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FOTOGRAFIAArte Contemporânea

Abril de 2013

A Fotografia tem assumido um papel importante na criação de imagens no âmbito da arte contemporânea, isto significa que o acto artístico vá além da captura do momento observado.

A criação da imagem (fotografia) começa antes do disparo

Primeiro do que tudo é necessário uma reflexão sobre o conceito de fotografia, de modo que se perceba a importância dos processos de criação e os procedimentos utilizados pelos artista.A fotografia é hoje, produto cultural complexo que contribui

para a transmissão das mais variadas experiências percetivas. São as várias possibilidades de criação na fotografia contemporânea a partir dos processos criativos pelos artistas.Relaciona-se com outras áreas artísticas, nomeadamente,

movimentos de arte a partir dos anos 60 e 70, quando a fotografia tornou-se o meio de documentar e divulgar trabalhos temporários, abordados na arte Conceptual, Performances e Body ArtÈ imprescindível a construção e o arranjo da fotografia, e

esta estratégia inclui tudo, desde naturezas mortas “arranjadas” até à auto-encenação com o próprio fotógrafo diante da câmara, cujo campo de ação é ampliado em várias direções: diretor, construtor, dramaturgo, desenhista de cenários, ator, entre outros.No entanto, são inúmeros os procedimentos para a construção

de uma imagem destacando-se o cut paper, a produção de imagens por apropriação de outras imagens, a encenação do auto-retrato, a natureza morta, as construções por miniaturas, a construção de “realidades”, a direção de cenas, as instalações, as esculturas e os diários íntimos.

Alfred Stieglitz 1864 - 1946

Ainda estudante, iniciou sua luta pelo reconhecimento da fotografia como arte criativa comparável à pintura. Seus trabalhos realizados (1883-1910) na Europa e nos Estados Unidos, mostram inovações técnicas que na época eram tidas como impraticáveis. Antes da virada do século, já fazia fotos na neve, na chuva e à noite.

Para além da fotografia, Stieglitz também se dedicou à divulgação da pintura moderna nos Estados Unidos, onde promoveu vários jovens pintores americanos. Para além da pintura, criou, editou e publicou a revista Camera Work (1903-1917), que, entre outras conquistas, conseguiu quebrar a resistência à exposição de fotografias nos museus de arte americanos.

Fotógrafo americano e pioneiro no uso profissional de pequenas câmaras portáteis e o primeiro fotógrafo a ter suas obras expostas em museus como o de Boston, Nova York e Washington. Começou por estudar engenharia mas meses depois abandonou o curso para dedicar-se à fotografia.

1893 “Winter on Fifth Avenue”

1892 “The Terminal”

“Fountain”, 1917 by Marcel Duchamp

Joseph Beuys 1921-1986

Beuys é considerado um dos mais influentes artistas alemão da segunda metade do século XX que produziu em vários meios e técnicas, incluindo a escultura, fluxus, happening, performance, vídeo e instalação.

“A sua arte uma espécie de contra-imagem, geradora de evocações simbolizadas pelos objetos expostos. O artista é o sujeito capaz de evocar o significado, apenas grosseiramente enunciado por aquele simples expediente com que toda a gente pode provocar a arte nos outros, ou seja, viver criativamente a vida "desocultando" o que está apenas escondido”

Joseph Beuys, I like America and America likes me, 1974 Photo credit Caroline Tisdall

"Coyote. I like America and America likes me" 1974

Numa das suas "performance", nos Estados Unidos da América, Beuys procura articular vários arquétipos, para estabelecer sinais com significado profundo. O coiote é um pequeno lobo, símbolo mágico dos índios da América. Ao encerrar-se num espaço fechado em que procura o diálogo com o animal selvagem, estabelecendo uma ponte entre o "cão e o lobo" que se encontram no coiote e também no próprio homem. Esta performance permite revelar a possibilidade de conectar as rupturas e de as "sanar" mostrando que o paradoxal não é destituído de sentido. Ao contrário, o paradoxo manifesta o real que é contraditório, em busca da criação através do jogo, do humor e do amor.

http://www.youtube.com/watch?v=e5UXAqpSJDk

Joseph Beuys, I like America and America likes me, 1974Photo credit Caroline Tisdall

A predominância de feltro e gordura na obra de Beuys é devida a um incidente ocorrido na guerra. Beuys foi alvejado e seu avião caiu durante uma missão na Criméia, sendo resgatado por tártaros. Foi salvo ao ter sido tratado com ervas e recoberto por feltro e gordura.

Durante a ação “Como explicar pintura e uma lebre morta”, apresentada 1965, o artista senta-se com um cadáver de uma lebre ao colo.

Com materiais e instalações simples, pretende provocar interpretações simbólicas e culturais singulares, reações de todos os que são capazes de construir a visão artística do que apenas foi enunciado.

Outros trabalhos:

Plight 1986

http://www.youtube.com/watch?v=P8lUC2Pjtoc

Sofia Calle 1953

Artista francesa que trabalha com fotografia e performances, a exemplo de Jackson Pollock e, utiliza a fotografia como meio de expressão para a performance. Suas instalações e fotografias são muitas vezes acompanhados por textos e publicado em forma de livro.

“é a performer que “cria” enquanto atua.”

A inexistência do relato cria um paradoxo que nos detém: há ali um passado, e a imagem só é capaz de nos lembrar de que ele está definitivamente esquecido.

Prossegue um personagem, nem sempre convidado…

Em Suíte Vénitienne, de 1980, ela escolhe aleatoriamente um personagem em Paris e o segue até Veneza durante quase duas semanas, fotografando-o e entrevistando pessoas com quem ele se encontra, sem jamais abordá-lo diretamente.

Invertendo o jogo, em La Filature, de1981, Calle manda contratar um detetive particular para segui-la e constituir um relato sobre suas atividade ao longo de um dia. Ela não conhece a pessoa que a seguirá, mas pede a um terceiro que se coloque num ponto de seu caminho e fotografe as ações de qualquer um que pareça segui-la.

Em1983, retorna a Veneza onde passa a ocupar a função de camareira num hotel. Lá, a artista fotografa os objetos deixados pelos hóspedes em seus quartos enquanto estão ausentes, tentando através deles recompor seus hábitos e personalidades.

The Chromatic deit, 1998 Durante seis dias, Sofia comeu uma dieta de cor. Cada dia uma

cor…

A dieta cromática é uma criação artística do escritor Paul Auster, dieta esta que não recomenda para perda de peso mas sim para dizer algo sobre a vida moderna.

Traductrice en langage SMS / Translator into SMS language, Alice Lenay Photo: 113 x 140 cm Text: 113 x 85 cm

https://www.youtube.com/watch?v=ZbNzIL6J9po

São uma espécie de performances, fotografadas e filmadas, em que o artista se submete, e aos seus modelos, a bizarras relações com objetos comummente utilizados no quotidiano, e representam tentativas de criar escultura com meios aparentemente tão parcos como o corpo e os objetos que o rodeiam, sendo Wurm o primeiro a admitir fascínio. Para cortar caminho, o artista utilizou uma espécie de lógica niveladora: a da absoluta proximidade, que o levava a utilizar o que estava sempre à mão. Segundo as suas próprias palavras, em entrevista recente à Art Press , quis "perceber se e como era possível converter e transformar em escultura coisas que têm a ver com jogos, comida, desejo, higiene corporal".

One Minute Sculptures “Muitas vezes referidas genericamente como a estratégia de

criação do seu trabalho”

Erwin Wurm  1954

Artista austríaco que vive e trabalha em Viena e Limburg, na Áustria. Desde 1980 desenvolve One minute sculptures e foi o primeiro a admitir um fascínio pelo que designa de "caminho mais curto", pela procura de formas de expressão claras e rápidas.

https://www.youtube.com/watch?v=-y3RW9pwJfI

http://www.youtube.com/watch?v=-OKIUoXlIsY

Kenneth Lum 1956

Artista canadiano que vive e trabalha em Vancouver. É fotógrafo, escultor e pintor. Utiliza a combinação da fotografia com o texto, baseando-se na vida contemporânea, de forma a que o espectador coloque questões a si próprio acerca dos problemas sociais do mundo visual.

Utiliza sempre palavras associadas com a fotografia…

Em cada uma das suas obras, considera a posição de cada indivíduo na sociedade e investiga as distinções raciais e sociais.

ONCE UPON A TIMEContador de Narrativas

“Storytelling”Técnica onde se utilizam histórias ou referências a fábulas, contos de fadas e mitos modernos (fazem parte da consciência coletiva) para transmitir conhecimentos, conceitos e valores.

Como aplicar?1. Identificar o objetivo2. Mapear histórias3. Estratégias (qual a melhor forma de contar a história)4. Contar a história

https://www.youtube.com/watch?v=l9s-McX4Gsc

Samantha Taylor-Wood 1967

Artista americana conhecida profissionalmente como Sam Taylor-Wood, cineasta, fotógrafa e artista visual. Começou a apresentar suas fotografia no início de 1990. Em 2009, foi nomeada diretora do cinema com o filme “NoWhere Boy”, um filme baseado nas experiências de infância dos Beatles. Para além disso, faz parte de um grupo de artistas conhecidos como os Jovens Artísticos Britânicos.

Still LifeNatureza Morta

Fotografar uma natureza morta é uma categoria que coloca em teste a criatividade e as técnicas de uma fotografo. Nesse tipo de fotografia o artista obtém um controle total sobre o objeto, tanto na luz como na sua composição, não sendo necessário um estúdio nem um equipamento de luz profissional.

“O artista olha para os objetos estuda a sua forma, onde cai a luz, as sombras dos objetos e a relação entre eles.”

Tom Hunter 1965

Artista americano que recria momentos do seu dia a dia ou de histórias ou até mesmo de obras famosas. Baseia-se essencialmente na fotografia. Estudou no London College of Printing e foi o primeiro fotógrafo a ter show de um homem nacional em Londres.

http://www.youtube.com/watch?v=b9QtKLJGAZ8

"Woman Reading a Repossession Order"Vermeer's painting "Woman Reading at the Window"

Artista britânica que se inspira em momentos do quotidiano, tomando especial atenção à forma de como o corpo toma posição nesse momento. Estudou fotografia e cinema e atualmente, vive e trabalha em Londres. Starkey é uma fotógrafa especializada em ajustes graduais de mulheres em ambientes urbanos.

Hannah Starkey 1971

Mariko Mori 1967

Artista Japonesa que realiza seus trabalhos através da fotografia e do vídeo. Mori cria elementos vanguardistas e futuristas, com tecnologia de ponta e interativos que são de extremo impacto físico e visual. Atualmente vive e trabalha em Nova York, sendo uma das artistas mais visíveis japoneses no mundo da arte internacional.

http://www.youtube.com/watch?v=5-0KPS1ZzDw

“Nirvana” 1997

“Beginning of the End and Body Capsule” 2000

“Kumano” 1998

SOMETHING AND NOTHINGTUDO E NADA

• Objetos simples do dia a dia, poderão parecer extraordinários quando fotografados.

• A sua forma/função é alterada conceptualmente devido ao enquadramento e à forma que são representados.

Tracey Baran 1975

“Me, Myself and You”, 2007

Artista americana que possui uma mistura incomum de sinceridade e empatia. suas fotografias misturam momentos espontaneamente gravados com representações colocados e dirigido que ressoam com intenso sentimento, uma sensibilidade pictórica e sua habilidade consumada como uma impressora colorida.

Sugar e Blow, 2002

“Sugar e Blow” 2002

“I miss you already” 2004

PETER FISCHLI 1952  Artista suíço que trabalha nos campos da escultura, fotografia e filme.Em 1978 e em parceria com David Weiss, adapta objetos do dia a dia de maneira a formarem um contexto artístico. Atualmente vive e trabalha em Zurique.

http://www.youtube.com/watch?v=RTobV-Gnv-8

Artista britânico que se dedica á fotografia, e de acordo com a sua ideia de que não há hierarquias entre o grande e o pequeno, pois tudo no universo é feito de coisa pequenas, o seu trabalho é executado também em torno de perguntas físicas e metafísicas.

Peter Fraser 1953

Wolgang Tillmans 1968

Fotografo alemão que vive em Londres e Berlim. Fotografo conhecido por ter acompanhado um movimento histórico da sua altura, Fine-Art.

Anthony Hernandez 1947

Fotografo americano e de rua, pois muitas das suas fotografias exibem ruas (normalmente em Los Angeles) e pessoas que são de se esperar ver nas mesmas. Porém não implica que Anthony não apresente outros planos.