impacto da discriminaçao e preconceito no tratamento e recuperaçao dos portadores do hiv/sida

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Health & Medicine

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Impacto da Discriminação e Preconceito no

Tratamento e Recuperação dos Portadores do

VIH/SIDA

Orientadora: Mestre Cesaltina Ribeiro

Co-Orientador : Mestrando Herlânder Rodrigues

Orientanda: Esandra Sandrine D. Fernandes

UNIVERSIDADE DE SANTIAGO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE, AMBIENTE E TECNOLOGIA

CURSO LICENCIATURA EM ENFERMAGEM

Assomada, Outubro de 2013

INTRODUÇÃO

– Justificativa

– Objectivos

– Questão de investigação

REFERENCIAL TEÓRICO

METODOLOGIA

Fase Empírica

– Análise e discussão dos dados

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

Estrutura

Introdução

o surgimento e a evolução do SIDA, fez com que o medo e o

preconceito intensificassem em todas as sociedades e

consequentemente no mundo todo. Isto porque esta patologia

desde muito cedo foi associada à fatalidade e à morte (Oliveira

2005) .

Hoje continua a existir uma representação social estigmatizada,

sobre quem está infectada com VIH (Loureiro & Miranda, 2010).

Questão de investigação

Os portadores do VIH/SIDA do concelho de

Santa Cruz, sofrem de discriminação e

preconceito?

Objectivo Geral

Conhecer a existência da discriminação e do

preconceito e sua relação com o tratamento e

recuperação dos portadores do VIH/SIDA no

concelho de Santa Cruz.

Objectivos

Descrever a existência da discriminação e do preconceito no

concelho de Santa Cruz.

Descrever o comportamento das pessoas do concelho com

os portadores do VIH/SIDA.

Compreender e analisar a discriminação e o preconceito

para com os portadores do VIH/SIDA.

Demonstrar de que forma a discriminação e o preconceito

afectam o tratamento e a recuperação do portadores do

VIH/SIDA.

Objectivos Específicos

Para, Chastel. Ford (1992 apud Vinhas 2008); Loureiro e Miranda (2010), uma

pessoa é considerado seropositivo quando não apresenta nenhuma

doença reveladora do SIDA, mesmo tendo VIH no seu organismo, poderá,

aparentemente estar saudável, mas poderá ocorrer a transmissão do vírus a

outra pessoa. A pessoa infectada pode ter em média 15 a 20 anos sem

sintomas.

(Peres, at. al 2004)

Referencial Teórico

Doente de SIDA

Seropositivo

CD4<200 e

doenças

oportunistas

Discriminação , preconceito e VIH/SIDA

O preconceito e a discriminação contra os portadores do VIH/SIDA

constituem como um dos maiores obstáculos no combate à

epidemia, tanto inviabilizando um tratamento adequado, como

dificultando a assistência e a busca pelo diagnóstico, Soares (2002

apud Da Cruz e Carvalho, 2010) .

Tratamento e Recuperação Observou-se uma melhoria notáveis no Tratamento Antiretroviral (TARV) e

no diagnóstico precoce das infeções oportunistas, aumentaram a

esperança e a sobrevida das pessoas que vivem com HIV e SIDA, mas ao

mesmo tempo o preconceito e a discriminação continuam fazendo vítimas,

Camargo Júnior, (1999, apud Rossi, 2010) .

METODOLOGIA

População

Santa Cruz

Amostra 1

Pessoas

residentes no

concelho

Amostra 2

Portadores do

VIH/SIDA da

Associação Esperança

Quantitativo discritivo-correlacional

Amostragem não

Probabilística

(Convencional ou

intencional)

Instrumento de

recolha de dados Questionário

semi-

estruturado

Critérios

de Inclusão:

• dsBFGGFGExcel e

SPSS

Analise e

interpretação

dos resultados

Pessoas portadoras do VIH/SIDA da

associação esperança na vila de pedra

Badejo.

Pessoas residentes no concelho de

Santa Cruz.

Pessoas com capacidades para

responder o questionário e aceitar

participar do estudo.

Procedimentos éticos legais Pedido de autorização a associação esperança.

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido .

Análise e discussão dos dados

Masculino Femenino

54,3

45,7

Género

15-24 25-29 30-45 45-55 55-65

34,327,1

21,4

10,0 7,1

Idade

92,9

2,9 1,4 2,9

Estado civil

24,341,4

15,7 4,3 14,3

Nivel de escolaridade

Figura 1- Distribuição de dados de acordo com género, idade, estado civil e nível de escolaridade

sim Não

67,9

32,1

Discriminação (a)

Sim Não

69,8

30,2

Preconceito (b)

Figura 2- Distribuição dos dados da amostra I que admitiram haver discriminação (a) e preconceito (b) para com os

portadores do VIH

Serias capaz de conviver, partilhar o mesmo quarto, a mesma cozinha que um

seropositivo

N %Não 8 15,1

Sim 29 54,7

Não sentiria seguro 14 26,4

Não consigo 2 3,8

Figura 3- Distribuição de dados de acordo com o motivo da preocupação

sim Não

58,8

41,2

Afastamento da comunidade

53%

6%

41%

Motivo do afastamento

Discriminação e preconceito existente na comunidade

Medo que saibam da minha doença

Negatividade

sim Não

76,5

23,5

Abandono por parte dos amigos

Figura 4- Distribuição dos dados de acordo com o vítimas de preconceito e discriminação, abandono , afastamento e o

seu motivo

Não sim

11,8

88,2

Vítimas de preconceito e discriminação

sim Não não se aplica

58,8

17,6

23,5

Interrupção do tratamento

Figura 5- Distribuição dos dados de acordo com a interrupção do tratamento anti-retroviral

sim Não

82,4

17,6

Preconceito, discriminação e influência no tratamento e recuperação

Figura 6- Distribuição dos dados de acordo com a influência

Correlação entre as variáveis da amostra II

1 2 3 4 5

1- D.P.I.T - .900 .935 . 921 .901

2- Vítimas de discriminação - .887 .896 .886

3- Afastamento devido ao seu estado serológico - .942 .899

4- Abandonado por um amigo pelo facto de ser um seropositivo - .933

5-Interrompimento do tratamento anti-retroviral -

**Correlation is significant at the 0.01 level (2-tailed).

Tabela 1 - Apresentação da Correlação entre as variáveis em estudo da amostra II

Apresentação das perguntas abertas

Categoria Subcategoria

Motivo da descriminação

Falta de conhecimento em relação as

formas de contaminação da doença

Medo da doença do estranho e

desconhecido

Doença sem cura e estigmatizada

Existência de preconceito

Medo de contrair a infeção

Falta de informação/conhecimento

Desconfiança do diagnóstico.

Abandono ao tratamento anti-

retroviral

Efeitos colaterais dos medicamentos;

Falta de esperança e perspectivas

Medo que as pessoas saibam do

diagnóstico.

Subcategoria Participantes

Falta de conhecimento em relação as formas de contaminação da doença P.17- “Devido a falta de conhecimento em relação a doença.”

P.12- “Pessoas falam sem terem informação sobre o estado da pessoa e sem

pensar e não justificam porque é que dizem.”

Medo da doença do estranho e desconhecido P.31-“ Porque as pessoas sentem medo de contaminar”

P.6- “A população não quer estar perto deles, devido ao medo da transmissão

da doença.”

Doença sem cura e estigmatizada P. 23- “ …. Fazem piadas, porque essa doença não têm cura”

Medo de contrair a infeção P7-“ Não chegam perto dos seropositivos devido ao medo de contrair a

doença”

P6-“ As pessoas não sentem seguros ao estarem juntos dos seropositivos”

Falta de informação/conhecimento P.26 –“ O início da magreza, ou seja perda de peso de uma pessoa da

comunidade muitas vezes é relacionado a SIDA”.

Efeitos colaterais dos medicamentos; P2-“ Devido a febre, dores de cabeça”

P4- “Porque causa efeitos colaterais”

Falta de esperança e perspectivas P9-“… eu queria tirar a minha própria vida”.

P3- “Devido ao desespero”

Medo que as pessoas saibam do diagnóstico. P7-“Tenho medo de ir buscar”

P8-“… medo que possam descobrir.”

Considerações Finais

Os resultados estatísticos encontrados no estudo anunciam a

existência da discriminação e do preconceito no concelho de

Santa Cruz e sua influência no tratamento e na recuperação

dos portadores do VIH/SIDA, isto é quando estes são

abandonados pelos amigos pelo facto de serem portadores

do VIH, quando afastam da sua comunidade, quando sofrem

do preconceito e da discriminação e por último quando

abandonam ou interrompem o seu tratamento.

Limitações

A escassez de estudos que retratem as variáveis

intervenientes no estudo dificultou, e muito, a construção

do instrumento de colheita de dados e a própria

discussão dos resultados.

Por ser uma amostra pequena (70 pessoas), não permite a

generalização dos resultados para a população total.

Sugestão

Sugerimos que as atitudes e os programas

relacionados ao VIH/SIDA sejam mais

estruturados e concentrados no pensar e

agir, para que o preconceito e a discriminação

sejam definitivamente erradicados do nosso

país.

Da Cruz, M.S; Carvalho, J. R. DE Araújo. (2010). Atitudes e discriminação no mercado de trabalho em relação aos portadores de

HIV/AIDS no Brasil. Brasil. Disponível em: www.repositorio.ufc.br:8080/.../Tese%20de%20Mércia%20Santos%20da; Acesso

em 12 de Abril de 2013.

Ford, M.T. (1992).Guia Prático contra a SIDA. Portugal: Terramar.

Loureiro.I,Miranda,N (2010). Promover a saúde:Dos fundamentos à acção. In e. Almeida (Ed.). (p. 325). Portugal: SA.

Oliveira, T. G. (2005). AIDS e discriminação: violação dos direitos humanos. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 762.Disponível

em: www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/.../15775-15776-1-PB.pdf ; Acesso em 31 de Dez. de 2012.

Peres, C.A. Silva, G. P. cazio, C. Negra, M.D. Pinto, T. : S. Cruz, M.L. (2004). Unidos contra o preconceito: Jovens seropositivos

frequentam grupo de incentivos à vida. Revista, Saber viver.

Rossi, G.S.M. (2010). Impacto da terapia Antiretroviral em adolescentes e adultos com aids em Curitiba conforme os diferentes

consensos de tratamento de 1991, 1996 e 2001 do ministério da saúde. (84p). Dissertação de mestrado em medicina

Interna. Universidade Federal do Paraná. Curitiba.

Vinhas, A.R.S. (2008). Expressão da Ansiedade e da Depressão em pacientes com VIH/SIDA. (91p). Tese de doutorado em

Psicologia. Universidade Fernando Pessoa, porto.

Referências Bibliográficas

OBRIGADA

PELA VOSSA ATENÇÃO

30-05-2014

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