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Gestão da Produção de F&B

Capítulo 3

Análise dos Desperdícios

n  Analisa os desperdícios resultantes da preparação e do

corte das carnes e dos peixes, antes da sua confeção e

consumo

n  Resulta da transformação de peças compradas em bruto

que dão origem a subprodutos prontos a serem

confecionados

2

Análise dos Desperdícios

n  Serve essencialmente para definir as vantagens de se

comprar uma peça a um fornecedor A ou B.

n  Esta análise permite calcular:

¨  taxa de desperdício

¨ preço unitário líquido das peças compradas

3

FORMÚLAS:

Taxa de Desperdício = (Desperdício Total/Peso Bruto) x100

Peso Líquido = Peso Bruto – Desperdícios

Preço Unitário Líquido = Preço total/Peso Líquido

Exercício 1

4

Fornecedor A

Taxa de Desperdício = 2/5 x 100 = 40%

Peso Líquido = 5 - 2 = 3 Kg

Preço Unitário Líquido = 25 x 5 / 3 = 41,67 €

Fornecedor B

Taxa de Desperdício = 1,5 / 5 x 100 = 30 %

Peso Líquido = 5 – 1,5 = 3,5 Kg

Preço Unitário Líquido = 27 x 5 / 3,5 = 30,57 €

Correção

5

Análise dos Resultados

n  De acordo com os dados obtidos infra, conclui-se que o

fornecedor B fica mais económico, visto ter uma rentabilidade

e aproveitamento superiores, comparativamente ao

fornecedor A, 30%, embora que a mesma apresentava um

custo inferior.

n  Esta análise apresenta ainda uma dificuldade acrescida se

tivermos em consideração a circunstância dos produtos

adquiridos em bruto serem todos diferentes 6

Resolução - Exercício 2 Exercício 3

7

n  É fundamental calcular a percentagem de sobras e de

desperdícios de todos os produtos utilizados na cozinha.

Estas tabelas devem ser criadas com base:

n  Nas receitas e estilo de cozinha;

n  No mercado local;

n  Na qualidade dos produtos utilizados;

n  Nas porções médias diárias.

A importância das Tabelas de Desperdícios

8

n  As tabelas são indispensáveis para conhecer em pormenor

os desperdícios das matérias-primas, por forma a poder

calcular o preço do custo líquido.

n  É aconselhável que cada Estabelecimento de Restauração e

Bebidas realize as suas tabelas, visto que estas são

condicionadas pelo tipo de capitação (porção) utilizada em

cada estabelecimento.

A importância das Tabelas de Desperdícios

9

n  As capitações dos pratos da carta fixa são normalmente as

mais elevadas.

n  O estado (fresco ou congelado) e o tamanho/calibre dos

alimentos fornecidos também têm influência na (%) de

desperdício.

n  Relativamente aos peixes, a (%) de desperdício para obter

filetes é muito superior à percentagem (%) de desperdício da

posta.

A importância das Tabelas de Desperdícios

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TABELA DE DESPERDICIOS

Robalo Posta 35%

Cherne Filete 40%

Linguado Inteiro 10%

Linguado Filete 45%

Lombo de vaca Tornedó 35%

Vazia Rosbife 30%

Borrego Costeletas 20%

Pojadouro Escalopes 25%

A importância das Tabelas de Desperdícios

11

Exemplo de Tabela de Desperdícios

12

Filetes de Robalo

n Sabendo que a capitação de um robalo é de 150gr/peso

líquido por pessoa (pax), então para realizarmos um banquete

de 10 pessoas necessitamos de

10 x 150 = 1500 x 60,38% = 905,7gr

n Então em termos brutos precisamos de comprar

1500gr + 905,7gr = 2405,7gr (2,405Kg)

Utilidade da Tabela de Desperdícios

13

Teste do Cortador

n  É outro instrumento de gestão

n  Permite avaliar se é mais rentável a aquisição de um

determinado produto por inteiro e efetuar a divisão das

respetivas peças na unidade de produção (cozinha), ou

comprá-lo em porções de mercado.

14

Teste do Cortador

n  Esta análise permite ainda valorizar as divisões com base

nos preços reais.

n  Não contabiliza os custos de mão de obra resultantes da

preparação e divisão das peças na unidade, o Diretor de

F&B terá que ter isso em consideração.

15

Resolução - Exercício 1

16

Correção Carne de Novilho: 12Kg = 276€

Peso Total Kg

Preço Unit. Mercado

Valor Total Mercado

Valor Total Mercado %

Valorização Interna

Preço Unit.

Tornedó 6 35€ 210€ 72,4% 199,82€ 33,3€

Strogonoff 5 15€ 75€ 25,9% 71,48€ 14,3€

Hamburgers 1 5€ 5€ 1,7% 4,69€ 4,69€

Total 12 - 290€ 100% 276€ -

17

Análise dos Resultados

n  Tendo em conta apenas o fator custo da matéria prima, é

possível concluir das vantagens económicas da compra do

produto em bruto (276€) comparativamente à compra do

produto em já dividido (290€).

n  Terá que se ter em conta os desperdícios e os custos de

mão de obra.

18

Resolução - Exercício 2

19

Tabelas de Capitações

n  Na produção alimentar devem ser claramente definidas as

capitações, ou seja, as quantidades ou porções de

alimentos a utilizar para a confeção de cada prato.

n  É importante usar as tabelas de capitações, tanto para que

haja rigor e moderação nos consumos da cozinha, como

também exista honestidade, quanto às quantidades que

servimos aos clientes, isto é, para que as doses servidas a

cada cliente não difiram notavelmente em quantidade. 20

Tabelas de Capitações

n  A adoção deste principio evita a utilização excessiva ou

defe i tuosa dos a l imentos, permi t indo a melhor

rentabilização do sector.

n  Embora, por vezes, apresentem um carácter universal,

deverão ser fixadas, tendo em conta:

¨ A categoria do estabelecimento

¨ A natureza do serviço

¨ Os preços praticados

¨ As necessidades/exigências dos clientes habituais 21

Tabelas de Capitações

22

Tabelas de Capitações

23

Tabelas de Capitações

24

Tabelas de Capitações

25

Tabelas de Capitações

26

Tabelas de Capitações

27

Fichas Técnicas de Produção

n  Documento interno (anexo 2)

n  Elaborado para cada prato individualmente

n  A ficha técnica de cozinha é um instrumento de gestão, que

garante a manutenção de um controlo de qualidade

permanente em toda a produção.

28

Fichas Técnicas de Produção

n  Este documento permite a padronização do serviço,

obrigando a que o prato seja confecionado sempre da

mesma forma, independentemente do responsável pela sua

confeção.

29

Fichas Técnicas de Produção

n  Uma ficha técnica de cozinha deve ter em conta:

¨ Nome ou designação do prato;

¨ Fotografia do prato decorado;

¨ Ponto de venda (Grill, restaurante, banquetes, etc.);

¨ Número de doses confecionadas;

¨  Ingredientes utilizados e respetivas quantidades;

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Fichas Técnicas de Produção

n  Descrição do modo de preparação e decoração do prato;

n  Descrição da mise-en-place e modo de servir do prato;

n  Preço unitário e preço total por produto;

n  Custo total e custo dose confecionada;

n  Preço de venda líquido (sem IVA);

n  Margem de contribuição unitária;

n  Ratio do Food Cost. (% Food Cost = Custo Dose/Preço

Liq. Venda x 100) 31

Fichas Técnicas de Produção

32

v  As Fichas Técnicas só se fazem uma vez, por isso basta

atualizar ou adaptar

v  É a única forma de todos os colaboradores terem

conhecimento e consciência do custo real das matérias-

primas

v  Instrumento fundamental para a realização de encomendas

nas quantidades estritamente necessárias

Manutenção e Atualização das Fichas Técnicas

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n  Conhecer os custos por dose

n  Indispensável para calcular os potenciais preços de venda e

análise do desempenho das vendas das comidas e bebidas

n  Fundamental para a manutenção de um sistema informático

que permita ter o conhecimento da evolução do negócio em

tempo real

Manutenção e Atualização das Fichas Técnicas

34

n  O ratio do food & beverage cost é a relação que existe entre

o custo total unitário do prato e o seu preço de venda

líquido.

n  O custo total unitário é determinado pela soma dos custos

parciais de cada ingrediente que compõe o prato, calculado

para uma unidade de venda.

n  O preço de venda líquido, é o preço de venda ao público sem

o IVA.

Food Cost & Beverage Cost

35

Cálculo do Ratio de Food & Beverage Cost

A Fórmula para calcular a % de Food Cost é:

Ø  Custo Total do Food Cost

(/) Divido por

Ø  Preço de Venda Líquido (s/IVA)

(x) multiplicado por 100

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n  Se numa receita estabelecermos que o prato custa:

5,20€

n  Dividimo-lo pelo seu potencial de venda:

15,60€

n  E multiplicamo-lo por 100, o resultado obtido será a

percentagem de FOOD COST do nosso prato:

5,20/15,60 x 100 = 33,33%

Exemplo - Cálculo de Food Cost

37

" Armazenamento excessivo de mercadorias perecíveis;

" Política de compras pouco competitiva;

" Falta de um modelo e indicações específicas nos produtos

comprados;

" Fraca relação com os fornecedores;

" Rigidez excessiva nas compras (flexibilidade);

Causas de Food & Beverage Cost elevado

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" Falta de conhecimento sobre o mercado e os preços dos

vários fornecedores;

" Corrupção entre o comprador e o fornecedor;

" Procedimentos irregulares e pouco organizados do

inventário;

" Compras excessivas;

" Faturas rasuradas ou pagas duas vezes por falta de controlo;

Causas de Food & Beverage Cost elevado

39

" Furtos;

" Ausência de um sistema de controlo;

" Mercadorias compradas a peso (não pesadas);

" Falta de controlo da qualidade e quantidade dos produtos

alimentares;

" Faturas aceites e assinadas sem um controlo real das

entregas;

Causas de Food & Beverage Cost elevado

40

Desvios

n  Variáveis a ter em consideração:

n  Inventariações incorretas

n  Taxas de desperdícios mal calculadas

n  Capitações excessivas (consumos)

n  Faturação incorreta

n  Roubo

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Calculo de Desvios

n  Consumo = Inventário Inicial + Compras – Inventário Final

n  Desvio = Consumo - Vendas

42

n  Efetuar um levantamento dos produtos mais consumidos e

de custo mais elevado (carnes, peixes, mariscos, frutas,

legumes, etc.) e verificar se as normas estabelecidas para o

seu circuito estão a ser cumpridas, desde a sua compra até

ao seu consumo.

n  Reduzir, com precaução, algumas capitações ou retirar de

determinados elementos que possam ser considerados

supérfluos.

Ações mais utilizadas para redução do Food Cost

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n  Aumentar gradualmente o preço de venda de alguns

pratos, principalmente aqueles que mais receitas originam.

n  Melhorar a eficácia de todo o sistema de controlo, pela

obtenção de uma maior quantidade e qualidade de

informação, por um lado, e através da rápida deteção de

irregularidades, pelo outro.

Ações mais utilizadas para redução do Food Cost

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n  Planeamento racional das ementas e dos menus, de forma a

evitar desperdícios e dar o melhor aproveitamento a todos os

produtos.

n  Fomentar o aumento das vendas. Este aumento origina, em

parte, a redução de alguns custos, o que permite reduzir o

Food Cost.

Ações mais utilizadas para redução do Food Cost

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Margem de Contribuição

n  É outro indicador imprescindível na gestão de F&B

Margem de Contribuição = Preço de Venda Unitário

Líquido – Custo Total Unitário

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