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HISTÓRIA A – História GeralProfessora Mara BarbosaSemi Curcep - Aulas 1 e 2:

Fontes Históricas

Tempo

Patrimôniohistórico

“História é o estudo do que os homens do passado fizeram, da maneira pela qual viviam,

das ideias que tinham.”

Sérgio Buarque de Holanda

Fontes Históricas: São registros que

fornecer informações sobre o passado

Vestígios tornam-se fontes a partir do momento em que o historiador os

estuda. Por meio desses documentos, ele aprende sobre o passado e produz

conhecimento histórico sobre o que investigou.

As fontes não são autoexplicativas nem necessariamente produzidas com o

objetivo de deixar testemunhos

para aqueles que viverão no futuro.Assim, são os historiadores que

atribuem um sentido a esses documentos.

Fonte histórica é mais do que o documento oficial, ela pode ser toda e qualquer herança cultural material ou imaterial deixada pelos antepassados

e que serve de base para a construção do conhecimento histórico.

Escritos oficiais

Escritos não-oficiais

Vestígios materiais

Vestígios imateriais

Assim, fonte histórica é tudo aquilo que é capaz de nos revelar sobre o passado

das sociedades humanas.Contudo, todo documento é uma versão

de determinado fato ou momento, dependente da visão de seu autor.

Tempo: “Que é, pois o tempo? Se ninguém me

pergunta, eu sei; se quero explicá-lo a quem me pede,

não sei.” Santo Agostinho, Século IV

Marcar o tempo, dividi-lo em horas, dias, meses, anos, etc, é uma criação

humana. Em outras palavras, a contagem do tempo é uma

convenção. Mas só existe uma forma de pensar o

tempo?

Astronômico

Psicológico

Biológico

Histórico

Linha do Tempo

Idade Antiga Idade Média

Idade Moderna Idade Contemporânea

Paleolítico e Neolítico

Diferentes História numa mesma época

(UFPR) “O conhecimento histórico é sempre (...) uma consciência de si mesmo: ao estudar a história de uma outra época, os homens não podem deixar de compará-la com seu próprio tempo (...). Mas, ao comparar a nossa época e a nossa civilização com as outras épocas e civilizações, corremos o risco de lhes aplicar a nossa própria medida(...)”.

(GUREVICH, Aron. As categorias da cultura medieval. Lisboa: Editorial Caminho, p. 15).

Aplicando o raciocínio exposto acima aos sentidos que a Idade Média adquiriu em diferentes tempos históricos, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

( ) Atualmente, os historiadores entendem o medievo na sua multiplicidade, com suas especificidades regionais e temporais, ao mesmo tempo que mostram a permanência e a relevância de determinadas instituições e invenções medievais, como a universidade, o livro, a imprensa e o banco.

( ) No século XV, surge a noção negativa de Idade Média, considerada uma era intermediária e homogênea de trevas e ignorância, separando a antiguidade Greco-romana e o Renascimento, que se via como herdeiro do período “clássico” – noção que ainda perdura entre muitas pessoas

( ) Nos séculos XX e XXI, obras como “O Senhor dos Anéis”, “As crônicas de Nárnia” e “Game of Thrones ” evocam elementos medievais imaginativos, tais como a floresta como lugar do mágico, cavaleiros, espadas, dragões, religiosidade, dando continuidade a recriações da Idade Média em curso desde o século XIX.

( ) Na recente historiografia, por conta das apropriações midiáticas da Idade Média, procura-se estabelecer as diferenças e as distâncias entre a Idade Média e a História do Brasil, mostrando que o medievo não possui relação com a formação de nosso país, por ter sido um fenômeno europeu.

Assinale a alternativa que apresenta a sequênciacorreta, de cima para baixo.

V–V–V–F

Pelo olhar do poeta, também é possível compreender determinados aspectos essenciais para a conceituação da História. Leia, por exemplo, Carlos Drummond de Andrade:

Aconteceu há mil anos?

Continua acontecendo.

Nos mais desbotados panos

estou me lendo e relendo.

Ou, ainda, do mesmo autor:

O tempo é a minha matéria,

o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

Com o auxílio das observações de Drummond, julgue se os seguintes itens são referentes ao conceito de História e ao ofício do historiador.

I - Tendo por objeto o estudo do passado, a História parte das contingências da “vida presente” para inquirir aquilo que passou.

II - A reconstrução do passado, exatamente como ele ocorreu, é o que fazem os historiadores, independentemente de suas convicções ideológicas e pessoais.

III - Especialmente em épocas de crise generalizadas, sobressai o papel que se espera do historiador: lembrar o que os outros esqueceram.

IV - O quarteto traz a ideia de que o passado é continuamente reescrito, a partir de cada presente e de seus novos interesses, eliminando, assim, a possibilidade de a história conter um caráter científico.

a – todas as proposições são verdadeiras. b – apenas as proposições I e III são verdadeiras.c – apenas as proposições III e IV. d – todas as proposições são falsas.

Letra B

Patrimônio Histórico: refere-se à herança composta por um complexo de bens históricos. Todavia, esse conceito vem

sendo substituído pela expressão patrimônio

cultural, que é muito mais abrangente.

Assim, patrimônio cultural pode ser definido como o complexo de monumentos, conjuntos

arquitetônicos, sítios históricos e parques nacionais de determinado país ou região que possui valor histórico e artístico e compõem um determinado entorno ambiental de valor

patrimonial.

Durante a Convenção de Patrimônio Cultural

realizada pela UNESCO, em 1972, foi elaborada

uma lista dos Patrimônios da Humanidade com o objetivo de chamar a atenção mundial para

identificar propriedades de valor cultural e natural

universais.

O Brasil possui 16 sítios de patrimônios

da humanidade reconhecidos pela

UNESCO.Das cidades históricas

de Olinda, Salvador e Ouro Preto aos parques nacionais

do Iguaçu e Pantanal.

São 4 as categorias de bens patrimoniais:

� Os bens naturais

� Os bens materiais

� Os bens intelectuais � Os bens emocionais

Monumento

Sua escolha parte dos contextos nacionais.Assim, toda escolha de monumentos é seletiva,

ou seja, escolhe-se somente pontos do passado que queremos lembrar.

Para o historiador francês Jacques Le Goff, monumento é tudo o que pode evocar o

passado e recordá-lo, até mesmo o registros escritos são monumentos.

A diferença entre monumento e documento é que o primeiro foi escolhido voluntariamente pela sociedade para lembrar o passado que

ela escolheu.Já o documento, foi visto durante muito tempo

pelos historiadores como registro do passado como um todo e não aquele escolhido pela

sociedade.

(ENEM 2014) A Praça da Concórdia, antiga Praça Luís XV, é a maior praça pública de Paris. Inaugurada em 1763, tinha em seu

centro uma estátua do rei. Situada ao longo do Sena, ela é a intersecção de dois eixos

monumentais. Bem nesse cruzamento está o Obelisco de Luxor, decorado com hieróglifos

que contam os reinados dos faraós Ramsés II e Ramsés 111.

Em 1829, foi oferecido pelo vice-rei do Egito ao povo francês e, em 1836, instalado na praça diante de mais de 200 mil espectadores e da família real.

NOBLAT, R. Disponível em: www.oglobo.com. Acesso em: 12 dez. 2012.

A constituição do espaço público da Praça da Concórdia ao longo dos anos manifesta o(a)

a) lugar da memória na história nacional. b) caráter espontâneo das festas populares. c) lembrança da antiguidade da cultura local. d) triunfo da nação sobre os países africanos. e) declínio do regime de monarquia absolutista.

Letra AO enunciado elenca diversos acontecimentos

históricos relacionados com a Praça da Concórdia, em Paris, corroborando a ideia de que se trata de um logradouro ligado a vários eventos históricos relevantes para a França. São eles:

– 1763: inauguração da estátua de Luís XV (símbolo do absolutismo vigente no Antigo Regime).

– 1829: doação do obelisco de Ramsés à França pelo vice-rei muçulmano do Egito (então rebelado contra o Império Otomano, do qual o Egito era uma província). Esse evento pode ser visto como um antecedente do neocolonialismo a ser pratica do pelas grandes potências.

– 1836: instalação do obelisco na Praça da Concórdia (nova denominação da Praça Luís XV) com a presença da Família Real. O comparecimento de 200 mil espectadores mostra o apoio popular à Dinastia de Orléans, que ascendera ao trono em 1830, com Luís Felipe.

(Enem 2014) Queijo de Minas vira patrimônio cultural brasileiro

O modo artesanal da fabricação do queijo em Minas Gerais foi registrado nesta quinta-feira (15) como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O veredicto foi dado em reunião do conselho realizada no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte.

O presidente do Iphan e do conselho ressaltou que a técnica de fabricação artesanal do queijo está “inserida na cultura do que é ser mineiro”. Folha de S. Paulo, 15 maio 2008.

Entre os bens que compõem o patrimônio nacional, o que pertence à mesma categoria citada no texto está representado em:

A

B

C

D

A categoria de “patrimônio cultural imaterial brasileiro”

se refere a produtos e

atividades que envolvem

participação de um grupo social,

geralmente de caráter local.

E

Letra CNesse sentido, difere do “patrimônio cultural

material” que designa obras específicas e formalmente definidas, como por exemplo construções e produções das artes plásticas. O trabalho das paneleiras de Goiabeiras (ES) enquadra-se na primeira categoria.

(Enem 2013) No dia 1º de julho de 2012, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se a primeira do mundo a receber título da Unesco de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural. A candidatura, apresentada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi aprovada durante a 36ª Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial.

O presidente do Iphan explicou que "a paisagem carioca é a imagem mais explícita do que podemos chamar de civilização brasileira, com sua originalidade, desafios, contradições e possibilidades". A partir de agora, os locais da cidade valorizados com o título da Unesco serão alvo de ações integradas visando a preservação da sua paisagem cultural.

Disponível em: www.cultura.gov.br. Acesso em: 7 mar. 2013 (adaptado).

O reconhecimento da paisagem em questão como patrimônio mundial deriva da:

a) presença do corpo artístico local. b) imagem internacional da metrópole. c) herança de prédios da ex-capital do país. d) diversidade de culturas presentes na

cidade. e) relação sociedade-natureza de caráter

singular.

Letra E

Nas palavras do presidente do IPHAN, que a própria questão traz, "a paisagem carioca é a imagem mais explícita do que podemos chamar de civilização brasileira". Daí a relação entre sociedade e natureza.

Secretaria de Cultura

EDITAL

NOTIFICAÇÃO – Síntese da resolução publicada no Diário Oficial da Cidade, 29/07/2011 – página 41 – 511a Reunião Ordinária, em

21/06/2011.

Resolução no 08/2011 – TOMBAMENTO dos imóveis da Rua Augusta. no 349 e no 353, esquina com a Rua Marquês de Paranaguá, no 315. no

327 e no 329 (Setor 010, Quadra 026, Lotes 0016-2 e 00170-0), bairro da Consolação. Subprefeitura da Sé, conforme o processo

administrativo no 1991-0.005.365-1.

Folha de S. Paulo, 5 ago. 2011 (adaptado).

Um leitor interessado nas decisões governamentais escreve uma carta para o jornal que publicou o edital, concordando com a resolução sintetizada no Edital da Secretaria de Cultura. Uma frase adequada para expressar sua concordância é:A - Que sábia iniciativa! Os prédios em péssimo estado de conservação devem ser derrubados.B - Até que enfim! Os edifícios localizados nesse trecho descaracterizam o conjunto arquitetônico da Rua Augusta.

C - Parabéns! O poder público precisa mostrar sua força como guardião das tradições dos moradores locais.D - Justa decisão! O governo dá mais um passo rumo à eliminação do problema da falta de moradias populares.E - Congratulações! O patrimônio histórico da cidade merece todo empenho para ser preservado.

Letra EA alternativa correta traz a frase mais adequada para expressar a concordância do leitor com a resolução sobre o tombamento dos imóveis citados, uma vez que a palavra “tombamento”, ao contrário do que muitos podem pensar (ao fazer associação com tombo, de cair), refere-se à decisão de colocar imóveis de valor histórico e interesse público sob a guarda do governo, o que garante a sua preservação.

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