instituto consciÊncia go epidemiologia ocupacional
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INSTITUTO CONSCIÊNCIA GOEPIDEMIOLOGIA OCUPACIONAL
EPIDEMIOLOGIA
Profª Ms. Pollyanna de Siqueira QueirósMestrado em Enfermagem - UFG
Especialização em Gestão em Saúde - UEGEnfermeira (Bacharelado e Licenciatura) - UFG
EPIDEMIOLOGIA
Etimologicamente,epidemiologia= “ciência do que ocorre com o povo”.
Epi (sobre);Demós (povo);Logos (discurso, estudo).
EPIDEMIOLOGIA“É o estudo dos fatores que
determinam a frequência e a distribuição das doenças nas
coletividades humanas” (Associação Internacional de
Epidemiologia, 1973);“Epidemiologia é o estudo da distribuição
e dos determinantes de estados ou eventos relacionados à saúde em
populações específicas e suas aplicações no controle de problemas de saúde” (Dicionário de Epidemiologia, 1988);
CONCEITOS
EPIDEMIOLOGIA
A Epidemiologia é a ciência que estuda os padrões da
ocorrência dedoenças em populações
humanas e os fatores determinantes destes
padrões (LILIENFELD, 1980).
CONCEITOS
EPIDEMIOLOGIA
“Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, dos danos à saúde e dos eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde” (ROUQUAYROL, 2003).
CONCEITOS
EPIDEMIOLOGIAUSOS DA
EPIDEMIOLOGIA Por algum tempo prevaleceu a ideia epidemiologia restringia-se ao estudo de epidemias de doenças transmissíveis.
No entanto, sua abrangência ampliou-se e, atualmente, sua área de atuação estende-se a todos os agravos à saúde.
Trata de qualquer evento relacionado à saúde (ou doença) da população.
EPIDEMIOLOGIAUSOS DA
EPIDEMIOLOGIASuas aplicações variam:
Descrição das condições de saúde da população,
Investigação dos fatores determinantes de doenças,
Avaliação do impacto das ações para alterar a situação de saúde,
Avaliação da utilização dos serviços de saúde, incluindo custos de assistência.
EPIDEMIOLOGIAUSOS DA
EPIDEMIOLOGIA Descrever o espectro clínico das doenças e sua história natural; Identificar fatores de risco de uma doença e grupos de indivíduos que apresentam maior risco de serem atingidos por determinado agravo; Prever tendências; Avaliar o quanto os serviços de saúde respondem aos problemas e necessidades das populações; Testar a eficácia, a efetividade e o impacto de estratégias de intervenção, assim como a qualidade, acesso e disponibilidade dos serviços de saúde para controlar, prevenir e tratar os agravos de saúde na comunidade.
EPIDEMIOLOGIAUSOS DA
EPIDEMIOLOGIA
Contribui para o melhor entendimento da saúde da população - partindo do conhecimento dos fatores que a determinam e provendo, conseqüentemente, subsídios para a prevenção das doenças.
A epidemiologia constitui também instrumento para o desenvolvimento de políticas no setor da saúde. Sua aplicação neste caso deve levar em conta o conhecimento disponível, adequando-o às realidades locais
EPIDEMIOLOGIAObjetivos da
epidemiologia Identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à saúde; Entender as causas dos agravos à saúde; Definir os modos de transmissão; Definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde; Identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças; Estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde; Estabelecer medidas preventivas; Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde; Prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde
*Fonte: Adaptado de T. C. Timmreck, 1994.
EPIDEMIOLOGIAFreqüência e distribuição
Epidemiologia preocupa-se com a freqüência e o padrão dos eventos relacionados com o processo saúde-doença na população.
Freqüência inclui não só o número desses eventos, mas também as taxas ou riscos de doença nessa população.
O conhecimento das taxas constitui ponto de fundamental importância para o epidemiologista, uma vez que permite comparações válidas entre diferentes populações.
EPIDEMIOLOGIAFreqüência e distribuição
O padrão de ocorrência dos eventos relacionados ao processo saúde-doença diz respeito à distribuição desses eventos segundo características: do tempo (tendência num período, variação sazonal, etc.), do lugar (distribuição geográfica, distribuição urbano-rural, etc.) e da pessoa (sexo, idade, profissão, etnia, etc.)
PILARES DA EPIDEMIOLOGIA
PERSPECTIVA HISTÓRICA
PANACÉIA HIGÉIAPadroeira da medicina individual curativa. Prática terapêutica baseada em intervenções aplicadas em indivíduos doentes.
Saúde é o resultado da harmonia entre os homens e o ambiente. Os higeus pretendiam promover ações preventivas.
PERSPECTIVA HISTÓRICA EVOLUÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA ATÉ O SÉCULO
XIX Hipócrates Médico grego; Viveu há 2500 anos; Trabalho clássico denominado Dos Ares, Águas e Lugares,
buscou apresentar explicações, com fundamento no racional e não no sobrenatural, a respeito da ocorrência de doenças na população.
Afastou a teoria do sobrenatural; Doença produto da relação entre indivíduo e ambiente; Orientava que em uma avaliação deve-se sempre considerar o
clima, a cultura e os hábitos alimentares.
PERSPECTIVA HISTÓRICA Miasmas
A origem das doenças situava-se na má qualidade do ar;
A malária (junção de mal e ar), deve seu nome à crença neste modo de transmissão.
PERSPECTIVA HISTÓRICA John Grunt (Século XVII - 1662)
Primeiro a quantificar os padrões da natalidade, mortalidade e ocorrência de doenças, identificando algumas características importantes nesses eventos, entre elas:
Existência de diferenças entre os sexos e na distribuição urbano-rural;
Elevada mortalidade infantil;
Variações sazonais.
PERSPECTIVA HISTÓRICA John Grunt (1662)
Analisou a mortalidade por sexo e região;
Proporção de crianças que morriam antes dos 6 anos de idade;
Primeiros registros anuais de mortalidade e morbidade.
Tais trabalhos conferem-lhe o mérito de ter sido o fundador da bioestatística e um dos precursores da epidemiologia.
PERSPECTIVA HISTÓRICA O SÉCULO XIX Revolução Industrial
PERSPECTIVA HISTÓRICA CIENTISTAS QUE REALÇARAM O
PENSAMENTO EPIDEMIOLÓGICO NO SÉCULO XIX
Pierre Louis (1787-1872)
Introduziu e divulgou o método estatístico, utilizando-o na investigação clínica de doenças.
Analisou a letalidade da pneumonia em relação à época de início do tratamento com sangrias: Paris, 1835.
PERSPECTIVA HISTÓRICA
Início do tratamento
Número de pacientes
Número de óbitos
Letalidade (%)
1-3 24 12 50
4-6 34 12 35
7-9 19 3 16
Total 77 27 35
Fonte: LOUIS, Pierre. Recherches sur les effects de la saignée. Paris, Mignaret:1835.
PERSPECTIVA HISTÓRICA
Louis Villermé (1782-1863)
Investigou as repercussões da pobreza e das condições de trabalho sobre a saúde;
Pioneiro dos estudos sobre a etiologia social das doenças.
PERSPECTIVA HISTÓRICA Willian Farr (1807-1883) Pai da estatística vital e da vigilância, Iniciou a coleta e análise sistemática das estatísticas de
mortalidade na Inglaterra e País de Gales, Classificação das doenças,
Produção de informações epidemiológicas usadas para subsidiar o planejamento das ações de prevenção e controle;
Trabalhou relatório anual do registro geral, onde descrevia situações que apontavam para as grandes desigualdades, regionais e sociais, nos perfis de saúde.
PERSPECTIVA HISTÓRICA John Snow (1854) Destacou-se pioneiro da
epidemiologia Pai da Epidemiologia; Por ocasião de uma epidemia de
cólera em Londres, concluiu que havia associação causal entre a doença e o consumo de água contaminada com fezes de doentes;
Rejeitou a hipótese de caráter miasmático da transmissão.
A principal contribuição de Snow foi a sistematização da metodologia epidemiológica, que permaneceu, com pequenas modificações, até meados do século XX.
PERSPECTIVA HISTÓRICA
Companhias de abastecimento de água
Número de habitações
Mortes por cólera
Mortes por cada 10 mil habitações
1 - Southwark & vauxhall
40.046 1.263 315
2 - Lambeth 26.107 98 373 - Resto de Londres
256.423 1.422 59
Fonte: SNOW, John. Sobre a maneira de transmissão da cólera. 1855.
PERSPECTIVA HISTÓRICA Louis Pasteur (1822-1895)
Pai da bacteriologia; Fermentação da cerveja e leite; Princípio da pasteurização; Identificou e combateu a praga que destruía o
bicho-da-seda; Desenvolveu a vacina anti-rábica;
Teoria dos germes – doenças poderiam ser explicadas pela existência de um agente etiológico.
PERSPECTIVA HISTÓRICA
No final do século passado, vários países da Europa e os Estados Unidos:
iniciaram a aplicação do método epidemiológico
na investigação da ocorrência de doenças na comunidade.
Nesse período, a maioria dos investigadores concentraram-se no estudo de doenças infecciosas agudas.
PERSPECTIVA HISTÓRICA
Já no século XX Aplicação da epidemiologia estendeu-se para as moléstias não-infecciosas.
Um exemplo é o trabalho coordenado por Joseph Goldberger, pesquisador do Serviço de Saúde Pública norte-americano.
Em 1915, Goldberger estabelece a etiologia carencial da pelagra através do raciocínio epidemiológico, expandindo os limites da epidemiologia para além das doenças infecto-contagiosas.
PERSPECTIVA HISTÓRICA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX Reorientação do pensamento médico, pois
alterou os conceitos de doença e de contágio.
Oswaldo Cruz (1872-1917) Grande pesquisador que atuou como cientista,
médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro.
Foi o pioneiro no estudo de doenças tropicais e da medicina experimental no Brasil.
Campanha contra febre amarela; Combate à peste e varíola.
PERSPECTIVA HISTÓRICA Carlos Chagas (1879-1934)
Médico, cientista, pesquisador e sanitarista brasileiro.
Dedicou-se ao estudo das doenças tropicais.
Descobriu o parasita Tripanosoma Cruzi, transmissor da doença de Chagas.
Descobriu também o protozoário do gênero Plasmodium, causador da Malária.
Carlos Chagas
PERSPECTIVA HISTÓRICA
A partir do final da Segunda Guerra Mundial que assistimos ao intenso desenvolvimento da metodologia epidemiológica com a ampla incorporação da estatística, propiciada em boa parte pelo aparecimento dos computadores.
A aplicação da epidemiologia passa a cobrir um largo espectro de agravos à saúde.
Hoje a epidemiologia constitui importante instrumento para a pesquisa na área da saúde, seja no campo da clínica, seja no da saúde pública.
PERSPECTIVA HISTÓRICA
SITUAÇÃO ATUAL: MULTICAUSALIDADE
Multicausalidade ou Multifatorialidade
A teoria da multicausalidade ou multifatorialidade tem hoje seu papel definido na gênese das doenças, em substituição à teoria da unicausalidade que vigorou por muitos anos.
A grande maioria das doenças advém de uma combinação de fatores que interagem entre si e acabam desempenhando importante papel na determinação das mesmas.
Como exemplo dessas múltiplas causas, chamadas causas contribuintes Ex. Câncer de pulmão.
Multicausalidade ou Multifatorialidade
Nem todo fumante desenvolve CA de pulmão, o que indica que há outras causas contribuindo para o aparecimento dessa doença.
Estudos mostraram que, descendentes de primeiro grau de fumantes com câncer de pulmão tiveram 2ª 3 vezes maior chance de terem a doença do que aqueles sem a doença na família; isso indica que há uma suscetibilidade familiar aumentada para o câncer de pulmão.
Ativação dos oncogenes dominantes e inativação de oncogenes supressores ou recessivos são lesões que têm sido encontradas no DNA de células do carcinoma brônquico e que reforçam o papel de determinantes genéticos nesta doença (Srivastava, 1995)
Multicausalidade ou Multifatorialidade
A determinação da causalidade passa por níveis hierárquicos distintos, sendo que alguns desses fatores causais estão mais próximos do que outros em relação ao desenvolvimento da doença.
Ex. Fatores biológicos, hereditários e socioeconômicos podem ser os determinantes distais da asma infantil são fatores a distância que, através de sua atuação em outros fatores, podem contribuir para o aparecimento da doença.
Multicausalidade ou Multifatorialidade
Por outro lado, os fatores chamados de determinantes intermediários podem sofrer tanto a influência dos determinantes distais como estar agindo em fatores próximos à doença, como seria o caso dos fatores gestacionais, ambientais, alérgicos e nutricionais na determinação da asma;
Os fatores que estão próximos à doença determinantes proximais Também podem sofrer a influência daqueles fatores que estão em nível hierárquico superior (determinantes distais e intermediários) ou agirem diretamente na determinação da doença. No exemplo da asma, o determinante proximal pode ser um evento infeccioso prévio.
PERSPECTIVA HISTÓRICA
DUAS TENDÊNCIAS ATUAIS:
Epidemiologia clínica
(PANACÉIA);
Epidemiologia social(HIGÉIA)
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico clínico
Diagnóstico epidemiológico
Tipo de diagnóstico
individual comunitário
Objetivo Curar a doença da pessoa
Melhorar o nível de saúde da comunidade
Informaçõesnecessárias
História clínica;Exame físico; complementares
Dados sobre a população; doenças existentes; causas de morte; serviços de saúde
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico clínico
Diagnóstico epidemiológico
Plano de ação Tratamentoreabilitação
Programas de saúde
Avaliação Acompanhamento clínico (melhora, cura)
Mudança no estado de saúde da população
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
História Natural da Doença é o nome dado ao conjunto de processos interativos que
compreendem as inter-relações do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam
o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o
estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até às alterações que
levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte. (LEAVELL & CLARK, 1976).
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
DESENVOLVE-SE EM DOIS PERÍODOS SEQUENCIADOS:
Período Epidemiológico (pré-patogênese): Relaçõessuscetível-ambiente;
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
Período Patológico (patogênese): modificações que se passam no organismo vivo
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
PERÍODO DE PRÉ-PATOGÊNESE/EPIDEMIOLÓGICO
Envolve as inter-relações entre o agente etiológico da doença, o suscetível e os fatores ambientais que estimulam o desenvolvimento da enfermidade e as condições sócio-econômico-culturais que permitem a existência desses fatores.
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
Fatores que interferem no período epidemiológico:
Fatores Sociais (sócio-econômicos; sócio-políticos; sócio-culturais; psicossociais);
Fatores ambientais;
Fatores genéticos;
Multifatorialidade.
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
PERÍODO DE PATOGÊNESE/PATOLÓGICO
Inicia-se com as primeiras ações que os agentes patogênicos exercem sobre o ser afetado.
É o curso natural da doença, durante o qual o homem interage com estímulo, uma situação ambiental, um agente infeccioso, que vai iniciar uma resposta no organismo ou uma reação alterada.
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
PERÍODO DE PATOGÊNESE
Evolução da doença no período de patogênese:
Interação estímulo-suscetível; Alterações bioquímicas, histológicas e
fisiológicas; Sinais e sintomas;
Cronicidade.
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
NÍVEIS DE PREVENÇÃO
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
PREVENÇÃOSECUNDÁRIA
PERÍODO PRÉ-PATOGÊNICO
PROMOÇÃO DA SAÚDE
PREVENÇÃO PRIMÁRIA
PROTEÇÃO ESPECÍFICA
PERÍODO DE PATOGÊNESE
DIAGNÓSTICOPRECOCE
LIMITAÇÃO DAINVALIDEZ
PREVENÇÃO TERCIÁRIA
PREVENÇÃOSECUNDÁRIA
REABILITAÇÃO
Promoção da Saúde
É feita através de medidas de ordem geral.
- Moradia adequada. - Escolas. - Áreas de lazer. - Alimentação adequada. - Educação em todos dos níveis
Prevenção Primária
Prevenção PrimáriaProteção Específica- Imunização.- Saúde ocupacional.- Higiene pessoal e do lar.- Proteção contra acidentes.- Aconselhamento genético.- Controle dos vetores.
Prevenção SecundáriaDiagnóstico Precoce - Inquérito para descoberta de casos na comunidade.- Exames periódicos, individuais, para detecção precoce de
casos.- Isolamento para evitar a propagação de doenças.- Tratamento para evitar a progressão da doença.
Limitação da Incapacidade - Evitar futuras complicações.- Evitar seqüelas.
Prevenção Terciária
Reabilitação (impedir a incapacidade total).
- Fisioterapia. - Terapia ocupacional. - Emprego para o reabilitado.
HISTÓRIA NATURAL DAS DOENÇAS
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
DOENÇA
A) Doença: Desajustamento ou falha nos mecanismos de adaptação do organismo ou
uma ausência de reação aos estímulos a cuja ação está exposta. B) Infecção: é a penetração, alojamento e, em
geral, multiplicação de uma agente etiológico animado (parasita) no organismo de um
hospedeiro, produzindo-lhe danos, com ou sem aparecimento de sintomas clinicamente
reconhecíveis.
I. CONCEITOS BÁSICOS:
C) Doença contagiosa: doenças cujos agentes
etiológicos atingem indivíduos saudáveis através do contato
direto.D) Doença transmissível: qualquer doença causada por um agente infeccioso
específico, que se manifesta pela transmissão deste agente de uma pessoa ou animal infectado ou de um reservatório
a um hospedeiro suscetível, direta ou indiretamente, por meio de um
hospedeiro intermediário, de um vetor ou do meio ambiente inanimado.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
II.CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇASA) Doença infecciosa
B) Doença não-infecciosa
A) Crônicas
B) Agudas
Sob o ponto de vista
etiológico
Sob o aspecto de duração
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Categorias fundamentais da doenças1. Doença infecciosa aguda2. Doença infecciosa crônica
1. Doença não-infecciosa aguda2. doença não infecciosa crônica
A) Etiologia infecciosa
B) Etiologia não-infecciosa
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Os agentes infecciosos apresentam uma série de características que interagem com o meio e o hopedeiro, influenciando o comportamento das doenças infecciosas na comunidade, como:
Infectividade: capacidade de o agente etiológico alojar-se e multiplicar-se no organismo do hospedeiro e transmitir-se para um novo hospedeiro;
Patogenicidade: capacidade de um agente biológico causar doença em uma hospedeiro suscetível;
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Virulência: grau de patogenicidade de um agente infeccioso que se expressa pela gravidade da doença, especialmente pela letalidade e proporção de casos com sequelas;
Poder imunogênico/imunogenicidade: capacidade do agente biológico de estimular a resposta imune no hospedeiro, conforme as características desse agente;
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Valência ecológica: capacidade de uma agente sobreviver em um ou mais reservatórios. Quanto maior sua valência ecológica, maior será sua capacidade de perpetuação no ambiente, assim como crescerão as dificuldades de eliminação do agente;
Resistências as condições do meio: capacidade de sobreviver nas condições do meio ambiente.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Inóculo ou dose infectante: é a quantidade do agente que penetra no novo hospedeiro suscetível. Quanto maior o inóculo, maior a gravidade da doença, e geralmente, menor o período de incubação.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
IV. PROPRIEDADES DO BIOAGENTE
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Características do reservatório: Reservatório hábitat de uma agente infeccioso, no qual
este vive, cresce e se multiplica. O reservatório é indispensável para a perpetuação do agente, ao
passo que a fonte de infecção é a responsável eventual pela transmissão.
Podem comportar-se como reservatório ou fontes de infecção:
O homem; Os animais; O ambiente;
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
VI. TRANSMISSÃO DAS DOENÇAS
B) MODOS DE TRANSMISSÃO:
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
1. TRANSMISSÃO DIRETA
Transferência rápida do agente etiológicosem a inferência de veículos
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
2. TRANSMISSÃO INDIRETA
Transferência do agente etiológico por meio de veículos animados ou inanimados.
Para isso, os agentes tem de serem capazes de sobreviver fora do organismo e existam veículos que os transportem.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
3. TRANSMISSÃO VERTICAL
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Vias de PenetraçãoEntende-se por via de penetração o trajeto pelo qual o agente introduz-seno novo hospedeiro.
Frequentemente as vias de penetração e eliminação são as mesmas.
Vias mais importantes:
Trato respiratório; Trato gastrointestinal; Trato urinário; Pele, mucosas e secreções.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
PROCESSO INFECCIOSO
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
CONCEITOS DIVERSOS
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
AGENTE INFECCIOSO
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
SUSCETÍVEL
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
VEÍCULO
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
FÔMITES
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
VETOR
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
SUBSTRATO DE ELIMINAÇÃO
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
VI. TRANSMISSÃO DAS DOENÇAS
A) MECANISMOS DE PENETRAÇÃO MAIS COMUNS:
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
INGESTÃO
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
INALAÇÃO
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
VIA TRANSPLACENTÁRIA
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
ATRAVÉS DAS MUCOSAS
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
PENETRAÇÃO ATRAVÉS DE SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
INTRODUÇÃO NO ORGANISMO ATRAVÉS DE OBJETOS E INSTRUMENTOS
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
INTRODUÇÃO EM TECIDO MUSCULAR OU NA CORRENTE SANGUÍNEA, POR PICADAS DE
INSETOS OU MORDEDURA DE ANIMAIS
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LEAVELL, H. & CLARK, E. G. Medicina Preventiva. São Paulo, Megraw-Hill, 1976, 283p.
PEREIRA, M.G. Epidemiologia: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.
FELTCHER, R; FLETCHER, S; WAGNER, E. H. Epidemiologia Clínica: elementos essenciais. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
ROUQUAYROL, M. Z. Epidemiologia e Saúde. 6ª ed., 2003. Cap. 01.
INSTITUTO CONSCIÊNCIA GOEPIDEMIOLOGIA OCUPACIONAL
EPIDEMIOLOGIA
Profª Ms. Pollyanna de Siqueira Queirós
Mestrado em Enfermagem - UFGEspecialização em Gestão em Saúde - UEG
Enfermeira (Bacharelado e Licenciatura) - UFG
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