúbal
Alentejo Litoral
Total
Fig 2.1. – Estimativas da população residente (2004-1995)
2000/1995 2001/2000 2002/2001 2003/2002 2004/2003
5,7% 1,5% 1,6% 1,5% 1,3%-1,3% 1,5% 0,2% 0,1% -0,2%4,8% 1,5% 1,4% 1,3% 1,2%2,4% 0,9% 1,0% 0,9% 0,7%-0,1% 0,1% 0,2% -0,1% 0,0%2,3% 0,7% 0,8% 0,6% 0,5%
LisboaAlentejoNacional
Total
Península de SetúbalAlentejo Litoral
Quadro 2.2. – Taxas de crescimento da população residente (2004-2001)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 101
-1%
0%
1%
2%
2001/2000 2002/2001 2003/2002 2004/2003
Península de Setúbal
Alentejo Litoral
Total
Fig. 2.2. – Taxas de crescimento da população residente (2004-2001)
-1%
0%
1%
2%
2001/2000 2002/2001 2003/2002 2004/2003
Península de Setúbal
Alentejo Litoral
Lisboa
Nacional
Alentejo
Fig. 2.3. – Taxas de crescimento da população residente (2004-2001)
População residente na faixa etária dos 15 aos 24 anos
Municípios 1995 2000 2001 2002 2003 2004
Alcochete 1.773 1.632 1.609 1.629 1.656 1.691Almada 25.041 21.774 20.880 20.018 19.215 18.421Barreiro 14.500 11.003 10.195 9.522 8.949 8.418Moita 11.439 10.497 10.162 9.828 9.625 9.427Montijo 5.868 5.197 5.021 4.855 4.677 4.546Palmela 7.377 7.217 7.132 7.005 6.913 6.898Seixal 22.687 22.630 22.088 21.382 20.857 20.452Sesimbra 4.958 4.967 4.919 4.930 5.033 5.112Setúbal 18.375 16.535 16.008 15.372 14.918 14.535
Soma 112.018 101.452 98.014 94.541 91.843 89.500
Alcácer do Sal 1.624 1.995 1.909 1.812 1.725 1.689Grândola 1.561 1.848 1.792 1.734 1.666 1.614Odemira 2.894 3.166 3.068 3.026 2.978 2.942Santiago do Cacém 3.874 4.517 4.437 4.338 4.163 4.060Sines 1.807 1.916 1.943 1.921 1.879 1.850
Soma 11.760 13.442 13.149 12.831 12.411 12.155
Total 123.778 114.894 111.163 107.372 104.254 101.655
Alent
. Lito
ral
Pen
ínsu
la d
e Se
túba
l
Quadro 2.3. – Estimativas da População Residente - 15-24 anos (2004-2001)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 102
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
1995 2000 2001 2002 2003 2004
Península de Setúbal
Alentejo Litoral
Total
Fig. 2.4. – Estimativas da População Residente - 15-24 anos (2004-2001)
2000/1995 2001/2000 2002/2001 2003/2002 2004/2003-9,4% -3,4% -3,5% -2,9% -2,6%14,3% -2,2% -2,4% -3,3% -2,1%-7,2% -3,2% -3,4% -2,9% -2,5%-10,8% -4,0% -4,0% -3,6% -3,2%-7,0% -2,5% -2,7% -2,2% -2,6%-8,5% -2,7% -2,6% -2,3% -2,5%
LisboaAlentejoNacional
Total
Península de SetúbalAlentejo Litoral
Quadro 2.4. – Taxas de crescimento da população residente - 15-24 anos (2004-2001)
-4%
-3%
-2%
2001/2000 2002/2001 2003/2002 2004/2003
Península de Setúbal
Alentejo Litoral
Lisboa
NacionalAlentejo
Fig. 2.5.– Taxas de crescimento da população residente - 15-24 anos (2004-2001)
População residente na faixa etária dos 0 aos 14 anos.
Municípios 1995 2000 2001 2002 2003 2004
Alcochete 1.630 1.968 2.037 2.142 2.243 2.386Almada 24.489 23.083 23.501 23.991 24.395 24.739Barreiro 11.482 10.130 10.089 10.205 10.329 10.433Moita 12.398 11.286 11.241 11.398 11.482 11.543Montijo 5.919 5.923 5.998 6.123 6.202 6.356Palmela 7.952 8.440 8.601 8.910 9.156 9.345Seixal 23.970 25.189 25.832 26.462 26.987 27.499Sesimbra 4.953 5.871 6.129 6.506 6.892 7.293Setúbal 18.042 17.639 17.843 18.209 18.526 18.841
Soma 110.835 109.529 111.271 113.946 116.212 118.435
Alcácer do Sal 1.711 2.179 1.814 1.783 1.758 1.718Grândola 1.814 2.060 1.817 1.809 1.808 1.816Odemira 3.168 3.626 3.289 3.241 3.190 3.163Santiago do Cacém 3.525 4.664 3.865 3.738 3.656 3.571Sines 2.026 2.221 2.073 2.051 2.030 2.019
Soma 12.244 14.750 12.858 12.622 12.442 12.287
Total 123.079 124.279 124.129 126.568 128.654 130.722
Alent
. Lito
ral
Pen
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l
Quadro 2.5. – Estimativas da População Residente – 0-15 nos (2004-2001)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 103
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
1995 2000 2001 2002 2003 2004
Península de Setúbal
Alentejo Litoral
Total
Fig. 2.6.– Estimativas da População Residente – 0-15 anos (2004-2001)
2000/1995 2001/2000 2002/2001 2003/2002 2004/2003
-1,2% 1,6% 2,4% 2,0% 1,9%20,5% -12,8% -1,8% -1,4% -1,2%1,0% -0,1% 2,0% 1,6% 1,6%-3,1% 1,6% 2,1% 1,9% 1,4%-9,4% -0,9% -0,3% -0,4% -0,1%-6,2% 0,0% 0,4% 0,2% 0,0%
LisboaAlentejoNacional
Total
Península de SetúbalAlentejo Litoral
Quadro 2.6. – Taxas de crescimento da população residente 0-14 anos (2004-2001)
-2%
-1%
0%
1%
2%
3%
2001/2000 2002/2001 2003/2002 2004/2003
Península de Setúbal
Lisboa
Nacional
Alentejo
Fig. 2.7. – Taxas de crescimento da população residente 0-15 anos (2004-2001)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 104
Taxas de Natalidade (permilagem)
Municípios 1995 2000 2001 2002 2003 2004
Alcochete 9,10 12,40 11,50 13,20 13,20 14,80Almada 10,40 12,60 11,90 12,20 11,90 11,30Barreiro 8,60 10,30 9,30 10,60 10,10 10,10Moita 11,50 12,90 11,50 12,30 11,90 11,80Montijo 10,80 12,20 11,20 12,20 11,40 12,80Palmela 10,20 13,00 11,40 12,50 12,00 11,20Seixal 11,90 13,90 12,90 12,30 11,90 11,50Sesimbra 9,10 13,30 12,50 12,90 13,30 13,00Setúbal 9,80 12,40 12,00 12,10 12,20 11,70
Alcácer do Sal 8,70 8,40 7,30 7,70 8,30 9,50Grândola 8,10 8,60 8,60 9,00 10,00 8,90Odemira 7,50 8,00 8,20 7,40 7,60 8,40Santiago do Cacém 6,90 7,70 6,90 7,80 7,70 8,00Sines 8,50 9,30 10,40 9,80 10,70 10,60
Pen
ínsu
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e Se
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lAlent
. Lito
ral
Quadro 2.7. – Taxas de Natalidade na Península de Setúbal e Alentejo Litoral (1995-2004)
1995 2000 2001 2002 2003 2004
Península de Setúbal 10,40 12,70 11,80 12,10 11,80 11,60Alentejo Litoral 7,70 8,20 8 8,10 8,50 8,80Lisboa 10,40 12,50 11,80 12 11,90 11,50Alentejo 8,30 9,60 8,90 9,10 9 9,20Nacional 10,50 11,60 10,80 10,90 10,70 10,30
Quadro 2.8. – Taxas de Natalidade (1995-2004)
6
8
10
12
14
1995 2000 2001 2002 2003 2004
Península de Setúbal
Alentejo Litoral
Lisboa
NacionalAlentejo
Fig. 2.8.– Taxas de Natalidade - permilagem (1995-2004)
Escolaridade
3º Ciclo Ens. Sup.Península de Setúbal 40,80 6,90Alentejo Litoral 25,50 3,50Lisboa 44,60 10,50Alentejo 26,90 4,50Nacional 32,30 6,60
Quadro 2.9. – Proporções nas habilitações da população residente % (2001)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 105
0
10
20
30
40
50
3º Ciclo Ens. Sup.
Península de Setúbal Alentejo Litoral Lisboa Alentejo Nacional
Fig. 2.9.– Proporções nas habilitações da população residente % (2001)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 106
APÊNDICE 3
REDE DE ENSINO SUPERIOR E OFERTA FORMATIVA
Distritos das entidades ministrantes
estabelecimentos públicos
IP (8)
IP + Universidade (6)
Universidade (4)
Distritos das entidades ministrantes
estabelecimentos privados
IP (4)
IP + Universidade (3)
Figura 3.1. - Distribuição dos estabelecimentos de ensino superior (público e privado) ministrando cursos na área das tecnologias Fonte: IPL, 2000
Distritos das entidades ministrantes
estabelecimentos públicos
IP (13)
IP + Universidade (4)
Distritos das entidades ministrantes
estabelecimentos privados
IP (5)
IP + Universidade (2)
Figura 3.2. - Distribuição dos estabelecimentos de ensino superior (público e privado) ministrando cursos na área da Saúde
Fonte: IPL, 2000
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 107
Distritos das entidades ministrantes
estabelecimentos públicos
IP (9)
IP + Universidade (3)
Universidade (6)
Distritos das entidades ministrantes
estabelecimentos privados
IP (8)
IP + Universidade (4)
Universidade (2)
Figura 3.3. - Distribuição dos estabelecimentos de ensino superior (público e privado) ministrando cursos na área das Ciências Sociais e Serviços
Fonte: IPL, 2000
Distritos das entidades ministrantes
estabelecimentos públicos
IP (9)
IP + Universidade (5)
Universidade (4)
Distritos das entidades ministrantes
estabelecimentos privados
IP (8)
IP + Universidade (6)
Universidade (1)
Figura 3.4. - Distribuição dos estabelecimentos de ensino superior (público e privado) ministrando cursos na
área da Economia, Gestão, Administração e Contabilidade Fonte: IPL, 2000
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 108
Distritos das entidades ministrantes
estabelecimentos públicos
IP (9)
IP + Universidade (4)
Universidade (5)
Distritos das entidades ministrantes
estabelecimentos privados
IP (5)
IP + Universidade (2)
Figura 3.5. - Distribuição dos estabelecimentos de ensino superior (público e privado) ministrando cursos na
área das Ciências da Educação e Formação de Professores Fonte: IPL, 2000
Distritos das entidades ministrantes
públicas
IP (6)
IP+Universidade (1)
Universidade (6)
Distritos das entidades ministrantes
estabelecimentos públicos
IP (7)
Universidade (7)
Figura 3.5. - Distribuição dos estabelecimentos de ensino superior (público e privado) ministrando cursos na área das Ciências das Humanidades, Secretariado e Tradução
Fonte: IPL, 2000
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 109
INSTITUIÇÕES DO ENSINO SUPERIOR NOS DISTRITOS DE SETÚBAL, LISBOA,
SANTARÉM, ÉVORA E BEJA.
Distrito Tipo Instituições Escolas/Faculdades Escola Sup. Tecnologia Setúbal Escola Sup. de Educação Esc. Superior Ciências Empresariais Escola Sup. Tecnologia Barreiro
Politécnico Público IPS
Escola Superior de Saúde Instituto Piaget Esc. Sup. Educ. Jean Piaget de Almada
Politécnico Privado Escola Superior de Saúde Egas Moniz
Universitário Público Universidade Nova Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade Moderna (Setúbal) Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz Instit. Sup. Estudos Interculturais e Transdisciplinares - Almada
Setúbal
Universitário Privado
Inst. Sup. Estudos Interculturais e Transdisciplinares - St. André
Quadro 3.1 – Instituições do ensino superior no Distrito de Setúbal Fonte: DGES
Distrito Tipo Instituições Escolas/Faculdades Escola Superior Agrária Escola Superior de Educação Escola Superior de Enfermagem
Inst. Polit. Santarém
Escola Superior de Gestão Escola Superior de Gestão Escola Sup. de Tecnologia (Abrantes)
Politécnico Público
Inst. Polit. Tomar Escola Sup. de Tecnologia (Tomar)
Universitário Privado Instituto Superior de Línguas e Administração de Santarém
Santarém
Politécnico Privado Escola Superior de Educação de Torres Novas
Quadro 3.2 – Instituições do ensino superior no Distrito de Santarém Fonte: DGES
Distrito Tipo Instituições Escolas/Faculdades Universitário Público
Évora Politécnico Público
Univ. de Évora Escola Sup. Enferm. S. João Deus
Quadro 3.3 – Instituições do ensino superior no Distrito de Évora
Fonte: DGES
Distrito Tipo Instituições Escolas/Faculdades Escola Superior Agrária Escola Superior de Educação Escola Escola Superior de Saúde
Politécnico Público Inst. Polit. Beja
Escola Superior Tecn. e Gestão Univ. Moderna (Beja)
Beja
Universitário Privado Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa (Beja)
Quadro 3.4 – Instituições do ensino superior no Distrito de Beja
Fonte: DGES
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 110
Distrito Tipo Instituições Escolas/Faculdades Escola Sup. Comunicação Social Escola Superior de Dança Escola Superior de Educação Escola Superior de Música Escola Sup. de Teatro e Cinema Escola Sup. Tecnologia da Saúde Inst. Sup. Cont. e Administração
Instituto Politécnico de Lisboa
Instituto Superior de Engenharia Escola Superior de Enfermagem de Artur Ravara Esc. Sup. de Enfermagem de Calouste Gulbenkian de Lisboa Escola Superior de Enfermagem de Francisco Gentil Escola Superior de Enfermagem de Maria Fernanda Resende Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril
Politécnico Público
Escola Náutica Infante D. Henrique Academia Nacional Superior de Orquestra Escola Superior de Artes Decorativas Escola Superior de Educação de Almeida Garrett Escola Superior de Educação de João de Deus Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich Escola Superior de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias Escola Superior de Enfermagem de S. Vicente de Paulo Escola Superior de Saúde do Alcoitão Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa Instituto de Estudos Superiores de Contabilidade Inst. Português de Administração de Marketing de Lisboa Instituto Superior Autónomo de Estudos Politécnicos Instituto Superior de Ciências Educativas Instituto Superior de Educação e Ciências Instituto Superior de Gestão Bancária Instituto Superior de Humanidades e Tecnologias de Lisboa Instituto Superior Politécnico Internacional Instituto Superior Politécnico do Oeste Instituto Superior de Tecnologias Avançadas de Lisboa
Politécnico Privado
Univ. Atlântica Escola Superior de Saúde Atlântica Faculdade de Belas-Artes Faculdade de Ciências Faculdade de Direito Faculdade de Farmácia Faculdade de Letras Faculdade de Medicina Faculdade de Medicina Dentária
Univ. Lisboa
Faculdade de Psic. e Ciênc. Educ. Faculdade de Ciências Médicas Faculdade de Ciênc. Soc. e Hum. Faculdade de Direito Faculdade de Economia
Univ. Nova
Inst. Sup. Estat. e Gest. de Inf. Faculdade de Arquitectura Faculdade de Medicina Veterinária Faculdade de Motricidade Humana Instituto Superior de Agronomia Instituto Sup. Ciênc. Soc. e Pol. Instituto Sup. Economia e Gestão
Univ. Técnica
Instituto Superior Técnico Universidade Aberta
Lisboa
Universitário Público
ISCTE
Formatada: Francês (França)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 111
Distrito Tipo Instituições Escolas/Faculdades Faculdade de Ciências Econ. e Empres.
Faculdade de Ciências Humanas
Faculdade de Direito
Faculdade de Engenharia
Univ. Católica
Faculdade de Teologia
Universidade Moderna (Lisboa) Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões Universidade Lusíada Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Universidade Independente Universidade Internacional Universidade Atlântica Escola Superior de Actividades Imobiliárias Escola Superior de Design Escola Superior de Marketing e Publicidade Instituto Superior de Comunicação Empresarial Instituto Superior de Gestão Instituto Superior de Informática e Gestão Instituto Superior de Línguas e Administração de Lisboa Instituto Superior de Novas Profissões Instituto Superior de Psicologia Aplicada
Lisboa (cont.)
Universitário Privado
Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa
Quadro 3.5 – Instituições do ensino superior no Distrito de Lisboa Fonte: DGES
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 112
CURSOS MINISTRADOS NAS INSTITUIÇÕES DO ENSINO SUPERIOR NOS DISTRITOS DE SETÚBAL, LISBOA, SANTARÉM, ÉVORA E BEJA (2006).
DISTRITO DE SETÚBAL
Vagas 2006
0903 Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências e Tecnologia 9348 Biologia Celular e Molecular [Licenciatura] 50
9015 Bioquímica [Licenciatura] 65
9349 Ciência de Engenharia de Materiais [Licenciatura] 25
9454 Conservação [Licenciatura] 25
9508 Engenharia do Ambiente [Mestr. Int.] 85
9359 Engenharia Biomédica [Mestr. Int.] 65
0233 Engenharia Civil [Licenciatura] 130
9367 Engenharia Electrotécnica e de Computadores [Mestr. Int.] 135
9368 Engenharia Física [Mestr. Int.] 25
9116 Engenharia Geológica [Licenciatura] 25
0290 Engenharia e Gestão Industrial [Licenciatura] 60
9119 Engenharia Informática [Licenciatura] 175
0304 Engenharia Mecânica [Licenciatura] 55
9370 Engenharia Química e Bioquímica [Mestr. Int.] 60
9209 Matemática [Licenciatura] 35
9224 Química Aplicada [Licenciatura] 55
Vagas 2006
4260 Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz 0082 Ciências Farmacêuticas [Licenciatura] 70
0097 Ciências da Nutrição [Licenciatura] 50
1226 Engenharia Alimentar e Gestão de Sistemas [Licenciatura] 50
0583 Medicina Dentária [Licenciatura] 80
1660 Psicologia Criminal [Licenciatura] 40
Vagas 2006
4106 Escola Superior de Saúde Egas Moniz 1023 Análises Clínicas e de Saúde Pública [Bac+Lic] 50
1026 Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica [Bac+Lic] 50
1030 Audiologia [Bac+Lic] 40
1041 Cardiopneumologia [Bac+Lic] 50
1169 Enfermagem [Licenciatura] 50
1364 Fisioterapia [Bac+Lic] 50
1691 Ortóptica [Bac+Lic] 50
1697 Prótese Dentária [Bac+Lic] 40
1699 Radiologia [Bac+Lic] 50
1774 Terapia da Fala [Bac+Lic] 50
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 113
Vagas 2006
4031 DINENSINO-Ensino, Desenvolvimento e Cooperação, CRL (Setúbal) 9257 Arquitectura [Mestr. Int.] 50
0153 Direito [Licenciatura] 50
0501 Investigação Social Aplicada [Licenciatura] 30
0605 Organização e Gestão de Empresas [Licenciatura] 40
Vagas 2006
4306 Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares - Almada
1221 Biotecnologia [Licenciatura] 40
R 0076 Ciências da Comunicação [Licenciatura] 40
0713 Ciências Químicas e do Ambiente [Licenciatura] 15
0718 Economia e Gestão [Licenciatura] 40
0209 Engenharia Alimentar [Licenciatura] 20
N 0491 Informática de Gestão [Licenciatura] 20
1605 Motricidade Humana [Licenciatura] 100
0869 Música [Licenciatura] 50
0695 Psicologia [Licenciatura] 100
0759 Sociologia [Licenciatura] 30
4309 Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares - Santo André
N 1237 Ambiente, Segurança e Higiene do Trabalho [Licenciatura] 40
1493 Gestão de Hotelaria e Turismo [Licenciatura] 50
1605 Motricidade Humana [Licenciatura] 40
Vagas 2006
4077 Escola Superior de Educação Jean Piaget de Almada 1045 Animação Sociocultural [Bac+Lic] 50
0625 Educação de Infância [Licenciatura] 140
1174 Educação Sócio-Profissional [Bac+Lic] 50
0707 Ensino Básico - 1.º Ciclo [Licenciatura] 75
R 1667 Nutrição Humana, Social e Escolar [Bac+Lic] 50
1643 Professores do Ensino Básico - 2.º C., v. Matemática e Ciências da Natureza
[Licenciatura] 20
1642 Professores do Ensino Básico - 2.º Ciclo, v. Educação Visual e
Tecnológica [Licenciatura] 20
1633 Professores do Ensino Básico - 2.º Ciclo, variante de Educação Física
[Licenciatura] 20
1634 Professores do Ensino Básico - 2.º Ciclo, variante de Educação Musical
[Licenciatura] 20
1635 Professores do Ensino Básico - 2.º Ciclo, variante de
Português-Francês [Licenciatura] 15
1637 Professores do Ensino Básico - 2.º Ciclo, variante de Português-Inglês
[Licenciatura] 20
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 114
DISTRITO DE LISBOA Vagas 2006
6800 Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa 9448 Antropologia [Licenciatura] 67
0022 Arquitectura [Licenciatura] 35
9081 Economia [Licenciatura] 76
9119 Engenharia Informática [Licenciatura] 36
9098 Engenharia de Telecomunicações e Informática [Licenciatura] 54
9140 Finanças [Licenciatura] 35
9147 Gestão [Licenciatura] 180
9167 Gestão e Engenharia Industrial [Licenciatura] 35
9157 Gestão de Recursos Humanos [Licenciatura] 35
9181 História [Licenciatura] 35
9189 Informática e Gestão de Empresas [Licenciatura] 36
9205 Marketing [Licenciatura] 35
9219 Psicologia [Licenciatura] 62
9240 Sociologia [Licenciatura] 108
9241 Sociologia e Planeamento [Licenciatura] 62
Vagas 2006
5302 Universidade de Lisboa - Faculdade de Belas-Artes 1079 Belas Artes - Arte e Multimédia [Licenciatura] 44
1080 Belas Artes - Design de Comunicação [Licenciatura] 44
1081 Belas Artes - Design de Equipamento [Licenciatura] 44
1083 Belas Artes - Escultura [Licenciatura] 44
1086 Belas Artes - Pintura [Licenciatura] 44
0701 Universidade de Lisboa - Faculdade de Ciências 9011 Biologia [Licenciatura] 180
9015 Bioquímica [Licenciatura] 65
1196 Energia e Ambiente [Licenciatura] 55
0264 Engenharia Física [Licenciatura] 20
9115 Engenharia Geográfica [Licenciatura] 40
9119 Engenharia Informática [Licenciatura] 90
N 9381 Estatística Aplicada [Licenciatura] 40
0374 Física [Licenciatura] 45
9146 Geologia [Licenciatura] 100
9209 Matemática [Licenciatura] 50
N 9385 Matemática Aplicada [Licenciatura] 40
1683 Meteorologia, Oceanografia e Geofísica [Licenciatura] 40
9486 Química + Química Tecnológica [Licenciatura] 85
N 9250 Tecnologias de Informação e Comunicação [Licenciatura] 40
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 115
Vagas 2006
0702 Universidade de Lisboa - Faculdade de Direito 0153 Direito [Licenciatura] 550
0703 Universidade de Lisboa - Faculdade de Farmácia 9494 Ciências Farmacêuticas [Mestr. Int.] 209
0704 Universidade de Lisboa - Faculdade de Letras 9006 Arqueologia [Licenciatura] 40
9025 Ciências da Cultura [Licenciatura] 40
9040 Ciências da Linguagem [Licenciatura] 50
9131 Estudos Africanos [Licenciatura] 20
9132 Estudos Artísticos [Licenciatura] 40
9133 Estudos Clássicos [Licenciatura] 20
9135 Estudos Europeus [Licenciatura] 50
9138 Estudos Portugueses e Lusófonos [Licenciatura] 65
9139 Filosofia [Licenciatura] 70
9143 Geografia [Licenciatura] 140
9181 História [Licenciatura] 61
9182 História da Arte [Licenciatura] 40
9202 Línguas, Literaturas e Culturas, var. em Estudos Portugueses
e Românicos [Licenciatura] 100
9198 Línguas, Literaturas e Culturas, variante em Artes e Culturas
Comparadas [Licenciatura] 30
9199 Línguas, Literaturas e Culturas, variante em Estudos
Anglísticos [Licenciatura] 60
9200 Línguas, Literaturas e Culturas, variante em Estudos
Germânicos [Licenciatura] 40
9201 Línguas, Literaturas e Culturas, variante em Estudos Norte-
Americanos [Licenciatura] 30
9203 Línguas, Literaturas e Culturas, variante em Línguas Modernas [Licenciatura] 110
9252 Tradução [Licenciatura] 45
0705 Universidade de Lisboa - Faculdade de Medicina 1184 Dietética e Nutrição [Licenciatura] 20
0580 Medicina [Licenciatura] 295
0590 Microbiologia [Licenciatura] 40
6600 Universidade de Lisboa - Faculdade de Medicina Dentária 1573 Higiene Oral [Bacharelato] 36
0583 Medicina Dentária [Licenciatura] 60
0668 Prótese Dentária [Bacharelato] 33
0706 Universidade de Lisboa - Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
9026 Ciências da Educação [Licenciatura] 90
0695 Psicologia [Licenciatura] 140
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Vagas 2006
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 116
0901 Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Médicas 0580 Medicina [Licenciatura] 200
0902 Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
9448 Antropologia [Licenciatura] 65
N 9006 Arqueologia [Licenciatura] 30
9020 Ciência Política e Relações Internacionais [Licenciatura] 70
9023 Ciências da Comunicação [Licenciatura] 85
9046 Ciências Musicais [Licenciatura] 20
9138 Estudos Portugueses e Lusófonos [Licenciatura] 60
9139 Filosofia [Licenciatura] 20
9145 Geografia e Planeamento Regional [Licenciatura] 65
9181 História [Licenciatura] 45
9182 História da Arte [Licenciatura] 50
9204 Línguas, Literaturas e Culturas [Licenciatura] 75
9240 Sociologia [Licenciatura] 55
N 9252 Tradução [Licenciatura] 45
0911 Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Direito 0153 Direito [Licenciatura] 100
0904 Universidade Nova de Lisboa - Faculdade de Economia 9081 Economia [Licenciatura] 180
9147 Gestão [Licenciatura] 180
0906 Universidade Nova de Lisboa - Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação
0355 Estatística e Gestão de Informação (licenciatura terminal) [Licenc. PT] 40
9155 Gestão de informação [Licenciatura] 40
Vagas 2006
0802 Universidade Técnica de Lisboa - Faculdade de Arquitectura 0022 Arquitectura [Licenciatura] 108
0028 Arquitectura de Design [Licenciatura] 30
0021 Arquitectura de Design de Moda [Licenciatura] 30
0027 Arquitectura da Gestão Urbanística [Licenciatura] 30
0023 Arquitectura de Interiores [Licenciatura] 30
0026 Arquitectura do Planeamento Urbano e Territorial [Licenciatura] 30
0801 Universidade Técnica de Lisboa - Faculdade de Medicina Veterinária 0586 Medicina Veterinária [Licenciatura] 90
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 117
Vagas 2006
0806 Universidade Técnica de Lisboa - Faculdade de Motricidade Humana 0086 Ciências do Desporto [Licenciatura] 109
0129 Dança [Licenciatura] 15
0354 Ergonomia [Licenciatura] 20
0575 Gestão do Desporto [Licenciatura] 30
1703 Reabilitação Psicomotora [Licenciatura] 50
0803 Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior de Agronomia 0025 Arquitectura Paisagista [Licenciatura] 35
9011 Biologia [Licenciatura] 30
9027 Ciências de Engenharia - Engenharia Agronómica [Licenciatura] 30
9028 Ciências de Engenharia - Engenharia Alimentar [Licenciatura] 40
9031 Ciências de Engenharia - Engenharia do Ambiente [Licenciatura] 35
9035 Ciências de Engenharia - Engenharia Florestal [Licenciatura] 30
9038 Ciências de Engenharia - Engenharia Zootécnica [Licenciatura] 40
0804 Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas
0016 Antropologia [Licenciatura] 49
0093 Ciência Política [Licenciatura] 40
0112 Comunicação Social [Licenciatura] 62
0423 Gestão e Administração Pública [Licenciatura] 88
0626 Política Social [Licenciatura] 58
0732 Relações Internacionais [Licenciatura] 67
0762 Sociologia do Trabalho [Licenciatura] 67
0805 Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior de Economia e Gestão
9081 Economia [Licenciatura] 170
9140 Finanças [Licenciatura] 35
9147 Gestão [Licenciatura] 205
9210 Matemática Aplicada à Economia e à Gestão [Licenciatura] 35
0808 Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior Técnico (instalações no Tagus Park)
9034 Ciências de Engenharia - Engenharia Electrónica [Licenciatura] 40
9352 Ciências de Engenharia - Engenharia e Gestão Industrial [Licenciatura] 50
9037 Ciências de Engenharia - Engenharia Informática e de
Computadores [Licenciatura] 100
9030 Ciências de Engenharia - Engenharia de Redes de
Comunicações [Licenciatura] 80
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 118
Vagas 2006
0807 Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior Técnico 9257 Arquitectura [Mestr. Int.] 50
9031 Ciências de Engenharia - Engenharia do Ambiente [Licenciatura] 35
9033 Ciências de Engenharia - Engenharia e Arquitectura Naval [Licenciatura] 15
9036 Ciências de Engenharia - Engenharia Geológica e de Minas [Licenciatura] 10
9037 Ciências de Engenharia - Engenharia Informática e de
Computadores [Licenciatura] 170
9029 Ciências de Engenharia - Engenharia de Materiais [Licenciatura] 20
9032 Ciências de Engenharia - Engenharia do Território [Licenciatura] 20
9357 Engenharia Aeroespacial [Mestr. Int.] 60
9358 Engenharia Biológica [Mestr. Int.] 60
9359 Engenharia Biomédica [Mestr. Int.] 35
9360 Engenharia Civil [Mestr. Int.] 175
9367 Engenharia Electrotécnica e de Computadores [Mestr. Int.] 210
9458 Engenharia Física Tecnológica [Mestr. Int.] 50
9369 Engenharia Mecânica [Mestr. Int.] 150
9461 Engenharia Química [Mestr. Int.] 70
9345 Matemática Aplicada e Computação [Licenciatura] 35
9223 Química [Licenciatura] 10
Vagas 2006
7050 Escola Superior de Enfermagem de Artur Ravara 1169 Enfermagem [Licenciatura] 78
Vagas 2006
7053 Escola Superior de Enfermagem de Calouste Gulbenkian de Lisboa 1169 Enfermagem [Licenciatura] 110
Vagas 2006
7052 Escola Superior de Enfermagem de Francisco Gentil 1169 Enfermagem [Licenciatura] 60
Vagas 2006
7051 Escola Superior de Enfermagem de Maria Fernanda Resende 1169 Enfermagem [Licenciatura] 70
Vagas 2006
7110 Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril 9076 Direcção e Gestão Hoteleira [Licenciatura] 50
9163 Gestão do Lazer e Animação Turística [Licenciatura] 30
9177 Gestão Turística [Licenciatura] 50
9183 Informação Turística [Licenciatura] 30
9217 Produção Alimentar em Restauração [Licenciatura] 30
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 119
Vagas 2006
3113 Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa
9010 Audiovisual e Multimédia [Licenciatura] 55
9191 Jornalismo [Licenciatura] 50
9222 Publicidade e Marketing [Licenciatura] 58
9231 Relações Públicas e Comunicação Empresarial [Licenciatura] 58
3111 Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Dança de Lisboa 9068 Dança [Licenciatura] 45
3112 Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Educação de Lisboa
N 9005 Animação Sociocultural [Licenciatura] 36
0625 Educação de Infância [Licenciatura] 98
0707 Ensino Básico - 1.º Ciclo [Licenciatura] 56
1649 Professores do Ensino Básico, variante de Educação Musical [Licenciatura] 12
3114 Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Música de Lisboa 1625 Música, variante de Canto [Bac+Lic] 3
1626 Música, variante de Canto Gregoriano [Bac+Lic] 1
1627 Música, variante de Composição [Bac+Lic] 8
1628 Música, variante de Direcção Coral [Bac+Lic] 4
1629 Música, variante de Formação Musical [Bac+Lic] 10
1964 Música, variante de Instrumento, opção de Clarinete [Bac+Lic] 6
1965 Música, variante de Instrumento, opção de Contrabaixo [Bac+Lic] 1
1966 Música, variante de Instrumento, opção de Cravo [Bac+Lic] 2
1967 Música, variante de Instrumento, opção de Fagote [Bac+Lic] 2
1968 Música, variante de Instrumento, opção de Flauta [Bac+Lic] 4
1969 Música, variante de Instrumento, opção de Flauta de Bisel [Bac+Lic] 2
1971 Música, variante de Instrumento, opção de Guitarra [Bac+Lic] 4
1972 Música, variante de Instrumento, opção de Oboé [Bac+Lic] 3
1973 Música, variante de Instrumento, opção de Órgão [Bac+Lic] 2
1974 Música, variante de Instrumento, opção de Percussão [Bac+Lic] 1
1975 Música, variante de Instrumento, opção de Piano [Bac+Lic] 5
1976 Música, variante de Instrumento, opção de Saxofone [Bac+Lic] 2
1981 Música, variante de Instrumento, opção de Trombone [Bac+Lic] 2
1982 Música, variante de Instrumento, opção de Trompa [Bac+Lic] 2
1983 Música, variante de Instrumento, opção de Trompete [Bac+Lic] 3
1984 Música, variante de Instrumento, opção de Violeta [Bac+Lic] 1
1986 Música, variante de Instrumento, opção de Violino [Bac+Lic] 4
1987 Música, variante de Instrumento, opção de Violoncelo [Bac+Lic] 3
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 120
Vagas 2006
3116 Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa
1069 Cinema [Bac+Lic] 25
9243 Teatro [Licenciatura] 64
7220 Instituto Politécnico de Lisboa - Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa
1023 Análises Clínicas e de Saúde Pública [Bac+Lic] 35
1026 Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica [Bac+Lic] 35
1041 Cardiopneumologia [Bac+Lic] 35
1078 Dietética [Bac+Lic] 35
1359 Farmácia [Bac+Lic] 35
1364 Fisioterapia [Bac+Lic] 35
1604 Medicina Nuclear [Bac+Lic] 35
1670 Ortoprotesia [Bac+Lic] 35
1691 Ortóptica [Bac+Lic] 35
1699 Radiologia [Bac+Lic] 35
1701 Radioterapia [Bac+Lic] 35
1728 Saúde Ambiental [Bac+Lic] 35
3117 Instituto Politécnico de Lisboa - Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa
9058 Contabilidade e Administração [Licenciatura] 178
N 9476 Finanças Empresariais [Licenciatura] 30
N 9147 Gestão [Licenciatura] 125
3118 Instituto Politécnico de Lisboa - Instituto Superior de Engenharia de Lisboa
9089 Engenharia Civil [Licenciatura] 135
9108 Engenharia Electrónica e Telecomunicações e de
Computadores [Licenciatura] 98
9109 Engenharia Electrotécnica [Licenciatura] 116
9121 Engenharia Informática e de Computadores [Licenciatura] 108
9123 Engenharia Mecânica [Licenciatura] 135
9126 Engenharia Química e Biológica [Licenciatura] 88
N 9475 Engenharia de Redes de Comunicação e Multimédia [Licenciatura] 40
Vagas 2006
7105 Escola Náutica Infante D. Henrique N 9465 Administração e Gestão de Negócios Portuários [Licenciatura] 20
1294 Engenharia de Máquinas Marítimas [Bac+Lic] 25
9538 Gestão de Transportes, ramo Marítimo e Portuário [Licenciatura] 20
9539 Gestão de Transportes, ramo Rodoviário de Mercadorias [Licenciatura] 15
1632 Pilotagem [Bac+Lic] 25
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 121
Vagas 2006
4020 Escola Superior de Actividades Imobiliárias 9174 Gestão Imobiliária [Licenciatura] 72
Vagas 2006
4111 Escola Superior de Design 9067 Cultura Visual [Licenciatura] 60
9069 Design [Licenciatura] 300
Vagas 2006
4112 Escola Superior de Marketing e Publicidade 9206 Marketing e Publicidade [Licenciatura] 200
Vagas 2006
4295 Instituto Superior de Comunicação Empresarial 9053 Comunicação Empresarial [Licenciatura] 90
9156 Gestão de Marketing [Licenciatura] 40
Vagas 2006
4300 Instituto Superior de Gestão 9147 Gestão [Licenciatura] 120
9155 Gestão de informação [Licenciatura] 50
9205 Marketing [Licenciatura] 80
Vagas 2006
4050 Instituto Superior de Informática e Gestão 0293 Engenharia de Informática [Licenciatura] 30
Vagas 2006
4350 Instituto Superior de Línguas e Administração de Lisboa 9152 Gestão de Empresas [Licenciatura] 45
9158 Gestão de Recursos Humanos e Organização Estratégica [Licenciatura] 80
9186 Informática de Gestão [Licenciatura] 50
9208 Marketing, Publicidade e Relações Públicas [Licenciatura] 40
9235 Secretariado e Comunicação Empresarial [Licenciatura] 35
9254 Turismo [Licenciatura] 80
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 122
Vagas 2006
4150 Instituto Superior de Novas Profissões 9232 Relações Públicas e Publicidade [Licenciatura] 45
9233 Secretariado (Assessoria de Direcção e Administração) [Licenciatura] 195
9254 Turismo [Licenciatura] 100
Vagas 2006
4450 Instituto Superior de Psicologia Aplicada 9219 Psicologia [Licenciatura] 450
1702 Reabilitação e Inserção Social [Bac+Lic] 60
Vagas 2006
4510 Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa 1185 Economia e Gestão Social [Licenciatura] 50
9238 Serviço Social [Licenciatura] 150
Vagas 2006
2700 Universidade Atlântica N 9020 Ciência Política e Relações Internacionais [Licenciatura] 40
0097 Ciências da Nutrição [Licenciatura] 30
9161 Gestão do Ambiente e do Território [Licenciatura] 30
9170 Gestão em Saúde [Licenciatura] 30
9171 Gestão Empresarial [Licenciatura] 30
9159 Gestão de Sistemas e Computação [Licenciatura] 30
Vagas 2006
2100 Universidade Autónoma de Lisboa Luís de Camões 9257 Arquitectura [Mestr. Int.] 100
1093 Ciência da Informação [Licenciatura] 40
9023 Ciências da Comunicação [Licenciatura] 200
9078 Direito [Licenciatura] 200
9081 Economia [Licenciatura] 50
9119 Engenharia Informática [Licenciatura] 100
1391 Geografia e Gestão do Território [Licenciatura] 50
9147 Gestão [Licenciatura] 160
9181 História [Licenciatura] 40
9185 Informática [Licenciatura] 65
9186 Informática de Gestão [Licenciatura] 100
0538 Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses e Ingleses
[Licenciatura] 25
9219 Psicologia [Licenciatura] 50
9229 Relações Internacionais [Licenciatura] 75
0759 Sociologia [Licenciatura] 45
9253 Tradução e Interpretação [Licenciatura] 50
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 123
Vagas 2006 2600 Universidade Independente
9257 Arquitectura [Mestr. Int.] 20
9016 Biotecnologia [Licenciatura] 30
9023 Ciências da Comunicação [Licenciatura] 135
9078 Direito [Licenciatura] 75
9081 Economia [Licenciatura] 30
9099 Engenharia do Ambiente [Licenciatura] 30
9089 Engenharia Civil [Licenciatura] 50
9107 Engenharia Electrónica e Telecomunicações [Licenciatura] 40
9118 Engenharia Industrial [Licenciatura] 30
9119 Engenharia Informática [Licenciatura] 135
9166 Gestão e Administração Regional e Autárquica [Licenciatura] 50
9152 Gestão de Empresas [Licenciatura] 75
9219 Psicologia [Licenciatura] 100
9229 Relações Internacionais [Licenciatura] 60
Vagas 2006
2300 Universidade Internacional 9078 Direito [Licenciatura] 70
9147 Gestão [Licenciatura] 30
Vagas 2006
2400 Universidade Lusíada 9257 Arquitectura [Mestr. Int.] 400
9019 Ciência Política [Licenciatura] 40
9042 Ciências do Património [Licenciatura] 40
9047 Ciências Psicológicas [Licenciatura] 150
9052 Comunicação e Multimédia [Licenciatura] 60
9056 Contabilidade [Licenciatura] 80
9069 Design [Licenciatura] 80
9078 Direito [Licenciatura] 250
9081 Economia [Licenciatura] 75
9112 Engenharia Electrotécnica e de Computadores [Licenciatura] 60
9135 Estudos Europeus [Licenciatura] 60
9151 Gestão de Empresa [Licenciatura] 100
9157 Gestão de Recursos Humanos [Licenciatura] 100
9181 História [Licenciatura] 40
9185 Informática [Licenciatura] 80
N 0563 Marketing e Publicidade [Licenciatura] 60
9211 Matemáticas Aplicadas [Licenciatura] 40
9229 Relações Internacionais [Licenciatura] 75
9242 Solicitadoria [Licenciatura] 40
9254 Turismo [Licenciatura] 80
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 124
Vagas 2006
2800 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias 1050 Aptidão Física e Saúde [Licenciatura] 50
9257 Arquitectura [Mestr. Int.] 150
9011 Biologia [Licenciatura] 50
9020 Ciência Política e Relações Internacionais [Licenciatura] 50
9018 Ciência das Religiões [Licenciatura] 40
9024 Ciências da Comunicação e da Cultura [Licenciatura] 220
9026 Ciências da Educação [Licenciatura] 50
9031 Ciências de Engenharia - Engenharia do Ambiente [Licenciatura] 80
9543 Ciências de Engenharia - Engenharia Biotecnológica [Licenciatura] 75
9544 Ciências de Engenharia - Engenharia Civil [Licenciatura] 120
9545 Ciências de Engenharia - Engenharia Electrotécnica [Licenciatura] 65
9352 Ciências de Engenharia - Engenharia e Gestão Industrial [Licenciatura] 40
0082 Ciências Farmacêuticas [Licenciatura] 75
9546 Ciências Naturais - Ciências do Mar [Licenciatura] 50
9049 Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia [Licenciatura] 100
9051 Comunicação Aplicada: Marketing, Publicidade e Relações
Públicas [Licenciatura] 100
9065 Contabilidade, Fiscalidade e Auditoria [Licenciatura] 100
9069 Design [Licenciatura] 50
9078 Direito [Licenciatura] 150
9081 Economia [Licenciatura] 60
0177 Educação Física e Desporto [Licenciatura] 150
0209 Engenharia Alimentar [Licenciatura] 50
9119 Engenharia Informática [Licenciatura] 75
9137 Estudos Lusófonos [Licenciatura] 40
9139 Filosofia [Licenciatura] 40
9144 Geografia e Desenvolvimento [Licenciatura] 60
9152 Gestão de Empresas [Licenciatura] 100
9157 Gestão de Recursos Humanos [Licenciatura] 150
N 1376 Gestão de Unidades de Saúde [Licenciatura] 50
9181 História [Licenciatura] 40
9186 Informática de Gestão [Licenciatura] 150
0538 Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Portugueses e Ingleses
[Licenciatura] 20
0559 Matemática [Licenciatura] 25
0586 Medicina Veterinária [Licenciatura] 75
9219 Psicologia [Licenciatura] 350
0705 Química [Licenciatura] 40
9238 Serviço Social [Licenciatura] 75
9240 Sociologia [Licenciatura] 60
9253 Tradução e Interpretação [Licenciatura] 40
9254 Turismo [Licenciatura] 60
9256 Urbanismo e Ordenamento do Território [Licenciatura] 25
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 125
Vagas 2006
4030 Universidade Moderna (Lisboa) 0022 Arquitectura [Licenciatura] 100
1071 Cinema, Televisão e Cinema Publicitário [Licenciatura] 60
0153 Direito [Licenciatura] 140
9119 Engenharia Informática [Licenciatura] 60
1361 Estudos Europeus e Internacionais [Licenciatura] 20
9147 Gestão [Licenciatura] 100
9186 Informática de Gestão [Licenciatura] 40
9221 Psicopedagogia [Licenciatura] 60
1740 Sociologia Aplicada [Licenciatura] 20
Vagas 2006
4002 Academia Nacional Superior de Orquestra 1065 Canto [Bac+Lic] 1
1166 Direcção de Orquestra [Bac+Lic] 3
1578 Instrumentista de Orquestra [Bac+Lic] 40
1610 Piano para Música de Câmara e Acompanhamento [Bac+Lic] 2
Vagas 2006
4068 Escola Superior de Artes Decorativas 1008 Artes Decorativas [Bac+Lic] 50
Vagas 2006
4074 Escola Superior de Educação de Almeida Garrett 0625 Educação de Infância [Licenciatura] 40
1189 Educação Social [Bac+Lic] 50
0707 Ensino Básico - 1.º Ciclo [Licenciatura] 50
1644 Professores do 2.º C. do Ensino Básico, v. Português, História e C. Sociais
[Licenciatura] 50
1641 Professores do 2.º Ciclo Ens. Básico, var Matemática e Ciências da Natureza
[Licenciatura] 25
Vagas 2006
4080 Escola Superior de Educação de João de Deus 0625 Educação de Infância [Licenciatura] 80
0707 Ensino Básico - 1.º Ciclo [Licenciatura] 80
Vagas 2006
4065 Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich 0625 Educação de Infância [Licenciatura] 120
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 126
Vagas 2006
4096 Escola Superior de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias 1169 Enfermagem [Licenciatura] 35
1897 Enfermagem (entrada no 2.º semestre) [Licenciatura] 35
Vagas 2006
4094 Escola Superior de Enfermagem de S. Vicente de Paulo 1169 Enfermagem [Licenciatura] 36
1897 Enfermagem (entrada no 2.º semestre) [Licenciatura] 36
Vagas 2006
4105 Escola Superior de Saúde do Alcoitão 1364 Fisioterapia [Bac+Lic] 50
1774 Terapia da Fala [Bac+Lic] 30
1780 Terapia Ocupacional [Bac+Lic] 30
Vagas 2006
4091 Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa 1041 Cardiopneumologia [Bac+Lic] 40
1169 Enfermagem [Licenciatura] 40
1364 Fisioterapia [Bac+Lic] 40
1699 Radiologia [Bac+Lic] 40
Vagas 2006
4104 Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches 9497 Análises Clínicas e de Saúde Pública [Licenciatura] 50
1169 Enfermagem [Licenciatura] 50
9549 Farmácia [Licenciatura] 50
9505 Radiologia [Licenciatura] 50
Vagas 2006
4125 Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa 1000 Artes Performativas [Bacharelato] 35
1152 Design [Bac+Lic] 65
0335 Engenharia de Recursos Informáticos [Bacharelato] 25
Vagas 2006
4127 Instituto de Estudos Superiores de Contabilidade 9058 Contabilidade e Administração [Licenciatura] 150
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 127
Vagas 2006
4156 Instituto Português de Administração de Marketing de Lisboa 9156 Gestão de Marketing [Licenciatura] 200
Vagas 2006
4160 Instituto Superior Autónomo de Estudos Politécnicos 9061 Contabilidade e Auditoria [Licenciatura] 80
9089 Engenharia Civil [Licenciatura] 50
9102 Engenharia e Gestão de Projectos e Obras [Licenciatura] 30
9123 Engenharia Mecânica [Licenciatura] 50
9185 Informática [Licenciatura] 60
Vagas 2006
4270 Instituto Superior de Ciências Educativas 9005 Animação Sociocultural [Licenciatura] 25
0625 Educação de Infância [Licenciatura] 50
9084 Educação Social [Licenciatura] 40
0707 Ensino Básico - 1.º Ciclo [Licenciatura] 45
1643 Professores do Ensino Básico - 2.º C., v. Matemática e Ciências da Natureza
[Licenciatura] 20
1642 Professores do Ensino Básico - 2.º Ciclo, v. Educação Visual e
Tecnológica [Licenciatura] 20
1633 Professores do Ensino Básico - 2.º Ciclo, variante de Educação Física
[Licenciatura] 40
1635 Professores do Ensino Básico - 2.º Ciclo, variante de Português-Francês
[Licenciatura] 20
1637 Professores do Ensino Básico - 2.º Ciclo, variante de
Português-Inglês [Licenciatura] 25
9254 Turismo [Licenciatura] 35
Vagas 2006
4298 Instituto Superior de Educação e Ciências 9021 Ciências Aeronáuticas [Licenciatura] 60
9073 Design e Produção Gráfica [Licenciatura] 40
0625 Educação de Infância [Licenciatura] 90
0707 Ensino Básico - 1.º Ciclo [Licenciatura] 50
9550 Segurança e Higiene do Trabalho [Licenciatura] 50
Vagas 2006
4305 Instituto Superior de Gestão Bancária 1513 Gestão Bancária [Bac+Lic] 140
1487 Gestão e Sistemas de Informação [Bac+Lic] 35
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 128
Vagas 2006
4310 Instituto Superior de Humanidades e Tecnologias de Lisboa 9058 Contabilidade e Administração [Licenciatura] 50
0140 Design [Bacharelato] 50
1576 Informação Médica e Farmacêutica [Bacharelato] 50
9242 Solicitadoria [Licenciatura] 50
9254 Turismo [Licenciatura] 45
Vagas 2006
4425 Instituto Superior Politécnico Internacional 1516 Gestão Bancária e Seguradora [Bac+Lic] 39
1569 Gestão Turística e Hoteleira [Bac+Lic] 140
1802 Tecnologia e Gestão de Produtos Alimentares [Bac+Lic] 40
1792 Turismo [Bac+Lic] 50
Vagas 2006
4385 Instituto Superior Politécnico do Oeste 9058 Contabilidade e Administração [Licenciatura] 50
0442 Gestão de Empresas Turísticas e Hoteleiras [Bacharelato] 30
0452 Gestão de Recursos Humanos [Bacharelato] 50
0490 Informática de Gestão [Bacharelato] 50
0760 Sociologia Aplicada [Bacharelato] 30
Vagas 2006
4530 Instituto Superior de Tecnologias Avançadas de Lisboa 9124 Engenharia Multimédia [Licenciatura] 100
9185 Informática [Licenciatura] 85
Vagas 2006
2701 Universidade Atlântica - Escola Superior de Saúde Atlântica 9497 Análises Clínicas e de Saúde Pública [Licenciatura] 40
9500 Enfermagem [Licenciatura] 50
9504 Fisioterapia [Licenciatura] 50
9505 Radiologia [Licenciatura] 40
1774 Terapia da Fala [Bac+Lic] 30
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 129
Vagas 2006
2270 Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais
9059 Administração e Gestão de Empresas [Licenciatura] n.d.
9081 Economia [Licenciatura] n.d.
2220 Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Ciências Humanas 9019 Ciência Política [Licenciatura] n.d.
9453 Comunicação Social e Cultural [Licenciatura] n.d.
9139 Filosofia [Licenciatura] n.d.
9378 Línguas Estrangeiras Aplicadas [Licenciatura] n.d.
9229 Relações Internacionais [Licenciatura] n.d.
9238 Serviço Social [Licenciatura] n.d.
9240 Sociologia [Licenciatura] n.d.
9252 Tradução [Licenciatura] n.d.
2280 Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Direito 9078 Direito [Licenciatura] n.d.
2255 Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Engenharia 9455 Engenharia Biomédica [Licenciatura] n.d.
9089 Engenharia Civil [Licenciatura] n.d.
9118 Engenharia Industrial [Licenciatura] n.d.
9119 Engenharia Informática [Licenciatura] n.d.
2240 Universidade Católica Portuguesa - Faculdade de Teologia 9452 Ciências Religiosas [Licenciatura] n.d.
9553 Teologia [Mestr. Int.] n.d.
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 130
DISTRITO DE SANTARÉM
Vagas 2006 3141 Instituto Politécnico de Santarém - Escola Superior Agrária de Santarém
9350 Ciência e Tecnologia dos Alimentos [Licenciatura] 50
9086 Engenharia Agronómica [Licenciatura] 25
9355 Engenharia da Produção Animal [Licenciatura] 25
N 9482 Nutrição Humana e Qualidade Alimentar [Licenciatura] 35
3145 Instituto Politécnico de Santarém - Escola Superior de Desporto de Rio Maior
1158 Desporto, variante de Condição Física [Bac+Lic] 25
1175 Desporto, variante de Desporto de Natureza e Turismo Activo [Bac+Lic] 25
1181 Desporto, variante de Gestão das Organizações Desportivas [Bac+Lic] 27
1165 Desporto, variante de Psicologia do Desporto e Exercício [Bac+Lic] 27
1182 Desporto, variante de Treino Desportivo [Bac+Lic] 50
3142 Instituto Politécnico de Santarém - Escola Superior de Educação de Santarém
9346 Animação Cultural e Educação Comunitária [Licenciatura] 30
9347 Artes Plásticas e Multimédia [Licenciatura] 20
9354 Educação e Comunicação Multimédia [Licenciatura] 35
0625 Educação de Infância [Licenciatura] 35
1189 Educação Social [Bac+Lic] 35
0707 Ensino Básico - 1.º Ciclo [Licenciatura] 20
7065 Instituto Politécnico de Santarém - Escola Superior de Enfermagem de Santarém
9500 Enfermagem [Licenciatura] 45
9501 Enfermagem (entrada no 2.º semestre) [Licenciatura] 45
3143 Instituto Politécnico de Santarém - Escola Superior de Gestão de Santarém
9002 Administração Pública [Licenciatura] 35
9498 Contabilidade e Fiscalidade [Licenciatura] 60
9152 Gestão de Empresas [Licenciatura] 75
9185 Informática [Licenciatura] 35
9206 Marketing e Publicidade [Licenciatura] 35
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 131
Vagas 2006
3241 Instituto Politécnico de Tomar - Escola Superior de Gestão de Tomar
1046 Administração Pública [Bac+Lic] 35
1032 Auditoria e Fiscalidade [Bac+Lic] 25
N 9480 Gestão e Administração de Serviços de Saúde [Licenciatura] 30
1515 Gestão de Empresas [Bac+Lic] 40
1546 Gestão de Recursos Humanos e Comportamento
Organizacional [Bac+Lic] 45
1571 Gestão Turística e Cultural [Bac+Lic] 35
3243 Instituto Politécnico de Tomar - Escola Superior de Tecnologia de Abrantes
1113 Comunicação Social [Bac+Lic] 35
1216 Design e Desenvolvimento de Produtos [Bac+Lic] 20
9123 Engenharia Mecânica [Licenciatura] 20
9250 Tecnologias de Informação e Comunicação [Licenciatura] 30
3242 Instituto Politécnico de Tomar - Escola Superior de Tecnologia de Tomar
1040 Artes Plásticas - Pintura [Bac+Lic] 35
1115 Conservação e Restauro [Bac+Lic] 45
R 1239 Design e Tecnologia das Artes Gráficas [Bac+Lic] 45
9100 Engenharia do Ambiente e Biológica [Licenciatura] 35
1245 Engenharia Civil [Bac+Lic] 55
9112 Engenharia Electrotécnica e de Computadores [Licenciatura] 40
9119 Engenharia Informática [Licenciatura] 45
9184 Engenharia Química e Bioquímica [Licenciatura] 38
1489 Fotografia [Bac+Lic] 27
N 9467 Técnicas de Arqueologia [Licenciatura] 35
Vagas 2006
4352 Instituto Superior de Línguas e Administração de Santarém
0785 Comunicação [Licenciatura] 30
0441 Gestão de Empresas [Licenciatura] 36
0455 Gestão de Recursos Humanos [Licenciatura] 30
0491 Informática de Gestão [Licenciatura] 30
N 1738 Segurança e Higiene no Trabalho [Licenciatura] 90
0719 Turismo [Licenciatura] 40
Vagas 2006
4095 Escola Superior de Educação de Torres Novas
0625 Educação de Infância [Licenciatura] 35
N 1191 Educação Social e Desenvolvimento Comunitário [Bac+Lic] 60
0707 Ensino Básico - 1.º Ciclo [Licenciatura] 60
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 132
DISTRITO DE ÉVORA
Vagas 2006 0600 Universidade de Évora
0022 Arquitectura [Licenciatura] 50
0025 Arquitectura Paisagista [Licenciatura] 20
1052 Artes Visuais [Licenciatura] 40
0048 Biologia [Licenciatura] 50
0063 Bioquímica [Licenciatura] 30
0092 Ciências do Ambiente [Licenciatura] 20
1067 Ciências Físicas [Licenciatura] 20
9081 Economia [Licenciatura] 50
0177 Educação Física e Desporto [Licenciatura] 30
0625 Educação de Infância [Licenciatura] 40
0198 Engenharia Agrícola [Licenciatura] 20
0233 Engenharia Civil [Licenciatura] 25
0284 Engenharia Geológica [Licenciatura] 20
0292 Engenharia Informática [Licenciatura] 30
0313 Engenharia Mecatrónica [Licenciatura] 20
0347 Engenharia Zootécnica [Licenciatura] 25
0707 Ensino Básico - 1.º Ciclo [Licenciatura] 20
1358 Estudos Portugueses e Espanhóis [Licenciatura] 20
0868 Estudos Teatrais [Licenciatura] 20
0360 Filosofia [Licenciatura] 20
0389 Geografia [Licenciatura] 25
9147 Gestão [Licenciatura] 40
0453 História [Licenciatura] 20
N 0588 Línguas Estrangeiras Aplicadas [Licenciatura] 20
0571 Matemática e Ciências da Computação [Licenciatura] 20
0586 Medicina Veterinária [Licenciatura] 35
0869 Música [Licenciatura] 25
0695 Psicologia [Licenciatura] 60
0705 Química [Licenciatura] 25
9240 Sociologia [Licenciatura] 40
9254 Turismo [Licenciatura] 40
Vagas 2006
7030 Universidade de Évora - Escola Superior de Enfermagem de São João de Deus
1169 Enfermagem [Licenciatura] 38
1897 Enfermagem (entrada no 2.º semestre) [Licenciatura] 38
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 133
DISTRITO DE BEJA
Vagas 2006
3021 Instituto Politécnico de Beja - Escola Superior Agrária de Beja 1207 Biologia e Recursos Naturais [Bac+Lic] 25
N 9086 Engenharia Agronómica [Licenciatura] 30
9087 Engenharia Alimentar [Licenciatura] 45
9099 Engenharia do Ambiente [Licenciatura] 40
3022 Instituto Politécnico de Beja - Escola Superior de Educação de Beja 1045 Animação Sociocultural [Bac+Lic] 35
1063 Artes Plásticas e Multimédia [Bac+Lic] 30
1161 Desporto, Actividade Física e Lazer [Bac+Lic] 25
1183 Educação e Comunicação Multimédia [Bac+Lic] 30
0625 Educação de Infância [Licenciatura] 25
1733 Serviço Social [Bac+Lic] 55
7005 Instituto Politécnico de Beja - Escola Superior de Saúde de Beja 9500 Enfermagem [Licenciatura] 35
9501 Enfermagem (entrada no 2.º semestre) [Licenciatura] 35
3023 Instituto Politécnico de Beja - Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja
9089 Engenharia Civil [Licenciatura] 30
9119 Engenharia Informática [Licenciatura] 30
9152 Gestão de Empresas [Licenciatura] 50
9186 Informática de Gestão [Licenciatura] 25
1675 Protecção Civil [Bac+Lic] 30
9254 Turismo [Licenciatura] 45
Vagas 2006
4511 Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa (Beja) 9238 Serviço Social [Licenciatura] 75
= Curso organizado de acordo com o Processo de Bolonha N = Curso Novo R = Reformulado
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 134
APÊNDICE 4
PROCURA
Distrito Pol. Univ. Total Pol. Univ. Total Pol. Univ. Total Pol. Univ. Total Pol. Univ. TotalBeja 1.356 214 1.570 1.101 200 1.301 1.131 219 1.350 935 100 1.035 920 98 1.018
Évora 141 1.332 1.473 183 1.497 1.680 142 1.487 1.629 131 1.368 1.499 138 1.586 1.724
Lisboa 9.479 25.081 34.560 9.800 24.294 34.094 9.662 25.661 35.323 9.035 24.047 33.082 8.743 23.390 32.133Santarém 3.000 85 3.085 2.276 92 2.368 2.527 67 2.594 2.568 76 2.644 2.227 41 2.268Setúbal 2.753 1.948 4.701 2.742 1.627 4.369 2.795 1.913 4.708 2.696 1.841 4.537 2.750 1.779 4.529Nacional 47.874 56.397 104.271 47.873 55.912 103.785 47.234 58.389 105.623 45.143 56.048 101.191 43.136 53.718 96.854
2001 2002 2003 2004 2005
Quadro 4.1. – Estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano, por distrito e nacional (2001-2005) Fonte: OCES
30.000
40.000
50.000
60.000
2001 2002 2003 2004 2005
Universitário
Politécnico
Fig. 4.1. – Estudantes inscritos no ensino universitário e politécnico, pela 1.ª vez no 1.º ano, a nível nacional
(2001-2005)
2001 2002 2003 2004 2005Politécnico 45,9% 46,1% 44,7% 44,6% 44,5%
Universitário 54,1% 53,9% 55,3% 55,4% 55,5% Quadro 4.2. – Percentagem de estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano, por tipo de ensino, a nível nacional
(2001-2005)
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
2001 2002 2003 2004 2005
Lisboa
Santarém
Setúbal
BejaÉvora
Fig. 4.2. – Estudantes inscritos nos politécnicos, pela 1.ª vez no 1.º ano, por distrito (2001-2005)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 135
Distrito 02/01 03/02 04/03 05/04Beja -18,8% 2,7% -17,3% -1,6%
Évora 29,8% -22,4% -7,7% 5,3%
Lisboa 3,4% -1,4% -6,5% -3,2%
Santarém -24,1% 11,0% 1,6% -13,3%
Setúbal -0,4% 1,9% -3,5% 2,0%
Nacional 0,0% -1,3% -4,4% -4,4%
Quadro 4.3. – Taxas de crescimento de estudantes inscritos nos politécnicos, pela 1.ª vez no 1.º ano, por distrito (2001-2005)
-7%
3%
'02/01 '03/02 '04/03 '05/04
Lisboa
Setúbal
Nacional
Fig 4.3. – Taxas de crescimento de estudantes inscritos nos politécnicos, pela 1.ª vez no 1.º ano, por distrito (2001-2005)
Distrito 02/01 03/02 04/03 05/04Beja -6,5% 9,5% -54,3% -2,0%
Évora 12,4% 5,3% -8,0% 15,9%
Lisboa -3,1% -3,2% -6,3% -2,7%
Santarém 8,2% -13,3% 13,4% -46,1%
Setúbal -16,5% 2,0% -3,8% -3,4%
Nacional -0,9% -4,4% -4,0% -4,2% Quadro 4.4. – Taxas de crescimento de estudantes inscritos nas universidades, pela 1.ª vez no 1.º ano, por
distrito (2001-2005)
-17%
-12%
-7%
-2%
3%
'02/01 '03/02 '04/03 '05/04
Lisboa
Setúbal
Nacional
Fig. 4.4. – Taxas de crescimento de estudantes inscritos nas universidades, pela 1.ª vez no 1.º ano, por distrito
(2001-2005)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 136
Distrito 2001 2002 2003 2004 2005Beja 86,4% 84,6% 83,8% 90,3% 90,4%Évora 9,6% 10,9% 8,7% 8,7% 8,0%Lisboa 27,4% 28,7% 27,4% 27,3% 27,2%Santarém 97,2% 96,1% 97,4% 97,1% 98,2%Setúbal 58,6% 62,8% 59,4% 59,4% 60,7%Setúbal+Lisboa 31,2% 32,6% 45,2% 31,2% 31,3%Nacional 45,9% 46,1% 44,7% 44,6% 44,5%
Quadro 4.5. – Percentagem de estudantes inscritos, no politécnico, pela 1.ª vez no 1.º ano, por distrito (2001-2005)
20%
30%
40%
50%
60%
70%
2001 2002 2003 2004 2005
Lisboa
Nacional
Setúbal
Setúbal+Lisboa
Fig. 4.5. – Percentagem de estudantes inscritos, no politécnico, pela 1.ª vez no 1.º ano, por distrito (2001-
2005)
Tipo de Ensino Superior 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Ensino Superior Público Universitário 32.788 34.382 34.989 38.199 37.660 40.276 39.506 37.279 39.814Ensino Superior Público Politécnico - Geral 22.229 19.626 22.791 26.386 26.214 25.219 23.111 16.667 15.035
TOTAL POR ANO 55.017 54.008 57.780 64.585 63.874 65.495 62.617 53.946 54.849
Universidades Públicas Lisboa e Vale do Tejo 13.142 13.737 13.768 17.125 16.189 17.824 17.277 17.210 18.218
Instituto Politécnico Lisboa 2.922 1.963 2.165 1.843 2.050 2.034 1.767 1.985 1.540
IPS 1.006 1.082 1.360 1.412 1.468 1.342 1.280 1.218 912
N.º de Inscritos a 31 Dezembro de
Quadro 4.6. - Estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano (1997-2005)
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
35.000
40.000
45.000
50.000
55.000
60.000
65.000
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Universitário Público
Politécnico Público
Total
Fig. 4.6 - Estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano Universitário e Politécnico públicos (1997-2005)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 137
0
5.000
10.000
15.000
20.000
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Universitário PúblicoLisboa e Vale do Tejo
IP Lisboa
IPS
Fig. 4.7 - Estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano Universitário Público Lisboa e Vale do Tejo e
Politécnicos públicos Lisboa e Setúbal (1997-2005)
Tipo de Ensino Superior 98/97 99/98 00/99 01/00 02/01 03/02 04/03 05/04
Ensino Superior Público Universitário 4,9% 1,8% 9,2% -1,4% 6,9% -1,9% -5,6% 6,8%
Ensino Superior Público Politécnico - Geral -11,7% 16,1% 15,8% -0,7% -3,8% -8,4% -27,9% -9,8%
TOTAL POR ANO -6,8% 17,9% 24,9% -2,1% 3,2% -10,3% -33,5% -3,0%
Universidades Públicas Lisboa e Vale do Tejo 4,5% 0,2% 24,4% -5,5% 10,1% -3,1% -0,4% 5,9%
Instituto Politécnico Lisboa -32,8% 10,3% -14,9% 11,2% -0,8% -13,1% 12,3% -22,4%
IPS 7,6% 25,7% 3,8% 4,0% -8,6% -4,6% -4,8% -25,1%
Taxas de crescimento
Quadro 4.7. – Taxas de crescimento de Estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano (1997-2005)
-40%
-30%
-20%
-10%
0%
10%
20%
30%
98/97 99/98 00/99 01/00 '02/01 '03/02 '04/03 '05/04
Total
Universitário
Politécnico
Fig. 4.8 – Taxas de crescimento de Estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano Universitário e Politécnico
públicos (1997-2005)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 138
-40%
-30%
-20%
-10%
0%
10%
20%
30%
98/97 99/98 00/99 01/00 '02/01 '03/02 '04/03 '05/04
Univ. Pub. LisboaIPS
Polit. Lisboa
Fig. 4.9 – Taxas de crescimento de Estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano Universitário Público (Lisboa e Vale do Tejo e Politécnicos públicos Lisboa e Setúbal (1997-2005)
Área Científica de Formação 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Educação 10.545 15.340 15.934 14.489 13.219 10.962
Artes e Humanidades 7.859 7.847 8.477 7.996 8.321 8.174
Ciências Sociais, Comércio e Direito 25.341 25.632 27.210 26.669 28.344 26.644
Ciências, Matemática e Informática 7.144 6.689 7.166 6.602 6.590 6.209
Engenharia, Ind. Transf e Construção 14.589 13.979 15.004 14.169 14.765 14.471
Agricultura 2.043 1.690 1.675 1.338 1.169 937
Saúde e Protecção Social 6.780 8.278 11.937 14.933 15.155 15.312
Serviços 4.107 4.423 5.052 5.268 5.398 5.072
Total Nacional 78.408 83.878 92.455 91.464 92.961 87.781
Quadro 4.8. – Evolução do número de estudantes inscritos pela 1ª vez no Ensino Superior, por áreas de formação, a nível nacional (1998-2003)
Fonte: OCES (2004) “O Sistema do Ensino Superior em Portugal 1993-2003”
Área Científica de Formação 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Educação 13,4% 18,3% 17,2% 15,8% 14,2% 12,5%
Artes e Humanidades 10,0% 9,4% 9,2% 8,7% 9,0% 9,3%
Ciências Sociais, Comércio e Direito 32,3% 30,6% 29,4% 29,2% 30,5% 30,4%
Ciências, Matemática e Informática 9,1% 8,0% 7,8% 7,2% 7,1% 7,1%
Engenharia, Ind. Transf e Construção 18,6% 16,7% 16,2% 15,5% 15,9% 16,5%
Agricultura 2,6% 2,0% 1,8% 1,5% 1,3% 1,1%
Saúde e Protecção Social 8,6% 9,9% 12,9% 16,3% 16,3% 17,4%
Serviços 5,2% 5,3% 5,5% 5,8% 5,8% 5,8%
Quadro 4.9. – Percentagens por área científica de formação de estudantes inscritos pela 1ª vez no Ensino Superior, por áreas de formação, a nível nacional (1998-2003)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 139
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
1998 1999 2000 2001 2002 2003
Ciências Sociais, Comércio e Direito
Educação
Eng. Ind, Const.
Saúde e Protecção Social
Fig. 4.10. – Percentagens por área científica de formação de estudantes inscritos pela 1ª vez no Ensino
Superior, por áreas de formação, a nível nacional (1998-2003)
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Formação de Professores 2.421 2.389 3.789 4.497 3.791 3.540 2.781 1.872
Ciências da Educação 528 312 560 683 773 699 1.038 802
Artes 1.363 1.301 1.272 1.380 1.389 1.552 1.523 1.504
Humanidades 1.931 2.034 2.459 2.763 2.485 2.412 1.962 1.795
Ciências Sociais e do Comportamento 4.007 4.123 3.951 4.612 4.525 4.953 4.151 4.386
Informação e Jornalismo 1.007 855 1.036 1.152 1.071 1.048 925 880
Ciências Empresariais 6.047 5.030 4.739 4.944 5.354 5.433 5.222 5.448
Direito 2.186 2.173 1.977 2.073 1.782 1.922 1.960 1.702
Ciências da Vida 358 400 407 505 478 583 626 636
Ciências Físicas 826 1.017 853 906 789 698 692 682
Matemática e Estatística 709 637 616 619 471 504 499 453
Informática 1.092 848 802 1.070 1.279 1.220 856 779
Engenharia e Técnicas Afins 3.396 3.180 2.967 3.247 2.999 3.194 3.321 3.224
Indústrias Transformadoras 289 275 155 218 90 108 184 177
Arquitectura e Construção 1.801 1.799 1.940 1.846 1.781 1.831 1.749 1.839
Agricultura, Silvicultura e Pescas 244 292 183 255 140 115 155 143
Ciências Veterinárias 127 111 114 134 121 158 121 186
Saúde 1.729 1.899 2.057 2.558 3.689 4.191 3.921 4.042
Serviços Sociais 428 442 482 622 673 861 694 741
Serviços Pessoais 718 712 683 842 959 806 846 703
Serviços de Transporte 85 33 57 93 73 87 99 101
Protecção do Ambiente 335 435 489 563 528 574 468 468
Serviços de Segurança 281 329 352 360 336 352 436 436
Serviços
Ciências, Matemática e Informática
Engenharia, Indústrias Transformadoras e
Construção
Agricultura
Saúde e Protecção Social
Área Científica de Formação
Educação
Artes e Humanidades
Ciências Sociais, Comércio e Direito
Quadro 4.10. – Estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano, por área científica de formação, na região de
Lisboa NUT II (1998 -2005) Fonte: OCES
Área Científica de Formação 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Educação 2.949 2.701 4.349 5.180 4.564 4.239 3.819 2.674
Artes e Humanidades 3.294 3.335 3.731 4.143 3.874 3.964 3.485 3.299
Ciências Sociais, Comércio e Direito 13.247 12.181 11.703 12.781 12.732 13.356 12.258 12.416
Ciências, Matemática e Informática 2.985 2.902 2.678 3.100 3.017 3.005 2.673 2.550
Engenharia, Ind. Transf e Construção 5.486 5.254 5.062 5.311 4.870 5.133 5.254 5.240
Agricultura 371 403 297 389 261 273 276 329
Saúde e Protecção Social 2.157 2.341 2.539 3.180 4.362 5.052 4.615 4.783
Serviços 1.419 1.509 1.581 1.858 1.896 1.819 1.849 1.708
Total Lisboa 31.908 30.626 31.940 35.942 35.576 36.841 34.229 32.999
Quadro 4.11. – Estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano, por área científica de formação, na região de Lisboa NUT II (1998 -2005)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 140
Área Científica de Formação 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Educação 9,2% 8,8% 13,6% 14,4% 12,8% 11,5% 11,2% 8,1%
Artes e Humanidades 10,3% 10,9% 11,7% 11,5% 10,9% 10,8% 10,2% 10,0%
Ciências Sociais, Comércio e Direito 41,5% 39,8% 36,6% 35,6% 35,8% 36,3% 35,8% 37,6%
Ciências, Matemática e Informática 9,4% 9,5% 8,4% 8,6% 8,5% 8,2% 7,8% 7,7%
Engenharia, Ind. Transf e Construção 17,2% 17,2% 15,8% 14,8% 13,7% 13,9% 15,3% 15,9%
Agricultura 1,2% 1,3% 0,9% 1,1% 0,7% 0,7% 0,8% 1,0%
Saúde e Protecção Social 6,8% 7,6% 7,9% 8,8% 12,3% 13,7% 13,5% 14,5%
Serviços 4,4% 4,9% 4,9% 5,2% 5,3% 4,9% 5,4% 5,2%
Quadro 4.12. – Percentagens por área científica de formação de estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano, na região de Lisboa NUT II (1998 -2005)
0%
5%
10%
15%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Ciências Sociais, Comércio e Direito
Educação
Eng. Ind, Const.
Saúde e Protecção Social
Fig. 4.11. – Percentagens por área científica de formação de estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano, na
região de Lisboa NUT II (1998 -2005)
Área Científica de Formação 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Formação de Professores 2.421 2.389 3.789 4.497 3.791 3.540 2.781 1.872
Ciências da Educação 528 312 560 683 773 699 1.038 802
Ciências Empresariais 6.047 5.030 4.739 4.944 5.354 5.433 5.222 5.448
Engenharia e Técnicas Afins 3.396 3.180 2.967 3.247 2.999 3.194 3.321 3.224
Saúde 1.729 1.899 2.057 2.558 3.689 4.191 3.921 4.042
Total Lisboa 31.908 30.626 31.940 35.942 35.576 36.841 34.229 32.999
Quadro 4.13. – Estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano, por área científica de formação, na região de Lisboa NUT II (1998 -2005)
Área Científica de Formação 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Formação de Professores 7,6% 7,8% 11,9% 12,5% 10,7% 9,6% 8,1% 5,7%
Ciências da Educação 1,7% 1,0% 1,8% 1,9% 2,2% 1,9% 3,0% 2,4%
Ciências Empresariais 19,0% 16,4% 14,8% 13,8% 15,0% 14,7% 15,3% 16,5%
Engenharia e Técnicas Afins 10,6% 10,4% 9,3% 9,0% 8,4% 8,7% 9,7% 9,8%
Saúde 5,4% 6,2% 6,4% 7,1% 10,4% 11,4% 11,5% 12,2%
Quadro 4.14. Percentagens por área científica de formação de estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano, na região de Lisboa NUT II (1998 -2005)
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 141
0%
2%
4%
6%
8%
10%
12%
14%
16%
18%
20%
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Ciências Empresariais
Formação de Professores
Eng.e Técnicas Afins
Saúde Ciências da Educação
Fig. 4.12. – Percentagens por área científica de formação de estudantes inscritos pela 1.ª vez no 1.º ano, na
região de Lisboa NUT II (1998 -2005)
No quadro seguinte são apresentados os resultados dos concursos nacionais de acesso
relativamente às escolas do IPS.
ESTSetúbal 429 353 76 82 370 349 21 94 365 310 55 85 369 119 250 32 368 140 228 38
ESE 261 196 65 75 222 186 36 84 221 180 41 81 220 187 33 85 206 168 38 82
ESCE 523 487 36 93 450 446 4 99 445 404 41 91 418 235 183 56 394 379 15 96
ESTBarreiro 50 49 1 98 76 73 3 96 76 73 3 96 100 18 82 18 138 55 83 40
ESS 60 60 0 100 90 88 2 98 90 87 3 97 105 117 -12 111 109 108 1 99
IPS 1.323 1.145 178 87 1.208 1.142 66 95 1.197 1.054 143 88 1.212 676 536 56 1.215 850 365 70
Vagas* Matric.Vagas sobr. % ocupaçãoVagas*
EscolaVagas sobr. % ocupação% ocupação Vagas* Matric.Matric.
2006/2007
Vagas sobr. % ocupação Vagas* Matric.
Vagas sobr. % ocupação Vagas* Matric.
Vagas sobr.
2002/2003 2003/2004 2004/2005 2005/2006
Quadro 4.15. - Resultados 2002/2006 Concurso Nacional de Acesso (estudantes matriculados 1º ano 1ª vez)
De referir que no ano 2006/2007 houve um aumento significativo de colocados por via de outros
contingentes que não o concurso nacional, muito por força dos maiores de 23 e da delegação de
competências do ministro nos presidentes dos IPs para efeitos de aumento de vagas. Por exemplo,
no IPS ingressaram 603 estudantes extra-concurso nacional, 389 dos quais são maiores de 23 (que
acrescem aos 850 da tabela). Nos anos anteriores, o número de colocados e matriculados por via de
outros contingentes era quase residual.
02/03 03/04 04/05 05/06 06/07
ESTSetúbal 353 349 310 119 140
ESE 196 186 180 187 168
ESCE 487 446 404 235 379
ESTBarreiro 49 73 73 18 55
ESS 60 88 87 117 108
IPS 1.145 1.142 1.054 676 850
Matriculados 1º ano 1ª vez
Quadro 4.16. - Estudantes matriculados 1º ano 1ª vez no IPS
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 142
0
100
200
300
400
500
'02/03 '03/04 '04/05 '05/06 '06/07
ESTS
ESE
ESCE
ESSESTB
Fig. 4.13. - Estudantes matriculados 1º ano 1ª vez no IPS
04/05 05/06 06/07 04/05 05/06 06/07 04/05 05/06 06/07 04/05 05/06 06/07 04/05 05/06 06/07
Alcochete 2 3 2 7 4 10 5 2Almada 8 11 13 32 22 24 6 2 6 11 10 6Barreiro 12 18 13 21 11 31 20 26 58 7 12 5Moita 10 7 9 29 20 32 3 2 5 3 2Montijo 4 9 7 10 5 12 4 5 2 3 4Palmela 6 7 2 39 11 30 7 6 12 5 2 2Seixal 5 4 41 35 54 10 13 19 13 11 10Sesimbra 3 3 1 20 17 13 5 1 9 4 1 2Setúbal 23 38 38 103 51 109 11 6 17 16 22 29Alcácer do Sal 1 1 3 3 1Grândola 2 1 6 3 2Odemira 1 1 1Santiago do Cacém 7 1 4 6 8 12 1 1Sines 2 1 3 1 3 4
55 58 78 41 28 31 3 6 8 4 8 446 43 58 41 17 36 33 14 26 27 43 39
177 207 231 401 234 397 103 76 171 96 115 112
Outros
Total ESTB Total ESS
Setú
bal
Lisboa
Distritos/Concelhos Total ESTS Total ESE Total ESCE
Total
Não disponível
Quadro 4.17. – Origem, por Concelho, dos estudantes matriculados 1º ano 1ª vez no IPS
04/05 05/06 06/07 04/05 05/06 06/07 04/05 05/06 06/07 04/05 05/06 06/07 04/05 05/06 06/07
Setúbal 76 106 95 319 189 330 67 56 137 65 64 69Lisboa 55 58 78 41 28 31 3 6 8 4 8 4Outros 46 43 58 41 17 36 33 14 26 27 43 39
Não disponível
DistritoTotal ESTS Total ESE Total ESCE Total ESTB Total ESS
Quadro 4.18. – Origem, por Distrito, dos estudantes matriculados 1º ano 1ª vez no IPS
04/05 05/06 06/07 04/05 05/06 06/07 04/05 05/06 06/07 04/05 05/06 06/07 04/05 05/06 06/07
Setúbal 42,9% 51,2% 41,1% 79,6% 80,8% 83,1% 65,0% 73,7% 80,1% 67,7% 55,7% 61,6%Lisboa 31,1% 28,0% 33,8% 10,2% 12,0% 7,8% 2,9% 7,9% 4,7% 4,2% 7,0% 3,6%Outros 26,0% 20,8% 25,1% 10,2% 7,3% 9,1% 32,0% 18,4% 15,2% 28,1% 37,4% 34,8%
Total ESSTotal ESTBTotal ESTS Total ESE Total ESCE
Não disponível
Distrito
Quadro 4.19. – Origem, por percentagem, por Distrito, dos estudantes matriculados 1º ano 1ª vez no IPS
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 143
Unid. Org. Cursos Set. Lis. Out. Set. Lis. Out. Set. Lis. Out.Engenharia do AmbienteEngenharia de Autom., Controlo e Instrum.Engenharia InformáticaEngenharia MecânicaEngenharia Electrotécnica e ComputadoresEngenharia Biomédica
Engenharia Civil Engenharia de Conservação e ReabilitaçãoGestão da Construção
Enfermagem 30 2 5 26 6 9 39 4 3Fisioterapia 20 3 17 20 1 20 13 2 32Terapia da Fala 11 0 13 10 3 11 5 11 17
Educação de Infância 27 13 3 24 3 4 28 4 6Educ. de Infância pª Ap. à Educ. Bil. Criança Surda 2 1 2Ensino Básico - 1º ciclo 40 15 11 29 10 2 24 5 2Professores de Educação Musical do Ensino Básico 4 0 8 8 1 6 1 4 3Tradução e Interp. de Língua Gestual Portuguesa 4 1 0Desporto de Recreação 13 1 4 14 3 3 8 0 0Animação e Intervenção Sociocultural 29 6 6 30 7 3Promoção Artística e Património 23 5 1Comunicação Social 39 6 7 35 9 6
Marketing 60 18 15 60 9 20 30 8 5Contabilidade e Finanças (diurno) 71 9 12 74 14 8 67 11 9Contabilidade e Finanças (nocturno) 54 8 2 54 11 3 32 3 0Gestão de Recursos Humanos 69 15 17 64 24 13 33 21 3Gestão da Distribuição e Logística 55 6 4 48 4 3 21 0 1Gestão de Sistemas de Informação 56 8 4 48 10 1 18 4 0
2003/2004 2004/2005 2005/2006
Curso novo
não disponível
não disponível
ESTS
ESTB
ESS
ESE
ESCE
Quadro 4.20. – Origem, por Distrito, dos estudantes matriculados 1º ano 1ª vez nos cursos do IPS
Unid. Org. Cursos Set. Lis. Out. Set. Lis. Out. Set. Lis. Out.Engenharia do AmbienteEngenharia de Autom., Controlo e Instrum.Engenharia InformáticaEngenharia MecânicaEngenharia Electrotécnica e ComputadoresEngenharia Biomédica
Engenharia Civil Engenharia de Conservação e ReabilitaçãoGestão da Construção
Enfermagem 81% 5% 14% 63% 15% 22% 85% 9% 7%Fisioterapia 50% 8% 43% 49% 2% 49% 28% 4% 68%Terapia da Fala 46% 0% 54% 42% 13% 46% 15% 33% 52%
Educação de Infância 63% 30% 7% 77% 10% 13% 74% 11% 16%Educ. de Infância pª Ap. à Educ. Bil. Criança Surda 40% 20% 40%Ensino Básico - 1º ciclo 61% 23% 17% 71% 24% 5% 77% 16% 6%Professores de Educação Musical do Ensino Básico 33% 0% 67% 53% 7% 40% 13% 50% 38%Tradução e Interp. de Língua Gestual Portuguesa 80% 20% 0%Desporto de Recreação 72% 6% 22% 70% 15% 15% 100% 0% 0%Animação e Intervenção Sociocultural 71% 15% 15% 75% 18% 8%Promoção Artística e Património 79% 17% 3%Comunicação Social 75% 12% 13% 70% 18% 12%
Marketing 65% 19% 16% 67% 10% 22% 70% 19% 12%Contabilidade e Finanças (diurno) 77% 10% 13% 77% 15% 8% 77% 13% 10%Contabilidade e Finanças (nocturno) 84% 13% 3% 79% 16% 4% 91% 9% 0%Gestão de Recursos Humanos 68% 15% 17% 63% 24% 13% 58% 37% 5%Gestão da Distribuição e Logística 85% 9% 6% 87% 7% 5% 95% 0% 5%Gestão de Sistemas de Informação 82% 12% 6% 81% 17% 2% 82% 18% 0%
não disponível
Curso novo
ESS
2003/2004 2004/2005 2005/2006
ESTS não disponível
ESE
ESCE
ESTB
Quadro 4.21. – Origem, por percentagem por Distrito, dos estudantes matriculados 1º ano 1ª vez nos cursos
do IPS
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 144
APÊNDICE 5
PRINCIPAIS RESULTADOS DO INQUÉRITO
INQUÉRITOS
Foram elaborados dois inquéritos on-line, 1 para as comunidades interna e 1 para a comunidade
externa do IPS.
Foram recebidos da comunidade IPS 834 inquéritos dos quais foram validados 603.
Da comunidade externa foram recebidos 160 inquéritos dos quais foram validados 67.
Na quase totalidade das questões apresentadas era solicitado aos inquiridos, numa escala de 1 a 5,
qual o nível de importância, concordância ou conhecimento.
De seguida são apresentados os principais resultados.
Cultura IPS
No inquérito à comunidade IPS foram colocadas questões sobre a importância e existência de uma
cultura IPS.
Quanto à questão sobre a importância da necessidade de uma forte “Cultura IPS”, a média dos
resultados foi de 4,21 com cerca de 81% das respostas superiores ao nível 3, das quais 45% de nível
5.
Todavia, quanto à questão sobre a Concordância da existência de uma forte “Cultura IPS”, a média
dos resultados foi de 3,53 com cerca de 55% das respostas superiores ao nível 3, das quais 26% de
nível 5.
Pode-se, assim, entender, que a existência duma cultura IPS não satisfaz o nível de importância
atribuído.
Notoriedade
Em ambos os inquéritos foram colocadas questões sobre o nível de notoriedade do IPS e de cada
uma das suas escolas superiores, sendo obtidos os seguintes resultados:
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 145
Da comunidade IPS:
Média % =< 3 % = 4 % = 5
IPS 3,29 59% 32% 9%
ESTS 3,29 58% 34% 8%
ESE 3,02 72% 26% 2%
ESCE 3,04 72% 24% 4%
ESTB 2,34 91% 8% 1%
ESS 2,90 74% 22% 4%
Da comunidade externa:
Média % =< 3 % = 4 % = 5
IPS 3,60 40% 39% 21%
ESTS 3,38 49% 33% 18%
ESE 3,13 57% 30% 13%
ESCE 3,05 59% 34% 7%
ESTB 2,39 79% 16% 5%
ESS 2,82 65% 27% 8%
Constata-se que, em geral, a comunidade externa valoriza mais a notoriedade do que a própria
comunidade do IPS.
Em qualquer dos casos, pode-se considerar que a notoriedade do IPS e das suas escolas não é
elevada.
Importância da intervenção com a comunidade envolvente
Em ambos os inquéritos foram colocadas questões sobre a importância da intervenção do IPS com
a comunidade envolvente ao nível da prestação de serviços, investigação, divulgação científica e
técnica, sendo obtidos os seguintes resultados:
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 146
Da comunidade IPS:
Média % =< 3 % = 4 % = 5
Prestação de Serviços 3,49 47% 28% 25%
Investigação 3,37 51% 22% 27%
Divulgação científica e técnica. 3,44 48% 25% 27%
Da comunidade externa:
Média % =< 3 % = 4 % = 5
Prestação de Serviços 2,95 70% 18% 12%
Investigação 2,85 72% 19% 9%
Divulgação científica e técnica. 2,94 63% 28% 9%
Constata-se que, em geral, a comunidade externa valoriza menos a importância da intervenção do
IPS do que a própria comunidade do IPS.
Em ambos os inquéritos foram colocadas questões sobre a valorização que é atribuída à
intervenção do IPS com a comunidade envolvente ao nível da prestação de serviços, investigação,
divulgação científica e técnica, sendo obtidos os seguintes resultados:
Da comunidade IPS:
Média % =< 3 % = 4 % = 5
Prestação de Serviços 2,63 84% 13% 3%
Investigação 2,40 88% 8% 4%
Divulgação científica e técnica. 2,49 84% 13% 3%
Da comunidade externa:
Média % =< 3 % = 4 % = 5
Prestação de Serviços 2,63 85% 23% 2%
Investigação 2,41 86% 14% -
Divulgação científica e técnica. 2,50 80% 18% 2%
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 147
Constata-se que, em geral, uma fraca valorização relativamente à intervenção do IPS com a
comunidade envolvente ao nível da prestação de serviços, investigação, divulgação científica e
técnica, ainda inferior ao nível de importância que lhe é atribuída.
Importância da colaboração com outras comunidades
Em ambos os inquéritos foram colocadas questões sobre a importância que é atribuída à
intervenção do IPS com algumas comunidades, em que eram indicadas PALOP, África, Brasil e
outras (a indicar), sendo obtidos os seguintes resultados:
Da comunidade IPS:
Média % =< 3 % = 4 % = 5
PALOP 3,43 47% 33% 20%
África 3,16 60% 26% 14%
Brasil 3,10 59% 25% 16%
Outros (indicados)*
CE/ Europa/ ERASMUS** 4,50 8% 31% 61%
Espanha*** 4,25 11% 50% 39%
América do Norte**** 4,44 17% 22% 61%
* Consideradas somente as comunidades com o maior número de respostas ** 49 respostas *** 28 respostas **** 18 respostas
Da comunidade externa foram recebidas 12 respostas a esta questão que abrangem a UE/ Europa
(3), EUA (1), Espanha (2), Países de Leste (2), Ásia (2) e Timor (1)
Importância da constituição de um Conselho Consultivo
Em ambos os inquéritos foram colocadas questões sobre a importância que é atribuída à
constituição de um Conselho Consultivo do IPS em que intervenham, também, personalidades
reconhecidas a nível nacional, tendo-se obtido os seguintes resultados:
Média % =< 3 % = 4 % = 5
Comunidade IPS 3,91 27% 43% 30%
Comunidade externa 3,98 26% 38% 36%
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 148
Constata-se, por conseguinte, que ambas as comunidades valorizam positivamente a constituição de
tal Conselho.
Nível de intervenção do IPS e das suas escolas superiores nos vários tipos de oferta
formativa
Em ambos os inquéritos foram colocadas questões sobre Qual deverá ser o nível de intervenção
do IPS e das suas escolas superiores nas Licenciaturas (1º Ciclo), Mestrados (2º Ciclo),
Doutoramentos (3º Ciclo), Pós-Graduações (PG) , Cursos de curta duração e Cursos de
Especialização Tecnológica, tendo-se obtido os seguintes resultados:
Da comunidade IPS:
Média % =< 3 % = 4 % = 5
Licenciaturas (1º Ciclo) 4,60 9% 19% 72%
Mestrados (2º Ciclo) 4,34 14% 33% 53%
Doutoramentos (3º Ciclo) 3,66 40% 32% 28%
Pós-Graduações (PG) 4,10 24% 43% 33%
Cursos de curta duração 4,13 23% 31% 46%
Cursos de Especialização Tecnológica 4,01 27% 32% 41%
Da comunidade externa:
Média % =< 3 % = 4 % = 5
Licenciaturas (1º Ciclo) 4,28 15% 34% 51%
Mestrados (2º Ciclo) 3,74 37% 33% 30%
Doutoramentos (3º Ciclo) 3,05 53% 23% 14%
Pós-Graduações (PG) 3,67 39% 28% 33%
Cursos de curta duração 4,24 22% 20% 52%
Cursos de Especialização Tecnológica 4,31 18% 24% 58%
Constata-se que ao nível da comunidade IPS são atribuídas maiores valorizações às licenciaturas e
Mestrados, enquanto a comunidade externa valoriza mais as licenciaturas, os cursos de curta
duração e os CET´s.
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 149
Cursos de Especialização Tecnológica (CET)
No inquérito à comunidade IPS foi colocada a questão sobre a concordância de desenvolvimento
de Cursos de Especialização Tecnológica (CET).
91,5% das respostas obtidas correspondentes a 76,5% dos inquéritos, são concordantes.
Foi também colocada a questão, aos que concordavam com os CETS, se preferiam que para o feito
tais cursos fossem promovidos através de uma estrutura centralizada ou desenvolvidos por cada
uma das Escolas do IPS, tendo-se obtido os seguintes resultados:
� estrutura centralizada: 37,5%
� desenvolvidos por cada uma das Escolas do IPS: 62,5%,
Concordância com a constituição de ofertas formativas conjuntas
No inquérito à comunidade IPS foi colocada a questão sobre a concordância com a constituição de
ofertas formativas conjuntas, entre as Escolas do IPS, entre instituições nacionais e entre
instituições internacionais, tendo-se obtido os seguintes resultados:
Média %<=3 %=4 %=5
Entre as Escolas do IPS 4,13 24% 32% 44%
Entre instituições nacionais 3,89 32% 36% 32%
Entre instituições internacionais 3,84 38% 31% 31%
São, por conseguinte, valorizadas positivamente todas as possibilidades de ofertas conjuntas, com
destaque para as ofertas conjuntas entre as escolas do IPS.
Concordância com a necessidade de promover a actividade de Investigação e
Desenvolvimento
No inquérito à comunidade IPS foi colocada a questão sobre a concordância com a necessidade de
promover a actividade de Investigação e Desenvolvimento, entre as Escolas do IPS, entre
instituições nacionais e entre instituições internacionais, tendo-se obtido os seguintes resultados:
Média %<=3 %=4 %=5
Entre as Escolas do IPS 4,32 16% 31% 53%
Entre instituições nacionais 4,34 14% 35% 51%
Entre instituições internacionais 4,29 17% 30% 53%
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 150
Perfis de competência (níveis de saber) desejáveis para os licenciados.
Em ambos os inquéritos foram colocadas questões sobre os perfis de competência (níveis de saber)
desejáveis para os licenciados pelas escolas superiores do IPS, sendo obtidos os seguintes
resultados:
Da comunidade IPS:
Média %<=3 %=4 %=5
Saber Teórico (saber saber) 3,81 33% 47% 20%
Saber Prático (saber fazer) 4,39 14% 29% 57%
Saber Relacional (saber ser e estar) 4,12 23% 34% 43%
Da comunidade externa:
Média %<=3 %=4 %=5
Saber Teórico (saber saber) 3,86 31% 38% 31%
Saber Prático (saber fazer) 4,10 24% 31% 45%
Saber Relacional (saber ser e estar) 4,31 21% 26% 53%
Todas os perfis foram valorizados positivamente, com destaque para o saber prático por parta de
comunidade IPS e o saber relacional por parte da comunidade externa.
Realização de um estágio ou projecto em contexto real de trabalho
Em ambos os inquéritos foi colocada a questão sobre o interesse na realização de um estágio ou
projecto como uma componente de formação em contexto real de trabalho para os estudantes do
IPS, sendo obtidos os seguintes resultados:
Média % =< 3 % = 4 % = 5
Comunidade IPS 4,54 8% 27% 65%
Comunidade externa 4,51 12% 20% 68%
Constata-se, por conseguinte, que ambas as comunidades valorizam positivamente a realização de
um estágio ou projecto como uma componente de formação em contexto real de trabalho para os
estudantes do IPS.
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 151
Mobilidade dos docentes entre instituições do ensino superior
No inquérito à comunidade IPS foi colocada a questão sobre o nível de concordância com a
necessidade de promover a mobilidade dos docentes entre Escolas do IPS, a nível nacional e a
nível internacional, tendo-se obtido os seguintes resultados:
Média %<=3 %=4 %=5
Entre as Escolas do IPS 3,80 34% 35% 31%
A nível nacional 3,58 42% 34% 24%
A nível internacional 3,71 38% 31% 31%
São, por conseguinte, valorizadas positivamente todas as possibilidades de mobilidade dos
docentes, sendo a menos valorizada a mobilidade a nível nacional.
Actividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D) entre instituições do ensino
superior
No inquérito à comunidade IPS foi colocada a questão sobre o nível de concordância com a
necessidade de promover a actividade de Investigação e Desenvolvimento (I&D) entre Escolas do
IPS, a nível nacional e a nível internacional, tendo-se obtido os seguintes resultados:
Média %<=3 %=4 %=5
Entre as Escolas do IPS 4,32 16% 31% 53%
A nível nacional 4,34 14% 35% 51%
A nível internacional 4,29 17% 30% 53%
São, por conseguinte, valorizadas positivamente todas as possibilidades de actividade de
Investigação e Desenvolvimento (I&D) conjuntas.
Formas de desenvolvimento das actividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D)
No inquérito à comunidade IPS foi colocada a questão sobre o nível de importância atribuído
existência de Estrutura de coordenação no IPS, Alianças/Convénios entre IES, Docentes ligados a
Centros externos e Incentivo a grupos internos como Formas de desenvolvimento das actividades
de Investigação e Desenvolvimento (I&D), tendo-se obtido os seguintes resultados:
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 152
Média %<=3 %=4 %=5
Estrutura de coordenação no IPS 3,93 28% 38% 34%
Alianças/Convénios entre IES 4,00 26% 40% 34%
Docentes ligados a Centros externos 3,88 30% 40% 30%
Incentivo a grupos internos 4,18 19% 37% 44%
São, por conseguinte, valorizadas positivamente todas as formas de desenvolvimento das
actividades de I&D, sendo a menos valorizada a ligação de docentes a Centros externos.
Importância de uma possível reorganização do IPS
No inquérito à comunidade IPS foi colocada a questão sobre o nível de importância atribuído a
uma possível reorganização do IPS, integrando alguns domínios transversais às suas escolas,
relacionados com os serviços e áreas de conhecimento, tendo-se obtido os seguintes resultados:
Média %<=3 %=4 %=5
Relacionados com serviços 3,94 28% 39% 33%
Relacionados com áreas de conhecimento 4,03 26% 37% 37%
São, por conseguinte, valorizadas positivamente as possibilidades de integração dos serviços e áreas
de conhecimento.
Criação de uma estrutura do IPS no domínio da avaliação e da qualidade
No inquérito à comunidade IPS foi colocada a questão sobre o nível de importância atribuído à
Criação de uma estrutura do IPS no domínio da avaliação e da qualidade.
A média dos resultados foi de 4,33 com cerca de 85% das respostas superiores ao nível 3, das quais
54% de nível 5, existindo, por conseguinte, uma grande valorização à criação de tal estrutura.
Áreas de Formação actuais ou emergentes a serem desenvolvidos pelo IPS
Em ambos os inquéritos foi colocada a questão sobre que áreas actuais ou emergentes se
considerava importante o IPS desenvolver a sua actividade de Formação.
Em relação à comunidade IPS, foram registadas 224 respostas nos 603 inquéritos validados
cobrindo uma grande diversificação de áreas, havendo a salientar:
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 153
� Na área da Saúde: 51 referências
� Na área do Turismo: 28 referências
� Na área das engenharias/tecnologias: 25 referências
� Na área da gestão: 20 referências
� Na área das novas tecnologias: 14 referências
� Na área das energias/energias renováveis/energias alternativas: 13 Referências
� Na área das novas TIC’s: 13 referências
� Na área do ambiente: 9 referências
� Na área do empreendedorismo: 7 referências
De notar, ainda, que foram efectuadas 9 referências relativamente à ligação com as necessidades da
região.
Em relação à comunidade externa, foram registadas 20 respostas nos 67 inquéritos validados
cobrindo, também, uma grande diversificação de áreas, havendo a salientar:
� Na área do ambiente: 4 referências
� Na área da gestão: 3 referências
� Na área do Turismo: 2 referências
� Na área da Saúde: 2 referências
� Na área das novas TIC’s: 2 referências
Áreas de I&D e prestação de serviços à comunidade actuais ou emergentes a serem
desenvolvidos pelo IPS
Em ambos os inquéritos foi colocada a questão sobre que áreas actuais ou emergentes se
considerava importante o IPS desenvolver a sua actividade de Formação.
Em relação à comunidade IPS, foram registadas 166 respostas nos 603 inquéritos validados
cobrindo uma grande diversificação de áreas, havendo a salientar:
� Na área da Saúde: 27 referências
� Na área das engenharias/tecnologias: 22 referências
� Na área das energias/energias renováveis/energias alternativas: 14 Referências
� Na área do Turismo: 13 referências
Apêndices
Plano Estratégico de Desenvolvimento – IPS Pág. 154
� Na área das novas tecnologias: 11 referências
� Na área do ambiente: 10 referências
� Na área da gestão: 9 referências
� Na área das novas TIC’s: 13 referências
Em relação à comunidade externa, foram registadas 20 respostas nos 67 inquéritos validados
cobrindo, também, uma grande diversificação de áreas, havendo a salientar:
� Na área do ambiente: 6 referências
� Na área da informática: 4 referências
� Na área do Turismo: 2 referências
� Na área da Saúde: 2 referências
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