felizmente ha luar
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Felizmente há Luar!Os Delatores
Morais SarmentoAndrade Corvo
O nosso grupo vai falar dos delatores, Morais Sarmento e Andrade Corvo, duas personagens que aparecem pela primeira vez no final
do 1º Ato. Estas duas personagens foram os delatores desta história pois visaram o lucro pessoal quando se aproximaram do
poder, a regência. Estas duas personagens juntamente com Vicente, que não vamos falar neste trabalho, trazem a desgraça a
Gomes Freire de Andrade.Espero que este trabalho sirva para vos esclarecer sobre qualquer
dúvida que tenham acerca destas personagens.
As suas atitudes e palavras
É inseguro, aparentando ficar com medo, graças à sua consciência, de ser chamado de traidor por causa do processo que levará à condenação à forca do general Gomes Freire ("O que vão dizer de nós" - pág. 46; "Muitos duvidarão."; "Chamar-nos-ão denunciantes" - pág. 47; "Não falarão connosco."; "Os
nossos filhos...").
Ele entra na peça como testemunha das informações que Corvo dá aos governadores, principalmente o Marechal Beresford. (Pág. 48 – Corvo – Excelências: trago comigo um patriota que se pode
testemunhar o que ontem contei ao Sr. Marechal.).“Com 800$00 por ano, nunca mais punha os pés no regimento…” (p.45) Com isto, indica que está
interessado no dinheiro que receberá pela traição do seu povo.
A personagem após ser introduzido aos governantes, desenvolve-se e torna-se semelhante psicologicamente a Andrade Corvo, acabando por denunciar a conspiração. (Pág. 66 – “Excelências: a conspiração destina-se a implantar neste Reino o sistema de cortes! (Os denunciadores valorizam os
seus serviços exagerando a gravidade da conjura.).
Morais Sarmento
Andrade CorvoOficial e denunciante apresentado aos governadores por Beresford. (Pág. 43 – Beresford - “Um tal
Andrade Corvo de Camões.”)Está a fazê-lo por dinheiro, motivo pelo qual o seu amigo Morais Sarmento decidiu seguir também,
mostrando-se preguiçoso. (Pág. 45 – Corvo- “800$00 por ano! Com 800$00 por ano, um homem pode fazer figura nesta cidade…”)
É um impaciente, que não tem vergonha nem medo de ser visto traidor pelos seus pois pensa que o que está a fazer é pelo bem da Pátria, enquanto o povo é o traidor da mesma. (Pág. 46. – Corvo (fala
rapidamente, com visível impaciência) - “O que está feito, está feito. De qualquer forma, não se esqueça, capitão, de que nos enforcariam com toda a certeza se lhes passasse pela cabeça que
tínhamos tido conhecimento de tudo e que tínhamos ficado calados… (sorri.) Olhe, meu amigo, a partir de hoje só temos uma coisa a fazer: ser mais realistas do que o próprio rei.
Dessa forma compreenderão que atuamos por amor à Pátria e a el-rei…” “Chamaremos jacobinos aos que duvidarem!”) (Pág. 47 – Corvo – “Desses diremos que são traidores à Pátria.” “Antes pelo
contrário: nós é que lhes não falaremos…”)
Opiniões de outras personagens
Morais Sarmento
D. Miguel Forjaz não deixa de criticar o seu “patriotismo”, visando-o direta ironia e
causticamente, ao afirmar que “Os patriotas” raras vezes andam sozinhos…
“defendem-se sempre, andando em grupo, tal é o conhecimento que têm de si
mesmo…”(p. 48). Beresford também não gostou da figura de
Morais Sarmento, até perceber que ele seria útil para saber qual o homem por
detrás da conspiração. (p. 48 e 51).
Andrade Corvo
Beresford acha-o um mau oficial, ignorante e dedicado, ainda que
dedicado à promoção pela denúncia e não por mérito. É um
rapaz bem vestido, amigo de prazeres e com poucos
conhecimentos. (pág. 43 e 44)
Indicações Cénicas
Morais SarmentoAndrade Corvo
Preocupado.Torna-se um denunciante
semelhante a seu amigo Corvo, exagerando nas informações que
dá aos governadores.
Mostra-se impaciente.Dramático
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