impÉrio franco e carlos magno

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Carlos Magno e o Reino

Franco

As migrações bárbaras

A transição do Império Romano para o Feudalismo / POVOS BÁRBAROS

•Eram chamados de BÁRBAROS todos os povos que não compartilhavam da cultura romana e que viviam além das fronteiras do Império.

•A palavra “bárbaros” deriva do romano “bárbaroi” = estrangeiro, e designava qualquer um que não compartilhasse da cultura e da língua romanas.

•Os bárbaros, na verdade, dividiam-se em diversos povos distintos que habitavam as regiões dos rios Reno, Danúbio, Vístula e a região dos mares do Norte e Báltico, a Germânia

•Durante muito tempo os bárbaros viveram em paz com os romanos que já haviam tido contato com eles desde o Império de Júlio César. Entretanto, com a chegada dos hunos, vindos da Ásia central, os bárbaros germânicos foram “empurrados” para os territórios romanos de forma nem um pouco amistosa causando uma onda de devastação e terror.

•Podemos citar como principais povos Bárbaros: Hunos (Asia Central); Anglo-Saxões (Inglaterra); Gauleses (Bélgica, Holanda e França); Francos (Belgica e França); Vândalos (Europa Central); Visigodos (Leste Europeu); Lombardos (Norte da Europa)

As migrações bárbaras

Bárbaros em Roma

As migrações bárbaras

• Resumindo, seriam as seguintes as conseqüências básicas das migrações bárbaras:

• Fragmentação do Império Romano• Fundação de vários reinos cristãos, com a conversão

dos bárbaros.• Impulso dado ao feudalismo pelas instituições bárbaras,

em virtude da decadência do Império Romano e da ruralização.

• Abandono da língua latina, substituída pelas línguas bárbaras (francês, inglês, línguas eslavas, etc.).

OS VÁRIOS POVOS GERMÂNICOS QUE PENETRARAM AS FRONTEIRAS DO IMPÉRIO ROMANO FORMARAM

REINOS INDEPENDENTES, DE CURTA DURAÇÃO, POIS VIVIAM EM CONFLITO ENTRE SI OU COM

NOVOS INVASORES

Reino dos Francos

• Na fase final do Império Romano, tribos germânicas se instalaram no norte da Itália e no centro atual França, originando o Reino dos Francos, que se tornou o reino mais importante da Alta Idade Média européia, transformando-se num império semelhante ao dos romanos, embora com características bem diversas e comprometido com a formação do feudalismo.

• Houve duas dinastias (poder pela família) que governaram o reino franco: merovíngios e os carolíngios.

Dinastia merovíngia

-Clóvis (481-511 d.c)

-Expansão territorial

-Primeiro chefe bárbaro a se converter ao catolicismo

O Reino Franco e o Império Carolíngio

Dinastia Meronvígia (481 – 751)

*Em 481, após a desintegração do Império, um rei de nome Clóvis unificou as várias tribos e fundou ali o reino dos francos; ele promoveu expansões do domínio franco e converteu-se ao catolicismo, trazendo a Igreja Católica como uma grande aliada ao seu reino. Durante muito tempo a Igreja e os nobres receberam terras como recompensa da aprovação religiosa e apoio militar.

* Em 511, após a morte de Clóvis, o Reino dos Francos foi dividido em quatro partes, pois era um costume germânico fazer a partilha dos bens do falecido entre os seus filhos, e com isso a monarquia franca ficou debilitada, pois foi iniciada uma luta entre os herdeiros.

•Os Mordomos, como ficaram conhecidos os funcionários que administravam as diferentes regiões do Império, passaram a exercer o poder de fato; destaque para Carlos Martel que no ano de 732 se colocou à frente do exército franco e venceu os muçulmanos na batalha de Poitiers, fortalecendo, assim, a aliança entre o Reino Franco e a Igreja católica.

• Em 751, seu filho Pepino, derrubou do trono o último soberano merovíngio e se fez coroar rei dos francos inaugurando a dinastia carolíngia.

•Pepino foi reconhecido como  rei pelo papa, Em seguida presenteou a Igreja católica com parte das terras conquistadas na Itália central. Desta doação, originou-se o Patrimônio de São Pedro, também chamado Estados da Igreja, que permaneceram inalterados por mais de mil anos.

O VATICANO SEDE ATUAL DA IGREJA CATÓLICA, É O QUE RESTOU DESSAS TERRAS DOADAS POR

PEPINO E POR CARLOS MAGNO SEU SUCESSOR.

NESSE PERÍODO A JÁ PODEROSA IGREJA CATÓLICA TORNOU-SE A FORÇA POLÍTICA, CULTURAL E RELIGIOSA DA EUROPA FEUDAL, DEVIDO AOS

ACORDOS QUE CELEBROU COM OS POVOS GERMÂNICOS

• A BASE DESSE ACORDO ERAM SIMPLES: OS REIS BÁRBAROS RECEBIAM O APOIO POLÍTICO E ESPIRITUAL DA IGREJA, QUE LEGITIMAVA O PODER DOS REIS.

• EM TROCA, OS REIS RECONHECIAM A AUTORIDADE MORAL E POLÍTICA DA IGREJA CATÓLICA, PAGAVAM TRIBUTOS E ADOTAVAM O CATOLICISMO COMO RELIGIÃO OFICIAL E ÚNICA.

OS ACORDOS ERAM CELEBRADOS COM A CONVERSÃO DO REI BARBARO E DE SEUS SÚDITOS

AO CRISTIANISMO

Pepino o Breve

Império Carolíngio ou Reino Franco

Carlos Magno

Império Carolíngio ou Reino Franco

Expansão do cristianismo.

Tentativa de reconstruir o Império Romano do Ocidente.

Divisão imperial em 300 partes (condados, ducados e

marcas).

Missi Dominici – funcionários imperiais (burocracia).

Capitulares – leis imperiais.

Renascimento carolíngeo – preservação de obras

clássicas em escolas eclesiásticas.

A Dinastia dos Carolíngios

Carlos Magno, filho de Pepino, assumiu o trono dos francos em 768 após a morte do pai, dando continuidade à aliança com o papado e à política carolíngia de conquista de novas terras.

Em 800, o rei franco deslocou suas tropas até Roma para prestar auxílio militar ao papa Leão III, ameaçado pela nobreza local. Em troca, o papa concedeu-lhe o título de Carlos Augusto, imperador dos romanos que não era dado a ninguém desde 476.

A tentativa de restaurar o antigo Império romano do Ocidente atendia a interesses tanto do rei franco quanto do papa. Para Carlos, o título de “Imperador coroado por Deus” consolidava e dava legitimidade às suas conquistas.

Durante o reinado de Carlos Magno, O Reino Franco - agora Império Carolíngeo - atingiu seu tamanho máximo em termos territoriais.

Para o papa, a criação do novo império reforçava o poder temporal da igreja de Roma, (poder de governar os seres humanos no sentido político, mas não no sentido religioso) cujo braço armado era o exército do imperador.

Ao mesmo tempo, a Igreja católica se fortalecia diante do Império bizantino, com o qual tinha divergências.

Para conseguir administrar todo o império Carlos Magno dividiu o império em condados, ducados e marcas, criou as captulares que eram normas escritas que funcionavam como leis.

Reformas educacionais

Manutenção do conhecimento greco-romano

Escolas monacais

Escolas catedrais

Escolas palatinas

• Reforma Educacional • As escolas funcionavam junto aos mosteiros

(escolas monacais), • bispados (escolas catedrais) ou às cortes

(escolas palatinas).• Nestas escolas eram ensinadas as sete artes

liberais: aritmética, geometria, astronomia, música, gramática, retórica e dialética.

Após sua morte seu filho Luís I, o Piedoso, assumiu o poder, e reinou de 814 a 840.

Com a morte de Luís I seus três filhos disputaram o poder, mas só em 843 eles assinaram um tratado, o Tratado de Verdum, onde todo o território foi dividido entre si.

As constantes lutas entre herdeiros e as invasões de novos povos bárbaros contribuíram para o enfraquecimento do poder dos reis, e fortalecimento dos senhores locais, descentralizando o poder e iniciando o FEUDALISMO na Europa.

CARLOS MAGNO E SEU FILHO LUÍS, O PIEDOSO

A FRÂNCIA OCIDENTAL FICOU COM CARLOS, O CALVO

A LOTARÍNGIA FICOU COM LOTÁRIO

A FRÂNCIA ORIENTAL COM LUÍS, O GERMÂNICO

Com a morte de Carlos Magno, o império foi dividido

Império Carolíngio ou Reino Franco

A DIVISÃO DO REINO NÃO PÔS FIM ÁS LUTAS PELO CONTROLE DO PODER, LEVANDO Á

DESINTEGRAÇÃO TOTAL DO IMPÉRIO POUCO TEMPO DEPOIS. MUITOS HISTORIADORES

ENTENDEM QUE A PARTIR DESSE MOMENTO CONSOLIDOU-SE O SISTEMA FEUDAL

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