fec - relatório de atividades 2011
Post on 01-Apr-2016
239 Views
Preview:
DESCRIPTION
TRANSCRIPT
RELATÓRIO DE ACTIVIDADES 2011FEC - Fundação Fé E CoopEração
2
A nOSSA FunDAçãOA FEC é uma Organização não Governamental para o Desenvolvimento (OnGD) fundada há 22 anos pela Conferência Episcopal Portuguesa e pela Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) e Federação nacional dos Institutos Religiosos (FnIS). Tem como MISSÃO promover o desenvolvimento humano integral através da cooperação e solidariedade entre pessoas, comunidades e Igrejas.
numa sociedade em constante evolução e mudança, a FEC acredita que cada pessoa pode criar futuro, ser construtora de uma nova “pólis” e protagonista de uma sociedade mais justa. Para tal, aposta no trabalho em parceria e rede e dá prioridade ao acesso à Educação e Saúde. Promove a Igualdade de Género, os Direitos Humanos e a Sustentabilidade Ambiental e desenvolve acções de Advocacia junto dos decisores políticos, económicos, religiosos nacionais e internacionais, em prol da Justiça e equidade Social. A FEC é membro de várias redes, entre as quais: Plataforma Portuguesa das OnGD, Confederação Portuguesa de Voluntariado e Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Solidariedade - CIDSE. A FEC é reconhecida pelo Ministério dos negócios Estrangeiros Português e pela união Europeia.
Para conhecer melhor o trabalho que realizamos, sugerimos que fique a conhecer o que fizemos em 2011. Bem-vindo à FEC!
ÍnDICECOOPERAçãO PARA O DESEnVOLVIMEnTO 4EDuCAçãO PARA O DESEnVOLVIMEnTO E ADVOCACIA SOCIAL 23CAMPAnhAS E COMunICAçãO 26DADOS FInAnCEIROS 29
Impressionante o que nos pode acontecer quando confiamos e nos entregamos àquilo em que acreditamos. Fazemos tudo o que podemos e até o que nos custa, percebendo que isso é o suficiente para que outro horizonte se abra e outro Caminho se comece a abrir.Margarida Alvim, Rede Fé e Desenvolvimento, FEC
HuManIZar a HISTÓrIa E a CuLTura
É com grande satisfação que a FEC apresenta o seu Relatório de Actividades 2011.
Estruturado em quatro capítulos - Cooperação para o Desenvolvimento, Educação para o Desenvolvimento, Campanhas e Comunicação e Dados Financeiros, o documento pretende dar a conhecer, de forma breve, o essencial das actividades realizadas durante o ano de 2011, possibilitando uma visão abrangente sobre a acção da FEC e a nossa vontade profunda de potenciar a história de pessoas concretas, ajudando a humanizar a história e a cultura.
É esta vontade profunda que está expressa nas diversas actividades apresentadas neste relatório, que convido a ler, e que espelham a forma como a FEC, ao longo do último ano, tem cruzado a vida de milhares de pessoas espalhadas por vários continentes e em contextos muito diversificados.
uma acção só possível graças à dedicação e entrega dos colaboradores e voluntários da FEC mas, principalmente, à acção da Igreja em cada país da nossa missão e de tantos que estão silenciosamente na linha da frente da intervenção e no combate às situações dramáticas que colocam em causa a dignidade humana.
É reconfortante perceber o caminho já percorrido na Guiné-Bissau e em Angola na área da educação, ver o início dos projectos na área da saúde ou acompanhar os primeiros passos da acção em Moçabique ou no Sudão do Sul. Perceber que em Portugal, são cada vez mais os jovens a partir para experiências de voluntariado e que as redes de reflexão iniciadas se vão organizando e que o investimento do trabalho de advocacia social, junto dos decisores políticos, económicos e religiosos em articulação com a CISDE, vai dando frutos.
Este foi também o ano em que lançámos um novo logótipo FEC, símbolo desta mesma missão que, ancorada na fé, enquanto lugar de comunhão e encontro, pretende estabelecer pontes que liguem pessoas, culturas, espaços, realidades sociais diversas para promover o desenvolvimento humano integral.
Que Deus nos guie e ajude a dar continuidade a esta história de serviço e que a constatação do trabalho já feito seja ânimo para fazermos mais e melhor no futuro.
para Lá do noSSo oLHar
Em 2011, a FEC teve a oportunidade e o privilégio de realizar uma missão de prospecção ao mais jovem país do planeta: o Sudão do Sul. Ao longo dos encontros e conversas com Sudaneses, visitas a projectos da Igreja Católica e da sociedade civil, reuniões com autoridades locais e agências internacionais, fomos descobrindo uma realidade que espelha tantas outras nos países em desenvolvimento.
Em Juba cruzámos famílias que, acreditando num futuro melhor, se deslocam, mudando o rumo das suas vidas e investindo tudo que têm para dar acesso à educação aos seus filhos. Encontrámos missionários e profissionais de saúde que lutam pelo direito à saúde quer em meio rural, quer em meio urbano. no olhar destes homens e mulheres, enquanto “motor” da transformação social, está a aspiração de guiar o seu próprio destino, de decidir o caminho comum a seguir, de criar oportunidades investindo na capacitação e empowerment de todos os actores locais de desenvolvimento.
no Sudão do Sul descobrimos também uma Igreja facilitadora de diálogo, mediadora de reconciliação e paz, promotora de uma cidadania activa e comprometida numa lógica de dom e participação, quer ao nível local acompanhando as comunidades de base, quer a nível nacional questionando e influenciando os agentes de decisão política, económica e religiosa com o objectivo de construir uma sociedade mais justa e fraterna.
Esta missão, e a realidade do Sudão do Sul, ilustram de forma sintética e emblemática, ao jeito de um “sumário executivo”, as apostas e o trabalho realizado pela FEC nos países em desenvolvimento e em Portugal. neste relatório está bem patente o caminho percorrido no âmbito da educação, saúde e capacitação institucional em conjunto com os nossos parceiros na Guiné-Bissau e Angola, assim como o investimento em Portugal do trabalho em rede para a promoção de uma maior consciência social e cidadania participativa e solidária.
Tudo porque acreditamos que no contexto actual, é importante “não absolutizarmos a nossa crise”, não nos limitarmos ao que o nosso olhar alcança, não restringirmos o espaço do coração à proximidade imediata, não “encurtarmos” a nossa análise desligando-a da realidade Global. Porque acreditamos que, como diz João Paulo II, “Todos somos verdadeiramente responsáveis por todos”.
Jorge Líbano Monteiro
Administrador Executivo da FEC
Susana Réfega
Directora Executiva da FEC
4
COOpErAçÃO pArA O DESEnvOlvIMEntO - COnStruíMOS pOntES DE nOrtE A Sul
Queremos mudar o mundo para melhor, uma vida de cada vez, através de projectos de Cooperação para o Desenvolvimento sustentáveis, pensados e desenhados para provocar um impacto positivo em vidas concretas.
Estabelecemos parcerias sólidas baseadas na partilha de conhecimento, recursos, esforços, responsabilidades e transparência, mas, acima de tudo, na confiança mútua, na qual as partes envolvidas procuram atingir objectivos de Desenvolvimento duradouros, em prol da erradicação da pobreza extrema e de um mundo globalmente justo à escala local e global, sem privação de liberdade, sem limite de escolhas e oportunidades, onde cada pessoa possa viver com a dignidade que lhe é própria e devida.
Esta é a meta que partilhamos com as comunidades, com os nossos colaboradores, parceiros, financiadores e apoiantes dos mais diversos horizontes geográficos, institucionais e individuais. Sabemos que a nossa capacidade de intervenção e de obtenção de impactos sustentáveis dependem da excelência da rede de valor acrescentado que potenciamos. Temos como parceiros governos e autarquias, organizações da sociedade civil, grupos de base, empresas e Igrejas.
Promover acções para o acesso e qualidade de serviços sociais básicos como a Educação e a Saúde
Desenvolver projectos em que as pessoas são o motor do seu próprio desenvolvimento
Promover projectos em que as comunidades e parceiros exprimem as suas aspirações
Fomentar a sustentabilidade social, económica e ambiental na tomada de decisões
Eixos de acção na Cooperação para o desenvolvimento FEC
5
InvEStIMOS nA EDuCAçÃO
“A educação é uma das armas mais poderosas que podemos usar para mudar o mundo.” Nelson Mandela
O nosso objectivo estratégico é reforçar o acesso à educação de qualidade, formal e não formal, das comunidades mais desfavorecidas. (in Plano Estratégico FEC 2010-2015). O direito à Educação é negado a 72 milhões de crianças, apenas por terem nascido num determinado local e num contexto familiar que lhes restringiu a possibilidade de irem à escola. um adulto em cada seis não sabe ler nem escrever, por falta de oportunidades quando eram crianças e em idade adulta. Quer no caso das crianças quer no dos adultos, a taxa feminina de analfabetismo é muito superior à masculina.
Para a FEC, a educação é um dos sectores prioritários e é uma área de intervenção central. A defesa do direito à educação é promovida através de projectos que contemplam a melhoria no acesso, a qualidade, o reforço de competências dos recursos humanos e a criação de infra-estruturas educativas.
O quE AlCAnçáMOS EM 2011 nEStE SECtOr599 agentes educativos na Guiné-Bissau
93% de taxa de assiduidade
Aumento da taxa de dias lectivos – 163 (em 174)
17 novas metodologias/manuais pedagógicos
79,1% agentes com avaliação positiva (Guiné-Bissau)
Aumento da capacidade de gestão e administração escolar
(3,92 numa escala de 1 a 6)
131 alunas/formandas inscritas (GB)
6
InvEStIMOS nA EDuCAçÃO nA GuIné-BISSAu
“Para mim a FEC é a esperança das escolas diocesanas da Guiné-Bissau” Pe. Casal Martins, responsável pela formação dos professores da Comissão Interdiocesana de Educação e Ensino
programa de apoio à Qualidade no Ensino Básico
“Para mim a FEC é uma maravilha, pois trouxe-me muitos ensinamentos que eu nunca tinha aprendido nos muitos anos em que sou professor. Uma das coisas mais importantes que aprendi foi a fazer a pergunta ‘porquê?’. Percebi que é importante perceber o porquê das coisas.” Professor do curso Djunta Mon
ondE | Bafatá, Cacheu, Tombali, Quínara, oio, SaB, Biombo, Bolama-Bijagós
A FEC pretende «melhorar a qualidade do ensino básico de escolas em meio rural e contribuir para a diminuição do ciclo vicioso da esperança de vida escolar guineense de 3 - 6 anos». Em colaboração com diversos financiadores, desenvolve projectos como o «Djunta a Mon – Ensino de qualidade em Português» e «Acesso e Qualidade do Ensino Básico na Guiné–Bissau» reforça competências de recursos humanos ligados a escolas de base comunitária e da rede da Igreja Católica. Procura igualmente apetrechar as escolas de materiais educativos e trabalha questões de advocacia junto do Ministério da Educação e de entidades com poder de decisão.
Em 2011, a FEC lançou a campanha de sensibilização «Aprender sem Medo», em parceria com a PLAn Guiné-Bissau, junto dos agentes escolares para reduzir a violência nas escolas, através da promoção dos direitos da criança, igualdade de género e disciplina positiva. Foi produzido e distribuído o manual Aprender sem Medo, um manual de suporte educativo para os professores.
o noSSo púBLICo–aLvo
a EduCação na GuIné-BISSau
nas regiões do interior da GB, 64,7% das pessoas vivem com menos de dois dólares por dia
¼ da população total tem dos 7 aos 17 anos, representando 18% de crianças em idade escolar
Apenas 32,5% das crianças inscritas na 1ª classe atingem a 6ª classe
47,5% dos homens e 78,82% das mulheres são analfabetas
Representantes de órgãos gestão escolar | 228(directores, membros de associações, comités de escolas de base comunitária)
Professores | 237Formadores de professores | 56Beneficiários finais / Alunos | 30.000
SECTorEduCação
Jornalistas e técnicos de comunicação | 21Grupos de comunicação em Língua Portuguesa | 23
CoMunICação SoCIaL
7
prInCIpaIS aCTIvIdadES
Formação de formadores e equipa técnica
Formação em exercício e Supervisão de Professores do Ensino Básico (práticas pedagógicas e didácticas; disciplina positiva, língua portuguesa, matemática, ciências)
Formação e Acompanhamento de Directores e Inspectores em Gestão e Administração e Escolar
Produção e distribuição de materiais de apoio pedagógicos e científico
Formação de técnicos de rádio e assessoria técnica a programas de rádio
Sensibilização comunitária e de agentes educativos para a disciplina positiva e redução de violência em meio escolar
o QuE aLCançáMoS
78% de professores com avaliação positiva nas provas finais de Língua e Didáctica do Português
84,4% de taxa de assiduidade dos professores
Edição e distribuição nº1 da Revista Científica de Educação e Cultura
Campanha de sensibilização e manual “Aprender Sem Medo”
+ de 1300 manuais e sebentas de apoio à formação distribuídos
23 escolas comunitárias com baús pedagógicos
oS noSSoS parCEIroSMinistério de Educação nacional Cultura Juventude e Desporto; Comissão Interdiocesana de Educação e Ensino; Dioceses de Bissau e Bafatá; Cáritas Guiné-Bissau; Rádio Sol Mansi
oS noSSoS FInanCIadorES
IPAD/Cooperação Portuguesa | unICEF | Plan Guiné-BissauMunicípios de Santa Maria da Feira; Vagos; Santarém; Faro; Portimão
8
Bambaram di Minjder
“Todas as alunas do 4.º ano do curso já estão a trabalhar nesta área; existe um reconhecimento da formação que estão a frequentar.” Professor do curso de Educação de Infância
ondE | Sector autónomo de Bissau e região de Biombo
O projecto pretende a profissionalização das mulheres guineenses e a qualificação da Educação de Infância. Ano após ano, um número cada vez mais elevado de alunas procura ingressar no Curso de Educação de Infância. Depois de frequentar dois anos propedêuticos, nos quais se trabalha fundamentalmente as estruturas da língua portuguesa e do pensamento lógico-matemático, as alunas têm mais três anos de um currículo alargado de disciplinas referentes à criança e às práticas pedagógicas, assim como a oferta de estágios profissionais. Os formadores utilizam recorrentemente exemplos e recursos que estimulam a reflexão das formandas sobre os seus próprios direitos e o papel activo que devem exercer nas comunidades onde habitam e trabalham.
o noSSo púBLICo – aLvo
13 Jardins-de-infância 25 representantes de órgãos de gestão escolar dos Jardins-de-Infância abrangidos pelo projecto91 educadores dos Jardins-de-Infância. 15 professores 126 mulheres 1542 crianças dos Jardins-de-Infância
“Ao trabalharmos na formação de educadores de infância podemos ter a certeza de que o impacto do nosso trabalho se irá repercutir por muitos e muitos anos“. Ir. Dina Henriques, Coordenadora do Curso de Educação de Infância da Guiné-Bissau
9
prInCIpaIS aCTIvIdadES
Capacitação de agentes (formandos e formadores) ao nível da educação de infância
Capacitação e consultoria em Gestão e Administração Escolar e Pedagogia dos Jardins-de-Infância
Produção e distribuição de materiais de apoio didáctico e pedagógico
o QuE aLCançáMoS
51,6% das formandas em situação de emprego
644 inscritos nos cursos de formação e seminários
96% taxa de assiduidade dos formandos
Aumento do Índice de Capacidade Pedagógica dos educadores
oS noSSoS parCEIroSComissão Interdiocesana de Educação e Ensino | Cooperativa Médico-Sanitária Madrugada | Comissão Interdiocesana de Projectos | Associação de Pedagogia Infantil | Fundação Educação e Desenvolvimento (Guiné-Bissau)
oS noSSoS FInanCIadorESFundação Fé e Cooperação | IPAD, Cooperação Portuguesa Comissão Interdiocesana de Educação e Ensino Comissão Interdiocesana de Projectos Cooperativa Médico-Sanitária Madrugada Associação de Pedagogia Infantil
10
InvEStIMOS nA EDuCAçÃO EM AnGOlA
O analfabetismo corresponde, em parte, ao insucesso do sistema educativo de cada país e a um conjunto de factores que condicionaram a possibilidade de ir à escola, como a guerra e os contextos de pobreza acentuada. As consequências da incapacidade de ler, escrever e contar vão além do campo pessoal, têm repercussões sociais, económicas e políticas muito relevantes.
Apesar de um clima de paz desde 2002, os problemas e dificuldades sentidas em Angola têm emergido e sido analisadas e reflectidas em documentos estratégicos elaborados pelas entidades estatais do país. neste contexto pós-conflito, Moxico surge inscrita como uma das províncias de intervenção prioritária por parte do Governo angolano. Ao abandono e isolamento, presentes desde o início do século XX, somam-se agora novas necessidades decorrentes do regresso de refugiados e deslocados aos seus locais de origem. A debilidade de infra-estruturas e serviços sociais básicos, acompanhados da escassez de recursos humanos qualificados, colocam a província do Moxico numa frágil posição em termos de desenvolvimento.
“ Tivemos ganhos a partir do momento que tivemos de enfrentar novos desafios, novas realidades, sentar debaixo de uma árvore para aprender a ler e a escrever pelo menos o nome. Depois de aprender isto não desisti, continuei buscando outros saberes. Da lata de leite debaixo de uma árvore, hoje estou a frequentar uma universidade”. Luís Cassule | antigo aluno de alfabetização
a EduCação EM anGoLa
58% de taxa de analfabetismo
Desigualdades de género no acesso à educação
43% das mulheres adultas nunca frequentaram a escola
Em 2001, numa praça da cidade do Lwena, encontrei um grupo de crianças deslocadas. No meio, havia uma menina de mais ou menos 8 anos, o seu rosto transparecia uma tristeza profunda. Perguntei-lhe pelo seu nome, ao que me respondeu «não tenho nome». Insisti e ela respondeu mais uma vez, «não tenho nome». Entendi que ela tinha razão, negada de todos os seus direitos, ela não poderia ser alguém. Ela tinha consciência desta sua situação e sabia que, no fundo, ela só poderia sair desta situação de “invisível” se encontrasse alguém de boa vontade que a ajudasse a recuperar o seu nome. Ir. Marlene Wildner, Directora Executiva Caritas de Angola
11
“A minha formação não foi em vão. Hoje faço palestras nas missas e nos encontros da comunidade sobre Higiene e Direitos Humanos, que diminuem a violência doméstica, ajudam o ambiente nos lares e ajudam os jovens a andar por bons caminhos. “ Adriano José, Alfabetizador Bairro Todos os Anjos, Moxico.
ondE | província do Moxico
Este projecto pretende contribuir para o lema definido pelo Ministério de Educação angolano de uma «Angola Alfabetizada, Angola Desenvolvida. Todos pela Alfabetização, Alfabetização para Todos». Concebido na sequência do seu projecto antecessor (Educação em Movimento - 2008/2010), este projecto substancia e desenvolve as experiências educativas junto de futuros alfabetizadores como continuação adaptada da experiência bem sucedida de 2008-2010. O projecto «Educação em Movimento II» pretende investir na alfabetização de jovens e adultos fora do sistema educativo, na divulgação dos Direitos humanos e na promoção da cidadania, promovendo encontros de reflexão com monitores de Direitos humanos, membros da comunidade e impulsionando o registo e obtenção de documentos para alunos e alfabetizadores.
o noSSo púBLICo – aLvo
250 alfabetizadores em 8 municípios30 reclusos do Estabelecimento Prisional de Lwena30 líderes comunitários9.000 alfabetizandos
Educação em Movimento II – promoção da sustentabilidade da educação
prInCIpaIS aCTIvIdadESFormação de alfabetizadores
Dinamização da equipa móvel de alfabetização em meio rural
Alfabetização de reclusos no estabelecimento prisional de Lwena
Elaboração e distribuição de materiais de apoio pedagógico
Sensibilização comunitária para os direitos humanos e promoção da cidadania
Acompanhamento nos processos de obtenção de documentação pessoal e/ou certificação escolar
o QuE aLCançáMoS
175 indivíduos formados como alfabetizadores
878 manuais entregues aos alfabetizadores (guias do alfabetizador, «Língua Portuguesa», «Matemática», «Ciências, «história», «Geografia», «Educação moral e cívica» e «higiene e saúde»)
334 horas de formação
165 líderes comunitários formados em temáticas de Direitos humanos e Cidadania
o noSSo parCEIroDiocese de Lwena
oS noSSoS FInanCIadorES
IPAD – Instituto Português de apoio ao Desenvolvimento Diocese de Lwena
12
InvEStIMOS nA CApACItAçÃO InStItuCIOnAl
“Para mim a FEC é parceiro solidário. Juntos trilhamos caminhos na construção e desenvolvimento da Guiné-Bissau” Ir. Lurdes, ex-secretária-geral da Caritas Guiné-Bissau
O nosso objectivo estratégico é reforçar os conhecimentos e competências dos parceiros no âmbito do ciclo do projecto e áreas técnicas. (in Plano Estratégico FEC 2010 – 2015)
Algumas das organizações nos países de intervenção da FEC enfrentam dificuldades para incorporarem e manterem dinâmicas de desenvolvimento impulsionadas pelas iniciativas da cooperação, comprometendo a sua sustentabilidade a longo prazo. Estas lacunas verificam-se em várias competências, tais como gestão, controlo financeiro, comunicação institucional, monitorização e avaliação.
O quE AlCAnçáMOS EM 2011 nEStE SECtOr126 Recursos humanos de organizações sociedade civil formados
182 horas de formação de pessoas com funções de liderança
13
“As formações, as partilhas de conhecimentos que tive nestes dias com a equipa da FEC foram um sonho realizado, uma experiência de coisas novas e um desafio para mim mesmo, desafio este que consiste em partilhar os conhecimentos e as capacidades com os outros, no sentido deles poderem replicar a um grupo mais vasto.” Filipe Guia, Caritas de Angola
o noSSo púBLICo – aLvo
38 recursos humanos com funções de direcção e liderança nas 19 delegações da Caritas a nível das Províncias (abrangência nacional)
8 técnicos responsáveis pela gestão, liderança, planificação e monitorização dos projectos e programas da Direcção Geral da Caritas de Angola, em Luanda
prInCIpaIS aCTIvIdadES
Auditoria organizacional
Formação on job
Formação em Comunicação Institucional
Twendela kumwe – Capacitação Institucional da Caritas de angola
o QuE aLCançáMoS
182 horas de formação
116 Recursos humanos de organizações sociedade civil formados
EnTIdadES EnvoLvIdaS
Centro de Estudos Africanos do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e das Empresas | CIDSE
oS noSSoS FInanCIadorES
Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento Caritas de Angola
o noSSo parCEIroDirecção Geral da Caritas de Angola
14
ondE | Bissau e Bafatá
A FEC tem vindo a assumir um papel crescente na consultoria e apoio às organizações pertencentes à Igreja e que estão no terreno. neste sentido, a FEC desenvolve actividades com o objectivo fundamental de aumentar a capacidade das organizações a nível da gestão de ciclo de projecto, controle e execução financeira e avaliação.
o noSSo púBLICo - aLvo
Técnicos e colaboradores de Organizações da Sociedade Civil
prInCIpaIS aCTIvIdadES
Consultoria e formação na área de Gestão de Ciclo de Projecto
Realização de Estudos de Diagnóstico
Elaboração de projectos e identificação de fontes de financiamento
Elaboração de planos estratégicos e operacionais
Condução de processos de selecção de pessoal
Avaliação de projectos10 recursos humanos formados
5% das organizações capacitadas avaliam positivamente o trabalho realizado pela FEC
Capacitação das Estruturas da Igreja na Guiné-Bissau
EnTIdadES EnvoLvIdaSDiocese de Bissau e Bafatá | Caritas Guiné-Bissau | Conselho de Educação Bafatá Comissão Interdiocesana de Educação e Ensino | Comissão Interdiocesana de Projectos | Caritas Guiné-Bissau | Direcções Regionais de Educação de Bafatá e Cacheu | Instituto nacional para o Desenvolvimento da Educação | APROLIMPOR - Associação para a Promoção da Língua Portuguesa Cooperação Portuguesa | Effective Intervention
15
Melhorar o acesso das comunidades mais desfavorecidas a serviços de saúde de qualidade, em particular cuidados de saúde primários. (in Plano Estratégico FEC 2010 - 2015)
A falta de acesso a cuidados de saúde continua a ser determinante para toda a comunidade, crianças, adultos em idade produtiva e idosos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 16% da deterioração da situação dos mais pobres está relacionada com a saúde, sendo as causas relacionadas com a saúde também responsáveis por 21% da entrada dos não-pobres na pobreza. A saúde é um direito humano fundamental, defender e lutar pelo seu respeito é um dever.
O quE AlCAnçáMOS EM 2011 nEStE SECtOr
79 grávidas assistidas no hospital
110 partos hospitalares
25 matronas (parteiras tradicionais) +
25 educadores de pares formados
InvEStIMOS nA SAÚDE
16
ondE | Bafatá e Gabu
“Com este projecto alcançamos as localidades mais distantes do hospital, os lugares onde a saúde não chega. Conseguimos saber quais são as necessidades das pessoas, principalmente grávidas e crianças, e intervir proporcionando-lhes mais saúde. Para além disso, nas consultas, também fazemos sensibilização para os cuidados materno-infantis.“ Técnica de saúde, Casa das Mães Bafatá
O Projecto «Maternidade sem Risco» inscreve-se na «Campanha para Acelerar a Redução da Mortalidade Materna», promovida pelo Estado da Guiné-Bissau, através de duas estruturas residenciais públicas, mas com gestão da Caritas Guiné-Bissau, localizadas dentro dos recintos do hospital Regional de Bafatá e Gabú, designadas de «Casa das Mães».
A Caritas da Guiné-Bissau apoia desde 2004 as Casas das Mães de Bafatá e Gabú com o seu know-how e competências técnicas, visando melhorar a qualidade do serviço prestado, diversificar valências, integrando e alargando novos grupos-alvo. A FEC apoia a planificação, monitorização, avaliação e captação de fundos complementares para que se possam integrar novos grupos-alvo e, desta forma, reduzir a mortalidade materno-infantil nas regiões de Bafatá e Gabú.
o noSSo púBLICo – aLvo
23.000 habitantes de 20 tabancas1.300 mulheres grávidas e seus maridos 2.100 crianças com menos de 5 anos25 matronas, 25 educadores de pares
a SaúdE na GuIné-BISSau
68,5% da população em situação de pobreza absoluta
17% das crianças afectadas pela fome
35% da população acede a estruturas de saúde
Em 2004, 65% da população não tinha acesso a água (Country Profile, 2008)
O rácio de médicos por habitante é de 1 para 7000
A taxa de mortalidade infantil é de 138 em cada 1.000 nados vivos
A taxa de mortalidade materna é de 800 em cada 100 000 mulheres
Em 2008, o VIh/Sida apresentava uma prevalência de 8,7%
Degradação das infra-estruturas de saúde
projecto Maternidade sem risco
17
prInCIpaIS aCTIvIdadES
Prestação de serviços de saúde pré-natais
Diagnóstico e acompanhamento médico com internamento na Casa das Mães
Formação e capacitação de parteiras tradicionais
Sensibilização comunitária e das famílias para os cuidados de saúde materno-infantis, nutricionais e para a responsabilidade parental
o QuE aLCançáMoS
4.200 grávidas sensibilizadas e formadas sobre sinais de alerta, factores de riscos e cuidados durante a gravidez
12 formações práticas sobre nutrição e uso de recursos locais para alimentação saudável de mães e crianças
Clínicas móveis realizam deslocações mensais a cada tabanca para acompanhamento de grávidas (cerca de 1.200 grávidas acompanhadas)
98 Parteiras tradicionais formadas
48.000 pessoas nas comunidades foram sensibilizadas para a saúde materno-infantil e para a responsabilidade parental
Emissões radiofónicas sobre saúde materno-infantil difundidas por duas rádios locais
79 grávidas acompanhadas nas casas das mães
o noSSo parCEIroCaritas da Guiné-Bissau
oS noSSoS FInanCIadorESCaritas Guiné-Bissau | Santa Casa da Misericórdia de Lisboa | Câmara Municipal de Cascais
18
ondE | Benguela, Bié, Huambo, Luanda e Moxico, Sumbe e Caxito
“Estamos convictos que esta parceria permitirá obter ganhos importantes em termos de partilha de boas-práticas, efeitos replicativos e um impacto alargado junto da população.” José Vieira Dias Van Dúnem, Ministro da Saúde de Angola
O diagnóstico da saúde materno-infantil procura descrever as forças e as fraquezas do paciente, que é o sub-sistema das unidades de saúde ligadas à Igreja em Angola. Como um médico numa consulta normal, fizemos a auscultação do batimento cardíaco, a medição da temperatura, pedimos uma ou outra análise e ainda uma radiografia, felizmente, com a colaboração do paciente. Por fim, chegámos à conclusão que, apesar de todos os esforços e bons hábitos de saúde, que, em concreto, relevam da importância do trabalho da Igreja no combate à mortalidade materna e infantil em Angola, em particular junto da população mais desfavorecida, há ainda alguns sinais e sintomas de falta de saúde no subsistema. Face a este diagnóstico, a FEC receitou um conjunto de novos exames e uma terapia bem apertada: primeiro alargar o diagnóstico da saúde materno-infantil a todas as unidades de saúde da Igreja em Angola (porque a doença dos números, isto é, a falta deles, também mata); segundo, elaborar planos estratégicos da saúde materno-infantil em todas as dioceses, com a definição dos melhoramentos necessários em termos de infra-estruturas e equipamentos de saúde, na formação dos recursos humanos, nas acções de saúde comunitária. Ao Estado angolano, prescrevemos a aposta no financiamento do subsistema de saúde ligado à Igreja, como forma de complementar a acção dos serviços públicos de saúde.
a SaúdE EM anGoLa
1 em cada 12 mulheres morre devido a complicações no parto
45% dos partos são assistidos por um técnico de saúde
A taxa de mortalidade em menores de 5 anos de idade é estimada em 220 por 1.000 e a taxa de mortalidade neonatal é de 47 por 1.000 nados-vivos, totalizando cerca de 165.000 mortes por ano
programa Integrado de Saúde Materno-Infantil
19
o noSSo púBLICo - aLvo
Total de 90 postos e centros de saúde que atendem cerca de 63.000 utentes/ano
prInCIpaIS aCTIvIdadES
Divulgação dos resultados do diagnóstico junto dos principais actores de saúde em Angola: Ministério da Saúde, Delegações Provinciais da Saúde, OMS, unICEF
Definição de prioridades estratégicas com destaque para a formação de enfermeiros e parteiras
Trabalho de coordenação com Comissões Diocesanas de Saúde
Alargamento Diagnóstico e Levantamento de Dados Províncias do Sumbe e Caxito
o QuE aLCançáMoS
Lançamento do primeiro relatório sobre os cuidados de saúde materno-infantis prestados pela Igreja Católica em Angola
Parcerias com empresas em Angola e entidades portuguesas com angariação de fundos para programa de fomação de Rh de saúde a ser implementado em 2012
Parceria activa com o Ministério da Saúde em Angola
o noSSo parCEIroCaritas Angola
EnTIdadES EnvoLvIdaS
ACGD - Associação Cristã de Gestores e Dirigentes (Angola) | Dioceses de Benguela, Bié, huambo, Luanda e Viana | MInSA (Ministério da Saúde de Angola) Delegações Provinciais de Saúde | OMS (Organização Mundial de Saúde)
oS noSSoS FInaCIadorES
Alto Comissariado da Saúde ACS (Ministério da Saúde) | Millenium Angola
20
a FEC no Sudão do Sul
“Para quem passou décadas em guerra é muito importante que sintam que mesmo de pontos distantes, como Portugal, há apoio, ajuda e confiança no futuro”. Embaixador António Monteiro
O acordo histórico entre o norte e o Sul do Sudão, depois de décadas de guerra civil, garantiu a realização de um referendo para decidir sobre a independência da região sul. O pleito foi realizado em Janeiro de 2011. 99% dos sudaneses do sul escolheram a independência.
Do referendo nasce, a 9 de Julho, uma nova nação, a República do Sudão do Sul. hoje, o mais novo país do mundo ainda carrega as pesadas consequências da guerra por petróleo, por terra e por diferenças étnicas e religiosas. Os sul-sudaneses vivem num contexto de pobreza extrema e o país enfrenta complexos desafios políticos, económicos e sociais.
Em Março, partiu uma equipa da FEC em missão de prospecção de potenciais iniciativas e projectos de desenvolvimento que possam vir a ser apoiados. Foram realizadas reuniões bilaterais e multilaterais, visitas a projectos de desenvolvimento no terreno e recolha de dados in loco.
o Sudão do SuL
73% da população é analfabeta
92% das mulheres não sabe ler nem escrever
Só 55% da população tem acesso a água potável
Só 20% da população tem acesso a rede de esgotos
80% da população não tem acesso a cuidados de saúde
Taxa mais elevada de mortalidade materna do mundo
uma em cada quatro crianças morre até aos 5 anos
© UN Photo
21
o QuE aLCançáMoS
Apoio a dois projectos no terreno, através da Campanha anual de angariação de fundos Presentes Solidários
Prospecção e angariação de financiamento a médio prazo para um projecto no terreno
Uma das imagens mais fortes que trouxe de Juba foi uma fotografia que se repetiu com diferentes rostos, o orgulho quanto à forma como decorreu o referendo. Susana Réfega, Directora Executiva FEC, sobre a missão de prospecção ao Sudão do Sul
© UN Photo
22
A FEC tem desenvolvido ao longo dos anos uma cultura de inovação e investigação, procurando promover uma Cooperação para o Desenvolvimento mais eficaz, quer através de uma participação activa na definição de tendências e políticas de cooperação, quer através da introdução de metodologias inovadoras, adaptação e implementação de boas práticas. Consideramos que a aposta em projectos de investigação e utilização da tecnologia no âmbito da inovação social são essenciais na obtenção de impactos sociais positivos, sustentáveis e replicadores.
A edição de 2011 do FSM em Dakar, sem perder o seu enfoque, foi uma vez mais marcada pela pluralidade de perspectivas e encontro de visões. Confirmou assim a sua maior riqueza: colocar na agenda pública mundial as preocupações da imensa sociedade civil que ali se encontrou representada. Assuntos como o tráfico
humano, as alterações climáticas, a segurança alimentar, a redução da pobreza, o desenvolvimento humano sustentável e o respeito pelos direitos humanos foram os principais temas de enfoque do Fórum.
trAnSFOrMAMOS BOAS IDEIAS EM prOJECtOS DE SuCESSO
a FEC participou no Fórum Social Mundial 2011
Esta publicação é um policy paper que se centra no papel da Igreja Católica na Guiné-Bissau no sector da educação. Da responsabilidade da FEC, a recolha e análise de dados reportam-se ao período de 2005 a 2007, cruzando com leituras de documentos nacionais e internacionais da actualidade. Para este policy paper, a autora, Catarina Lopes, coordenadora da Cooperação FEC, contou com uma equipa multidisciplinar. Cipriano Santos, Sara Poças, henrique Lopes, do Centro de Estudos e Investigação Aplicada, Luís Mah do CEsA – Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) e Carlos Sangreman Proença, ligados à Guiné-Bissau, ao sector da educação ou ao contexto de desenvolvimento e cooperação deram os seus contributos.
Lançámos em 2011 uma revista temática com rigor científico sobre educação e cultura da/na Guiné-Bissau com o objectivo de constituir um espaço de conhecimento e reflexão, procurando responder à necessidade de aumentar o acesso ao conjunto de informação que é produzida pelos diferentes organismos e pessoas individuais nacionais e que não é disponibilizada ao grupo mais alargado de potenciais interessados.
“a arma da esperança na Guiné-Bissau”
revista Guineense de Educação e Cultura
EDuCAçÃO pArA O DESEnvOlvIMEntO E
ADvOCACIA SOCIAl - SEnSIBIlIzAr E MOBIlIzAr
CIDADÃOS, pOlítICOS E StAkEHOlDErS
A Educação para o Desenvolvimento é uma área estratégica de acção da FEC para formação e sensibilização cívica, procurando contribuir efectivamente para a promoção do compromisso público e da cidadania. Porque permite um amplo e profundo debate democrático sobre as questões do desenvolvimento, e faz da justiça social uma preocupação central de todos, é um pilar fundamental na definição das políticas de desenvolvimento, na legitimação da acção política e das acções dos diferentes actores da cooperação. Para além deste esforço de sensibilização junto da sociedade, a FEC realiza Advocacia Social, enquanto esforço organizado para, em nome da justiça social, influenciar instituições e sistemas políticos, económicos, religiosos e sociais no sentido de tomarem decisões que defendam os interesses de grupos e comunidades desfavorecidas.
Esta é a meta que partilhamos com as comunidades, com os nossos colaboradores, parceiros, financiadores e apoiantes dos mais diversos horizontes geográficos, institucionais e individuais. Sabemos que a nossa capacidade de intervenção e de obtenção de impactos sustentáveis dependem da excelência da rede de valor acrescentado que potenciamos. Temos como parceiros governos e autarquias, organizações da sociedade civil, grupos de base, empresas e Igrejas.
Voluntariado | Objectivos de Desenvolvimento
do Milénio | Alterações Climáticas | Cidadania
Diversidade Cultural | Segurança Alimentar
Temas-chave na Educação para o desenvolvimento
e advocacia Social FEC
71 entidades envolvidas nas redes FEC
176 agentes formados
1133 voluntários em missão (287 internacional | 846 PT)
2 Propostas Reflexão editadas (Quaresma e Advento)
2 documentos de posicionamento publicados
14 líderes políticos contactados
Arranque do Think Tank Alternativas: Cristianismo e Mudança
24
rede de voluntariado Missionário
A FEC coordena a Rede de Voluntariado Missionário, envolvendo 57 entidades, entre as quais estão grupos universitários, OnGD católicas, grupos de leigos ligados a congregações religiosas, paróquias e dioceses e que têm em comum o trabalho em cooperação para o desenvolvimento e a promoção e integração de voluntários missionários nas suas acções.
“Há algo mais importante do que ajudarem-nos a abrir horizontes, a desfazer preconceitos, esclarecer dúvidas, enriquecermo-nos de conhecimento, proporcionar a partilha de um espírito de Amor e Comunhão!? Acho que não, e tudo isto me foi proporcionado pelas secções de formação para voluntários da FEC; que foram um rico contributo não só para aquilo que fui na Missão que fiz no Verão de 2011, mas também para o que sou hoje no meu dia-a-dia em todos os aspectos.” Joel Oliveira, Voluntário
num tempo fortemente marcado pela interdependência entre os Estados e as comunidades, a FEC responde desta forma à urgente intensificação de dinamismos de solidariedade à escala mundial. A FEC pretende trazer para a agenda nacional e para a comunicação social a importância do voluntariado, enquanto dádiva gratuita e expressão solidária de cidadania activa, assim como o valor acrescentado do voluntariado missionário enquanto exercício de cidadania, crescimento humano e religioso e encontro de culturas.
prInCIpaIS aCTIvIdadES
Gestão da Rede
Concepção e realização do Plano Anual de Formação de voluntários
Organização de actividades que visam a partilha de experiências entre as organizações
Divulgação dos trabalhos e iniciativas de todas as organizações
Promoção de interesses comuns e reforço do papel de todas as entidades
Promoção de acções de divulgação e comunicação
Concepção, produção e distribuição de materiais de merchandising social
o QuE aLCançáMoS
1133 voluntários em missão
146 voluntários formados
Agenda dedicada ao tema Ano Europeu do Voluntariado 2011
8 palestras realizadas sobre Voluntariado a convite de organismos públicos e privados
72 notícias e 6 artigos de opinião sobre Voluntariado Missionário publicadas nos media
Participação regular nas reuniões da Comissão de Acompanhamento ao Ano Europeu do Voluntariado, Conselho nacional Promoção Voluntariado e Confederação Promoção do Voluntariado
91 participantes no XII Dia do Voluntário, “Compromete-te com o Mundo pelo qual todos somos responsáveis”
25
rede Fé e desenvolvimento
A Rede Fé e Desenvolvimento foi criada em 2009, com as pessoas, grupos e organizações que ao longo dos tempos têm cruzado os caminhos da FEC. Tem como principal objectivo a mobilização junto da Igreja Católica em Portugal (nas suas diferentes expressões) para que, a partir da sensibilização e reflexão, seja um agente de mudança e uma voz activa e profética na promoção do Desenvolvimento, em conjunto com a sociedade civil. Para além disso, a Rede Fé e Desenvolvimento é um núcleo gerador de recursos: documentos de posicionamento, reflexões litúrgicas, acções de formação e materiais pedagógicos. Através desta Rede, a FEC aprofunda a sua presença junto dos líderes políticos e religiosos portugueses e internacionais.
prInCIpaIS aCTIvIdadES
Lobbying político em conjunto com a CIDSE, com enfoque temático no Imposto sobre Transacções Financeiras e da Volatilidade dos Preços dos Alimentos e o seu impacto no Direito à Alimentação
Conferência “O desafio da Segurança Alimentar: leituras cruzadas das suas causas e consequências”, na 4ª edição de “Os Dias do Desenvolvimento”
Apresentação das recomendações da CIDSE junto de 2 Gabinetes Ministeriais, 2 eurodeputados e 5 grupos parlamentares
Workshops “Advocacia social: uma forma de pôr em prática a Doutrina Social da Igreja”
Materiais de Reflexão, cruzando Liturgia e Desenvolvimento
Participação no seminário CIDSE “Rumo a um novo paradigma para o desenvolvimento humano e sustentável”, em Bruxelas
Arranque do Think Tank Alternativas: Cristianismo e Mudança
“Esta Câmara Municipal continuará, em parceria com a FEC, a desenvolver esforços para sensibilizar a sua comunidade local para a educação para o desenvolvimento, solidariedade e exercício da cidadania activa.” Rosário Meneses, Câmara Municipal Santa Maria da Feira
O Enlaces II é um projecto de formação de agentes de Educação para o Desenvolvimento, vocacionados para o trabalho da sensibilização da opinião pública em Portugal. Visa contribuir para o desenvolvimento de competências de técnicos de entidades descentralizadas.
prInCIpaIS aCTIvIdadESFormação de técnicos das Câmaras Municipais
Sensibilização e mobilização das comunidades locais através da criação de sinergias
Concepção e distribuição de recursos pedagógicos
Divulgação e promoção das iniciativas locais de sensibilização e mobilização
InICIaTIvaS daS CâMaraS SAnTA MARIA DA FEIRA | “Apadrinhamento entre escolas de Santa Maria da Feira e de Catió” | Baralho de cartas pedagógico
LOuRES | Inquérito às Populações Imigrantes | Documentário sobre Grupo de Teatro Inter-Bairros para a Inclusão Social e Cultura do Optimismo (IBISCO)
SEIXAL | Jogo multimédia “Objectivos de Desenvolvimento do Milénio Júnior”
FARO | Acções de sensibilização em escolas públicas | Exposição “Enlaces II” nos Claustros do Museu Municipal | Brochura Comércio Justo
rede autarquias
CAMpAnHAS E COMunICAçÃO
10 anos da FEC na Guiné-Bissau
A FEC celebrou 10 anos de acção na Guiné-Bissau. Sob o lema «FEC Guiné-Bissau, 10 anos de caminhos partilhados e construídos!», partilhou o momento com os seus parceiros e público-alvo. A cerimónia teve lugar no Centro Cultural Português, em Bissau, e foi organizada pela equipa FEC a trabalhar no país, com o principal objectivo de recordar vivências e fazer um balanço da sua actuação.
os dias do desenvolvimento
A FEC participou neste evento com um stand com informações sobre o trabalho e projectos que tem desenvolvido. Para além do stand organizou, em parceria com a Fundação Gonçalo da Silveira e a Rede Fé e Justiça Europa África, um painel de discussão sobre “O Desafio da Segurança Alimentar: leituras cruzadas das suas causas e consequências”, que contou com as intervenções de Alicia Aleman, da ALBOAn, Gisele henriques da CIDSE e José Diogo Albuquerque, da Comissão Europeia.
Em 2011 fui convidada pela FEC para fazer uma apresentação sobre a situação da fome no mundo n´“Os Dias de Desenvolvimento”. Esta foi uma oportunidade maravilhosa para chegar à Cooperação Portuguesa, público académico e sociedade civil. Foi uma experiência mutuamente benéfica, que permitiu ao secretariado da CIDSE ser capaz de apresentar ao público português um pouco da sua análise e fazer contactos com membros do governo, discutir sobre como operacionalizar as mudanças que têm que acontecer para se alcançar a segurança alimentar. Gisele Henriques, CIDSE
Luso Fonias
“Olá, seja bem-vindo ao Luso Fonias… encontro de vozes e culturas de todo o espaço Lusófono.” É desta forma que todos os sábados, pelo meio-dia, a voz do locutor José Manuel Monteiro, chega a 12 rádios portuguesas e 8 rádios de expressão portuguesa de cinco países Africanos.
O programa é uma parceria entre rádios de inspiração cristã de 7 países: Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe e Brasil. O objectivo é gerar intercâmbios, conhecimento mútuo e interculturalidade entre os vários países, cumprindo uma função de Educação para o Desenvolvimento.
“O Luso Fonias é uma escola, contendo muitas coisas dos países que têm o português como língua comum, é um espaço de aproximação de culturas e de entretenimento.” Ana Bela, Rádio Sol Mansi Guiné-Bissau.
“Este programa de rádio é um elo que nos mantém unidos, através das partilhas que a rádio envia todas as semanas. Representa a vontade de comunicar e de fazer sentir o pulsar de cada rádio associada, a vontade de estarmos juntos, de crescermos juntos, tendo sempre presente que o ouvinte é a razão primeira daquilo que fazemos. Unamo-nos cada vez mais em torno deste projecto, Luso Fonias, com força, partilhando as nossas ideias, ajudando a nossa gente.” Frei Hipólito Barbosa, Rádio Nova Cabo Verde
27
presentes Solidários 2011
3.229 Presentes Solidários angariados
278
1 003
191
391
279234
105 105
593
50
Angola Guiné-Bissau Timor-Leste Moçambique S. T. Príncipe Brasil Cabo-Verde Portugal Sudão do Sul Sudão do Sul(Presente XL)
O ano passado contribuí pessoalmente, a minha empresa também só ofereceu presentes solidários aos seus colaboradores. Esta é a melhor forma de “descomercializar” o Natal e devolver-lhe o sentido. Carla Fernandes, compradora Presentes Solidários
padrInHoS SoLIdárIoS 2011
Laura Garcês Ferreira | Marcelo Rebelo de Sousa | António Monteiro Alice Vieira | José Diogo Quintela | Maria João Avillez | Fernanda Freitas | Miguel Arrobas | Vítor Baía | Rui Patrício | Tito Paris
28
Agenda 2011 Proposta Quaresma Via Sacra 2011
produtos FEC 2011
Policy Paper CIDSE
Boletim das IgrejasLusófonas
Boletim +Escola
o QuE aLCançáMoS
9 comunicados de imprensa divulgados
Contacto permanente com jornalistas e media
137 referências na comunicação social
6531 pessoas recebem newsletter
37.075 visitas ao site FEC
Aprender Sem Medo Policy Paper sobre Alfabetização
Em muitas das histórias que aqui retratamos, é possível ver a alegria de quem conseguiu ultrapassar o mais difícil:
a si próprio com a sua história de vida e suas limitações.
FEC - FUNDAÇÃO FÉ E COOPERAÇÃOQuinta do Cabeço, Porta D, 1885-076 Moscavide | Lisboa | Portugal
Tlf: (+351) 218 861 710 | Fax: (+351) 218 861 708www.fecongd.org | geral@fecongd.org
QUANDO A SALA DE AULA VAI PARA A RUATestemunhos de letrados sobre alfabetização
29
DADOS FInAnCEIrOS
A FEC desenvolve a sua acção de forma rigorosa, na gestão e administração dos seus recursos. A lógica de gestão é orientada tendo como objectivo primordial o bem-comum e a sustentabilidade a longo prazo. Consideramos que a promoção do desenvolvimento humano sustentável requer elevados padrões de transparência no reporte aos nossos financiadores, doadores, parceiros e público em geral. As contas da FEC são auditadas regularmente por uma empresa de auditoria externa, garantindo a transparência dos nossos projectos e actividades.
A FEC é o exemplo de uma ONGD que se pauta pelo rigor, pelo empenho, pelo investimento e pelo profissionalismo da equipa. Etelvina Cardeira, Departamento Administrativo e Financeiro FEC
Financiamento por área de actividade Financiamento por país
95%
5%
Cooperação para o Desenvolvimento
Educação para o Desenvolvimento e Advocacia Social
Saúde
CapacitaçãoInstitucional
Educação
76%
14%
10%
RedeFé e Desenvolvimento
RedeVoluntariadoMissionário
RedeAutarquias
65%
34%
(1%)
Guiné-Bissau
Angola
Portugal
Sudão do Sul (3%)
Outros (1%)
61%
26%
9%
Agradecemos o apoio de todas as entidades que connosco investiram tempo, conhecimentos,
dinheiro e recursos na Educação, na Saúde, na Capacitação, na Justiça Social e Equidade
e, consequentemente, na esperança de um futuro digno para as comunidades vulneráveis
espalhadas pelo espaço lusófono e Sudão do Sul.
origem dos nossos fundos
FundosPúblicos
FundosPrivados
77%
23%
Alto Comissariado da SaúdeComissão EuropeiaIEFPIPADMunicípio de CascaisMunicípio de FaroMunicípio de PortimãoMunicípio de Santa Maria da FeiraMunicípio de SantarémMunicípio de VagosSanta Casa da Misericórdia de LisboaUNICEF
APOIARAM & JGCaritas Guiné-BissauConferência Episcopal PortuguesaEDITEmotive DesignFocagem, LdaFonte VivaFundação Calouste GulbenkianFundação Lusalite VidaFundação Millennium BCPManchete, SA
apoIoS púBLICoS apoIoS prIvadoS
Millennium AngolaObras Missionárias PontifíciasOJEPastoral SocialPLANPorticus IbériaRádio RenascençaSpectacolorVER
31
AlIMEntE AS nOSSAS CAuSAS E prOJECtOS
Sem recursos financeiros, dificilmente a FEC pode cumprir a sua Missão e por isso é fundamental o apoio de todos. A FEC é uma Pessoa Colectiva de utilidade Pública e através do Estatuto dos Benefícios Fiscais - Capítulo X - Benefícios fiscais relativos ao Mecenato - Decreto-Lei n. 108/2008, de 26/06, Artigo 62., n. 3e) e Artigo 63. os donativos são dedutíveis no IRS e IRC e majorados em 30%.
A FEC é rigorosa na gestão e administração dos recursos: subsídios e donativos. Estes são aplicados na prossecução da sua missão, projectos e actividades numa lógica de bem comum. Elisabete Rebola, Coordenadora Departamento Administrativo e Financeiro FEC
donativo periódico Consignar 0,5% do seu IrS
Pode fazer uma contribuição periódica em dinheiro para a FEC. Essa contribuição pode ser do montante que deseja e ser interrompida a qualquer momento.
donativo pontual
Pode optar por depositar um donativo na conta da FEC (50127490639 - Millennium BCP).Para fazer uma transferência utilize o seguinte nIB: 0033.0000.50127490639.05 ou, caso seja uma transferência internacional, utilize o IBAn: PT50.0033.0000.50127490639.05, SWIFT/BIC: BCOMPTPL.Pode também enviar-nos um cheque ou um vale postal passado em nome de FEC directamente para: FEC - Fundação Fé e Cooperação, Quinta do Cabeço, Porta D, 1885-076 Moscavide, Portugal.Em todas estas situações deverá sempre enviar-nos os seus dados pessoais (nome, morada e nIF) para emissão do recibo.
O Estado permite que 0,5% dos nossos impostos reverta directamente a favor de uma Instituição de utilidade Pública que prossiga fins de beneficiência, como é o caso da FEC. Para tal, basta que na sua declaração fiscal, no Anexo h - Quadro 9 (Consignação de 0,5% do Imposto Liquidado) - Campo 901, insira o nIPC da FEC: 502 868 783.
aquisição de Materiais FEC
Pode também adquirir qualquer uma das nossas publicações e assim estará a contribuir directamente para os nossos projectos no terreno. Para encomendar, basta usar os contactos da FEC, indicados no verso desta publicação.
DESDE JÁ O NOSSO MAIS SINCERO OBRIGADO!
FundaçãoFé e CooperaçãoFEC
Quinta do Cabeço, porta d1885-076 MoscavideporTuGaLTlf: +351 218 861 710Fax: +351 218 861 708geral@fecongd.org
www.fecongd.org
top related