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FATORES DE PLANEJAMENTO DE MINASTOPE RECUPERADO & DILUIÇÃO NÃO PLANEJADA

MINA DE FAZENDA BRASILEIROMFB/YAMANA RESOURCES INC.

Barrocas - BA

Fábio Ferreira de Oliveira, MFB ,Técnico em Mineração,fabiooliveira@yamana.com.br

Erineide de Oliveira Cândido Gomes ,MFB, Técnica em Geologia,erineidecandido@yamana.com.br

André Loose, CVRD, Técnico em Mineração,andre.losse@cvrd.com.br

RESUMO

O presen te traba lho descreve o tra tam ento de dados co le tados a trav és dolevantam ento topográfico dos stopes na m ina de ouro de Fazenda B rasile iro ,de m odo a fornecer parâm etros para p revis ão dos fa to res de p lane jam entoàs fu tu ras escava ções. Ta l p revis ão perm ite um a m elhor reava lia ção deparâm etros e a co rreção de p roced im entos a té en tão ado tados.

Palavras Chave: fa to res de p lane jam ento , re troan álise

ABSTRACT

The p resen t work describes the treatm ent o f the da ta co llec ted from thetopograph ic su rvey o f m ine s topes a t Fazenda B rasile iro go ld m ine , w ith theobjective o f fo rescasting p lann ing factors fo r the m ine . Such forecast a llows abette r back estim ation o f pa ram eters and the co rrection o f proceduresadopted .

Key words: p lann ing fac to rs, back ana lyse

INTRODUÇÃO E OBJETIVO

C om o advento da m ecaniza ção , g rande parte dos serviços de escava çãosubte rrânea tonaram -se m ais d in âm icos e com plexos, so lic itando um m aio rcontro le da qua lidade de escava ção a fim de ob ter um a m a ior recupera ção eum a m enor d ilu ição duran te a execu ção da lavra . O presen te traba lho tem com o ob je tivo apresen tar a m etodo log ia adotadapara a dete rm ina ção dos fa to res de m ina ao que d iz respe ito a recupera çãodos stopes e d ilu ição n ão p lane jada a través de levan tam ento topográfico dosrea lces em con jun to com as fe rram entas de traba lho do Vu lcan. METODOLOGIA A m etodolog ia adotada para a determ ina ção dos fa to res de m ina envo lve area liza ção de um a seq üênc ia de e tapas:

- Levantam ento topográfico dos stopes a trav és do C M S (C avity M on ito ringS ystem );

- M odelar o stope m onitorado u tilizando o so ftware Vulcan ;- Estim ativa a trav és de m ode lo de b locos;- Tra tar dados em p lan ilha e le trôn ica ;- R etoan álise do p ro je to .

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO

Localiza ção

A m ina de O uro de Fazenda B rasile iro , pe rtencente à Yam ana G o ld Inc .C om pany s itua -se no m un ic íp io de Barrocas/BA .

A m ina d is ta 12 Km a oeste da c idade de Teo filând ia a ce rca de 200 Km deSalvador. F igura 01 .

MinaMinaRio de Janeiro

MI NA

PARAGUAÇUB R-116

R IO

JACUIPE

R IO

I T APICURU

R IO

MARI A PRET A

S anta L uz

Araci MI NAF AZ . BRAS IL E IRO

T eofi lândia

S E RR I NHA

F E I RA DE S ANT ANA

S AL VADOR

A.F.F .S .A

B R-120

BR

-11

6

B R-324

OCEANO

AT LÂNT IC

O

FAZENDA FAZENDA BRASILEIROBRASILEIRO

F igura 01 – M apa de loca liza ção .

Escala de P rodu ção

A p rodu ção é de ce rca de 1 M t/ano com teor de 3 ,13g/t a 820 m deprofund idade. A m etragem to ta l de ga le rias abertas é de 750 m /m ês , sendo350 m de desenvo lvim ento exp lo ra tório (ram pas e ga lerias de pesquisa ) e400 m de desenvo lvim ento p rodutivo .

M étodo de Lavra

O m étodo de lavra sub terrânea u tilizado in ic ia lm ente fo i o abatim ento comreca lque por subn íve is (subleve l sh rinkage caving ), com posterio r evo lu çãopara a lavra por subn íve is (sub leve l s top ing ) (F igura 02) à m edida que ascondições das enca ixan tes m elhora ram , obtendo-se aum ento daprodu tividade e redução da d ilu ição . O acesso é fe ito a trav és de ram pas com-15% , com 5 ,0 x 5 ,5 m 2 e a a ltura en tre subn íve is va ria entre 13 e 15 m . Om ateria l transportado é içado a té a superfíc ie a trav és de po ço vertica l (sha ft).A M ina é operada u tilizando-se técn icas e equ ipam entos m odernos segundopadrões de segurança e opera ção que correspondem a um con texto de a ltopadrão tecno lóg ico .

F igura 02 - S e ção esquem ática

FATORES DE PLANEJAMENTO DE MINA

O p lane jam ento de m ina em Fazenda B rasile iro u tiliza v árias técn icas, den treos qua is es tá inserida a re troan álise dos pa in éis de lavra , com base nolevantam ento topográfico com o C avity M onito ring System (F igura 03),operando desde o ano 2000 , este traba lho é fe ito em con junto com asferram entas de traba lho do Vulcan.

F igura 03 – C M S (C avity M onito ring S ystem )

As cavidades de lavra por fu ros longos (stopes ) s ão baseados na geom etriado m in ério e na fo rm a m ais adequada para posterio r extra ção , com o m ostraa F igura 04 .

F igura 04 – S tope Lavrave l

S T O P E

M IN ÉR IO

Para se obte r índ ices de e fic iênc ia da lavra , é fe ito o m onito ram ento dacavidade lavrada com o C M S . Ta l apare lho faz o levan tam ento a trav és daco le ta de pon tos coordenados em x,y,z rea is, gerando um a “nuvem ” depontos que será u tilizada para in terpre ta ção e desenho no Vulcan gerando os ólido da cavidade lavrada (rea lce ).

F igura 05 – Levan tam ento Topográfico

Ap ós fe ita a im portação de dados do C M S , em fo rm ato dxf para o vu lcan,in ic ia-se a fase de in te rpre ta ção e m odelam ento do rea lce.

F igura 06 – R ea lce

L E VA N TA M E N T OT O P O G R ÁF IC O

M IN ÉR IO

S T O P E

R E A L C E

M IN ÉR IO

S T O P E

A e fic iênc ia da lavra é ob tida a trav és da com para ção do pro je to do stopepro je tado com o levantam ento topográfico do rea lce execu tado . O M ateria lque fo i pro je tado para a lavra e que n ão fo i recuperado , denom ina-se underbreak . O m ateria l proven iente da sobrescava ção ou se ja que sa iu a lem dopro je tado , denom ina-se over b reak ou d ilu ição n ão p lane jada.

A an álise de recupera ção e d ilu ição é fe ita com a m etodolog ia de m odelo deb locos.

F igura 07 – U nder B reak (s tope n ão recuperado).

F igura 08 – O ver B reak (d ilu ição n ão p lane jada).

U N D E R B R E A K

O V E R B R E A K

C ada b loco possu i um a variáve l que identifica o tipo de m ate ria l. Assim ,atrav és de linhas de com ando, execu tadas no s is tem a vu lcan, é ca lcu lado atone lagem e estim ado o teor dos d ife rentes tipos de m ate ria l.

N a seq üênc ia é apresentado um re la tório com as in fo rm a ções so lic itadas.

F igura 09 – R e la tório de Ton . e Teor M éd io

Tonelagem e teo r m éd io

Ap ós execu ta r os c álcu los para cada tipo de m ate ria l (under break, overbreak ), a tua liza-se a p lan ilha em E xce l que ca lcu la rá o percen tua l de cadatipo de m ate ria l.

F igura 10 – P lan ilha – (E studo de D ilu ição e R ecupera ção dos R ealces)

F igura 11 – G ráfico – (H is tórico de d ilu ição e recupera ção )

As fo rm ulas para ca lcu lo da percen tagem de under b reak (stope nãorecuperado) e over break (d ilu ição n ão p lane jada) s ão respectivam ente :

1 . % under b reak (ponte ) = m assa under b reakstope p revisto

2. % over break (d ilu ição ) =_______m assa over b reak__________stope p revisto - m assa under b reak

A lém de fornecer os índ ices de recupera ção e d ilu ição , es te estudo tam b émperm ite fazer um a re troan álise do p ro je to , a trav és do ba lan ço de m assaentre o que fo i previsto e o rea lizado com parando tam b ém a recupera ção dom eta l contido em re la ção ao previsto na fase de e labora ção do pro je to .

Em te rm os geom ec ân icos, fac ilitou-se o estudo para tom ada de dec is ões nod im ensionam ento de cab le bo lts e/ou p ila res ao londo das escava ções com afina lidade de m in im izar a d ilu ição , F igura 12.

F igura 12 – R e troanalise da ap lica ção de cab le bo lts

A partir da re troana lise do pro je to geom ec ân ico (F igura 12), consta tou-se aefic iênc ia dos cable bo lts u tilizados, sendo esta poss íve l som ente a traves dolevantam ento topográfico .

S T O P EP R E V IS T OS T O P E R E A L IZ A D O

(C A D A S T R O T O P O G R ÁF IC O )

C A B L E B O L TC A B L E B O L T

ÁR E A D E A T U A Ç ÃO D AD IL U I Ç ÃO

CONCLUSÃO

O P lane jam ento de M ina de Fazenda B rasile iro d isp õe de hardware esoftwares com patíve is com suas necess idades, buscando sem pre aotim iza ção de suas a tiv idades cu ja a prática avan çada con tribu i d ire tam entena qua lidade dos resu ltados ob tidos, ta l p ra tica perm ite a antec ipa ção nasdecis ões e o aprim oram ento nas técn icas adotadas.

A m etodolog ia apresentada tem con tribu ído para o aperfe içoam ento dom odelo geom ec ân ico fo rnecendo dados de en trada representa tivos para areso lu ção do p rob lem a da d ilu ição que a lém de operaciona l, dependeexc lusivam ente do com portam ento do m aciço rochoso em decorrênc ia dasescava ções e do apro fundam ento da m ina, ocas ionado pe lo aum entorepresenta tivo das tens ões.

F ina lm ente, com isto , pode-se ob te r índ ices de over b reak e under b reakzoneados por co rpos, tipos de m ac iços e p ro fund idades que são u tilizadosna convers ão de recursos m edidos e ind icados em reservas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

O ptech ,(2002) C avity M on ito ring S ystem , w w w.optech .on .ca.

M FB - M inera ção Fazenda B rasile iro , An álise de D ilu ição e R ecupera ção dosR ealces, (2003) M ina de Fazenda B rasile iro .

R odrigues, R . L ., Lopes, R . L ., (2002) P rocedim entos para de fin ição deparâm etros geom ecân icos da M ina de Fazenda B rasile iro (C VR D ), IIC ongresso B ras ile iro de M ina a C éu Aberto & II C ongresso B rasile iro deM ina Sub te rrânea.

R odrigues, R . L ., O live ira , I S D , (2002) P rocesso de Pane jam ento da M inade Fazenda B ras ile iro (C V R D ), II C ongresso B rasile iro de M ina a C éu Aberto& II C ongresso B rasile iro de M ina S ubte rrân ea .

Loose, A ., (2003) Fatores de P lane jam ento de M ina – M in ério N ãoR ecuperado & D ilu ição P lane jada , III C onferênc ia de U su ários do Vu lcan.

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