felipe teles de arruda fios e suturas 30/05/2014

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Felipe Teles de Arruda

FIOS E SUTURAS

30/05/2014

Síntese Cirúrgica “visa pela contiguidade dos

tecidos do processo de cicatrização, a fim que a continuidade tecidual possa ser estabelecida”

Objetivos AGULHAS

FIOS

INSTRUMENTAIS

SUTURA

AgulhaTransfixa os tecidos,

servindo de guia aos fios.Fundo

Corpo

Ponta

Forma / Tamanho Curva Reta

Fundo com olho Sem olho Traumática Atraumática

Corpo Triangular Cilíndrico

Ponta

Objetivos AGULHAS

FIOS

INSTRUMENTAIS

SUTURA

Fios Hemostasia.

Aproximação dos tecidos.

Características do fio idealPostulados de Van Winkle e Hasting

•O fio de sutura deve ser tão forte quanto o tecido que está sendo suturado

•A perda de resistência do fio deve ser compensada pelo ganho de resistência da cicatriz

•As alterações biológicas provocadas no processo de cicatrização pelo fio de sutura devem ser conhecidas

ClassificaçãoQuanto à estrutura:

Nylon

Aço inoxidável

Polipropileno

Polidioxanone

Monofilamentar

ClassificaçãoMonofilamentar

ClassificaçãoQuanto à estrutura:

Categute simples e cromado Algodão Seda Nylon Dacrón Ácido poliglicólico Poliglactin revestido

Multifilamentar

Classificação Multifilamentar

ClassificaçãoQuanto à absorção:

Categute simples/ cromado Ácido poliglicólico (Dexon ®) Ácido poligaláctico (Vicryl ®) Polidioxanona (Maxon ®, PDS ®)

Absorvíveis

ClassificaçãoQuanto à absorção:

Seda Algodão Poliéster Nylon Polipropileno (Prolene)

Inabsorvíveis

ClassificaçãoQuanto à origem

Animal Categute

simples/cromado

Seda

Algodão

Nylon Polipropileno Poliéster

Prata Cobre Aço Clips de Michel

Orgânica

Vegetal

Sintética

Metálica

ClassificaçãoQuanto à presença de agulhas

Agulhados

Não agulhados

ClassificaçãoQuanto à reação tissular

Desprezível Mínima Muito baixa Moderada Alta Bastante alta

ClassificaçãoQuanto à memória

Desprezível Baixa Moderada Alta Bastante alta

ClassificaçãoQuanto ao calibre

Maior diâmetro Menor diâmetro 3-2–1–0–2.0–3.0–4.0–5.0–6.0–7.0–8.0– 9.0–10.0–11.0–12.0

FiosAbsorvíveis

Categute simples/ cromado Ácido poliglicólico (Dexon®) Ácido poligaláctico (Vicryl®)

Polidioxanona (Maxon®, PDS®)

Categute Biológico Submucosa do int. delgado de ovelhas ou serosa de

bovinos polifilamentado

Simples: Absorção mais rápida – 5 a 10 dias Perde tensão em 1 a 2 semanas

Cromado: Tratamento com bicromato de potássio Absorção mais lenta – 20 dias Perde tensão em 2 a 3 sem

Categute Vantagens

Manuseio Absorvível

Desvantagens Permeável Reação tecidual Infecção Alergênico

CateguteIndicações Suturas gastrintestinais Amarraduras de vasos na tela subcutânea Suturas no peritônio Cirurgias ginecológicas Bexiga

Contra indicação Suturas superficiais Aponeurose

Ácido poliglicólico (Dexon®)

Vantagens

Sintético Multifilamentado

Absorvível – 60 a 90 dias

Reação inflamatória

Resistente

Desvantagens Perda da tensão efetiva

de seus nós em torno de 3 semanas

Infecção

Ácido poliglicólico (Dexon®)

Indicações

Peritônio Músculos Subcutâneo Chuleio intradérmico Laqueadura vascular Não indicado - aponeurose

Ácido poligaláctico (Vicryl®)

Sintético Semelhante ao ác. Poliglicólico Absorvido em 60 dias

Indicações: Cirurgias gastrintestinais, urológicas, ginecológicas,

oftalmológicas, aproximação de tec. Subcutâneo, pele ponto intradérmico.

Polidioxanona (PDS)

Sintético Monofilamentado Absorção lenta – 90 a 180 dias Manutenção da resistência tênsil por longo

períodoIndicações

Sutura de tendões, capsulas articulares e fechamento da parede abdominal

FiosInabsorvíveis

Seda Algodão Poliéster

Nylon Polipropileno (Prolene)

Seda Filamento protéico obtido do

bicho-da-seda

Multifilamentado

Fibras retorcidas ou trançadas

Inabsorvível porém biodegradável

Vantagens

Não irritante Barato fácil manuseio Nó firme Cicatrização

Desvantagens Infecção Reação tecidual -

corpo estranho

Seda

Seda Utilização: Fechamento de parede Hemostasia de vasos Cirurgias gastrointestinais Cirurgias Oftálmicas Cirurgias torácicas Cirurgias ortopédicas

Seda

Vantagens Barato Maleável Nós firmes Resistente

Utilização: Cirurgias gerais

Desvantagens Infecção Reação tecidual –

granuloma de corpo estranho

Algodão

Poliéster Sintético Multifilamentado Resistência e durabilidade reação tecidual

resposta inflamatória

Indicações : Aponeuroses, tendões, vasos

Contra indicações: Infecção no local da sutura

Poliéster

Nylon

Vantagens

Mono/multifilamentar resistência Flexível Reação tecidual Não irritante

Desvantagens

Elasticidade Difícil manuseio Perde resistência Não produz nó firme

Nylon

Nylon

Não absorvível porém biodegradável

Utilização: Usado em todos os tecidos praticamente inerte Preferidos para suturas de pele Fechar paredes

Nylon

Nylon Polipropileno (Prolene®) Sintético Monofilamentado Produz reação tecidual resistência – vários anos Facilmente removível

Utilização: Sutura vascular Suturas gastrointestinais Fechamento de aponeurose Fixação de tela nas herniorrafias inguinais

Nylon Aço Vantagens

Resistência Inerte aos tecidos Maleável Grande força

tensional Infecção Esterilização

Desvantagens Difícil manuseio Elasticidade Nós volumosos Opaco ao RX Uso limitado

Nylon AçoUtilização Finos – Cirurgia Plástica Médio – Parede Grosso – Osso

Nylon Origem metálicaPrata - clips de neurocirurgias e cirurgias vasculares.

Cobre – cirurgias bucomaxilofaciais.

Aço vitálico – osteossínteses.

Agrafes ou clips de Michel – aproximação de bordas de pele.

Objetivos AGULHAS

FIOS

INSTRUMENTAIS

SUTURA

Nylon Instrumentais Pinças. - Dissecção anatômica. - Piça com dente, para aproximação das

bordas da pele e de aponeuroses favorecendo a coaptação.

- Adison - Cushing - Dente de rato

Nylon Instrumentais

Instrumentos Utilizados na Síntese Manual Porta Agulha. - Reconstrução em cavidades. - Mayo - Hegar - Mathieu

Instrumentais

Nylon Instrumentais

Objetivos AGULHAS

FIOS

INSTRUMENTAIS

SUTURA

Nós e suturasNó cirúrgico É o entrelaçamento

ordenado feito com as extremidades livres do fio cirúrgico

Objetivos do nó cirúrgico Fácil execução Perfeito ajuste das

bordas da ferida Evitar afrouxamento

Nós e sutura

Nós e suturasPonto cirúrgico: É o segmento de fio cirúrgico

compreendido entre uma ou duas passagens deste no tecido.

Distância entre dois locais consecutivos

É a unidade de síntese

Nós e sutura

Nós e suturas Sutura cirúrgica: Ponto ou conjunto de

pontos aplicados nos tecidos com o objetivo de união, fixação e sustentação

A importância da sutura cirúrgica diminui com o progredir da cicatrização

Nós e sutura

Nós cirurgicosCompostos por 3 seminós

1°- Contenção

2º- Fixação

3°- Segurança

Nós Cirúrgicos

Tipos de suturasSutura em pontos separados:

Vantagens

Afrouxamento de um nó não interfere no restante da sutura ↓ quantidade de corpo estranho na ferida ↓ isquemia da ferida

Desvantagem

Mais trabalhosa e mais demorada

Tipos de sutura

Tipos de suturasSutura em pontos separados:1) Ponto simples2) Ponto simples com nó para o interior da ferida3) Ponto em U horizontal4) Ponto em U vertical5) Ponto em X horizontal6) Ponto em X horizontal com nó para o interior da

ferida7) Ponto recorrente8) Ponto helicoidal duplo

Tipos de sutura

Ponto simples

Ponto simples

U horizontal – Wolf / U vertical - Donatti

Donatti Donatti

Ponto em X

Tipos de suturasSutura contínua:1) Chuleio simples2) Chuleio ancorado3) Sutura em barra grega4) Sutura intratecidual, em barra grega5) Sutura em pontos recorrentes

Tipos de sutura

Sutura contínua simples ou sutura de Kurschner

Sutura ancorada de ford, retrógrada, festonada ou de reverdin

Sutura em barra grega

Sutura Intradérmica

Sutura em bolsa

Suturas da pele Fios inabsorvíveis → ↓ reação

tecidual → cicatrizes estéticas Nylon, poliéster Pontos separados Pontos intradérmicos – fios inabsorvíveis ou absorvível tipo poliglicólico Aproximação com tiras de

esparadrapo microporado

Sutura em pele

Sutura de tela subcutânea Evitar formação de espaço morto e consequência

de coleções serosas e hemáticas

Pontos separados

Fio absorvível

Categute ou poliglicólico

Sutura de tela subcutânea

Sutura de aponeurose Pontos separados

Fio inabsorvível

Nylon, poliéster, algodão ou seda

Sutura contínua – facilita eventrações

Sutura Aponeurose

Sutura muscular Quando a aponeurose

que recebe o músculo é delicada

Fios absorvíveis

Evitar pontos isquemiantes

Sutura Muscular

Sutura de vasos e nervos Pontos separados ou contínuos

Sempre com fios inabsorvíveis

Nylon ou poliéster

Sutura de vasos e nervos

Sutura do tudo digestivo Anastomoses gastrintestinais

Lembert (1825): sutura serosa-serosa

Halsted (1887): inclusão da submucosa + sutura em um plano

Posteriormente: anastomose intestinal em 2 planos

Gambee (1951): Bons resultados com anastomoses intestinais em 1 Plano

Recentemente: estudos clínicos e experimentais confirmam este estudo

Sutura trato digestivo

Anastomoses gastrintestinais

Disposição das bocas:

Término-terminal

Término-lateral

Látero-lateral

Anastomoses Gastrointestinais

Enteroentero-anastomose término-terminal em dois planos

Fechamento da brecha mesenterial

Enteroentero- anastomose látero-lateral

em dois planos

Sutura através de grampeadores Grampos metálicos

Técnica adequada, rápida, segura

Pequena reação tecidual

Sutura através de grampeadores

Retirada dos fio de sutura cutânea Devem ser mantidos enquanto

úteis Retirar o mais breve possível –

resistência da cicatriz Incisões pequenas (≤4cm) – 4°

a 5° dias Incisões extensas – 7° a 8° dias Experiência do cirurgião

Retirada dos fio de sutura cutânea

Retirada dos fio de sutura cutâneaAvaliação

Aspecto da cicatriz Local da ferida – tensão? Direção da cicatriz – linhas de força Condições que interferem na cicatrização Tipo de tecido e capacidade de adquirir resistência

tênsil ao processo de cicatrização Tensão a que o tecido será submetido

Retirada dos fio de sutura cutânea

Felipe Teles de Arruda

Obrigado

Retirada dos fio de sutura cutânea

HOCHBERG J, MEYER KM, MARION MD. Suture choice and methods of skin closure. Surg Clin N Am 89; 627 a 641, 2009.

SILVA LS, FIGUEIRA NETO JB, SANTOS ALQ. Utilização de adesivos teciduais em cirurgias. Biosci J 23, 108-19, 2007

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Estudo comparativo de anastomoses intestinais realizadas com fio catgut cromado empregnado ou não com glicerina: estudo experimental em cães.

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Bibliografia

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