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4 | CORREIOSalvador, domingo, 23 de janeiro de 2011 Imóveis
Sustentável
Ecologicamente corretasImóveis ganhamnovos projetospela preservaçãodo meio ambienteJorge Gauthier
jorge.souza@redebahia.com.br
Construções ecologica-mente corretas estão em ex-pansão no mercado. Há proje-tos com telhados florestais -feitos com plantas -, vidrosespeciais que reduzem o usode energia elétrica, elevado-ressemcasademáquinaerea-proveitamento de água. Tudoprojetado para reduzir aagressão ao meio ambiente.
Ambientescomiluminaçãonatural e utilização de senso-res de presença são outras es-tratégias para evitar o consu-mo desnecessário de energia.Para economizar água, cons-truções apostam em torneirasinteligentes, que diminuem avazão de água, e em vasos sa-nitários com dois tipos de des-carga, acionada a depender doque será descartado. Placasfotovoltaicas, instaladas noteto dos imóveis, liberamenergia alternativa através dacaptação da luz solar. Cons-truídos por cobertura vege-tais, os telhados verdes redu-
zem a emissão de gases po-luentes na atmosfera.
Pode não parecer, mas asconstruções também são des-cartáveis. A casa onde vocêmora um dia vai virar lixo. Oproblemaéqueéumtipodeli-xo bem difícil de ser descarta-do ou absorvido pelo meioambiente. Além de buscarmenor impacto no meio am-biente em ações do dia a diadas casas, construtoras e ar-quitetos têm planejado imó-veis com novos conceitos. Apreocupação acontece tam-bém com o destino final domaterial de construção.
SOCIAL Para o professor An-dré Santos, que leciona nocurso de Urbanismo da Uni-versidade do Estado da Bahia(Uneb) e é mestre em planeja-mento urbano e regional, to-das as construções precisamter uma boa relação com omeio ambiente. “Para queuma construção seja conside-rada ecologicamente correta,ela precisa estar inserida nocontexto ecológico e social.Vai desde a escolha dos mate-riais até a construção do em-preendimento perto do localde trabalho para que não hajamuito uso de combustível nodeslocamento dos futurosmoradores”, explica o profes-sor da Uneb.
Santos esclarece que, itenscomo o uso de energia solar e oreaproveitamento de água,favorecem a formação de redes ecologicamente corretas.“É ideal que as construçõesusem materiais degradáveiscomo a madeira: ao ser des-cartada, é totalmente assimi-lada pelo ambiente”, explica oprofessor, lembrando queainda não tem na Bahia ne-nhum imóvel 100% ecologi-camente correto. Mas está emfase de construção empreen-dimentos com essa preocupa-ção em Salvador.
Com o objetivo de preser-var o meio ambiente, o arqui-teto Antonio Caramelo, cons-trói, em Ondina, a nova sededa empresa. A fachada do pré-dio será inteiramente de vidrodo tipo Guardian Royal Blue40 – que aproveita a luz solar.Além disso, os pisos serãoporcelanatos reciclados. A es-trutura de piso terá plástico dealta resistência.
REAPROVEITAMENTO“Ha-verá ainda captação e trata-mento de água pluvial parauso geral, assim como trata-mento de águas cinzas parareuso”, explica Caramelo.
Em construção na avenidaTancredo Neves em Salvador,o Syene Corporate, da SyeneEmpreendimentos, está sen-
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Além da beleza, casas construídas com madeira tratada são mais sustentáveis: o material é mais barato e totalmente assimilado pelo meio ambiente
Telhados verdes reduzem a emissão de gases poluentes
Além de pisode plásticoresistente, oescritório terácaptação etratamento deágua pluvial
ANTONIO CARAMELO, arqui-teto
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CORREIO | 5Salvador, domingo, 23 de janeiro de 2011Imóveis
NOVASEDEDACARAMELOARQUITETOS
EDITORIA DEARTE/CORREIO
14 Telhas sanduíchemetálica c/
redutor de carga térmicaDiminuematemperaturaeousodear-condicionado
15 Reservatório em fibra de vidro
de para água potável fortleveArmazenaáguaparaevitardesperdício
16 Sistema VRV para ar
refrigerado hitachiTecnologiaquediminuioconsumoenergéticodoequipamento
17 Painéis solaresCaptamaenergiasolarqueéusadanoconsumodo imóvel
18 Paredes termoacústucasMelhoramaacústicadoambienteeaindamelhoramasensaçãotérmica
ILUSTRAÇÕES: FRANKCARAMELO, BETOCAMPOS ERAFAELOLIVEIRA
11 Iluminação total em LED philipsConsomemenosenergia
12 Forro termoacústico
reciclado remasterDiminuios ruídos, porserdematerial reciclado temmenorimpactoambiental
13 Claraboias laterais na cobertura
em vidro térmico sunguardReduzematemperatura
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Vidro redutor de carga térmicaDiminui anecessidadedeusodear-condicionadopor atenuar a temperatura do ambiente
8 Caixa para água azul recicladaEspaçosparaarmazenamentodedejetos
5 Pisos em porcelana reciclado gyotoko
sobre piso removível reciclado remasterUtilizamaterial recicladonasuacomposição
Total estruturametálicaFacilita na iluminação, conservaçãoemanutenção
Parede em gesso revestidoSinal de obra sem desperdício e execução sementulho. Ainda facilita o acesso às instalações
4 Cabeamento em fibra ótica da
furukawaGastomenordematerial emcomparaçãoaosantigoscabeamentos
6 Tubulação em polipropilenoPlásticomais resistente, o que evita trocascontínuas
7 Paredes revestidas em pastilhas de
vidro reciclado bacteriológico gyotokoAumentama iluminação interna
9 Caixa d´água para reciclagemdeágua cinzaEspaços para armazenamento de dejetos
10 Caixa d´água c/ retençãode água pluvialEspaços para armazenamento de dejetos
do erguido com a intenção deser o primeiro edifício comer-cial com o título de “empre-endimento verde”. O SyeneCorporate, projetado por Ca-ramelo, vai usar telhas ter-moacústicas e vidros de altaperformance em confortotérmico nas fachadas do pré-dio.Alémdisso,haverácapta-ção e reaproveitamento daságuas das chuvas e instalaçãode unidades coletoras de lixoem todos os andares das tor-res. O empreendimento contaainda com piso elevado e for-ros modulados 100% recicla-dos e utilização de sanitários avácuo.
FILTRO SOLAR Outro em-preendimento que está sendoerguido em Salvador comperspectivas de preservaçãodo meio ambiente é o OrizonViews Houses, da QueirozGalvão, localizado no MorroIpiranga. Os vidros do empre-endimento têm filtros contraraios solares que protegem92% contra raios ultravioletae 68% contra infravermelho.O uso desses vidros especiaisdiminuem a necessidade douso de ar-condicionado econsequentemente preser-vam energia do ambiente.
Mas uma casa ecologica-mente correta não quer dizerque não tenha cimento, porexemplo. No mercado, já há afabricação desses materiaiscom produtos que poluemmenos.
Asedificações,para seremecologica-mentecorretasprecisam serpensadascomo algoque éproduzido,consumido,planejado edescartadodepois do usoANDRE SANTOS, professor daUneb
Madeira inteligente para construçõesNo período colonial, a ma-deira foi amplamente usadapela construção civil no Bra-sil. Mas, com o passar dosanos, em função da preser-vação ambiental, deixou-sede usar madeiras de matasvirgens. Foram criadas áreascom plantações de árvores,cujas madeiras são usadasexclusivamente para a cons-trução civil. São as chamadasmadeiras tratadas. Por ano,no Brasil, a produção chega a1,2 milhão de metros cúbicosde madeira tratada.Na Bahia, uma usina com essetipo de madeira está localiza-
da no km-14,5 da Estrada doCoco, próximo ao pedágio nosentido Litoral Norte. O tra-tamento de eucalipto e pinusé realizado em usinas de tra-tamento por vácuo pressãoou autoclave.“Existem 250 unidades detratamento no Brasil. Fun-ciona assim: num cilindro(autoclave) são introduzidosos produtos químicos preser-vantes, que variam de acordocom o tipo de árvore utiliza-da.”, afirma o diretor da As-sociação Brasileira de Preser-vadores de Madeira, FlavioCarlos Geraldo.
A falta de conhecimento in-terfere diretamente no uso damadeira tratada na constru-ção civil. “Muitos arquitetosnão conhecem os benefíciosdo uso desse material, quepode oferecer maior empe-nho nas composições estru-turais, pois a robustez aliadaao tratamento químico resul-ta em longevidade, fica de10% a 20% mais barato queestrutura com madeira nati-va serrada, oferece boas ca-racterísticas técnicas, belezasingular e acima de tudo éuma opção sustentável”, es-clarece Flavio Geraldo.
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O projeto mostra como ficará a nova fachada do escritório do arquiteto Antonio Caramelo
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