histÓrico: É a primeira vez que isso acontece?...
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Desde 1º de janeiro de 2016, entraram em vigor, definitivamente, as regras do Novo Acordo
Ortográfico, apesar das mudanças terem começado em 2009.
HISTÓRICO: É A PRIMEIRA VEZ QUE ISSO ACONTECE?
Mudanças ortográficas não são novidade no Brasil! Ao longo dos anos já tivemos três acordos
oficiais, aprovados pelos países falantes do idioma, que promoveram mudanças na língua
portuguesa. Em 1943, foram realizadas as primeiras mudanças oficiais. Na época, nossa grafia
era mais próxima de Portugal, mas diferente da utilizada oralmente no dia a dia. Em 1971,
ocorreu a segunda reforma oficial com um período de transição de dois anos, pois foram
poucas as alterações.
História da Ortografia do Português
(Fonte: Instituto de Linguística Teórica e Computacional)
Séc XVI até séc. XX - Em Portugal e no Brasil a escrita praticada era de cariz etimológico (a raiz latina ou grega determinava a forma de escrita das palavras com maior preponderância).
1885 – Até esta altura a grafia é essencialmente etimológica. Nesta data publica-se as Bases da Ortografia Portuguesa, de Gonçalves Viana
1907 – A Academia Brasileira de Letras começa a simplificar a escrita nas suas publicações.
1910 – Implantação da República em Portugal – é nomeada uma Comissão para estabelecer uma ortografia simplificada e uniforme a ser usada nas publicações oficiais e no ensino.
1911 – Primeira Reforma Ortográfica – tentativa de uniformizar e simplificar a escrita, mas que não foi extensiva ao Brasil.
1915 – A Academia Brasileira de Letras resolve harmonizar a sua ortografia com a portuguesa.
1919 – A Academia Brasileira de Letras revoga a sua resolução de 1915.
1924 – A Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras começam a procurar uma grafia comum.
1929 – A Academia Brasileira de Letras altera as regras de escrita.
1931 – É aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre o Brasil e Portugal, que visa suprimir as diferenças, unificar e simplificar a língua portuguesa. Contudo, este acordo não é posto em prática.
1938 – São sanadas algumas dúvidas quanto à acentuação de palavras.
1943 – É redigido o Formulário Ortográfico de 1943, na primeira Convenção Ortográfica entre Brasil e Portugal.
1945 – Um novo Acordo Ortográfico torna-se lei em Portugal, mas não no Brasil, por não ter sido ratificado pelo Governo; os brasileiros continuam a regular-se pela ortografia do Vocabulário de 1943.
1971 – São promulgadas alterações no Brasil, reduzindo as divergências ortográficas com Portugal.
1973 – São promulgadas alterações em Portugal, reduzindo as divergências ortográficas com o Brasil.
1975 – A Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras elaboram novo projeto de acordo, que não é aprovado oficialmente.
1986 – O presidente do Brasil, José Sarney promove um encontro dos então sete países de língua oficial portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe -, no Rio de Janeiro. É apresentado o Memorando Sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O Acordo Ortográfico de 1986, que resulta deste encontro, é amplamente discutido e contestado pela comunidade linguística, nunca chegando a ser aprovado.
1990 – A Academia das Ciências de Lisboa convoca novo encontro, juntando uma Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. As duas Academias elaboram a base do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O documento entraria em vigor, de acordo com o seu artigo 3º, no dia "1 de Janeiro de 1994, após depositados todos os instrumentos de ratificação de todos os Estados junto do Governo português".
1995 – O Acordo Ortográfico de 1990 é apenas ratificado por Portugal, Brasil e Cabo Verde, embora o texto previsse a sua implementação em toda a Lusofonia no início de 1994.
1996 – O Acordo Ortográfico é apenas ratificado por Portugal, Brasil, e Cabo Verde.
1998 – Na cidade da Praia é assinado o Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, retirando-se do texto a data de implementação. Mantém-se a condição de que todos os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) devem ratificar as normas propostas no Acordo Ortográfico de 1990 para que este seja implementado.
2002 – Timor-Leste torna-se independente e passa a fazer parte da CPLP.
2004 – Os ministros da Educação dos vários países da CPLP reúnem-se em Fortaleza, no Brasil, para a aprovação do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Fica assim determinado que basta a ratificação de três membros para que o Acordo Ortográfico possa entrar em vigor e Timor-Leste passa a integrar a CPLP.
2006 – Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe ratificam o documento, possibilitando a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990.
2008 – O Acordo Ortográfico de 1990 é aprovado por Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil e Portugal, sendo esperada a sua implementação no início de 2010.
2009 – Entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990 no Brasil e em Portugal. Além de
Portugal e do Brasil, também São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor-Leste e Guiné-Bissau já
ratificaram o Segundo Protocolo Modificativo do Acordo Ortográfico de 1990, embora estes
últimos não o tenham ainda aplicado. Fica apenas a faltar a ratificação de Angola e
Moçambique.
POR QUE MUDOU?
O principal objetivo da mudança é econômico: facilitar a integração comercial entre as nações.
Mas, sem dúvida, as mudanças trazem outros benefícios, como facilitar o intercâmbio cultural
e científico, já que fica muito mais fácil a comunicação e caem os custos de produção e
adaptação dos materiais impressos. É uma forma de ajudar na inserção dos países que falam a
língua, na comunidade das nações desenvolvidas, visto que algumas publicações deixam de
circular internacionalmente, porque dependem de versões.
Internamente, os países que assinaram o acordo terão que arcar com os custos de toda
reimpressão de livros para se adequar às novas regras estabelecidas.
O ACORDO
As conversas começaram entre Brasil e Portugal, em 1990. Diversas reuniões foram realizadas
e os outros países que têm o português como seu idioma oficial, passaram a participar. Mesmo
tendo tomado a iniciativa, Portugal foi o mais resistente às mudanças, pois a quantidade de
alterações lá são muito maiores que aqui: acção, acto, baptismo são escritas agora como no
Brasil: ação, ato, batismo. Mais de 10 mil palavras dos nossos colonizadores serão impactadas.
A proposta apresentada em 1990 foi aprovada pelo Congresso Brasileiro pelo Decreto
Legislativo nº 54, de 18 de abril de 1995, seguido de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, em
2006. Até 2004, era preciso que todos os países membros da CPLP ratificassem as novas
normas. Um acordo feito nesta data estabeleceu que bastaria que três países fizessem a
ratificação para valer.
Curiosidades:
1- Quantos países falam a língua portuguesa?
São 8 países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa: Brasil,
Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e
Timor Leste.
2- Todos os países que falam a língua portuguesa aderiram ao Novo Acordo?
Brasil, Portugal, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe são os 4 primeiros países que
passam a seguir as mesmas regras para escrever desde 1º de janeiro de 2016,
oficialmente. Os outros 4 países, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor Leste,
aguardam a aprovação formal do tratado para também seguir as novas regras.
3- O que a reforma pode impactar na economia desses países?
O custo para reimpressão de livros é um dos principais problemas que os países
enfrentarão. Mas, por outro lado, ajudará a inserção dos países que falam a língua na
comunidade das nações desenvolvidas, visto que algumas publicações deixam de
circular internacionalmente, porque dependem de versões.
4- Por que é preciso padronizar o português?
Segundo estudos, nosso idioma é a sexta língua mais falada do mundo! Porém, como
existem duas formas oficiais de grafia, dificulta o estabelecimento da língua como um
dos idiomas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU). Ter uma ortografia
padrão irá padronizar o ensino do português ao redor do mundo e facilitará o
intercâmbio cultural entre os países que falam a língua.
Livros, inclusive os científicos, e materiais didáticos poderão circular livremente entre
os países, sem necessidade de revisão.
5- As mudanças também alteram a pronúncia?
Não. Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não
afetando nenhum aspecto da língua falada.
VOLP – VOCABULÁRIO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA
A Academia Brasileira de Letras elaborou em 1981, sob coordenação de Antonio Houaiss, a
primeira edição do VOLP. É um levantamento das palavras da língua portuguesa com indicação
da sua grafia, pronúncia correta das palavras, acentuação correta, classe gramatical e outras
informações úteis, tais como formas irregulares do feminino de substantivos e adjetivos,
plurais de nomes compostos etc.
Em 2009, com a entrada em vigor do Acordo Ortográfico no Brasil, o presidente da Academia
Brasileira de Letras, Cícero Sandroni, entregou os primeiros exemplares da 5ª edição revista e
atualizada do VOLP, com 349.737 palavras.
O Acordo Ortográfico de 1990 determina a publicação de um VOCABULÁRIO ORTOGRÁFICO
COMUM, que será o vocabulário oficial da língua, válido para todos os países que tem o
português como seu idioma oficial. Este Vocabulário Ortográfico Comum encontra-se em fase
de elaboração.
No site da Academia Brasileira de Letras é possível buscar vocábulos para conferir se a
escrita está correta: http://www.academia.org.br/nossa-lingua/busca-no-
vocabulario?sid=23
AS NOVAS REGRAS ORTOGRÁFICAS
ALFABETO
Será formado agora por 26 letras, cada uma delas com sua representação em minúscula e
maiúscula. As letras K, W e Y passam a ser consideradas integrantes do alfabeto e serão
usadas em unidades de medida, nomes próprios, siglas, palavras estrangeiras, derivados de
palavras estrangeiras e outras palavras em geral.
Exemplos: Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista.
Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano.
Siglas, símbolos de unidades de medida e escrita de palavras e nomes estrangeiros: KLM,
TWA, Kg (quilograma), Km (quilômetro), Kw (kilowatt), Watt, Yd-jarda (yard), show, playboy,
playground, windsurf etc.
TREMA
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser
pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era Como ficou
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
cinqüenta cinquenta
delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado
freqüente frequente
lingüiça linguiça
qüinqüênio quinquênio
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos:
Müller, mülleriano.
ACENTUAÇÃO
1- As palavras paroxítonas terminadas com os hiatos “oo(s)” e “ee(s)” não serão mais
acentuadas.
Como era Como ficou
abençôo abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
dôo (verbo doar) doo
enjôo enjoo
lêem (verbo ler) leem
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
vêem (verbo ver) veem
vôos voos
zôo zoo
Recordando:
HIATO > quando duas vogais estão juntas na mesma palavra, mas em sílabas diferentes.
2- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim
como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ela tem muitas joias. / Elas têm muitas joias.
Ele vem de Jundiaí. / Eles vêm de Jundiaí.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
O acordo convém aos trabalhadores. / Os acordos convêm aos trabalhadores.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
3- Os ditongos abertos “ei” e “oi” não serão mais acentuados em palavras paroxítonas.
Como era Como ficou
alcatéia alcateia
andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
bóia boia
celulóide celuloide
colméia colmeia
epopéia epopeia
estréia estreia
geléia geleia
heróico heroico
idéia ideia
jibóia jiboia
jóia joia
paranóia paranoia
platéia plateia
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser
acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói,
heróis, troféu, troféus.
Recordando:
DITONGO > o ditongo acontece quando dois sons vocálicos estão juntos na mesma sílaba:
peixe, saudade, apaixonado.
PAROXÍTONA > palavra cuja sílaba tônica (a mais forte) é a penúltima. Exemplo: lamentável,
lápis, gato, enrolado, saúde.
4- Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem
depois de um ditongo.
Como era Como ficou
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
feiúra feiura
Atenção 1: se a palavra for oxítona e o “i” ou o “u” estiverem em posição final (ou seguidos de
s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Atenção 2: Nos demais “i” e “u” tônicos, formando hiato, o acento também continua: saúde,
saída, gaúcho.
5- Não existirá mais o acento diferencial em palavras homônimas.
Como era: pára/para, péla/pela, pêlo/pelo, pêra/pera, pólo/polo.
Como é agora: para, pela, pelo, pera, polo.
Atenção 1: O acento diferencial permanece no verbo poder e no verbo pôr:
Pôde – 3ª pessoa do singular do Pretérito Perfeito do Indicativo.
Ontem, ele estava machucado e não pôde jogar bola.
Pode – 3ª pessoa do singular do Presente do Indicativo.
Hoje, ele está recuperado e pode jogar bola.
Eu vou pôr o livro na mesa. (verbo)
A lição foi feita por mim. (preposição)
Atenção 2: É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma.
Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Exemplo: Qual é a forma da fôrma
de bolo?
Recordando:
PALAVRAS HOMÔNIMAS > palavras com a mesma grafia e a mesma pronúncia, mas com
significados diferentes.
6- O acento é eliminado em determinadas formas dos verbos arguir e redarguir.
É eliminado o acento no U tônico de GUE e GUI.
Arguir - arguo, arguis, argui, arguímos, arguís, arguem.
Redarguir - redarguo, redarguis, redargui, redarguímos, redarguís, redarguem.
Atenção: Quando, na sequência do hiato UI, a vogal mais forte for I, este é acentuado.
Exemplo: Arguí todas as circunstâncias do fato. (Tu arguíste, nós arguímos)
7- O uso do acento é determinado pela pronúncia no caso de alguns verbos. Os verbos do tipo
aguar, apaniguar apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar e delinquir
podem ser escritos de duas formas, de acordo com a pronúncia.
Veja, por exemplo, a conjugação dos verbos aguar e averiguar.
Se o verbo for pronunciado com as vogais A ou I mais fortes, estas são acentuadas.
Aguar Averiguar
(eu) águo/(que eu) águe (eu) averíguo /(que eu) averígue
(tu) águas/(que tu) águes (tu) averíguas /(que tu) averígues
(ele) água/(que ele) águe (ele) averígua /(que ele) averígue
(nós) aguamos/(que nós) aguemos (nós) averiguamos/(que nós) averiguemos
(vós) aguais/(que vós) agueis (vós) averiguais/(que vós) averigueis
(eles) águam/(que eles) águem (eles) averíguam/(que eles) averíguem
Se o verbo for pronunciado com a vogal U mais forte, esta NÃO é acentuada.
Aguar Averiguar
(eu) aguo/(que eu) ague (eu) averiguo/(que eu) averigue
(tu) aguas/(que tu) agues (tu) averiguas/(que tu) averigues
(ele) agua/(que ele) ague (ele) averigua/(que ele) averigue
(nós) aguamos/(que nós) aguemos (nós) averiguamos/(que nós) averiguemos
(vós) aguais/(que vós) agueis (vós) averiguais/(que vós) averigueis
(eles) aguam/(que eles) aguem (eles) averiguam/(que eles) averiguem
USO DO HÍFEN
1- Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico
pré-histórico
macro-história
mini-hotel
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
2- Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r
ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:
antirrábico
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
microssistema
minissaia
neorrealismo
semirreta
ultrarresistente
ultrassom
3- Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela
mesma vogal. Exemplos:
anti-ibérico
anti-inflacionário
anti-inflamatório
auto-observação
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
4- Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia
o segundo elemento. Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoafirmação
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar infraestrutura
plurianual
semiaberto
Exceção: o prefixo “co” aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se
inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante
etc.
5- Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por
consoante diferente de r ou s. Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
6- Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar
pela mesma consoante. Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico
Atenção:
• Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal,
superinteressante, superproteção.
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-
raça etc.
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal:
circum-navegação, pan-americano etc.
7- Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento
começar por vogal. Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo
8- Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.
Exemplos:
além-mar
aquém-mar
ex-aluno
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
recém-casado
recém-nascido
sem-terra
9- Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, gua- çu e mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10- Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam,
formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte
Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
11- Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição.
Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé.
12- Usa-se o hífen nas palavras compostas com elementos repetidos (mesmo que tenham uma
pequena variação na forma).
Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zigue-zague etc.
13- Usa-se o hífen Nas palavras compostas em que há o emprego do apóstrofo.
Exemplos: caixa-d’água, estrela-d'alva, mãe-d’água, olho-d’água, pau-d’alho, pau--d’arco.
14- Não se usa o hífen nas locuções de qualquer tipo.
Exemplos: à toa, à vontade, cão de guarda, cor de café com leite, dia a dia, fim de semana,
ponto e vírgula, sala de jantar, tão somente, bumba meu boi, disse me disse, maria vai com as
outras, tomara que caia.
Exceções: à queima-roupa, ao deus-dará, água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia.
15- Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de
palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.
O diretor recebeu os ex-
-alunos.
DICAS PARA SE ADAPTAR AS NOVAS REGRAS:
1- LEIA: temos memória visual e, portanto, quanto mais lermos textos com a nova
ortografia aplicada, mais iremos nos familiarizar com a forma de escrita.
2- ESCREVA: pode parecer estranho escrever ideia sem acento mas, quanto mais
escrevermos da maneira correta, mais passará a ser natural para nós.
3- CONSULTE: As dúvidas serão frequentes e é importante manter material à mão, para
consulta fácil. Tem dúvida? Consulte e escreva correto! Uma vez consultado,
dificilmente irá precisar consultar o mesmo verbete futuramente. Ficará na sua
memória!
A ferramenta on-line da FLIP é excelente! Você digita a palavra como acha que ela é
grafada e o conversor checa se está de acordo com as novas regras ortográficas e
indica o correto. http://www.flip.pt/FLiP-On-line/Conversor-para-o-Acordo-
Ortografico
4- HÍFEN: de todas as regras, talvez a que mais causou impacto nas grafias das palavras
para nós, brasileiros, foram as modificações em relação ao hífen. Portanto, tenha
atenção redobrada com palavras que tinham o uso do hífen. Sempre consulte antes de
escrever, para ter certeza se não mudou algo em relação ao que você já estava
acostumado(a).
Disponibilizamos, aqui, a cartilha “TEM HÍFEN?” da FTD Educação que traz um
significativo número de palavras que geram maior dificuldade quanto à sua grafia e é
uma ótima ferramenta para rápidas consultas.
http://www2.ftd.com.br/cms/siteFTD/pdf/Cartilha_Tem_Hifen.pdf
5- DESAFIE-SE: Na internet há diversos testes on-line para você testar seu conhecimento.
É um ótimo jeito de praticar, consultando seus erros/acertos e já conferindo a regra
em questão.
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