gestão de resíduos de saúde e da segurança do trabalho · 2017-07-20 · o desafio mundial da...
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O desafio mundial da gestão de resíduos e recursos hídricos
1
Profa Dra. Katia Sakihama Ventura
I SEMINÁRIO REGIONAL HOSPITAIS SAUDÁVEIS
HOSPITAL ESTADUAL AMÉRICO BRASILIENSE
Julho 2017
Gestão de resíduos de saúde e da
segurança do trabalho
2
Recursos Naturais
Água Solo e nutrientes
Ar
Fauna e flora
3Julho 2017
Dinâmica das Cidades
Densidade Populacional
Vocação econômica
Comportamento social
Valoração cultural
Resgate histórico
Instrumentos de organização do território
Políticas de incentivo e preservação
Parceiros e interesses
.....
CONFLITOS PELO USO DO RECURSO
Água Solo e nutrientes
Ar
Fauna e flora
4
Organização
RECURSOSHumanosTécnicosTecnológicosMateriaisMecânicos...
FuncionáriosFornecedoresConsultores
Colaboradores
Valoração profissional
(reconhecimento)
Atribuições(cargo e função)
Atualização profissional
Plano de carreira(perfil x produtividade x responsabilidade)
Análise financeira e de qualidade do trabalho
Reuniões e troca de experiências
Conhecimento por todos (o que é necessário e onde
se quer chegar?)
........
LIDERANÇA
5
LIDERANÇA
Motivação / Inspiração
Interessado no Coletivo
Habilidade com Conflitos
Disposição a Colaborar
Disposição a Ouvir
Integração do Grupo/Equipe
Atenção
Criatividade
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
6
RSS Coletados pelos Municípios do Brasil e Regiões (tx1000/ano) – ABRELPE, 2014
~1,2 kg/hab. ao ano
Estimativa de RSS Coletados
(t/ano)
ABRELPE, 2015
PNSB - IBGE (2010): ~330.000 t/ano (inclui serviços por prefeitura): ~1,5kg/hab ao ano
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
7
Coleta de RSS
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
ABRELPE, 2012; 2015
2015
0,562
0,652
1,233
2,104
0,476
1,25
OBS: População total Brasil: 207.155.000 habitantes (IBGE, 2017)
Abrelpe - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais
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�NBR 10.004/2004 (classifica resíduos sólidos)
�RDC 306/2004 (classifica RSS)
�CONAMA 358/2005 (tratamento e a disposição final dos RSS)
�NR 32/2005 (riscos e periculosidade dos RSS)
�Normas 12807 a 12810 – RSS
�Política Nacional de Saúde (Lei Federal no 8080/1990)
�Política Nacional de Saneamento Básico (Lei Federal no 11.445/2007)
�Política Nacional de Meio Ambiente (Lei Federal no 6938/81)
�Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal no 12.305/2010)
Instrumentos Legais e Normativos
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
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GESTÃO DE RESÍDUOS DE SAÚDE
A. GESTÃO
� Política Ambiental
� Gerenciamento
� Planejamento
� Humanos
� Técnicos
� Tecnológicos
� Infraestrutura
� Financeiros
� ...
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
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B. Resíduos Sólidos
“XVI – resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado
resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se
procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido
ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos
ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível...
(art. 3º Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/2010).
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
1.Conceitos Gerais
11Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
1.Conceitos Gerais
C. REJEITOS
“XV – rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as
possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra
possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.
(art. 3º Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/2010).
12Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
1. Conceitos Gerais
C. REJEITOS
“XV – rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as
possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra
possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada.
(art. 3º Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/2010).
13Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
1. Conceitos Gerais
D. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Gerenciamento de resíduos sólidos = etapas de coleta, transporte,
transbordo, tratamento e destinação final adequada dos resíduos
sólidos e disposição final dos rejeitos.
(art. 3º Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei 12.305/ 2010).
� OBS: Disposição => adequado/apropriado
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Conceito
Geração
Tratamento
Disposição
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
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CONCEITOS: gerados em estabelecimentos de serviço de saúde:
�Hospitais
�clínicas médicas
�Pronto-socorro
�Postos de saúde
�Ambulatórios médicos
� Farmácias
(RDC 306 ANVISA, 2004).
� Clínicas veterinárias
� Tatuagem, acupuntura, estética
� Centro de controle de zoonoses
� Unidades móveis atendimento domiciliar
� Instituições de ensino e pesquisa médica humana e
animal, dentre outros similares.
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
16
RDC nº 306 de 7/12/04 (ANVISA):
estabelecer normas de manejo, segregação,
acondicionamento, identificação, armazenamento, coleta e
transporte dos resíduos, bem como incentivar a REDUÇÃO
DE VOLUME de resíduos perigosos e de ocorrência DE
ACIDENTES OCUPACIONAIS
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
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�A: Biológico - Infectantes
�B: Químicos
�C: Rejeitos Radioativos
�D: Resíduos Comuns
�E: Perfurocortantes
CLASSIFICAÇÃO DOS RSS: RDC 306/2004 E CONAMA (358/2005)
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
Grupo A: Biológicos - Infectantes
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Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por
suas características de maior virulência ou concentração,
podem apresentar risco de infecção.
Exemplos: culturas e estoques de microorganismos, descarte de vacina, bolsas
de sangue ou hemocomponentes contaminados ou mal conservados,
rejeitos de animal (carcaças, vísceras), peças anatômicas humanas, produto
de fecundação sem sinais vitais, entre outros.
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
ABNT NBR 7500/2015 – Símbolo de riscos
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Medidas de Segurança – Grupo A
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
1 – Identificação do RSS (origem/setor, horário)
2 – Adoção de EPI específico
3 – Aplicação de lacre dos sacos plásticos e acondicionamento
4 – Realização da inativação microbiológica dos resíduos sólidos e líquidos
(por desinfecção química ou autoclavagem)
Fonte: Todas imagens de FMUSP(s/d)
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Grupo B: Químicos
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
Resíduos contendo substâncias químicas que apresentam risco à
saúde pública ou ao meio ambiente.
Independe de suas características :
� inflamabilidade,
� corrosividade,
� reatividade e
� toxicidade.
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
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Exemplos: resíduos de produtos hormonais e antimicrobianos,
citostáticos, antineoplásicos, digitálicos, imunossupressores, resíduos e
insumos farmacêuticos controlados pela Portaria MS 344/98; resíduos
com metais pesados e reagentes de laboratórios, substâncias usados
em Raios-X, entre outros.
Grupo B: Químicos
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
Fonte: FMUSP(s/d)
Uso de sacos laranja ou caixas (CONAMA 275/2001).
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
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Medidas de Segurança - Grupo B
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
Fonte: imagens de FMUSP(s/d)
1 – Estocagem do material até a realização da coleta (abrigo)
2 – Adoção de EPI específico (máscara para gases e vapor)
3 – Verificar procedimentos: químicos líquidos perigosos (recipientes específicos) e não
(NaCl, Mg SO4, outros)
4 – Identificação do grau de incompatibilidade química dos resíduos
(rótulo do recipiente)
Periculosidade do produto,: FISPQ-Ficha de Identificação e de
Segurança de Produtos Químicos (NBR ABNT 14.725-4/2014)
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Medidas de Segurança – Grupo B
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
Fonte: FMUSP(s/d)
OBS: verificar procedimentos para
resíduos líquidos, peças anatômicas e
membros
*CONAMA 358/2005: Art. 20 - os resíduos do grupo A não podem ser reciclados,reutilizados ou reaproveitados, inclusive para alimentação animal.
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
Desativação de resíduos infectantes
(sólidos) por autoclavagem
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Rejeitos radioativos ficam em depósitos, dentro da área da Central Nuclear Almirante
Álvaro Alberto (CNAAA), em Itaorna – RJ.
Medidas de Segurança – Grupo C
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
1 Verificar abrigo correto
2 – Verificar tipo de armazenamento (bombonas , caixas ou recipientes plásticos)
3 – Verificar descontaminação de materiais (uso de detectores)
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
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são todos os resíduos que não necessitam de processos
diferenciados relacionados ao acondicionamento,
identificação e tratamento, devendo ser considerados resíduos
sólidos urbanos – RSU.
Exemplos: papéis de uso sanitário e fraldas,
restos de alimentos, resíduos de áreas
administrativas e de limpeza geral, materiais recicláveis.
Grupo D: Comuns
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
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representam os objetos e instrumentos contendo bordas ou
protuberâncias agudas capazes de cortar ou perfurar.
Grupo E: Perfurocortantes
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
escalpe Catéter flexívelseringas
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Fonte: imagens de FMUSP(s/d)
Após fechada, a embalagem de perfurocortantedeve ser acondicionada no saco branco de materialinfectante
1 - ANVISA RDC 306/2004: não reencapar
nem desacoplar agulhas da seringa para
descarte.
2 – Não pressionar a embalagem com as
mãos.
3 – Realizar a coleta e transporte dos
coletores longe do corpo
Medidas de Segurança – Grupo E
2. Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
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Resolução CONAMA nº 358/2005: o tratamento e a
disposição final dos RSS.
3. Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS)
Responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de seu RSS
- art. 1º: geração até a disposição final
- art. 4º: elaborar e implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de
Serviços de Saúde – PGRSS.
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
Após identificação das fontes geradoras e conhecimento estimado dovolume e peso por setor:
A - transferência dos resíduos do ponto de geração até o local dearmazenamento temporário ou armazenamento externo.
� separadamente por grupo de resíduos
� em horários definidos:
� distribuição de roupas, alimentos e medicamentos� visitas ou maior fluxo de pessoas ou atividade
1 - Coleta e transporte interno
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3. Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS)
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
NBR 12810/1993
2 – Armazenamento temporário (interno e externo)
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3. Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS)
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
B - Guarda temporária dos recipientes com resíduos acondicionados
� local identificado (corredor/prédio): expurgo ou sala de resíduos
� deve ter no mínimo 2m²
� os sacos devem permanecer nos recipientes de acondicionamento
�Preferencialmente: menor distância entre o ponto de geração e o
armazenamento externo.
Fonte: UniCEUB – Programa de Gestão Ambiental (Gerenciamento de Resíduos Sólidos), 2017
NBR 12809/1993
3 – Transporte externo
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3. Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS)
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
C - retirada dos resíduos do armazenamento externo até o local
de tratamento ou disposição final.
�Diferentes tipos de veículos.
Transporte de RSS em São Carlos, com CADRI - Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse
Ambiental, Ficha de Emergência e Manifesto de Transporte de Resíduos
(Fonte: Ventura, 2009)
3 – Transporte externo
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3. Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS)
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
Fonte: Eppolix, 2017
NBR 12810/1993 e NBR 14652/2013 da ABNT.
Lei Municipal 13.478/2002: cadastro atualizados dos estabelecimentos de saúde no Departamento de Limpeza Urbana -LIMPURB
Norma Técnica Cetesb P4.262/2003 (homologada pela Decisão de Diretoria da Cetesb 224 em 4 de dezembro de 2007): destinação dos resíduos de serviços de saúde depende da aprovação da Cetesb.
Fonte: ANVISA, 2006
TODOS funcionários envolvidos em cada etapa do gerenciamento dos
RSS devem ser adequadamente treinados e obrigatoriamente utilizarem
os equipamentos de proteção individual recomendados.
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4 – Manuseio seguro
3. Plano de Gerenciamento de RSS (PGRSS)
Profa. Dra Katia Sakihama Ventura
Fonte: imagens ANVISA, 2006Fonte: FEAM, 2008
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Quem são os responsáveis envolvidos?
Responsabilidade compartilhada(ciclo de vida) Logística
reversa
ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final;
Padrões sustentáveis de
consumo
QUEM SÃO OS SETORES ENVOLVIDOS?
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PENSAR DIFERENTE .... INOVAR????
CAPACIDADE DE DECIDIR E GERENCIARTORNAR O SISTEMA DINÂMICO 36
SETOR DE SUSTENTABILIDADE E GESTÃO AMBIENTAL
RESÍDUOS SÓLIDOS
SAÚDE DO TRABALHADOR E
DO AMBIENTE
MEIO AMBIENTE
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1. ANVISA. Manual de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Brasília: ANVISA, 2006. http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/manual_gerenciamento_residuos.pdf
2. FEAM – Fundação Estadual de Meio Ambiente. Manual de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. Belo Horizonte: FEAM, 2008. http://www.resol.com.br/cartilha11/feam_manual_grss.pdf
3. FIOCRUZ. Gerenciamento de Resíduos de Saúde. http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/gerenciamento-residuos-servico-saude.htm
4. FMUSP – Faculdade de Medicina da USP. Cartilha de orientação de descarte de resíduo no sistema fmusp-hc. São Paulo: USP, s/d. Disponível em http://www2.fm.usp.br/gdc/docs/cep_5_grss_2_cartilha.pdf
5. PORTAL RESÍDUOS SÓLIDOS. http://www.portalresiduossolidos.com/tratamento-de-lixo-com-tecnologia-de-plasma/
6. VENTURA, K.S. Diagnóstico dos resíduos de serviços de saúde. Relatório de Pesquisa. Brasília: IPEA, 2012. Disponível em http://ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/relatoriopesquisa/120806_relatorio_residuos_solidos.pdf
3. REFERÊNCIAS
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Muito Obrigada!
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOSDepartamento de Engenharia CivilRod. Washington Luis, km 235 – São Carlos/SP55 (16) 3351.9693
Profa Dra. Katia Sakihama Ventura
katia.ventura@yahoo.com
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