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EXPOSIÇÃO ITINERANTE: PROJETO ARTE EDUCATIVO NO AMBIENTE ESCOLAR
Aline Sanchez Ronque
UNESP - Campus de Bauru / FAAC / Departamento de Artes e Representação Gráfica aline_sanchez_r@hotmail.com
Orientadora: Profª Drª Maria Luiza Calim de Carvalho Costa
UNESP - Campus de Bauru / FAAC / Departamento de Artes e Representação Gráfica marialuiza@faac.unesp.br
1. INTRODUÇÃO
Pesquisa intitulada “Exposição Itinerante: projeto arte educativo no ambiente
escolar” tem o propósito de mediar público e obra no espaço escolar. Foi realizada
em duas escolas públicas sendo uma municipal e a outra estadual na cidade de
Bauru, e se diferencia de atividade artística na sala de aula, a medida que leva os
alunos para um lugar construído: o espaço expositivo. Para isso houve necessidade
planejar uma curadoria levando em consideração o público alvo, sua faixa etária e
as possibilidades de interação propiciadas pelo conjunto de obras escolhidas.
Segundo MARTINS (2005, p. 28) “Como um curador, o professor seleciona, propõe
diálogos entre oposições, complementaridades ou identificações, faz recortes, elege
um ponto de vista”.
Optamos por tema relacionado ao cotidiano das crianças, no caso “Comida”.
Com o tema definido selecionamos quinze obras de sete artistas:
Pedro Alexandrino 1856-1942 (Banana Metal, s.d); Antonio Henrique Amaral
1935 (Campo de Batalha 5, 1973), (Campo de Batalha 3, 1973) e (As duas
Suspensas, 1972); Lasar Segall 1891-1957 (Bananal, 1927); Giuseppe Arcimboldo
1527-1593 (O jardineiro vegetal, 1587) e (Cargo reversível com cesto de frutas,
1587); Vik Muniz 1961 (Medusa Marinara, 1998) e (Medusa, 1998); Michelangelo
Merisi da Caravaggio (Cabeça de medusa, 1597); Rochelle Costi, 1961 (Pratos
típicos, Prato feito, Dobradinha, 1994-1997) e (Pratos típicos/Marmita, 1994-1997);
Anna Maria Maiolino, 1942 (Arroz e Feijão, 2008).
As obras expostas são reproduções de obras de arte, e sabemos que não
possuem as mesmas características de um original, porém assim como revela LEITE
VIII Encontro de Arte e Cultura - 15 a 19 de outubro de 2012 - FAAC - UNESP
e OSTETTO (2005, p. 96), “Ao defender a proposta de um museu com
reproduções... não está pensando que uma reprodução possa substituir de modo
absoluto a obra original. Sua preocupação maior é difundir as imagens de arte para
um grande número de pessoas”.
A principal característica da exposição foi combinar reproduções de obras
com diferentes artistas e épocas, enriquecendo a mediação assim como relata
BARBOSA (2008, p. 15) “estabelecendo uma seqüência determinada não pela
cronologia, mas por alternâncias de concentração necessária à interpretação”. Para
isso intercalamos obras dos seguintes períodos: Academicismo, Modernismo,
Barroco, Maneirismo e Arte contemporânea.
A montagem da exposição ocorreu num espaço escolar inadequado para tal,
portanto houve necessidade de adaptar suporte móvel que facilitasse a locomoção e
que se encaixasse em qualquer ambiente interno.
2. METODOLOGIA (MATERIAL E MÉTODOS)
O espaço construído, onde foi realizada a mediação, é um pretexto para que as
crianças saiam da sala de aula e entrem em contato com as obras em outro
contexto. Mediar esse contato é provocar a interação, assim como escreve
MARTINS (2005, p.50) “Além de provocar seu olhar cognitivo, instiga o encontro
sensível através dos sentidos, sensações e sentimentos despertados, para a
imaginação e a percepção”. Para facilitar a mediação, separamos as obras em três
percursos diferentes, que foi apresentado para crianças de 5 a 10 anos que estudam
no primeiro até o quinto ano do ensino fundamental I, proporcionando a elas jogos
de apreciações estéticas e, em alguns casos, gustação para fruição estética mais
intensa.
Para a montagem da exposição adaptamos um suporte com cabos de
vassouras fixados em concreto dentro de canos de pvc, formando uma espécie de
coluna, entre os cabos grampeamos tecidos para formar paredes, onde ficaram
expostas as obras. Houve a preocupação, no processo da montagem, de além de
construir um percurso de apreciação e fruição, que as obras estivessem colocadas
de modo adequado em relação à altura média das crianças.
O processo de mediação foi composto por momentos, que incluía apreciar,
interpretar e fruir a obra. Para promover um contato da obra com o aluno, levamos
VIII Encontro de Arte e Cultura - 15 a 19 de outubro de 2012 - FAAC - UNESP
em conta o seu conhecimento, sua idade e cultura para facilitar a leitura visual e
propiciar a experiência criativa.
Dividimos as obras em três percursos, ficando cinco reproduções para cada
um, o critério da divisão foi a possibilidade interativa dos conjuntos, sendo assim
separamos as obras que estavam ligadas ao fruto da banana, obras construídas
com comida e pratos típicos brasileiros.
Para mediar esses percursos construímos jogos interativos no qual a criança
se relacionava com a obra construindo diálogos através da apreciação, criando
situações onde o contato com a arte poderia ampliar a sua linguagem.
No decorrer das atividades de cada percurso as crianças deparavam com uma
atividade pratica, promovendo um resultado em cima do repertorio vivenciado.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O presente trabalho encontra-se em fase de análise do processo de mediação e
dos registros feitos.
4. CONCLUSÕES
Como conclusão parcial, podemos observar que ao tirar as crianças da sala de aula
e propor a elas uma experimentação estética em outro local, oferece-se um jogo
interativo entre obra e público com ampla possibilidade de enriquecimento do
conhecimento artístico da criança.
REFERÊNCIAS BARBOSA, Ana Mea. Arte/Educação como mediação cultural e social. São Paulo: Editora Unesp, 2008. LEITE, Maria Isabel e OSTETTO, Luciana Esmeralda. Museu, educação e cultura: encontros de crianças e professores com a arte. 3° Ed. Campinas, SP: Papirus, 2005 MARTINS, Mirian Celeste. Mediação: provocações estéticas. São Paulo, SP: Universidade Estadual Paulista – Instituto de Artes. Pós-graduação, 2005.
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