geomorfologia_topicos

5/10/2018 Geomorfologia_topicos - slidepdf.com

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INTRODUÇÃO ÀGEOMORFOLOGIA

UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

CCMN - Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza

IGEO - Instituto de Geociências / Departamento de Geologia

BCMT – Turma B Tópicos Gerais em Ciências da Terra – Módulo Geologia

Kátia Mansur

Paisagens são controladaspelas interações entre asmáquinas de calor internas e

externas à Terra

(Antonio Liccardo)

Estudo das paisagens e sua evolução,

resultante da competição entre processos delevantamento e rebaixamento da crosta.

Geomorfologia

“Ciência que consiste em explicar as transformações do

geo-relevo , portanto, não apenas quanto à

geomorfologia ( forma), como também à fisiologia

( função), incorporado organicamente ao movimento

histórico das sociedades...” (Ab’Saber)

O relevo revela o desenvolvimento da Terra – aponta locais onde eventos importantes

aconteceram (crosta ou abaixo dela)

Morfogênese:

Processos endógenos:

terremotos, vulcanismo,isostasia, orogênese,soerguimentos...

Processos exógenos:intemperismo, erosão(denudação), sedimentação(acumulação)

http://slidepdf.com/reader/full/geomorfologiatopicos 7/115Fig. 18.1

Mapa topográfico de um pico

Mapa topográfico de um vale

Tipos de Relevo

Relevo de Vertente

Relevo de

canal principal

Relevo de

Tributários

Mapas topográficos das mais altas e

mais baixas elevações do mundo

Digital Shaded Relief Map of theContiguous United States and Canada

Conceitos

Topografia: forma geral da superfície da Terra.

Elevação: altitude de um ponto relativo ao nível do

Curvas de contorno: linhas de igual valor(ex: curvasde nível são curvas de contorno topográfico de igual

valor de elevação).

Relevo: a diferença entre a mais alta e a mais baixaelevação de uma dada área.

Conceitos: Morfologia

Morfologia: MORFOGRAFIA e MORFOMETRIA

MORFOGRAFIA: é a descrição qualitativa dasformas de relevo.

MORFOMETRIA: é a caracterização do relevo pormeio de variáveis quantitativas ou índicesmorfométricos.

MORFOMETRIA

Amplitude altimétrica: altura da forma de relevo.

Extensão da vertente: é a distância entre a base davertente e o divisor de águas.

Declividade: é a inclinação do relevo em relação aoplano horizontal.

Densidade de drenagem: é o comprimento dos

canais de drenagem pela unidade de área.

Evolução regressiva de sistema fluvial

TalvegueLinha de maior profundidade no leito de um

rio (fundo do vale)

Depressão alongada, de fundo descendente, formadapor um talvegue e duas vertentes. Os vales podem seorigem fluvial, glacial, tectônica.

Vertentes

Também denominadas de ENCOSTAS, são superfícies inclinadas

que formam a conexão dinâmica entre a linha divisória de águas e ofundo do vale.

Ocupam a maior parte da superfície da Terra .

Divisor de águas

Linha que divide duas bacias hidrográficas

Interflúvio

Espaço entre dois talvegues

Ruptura de declive

Descontinuidade de aclive de uma vertente

Morfografia / Geoformas

Depressões:

Terrenos situados abaixodo nível do mar ou

abaixo do nívelaltimétrico das regiõesadjacentes, que podemter diferentes origens eformas

Planícies:

são terrenos baixos e planos, formados

por acumulação de material, que pode serde origem aluvial ou fluvial, marinha,lacustre, glacial, eólica

Planaltos:

são terrenos altos, variando de planos (chapadas) a

ondulados (colinas, morrotes e morros). Os Planaltostípicos são sedimentares ou basálticos, mas existem osde estruturas de dobramento (superfícies aplainadas,soerguidas e pouco reentalhadas).

Serras

altas elevações do terreno,

com domínio de toposangulares, amplitudesacima de 200m edeclividades altas

M f fi / G f

Montanhas

são terrenos altos, fortemente ondulados.

Quanto à origem podem ser: dobramentos (Alpes,Andes, Himalaia e Rochosas), domos (Lages,Brasília) e blocos falhados (Mantiqueira)

Morros

médias elevações do terreno, com domínio de toposarredondados, amplitudes entre 20m e 60m edeclividades altas.

Morrotes

baixas elevações do terreno, com domínio detopos arredondados, amplitudes entre 20m e60m e declividades altas

M f fi / G f

Colinas

baixas elevações do terreno, com topos arredondadosa quase planos, amplitudes entre 20 e 60m e

declividades baixas

M f fi / G f

Chapada

relevos típicos de planalto sedimentar. São grandessuperfícies planas, em geral de estrutura horizontal,acima de 600m. Ex: Guimarães, Parecis, Apodi,Araripe

Tabuleirosáreas de relevo plano de origem sedimentar, de baixaaltitude e com limite abrupto, típicos da costa donordeste brasileiro

Escarpas

rampas ou degraus

de grandeinclinação,características debordas de planaltos

Terraços

patamares em formade degrau, localizadosnas encostas dos vales

ASSOCIAÇÕES DE TERMOS

Relevo plano = planícies, terraços, tabuleiros echapadas;

Relevo suave ondulado = colinas

Relevo ondulado = morros e morrotes

Relevo fortemente ondulado = morros e serras

Relevo montanhoso = montanhas e serras

Relevo escarpado = serras e escarpas

Formas de Relevo: feições esculpidas pelaerosão e pela sedimentação

Montanhas

Planaltos

Relevos em cristas e vales controlados pela estrutura

Vales fluviais e erosão do substrato rochoso

Formas de controle estrutura: Cuestas e Hogbacks

Montanhas

Himalaia: aumenta mais

de 1 cm/ano

Monte Everest = 8.848,13m

OrogêneseEpirogênese

Planalto

A placa da Índia avançou a uma velocidade de 15 a 20 cm

por ano, até a colisão com a Eurásia. Após a colisão avelocidade caiu para 5cm por ano (últimos 50Ma).

Planalto

Mapa e vista oblíqua doPlatô Tibetano – o mais altoe vasto da Terra

* Platô - grande área planacom apreciável elevação

acima dos terrenoscircundantes.

A Mesa* - Monument Valley, Arizona

* Mesa – pequena forma de topo plano, circundada por lados íngremes

Vales fluviais e erosão

Carga sedimentar

Balanço entre a força do rio e a resistência à erosãoErosão x deposição

Tipos de vales

Mapa de antigas curvas do

rio Mississipi

Topografia em Cristas e Vales

p gTerrenos sedimentares dobrados

Satellite view of the

Zagros Mts in Iran

Estágios de

desenvolvimento decristas e vales em

terrenos dobrados

Appalachian Valley and Ridge Province

Cristas de arenitos resistentes - dobrados

Vertentes íngremes

resultam emcorrentes mais fortesEnergia da corrente

supera a resistência àerosão

Vertentes deinclinação menor que

a anterior resultam emdiminuição do poder

de erosão da corrente.

O resultado é umbalanço entre erosão e

deposição

Vertentes quase

planas resultam embaixo poder da

corrente

Resulta em deposiçãoe preenchimento dos

Erosão por ravinamento, Badlands, South Dakota

Hogback – cristas comvertentes íngremes

Cuestas – cristas assimétricas

Cuestas:

Cuestas:Cristas assimétricas

formadas quando rochasmais resistentes solapamdevido à erosão da rochas

subjacente

Cuestas - Dinosaur National Monument

Hogbacks Cristas estreitas

formadas em rochas

com mergulho alto,ou camadas verticaisde estratos formados

por rochas duras.

(Liccardo)

ISOSTASIA

ISOSTASIAProcesso de equilíbrio de densidade das massas

litosféricas sobre a astenosfera - empuxos principaisverticalizados.

O equilíbrio isostático pode ser abalado por váriascausas, entre elas o aquecimento da crosta e a

tectônica de placas.

Soerguimento estimula erosão(retroalimentação negativa)

(retroalimentação negativa)

Negativa – uma forte atividade de soerguimento provocauma alta taxa de erosão. Quanto mais alta a montanhamaior o desgaste.

R j t i táti t l ã

Reajuste isostático aumenta a elevação

(retroalimentação positiva)

Positiva – montanhas se tornam mais altas por causa daerosão (!!!!). Montanhas flutuam sobre o manto.

Topografia determina climalocal que controla a erosão e

o desenvolvimento dapaisagem.

Modelos clássicos de evolução da paisagem

Teoria de Davis

Pulso de soerguimento tectônico rápido e longo egradual período de erosão.Morfologia depende exclusivamente do tempo (idadegeológica)

Paisagem: Jovem, Madura e Velha

Teoria de Penck

Magnitude da deformação tectônica e do soerguimentoaumenta gradualmente até um certo ponto e depoisdiminui

Processos de erosão atacam constantemente asmontanhas em soerguimento

Relevo resulta da competição entre soerguimento eerosão

Teoria de Hack

Taxa de soerguimento em equilíbrio com erosão =

paisagens em equilíbrio.

Altura das montanhas não pode aumentar para sempre em

função do peso das rochas

Methods for Absolute Dating of Landscapes

Method

Useful Range

(years ago)Material Needed

Critérios para caracterização das unidades de relevo (IPT, 1981)

Variável Categoria Intervalo declasse

conceito

Amplitude local PequenaMédiaGrande

0-100m100-300m>300m

Altura máxima da unidade emmetros

Declividade BaixaMédiaAlta

0-15%15-30%30%

Inclinação média do perfil daencosta, em %

Densidade dedrenagem

BaixaMédiaAlta

0-055-30>30

Número de cursos d´águaperenes em uma área de 10 km²

Expressão de colinasem área

PequenasMédias

grandes

<1km²1-4km²

1>4km²

Área ocupada pelos interflúvios

Topos Extensosrestritos

convencional

Forma dos topos AplainadosArredondados

angulosos

convencional

Variável Categoria Intervalo declasse

conceito

Perfil das vertentes ConvexoRetilíneoCôncavo

convencional

Padrão de drenagem DendríticoParaleloRetangular

PinuladoEm treliça

convencional

Vales Abertosfechados

convencional

Planícies aluvionares

interiores

Desenvolvidas

Restritas

convencional

Existência dedrenagem fechada

PresenteAusente

Ocorrência de lagoas perenes ouintermitentes

Existência deravinamento de

vertentes

PresenteAusente

convencional

Conjuntos de sistemasde relevo

Declividade dominantedas vertentes

Amplitudes locais

Relevo colinoso 0-15% <100m

Relevo de morros com

vertentes suavizadas

0-15% 100-300m

Relevo de morrotes >15% <100m

Relevo de morros >155 100-300m

Relevo montanhoso >15% >300m

Cartografia GeomorfológicaObjetivos:

Objetivos: Representar as formas de relevo vertentes, colinas, morros, serras,

Estabelecer o grau de detalhamento ou de generalização associado agênese e possíveis datações

A questão da escala de tratamento ou de representação acentua pesomaior:

1. A grandezas superiores - acima de algumas dezenas de Km2

morfoestruturas; 2. A grandezas inferiores - forma de dimensões menores que dezenas

de km2 morfoesculturas.

Dados a serem mapeados: Dados morfométricos cartas topográficas; Informações morfográficas símbolos que indiquem a origem (ex:

escarpa de falhas); Dados morfogenéticos indica gênese (terraço fluvial, planície

flúvio-lacustre); Cronologia idade das formas.

Representaçãoesquemática dasUnidades

Taxonômicas

Geomorfológicas(Ross, 1992)

Análise espacial

Aptidão urbanística - Município de Mococa (Oliveira, 2001)

hipsometria

Análise espacial

declividade

Análise espacial

Mapa da geodiversidade do Brasil (CPRM, 2007)

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Documents

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