fonologia

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FONOLOGIA DEFINIO Fonologia o ramo da Lingustica que estuda o sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de uma lngua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas. NDICE

Fonema Fonema / Fonema e Letra Classificao dos Fonemas: Vogais, Semivogais, Consoantes

Encontros Voclicos Encontros Voclicos: Ditongo, Tritongo, Hiato

Encontros Consonantais Encontros Consonantais / Dgrafos

Slaba Slaba/ Classificao das Palavras quanto ao Nmero de Slabas / Diviso Silbica Acento Tnico / Classificao da Slaba quanto a Intensidade / Classificao das Palavras quanto Posio da Slaba Tnica Monosslabos / Critrios de Distino Acentuao Grfica: Acento Prosdico e Acento Grfico Regras de Acentuao Grfica: Proparoxtonas, Paroxtonas, Oxtonas Monosslabos: Monosslabos Tnicos, Monosslabos tonos / Acento de Insistncia Regras Especiais I: Ditongos Abertos, Hiatos

Regras Especiais II: Verbos Ter e Vir Acento Diferencial / Acento Grave

Ortopia Ortopia ou Ortoepia

Prosdia Prosdia

Ortografia Ortografia / Emprego de X e Ch Emprego das Letras G e J Emprego das Letras S e Z Emprego do Z Emprego de S, , X e dos Dgrafos Sc, S, Ss, Xc, Xs Observaes sobre o uso da letra X / Emprego das letras E e I Emprego das letras O e U / Emprego da letra H Emprego das Iniciais Maisculas e Minsculas I Emprego das Iniciais Maisculas e Minsculas II

Notaes Lxicas Notaes Lxicas: Emprego do Til, Emprego do Apstrofo

Emprego dos Porqus Por que / Por qu / Porque / Porqu

Emprego do Hfen Emprego do Hfen / Prefixos e Elementos de Composio Importante / Casos Particulares / Ateno Saiba Mais sobre o uso do Hfen

Sinais de Pontuao Sinais de Pontuao I: Vrgula Sinais de Pontuao II: Ponto e vrgula, Dois-pontos Sinais de Pontuao III: Ponto Final, Ponto de Interrogao, Ponto de Exclamao Sinais de Pontuao IV: Reticncias, Parnteses - Os Parnteses e a Pontuao Sinais de Pontuao V: Travesso, Aspas Sinais de Pontuao VI: Colchetes, Asterisco, Pargrafo

FONEMAA palavra fonologia formada pelos elementos gregos fono ( "som, voz") e log,logia ( "estudo", "conhecimento") . Significa literalmente " estudo dos sons" ou "estudo dos sons da voz". O homem, ao falar, emite sons. Cada indivduo tem uma maneira prpria de realizar esses sons no ato da fala. Essas particularidades na pronncia de cada falante so estudadas pela Fontica. D-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distino de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distino entre os pares de palavras:

amor - ator morro - corro vento - centoCada segmento sonoro se refere a um dado da lngua portuguesa que est em sua memria: a imagem acstica que voc, como falante de portugus, guarda de cada um deles. essa imagem acstica, esse referencial de padro sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos signos lingusticos. Geralmente, aparecem representados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.

Fonema e Letra

1) O fonema no deve ser confundido com a letra. Na lngua escrita, representamos os fonemas por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra a representao grfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra srepresenta o fonema /s/ (l-se s); j na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ (l-se z). 2) s vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x: Exemplos: zebra casamento exlio 3) Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letrax, por exemplo, pode representar: - o fonema s: texto - o fonema z: exibir - o fonema ch: enxame - o grupo de sons ks: txi 4) O nmero de letras nem sempre coincide com o nmero de fonemas. Exemplos:

txico galho

fonemas: /t//k/s/i/c/o/ letras: t x i c o 1234567 123456 fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g a l h o 12 3 4 12345

5) As letras m e n, em determinadas palavras, no representam fonemas.Observe os exemplos: compra conta Nessas palavras, m e n indicam a nasalizao das vogais que as antecedem. Veja ainda: nave: o /n/ um fonema; dana: o n no um fonema; o fonema //, representado na escrita pelas letras a e n. 6) A letra h, ao iniciar uma palavra, no representa fonema. Exemplos:

hoje

fonemas: ho / j / e / letras: h o j e 1 2 3 1234

Classificao dos FonemasOs fonemas da lngua portuguesa so classificados em:

1) VogaisAs vogais so os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa lngua, desempenham o papel de ncleo das slabas. Assim, isso significa que em toda slaba h necessariamente uma nica vogal. Na produo de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser: a) Orais: quando o ar sai apenas pela boca. Por Exemplo: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. b) Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. Por Exemplo: //: f, canto, tampa / /: dente, tempero / /: lindo, mim // bonde, tombo / / nunca, algum c) tonas: pronunciadas com menor intensidade. Por Exemplo: at, bola d)Tnicas: pronunciadas com maior intensidade. Por Exemplo: at, bola Quanto ao timbre, as vogais podem ser: Abertas Exemplos: p, lata, p Fechadas Exemplos: ms, luta, amor Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras. Exemplos: dedo, ave, gente Quanto zona de articulao:

Anteriores ou Palatais - A lngua eleva-se em direo ao palato duro (cu da boca). Exemplos: , , i Posteriores ou Velares - A lngua eleva-se em direo ao palato mole (vu palatino). Exemplos: , , u Mdias - A lngua fica baixa, quase em repouso. Por Exemplo: a

2) SemivogaisOs fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, no so vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma s emisso de voz (uma slaba). Nesse caso, esses fonemas so chamados de semivogais. A diferena fundamental entre vogais e semivogais est no fato de que estas ltimas no desempenham o papel de ncleo silbico. Observe a palavra papai. Ela formada de duas slabas: pa-pai. Na ltima slaba, o fonema voclico que se destaca o a. Ele a vogal. O outro fonema voclico i no to forte quanto ele. a semivogal. Outros exemplos: saudade, histria, srie. Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por" e", "o" ou "m". Veja:

pes / pis3) Consoantes

mo / mu/

cem /c i/

Para a produo das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmes encontra obstculos ao passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as consoantes sejam verdadeiros "rudos", incapazes de atuar como ncleos silbicos. Seu nome provm justamente desse fato, pois, em portugus, sempre consoam ("soam com") as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc.

Encontros Voclicos

Os encontros voclicos so agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermedirias. importante reconhec-los para dividir corretamente os vocbulos em slabas. Existem trs tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato. 1) Ditongo o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma slaba. Pode ser: a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal. Por Exemplo: s-rie (i = semivogal, e = vogal) b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal. Por Exemplo: pai (a = vogal, i = semivogal) c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca. Exemplos: pai, srie d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. Por Exemplo: me 2) Tritongo a sequncia formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, numa s slaba. Pode ser oral ou nasal. Exemplos: Paraguai - Tritongo oral quo - Tritongo nasal 3) Hiato a sequncia de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a slabasdiferentes, uma vez que nunca h mais de uma vogal numa slaba. Por Exemplo: sada (sa--da) poesia (po-e-si-a) Saiba que: - Na terminao -em em palavras como ningum, tambm, porm e na terminao -am em palavras como amaram, falaram ocorrem ditongos nasais decrescentes. - tradicional considerar hiato o encontro entre uma semivogal e uma vogal ou entre uma vogal e uma semivogal que pertencem a slabas diferentes, como em ge-lei-a, io-i.

Encontros ConsonantaisO agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediria, recebe o nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos: - os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma slaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se... - os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a slabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta... H ainda grupos consonantais que surgem no incio dos vocbulos; so, por isso, inseparveis: pneu, gno-mo, psic-lo-go...

DgrafosDe maneira geral, cada fonema representado, na escrita, por apenas uma letra. Por Exemplo: lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras. H, no entanto, fonemas que so representados, na escrita, por duas letras. Por Exemplo: bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras. Na palavra acima, para representar o fonema | xe| foram utilizadas duas letras: oc e o h. Assim, o dgrafo ocorre quando duas letras so usadas para representar um nico fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa lngua, h um nmero razovel de dgrafos que convm conhecer. Podemos agrup-los em dois tipos:consonantais e voclicos. Dgrafos Consonantais Letras lh nh ch rr ss qu gu sc s xc Fonemas lhe nhe xe Re (no interior da palavra) se (no interior da palavra) que (seguido de e ei) gue (seguido de e ei) se se se Exemplos telhado marinheiro chave carro passo queijo, quiabo guerra, guia crescer deso exceo

Dgrafos Voclicos: registram-se na representao das vogais nasais. Fonemas Letras Exemplos

am

tampa

an em en im in om on um unObservao:

canto templo lenda limpo lindo tombo tonto chumbo corcunda

"Gu" e "qu" so dgrafos somente quando, seguidos de "e" ou "i", representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nesses casos, a letra "u" no corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o "u"representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, linguia, aqufero...) Nesse caso, "gu" e "qu" no so dgrafos. Tambm no h dgrafos quando so seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo).

SlabaObserve:

A - MOR A palavra amor est dividida em grupos de fonemas pronunciados separadamente: a - mor. A cada um desses grupos pronunciados numa s emisso de voz d-se o nome de slaba. Em nossa lngua, o ncleo da slaba sempre uma vogal: no existe slaba sem vogal e nunca h mais do que uma vogal em cada slaba. Dessa forma, para sabermos o nmero de slabas de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem essa palavra. Ateno: as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem representar semivogais.

Classificao das Palavras quanto ao Nmero de Slabas1) Monosslabas: possuem apenas uma slaba. Exemplos: me, flor, l, meu 2) Disslabas: possuem duas slabas. Exemplos: ca-f, i-ra, a-, trans-por

3) Trisslabas: possuem trs slabas. Exemplos: ci-ne-ma, pr-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir 4) Polisslabas: possuem quatro ou mais slabas. Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta

Diviso SilbicaNa diviso silbica das palavras, cumpre observar as seguintes normas: a) No se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou b) No se separam os dgrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-gus, quei-xa c) No se separam os encontros consonantais que iniciam slaba. Exemplos: psi-c-lo-go, re-fres-co d) Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa--de e) Separam-se as letras dos dgrafos rr, ss, sc, s xc. Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-o, ex-ce-len-te f) Separam-se os encontros consonantais das slabas internas, excetuando-se aqueles em que a segunda consoante l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-o, a-brir, a-pli-car

Acento TnicoNa emisso de uma palavra de duas ou mais slabas, percebe-se que h uma slaba de maior intensidade sonora do que as demais. calor - a slaba lor a de maior intensidade.

faceiro - a slaba cei a de maior intensidade. slido - a slaba s a de maior intensidade. Obs.: a presena da slaba de maior intensidade nas palavras, em meio a slabas de menor intensidade, um dos elementos que do melodia frase.

Classificao da Slaba quanto IntensidadeTnica: a slaba pronunciada com maior intensidade. tona: a slaba pronunciada com menor intensidade. Subtnica: a slaba de intensidade intermediria. Ocorre, principalmente, nas palavras derivadas, correspondendo tnica da palavra primitiva. Veja o exemplo abaixo:

Palavra primitiva:

be b tona tnica be be zi nho tona subtnica tnica tona

Palavra derivada:

Classificao das Palavras quanto Posio da Slaba TnicaDe acordo com a posio da slaba tnica, os vocbulos da lngua portuguesa que contm duas ou mais slabas so classificados em: Oxtonos: so aqueles cuja slaba tnica a ltima. Exemplos: av, urubu, parabns Paroxtonos: so aqueles cuja slaba tnica a penltima. Exemplos: dcil, suavemente, banana Proparoxtonos: so aqueles cuja slaba tnica a antepenltima. Exemplos: mximo, parbola, ntimo

Saiba que: y ySo palavras oxtonas, entre outras: cateter, mister, Nobel, novel,ruim, sutil, transistor, ureter. So palavras paroxtonas, entre outras: avaro, aziago, bomia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano, filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico, inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia (alguns dicionrios admitem tambm necrpsia),

y y

Normandia, pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido(a). So palavras proparoxtonas, entre outras: aerlito, bvaro, bmano, crisntemo, mprobo, nterim, lvedo, mega, pntano, trnsfuga. As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla tonicidade:acrbata/acrobata, hierglifo/hieroglifo, Ocenia/Oceania, ortopia/ortoepia, projtil/projetil, rptil/reptil, zngo/zango.

MonosslabosLeia em voz alta a frase abaixo: O sol j se ps.

Essa frase formada apenas por monosslabos. possvel verificar que os monosslabos sol, j e ps so pronunciados com maior intensidade que os outros. So tnicos. Possuem acento prprio e, por isso, no precisam apoiar-se nas palavras que os antecedem ou que os seguem. J os monosslabos o e seso tonos, pois so pronunciados fracamente. Por no terem acento prprio, apoiam-se nas palavras que os antecedem ou que os seguem.

Critrios de DistinoMuitas vezes, fazer a distino entre um monosslabo tono e um tnico pode ser complicado. Por isso, observe os critrios a seguir. 1- Modificao da pronncia da vogal final. Nos monosslabos tonos a vogal final se modifica ou pode modificar-se na pronncia. Com os tnicos, no ocorre tal possibilidade. Exemplos: Vou de carro para o meu trabalho. (de = monosslabo tono - possvel a pronncia di nibus.) D um auxlio s pessoas que necessitam. (d = monosslabo tnico - impossvel a pronncia di um auxlio.) 2- Significado isolado do monosslabo O monosslabo tono no tem sentido quando isolado na frase. Veja: Meus amigos j compraram os convites, mas eu no. O monosslabo tnico, mesmo isolado, possui significado. Observe: Existem pessoas muito ms. Nessa frase, o monosslabo possui sentido: ms = ruins. So monosslabos tonos: artigos: o, a, os, as, um, uns

pronomes pessoais oblquos: me, te, se, o, a, os, as, lhe, nos, vos preposies: a, com, de, em, por, sem, sob pronome relativo: que conjunes: e, ou, que, se So monosslabos tnicos: todos aqueles que possuem autonomia na frase. Exemplos: mim, h, seu, lar, etc. Obs.: pode ocorrer que, de acordo com a autonomia fontica, um mesmo monosslabo seja tono numa frase, porm tnico em outra. Exemplos: Que foi? (tono) Voc fez isso por qu? (tnico)

Acentuao GrficaAcento Prosdico e Acento Grfico Todas as palavras de duas ou mais slabas possuem uma slaba tnica, sobre a qual recai o acento prosdico, isto , o acento da fala. Veja: es - per - te - za ca - p - tu - lo tra - zer e - xis - ti - r Dessas quatro palavras, note que apenas duas receberam o acento grfico.Logo, conclui-se que: Acento Prosdico aquele que aparece em todas as palavras que possuem duas ou mais slabas. J o acento grfico se caracteriza por marcar a slaba tnica de algumas palavras. o acento da escrita. Na lngua portuguesa, os acentos grficos empregados so: Acento Agudo ( ): utiliza-se sobre as letras a, i, u e sobre o e da sequncia -em, indicando que essas letras representam as vogais das slabas tnicas. Exemplos: Par, ambguo, sade, vintm Sobre as letras e e o, indica que representam as vogais tnicas com timbre aberto. Exemplos: p, heri

Acento Grave (`): indica as diversas possibilidades de crase da preposio "a" com artigos e pronomes. Exemplos: , s, quele Acento Circunflexo (^): indica que as letras e e o representam vogais tnicas, com timbre fechado. Pode surgir sobre a letra a, que representa a vogal tnica, normalmente diante de m, n ou nh. Exemplos: ms, bbado, vov, tmara, sndalo, cnhamo Til (~): indica que as letras a e o representam vogais nasais. Exemplos: balo, pe

Regras de Acentuao GrficaBaseiam-se na constatao de que, em nossa lngua, as palavras mais numerosas so as paroxtonas, seguidas pelas oxtonas. A maioria das paroxtonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo ou no ser seguidas de "s". Essas paroxtonas, por serem maioria, no so acentuadas graficamente. J asproparoxtonas, por serem pouco numerosas, so sempre acentuadas. Proparoxtonas Slaba tnica: antepenltima As proparoxtonas so todas acentuadas graficamente. Exemplos: trgico, pattico, rvore Paroxtonas Slaba tnica: penltima Acentuam-se as paroxtonas terminadas em: l n r ps x us i, is om, ons um, uns (s), o(s) ditongo oral (seguido ou no de s) fcil plen cadver bceps trax vrus jri, lpis indom, ons lbum, lbuns rf, rfs, rfo, rfos jquei, tneis

Observaes: 1) As paroxtonas terminadas em "n" so acentuadas (hfen), mas as que terminam em "ens", no. (hifens, jovens) 2) No so acentuados os prefixos terminados em "i "e "r". (semi, super) 3) Acentuam-se as paroxtonas terminadas em ditongos crescentes: ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s),io(s). Exemplos: vrzea, mgoa, leo, rgua, frias, tnue, crie, ingnuo, incio

OxtonasSlaba tnica: ltima Acentuam-se as oxtonas terminadas em:

a(s): e(s): o(s): em, ens:

sof, sofs jacar, vocs palet, avs ningum, armazns

MonosslabosOs monosslabos, conforme a intensidade com que se proferem, podem sertnicos ou tonos.

Monosslabos TnicosPossuem autonomia fontica, sendo proferidos fortemente na frase onde aparecem. Acentuam-se os monosslabos tnicos terminados em: a(s): l, c e(s): p, ms o(s): s, p, ns, ps

Monosslabos tonosNo possuem autonomia fontica, sendo proferidos fracamente, como se fossem slabas tonas do vocbulo a que se apoiam. Exemplos: o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que, etc. Observaes: 1) Os monosslabos tonos so palavras vazias de sentido, vindo representados por artigos, pronomes oblquos, elementos de ligao (preposies, conjunes).

2) H monosslabos que so tnicos numa frase e tonos em outras. Exemplos: Voc trouxe sua mochila para qu? (tnico) / Que tem dentro da sua mochila? (tono) H sempre um mas para questionar. (tnico) / Eu sei seu nome, mas no me recordo agora. (tono) Saiba que: Muitos verbos, ao se combinarem com pronomes oblquos, produzem formas oxtonas ou monossilbicas que devem ser acentuadas por acabarem assumindo alguma das terminaes contidas nas regras. Exemplos:

beijar + a = beij-la dar + as = d-las

fez + o = f-lo fazer + o = faz-lo

Acento de InsistnciaSentimentos fortes (emoo, alegria, raiva, medo) ou a simples necessidade de enfatizar uma ideia podem levar o falante a emitir a slaba tnica ou a primeira slaba de certas palavras com uma intensidade e durao alm do normal. Exemplos: Est muuuuito frio hoje! Deve haver equilbrio entre exportao e importao

Regras EspeciaisAlm das regras fundamentais, h um conjunto de regras destinadas a pr em evidncia alguns detalhes sonoros das palavras. Observe:

Ditongos AbertosOs ditongos i, u e i, sempre que tiverem pronncia aberta em palavrasoxtonas (i e no i), so acentuados. Veja: i (s):anis, fiis, papis u (s):trofu, cus i (s): heri, constri, caubis Obs.: os ditongos abertos ocorridos em palavras paroxtonas NO so acentuados. Exemplos: assembleia, boia, colmeia, Coreia, estreia, heroico, ideia, jiboia, joia, paranoia, plateia, etc. Ateno: a palavra destrier acentuada por ser uma paroxtona terminada em "r" (e no por possuir ditongo aberto "i").

HiatosAcentuam-se o "i" e "u" tnicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na slaba ou acompanhados apenas de "s", desde que no sejam seguidos por "-nh". Exemplos:

sa - - da

e - go - s -mo

sa - - de

No se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras:

ju - iz

ra - iz

ru - im

ca - ir

Razo: -i ou -u no esto sozinhos nem acompanhados de -s na slaba.

Observao: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados no por serem hiatos, mas por outras razes. Veja os exemplos abaixo: po--ti-co: proparoxtona bo--mio: paroxtona terminada em ditongo crescente. ja-: oxtona terminada em "o".

Verbos Ter e VirAcentua-se com circunflexo a 3 pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos seus compostos (deter, conter, reter, advir, convir,intervir, etc.). Veja:

Ele tem Ela vem Ele retm Ele intervm

Eles tm Elas vm Eles retm Eles intervm

Obs.: nos verbos compostos de ter e vir, o acento ocorre obrigatoriamente, mesmo no singular. Distingue-se o plural do singular mudando o acento de agudo para circunflexo: ele detm -eles detm ele advm -eles advm.

Acento DiferencialNa lngua escrita, existem dois casos em que os acentos so utilizados para diferenciar palavras homgrafas (de mesma grafia). Veja: a) pde / pode

Pde a forma do pretrito perfeito do indicativo do verbo poder. Pode a forma do presente do indicativo. Exemplos: O ladro pde fugir. O ladro pode fugir. b) pr / por Pr verbo e por preposio. Exemplos: Voc deve pr o livro aqui. No v por a!

Saiba que: Para acentuar as formas verbais com pronome oblquo em nclise (depois do verbo) ou mesclise (no meio do verbo), cada elemento deve ser considerado como uma palavra independente. Observe: jog-lo jog = oxtona terminada em a (portanto, com acento) lo = monosslabo tono (portanto, sem acento)

jog-lo-amos jog = oxtona terminada em a (portanto, com acento) lo = monosslabo tono (portanto, sem acento) amos = proparoxtona (portanto, com acento)

Acento GraveO acento grave usa-se exclusivamente para indicar a crase da preposio"a" com os artigos a, as e com os demonstrativos a, as, aquele(s), aquela(s), aquilo: , s, quele(s), quela(s), quilo. Veja mais sobre este assunto em Sintaxe -> Emprego da Crase.

Ortopia ou OrtoepiaA palavra ortopia se origina da unio dos termos gregos orthos, que significa "correto" e hpos, que significa "palavra". Assim, a ortopia se ocupa da correta produo oral das palavras. Preceitos:

1) A perfeita emisso de vogais e grupos voclicos, enunciando-os com nitidez, sem acrescentar nem omitir ou alterar fonemas, respeitando o timbre (aberto ou fechado) das vogais tnicas, tudo de acordo com as normas da fala culta. 2) A articulao correta e ntida dos fonemas consonantais. 3) A correta e adequada ligao das palavras na frase. Veja a seguir alguns casos frequentes de pronncias corretas e errneas, de acordo com o padro culto da lngua portuguesa no Brasil.

CORRETAS adivinhar advogado apropriado aterrissar bandeja bochecha boteco braguilha bueiro cabeleireiro caranguejo eletricista emagrecer empecilho estupro, estuprador fragrncia frustrado lagartixa lagarto mendigo meteorologia mortadela murchar paraleleppedos pneu prazerosamente

ERRNEAS advinhar adevogado apropiado aterrisar bandeija buchecha buteco barguilha boeiro cabelereiro carangueijo eletrecista esmagrecer impecilho estrupo, estrupador fragncia frustado largatixa largato mendingo metereologia mortandela muchar paraleppedos peneu prazeirosamente

privilgio problemas prprio proprietrio psicologia, psiclogo salsicha sobrancelha superstio verruga

previlgio poblemas ou pobremas prpio propietrio pissicologia, pissiclogo salchicha sombrancelha supertio berruga

Em muitas palavras h incerteza, divergncia quanto ao timbre de vogais tnicas /e/ e /o/. Recomenda-se proferir: Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso, grelha, groselha, ileso, obeso, obsoleto, dolo, inodoro, molho (feixe, conjunto), suor. Com timbre fechado: acervo, cerda, interesse (substantivo), reses, algoz, algozes, crosta, bodas, molho (caldo), poa, torpe.

ProsdiaA prosdia ocupa-se da correta emisso de palavras quanto posio da slaba tnica, segundo as normas da lngua culta. Existe uma srie de vocbulos que, ao serem proferidos, acabam tendo o acento prosdico deslocado. Ao erro prosdico d-se o nome de silabada. Observe os exemplos. 1) So oxtonas:

condor mister

novel Nobel

ureter ruim

2) So paroxtonas:

austero caracteres

ciclope filantropo

Madagscar pudico(d)

recorde rubrica

3) So proparoxtonas:

aerlito alcone

lvedo muncipe

quadrmano trnsfuga

Existem palavras cujo acento prosdico incerto, mesmo na lngua culta. Observe os exemplos a seguir, sabendo que a primeira pronncia dada a mais utilizada na lngua atual.

acrobata - acrbata Blcs - Balcs projtil - projetilOrtografia

rptil - reptil xerox - xrox zango - zngo

A ortografia se caracteriza por estabelecer padres para a forma escrita das palavras. Essa escrita est relacionada tanto a critrios etimolgicos (ligados origem das palavras) quanto fonolgicos (ligados aos fonemas representados). importante compreender que a ortografia fruto de uma conveno. A forma de grafar as palavras produto de acordos ortogrficos que envolvem os diversos pases em que a lngua portuguesa oficial. A melhor maneira de treinar a ortografia ler, escrever e consultar o dicionrio sempre que houver dvida.

O AlfabetoO alfabeto da lngua portuguesa formado por 26 letras. Cada letra apresenta uma forma minscula e outra maiscula. Veja:

a A () b B (b) c C (c) d D (d) e E () f F (efe) g G (g ou gu) h H (ag) i I (i)

j J (jota) s S (esse) k K (c) t T (t) l L (ele) u U (u) m M (eme) v V (v) n N (ene) w W (dblio) o O () x X (xis) p P (p) y Y (psilon) q Q (qu) z Z (z) r R (erre)

Observao: emprega-se tambm o , que representa o fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.

Emprego das letras K, W e YUtilizam-se nos seguintes casos: a) Em antropnimos originrios de outras lnguas e seus derivados. Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista.

b) Em topnimos originrios de outras lnguas e seus derivados. Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. c) Em siglas, smbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional. Exemplos: K (Potssio), W (West), kg (quilograma), km (quilmetro), Watt.

Emprego de X e ChEmprega-se o X: 1) Aps um ditongo. Exemplos: caixa, frouxo, peixe Exceo: recauchutar e seus derivados 2) Aps a slaba inicial "en". Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca Exceo: palavras iniciadas por "ch" que recebem o prefixo "en-" Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) 3) Aps a slaba inicial "me-". Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilho Exceo: mecha 4) Em vocbulos de origem indgena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas. Exemplos: abacaxi, xavante, orix, xar, xerife, xampu 5) Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxal, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, xaxim, xcara, xale, xingar, etc.

Emprega-se o dgrafo Ch: 1) Nos seguintes vocbulos: bochecha, bucha, cachimbo, chal, charque, chimarro, chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau, etc.

Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada correta aquela que ocorre de acordo com a origem da palavra. Veja os exemplos: gesso: Origina-se do grego gypsos jipe: Origina-se do ingls jeep.

Emprega-se o G: 1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem Exceo: pajem

2) Nas palavras terminadas em -gio, -gio, -gio, -gio, -gio Exemplos: estgio, privilgio, prestgio, relgio, refgio

3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso (de vertigem)

4) Nos seguintes vocbulos: algema, auge, bege, estrangeiro, geada, gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem.

Emprega-se o J: 1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear Exemplos: arranjar: arranjo, arranje, arranjem despejar:despejo, despeje, despejem gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando enferrujar: enferruje, enferrujem viajar: viajo, viaje, viajem

2) Nas palavras de origem tupi, africana, rabe ou extica Exemplos: biju, jiboia, canjica, paj, jerico, manjerico, Moji

3) Nas palavras derivadas de outras que j apresentam j Exemplos:

laranja- laranjeira cereja- cerejeira

loja- lojista varejo- varejista

lisonja - lisonjeador rijo- enrijecer

nojo- nojeira jeito- ajeitar

4) Nos seguintes vocbulos: berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, jeito, jejum, laje, traje, pegajento

Emprego das Letras S e ZEmprega-se o S: 1) Nas palavras derivadas de outras que j apresentam s no radical Exemplos:

anlise- analisar casa- casinha, casebre

catlise- catalisador liso- alisar

2) Nos sufixos -s e -esa, ao indicarem nacionalidade, ttulo ou origem Exemplos:

burgus- burguesa chins- chinesa

ingls- inglesa milans- milanesa

3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa Exemplos:

catarinense palmeirense

gostoso- gostosa gasoso- gasosa

amoroso- amorosa teimoso- teimosa

4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa

Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, metamorfose, virose

5) Aps ditongos Exemplos: coisa, pouso, lousa, nusea

6) Nas formas dos verbos pr e querer, bem como em seus derivados Exemplos: pus, ps, pusemos, puseram, pusera, pusesse, pusssemos quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quisssemos repus, repusera, repusesse, repusssemos

7) Nos seguintes nomes prprios personativos: Baltasar, Helosa, Ins, Isabel, Lus, Lusa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Toms

8) Nos seguintes vocbulos: abuso, asilo, atravs, aviso, besouro, brasa, cortesia, deciso,despesa, empresa, freguesia, fusvel, maisena, mesada, paisagem, paraso, psames, prespio, presdio, querosene, raposa, surpresa, tesoura, usura, vaso, vigsimo, visita, etc.

Emprega-se o Z: 1) Nas palavras derivadas de outras que j apresentam z no radical Exemplos:

deslize- deslizar raiz- enraizar

razo- razovel cruz-cruzeiro

vazio- esvaziar

2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de adjetivos

Exemplos:

invlidoinvalidez frio- frieza

limpo-limpeza

macio- maciez rgido- rigidez surdo- surdez

nobre- nobreza pobre-pobreza

3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -izao, ao formar substantivos Exemplos:

civilizar- civilizao colonizar- colonizao

hospitalizar- hospitalizao realizar- realizao

4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cozito, avezita

5) Nos seguintes vocbulos: azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, catequizar, chafariz, cicatriz, coalizo, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz, etc.

6) Nos vocbulos homfonos, estabelecendo distino no contraste entre o S e o Z Exemplos: cozer (cozinhar) e coser (costurar) prezar( ter em considerao) e presar (prender) traz (forma do verbo trazer) e trs (parte posterior)

Obsevao: em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os exemplos:

exame

exato

exausto

exemplo

existir

extico

inexorvel

Emprego de S, , X e dos Dgrafos Sc, S, Ss, Xc, Xs

Existem diversas formas para a representao do fonema /S/. Observe: Emprega-se o S: Nos substantivos derivados de verbos terminados em "andir","ender", "verter" e "pelir" Exemplos:

expandir- expanso pretender- pretenso verter- verso suspenderconverter estender- extenso suspenso converso

expelir-expulso repelir-repulso

Emprega-se : Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer" Exemplos:

ater- ateno deter- deteno manter- manuteno

torcer- toro distorcer-distoro contorcer- contoro

Emprega-se o X: Em alguns casos, a letra X soa como Ss Exemplos: auxlio, expectativa, experto, extroverso, sexta, sintaxe, texto, trouxe

Emprega-se Sc: Nos termos eruditos Exemplos: acrscimo, ascensorista, conscincia, descender, discente, fascculo, fascnio, imprescindvel, miscigenao, miscvel, plebiscito, resciso, seiscentos, transcender, etc.

Emprega-se S: Na conjugao de alguns verbos

Exemplos: nascer- naso, nasa crescer- creso, cresa descer- deso, desa

Emprega-se Ss: Nos substantivos derivados de verbos terminados em "gredir", "mitir", "ceder" e "cutir" Exemplos:

agredir- agresso progredirprogressoEmprega-se o Xc e o Xs: Em dgrafos que soam como Ss Exemplos:

demitir- demisso transmitirtransmisso

ceder- cesso exceder- excesso

discutir- discusso repercutirrepercusso

exceo, excntrico, excedente, excepcional, exsudar

Observaes sobre o uso da letra X1) O X pode representar os seguintes fonemas: /ch/ - xarope, vexame /cs/ - axila, nexo /z/ - exame, exlio /ss/ - mximo, prximo /s/ - texto, extenso 2) No soa nos grupos internos -xce- e -xciExemplos: excelente, excitar

Emprego das letras E e INa lngua falada, a distino entre as vogais tonas /e/ e /i / pode no ser ntida.Observe: Emprega-se o E:

1) Em slabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar Exemplos: magoar - magoe, magoes continuar- continue, continues 2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior) Exemplos: antebrao, antecipar 3) Nos seguintes vocbulos: cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orqudea, etc.

Emprega-se o I : 1) Em slabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir Exemplos: cair- cai doer- di influir- influi 2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra) Exemplos: Anticristo, antitetnico 3) Nos seguintes vocbulos: aborgine, artimanha, chefiar, digladiar, penicilina, privilgio, etc.

Emprego das letras O e UEmprega-se o O/U: A oposio o/u responsvel pela diferena de significado de algumas palavras. Veja os exemplos: comprimento (extenso) e cumprimento (saudao, realizao) soar (emitir som) e suar (transpirar) Grafam-se com a letra O: bolacha, bssola, costume, moleque. Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tbua

Emprego da letra HEsta letra, em incio ou fim de palavras, no tem valor fontico. Conservou-se apenas como smbolo, por fora da etimologia e da tradio escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua origem na forma latinahodie. Emprega-se o H: 1) Inicial, quando etimolgico Exemplos: hbito, hesitar, homologar, Horcio 2) Medial, como integrante dos dgrafos ch, lh, nh Exemplos: flecha, telha, companhia 3) Final e inicial, em certas interjeies Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum!, etc. 4) Em compostos unidos por hfen, no incio do segundo elemento, se etimolgico Exemplos: anti-higinico, pr-histrico, super-homem, etc.

Observaes: 1) No substantivo Bahia, o "h" sobrevive por tradio. Note que nos substantivos derivados como baiano, baianada ou baianinha ele no utilizado. 2) Os vocbulos erva, Espanha e inverno no possuem a letra "h" na sua composio. No entanto, seus derivados eruditos sempre so grafados com h. Veja: herbvoro, hispnico, hibernal.

Emprego das Iniciais Maisculas e Minsculas1) Utiliza-se inicial maiscula: a) No comeo de um perodo, verso ou citao direta. Exemplos: Disse o Padre Antonio Vieira: "Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda que seja no inferno, estar no Paraso." "Auriverde pendo de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balana, Estandarte que luz do sol encerra As promessas divinas da Esperana" (Castro Alves)

Observaes: - No incio dos versos que no abrem perodo, facultativo o uso da letra maiscula. Por Exemplo: "Aqui, sim, no meu cantinho, vendo rir-me o candeeiro, gozo o bem de estar sozinho e esquecer o mundo inteiro." - Depois de dois pontos, no se tratando de citao direta, usa-se letraminscula. Por Exemplo: "Chegam os magos do Oriente, com suas ddivas: ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira) b) Nos antropnimos, reais ou fictcios. Exemplos: Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. c) Nos topnimos, reais ou fictcios. Exemplos: Rio de Janeiro, Rssia, Macondo. d) Nos nomes mitolgicos. Exemplos: Dionsio, Netuno. e) Nos nomes de festas e festividades. Exemplos: Natal, Pscoa, Ramad. f) Em siglas, smbolos ou abreviaturas internacionais. Exemplos: ONU, Sr., V. Ex.. g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, polticos ou nacionalistas. Exemplos: Igreja (Catlica, Apostlica, Romana), Estado, Nao, Ptria, Unio, etc. Observao: esses nomes escrevem-se com inicial minscula quando so empregados em sentido geral ou indeterminado. Exemplo: Todos amam sua ptria. Emprego FACULTATIVO de letra maiscula:

a) Nos nomes de logradouros pblicos, templos e edifcios. Exemplos: Rua da Liberdade ou rua da Liberdade Igreja do Rosrio ou igreja do Rosrio Edifcio Azevedo ou edifcio Azevedo 2) Utiliza-se inicial minscula: a) Em todos os vocbulos da lngua, nos usos correntes. Exemplos: carro, flor, boneca, menino, porta, etc. b) Nos nomes de meses, estaes do ano e dias da semana. Exemplos: janeiro, julho, dezembro, etc. segunda, sexta, domingo, etc. primavera, vero, outono, inverno c) Nos pontos cardeais. Exemplos: Percorri o pas de norte a sul e de leste a oeste. Estes so os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste. Observao: quando empregados em sua forma absoluta, os pontos cardeais so grafados com letra maiscula. Exemplos: Nordeste (regio do Brasil) Ocidente (europeu) Oriente (asitico) Lembre-se: Depois de dois-pontos, no se tratando de citao direta, usa-se letra minscula. Exemplo: "Chegam os magos do Oriente, com suas ddivas:ouro, incenso, mirra." (Manuel Bandeira)

Emprego FACULTATIVO de letra minscula: a) Nos vocbulos que compem uma citao bibliogrfica. Exemplos: Crime e Castigo ou Crime e castigo Grande Serto: Veredas ou Grande serto: veredas Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido

b) Nas formas de tratamento e reverncia, bem como em nomes sagrados e que designam crenas religiosas. Exemplos: Governador Mrio Covas ou governador Mrio Covas Papa Joo Paulo II ou papa Joo Paulo II Excelentssimo Senhor Reitor ou excelentssimo senhor reitor Santa Maria ou santa Maria. c) Nos nomes que designam domnios de saber, cursos e disciplinas. Exemplos: Portugus ou portugus Lnguas e Literaturas Modernas ou lnguas e literaturas modernas Histria do Brasil ou histria do Brasil Arquitetura ou arquitetura

Notaes LxicasPara representar os fonemas, muitas vezes h necessidade de recorrer a sinais grficos denominados notaes lxicas. Emprego do Til Til ( ~ ) O til sobrepe-se sobre as letras a e o para indicar vogal nasal. Pode aparecer em slaba: Tnica: balo, coraes, ma Pretnica: balezinhos, gr-fino tona: rgo, benos

Outros Exemplos: Capites, limo, mamo, bobo, choro, devoes, pem, etc. Observao: Se a slaba onde figura o til for tona, acentua-se graficamente a slaba predominante. Por Exemplo: rfos, acrdo Emprego do Apstrofo Apstrofo ( ) O uso deste sinal grfico pode: a) Indicar a supresso de uma vogal nos versos, por exigncias mtricas. Ocorre principalmente entre poetas portugueses

Exemplos: esprana (esperana) minh'alma (minha alma) 'stamos (estamos) b) Reproduzir certas pronncias populares Exemplos: Olh'ele a...(Guimares Rosa) No s'enxerga, enxerido! (Peregrino Jr.) c) Indicar a supresso da vogal da preposio de em certas palavras compostas Exemplos: copo dgua, estrela d'alva, caixa d'gua

Emprego dos Porqus POR QUEA forma por que a sequncia de uma preposio (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual razo", "por qual motivo": Exemplos: Desejo saber por que voc voltou to tarde para casa. Por que voc comprou este casaco? H casos em que por que representa a sequncia preposio + pronome relativo, equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexes (pela qual, pelos quais, pelas quais). Exemplos: Estes so os direitos por que estamos lutando. O tnel por que passamos existe h muitos anos.

POR QUCaso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogao, de exclamao) ou de reticncias, a sequncia deve ser grafada por qu, pois, devido posio na frase, o monosslabo "que"passa a ser tnico. Exemplos: Estudei bastante ontem noite. Sabe por qu? Ser deselegante se voc perguntar novamente por qu!

PORQUEA forma porque uma conjuno, equivalendo a pois, j que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicao ou causa.

Exemplos: Vou ao supermercado porque no temos mais frutas. Voc veio at aqui porque no conseguiu telefonar?

PORQUA forma porqu representa um substantivo. Significa "causa", "razo", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo). Exemplos: No consigo entender o porqu de sua ausncia. Existem muitos porqus para justificar esta atitude. Voc no vai festa? Diga-me ao menos um porqu. Veja abaixo o quadro-resumo: Forma Emprego Em frases interrogativas (diretas e indiretas) Por que Em substituio expresso "pelo qual" (e suas variaes) No final de frases Em frases afirmativas e em respostas Como substantivo Exemplos Por que ele chorou? (interrogativa direta) Digam-me por que ele chorou. (interrogativa indireta) Os bairros por que passamos eram sujos.(por que = pelos quais) Eles esto revoltados por qu? Ele no veio no sei por qu. No fui festa porque choveu. Todos sabem o porqu de seu medo.

Por qu Porque Porqu

Emprego do HfenO hfen usado com vrios fins em nossa ortografia, geralmente, sugerindo a ideia de unio semntica. As regras de emprego do hfen so muitas, o que faz com que algumas dvidas s possam ser solucionadas com o auxlio de um bom dicionrio. Entretanto, possvel reduzir a quantidade de dvidas sobre o seu uso, ao observarmos algumas orientaes bsicas. Conhea os casos de emprego do hfen (-): 1) Na separao de slabas. Exemplos: vo-v; ps-sa-ro; U-ru-guai. 2) Para ligar pronomes oblquos tonos a verbos e palavra "eis". Exemplos:

deixa-o; obedecer-lhe; chamar-se- (mesclise); mostre-se-lhe (dois pronomes relacionados ao mesmo verbo); ei-lo. 3) Em substantivos compostos, cujos elementos conservam sua autonomia fontica e acentuao prpria, mas perdem sua significao individual para construir uma unidade semntica, um conceito nico. Exemplos: Amor-perfeito, arco-ris, conta-gotas, decreto-lei, guarda-chuva, guarda-noturno, mdico-cirurgio, norteamericano, etc. Obs.: certos compostos, em relao aos quais se perdeu, em certa medida, a noo de composio, grafam-se sem hfen: girassol, madressilva, mandachuva, pontap, paraquedas, paraquedista, etc. 4) Em compostos nos quais o primeiro elemento numeral. Exemplos: primeira-dama, primeiro-ministro, segundo-tenente, segunda-feira, quinta-feira, etc. 5) Em compostos homogneos (contendo dois adjetivos, dois verbos ou elementos repetidos). Exemplos: tcnico-cientfico, luso-brasileiro; quebra-quebra, corre-corre, reco-reco, bl-bl-bl, etc. 6) Nos topnimos compostos iniciados pelos adjetivos gr, gro, ou porforma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigos. Exemplos: Gr- Bretanha, Gro -Par; Passa-Quatro, Quebra-Costas, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; Albergaria-a-Velha, Baa de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, Montemor-o-Novo, Trs-os-Montes. Obs.: os outros topnimos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem hfen: Amrica do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, etc. O topnimo Guin-Bissau , contudo, uma exceo consagrada pelo uso. 7) Emprega-se o hfen nas palavras compostas que designam espcies botnicas e zoolgicas, estejam ou no ligadas por preposio ou qualquer outro elemento. Exemplos: couve-flor, erva-doce, feijo-verde, erva-do-ch, ervilha-de-cheiro, bem-me-quer (planta), andorinha-grande, formiga-branca, cobra-d'gua, lesma-de-conchinha, bem-te-vi, etc. Obs.: no se usa o hfen quando os compostos que designam espcies botnicas e zoolgicas so empregados fora de seu sentido original. Observe a diferena de sentido: bico-de-papagaio (espcie de planta ornamental, com hfen) e bico de papagaio (deformao nas vrtebras, sem hfen).

8) Emprega-se o hfen nos compostos com os elementos alm, aqum, recm e sem. Exemplos: alm-mar, aqum-fontreiras, recm-nascido, sem-vergonha. 9) Usa-se o hfen sempre que o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia a outra palavra. Exemplos: anti-inflacionrio, inter-regional, sub-bibliotecrio, tele-entrega, etc. 10) Emprega-se hfen (e no travesso) entre elementos que formam no uma palavra, mas um encadeamento vocabular: Exemplos: A divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade; A ponte Rio-Niteri; A ligao Angola-Moambique; A relao professor-aluno. 11) Nas formaes por sufixao ser empregado o hfen nos vocbulos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, tais como -au, -guau e -mirim, se o primeiro elemento acabar em vogal acentuada graficamente, ou por tnica nasal. Exemplos: And-au, capim-au, sabi-guau, arum-mirim, caj-mirim, etc. 12) Usa-se hfen com o elemento mal antes de vogal, h ou l. Exemplos: mal-acabado, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo.

13) Nas locues no se costuma empregar o hfen, salvo naquelas j consagradas pelo uso. Exemplos: caf com leite, co de guarda, dia a dia, fim de semana, ponto e vrgula, tomara que caia. Locues consagradas: gua-de-colnia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, p-de-meia, ao deus-dar, queima-roupa.

Prefixos e Elementos de ComposioUsa-se o hfen com diversos prefixos e elementos de composio. Veja o quadro a seguir: Usa-se hfen com os prefixos: Ante-, Anti-, Contra-, Entre-, Extra-, Infra-, Intra-, Quando a palavra seguinte comea por: H / VOGAL IDNTICA QUE TERMINA O PREFIXO

Sobre-, Supra-, UltraExemplos com H: ante-hipfise, anti-higinico, anti-heri, contra-hospitalar, entre-hostil, extra-humano, infraheptico, sobre-humano, supra-heptico, ultrahiperblico. Exemplos com vogal idntica: anti-inflamatrio, contraataque, infra-axilar, sobre-estimar, supra-auricular, ultraaquecido. H/R Hiper-, Inter-, SuperExemplos: hiper-hidrose, hiper-raivoso,inter-humano, inter-racial, super-homem, super-resistente. B-H-R SubExemplos: sub-bloco, sub-heptico, sub-humano, subregio. Obs.: as formas escritas sem hfen e sem "h", como por exemplo "subumano" e "subeptico" tambm so aceitas. B-D-R Ab-, Ad-, Ob-, SobExemplos: ab-rogar (pr em desuso), ad-digital, ad-rogar (adotar), ob-reptcio (astucioso), sob-roda.

DIANTE DE QUALQUER PALAVRA Ex- (no sentido de estado anterior), Sota-, Soto-, Vice-, VizoExemplos: ex-namorada, sota-soberania (no total), sotomestre (substituto), vice-reitor, vizo-rei. DIANTE DE QUALQUER PALAVRA Ps-, Pr-, Pr- (tnicos e com significados prprios) Exemplos: ps-graduao, pr-escolar, pr-democracia. Obs.: se os prefixos no forem autnomos, no haver hfen. Exemplos: predeterminado, pressupor, pospor, propor. H / M / N / VOGAL Circum-, PanExemplos: circum-meridiano, circum-navegao, circumoral, pan-americano, pan-mgico, pan-negritude.

H / VOGAL IDNTICA QUE TERMINA O PREFIXO Pseudoprefixos (diferem-se dos prefixos por apresentarem elevado grau de independncia e possurem uma significao mais ou menos Exemplos com H: geo-histrico, mini-hospital, neodelimitada, presente conscincia dos falantes.) helnico, proto-histria, semi-hospitalar. Aero-, Agro-, Arqui-, Auto-, Bio-, Eletro-, Geo-, Exemplos com vogal idntica: arqui-inimigo, autoHidro-, Macro-, Maxi-, Mega, Micro-, Mini-, Multi-, observao, eletro-tica, micro-ondas micro-nibus, neoNeo-, Pluri-, Proto-, Pseudo-, Retro-, Semi-, Tele- ortodoxia, semi-interno, tele-educao. Importante

1) No se utilizar o hfen em palavras iniciadas pelo prefixo co-. Ele ir se juntar ao segundo elemento, mesmo que este se inicie por 'o' ou 'h'. Neste ltimo caso, corta-se o 'h'. Se a palavra seguinte comear com 'r' ou 's', dobram-se essas letras. Exemplos: coadminsitrar, coautor, coexistncia, cooptar, coerdeiro corresponsvel, cosseno. 2) Com os prefixos pre- e re- no se utilizar o hfen, mesmo diante de palavras comeadas por 'e'. Exemplos: preeleger, preexistncia, reescrever, reedio. 3) Nas formaes em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo elemento comear por r ou s, estas consoantes sero duplicadas e no se utilizar o hfen. Exemplos: antirreligioso, antissemita, arquirrivalidade, autorretrato, contrarregra, contrassenso, extrasseco, infrassom, eletrossiderurgia, neorrealismo, etc. Ateno: No confunda as grafias das palavras autorretrato e porta-retrato. A primeira composta pelo prefixo auto-, o que justifica a ausncia do hfen e a duplicao da consoante 'r'. 'Porta-retrato', por outro lado, no possui prefixo: o elemento 'porta' trata-se de uma forma do verbo "portar". Assim, esse substantivo composto deve ser sempre grafado com hfen. 4) Nas formaes em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal e o segundo elemento comear por vogal diferente, no se utilizar o hfen. Exemplos: antiareo, autoajuda, autoestrada, agroindustrial, contraindicao, infraestrutura, intraocular, plurianual, pseudoartista, semiembriagado, ultraelevado, etc. 5) No se utilizar o hfen nas formaes com os prefixos des- e in-, nas quais o segundo elemento tiver perdido o "h" inicial. Exemplos: desarmonia, desumano, desumidificar, inbil, inumano, etc. 6) No se utilizar o hfen com a palavra no, ao possuir funo prefixal. Exemplos: no violncia, no agresso, no comparecimento. Lembre-se: No se utiliza o hfen em palavras que possuem os elementos "bi", "tri", "tetra", "penta", "hexa", etc. Exemplos:

bicampeo, bimensal, bimestral, bienal, tridimensional, trimestral, trinio, tetracampeo, tetraplgico, pentacampeo, pentgono, etc. Observaes: - Em relao ao prefixo "hidro", em alguns casos pode haver duas formas de grafia. Exemplos: "Hidroavio" e "hidravio"; "hidroenergia" e "hidrenergia" - No caso do elemento "socio", o hfen ser utilizado apenas quando houver funo de substantivo (= de associado). Exemplos: scio-gerente / socioeconmico

Saiba Mais sobre o Uso do Hfen- Travesso e Hfen No confunda o travesso com o hfen: o travesso um sinal de pontuao mais longo do que o hfen. - Hfen e translineao Havendo coincidncia de fim de linha com o hfen, deve-se, por clareza grfica, repeti-lo no incio da linha seguinte. Exemplos: ex- alferes guarda-chuva Por favor, diga-nos logo o que aconteceu.

Conhea algumas diferenas de significao que o uso (ou ausncia) do hfen pode provocar:

Significado sem uso do hfen

Significado com uso do hfen

Ao meio-dia = s 12h

Meio dia = metade do dia

Po duro = po envelhecido Po-duro = sovina

Cara suja = rosto sujo

Cara-suja = espcie de periquito

Copo de leite = copo com leite

Copo-de-leite = flor

Sinais de Pontuao

Os sinais de pontuao so recursos grficos prprios da linguagem escrita. Embora no consigam reproduzir toda a riqueza meldica da linguagem oral, eles estruturam os textos e procuram estabelecer as pausas e as entonaes da fala. Basicamente, tm como finalidade: 1) Assinalar as pausas e as inflexes de voz (entoao) na leitura;

2) Separar palavras, expresses e oraes que devem ser destacadas; 3) Esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiguidade. Veja a seguir os sinais de pontuao mais comuns, responsveis por dar escrita maior clareza e simplicidade.

Vrgula ( , )A vrgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso espera da continuao do perodo. Geralmente usada: - nas datas, para separar o nome da localidade. Por Exemplo: So Paulo, 25 de agosto de 2005. - aps o uso dos advrbios "sim" ou "no", usados como resposta, no incio da frase. Por Exemplo: Voc gostou do vestido? Sim, eu adorei! Pretende us-lo hoje? No, no final de semana. - aps a saudao em correspondncia (social e comercial). Exemplos: Com muito amor, Respeitosamente, - para separar termos de uma mesma funo sinttica. Por Exemplo: A casa tem trs quartos, dois banheiros, trs salas e um quintal. Obs.: a conjuno "e" substitui a vrgula entre o ltimo e o penltimo termo. - para destacar elementos intercalados, como: a) uma conjuno Por Exemplo: Estudamos bastante, logo, merecemos frias! b) um adjunto adverbial Por Exemplo: Estas crianas, com certeza, sero aprovadas.

Obs.: a rigor, no necessrio separar por vrgula o advrbio e a locuo adverbial, principalmente quando de pequeno corpo, a no ser que a nfase o exija. c) um vocativo Por Exemplo: Apressemo-nos, Lucas, pois no quero chegar atrasado. d) um aposto Por Exemplo: Juliana, a aluna destaque, passou no vestibular. e) uma expresso explicativa (isto , a saber, por exemplo, ou melhor, ou antes, etc.) Por Exemplo: O amor, isto , o mais forte e sublime dos sentimentos humanos, tem seu princpio em Deus. - para separar termos deslocados de sua posio normal na frase. Por Exemplo: O documento de identidade, voc trouxe? - para separar elementos paralelos de um provrbio. Por Exemplo: Tal pai, tal filho. - para destacar os pleonasmos antecipados ao verbo. Por Exemplo: As flores, eu as recebi hoje. - para indicar a elipse de um termo. Por Exemplo: Daniel ficou alegre; eu, triste. - para isolar elementos repetidos. Exemplos:

A casa, a casa est destruda. Esto todos cansados, cansados de dar d!

- para separar oraes intercaladas. Por Exemplo: O importante, insistiam os pais, era a segurana da escola. - para separar oraes coordenadas assindticas. Por Exemplo: O tempo no para no porto, no apita na curva, no espera ningum. - para separar oraes coordenadas adversativas, conclusivas, explicativas e algumas oraes alternativas. Exemplos: Esforou-se muito, porm no conseguiu o prmio. V devagar, que o caminho perigoso. Estuda muito, pois ser recompensado. As pessoas ora danavam, ora ouviam msica. ATENO Embora a conjuno "e" seja aditiva, h trs casos em que se usa a vrgula antes de sua ocorrncia: 1) Quando as oraes coordenadas tiverem sujeitos diferentes. Por Exemplo:

O homem vendeu o carro, e a mulherprotestou.Neste caso, "O homem" sujeito de "vendeu", e "A mulher" sujeito de "protestou". 2) Quando a conjuno "e" vier repetida com a finalidade de dar nfase (polissndeto). Por Exemplo:

E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.3) Quando a conjuno "e" assumir valores distintos que no seja da adio (adversidade, consequncia, por exemplo) Por Exemplo:

Coitada! Estudou muito, e ainda assim no foi aprovada.- para separar oraes subordinadas substantivas e adverbiais, sobretudo quando vm antes da principal. Por Exemplo:

Quem inventou a fofoca, todos queriam descobrir. Quando voltei, lembrei que precisava estudar para a prova. - para isolar as oraes subordinadas adjetivas explicativas. Por Exemplo: A incrvel professora, que ainda estava na faculdade, dominava todo o contedo.

Ponto e vrgula ( ; )O ponto e vrgula indica uma pausa maior que a vrgula e menor que o ponto. Quanto melodia da frase, indica um tom ligeiramente descendente, mas capaz de assinalar que o perodo no terminou. Emprega-se nos seguintes casos: - para separar oraes coordenadas no unidas por conjuno, que guardem relao entre si. Por Exemplo: O rio est poludo; os peixes esto mortos. - para separar oraes coordenadas, quando pelo menos uma delas j possui elementos separados por vrgula. Por Exemplo: O resultado final foi o seguinte: dez professores votaram a favor do acordo; nove, contra. - para separar itens de uma enumerao. Por Exemplo: No parque de diverses, as crianas encontram: brinquedos; bales; pipoca. - para alongar a pausa de conjunes adversativas (mas, porm, contudo, todavia, entretanto, etc.) , substituindo, assim, a vrgula. Por Exemplo: Gostaria de v-lo hoje; todavia, s o verei amanh. - para separar oraes coordenadas adversativas quando a conjuno aparecer no meio da orao. Por Exemplo: Esperava encontrar todos os produtos no supermercado; obtive, porm, apenas alguns.

Dois-pontos ( : )O uso de dois-pontos marca uma sensvel suspenso da voz numa frase no concluda. Emprega-se, geralmente:

- para anunciar a fala de personagens nas histrias de fico. Por Exemplo: "Ouvindo passos no corredor, abaixei a voz : Podemos avisar sua tia, no?" (Graciliano Ramos) - para anunciar uma citao. Por Exemplo: Bem diz o ditado: gua mole em pedra dura, tanto bate at que fura. Lembrando um poema de Vincius de Moraes: "Tristeza no tem fim, Felicidade sim." - para anunciar uma enumerao. Por Exemplo: Os convidados da festa que j chegaram so: Jlia, Renata, Paulo e Marcos. - antes de oraes apositivas. Por Exemplo: S aceito com uma condio: Irs ao cinema comigo. - para indicar um esclarecimento, resultado ou resumo do que se disse. Exemplos: Marcelo era assim mesmo: No tolerava ofensas. Resultado: Corri muito, mas no alcancei o ladro. Em resumo: Montei um negcio e hoje estou rico. Obs.: os dois-pontos costumam ser usados na introduo de exemplos, notas ou observaes. Veja: Parnimos so vocbulos diferentes na significao e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso, etc. Nota: a preposio "per", considerada arcaica, somente usada na frase "de per si " (= cada um por sua vez, isoladamente). Observao: na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advrbios: cedinho, melhorzinho, etc. - na invocao das correspondncias. Por Exemplo: Prezados Senhores: Convidamos a todos para a reunio deste ms, que ser realizada dia 30 de julho, no auditrio da

empresa. Atenciosamente, A Direo

Ponto Final ( . )O ponto final representa a pausa mxima da voz. A melodia da frase indica que o tom descendente. Emprega-se, principalmente: - para fechar o perodo de frases declarativas e imperativas. Exemplos: Contei ao meu namorado o que eu estava sentindo. Faam o favor de prestar ateno naquilo que irei falar. - nas abreviaturas. Exemplos: Sr. (Senhor) Cia. (Companhia) Saiba que: Pontuao nos ttulos e cabealhos Todos os cabealhos e ttulos so encerrados por pontos finais. No h uniformidade quando ao uso desta pontuao, mas de bom tom seguir o que determina a ortografia oficial vigente. Muitas pessoas consideram mais esttico no pontuar ttulos. Em jornalismo, por exemplo, no se usa a pontuao de titulao.

Ponto de Interrogao ( ? )O ponto de interrogao usado ao final de qualquer interrogao direta, ainda que a pergunta no exija resposta. A entoao ocorre de forma ascendente. Exemplos: Onde voc comprou este computador? Quais seriam as causas de tantas discusses? Por que no me avisaram? Obs.: no se usa ponto interrogativo nas perguntas indiretas. Por Exemplo: Perguntei quem era aquela criana. Note que: 1) O ponto de interrogao pode aparecer ao final de uma pergunta intercalada, entre parnteses. Por Exemplo:

Trabalhar em equipe (quem o contesta?) a melhor forma para atingir os resultados esperados.2) O ponto de interrogao pode realizar combinao com o ponto admirativo. Por Exemplo:

Eu?! Que ideia!Ponto de Exclamao ( ! )O ponto de exclamao utilizado aps as interjeies, frases exclamativas e imperativas. Pode exprimir surpresa, espanto, susto, indignao, piedade, ordem, splica, etc. Possui entoao descendente. Exemplos: "Como as mulheres so lindas!" (Manuel Bandeira) Pare, por favor! Ah! que pena que ele no veio... Obs.: o ponto de exclamao substitui o uso da vrgula de um vocativo enftico. Por Exemplo: Ana! venha at aqui!

Reticncias ( ... )As reticncias marcam uma suspenso da frase, devido, muitas vezes a elementos de natureza emocional. Empregam-se: - para indicar continuidade de uma ao ou fato. Por Exemplo: O tempo passa... - para indicar suspenso ou interrupo do pensamento. Por Exemplo: Vim at aqui achando que... - para representar, na escrita, hesitaes comuns na lngua falada. Exemplos: "Vamos ns jantar amanh? Vamos...No...Pois vamos." No quero sobremesa...porque...porque no estou com vontade. - para realar uma palavra ou expresso.

Por Exemplo: No h motivo para tanto...mistrio. - para realizar citaes incompletas. Por Exemplo: O professor pediu que considerssemos esta passagem do hino brasileiro: "Deitado eternamente em bero esplndido..." - para deixar o sentido da frase em aberto, permitindo uma interpretao pessoal do leitor. Por Exemplo: "Estou certo, disse ele, piscando o olho, que dentro de um ano a vocao eclesistica do nosso Bentinho se manifesta clara e decisiva. H de dar um padre de mo-cheia. Tambm, se no vier em um ano..." (Machado de Assis) Saiba que As reticncias e o ponto de exclamao, sinais grficos subjetivos de grande poder de sugesto e ricos em matizes meldicos, so timos auxiliares da linguagem afetiva e potica. Seu uso, porm, antes arbitrrio, pois depende do estado emotivo do escritor.

Parnteses ( ( ) )Os parnteses tm a funo de intercalar no texto qualquer indicao que, embora no pertena propriamente ao discurso, possa esclarecer o assunto. Empregam-se: - para separar qualquer indicao de ordem explicativa, comentrio ou reflexo. Por Exemplo: Zeugma uma figura de linguagem que consiste na omisso de um termo (geralmente um verbo) que j apareceu anteriormente na frase. - para incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicao, pgina etc.) Por Exemplo: " O homem nasceu livre, e em toda parte se encontra sob ferros" (Jean- Jacques Rousseau, Do Contrato Social e outros escritos. So Paulo, Cultrix, 1968.) - para isolar oraes intercaladas com verbos declarativos, em substituio vrgula e aos travesses. Por Exemplo: Afirma-se (no se prova) que muito comum o recebimento de propina para que os carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas. - para delimitar o perodo de vida de uma pessoa. Por Exemplo:

Carlos Drummond de Andrade (1902 1986). - para indicar possibilidades alternativas de leitura. Por Exemplo: Prezado(a) usurio(a). - para indicar marcaes cnicas numa pea de teatro. Por Exemplo: Abelardo I - Que fim levou o americano? Joo - Decerto caiu no copo de usque! Abelardo I - Vou salv-lo. At j! (sai pela direita) (Oswald de Andrade) Obs.: num texto, havendo necessidade de utilizar alneas, estas podem ser ordenadas alfabeticamente por letras minsculas, seguidas de parnteses (Note que neste caso as alneas, exceto a ltima, terminam com ponto e vrgula). Por Exemplo: No Brasil existem mulheres: a) morenas; b) loiras; c) ruivas. Os Parnteses e a Pontuao Veja estas observaes: 1) As frases contidas dentro dos parnteses no costumam ser muito longas, mas devem manter pontuao prpria, alm da pontuao normal do texto. 2) O sinal de pontuao pode ficar interno aos parnteses ou externo, conforme o caso. Fica interno quando h uma frase completa contida nos parnteses. Exemplos: Eu suponho (E tudo leva a crer que sim.) que o caso est encerrado. Vamos confiar (Por que no?) que cumpriremos a meta. Se o enunciado contido entre parnteses no for uma frase completa, o sinal de pontuao ficar externo. Por Exemplo: O rali comeou em Lisboa (Portugal) e terminou em Dacar (Senegal).

3) Antes do parntese no se utilizam sinais de pontuao, exceto o ponto. Quando qualquer sinal de pontuao coincidir com o parntese de abertura, deve-se optar por coloc-lo aps o parntese de fecho.

Travesso ( )O travesso um trao maior que o hfen e costuma ser empregado: - no discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudana de interlocutor nos dilogos. Por Exemplo: O que isso, me? o seu presente de aniversrio, minha filha. - para separar expresses ou frases explicativas, intercaladas. Por Exemplo: "E logo me apresentou mulher, uma estimvel senhora e filha." (Machado de Assis) - para destacar algum elemento no interior da frase, servindo muitas vezes para realar o aposto. Por Exemplo: "Junto do leito meus poetas dormem O Dante, a Bblia, Shakespeare e Byron Na mesa confundidos." (lvares de Azevedo) - para substituir o uso de parnteses, vrgulas e dois-pontos, em alguns casos.

Por Exemplo: "Cruel, obscena, egosta, imoral, indmita, eternamente selvagem, a arte a superioridade humana acima dos preceitos que se combatem, acima das religies que passam, acima da cincia que se corrige; embriaga como a orgia e como o xtase." (Raul Pompeia)

Aspas ( " " )As aspas tm como funo destacar uma parte do texto. So empregadas: - antes e depois de citaes ou transcries textuais. Por Exemplo: Como disse Machado de Assis: "A melhor definio do amor no vale um beijo de moa namorada." - para representar nomes de livros ou legendas.

Por Exemplo: Cames escreveu "Os Lusadas" no sculo XVI. Obs.: para realar ttulos de livros, revistas, jornais, filmes, etc. tambm podemos grifar as palavras, conforme o exemplo: Ontem assisti ao filme Central do Brasil. - para assinalar estrangeirismos, neologismos, grias, expresses populares, ironia. Exemplos: O "lobby" para que se mantenha a autorizao de importao de pneus usados no Brasil est cada vez mais descarado.(Veja) Com a chegada da polcia, os trs suspeitos "se mandaram" rapidamente. Que "maravilha": Felipe tirou zero na prova! - para realar uma palavra ou expresso. Exemplos: Mariana reagiu impulsivamente e lhe deu um "no". Quem foi o "inteligente" que fez isso? Obs.: em trechos que j estiverem entre aspas, se necessrio us-las novamente, empregam-se aspas simples. Por Exemplo: "Tinha-me lembrado da definio que Jos Dias dera deles, 'olhos de cigana oblqua e dissimulada'. Eu no sabia o que era oblqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar." (Machado de Assis)

Colchetes ( [ ] )Os colchetes tm a mesma finalidade que os parnteses; todavia, seu uso se restringe aos escritos de cunho didtico, filolgico, cientfico. Pode ser empregado: - em definies do dicionrio, para fazer referncia etimologia da palavra. Por Exemplo: amor- (). [Do lat. amore.] 1. Sentimento que predispe algum a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa: amor ao prximo; amor ao patrimnio artstico de sua terra.(Novo Dicionrio Aurlio) - para intercalar palavras ou smbolos no pertencentes ao texto. Por Exemplo: Em Aruba se fala o espanhol, o ingls, o holands e o papiamento. Aqui esto algumas palavras de papiamento que voc, com certeza, vai usar: 1- Bo ta bon? [Voc est bem?] 2- Dios no ta di Brazil. [Deus no brasileiro.]

- para inserir comentrios e observaes em textos j publicados. Por Exemplo: Machado de Assis escreveu muitas cartas a Slvio Dinarte. [pseudnimo de Visconde de Taunay, autor de "Inocncia"] - para indicar omisses de partes na transcrio de um texto. Por Exemplo: " homem de sessenta anos feitos [...] corpo antes cheio que magro, ameno e risonho" (Machado de Assis)

Asterisco ( * )O asterisco, sinal grfico em forma de estrela, costuma ser empregado: - nas remisses a notas ou explicaes contidas em p de pginas ou ao final de captulos. Por Exemplo: Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras que contm o morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria, chegamos concluso de que este afixo est ligado a estabelecimento comercial. Em alguns contextos pode indicar atividades, como em: bruxaria, gritaria, patifaria, etc. * o morfema que no possui significao autnoma e sempre aparece ligado a outras palavras. - nas substituies de nomes prprios no mencionados. Por Exemplo: O Dr.* conversou durante toda a palestra. O jornal*** no quis participar da campanha.

Pargrafo ( )O smbolo para pargrafo, representado por , equivale a dois sses (S) entrelaados, iniciais das palavras latinas "Signum sectionis" que significam sinal de seco, de corte. Num ditado, quando queremos dizer que o perodo seguinte deve comear em outra linha, falamos pargrafo ou alnea. A palavra alnea (vem do latim a + lines) e significa distanciado da linha, isto , fora da margem em que comeam as linhas do texto. O uso de pargrafos muito comum nos cdigos de leis, por indicar os pargrafos nicos. Por Exemplo: 7 Lei federal dispor sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivao do disposto no 4.(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

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