gestão de micro e pequenas empresas · empresas de pequeno porte – acima de r$ 360 mil e até r$...

Post on 12-Nov-2018

213 Views

Category:

Documents

0 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

Gestão de Micro e

Pequenas Empresas

PROFESSOR: EMERSON FELIPE

Microempresas – até R$ 360 mil.

Empresas de Pequeno Porte – acima de R$ 360 mil e até R$ 3,6 milhões.

Empreendedor Individual – até R$ 60 mil.

RECEITA BRUTA ANUAL

6,1 milhões de empresas urbanas formais; 4,1 milhões de pequenas propriedades rurais; 10,3 milhões de empreendimentos informais.

e representam... •99,1% das empresas urbanas; •85% dos estabelecimentos rurais do País. porém detém apenas: •20% do PIB; •2% das exportações; •29,4% das Compras Públicas.

ELAS SÃO …

Burocracia excessiva.

Alta carga tributária.

Dificuldade de acesso aos

serviços financeiros e à

inovação tecnológica.

Mercado restrito.

Falta de Políticas Públicas a

seu favor.

Problemas que afetam a competitividade das MPE

• Porque são maioria Quase 100% das empresas das pequenas cidades brasileiras são MPE.

São as Micro e Pequenas Empresas que

movimentam a economia local.

-200.000

0

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Saldo de empregos gerados na última década

Empregos nas MPE Empregos nas médias e grandes

Fonte: CAGED/MTE

Na última década, de cada 10 empregos, 9 foram gerados pelas MPE.

POR QUE AS MPE SÃO IMPORTANTES?

• Porque geram emprego

O aumento da arrecadação possibilita mais investimentos públicos, visando a melhoria da infra-estrutura local e da qualidade de vida das pessoas.

Aumento da base PJ Pessoas com emprego

e renda

MPE fortalecidas

• Porque aumentam a arrecadação municipal

POR QUE AS MPE SÃO IMPORTANTES?

• Por que promovem a inclusão social

Diminuição da assistência social pública;

Primeiro emprego.

•Competição estimula as grandes empresas a

inovarem

•MPEs têm estrutura mais flexível o que facilita às

mudanças, ou seja, à inovação

Estímulo à inovação e ao crescimento econômico

Importância das MPEs

A Importância das micro e pequenas empresas não era um

consenso até recentemente

Anos 50

• Havia pouca confiança nos empresários e no comércio

internacional

• O Estado é que tinha o papel de gerar desenvolvimento

econômico

As pequenas e médias empresas na Política Econômica

As pequenas e médias empresas não eram importantes

• As pequenas e médias empresas existiam para gerar

emprego de baixa qualidade no período de transição da

economia agrícola para a economia industrial

As pequenas e médias empresas na Política Econômica

Anos 80

• Pequenas e médias tinham papel distinto das grandes

empresas

• Então eis que começa a surgir o apoio às pequenas e

médias empresas por instituições internacionais

As pequenas e médias empresas na Política Econômica

• Poder de mercado é importante para inovação, mas

excesso de poder de mercado é prejudicial

“viva e deixe viver”

Monopolista prefere inovar menos e lucrar mais,

aproveitar ao máximo a vida útil do capital, da

tecnologia, de modo a reduzir o custo a médio no tempo.

As pequenas e médias empresas na Política Econômica

Anos 90

• Consenso na importância das pequenas e médias

empresas

• No entanto, não houve um consenso na melhor forma

de apoiar as pequenas e médias

As pequenas e médias empresas na Política Econômica

• Banco Mundial: O mais importante ambiente de

recurso empresarial.

• Como as pequenas e médias empresas sofrem mais

com a procura por crédito, a medida é facilitar o

crédito para esse tipo de empresa.

As pequenas e médias empresas na Política Econômica

Por que as micro e pequenas empresas precisam ser

apoiadas?

As micro e

pequenas

empresas

respondem por

menos de 15%

do PIB industrial.

Perfil da indústria brasileira

5,17,0

18,4

69,4

Micro

Pequena

Média

Grande

Fonte: Estimativa com base na PIA 2004 / IBGE

Mortalidade das MPE’s

Pesquisa de sobrevivência e mortalidade das MPE’s no Brasil (SEBRAE Nacional - 2011), no primeiro ano de atividade.

ENQUADRAMENTO E BENEFÍCIOS

LEI GERAL DA MICRO E PEQUENA EMPRESA

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

Benefícios:

• Regime unificado de apuração e recolhimento dos

impostos e contribuições da União, dos estados do

Distrito Federal e dos municípios, inclusive com

simplificação das obrigações fiscais;

• Simplificação do processo de abertura, alteração e

encerramento das MPEs;

ENQUADRAMENTO E BENEFÍCIOS

LEI GERAL DA MICRO E PEQUENA EMPRESA

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

Benefícios:

• Facilitação do acesso ao crédito e ao mercado;

• Preferência nas compras públicas;

• Estímulo a inovação tecnológica;

• Regulamentação, criando condições para formalização.

ENQUADRAMENTO E BENEFÍCIOS

LEI GERAL DA MICRO E PEQUENA EMPRESA

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

Benefícios:

• Desoneração tributária das receitas de exportação;

• Dispensa do cumprimento de certas obrigações

trabalhistas e previdenciárias;

• Incentivo ao associativismo na formação de consórcios

para fomento de negócios;

CLASSIFICAÇÃO

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

Fonte: NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

Empresário: 1 pessoa –

comércio, indústria e serviço

Não há a presença de sócios e o

proprietário assume integralmente a

responsabilidade pelos resultados e

riscos, de forma ilimitada.

Foto

: S

tock.S

chng

CLASSIFICAÇÃO

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

Fonte: NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

Sociedade Empresarial: 2 ou mais

pessoas - comércio, indústria e

serviço

A atividade empresarial é representada

pelos seus administradores, e quem

responde pelas dívidas contraídas é o

patrimônio da sociedade.

A responsabilidade dos sócios é limitada.

Foto

: S

tock.S

chng

CLASSIFICAÇÃO

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

Fonte: NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

Sociedade Simples: 2 ou mais

pessoas

Formadas por profissionais

liberais, desde que o exercício da

profissão não constitua elemento

de empresa, somente a atividade

de serviços.

Foto

: S

tock.S

chng

CLASSIFICAÇÃO

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

Fonte: NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

Microempreendedor

Individual (MEI): 1 pessoa

Empreendimento com faturamento

de até R$ 60.000,00/ano

Não pode ter sócio e deve ter no

máximo um funcionário.

Foto

: S

tock.S

chng

CLASSIFICAÇÃO

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

Fonte: NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

Sociedade Anônima (S/A):

Constituição de empresas com

capital social não atribuído a um

nome específico, mas dividido em

ações, transacionadas livremente, sem necessidade

de escritura pública ou ato notarial. Por ser uma

sociedade de capital, prevê a obtenção de lucros a

serem distribuídos aos acionistas.

Foto

: S

tock.S

chng

CLASSIFICAÇÃO

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

Fonte: NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

Sociedade Cooperativa: É constituída por 20 pessoas (mínimo)

Associação autônoma de pessoas

para satisfazer aspirações e

necessidades em empresa de propriedade comum.

Auto-gestionária, cada sócio tem o mesmo poder

de decisão e o controle é democrático.

Foto

: S

tock.S

chng

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

De acordo com a finalidade

Com Fins Lucrativos:

•Empresário

•Sociedades Simples e

Empresarial

•Microempreendedor Individual (MEI)

•Sociedade Anônima (S/A)

Foto

: S

tock.S

chng

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

De acordo com a finalidade

Sem Fins Lucrativos:

• Cooperativas

• Associações

Foto

: S

tock.S

chng

EMPRESÁRIO

• Prefeitura Municipal

• Junta Comercial – ME ou EPP

• Receita Federal – CNPJ – ME ou EPP

• Secretaria da Fazenda Estadual

• INSS

• Sindicato Patronal

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

SOCIEDADE EMPRESARIAL

• Prefeitura Municipal

• Junta Comercial – ME ou EPP

• Receita Federal – CNPJ – ME ou EPP

• Secretaria da Fazenda Estadual

• INSS

• Sindicato Patronal

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

SOCIEDADE SIMPLES

• Prefeitura Municipal

• Cartório de Registro de Pessoa Jurídica

Receita Federal – CNPJ

• INSS

• Sindicato Patronal

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI)

• Junta Comercial

• O processo de abertura da empresa vai ser

simplificado.

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

AUTÔNOMO – Pessoa Física

• Prefeitura Municipal

• INSS

• Órgão que representa a categoria profissional

(Conselho Regional, Sindicato ou Associação)

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

OUTRAS EXIGÊNCIAS DEPENDENDO DA ATIVIDADE.

• Vigilância Sanitária;

• Órgão Estadual de Fiscalização das Atividades Industriais e

Poluidoras;

• Ministério da Agricultura;

• Ibama / Imasul;

• Polícia Federal;

• Corpo de Bombeiro;

• Conselho Regional da Categoria Profissional;

• Embratur;

• Siscomex.

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

Em muitas MPEs a proporção de despesas à vista

supera a de receitas à vista

Receitas

48%52%

à vista

a prazo

Despesas

57%

43% à vista

a prazo

Receitas

48%52%

à vista

a prazo

Despesas

57%

43% à vista

a prazo

Nas vendas a prazo predominam as vendas com pré-

datados e o fiado

13%

9%

23%

23%

30%

70%

0% 50% 100%

Empresas

cheque pré-datado

fiado (*)

boleto bancário

cartão de crédito

duplicata

outras (**)

Formas de pagamento aceitas nas vendas a prazo

Em muitas MPEs as obrigações a prazo vencem antes

das receitas a prazo

35%

13%

15%

18%

51%

69%

0% 40% 80%

Empresas

Até 59

dias

60 a 89

dias

90 dias

ou +

Recebimentos de

clientes a prazo

Pagamentos da

empresa a prazo

Distribuição das empresas, segundo receitas e despesas a prazo

Demanda por crédito das micro e pequenas empresas

Serviços Financeiros para MPE

Os empréstimos mais desejados são para capital de giro

4%

7%

21%

35%

36%

55%

0% 35% 70%

Empresas

mercadorias / insumos

máquinas e equiptos

reformas na empresa

pagar dívidas

aluguel / impostos

outras (*)

Finalidade do empréstimo desejado

Entre as MPEs que demandam empréstimo, mais da metade deseja até R$

10.000,00

23%

29%

21%

10%

4%6% 7%

0%

20%

40%

até

R$5.000

R$5.001 a

R$10.000

R$10.001 a

R$20.000

R$20.001 a

R$30.000

R$30.001 a

R$40.000

R$40.001 a

R$50.000

mais de

R$50.000

Em

pre

sas

Valores dos empréstimos desejados

Entre as MPEs que demandam empréstimo, a maioria

deseja prazo menor que 30 meses

1%

8%

20%

6%

31%

4%

13%17%

0%

20%

40%

3 a 5

meses

6 a 11

meses

12 a 17

meses

18 a 23

meses

24 a 29

meses

30 a 35

meses

36 a 41

meses

42

meses

ou mais

Em

pre

sa

s

Prazos dos empréstimos desejados

Oferta de crédito para as micro e

pequenas empresas

Serviços Financeiros para MPE

A maioria das MPEs (SP) nunca tomou

empréstimos bancários

39%

61%

Sim

Não

MPEs que já tomaram empréstimo bancário (em bancos privados e/ou oficiais)

Sim Não Total

microempresa 37% 63% 100%

empresa de pequeno porte 54% 46% 100%

Resultados por porte

Principais barreiras à concessão de empréstimos

bancários às MPEs

12%

4%

7%

9%

12%

16%

40%

0% 25% 50%

Empresas

Falta de garantias reais

Registro no CADIN/SERASA

Insuficiência de documentos

Inadimplência da empresa

Linhas de crédito fechadas

Projeto inviável

Outras (*)

Formas alternativas de financiamento das MPEs

66%

45%

29%

13%

12%

10%

9%

4%

3%

1%

16%

17%

23%

13%

3%

4%

3%

21%

2%2%

48%

30%

11%

41%

0% 35% 70%

Pagtos de fornec. a prazo

Cheque pré-datado

Cheque especial / cartão de crédito

Desc. de duplicata / títulos

Empr. em bancos oficiais

Empr. em bancos privados

Dinheiro de amigos / parentes

Factoring

Agiotas

Leasing / financeiras

Outras

Não está utilizando / Nunca utilizou

Empresas

Hoje

No passado

Quase metade das MPEs não têm interesse em

tomar empréstimo bancário

51%

49% sim

não

Se fosse fácil e barato tomar empréstimo bancário, gostaria de obter um empréstimo para

sua empresa, hoje?

PRINCIPAIS RAZÕES:

-Não gosta de empréstimo (38%)

-Não necessita nesse momento (29%)

-Não conseguiria pagar (24%)

-Não confia na política econômica (7%)

-Outras (2%)

Sistema Financeiro e as Micro e Pequenas Empresas no

Brasil

• Uma oferta de produtos financeiros adequada as características das MPEs (prazos, valores, custos, exigências);

• Por outro lado, uma melhor gestão financeira pode reduzir as necessidades de financiamento (endividamento) dessas empresas;

Para uma ampliação do acesso ao crédito por parte das MPEs é importante

• a criação de mecanismos de garantias alternativos para facilitar o acesso ao crédito;

•a constituição e/ou fortalecimento de instituições financeiras especializadas no segmento.

Para uma ampliação do acesso ao crédito por parte das MPEs é importante

Cooperativas de Crédito

•Menores custos • Acesso mais fácil (aumento da concorrência no sistema

financeiro)

Para uma ampliação do acesso ao crédito por parte das MPEs é importante

LEI GERAL - OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL

FORMALIZAÇÃO DO NEGÓCIO

As vedações ao ingresso no simples

nacional, estão estabelecidas no art. 17, da

Resolução do Comitê Gestor do Simples

Nacional.

TRIBUTAÇÃO SISTEMA SIMPLES NACIONAL

IMPOSTOS RECOLHIDOS PELO SISTEMA SIMPLES NACIONAL

IRPJ: IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA

CSLL: CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO

PIS: PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL

COFINS: CONTRIBUIÇÃO PARA FINS SOCIAIS

IPI: IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

INSS: INSTITUTO NACIONAL DA SEGURIDADE SOCIAL (parte

devido da empresa)

ICMS: IMPOSTO DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E

SERVIÇOS

ISSQN: IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA.

MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI)

Os impostos são em valores fixos e hoje, no

total de R$ 42,20, sendo:

•R$ 36,20 para a Previdência Social R$ 5,00

de ISS – Imposto Sobre Serviços

•R$ 1,00 de ICMS – Imposto sobre

Circulação de Mercadorias.

TRIBUTAÇÃO SISTEMA SIMPLES NACIONAL

A primeira incubadora de empresas brasileira surgiu em São Carlos-SP, em 1984.

Nos últimos anos, o número de incubadoras de empresas cresceu rapidamente em todo mundo. Nos EUA, atualmente existem mais de 1000 incubadoras de empresas. (Europa: mais de 1200; Mundo: mais de 4000)

No Brasil, o estudo mais recente divulgado pela ANPROTEC, indica a existência de mais de 400 incubadoras de empresas no país.

◦ “...É um ambiente flexível e encorajador onde são oferecidas facilidades para o surgimento e crescimento de novos empreendimentos” (ANPROTEC, 1998).

◦ “É um ambiente de trabalho controlado, projetado para auxiliar no crescimento de novas empresas emergentes... “ (LALKAKA & BISHOP, 1996).

Segundo a NBIA, uma incubadora de empresas deve oferecer, pelo menos, os seguintes serviços (RICE, 1992):

1. Possibilitar ao empreendedor o desenvolvimento de uma rede de contatos, sempre encorajado pelo gerente da incubadora.

2. Prover assistência técnica e gerencial aos incubados através de especialistas que trabalhem na própria incubadora ou via profissionais capacitados da comunidade.

3. Auxiliar o empreendedor a conseguir financiamento para seu empreendimento, desde a elaboração do plano de negócios até a negociação com os investidores.

4. Oferecer uma série de serviços aos incubados e também àquelas empresas filiadas à incubadora, mas não residentes.

… apenas um galpão com espaços para instalação de empresas

… apenas um conglomerado de empresas … um distrito industrial onde empresas

ficam instaladas sem prazo de saída

… um local onde apenas “idéias” ficam sendo testadas

Geram novas oportunidades de inovação em vários setores

Criam empresas de sucesso

Reduzem a mortalidade de empresas nascentes

Contribuem para equilibrar o desenvolvimento regional

Criam postos de trabalho qualificados e geram emprego e renda

Incubadoras

Descentralização regional

Cidades com menos de 200 mil habitantes

Parques

Concentração em grandes centros industriais e pólos regionais

AS DIFERENÇAS

NEGÓCIOS “DE” FAMÍLIA

X

NEGÓCIOS “DA” FAMÍLIA

AS DIFERENÇAS

Segundo o dicionário brasileiro da língua portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda, (p.71), família é:

“O pai, a mãe e os filhos, pessoas do mesmo sangue,

descendência, ou comunidade formada por um homem e uma mulher unidos por laço matrimonial e pelos filhos

nascidos pelo casamento.”

Segundo a definição de Werner Bornoldt (2005), “Uma empresa familiar é qualquer organização com vínculos

que vão além do interesse societário e econômico”. Para Leone (2005), a empresa familiar se caracteriza pelos

seguintes fatos: iniciada por um membro da família, membros da família

participando da propriedade ou direção; valores institucionais identificando-se com um sobrenome de família ou com a figura do fundador e sucessão ligada ao fator hereditário.

1º Empresa de um só dono: 1º geração são muito associadas á figura do seu fundador, chamadas então de empresa de um único dono. A maioria das empresas que estão iniciando suas atividades está nesta fase. O dono nesta fase é a única figura autoritária hierárquica.

2º Empresa de irmãos-sócios: O controle da empresa é dividido em dois ou mais irmãos. 2º geração, independente da influência dos agregados, mas continuam ainda muito dependentes da figura do fundador. 3º Empresa de parentes: quando a empresa passa para a 3º geração, parentes costumar ser numerosa e a participarem na direção da empresa, A figura do fundador costuma ser perdida, seus valores e culturas alteradas.

ADACHI, (2006)

ALGUNS DADOS ESTATÍSTICOS

Geração – Quantos assumem os negócios da família no Brasil

SEGUNDA > 46% TERCEIRA > 25% QUARTA > 6% QUINTA > 3%

Fonte: Consultoria Bornhoeft

No mundo, apenas 20% das empresas familiares ficam mais de 60 anos sob o controle da mesma família

50 -60% das Empresas Familiares criam 50% de empregos

20 – 55% das empresas listadas em Bolsas de Valores são controladas por famílias

15 – 20% das maiores companhias do mundo pertencem e são controladas por famílias

Nos países industrializados – 75% das empresas são familiares

34% das empresas norte-americanas pertencem às mulheres

Durante a última década o número de mulheres que tem a própria empresa cresceu 73%.

Fonte: FBN I

Estima-se que 40% das 500 empresas listadas pela revista Fortune sejam de propriedade de famílias ou por elas controladas.

Entre 65% e 80% das empresas no mundo são familiares.

As empresas familiares geram metade do Produto Nacional Bruto (PNB) dos Estados Unidos e empregam metade da força de trabalho.

Na Europa, elas dominam o segmento das pequenas e médias, e em alguns países, chegam a compor a maioria das grandes empresas.

Na Ásia, a forma de controle familiar varia de acordo com as nações e culturas, mas as empresas familiares ocupam posições dominantes em todas as economias mais desenvolvidas, com exceção da China.

Na América Latina, grupos construídos e controlados por famílias constituem a principal forma de propriedade privada na maioria dos setores industriais.

País %

Itália 95

Brasil 90

Suécia 90

Espanha 80

Inglaterra 75

Portugal 70

Fonte: Fernando Curado, professor da Business School de São Paulo, publicado no caderno Sinapse (Folha de São Paulo) de 30.08.2005

No final da década de 80, de cada dez empresas, nove eram familiares, e seu controle estava com uma ou mais famílias.

70% das empresas familiares encerram suas atividades com a morte de seu fundador e o ciclo médio de vida destas empresas é de 24 anos.

Dos 30% que sobrevivem na segunda geração, só uma minoria perdura até a terceira geração.

As empresas familiares representam 4/5 da quantidade de empresas privadas brasileiras e respondem por mais de 3/5 da receita e 2/3 dos empregos quando se considera o total das empresas privadas brasileiras.

1/5 das empresas familiares tem apresentado sérios problemas de sucessão, levando em media 4 anos para serem resolvidos.

Fonte: FBN I

Forte valorização da confiança mútua, independentemente de vínculos familiares

Laços afetivos extremamente fortes que influenciam os comportamentos, relacionamentos e decisões da empresa

Valorização da antiguidade como atributo que supera a exigência de eficácia e da competência

Exigência de dedicação, ou seja, vestir a camiseta da empresa.

Postura de austeridade, seja na forma de vestir, seja na administração dos gastos

Expectativa de alta fidelidade

Jogos de poder, em que muitas vezes vale a habilidade política do que a capacidade administrativa

Dificuldade na separação entre o que é emocional e racional, tendendo mais para o emocional

DILEMA DA EMPRESA FAMILIAR

Pai Rico, Filho Nobre, Neto Pobre

Essas seis palavras, sempre representaram um pesadelo

para os eventuais herdeiros dos grupos familiares.

“A empresa e a família só sobreviverão e se sairão bem se a família servir à

empresa. Nenhuma das duas se sairá bem se a empresa for dirigida

para servir à família”.

PETER DRUKER

“Não há obrigação de continuar a ser uma empresa familiar, mas se esta for a decisão, é necessário adequar os papéis de cada um e traçar um plano de comportamento e atitudes consistente”.

O Processo de Sucessão

PRINCIPAIS CAUSAS DE FALÊNCIAS

PRINCIPAIS CAUSAS DO DESAPARECIMENTO DAS EMPRESAS

FAMILIARES NO BRASIL:

Ciclo de vida de produtos/serviços entram em declínio

Falta de planejamento estratégico e sucessório

Brigas de sucessão

=

FALTA DE GOVERNANÇA

Sebrae - 2009

CAUSA MAIS RELEVANTE

67 %

Empresas familiares encerram suas atividades por problemas sucessórios

Dr. Nacir Sales - 2010

FUNDADOR

(50 A 70 ANOS)

SUCESSOR

(25 A 40 ANOS)

A prática dos negócios supera a formação acadêmica

Formação acadêmica mais sólida, menor vivência prática

Forte em microeconomia Forte em macroeconomia

Tendência a ser especialista de produto Tendência a ser generalista

Orientado para a produção Orientado para o marketing

Autoritário, tem dificuldade em trabalhar por consenso

Liberal, pratica a administração participativa

Conservador na maneira de fazer as coisas Disposto a experimentar estilos diferentes de gestão

Internacionalização tardia Começa a internacionalizar-se mais cedo

Cultiva a ética do trabalho e da austeridade pessoal

Comportamento mais hedonista, disposto a usufruir os prazeres da vida

Fonte: Oliveira, 2006

Conscientize os herdeiros que eles não vão herdar uma empresa, mas

uma sociedade composta por pessoas.

Escolha dos sucessores;

Comparação do perfil do sucedido com o do sucessor, em relação ao exigido pela empresa;

Associação do sucesso da empresa com a imagem do fundador.

Não cair na armadilha de acreditar que por serem filhos e futuros proprietários, terão a capacidade de dirigir a empresa,

Respeitar profundamente a capacidade das pessoas de eleger seu futuro – não forçar,

Assegurar de que compreendam os negócios da empresa e como se operam – produtos, tecnologias, estrutura de custos, clientes, concorrentes, ciclo de

cobrança e pagamentos, as vantagens competitivas.....

COMPETÊNCIA.

top related