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GUIA DE ESTUDOS COPUOS (2050) Meios e formas de manter o espaço exterior para fins pacíficos Camilla Coelho Dornellas Diretora Igor Rezende Vilela Diretor Assistente Nina de Oliveira Diretora Assistente Rayssa Vanucci Aguiar Diretora Assistente
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO DA EQUIPE...........................................................................................2 2. APRESENTAÇÃO DO TEMA..............................................................................................4 2.1. O desenvolvimento tecnológico.....................................................................................4 2.1.1. A importância dos satélites.............................................................................................6 2.1.2. A Estação Espacial Internacional...................................................................................9 2.1.3. A questão militar...........................................................................................................10 2.2. As atividades espaciais em 2050.................................................................................12 3. APRESENTAÇÃO DO COMITÊ........................................................................................15 3.1. A COPUOS......................................................................................................................15 3.2. Os Principais Tratados..................................................................................................17 3.2.1. O Tratado do Espaço....................................................................................................18 3.2.2. Convenção sobre Responsabilidade............................................................................19 3.2.3. Acordo sobre a Lua......................................................................................................20 4. POSICIONAMENTO DOS PRINCIPAIS ATORES ...........................................................20 4.1. China...............................................................................................................................21 4.2. EUA.................................................................................................................................21 4.3. Índia................................................................................................................................22 4.4. Rússia.............................................................................................................................22 5. QUESTÕES RELEVANTES PARA A DISSUSÃO............................................................22 REFERÊCIAS.........................................................................................................................24 TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTAÇÕES............................................................28 ANEXO 1- LINHA DO TEMPO DO COMITÊ........................................................................34
2
1. APRESENTACAO DO GUIA
Caros Delegados,
Sejam bem vindos! Meu nome e Camilla Coelho Dornellas, tenho 22 anos e em
outubro, quando nos encontraremos no 17º Modelo Intercolegial das Nações Unidas
(MINIONU), estarei cursando o oitavo período de Relações Internacionais na Pontifícia
Universidade de Minas Gerais (PUC Minas). No meu último ano de faculdade estarei
realizando o sonho de ser Diretora do Comitê das Nações Unidas para o Uso Pacífico do
Espaço Sideral (COPUOS 2050). Esse vem sendo pensado com muito carinho. Simular em
um comitê futurista exigira dos senhores uma grande dedicação e imaginação! Sendo
assim, espero o comprometimento nos meses precedentes ao evento para que possamos
ter debates produtivos. Estarei a disposição dos senhores para ajuda-lós com qualquer
problema relacionado às discussões.
É com grande satisfação que sou Diretor Assistente do comitê COPUOS (2050). Meu
nome é Igor Rezende Vilela, tenho 18 anos, e durante os dias do MINIONU estarei cursando
o terceiro período de Relações Internacionais na PUC Minas. Minha primeira participação no
MINIONU foi no ano passado, como voluntário do comitê que simulava a Convenção para o
Banimento de Minas Antipessoais (APMBC 2024). A respeito da COPUOS, trata de um
tema muito relevante para a sociedade. Assim, como certamente será muito mais em 2050.
Espero poder ajudá-los e estarei à disposição dos senhores para sanar quaisquer dúvidas.
Sejam muito bem vindos! Meu nome é Nina de Oliveira, e sou uma das Diretoras
Assistentes na COPUOS - 2050. Quando nos encontrarmos no 17º MINIONU, terei 20 anos
de idade e estarei cursando o quarto período de Relações Internacionais na PUC Minas. Na
edição passada do evento, tive a oportunidade de participar como voluntária de Logística.
Espero que os senhores tirem muito proveito de sua participação, e é claro, que se divirtam!
Estarei à disposição dos senhores no caso de quaisquer dúvidas e esclarecimentos.
Olá senhores delegados, meu nome é Rayssa Vanucci, tenho 20 anos, curso o
quinto período de Relações Internacionais e serei Diretora Assistente do nosso comitê. Tive
minha primeira experiência com a MINIONU ano passado e devido ao amor que criei pelo
projeto é que foi possível estar nessa posição esse ano. Estaremos juntos trabalhando na
construção de um sonho, a COPUOS, um comitê futurista está sendo feito com muito
carinho e esforço para que tenham a melhor experiência possível. Estarei disponível para
eventuais dúvidas e suporte de todos vocês. Nós vemos em outubro!
Portanto, e com enorme prazer que a equipe da COPUOS da as boas-vindas aos
3
senhores delegados a mais um MINIONU, o maior modelo intercolegial das Nações Unidas
na América Latina. Aproveitamos para informar que além do blog oficial do comitê,
possuímos também uma página do Facebook onde disponibilizaremos mais informações e
curiosidades acerca do tema. Estas fontes irão ser de extrema importância para as
discussões, pois simularemos em um futuro distante e serão oferecidas mais informações
do cenário e de como o comitê andara. Ademais, encorajamos a utilização de outras fontes,
porém gostaríamos de lembrar que nem todas as fontes são confiáveis. E justamente por
isso que pedimos que, em caso de dúvida ou divergência em relação às informações,
consultem a Diretora ou os Diretores Assistentes, ou considerem como válidas as
informações contidas no blog da COPUOS (2050). Desse modo, aconselhamos a visita
periódica ao blog oficial do comitê. No mais, estamos a disposição para eventuais dúvidas e
desejamos a todos ótimos estudos!
Para nos contatar:
Blog: https://17minionucopuos2050.wordpress.com/
Facebook: https://www.facebook.com/17minionucopuos2050/
E-mail: 17minionucopuos2050@gmail.com
Atenciosamente, Equipe COPUOS (2050)
4
2. APRESENTACAO DO TEMA
Nesta sessão serão abordados alguns pontos importantes da história do
desenvolvimento tecnológico para o espaço sideral e as principais tecnologias que serão
trabalhadas durante os dias de simulação. De acordo com o dicionário Michaelis tecnologia
significa:
1. Tratado das artes em geral. 2. Conjunto dos processos especiais relativos a uma determinada arte ou indústria. 3. Linguagem peculiar a um ramo determinado do conhecimento, teórico ou prático. 4. Aplicação dos conhecimentos científicos a produção em geral (...). (MICHAELIS, 2016, p. 1).
Este conceito e de extrema importância para que se possa compreender os
desenvolvimentos anteriores e futuros na área de exploração espacial. A criação de novos
equipamentos permitiu que o homem chegasse a Lua e descobrisse novos sistemas solares.
Ademais, a busca pelo desconhecido faz com que houvesse uma corrida para a criação de
novas tecnologias espaciais. Os países buscam estar sempre a frente uns dos outros para
conseguir alcançar mais vantagens. A partir disso, e necessário se perguntar: o que os
países ganham com este desenvolvimento? Quais são os seus objetivos? Esses se
configuram como sendo pacíficos ou belicosos? O último ponto é a construção de um
cenário futuro1, que tem como principal objetivo estabelecer o ambiente da COPUOS 2050 e
as principais preocupações que o comitê terá.
2.1 O desenvolvimento tecnológico
A viagem espacial passou a ser mais do que ficção e tornou se realidade em 1957,
tendo como marco inicial desta “Era Espacial” o lançamento do primeiro satélite artificial
russo Sputnik 12. Um mês depois a União as República Socialista Soviética (URSS) pôs em
órbita o segundo Sputnik, que pesava meia tonelada, com um cão a bordo, usando um
foguete com empuxo de centenas de toneladas. O primeiro satélite lançando com sucesso
pelos Estados Unidos da América (EUA) foi no dia 31 de janeiro de 1985. Ele se chamava
1 Um cenario futuro não e uma previsão do futuro. E uma ferramenta para ordenar a percepção sobre ambientes alternativos futuros, nos quais as decisões pessoais possam ser cumpridas. Ou um conjunto de métodos organizados para sonharmos sobre o futuro de maneira eficiente. De forma resumida, Peter S. define cenarios como ‘história do futuro”, que podem nos ajudar a reconhecer e nos adaptarmos aos aspectos de mudança no ambiente presente. Cenario em si e a descrição de acontecimentos, e como se tivessemos contando uma história. (GOMES, 2015).
2 Este era uma esfera de alumínio de 58 cm de diâmetros e 84 kg de massa, com instrumentos rudimentares e um transmissor de rádio.
5
Explorer 1 e pesava 8 quilos. A vida útil desses primeiros satélites em geral não passava de
poucas semanas. Impulsionada pela Guerra Fria, a corrida espacial entre essas duas
superpotências gerou consequências científicas importantes, como a descoberta dos
cinturões de radiação que circundam o Planeta Terra. Ate o ano de 1959 ja havia 44
satélites em órbita. (CARLEIAL, 1999).
Inicialmente, apenas os EUA e a URSS possuíam a capacidade de desenvolver
tecnologias espaciais. A Grã-Bretanha tinha recursos técnicos e outras condições favoráveis,
mas adotou uma linha discreta em seus projetos espaciais, apoiando-se mais na Aliança
Atlântica, como fez também na área nuclear. Portanto, o Estado britânico só colocou em
órbita um pequeno satélite em 1971. A França, ao contrario dos ingleses, além de participar
dos planos e programas internacionais europeus, desde cedo se mostrou determinada a
desenvolver a sua própria capacidade espacial. Em 1962, estabeleceu sua agência espacial,
o Centre National d’Etudes Spatiales (CNES), assegurando investimentos para pesquisas,
desenvolvimento e industrialização. A Itália e os outros países da Europa Ocidental só
deram impulso significativo a indústria espacial quando foi consolidado a Comunidade
Europeia e formou-se a Agência Espacial Europeia (ESA). O Canada também desenvolveu
a indústria de satélites, contando com outros países (já envolvidos nestas atividades) para
fazer os lançamentos. (CARLEIAL, 1999).
É necessário, de acordo com Carleial, fazer um relato a parte da história do ser
humano no espaço sideral. A contribuição dos astronautas a pesquisa científica do espaço e
vista como muito modesta (ainda mais em comparação com a das naves automáticas) e sua
presença nos satélites comerciais são inteiramente dispensáveis. Não obstante, na visão do
cidadão comum, sem eles a exploração espacial perderia grande parte de sua razão de ser.
Talvez por isso, mais do que por alguma visão estratégica de colonização do espaço
exterior no curto prazo, os investimentos dos EUA e da URSS em naves e estações
tripuladas tornaram-se desproporcionalmente vultosos durante a Guerra Fria. As
consequências dessa politica persistiram durante o século XXI 3 . O Space Shuttle e a
Estação Espacial Internacional resistem a todas as criticas e continuam como parte
significativa dos orçamentos da National Aeronautics and Space Administration (NASA).
(CARLEIAL, 1999).
O ponto alto da exploração foi atingido com a missão tripulada Apollo 13, no ano de
1970, e depois perdeu muito da sua força inicial. Em certa medida isso seria consequência
3 Um dos maiores exemplos atuais e do astronauta Scott Kelly e do cosmonauta Mikhail Kornienko que ficaram 340 dias na Estação Espacial Internacional (ISS), tendo como um dos principais objetivos ver como o corpo humano se comporta no espaço exterior (NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ASSOCIATION, 2016). Este pode ser considerado o primeiro passo para uma viagem espacial interplanetária.
6
inevitável e natural do amadurecimento da área espacial. Do lado positivo, e inegável que
desde 1970 ate hoje houve enorme evolução tecnológica e desenvolvimento industrial na
área, ao lado de grande progresso científico. Sem a tecnologia espacial e os sistemas de
satélites o mundo de hoje não funcionaria. Acresce que a cooperação internacional aos
poucos foi se sobrepondo a competição, e os empreendimentos comerciais ganharam força.
Contudo, ainda há uma predominância em todo o mundo da participação governamental nos
investimentos espaciais, não apenas nas aplicações de interesse militar (cuja importância
não diminuiu, pois são vitais para vigilância, navegação e comunicações), mas também nas
civis (como empresas de exploração de minerais e de viagens civis ao espaço). A
exploração científica do espaço, a aplicações da área ambiental, a meteorologia por
satélites, a localização para busca e salvamento, além de outros serviços semelhantes,
tradicionalmente têm sido campo de atuação dos Estados, embora a iniciativa de
organizações não-governamentais (ONGs) e empresas privadas venham se expandindo em
alguns desses setores. Os serviços comerciais de lançamentos por meio de foguetes ja
estão na sua maior parte sendo conduzidas por empresas privatizadas, acompanhando as
telecomunicações por satélites e a indústria produtora de equipamentos e sistemas
espaciais. (CARLEIAL, 1999).
2.1.1 A Importância dos Satélites
De acordo com a NASA, satélites são tudo aquilo que gira (ou orbita) em torno de um
grande objeto, portanto, a Terra, a Lua e qualquer outro planeta entram nessa categoria.
Neste guia, porém, considerar-se-a apenas aquelas maquinas feitas pelos homens.
(NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ASSOCIATION, 2014). Elas são formadas
essencialmente por duas partes: uma fonte de poder e uma antena. O primeiro pode ser
uma bateria ou um painel solar, e o segundo tem como finalidade receber e mandar
informações para estações na terra. (NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE
ASSOCIATION, 2014).
7
Figura 1 – Partes de um satélite
Fonte: GULF OF MAIN RESEARCH INSTITUTE, 2012.
Satélites são usados para observar a Terra, e os dados por eles coletados possuem
diversas aplicações. As imagens de alta resolução produzem um mapeamento preciso do
ambiente, e uma cobertura repetida do território produz informação que pode ajudar a
avaliar o risco de enchentes, além de estimar a população do local e o seu crescimento.
Ademais, essa tecnologia pode ajudar a encontrar e administrar recursos naturais escassos,
além de monitorar vastas áreas florestais e seu desmatamento ou reflorestamento. Outra
aplicação e que a vigilância de áreas especificas produz informações de alto valor
estratégico nas questões de segurança. (HIGH ACCURACY, 2015). Portanto, as principais
funções deste equipamento se configuram como sendo: (i) comunicação, (ii) navegação, (iii)
monitoramento ambiental e (iv) previsão do tempo. (GULF OF MAINE RESEARCH
INSTITUTE, 2012).
A telecomunicação por satélites representa 60% da atividade industrial espacial, e
seu mercado se expande cerca de 5 a 6% cada ano. (EMEA SATELLITE OPERATORS
ASSOCIATIONS, 2015). Essa função e a que melhor se aplica ao cotidiano, pois ouvir rádio,
usar o celular e assistir TV são alguma das funções destes satélites de comunicação. Isto
permite a todos uma maior rapidez em todas as suas ações, além de trazer relações mais
dinâmicas ao redor do globo. (EUROPEAN SPACE AGENCY, 2012). Outro tipo de satélite
muito conhecido e utilizado no dia a dia são os de localização. Esse surgiu com o
lançamento do Sputnik 1, mas só veio a ser desenvolvido nos anos de 1950 pela
necessidade de navios e submarinos saberem sua localização exata a qualquer hora. O
8
Global Positioning System (GPS4) e um sistema utilizado para calcular distâncias e mostrar
a posição exata de que o utiliza. Ademais, uma das inovações da tecnologia de GPS e a de
detectar o movimento do solo terrestre após um abalo sísmico. (GULF OF MAINE
RESEARCH INSTITUTE, 2012).
Um dos problemas a ser levantado sobre esta tecnologia e o lixo espacial. Tudo que
e lançado vai parar na órbita baixa da Terra e assim que eles são descartados, vão para a
órbita cemitério. Estes detritos podem causas sérios problemas às satélites ainda ativos e à
Estação Espacial Internacional. Ademais, essa possibilidade e um indício de que “o limite
para a quantidade de lixo que o espaço ao redor da Terra pode absorver esta perto de ser
atingido.” (SUPER INTERESSANTE, 2009, p. 43).
A maior parte dos satélites esta localizada na órbita baixa, ou geossincronica, da
Terra, em que grandes quantidades de destroços espaciais se acumularam. Isso pode ser
observado na imagem a baixo:
Figura 2- CONTAGEM REGRESSIVA PARA A SINDROME DE KESSLER
FONTE: LEPCA, s.d.
4 Há dois tipos de sinais que rádio que um GPS pode receber: Standard Positioning Service (SPS) que e utilizado por civis, e o segundo e o Precise Positioning Service (PPS) empregado por militares e outras pessoas autorizadas.
9
2.1.2 A Estação Espacial Internacional
A Estação Espacial Internacional (ISS) é um dos maiores e mais complexos projetos
científicos da história da humanidade, e é fruto de um esforço da cooperação internacional
de dezesseis nações5. Seu projeto vinha sendo pensado desde 1984, catorze anos antes do
lançamento de seu primeiro componente, quando o então presidente estadunidense, Ronald
Reagan, delegou para a NASA a criação de uma estação espacial internacional em uma
década. (NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ASSOCIATION, 2007). E como a
estrutura não poderia ser feita e mandada inteira da Terra ao espaço, as peças foram
lançadas através de foguetes uma a uma, por meio da cooperação internacional dos países
participantes do projeto. (NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ASSOCIATION, 2015).
Em 20 de novembro de 1998, o módulo-base6 da ISS foi lançado, chamado Módulo
Zarya. Produzido pela Rússia e financiado pelos EUA, ele tinha, nessa época, todas as
funções da estação, sendo responsável pela sua orientação e propulsão, além da energia
elétrica da mesma. Já em julho de 2000, foi lançado o Módulo Zvezda (módulo de serviço),
que serviu como alojamento para o primeiro grupo de tripulantes7 que chegou à estação em
novembro do mesmo ano. Desde então, a ISS nunca deixou de ter algum tripulante a bordo.
Mais componentes da Estação foram lançados nos anos seguintes, com destaque para o
Destiny (laboratório estadunidense), o Columbus (laboratório europeu) e o Kibo (laboratório
japonês), sendo que a construção da ISS foi oficialmente terminada em 8 de julho de 2011.
(NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ASSOCIATION, 2011).
A Estação tem 73 metros de comprimento, 109 metros de largura e cerca de 450 mil
kg, sendo um laboratório espacial que se encontra em órbita baixa (entre 340 km e 353 km
de distância da Terra). Ela rivaliza com o planeta Vênus em questão de o quão brilhante ela
é, e é possível vê-la a olho nu8. A Estação viaja a uma velocidade de 27000 km/h, e
computa em média 16 órbitas por dia. (ESTAÇÃO ESPACIAL..., 2016).
A ISS representa a presença humana no espaço, e é uma ferramenta essencial nos
5 Sendo estas nações: os EUA, a Rússia, o Canadá, o Japão, e por meio da Agência Espacial Europeia (ESA), a Bélgica, a Dinamarca, a França, a Alemanha, a Itália, os Países Baixos, a Noruega, a Espanha, Portugal, a Suécia, a Suíça, e o Reino Unido. O Brasil fez parte da cooperação internacional em prol da ISS por quase dez anos, mas o país está fora desta atualmente devido ao não cumprimento de um acordo direto com a NASA. (NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ASSOCIATION, 2016).
6 O módulo-base da ISS foi o seu primeiro componente lançado, e serviu para iniciar o processo de construção de sua estrutura.
7 O primeiro grupo de tripulantes da ISS chegou à no dia 2 de novembro de 2000, e consistia no astronauta estadunidense William Shepherd e nos cosmonautas russos Sergei Krikalev e Yuri Gidzenko. (NATIONAL AERONAUTICS AND SPACE ASSOCIATION, 2016).
8 É possível acompanhar o progresso da ISS via internet, para saber quando ela está sobrevoando sua cidade. (CURRENT POSITION..., 2016). Acesse o link: <http://iss.astroviewer.net/>.
10
programas espaciais das mais importantes agências espaciais do mundo. Ela tem como
principal objetivo usar a micro gravidade9 do espaço para auxiliar no desenvolvimento de
materiais impossíveis de serem obtidos na Terra, podendo ser citado a fabricação de certos
remédios como exemplo desse processo. Além de estudar o espaço sideral, os laboratórios
da ISS também servem para estudar o corpo humano10 e os alimentos no espaço, visando
observar as suas condições de permanência neste ambiente. Ela também tem o objetivo de
servir como um posto no espaço sideral, o que a torna essencial para as ambições de
exploração humana, principalmente no que diz respeito à ocupação de Marte por exemplo.
(SHARP, 2016).
No que tange a tripulação da Estação, ela suporta tripulações de até seis indivíduos,
sendo tripulantes de diferentes nacionalidades, que partem em expedições até a estação em
grupos de três. (ESTAÇÃO ESPACIAL..., 2016). A tripulação se alterna em intervalos de
alguns meses entre expedições, de modo que há um fluxo constante de astronautas indo e
voltando da ISS. Aliado a isso, em um futuro próximo, os planos para a ISS consistem em
preparar a Estação para viagens comerciais tripuladas. (SHARP, 2016).
A tripulação dedica aproximadamente trinta e cinco horas semanais para a
realização de pesquisas científicas que objetivam incentivar o desenvolvimento tecnológico
na Terra. A estação também é um símbolo de cooperação internacional, já que nenhum
Estado seria capaz de monitorá-la e coordená-la sozinho, e possui fins pacíficos que visam
o desenvolvimento científico e humano. Ao todo, 222 pessoas de 18 países já a visitaram,
desde que ela passou a ser constantemente tripulada em 2000. (NATIONAL
AERONAUTICS AND SPACE ASSOCIATION, 2016).
2.1.3 A questão militar
A percepção de que o espaço sideral possa ter qualquer finalidade militar parte do
pressuposto de que a mesma possa ser considerada como uma extensão do cenário militar
da própria Terra. De tal maneira, o espaço somente possui real utilidade para projeção de
forca se esta consegue alcançar as zonas de influência politica na Terra. (BHUPENDRA,
2006).
9 Microgravidade consiste na aparente ausência de efeitos gravitacionais. (O QUE..., 2015).
10 A exposição ao ambiente de microgravidade é visto pela NASA como responsável por inúmeros problemas de saúde em astronautas, tais como dores no corpo, perda de cálcio nos ossos, dores de cabeça e atrofias musculares. Com o objetivo de verificar a viabilidade de uma viagem tripulada até Marte, com previsão de duração de quase três anos, a NASA e a ROSCOSMOS se aliaram e enviaram o astronauta Scott Kelly e o cosmonauta Mikhail Kornienko em Março de 2015 em uma missão de um ano na ISS. Eles retornaram à terra em Primeiro de Março de 2016. (GUGLIOTTA, 2015).
11
Em termos conceituais, qualquer arma que saia da atmosfera terrestre, como os
Mísseis Balísticos Intercontinentais (ICBM) se caracterizaria como uma arma espacial.
Neste caso especifico, as armas espaciais são tratadas como aquelas que podem ou estão
estacionadas no espaço, ou que podem agir em enfrentamentos e combates no próprio
espaço sideral ou na órbita terrestre. Além disso, todo esse trabalho e especulativo, uma
vez que todas as potencias capazes de militarizar o espaço mantém um nível de segurança
e segredo altíssimo quando se trata do assunto. (BARRY D, 2001).
A iniciativa para se utilizar o espaço sideral para fins militares partiu dos Estados
Unidos, por meio do Departamento de Defesa e da NASA, e da Rússia, por meio da Agência
Espacial da Federação Russa (ROSCOMOS). Na segunda década do século XXI a China
tornou-se uma potência militar espacial. Ate 2015, o único real uso que o espaço viu para
fins militares foi o de informação, na forma de satélites de observação (nem sempre
legítimos, visto que muitas vezes eram usados para espionagem de outros países). (BARRY
D, 2001). Ademais,
Ate o momento, os sistemas militares espaciais têm servido principalmente para melhorar a eficácia das forças militares baseadas no mar, subterrâneas e ar. Comandantes dependem de satélites para comunicar-se com as tropas na linha de frente, e, em circunstâncias extremas, as autoridades nacionais poderiam usa-los para emitir os comandos para lançar armas nucleares. Os satélites meteorológicos ajudam a planejar ataques aéreos, e satélites de posicionamento são utilizados para orientar as armas a seus alvos com alta precisão. (LOGSDON, 2015, p. 12, tradução nossa).
11
Qualquer objeto pode ser transformado em uma arma no espaço sideral, visto que
um pequeno pedaço de meteoro ou qualquer equipamento humano deixado no espaço pode
destruir um satélite e outros equipamentos importantes. (OUTER SPACE, 2016). Houve
várias tentativas de criar tratados que possuíam por objetivo a prevenção do
desenvolvimento de armas espaciais, mas ha uma dificuldade em definir esse termo pelos
Estados. Há como possíveis soluções para tal problema a definição da “militarização
espacial” e a definição do “armamentismo do espaço sideral”. O primeiro vem sendo
realizado desde o lançamento do primeiro satélite de comunicação, pois o uso pacifico esta
relacionado com o uso militar, tendo como maior exemplo os satélites que também podem
ser usados para comunicação para ambos os fins. Ja o segundo, refere-se à disposição de
11
To date, military space systems have served primarily to enhance the effectiveness of ground-, air-, and sea-based military forces. Commanders rely on satellites to communicate with troops on the front lines, and, in extreme circumstances, national authorities could use them to issue the commands to launch nuclear weapons. Meteorological satellites assist in planning air strikes, and positioning satellites are used to guide weapons to their targets with high accuracy.
12
equipamentos no espaço de capacidade destrutiva. (OUTER SPACE, 2016).
Os EUA tem um papel importante na questão de militarização do espaço sideral.
Desde 11 de setembro de 2001 os Estados Unidos vem em uma onda de combate ao
terrorismo, que levou a desistência de acordos criados durante a Guerra Fria que impediam
o armamentismo espacial. Um exemplo e o projeto Guerra nas Estrelas12 que existe desde a
era Reagan, mas nas duas primeiras décadas do século XXI, vem sendo trabalhado pelo
governo americano. Isso vem incomodando a comunidade internacional e países-chave –
como Rússia e China que se manifestaram contra a instalação de armas do espaço. Caso
isso siga adiante, outras nações teriam o mesmo direito de correr para o espaço. O principal
resultado disso seria um aumento da quantidade do lixo espacial, que impediria iniciativas
futuras de exploração do espaço sideral. (SUPER INTERESSANTE, 2009). Esse projeto
continua a ser desenvolvido ate a presente data e os demais países continuam se
posicionado de forma contrário a esse projeto.
Para não chegar ao ponto de uma corrida armamentista, China e Rússia juntaram
forças para criar o Treaty on the Prevention of the Placement of Weapons in Outer Space
(PPWT) em 2008 cujo objetivo e a não instalação de armas nucleares ou de destruição em
massa no espaço sideral pelos os Estados signatários. De acordo com esses dois países no
rascunho de 2014 deste tratado, “uma proibição juridicamente vinculativa sobre a disposição
de armas no espaço exterior como um dos instrumentos mais importantes de fortalecimento
da estabilidade global e segurança igual e indivisível para todos.” (LISTNER, 2014, p. 2
tradução nossa).13
2.2 As atividades espaciais em 205014
Ate o ano de 2050 houve muitas alterações no sistema econômico e politico no
contexto internacional. Uma das principais mudanças esta relacionada à maior participação
12
Este nome é na verdade o apelido do projeto de defesa estratégica no espaço (SDI) norte americano, atribuído pelo seu caráter futurista. (BERTONHA, 2001). De acordo com Mario Tacco, o SDI era “um sistema baseado em satelites para proteger a nação dos mísseis balísticos intercontinentais soviéticos. A ideia era usar raios laser para abater, no espaço, os mísseis nucleares disparados pela URSS.” (TACCO, 2006, p. 1). Após alguns anos o projeto foi abandonado, permanecendo, apenas, como uma lembrança. (THE STRATEGIC..., 2016). Ademais, outros dois presidentes tentaram reviver este projeto: Bill Clinton e George W. Bush. (BERTONHA, 2001).
13“(...) a legally binding ban on placement of weapons in outer space as one of the most important instruments of strengthening global stability and equal and indivisible security for all,”
14Cenário construído pelos alunos Camilla Dornellas, Daniele Salum, Letícia Laper e Rafael Tavares, na matéria de Cenários Internacionais: Conceitos, Técnicas e Exercícios, do curso de Relações Internacionais da PUC Minas, no segundo semestre de 2015
13
dos países em desenvolvimento. De acordo com a economista Karen Ward15, “E tudo isso
tera, sem dúvida, mudado em 2050. (...) Entre as 30 primeiras economias mundiais estarão
19 das que agora são consideradas emergentes.” (GONZALEZ, 2014, p. 3, grifo nosso). As
causas para isso estão no contexto internacional que vem sendo desenvolvido com uma
maior participação de países como China e Índia, ganhando cada vez mais espaço na
politica, sistema financeiro e comercial. Ademais, o BRICS16 sera um grupo importante para
as discussões internacionais, assim como foi sendo desenhando a partir de 2008 após a
crise econômica, e uma participação mais incisiva deste grupo.
Tabela 1: Comparação das 10 maiores economias nos anos de 2014 e 2050
FONTE: CALEIRO, 2015
Com relação ao meio ambiente, o planeta Terra está passando por grandes
dificuldades. Uma das maiores causas para a destruição climática e ambiental é o consumo
exacerbado dos recursos naturais pela população mundial. Isso levou ao aumento de
ocorrências de desastres naturais e à escassez de recursos. Por isso, foi necessário a
criação de novas alternativas energéticas e de matérias primas para o desenvolvimento
econômico mundial. A solução, portanto, estava fora do planeta, ou seja, nos asteroides e
15
Economista do HSBC que desenvolveu o relatório “O Mundo em 2050”. 16
A sigla BRICS e um acronimo para cinco países: Brasil, Rússia, India, China e África do Sul. O’Neill, quando criou o termo, percebeu que estes possuíam características em comum (extensão territorial, população, promessa de crescimento do Produto Interno Bruto, etc.) que poderiam alterar a dinâmica internacional nas próximas décadas. Já no ano de 2006, em um encontro a margem da Assembleia Geral da ONU, foi sondada a criação de um bloco econômico liderada pela Rússia. Dois anos depois houve a primeira reunião Ministerial do BRIC. A entrada da África do Sul foi em 2010 na II Cúpula do BRIC. (DORNELLAS; FRANÇOZO, 2014).
14
nos planetas do sistema solar.
Em 2050, o desenvolvimento do espaço sideral está avançado. Apesar da COPUOS
não recomendar a exploração militar na órbita terrestre, como é deixado explicito na
resolução Prevention of an arms race in outer space (adotada pela Assembleia Geral das
Nações Unidas em sua 62° sessão, em 10/01/2008), a utilização do próprio espaço como
arma e, ainda assim, possível e provável.
Há um alto nível de militarização da tecnologia espacial, mas a prioridade dos
desenvolvimentistas de aparatos de defesa para uso no espaço sideral permanece na
defesa dos bens presentes na área cósmica. Portanto, as tecnologias militares presentes
em órbita seriam todas voltadas para a proteção de outras instalações espaciais. Vale dizer
que essa militarização não tem proposito ofensivo, pois serão levadas em consideração as
questões de paz e segurança, de extrema importância para o contexto internacional.
Em relação ao desenvolvimento de tecnologias espaciais voltadas para o uso militar,
a arma mais utilizada e o míssil, e esse pode aumentar as capacidades defensivas dos
Estados que necessitem se proteger seus bens em órbita. Observa-se que os misseis são
as armas mais versáteis em campo no espaço sideral, uma vez que são capazes de tanto
atacar instalações adversárias assim como proteger os bens aliados. Faz-se primordial a
capacidade de se derrubar mísseis inimigos e destruir possíveis satélites equipados com
tecnologia militar. Ademais, o desenvolvimento de tecnologias militares alavanca outras
áreas tecnológicas relacionadas à espionagem, ao seu uso para fins científicos e civis.
Os satélites se configuram como sendo um tipo de tecnologia de extrema
importância para o desenvolvimento espacial, visto que eles podem ser usados tanto para
questões pacificas como para questões militares. Em especial, a exploração dos recursos
minerais contidos nos asteroides em órbita dos vários corpos celestes é somente possível
com o uso de satélites de mineração especializados. O uso dos satélites em aventuras
econômicas é quase que ambíguo, uma vez que praticamente todas as estratégias
concebíveis de exploração envolvem o uso de satélites e outros veículos espaciais não-
tripulados. Referente ao esforço de mineração, em especial, se faz presente o uso de uma
vasta gama de automóveis e aparelhagem de mineração. Por exemplo, a Planetary
Resources, uma das muitas empresas do Vale do Silício voltadas para a exploração
espacial, utiliza grandes veículos, como ônibus espaciais, para transportar os satélites de
mineração para locais próximos dos asteroides. (OUR TECNOLOGY..., 2015).
Os satélites, dada a sua versatilidade, não somente servem como plataforma para
equipamentos de mineração, comunicação e logística, mas também como plataformas de
armamentos. Estas podem estar voltadas para destruir alvos no próprio espaço ou, no caso
15
de satélites maiores, atacar a própria Terra. Seguindo a tendência de 2015 de exploração de
recursos ambientais terrestres, a utilização de recursos espaciais levou a um aumento da
poluição dos meios terrestres e espaciais. Como já dito, isso ja foi observado em 2015, pois
houve um crescimento da "órbitas-cemiterio", ou seja, áreas nas quais esta localizado o lixo
espacial, como destroços de satélites. Isso ocorreu, porque houve uma priorização dos
ganhos econômicos em detrimento ao meio ambiente.
O Cinturão de Asteroides, localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter, serve como
fonte para enormes quantidades de recursos, a grande maioria de minerais, que de certa
maneira começaram a ser explorados em 2025 pelas empresas do Vale do Silício. São
quantidades inéditas de uma grande variedade de recursos cuja exploração e refinamento
geram altíssimos índices de poluição, tanto no espaço quanto na Terra. Especial cuidado
aos materiais radioativos, cuja poeira cósmica pode poluir não somente as estações
espaciais, mas também outros planetas, a Terra inclusa.
Com relação às viagens interplanetárias, essas ja estão em curso desde 2036,
quando os EUA lançaram sua primeira missão tribulada a Marte. Esse chegou ao planeta
depois de duzentos e cinquenta dias de viagem. O objetivo de tal missão é o
estabelecimento de uma colônia para fins científicos, que fará um estudo do solo e das
condições climáticas. Em 2050, a China, a Índia e o Japão também já estão fazendo
pesquisas em solo marciano. A Rússia também conseguiu um feito inédito: chegou a Vênus
e desde então faz pesquisas em seu solo. Essa pesquisa tem como objetivo traçar
estratégias para vez a probabilidade de uma futura colonização em 2065. Anterior a tudo
isso, esses mesmos países estão desde 2020 em solo lunar criando as suas bases de
pesquisa.
3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ
Nesta sessão sera discutido e apresentado as principais funções, o histórico e p
funcionamento do comitê. Inicialmente será feito uma pequena apresentação da COPUOS e
os principais tratados sobre o espaço exterior, que poderão ser utilizados durante os dias de
simulação.
3.1 A COPUOS
A COPUOS foi criada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) em 1959
para orientar a exploração e uso do espaço para o benefício de toda a humanidade. Isso
16
será feito de acordo com os princípios da Organização das Nações Unidas (ONU) de paz,
segurança e desenvolvimento. A COPUOS foi encarregada de rever a cooperação
internacional no uso pacifico do espaço sideral, estudando atividades relacionadas ao
espaço que poderiam ser empreendidas pela ONU, incentivando programas de investigação
espacial, e estudar os problemas jurídicos decorrentes da exploração do espaço. Ela foi
fundamental para a criação dos cinco tratados e cinco princípios do espaço sideral.
(UNITED NATIONS OFFICE FOR OUTER SPACE AFFAIRS, 2016a). A cooperação
internacional na exploração do espaço e o uso de aplicações de tecnologia espacial para
atender metas de desenvolvimento global são discutidos em Comissões a cada ano. Devido
aos rápidos avanços tecnológicos na área espacial, a agenda do espaço esta em constante
evolução. Assim, o Comitê proporciona uma plataforma única a nível mundial para monitorar
e discutir esses desenvolvimentos. (UNITED NATIONS OFFICE FOR OUTER SPACE
AFFAIRS, 2016b).
Quando se fala do direito espacial internacional, está se referindo a cinco tratados17 e
mais de cem resoluções que foram estabelecidas pela Assembleia Geral. Outro órgão
importante na parte jurídica e o Secretariado das Nações Unidas, que vem solicitado aos
Estados para realizar uma série de obrigações que facilitem a transparência na condução de
atividades espaciais. Ademais, algumas das obrigações previstas incluem: a manutenção de
um registo central de objetos lançados no espaço, bem como a divulgação de informações
relativas a recuperação de objetos, lançamento e reentrada de satélites a energia nuclear e
outros eventos relacionados com a utilização e exploração de espaço sideral. As
responsabilidades para a implementação destas obrigações têm sido delegadas pelo
Secretário-geral ao Gabinete das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior.
(UNITED NATIONS OFFICE FOR OUTER SPACE AFFAIRS, 2016c).
A ideia, portanto, e de um encontro aberto, imparcial e com participação global, ou seja, não restrito aos países com programas espaciais (spacefaring nations), cujo número aumentou bastante desde os anos 1960 – hoje ha mais de 60 países que operam seus próprios satélites e mais de 70 agências espaciais nacionais –, mas ainda esta longe de incluir todos os 193 países membros das Nações Unidas (ONU), ou pelo menos a maioria deles (MONSERRAT FILHO, 2015, p. 1).
Durante o tempo que o Comitê para o Uso Pacífico do Espaço Exterior evoluiu, seus dois
Comitês e suas subcomissões viraram plataformas exclusivas para os Estados se reunirem
para reverem o alcance da cooperação internacional no uso pacífico do espaço exterior,
17
Os tratados são referentes a: uso pacifico do espaço, registros de satélites, responsabilidades no espaço, retorno de astronautas e sobre corpos celestes.
17
incentivar a investigação e a continuação da divulgação de informações sobre questões
relacionadas ao espaço sideral, além de estudar questões jurídicas resultantes da
exploração do espaço exterior. (SANTOS, 2015).
Quando se trata de atividades espaciais, praticamente todas as áreas são
inevitavelmente interligadas, como a de ciência, tecnologia, direito, política e de segurança.
Na maior parte dos casos as tecnologias espaciais têm aplicações civil e militar, e as
escolhas feitas sobre a utilização do espaço sideral impactam diretamente a paz e
segurança internacional. O Escritório de Assuntos do Espaço Exterior, em apoio do Comitê
Science, technology and innovation (STI) e suas subcomissões, apoiam discussões
inovadoras e inovadoras, além de acordos sobre as medidas que todos os atores envolvidos,
atuando diretamente ou em atividades espaciais ou se beneficiando destes serviços, podem
tomar para garantir as atividades pacíficas e de sua continuidade segura (SANTOS, 2015).
Desde seu surgimento em 1959, a COPUOS vem crescendo em termos de aplicação,
membros e propósito. Os Estados viram a importância de estabelecer um fórum de
cooperação internacional para as trocas e disseminações de informações para o uso dessas
novas fronteiras. O foco no uso da tecnologia espacial para o desenvolvimento
socioeconômico e relativamente novo, mas os Estados-membros vêm desde o início
trabalhando para criar uma estrutura legal que proíba o uso do espaço para fins conflituosos.
A resolução 2222 de 1967 da Assembleia Geral e um desses instrumentos que tentam
eliminar as instalações de armas nucleares em órbita ou em qualquer outro corpo celeste,
como a Lua. Ja o Tratado do Espaço Sideral, proíbe o uso de qualquer corpo celeste para
qualquer fim militar. Este se tornou uma das regras mais importantes para o Direito Espacial.
Ademais, os Estados enxergam um ambiente espacial pacífico como essencial para um
futuro desenvolvimento socioeconômico. E ainda, os Estados-membros terão que considerar
se o quadro jurídico para o espaço deve ser ajustado para novos desenvolvimentos, tais
como a expansão das empresas privadas para o espaço sideral. (MCKINION, 2013).
3.2 Principais tratados
O Direito Internacional Espacial é o mecanismo que regula as atividades dos
Estados, das organizações internacionais e intergovernamentais, e das empresas privadas e
públicas, sobre a exploração e uso do espaço sideral. Portanto, constituído por conjunto de
normas e princípios destinados a ordenar as atividades espaciais. Desde o início da Era
Espacial, a ONU entende a importância que uma regulação jurídica possa trazer de
benefícios para todos os Estados e à humanidade. Ademias, este ordenamento traz uma
maior previsibilidade, garantias e proteção aos envolvidos de forma direta ou indireta.
18
(MONSERRAT FILHO, 2015).
A COPUOS e um fórum para a ampliação do direito internacional do espaço. De
acordo com ela:
Cada um dos tratados salienta a noção de que o espaço, as atividades realizadas no espaço exterior e quaisquer benefícios que possam ser acumulados a partir do espaço exterior, devem ser dedicados a melhorar o bem-estar de todos os países e da humanidade, com ênfase na promoção da cooperação internacional (UNITED NATIONS OFFICE FOR OUTER SPACE AFFAIRS, 2015, p. 1, tradução nossa).
18
Ao todo são cinco tratados que vão tratar sobre: (i) a notificação e registro de
atividades espaciais, sendo estes relacionados à investigação científica e a exploração de
recursos naturais; (ii) a responsabilidade por danos causados por objetos vindos do espaço
sideral; e (iii) a segurança e resgate de astronautas; e a não apropriação do espaço sideral
por um único pais. (UNITED NATIONS OFFICE FOR OUTER SPACE AFFAIRS, 2015).
Todos esses foram criados durante o período da Guerra Fria, onde o desenvolvimento de
novas tecnologias e novas descobertas científicas fazia com que fosse necessário
estabelecer regulações para a exploração controlada e pacifica do Espaço Sideral.
3.2.1 O Tratado do Espaço19
Este tratado foi criado a partir da resolução 2222 da Assembleia Geral das Nações
Unidas no ano de 1966. Ele se baseia na Declaração dos Princípios Legais que Governam
as Atividades Espaciais dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Sideral (resolução
1962 da AGNU). Os três primeiros a assinarem o tratado foram a União Soviética, o Reino
Unido e os Estados Unidos da América em janeiro de 1967 e entrou em vigor em outubro do
mesmo ano. (UNITED NATIONS OFFICE FOR OUTER SPACE AFFAIRS, 2016d).
Esse e o tratado que estabelece a estrutura base do direito internacional espacial.
Acresce que ele e considerado o mais abrangente, visto que trata das atividades espaciais
como um todo. Em um contexto de Guerra Fria, que era caracterizado por um clima de
tensão e pela corrida a Lua, o Tratado do Espaço tinha como principais objetivos a paz e a
cooperação entre os Estados. Isso pode ser percebido pelo Artigo 1º ou “Cláusula do Bem
Comum” (MONSERRAT, 2007). De acordo com este:
18
Each of the treaties stresses the notion that outer space, the activities carried out in outer space and whatever benefits might be accrued from outer space should be devoted to enhancing the well- being of all countries and humankind, with an emphasis on promoting international cooperation.
19 Nome completo: “Tratado sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço exterior, Inclusive a Lua e Demais Corpos Celestes”.
19
A exploração e o uso do espaço sideral, inclusive da Lua e demais corpos celestes, devera ser cumprido para o benefício e interesse de todos os países, qualquer que seja o estágio de seu desenvolvimento econômico e científico, e são incumbência de toda a humanidade (THE OUTER SPACE THEATY, 1967, p. 1, tradução nossa).
20
Esse tratado também pode ser definido como “Código Maior das Atividades
Espaciais” e “a Carta Magna do Espaço”, pois e um dos acordos multilaterais mais aceitos
pelos Estados. Ate o momento ele foi ratificado por 102 países e assinado por 26 e em 49
anos, nenhum país se manifestou contra a qualquer artigo. Isso comprova a credibilidade
das normas criadas. (MONSERRAT FILHO, 2012).
3.2.2 Convenção sobre Responsabilidade21
De acordo com o Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior
(UNOOSA), a Convenção sobre Responsabilidade tem como objetivo fazer com que os
Estados Lançadores22 tenham completa responsabilidade no pagamento de qualquer dano
causado por seus objetos lançados no espaço sideral. (UNITED NATIONS OFFICE FOR
OUTER SPACE AFFAIRS, 2016f). De acordo com o Artigo 1 paragrafo c, para um Estado
ser considerado um “lançador” ele deve promover ou lança um objeto no espaço sideral e
seu território deve ser o local de onde o objeto e lançado (SEITENFUS, 2014). Durante
décadas, a responsabilidade de lançamento estava atrelada unicamente ao Estado, mas
com as privatizações na área, empresas privadas começaram a se tornar “lançadoras”.
Cabe ressaltar que apesar delas fazerem o lançamento, o responsável internacional sera o
Estado no qual ela esta vinculada.
Essa convenção foi discutida durante nove anos (1963-1972) pelo Subcomitê
Jurídico da ONU e veio a ser posta em vigor em novembro de 1972. Anteriormente, no ano
de 1971 ela passou pela Assembleia Geral da ONU, onde foi criada a resolução 2777.
(UNITED NATIONS OFFICE FOR OUTER SPACE AFFAIRS, 2016e).
20
The exploration and use of outer space, including de Moon and other celestial bodies, shall be carried out for the benefit and the interests of all countries, irrespective of their degree of economia or scientific development, and shall be the province of all mankind.
21 Nome completo: “Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Donos causados por Objetos Espaciais”
22 Os mais conhecidos atualmente: Rússia, EUA, França, China, Reino Unido, India, Japão, Canada, Brasil, Alemanha, Itália, Ucrânia, Cazaquistão, Paquistão, México, Argentina, Israel, Egito, África do Sul, Indonésia, Chile, Austrália, Arábia Saudita.
20
3.2.3 Acordo sobre a Lua
Este acordo foi adotado por unanimidade pela AGNU pela resolução 34/68 em 1979.
Contudo, ela só entrou em vigor em 1984, após conseguir a quinta ratificação, da Áustria.
(UNITED NATIONS OFFICE FOR OUTER SPACE AFFAIRS, 2016g). Ademais, desde
então, foram poucos os países que aderiram ao acordo, e a França foi a única potência a
assina-lá. (MONSERRAT FILHO, 2007).
De acordo com ele a Lua e qualquer outro corpo celeste devem ter exclusivamente
uso pacifico. Isso significa que os Estados podem explorar comercial e cientificamente, mas
não podem se apossar do corpo celeste. (SUPER INTERESSANTE, 2005). A ONU também
foi citada. O seu papel com relação a questão seria de ser “informada da localização e
propósito de qualquer questão estabelecida nesses corpos.” (UNITED NATIONS OFFICE
FOR OUTER SPACE AFFAIRS, 2016g, p. 1, tradução nossa) 23.
A falta de apoio ao Acordo da Lua pode esta relacionada ao artigo 11 da mesma. De
acordo com ele, a Lua e seus recursos naturais são vistos como um patrimônio comum da
humanidade. Ademais,
(...) propõe a instituição de uma "autoridade internacional" para dirigir a exploração dos recursos lunares e estabelece que os frutos da exploração dos recursos lunares deverão ser divididos entre os países em desenvolvimento e os países que financiaram, desenvolveram e utilizaram
as tecnologias necessárias para essa exploração (MONSERRAT FILHO,
2007, grifo nosso).
Outra dificuldade deste acordo e o fato de que na época os EUA e a Rússia não
aderiram. Outros Estados como China, Índia, Japão e os países europeus vêm preparando
viagens a Lua. Alguns dos seus objetivos são a exploração de seu solo rico em selênio e a
criação de bases espaciais. As empresas privadas também estão interessadas na
exploração do corpo e pressionam os governos para estabelecer propriedades privadas na
Lua. (SUPER INTERESSANTE, 2005).
4 POSICIONAMENTO DOS PRINCIPAIS ATORES
Nesta sessão será apresentada alguns dos atores importantes para as discussões.
Em 2050 eles apresentam desenvolvimentos consideráveis nas áreas de tecnologia espacial,
além de estarem na frente na corrida interplanetária.
23
informed of the location and purpose of any station established on those bodies.
21
4.1 China
Em 2015 a China, teve um desenvolvimento muito rápido de sua astronáutica, que a
levou a ultrapassar os EUA e a Rússia. Consequentemente, o país ja e considerado uma
das potências espaciais. (FEDOROV, 2014). Seu posicionamento e contrário ao uso bélico
espacial, contudo vem trabalhando junto com o BRICS no desenvolvimento de satélites
voltado para a defesa e ganhos econômicos. Ate 2050 a China ja alcançou vários ganhos no
espaço sideral. Em 2020 o país avançou na tecnologia de satélites para sensoriamento
remoto da Terra e desenvolveu sua primeira sonda para Marte. No ano de 2025 o país
construiu sua própria base espacial. Ja em 2026 o país foi o terceiro a chegar à Lua e o
primeiro a iniciar o projeto de colonização no corpo celeste. Meses após a chegada dos
primeiro homens a Marte, a China mandou uma missão tripulada ao planeta, se tornando o
segundo país a chegar ao planeta vermelho.
4.2 EUA
Os EUA foi um dos países que votaram contra uma resolução na ONU que visava
proibir o desenvolvimento e a manufatura de novos tipos de armas de destruição em massa.
(GOMES, 2014). Como e conhecido, o país possui uma das agências espaciais mais
avançadas e de referencia no setor (NASA), além de ser um dos líderes em lançamento de
satélites. Apesar das dificuldades orçamentárias encontradas pela NASA, ate o ano de 2050
os Estados Unidos da América desenvolveram tecnologias que mudaram a percepção de
como o espaço sideral e visto e utilizado. No final dos anos de 2020 algumas empresas do
Vale do Silício conseguiram pôr em prática a tecnologia de desviar asteroides que possam
bater na terra. Ja em 2036 foi feita a primeira viagem tripulada a Marte. A tripulação
composta por quatro integrantes foi a primeira a colonizar o planeta. A NASA tem planos de
mandar mais cientistas em 2050. Com relação à Lua, o país chegou a Lua pela segunda vez
em 2026.
4.3 Índia
O país lançou em 2014 sua primeira missão espacial para Marte. Este ato serviu
para demonstrar seu poderio tecnológico e militar. Acresce que o país e um dos poucos que
possui tecnologia para lançar naves tripuladas. A prioridade da Organização de Pesquisa
Espacial Indiana (IRSO) e o envio de sondas automáticas, que permitem um alargamento da
22
sua área de pesquisa. Deve-se ressaltar que o país teve o apoio de tecnologia soviética em
seu desenvolvimento espacial. Seu posicionamento e contrário em relação à militarização
do espaço. Seu desenvolvimento tecnológico ate 2050 esta relacionado à cooperação com
nos norte-americanos na construção de satélites. Ademais, a Índia vê o desenvolvimento de
novas tecnologias como uma questão essencial para a vida no planeta Terra e, por isso, ela
não ficou para trás, desenvolvendo assim, equipamentos tanto para uso pacífico, como para
o uso militar. Por fim, o país entrou definitivamente nas viagens espaciais, chegou em Marte
em 2042.
4.4 Rússia
A Rússia ainda e um ator de estrema importância, pois vem criando tecnologias
desde a Guerra Fria. O país lançou em 2014 um satélite de reconhecimento fotográfico.
(RÚSSIA LANÇA..., 2014). Essa era uma das tecnologias mais recentes no país neste
período. Os russos votaram, em dezembro do mesmo ano, uma resolução que ia contra o
desenvolvimento de armas bélicas. Essa resolução foi um trabalho conjunto com o governo
chinês para evitar a militarizações do espaço sideral. Ate 2050 a Rússia conseguiu chegar a
Vênus (com equipamento de altíssima tecnologia) e estara desenvolvendo desde de 2040
pesquisas cientificas sobre as condições climáticas do planeta. Com relação a questão da
militarização do espaço, apesar de seu discurso contrário, junto com o BRICS, o país
trabalha no setor de satélites para obter ganhos econômicos. Outro feito inédito do país foi
ter conseguido pousar uma nave espacial chamada Luna 25 pela primeira vez na Lua em
2024 e em 2029 pousou a primeira nave tripulada (Luna 27).
5 QUESTOES RELEVANTES PARA A DISCUSSAO
São algumas das questões que devem guiar as discussões e serem debatidas
durante as negociações do Comitê:
Seria prudente manter sistemas capazes de lançar armas no espaço, ou deveria
proibir este armamento? Haveria retaliações?
Quais seriam as ações da COPUOS no caso de uma nova corrida ao espaço?
O que e tecnologia pacifica?
Quais os principais usos pacíficos dos satélites?
Quem deveria ser responsável pelos satélites localizados na órbita-cemiterio?
23
Como os Estados limpariam esta região?
Deveria existir repercussões caso haja mais poluição do espaço?
24
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28
TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTACOES
Na tabela a seguir cada representação do comitê e classificada quanto ao nível de
demanda que sera exigido do delegado, numa escala de 1 a 3. Notem que nao se trata de
uma classificacao de importancia ou nivel de dificuldade, mas do quanto cada
representacao sera demandada a participar dos debates neste comite. Esperamos que
essa relação sirva para auxiliar as delegaçoes na alocação de seus membros, priorizando a
participação de delegados mais experientes nos comitês em que a representação do colegio
for mais demandada.
Legenda
Representações pontualmente
demandadas a tomar parte nas
discussões
Representações mediamente
demandadas a tomar parte nas
discussões
Representações frequentemente
demandadas a tomar parte nas
discussões
Delegação Nível de demanda
República da África do Sul
República Federal da Alemanha
Reino da Arábia Saudita
República da Argentina
29
Comunidade da Austrália
República da Áustria
Reino da Bélgica
Estado Plurinacional da Bolívia
República Federativa do Brasil
República da Bulgária
Canadá
República do Cazaquistão
República do Chile
República Popular da China
República da Colômbia
Comitê de Pesquisa Espacial (COSPAR)
30
República Árabe do Egito
Emirados Árabes Unidos
República do Equador
República Eslováca
Reino da Espanha
Estados Unidos da América
EURISY
Federação da Rússia
República Francesa
República Helênica (Grécia)
Hungria
31
República da Índia
República da Indonésia
Estado de Israel
International Association for the Advancement of Space Safety (IAASS)
República Italiana
Japão
Reino Hachemita da Jordânia
República Líbanesa
Grão- Ducado do Luxemburgo
Malásia
Estados Unidos Mexicanos
32
República Federal da Nigéria
República Islâmica do Paquistão
República da Polônia
República Portuguesa
Reino dos Países Baixos
Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
República da Coréia
República Tcheca
Romênia
Secure World Foundation (SWF)
Confederação Suíça
República Tunisiana
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ANEXO 1- Linha do tempo do Comitê Ano de 2010-2019
2010: - Paquistão coloca PAKSAT-1 em órbita
2014: - Índia lança primeira missão à Marte;
- Rússia lança satélite de reconhecimento fotográfico;
- Rússia vota contra o desenvolvimento de armamentos espaciais bélicos.
2015: - Arábia Saudita fecha acordo a respeito da exploração pacifica do espaço.
2017: - Chile coloca o satélite Stella1 em órbita;
- China, EUA e Brasil lançam o LATTES-1.
2018: - Argentina lança a segunda etapa do projeto Trinador 2;
- Canadá, NASA e ESA lançam o telescópio James Webb;
- Espanha lança o seu primeiro satélite, OLE;
- Argentina e Brasil lançam seu satélite conjunto, o SABIA-mar.
2019: - Bélgica se declara contra a exploração por empresas privadas;
- Canadá inicia missões tripuladas para a exploração do espaço até 2024.
Ano de 2020-2029
2020: - Satélite Ariano 6 (ESA + França) é posto em órbita;
- SANSA lança o telescópio SKA;
- Hubble aposenta;
- China desenvolve sonda para Marte;
- Reino Unido finaliza primeiro porto europeu.
2022: - Japão chega a lua com o Fobos.
2023: - lançamento da estação espacial saudi-russa.
2024: - Luna 25 pousa na Lua;
- Coreia passa a ser considerada uma das maiores economias do mundo.
2025: - China constrói sua primeira base espacial.
2026: - Ariana 7
- China é o terceiro a chegar na Lua e primeiro a coloniza-la.
- Estados Unidos chega com uma tripulação a Lua dois meses depois da
China para pesquisas.
2029: - Luna 27 (tripulada) pousa na Lua.
Ano de 2030-2039
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2030: - Satélite prevê enchente em Amsterdã (a maior parte dos danos é evitada);
- Canadá se torna membro da ESA.
3031: - Bélgica começa a projetar satélites de sensoriamento remoto para a ESA.
3034: - Viagem tripulada da ESA para a Lua.
2035: - Japão pousa na Lua.
2036: - Inicia-se o processo de colonização de Marte pelos EUA;
- Estabelecimento de colônias humanas na Lua.
2037: - Lançamento do Ariane 8;
- China se torna o segundo país a chegar à Marte.
2038: - Brasil e Argentina lançam o SABIA-mar 2.
Ano de 2040-2050
2040: - Pesquisas russas em Vênus (sondas);
- Israel desenvolve tecnologia para interceptar misseis.
2042: - Começa a limpeza da órbita cemitério pela Bélgica.
2043: - Alemanha e Grécia lançam o satélite GERGRE-1;
- EUA e Itália levam cientistas para a Lua.
2044: - SABIA-mar 3 é lançado.
2045: Arine 9 é lançado.
2046: - PRSS realiza seu oitavo lançamento;
- Estabelecimento de colônias humanas à Marte.
2047: - Japão pousa em Marte.
2050: - Japão lança elevador espacial;
- EUA organiza uma nova viagem tripulada à Marte;
- Fim do arrendamento do Cosmódromo para Rússia (EUA podem assumi-lo).
Fonte: Elaborado pela equipe do comitê COPUOS 2050 do 17ºMINIONU. 2016.
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