história de livros perdidos · o problema não é o plástico e sim quem o usa. somos o problema,...

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Opinião

vários produtos (como PE e PP) também em grandes quantidades e preços baixos, principal-mente quando comparados com materiais tradi-cionais, como metais e vidros. Dessa forma, são facilmente adquiridos por indústrias e comércio, os quais os repassam para o consumidor.

Não adiantaria nada o plástico ser abundante e barato se não tivesse utilidade. Propriedades como leveza, impermeabilidade à água, transparência, inércia química (muitos não reagem com solven-tes, líquidos corpóreos etc.) e resistência mecâni-ca aceitável para determinadas aplicações foram suficientes para que logo substituíssem materiais tradicionais ou que abrissem novos mercados.

Graças a essa ótima relação custo-benefício, os filmes plásticos hoje são abundantes, atuando principalmente na proteção e/ou embalagem, por exemplo, de utensílios medicinais e odontológi-cos, gêneros alimentícios como frios, carnes etc. Certamente, graças a essas aplicações os filmes plásticos dão uma notável contribuição na me-lhora das condições de higiene e da expectativa de vida da população. Até no acondicionamento de lixo os filmes plásticos hoje reinam soberanos, após substituir com vantagens as antigas “latas de lixo”, que enferrujavam e eram barulhentas, caras, pesadas e, inclusive, alvos de roubo.

O problema então é o uso dos filmes plásti-cos em excesso. Em qualquer lugar tudo nos é entregue em sacolas de plástico. Muitos usuá-rios falam que pegam sacolinha para usar como lixo posteriormente e nisso eles estão cobertos de razão. Mesmo tendo essa reutilização nobre, podem ser notados exageros (sacolas somente parcialmente utilizadas), que só existem pois temos à disposição e a custo zero (será?) muitas sacolinhas em casa.

O uso responsável é certamente a melhor forma de aproveitarmos o baixo custo e as boas propriedades do plástico, bem como minimizar-mos os impactos ambientais que causamos.

P ara ficar clara minha opinião desde o iní-cio: sacos e sacolas plásticas são mocinhos

e não vilões. Engenheiro de materiais com ên-fase em polímeros (plásticos e borrachas), com mestrado, doutorado e livre-docência também em materiais poliméricos, estudei bastante sobre como são especiais sacos e sacolas de plásticos. Como pesquisador, frequentei aterros e coope-rativas na busca por amostras para experimen-tos. Nestes locais é possível ver de perto como o problema não é o plástico e sim quem o usa. Somos o problema, pois sabemos que é muito mais fácil atacar a figura abstrata do “plástico” do que mudar nosso próprio comportamento.

Os filmes plásticos (como são tecnicamente chamados os sacos e sacolas) são materiais extre-mamente interessantes, úteis e, até certo ponto, indispensáveis nos dias de hoje. Sacos e sacolas plásticas são feitos geralmente de polipropileno (PP) ou polietileno (PE). Polipropileno na forma de filmes é utilizado como invólucro do maço de cigarros, de CDs e DVDs, bem como em emba-lagens como as de macarrão (o saquinho de PP faz muito barulho ao ser amassado). Outro gran-de uso do PP é juntamente com o alumínio e/ou poliéster, quando assume a forma de embalagens laminadas e sachês. Já o polietileno pode ser divi-dido em duas grandes classes: o de alta densidade (PEAD ou HDPE na sigla em inglês) e o de baixa densidade (PEBD ou LDPE na sigla em inglês). Geralmente o PEAD é utilizado na versão opaca, como as tradicionais sacolinhas de supermercado (algumas bem vagabundas, diga-se de passagem). Já o PEBD é um plástico transparente por natu-reza, usado nas mais diversas embalagens, entre elas as da combinação preferida dos brasileiros: os sacos de arroz e de feijão.

A matéria-prima básica da fabricação dos fil-mes plásticos é a nafta, uma sobra da indústria do petróleo que, por ser gigantesca, gera sobras baratas e abundantes. Da nafta são fabricados

Sandro Donnini Mancini (mancini@sorocaba.unesp.br) é professor da UNESP-Sorocaba (www.sorocaba.unesp.br)

Sobre sacos e sacolas plásticas

*publicado originalmente no jornal cruzeiro do sul

40 UNESPCIÊNCIA | JULHO 2018

SANDRO DONNINI MANCINI

Produzir conteúdo,Compartilhar conhecimento.Editora Unesp, desde 1987

www.editoraunesp.com.br

Neste livro, Giorgio van Straten nos conduz a uma jornada em busca de oito livros perdidos. Segundo ele, “são aqueles que o autor escreveu, mesmo que às vezes não tenha conseguido terminá-los; são livros que alguém viu, talvez até tenha lido, e então foram destruídos ou dos quais não se sabe mais nada”. São livros desaparecidos. Byron, Gógol, Hemingway, Walter Benjamin e Sylvia Plath estão entre os autores desses ilustres desconhecidos.

História de livros perdidos

Neste livro, Giorgio van Straten nos conduz a uma jornada em busca de oito livros perdidos. Segundo ele, “são aqueles que o autor escreveu, mesmo que às vezes não tenha conseguido terminá-los; são livros que alguém viu, talvez até tenha lido, e então foram destruídos ou dos quais não se sabe mais nada”. São livros desaparecidos. Byron, Gógol, Hemingway, Walter Benjamin e Sylvia Plath estão entre os autores desses ilustres desconhecidos.

História de livros perdidosGiorgio van Straten | 115 páginas

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Luiz Roberto Salinas Fortes foi vítima do expurgo contra intelectuais nas universidades brasileiras no início dos anos 1970, período de violenta repressão política e de assassinatos autorizados pela ditadura civil-militar brasileira. Retrato calado é o comovente relato da experiência brutalizante vivenciada pelo autor nos porões do governo de generais. Obra de memórias e de resistência, esta edição conta também com apresentação de Marilena Chaui e prefácio de Antonio Candido.

Retrato calado

Luiz Roberto Salinas Fortes foi vítima do expurgo contra intelectuais nas universidades brasileiras no início dos anos 1970, período de violenta repressão política e de assassinatos autorizados pela ditadura civil-militar brasileira. Retrato calado é o comovente relato da experiência brutalizante vivenciada pelo autor nos porões do governo de generais. Obra de memórias e de resistência, esta edição conta também com apresentação de Marilena Chaui e prefácio de Antonio Candido.

Retrato caladoLuiz Roberto Salinas Fortes | 128 páginas

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