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Implicações da perda auditiva para o aluno

surdo na escola

Profa. Aryane Santos NogueiraDoutoranda em Linguística Aplicada

Instituto de Estudos da Linguagem – IEL/UNICAMP

Importância da audição

Interação social Aquisição da linguagem

Aquisição de conhecimentos

Aquisição da língua oral

Sentido de alerta /defesa para o perigo

Como ouvimos?

Sistema Auditivo Periférico: responsável pela sensação.

Sistema Auditivo Central: responsável pela percepção e compreensão dos sons.

Orelha externa Orelha média Orelha interna

Tronco encefálico Córtex temporal Áreas

associativas

Como ouvimos?

Sistema Auditivo Periférico

Como ouvimos?

Sistema Auditivo Central

Caracterizada pela dificuldade de perceber, detectar o som ou entender o que ele significa.

Limite mínimo de 25 dB ou mais em adultos para a média tonal de 500, 1000 e 2000 Hz e de 15 dB ou mais para crianças para a média tonal de 500, 1000, 2000 e 3000 Hz (RUSSO e SANTOS, 1994).

Decreto 5.626/05 - Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.

Perda Auditiva

Perda Auditiva

Classificação

Momento de aparecimento

Etiologia

Tipo

Grau

Configuração audiométrica (tipo, lateralidade e simetria)

Perda Auditiva

Classificação

Momento de aparecimento:

Pré-natal / Congênita

Pós-natal / Adquirida

Perda Auditiva

Classificação

Etiologia:

Doenças durante a gestação

(Toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis)

Origem Genética

Traumas, Acidentes

Doenças que acometem OE,

OM ou OI

Perda Auditiva

Classificação

Tipos:

Condutiva

Acometem OE ou OM, diminuindo a

quantidade de energia sonora

que é transmitida para a OI.

Ex: Malformações da OE, colabamento MAE, Otites, Perfurações da MT, Colesteatoma,Otosclerose, etc.

Perda Auditiva

Classificação

Tipos:

Neurossensorial

Acometem a OI (coclear) ou o Nervo

Coclear (retrococlear)Ex: Trauma, PAIR, Presbiacusia, Doença de Meniére, Ototoxidade, Neurinoa do Acústico, Caxumba, Tumores, Sífilis, Meningite, Súbita, etc.

Perda Auditiva

Classificação

Tipos:

Mista

Aparecem componentes condutivos e

neurossensoriais numa mesma

orelha

Perda Auditiva

Classificação

Tipos de perda auditiva de acordo com Silman e Silverman (1997)

Perda Auditiva

Classificação

Audiograma recomendado pela ASHA (1990)

OE

O<…

OD

X>…

Perda Auditiva

ClassificaçãoGrau: Lloyd e Kaplan (1978)

Perda Auditiva

ClassificaçãoGrau (crianças até 12 anos): Northern e Downs (1984)

Perda Auditiva

Classificação

Configuração audiométrica:

Ascendente

Horizontal

Descendente

U

U inventido

Entalhe

Bilateral

Unilateral

Simétrica

Assimétrica

Perda Auditiva

Detecção

Triagem Auditiva

Testes comportamentais

Testes eletrofisiológicos

Detecção

Testes comportamentais

Recém-nascido – 1

mês1 – 4 meses

Reflexo cócleo-palpebral, sobressalto, a 75dB

Reflexo, virada rudimentar da cabeça, a 70dB

4 – 7 meses

7 – 9 meses

9 – 13 meses

13 – 16 meses

Vira a cabeça em direção ao som/atitude de escuta, a 50dB

Localização direta para lado e indireta para baixo, a 45dB

Localização direta para lado e indireta para cima, a 38dB

Localização direta para baixo e direta para cima, a 30dB

20 cm do pavilhão – plano horizontal

EOA (Emissões Otoacústicas) medem a resposta da cóclea (reflexo acústico das CCEs).

(Teste da Orelhinha)

PEATE/BERA medem a condição das vias do SNC e tronco encefálico.

Detecção

Testes eletrofisiológicos

Perda Auditiva

Detecção

Testes com diapasão

Audiometria Tonal determina os limiares de audibilidade para as frequências de 250 a 8000Hz.

Logoaudiometria avalia a habilidade para detectar e reconhecer a fala.

Medidas de Imitância Acústica

Permitem a captação e amplificação do som.

Utilizam a audição remanescente.

Componentes das próteses: Microfone Amplificador Receptor Pilha

Próteses Auditivas (AASI)

Próteses AuditivasLocal de Uso

Modo de transmissão do som

Condução aérea Condução óssea

Tecnologia

AnalógicaDigitalmente Programável

Digital

Ganho acústico

Está intimamente relacionado ao grau de perda auditiva.

Depende das regulagens do aparelho (controle de volume, controle de ganho, sistemas de compressão ou expansão) e do molde.

Próteses Auditivas

Dispositivo eletrônico implantado cirurgicamente.

Estimula diretamente o nervo auditivo através de pequenos eletrodos que são colocados dentro da cóclea. O nervo leva estes sinais para o cérebro.

Implante Coclear (IC)

Candidatos ao implante:

Em linhas gerais, pessoas com perda auditiva severa a profunda bilateral que não têm benefício com aparelhos auditivos convencionais.

Implante Coclear

Sistema de Frequência Modulada Pessoal

Indicado para melhor acesso à fala quando o ruído de fundo interfere na compreensão.

Melhora a percepção e discriminação da fala à distância e em ambientes ruidosos.Favorece relação sinal/ruído: a voz do professor em um nível mais forte do que o ruído ambiental.

Sistema FM

Duas partes: transmissor e receptor. O transmissor possui um microfone e fica o mais próximo

possível da boca do interlocutor e o receptor é acoplado à entrada de áudio ou bobina telefônica do AASI e/ou IC da pessoa com perda auditiva.

O som captado pelo microfone do transmissor (PROFESSOR) é enviado via FM diretamente para o receptor (ALUNO).

Sistema FM

Indicação:

Possuir deficiência auditiva e ser usuário de AASI ou IC.

Ter domínio da linguagem oral ou em fase de desenvolvimento.

Estar matriculado no Ensino Fundamental I ou II e/ou Ensino Médio.

Apresentar IPRF (índice percentual de reconhecimento de fala) melhor que 30%, na situação de silêncio ou limiar de detecção de Voz (LDV) igual ou inferior a 40dB (com AASI ou IC).

Sistema FM

Leitura Orofacial

Com base no Censo do IBGE 2010, uma média de 12,5% de crianças e jovens referem ter deficiência auditiva com comprometimento severo.

Retirado de: http://formsus.datasus.gov.br/imgarq/10568/1446731_109700.pdf

Indivíduos com perdas auditivas podem ser descritos:

Em termos comunicativos, como usuários de várias formas de comunicação: língua oral, língua de sinais ou língua escrita.

Em termos audiológicos, pelo grau da perda.

Pelo uso de recursos tecnológicos.

A terminologia utilizada deve refletir a preferência pessoal.

A população de indivíduos com perda auditiva é muito heterogênea estratégias na escola serão diferenciadas.

tipo e grau de perda

idade de aparecimento da perda

uso de amplificação

língua nativa

cultura da família

preferência pelo modo de comunicação

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