eusébiozinho

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Education

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IN OS MAIAS

Eusebiozinho

Educação de Eusebiozinho

Educação tradicional portuguesa:Proteção excessivaMimos exageradosPreparação teórica e não práticaFortemente religiosaPreparação da alma e não do corpo

Educação de Eusebiozinho

Capítulo III – pág. 77 a 82

‘’De repente, porém, de um salto, precipitou-se sobre o Eusebiozinho.(…) …quando a mamã acudiu aterrada :

- Não, com o Eusebiozinho não, meu filho. Não tem saúde para essas cavalgadas…

Mas a um repelão mais forte , rolara no chão, soltando gritos medonhos. (…) A mãe, trémula (…) punha-o de pé sobre as perninhas moles, limpando-lhe as grossas lágrimas (…) quase a chorar também. ‘’

Criança sem robustez, sem força, mole, fraca

Proteção excessiva

romantismo

Educação de Eusebiozinho

‘’Ó filho, diz tu aqui ao sr. Vilaça aqueles lindos versos que sabes… Não sejas atado, anda… Vá, Eusebiozinho, filho, sê bonito…

Mas o menino, molengão e tristonho, não se descolava das saias da titi: teve ela de o pôr de pé, ampará-lo, para que o tenro prodígio não aluísse sobre as perninhas flácidas. E a mamã prometeu lhe que, se dissesse os versinhos, dormia essa noite com ela…

(…) abriu a boca, e como de uma torneira lassa veio de lá escorrendo, num fio de voz, um recitativo lento e babujado…

Criança fraca, sem vida, sem energia

ironia

Não sabe o que está a dizer, ensinava-se a decorar e não a saber : CRÍTICA

Excesso de mimosSem iniciativa

Educação de Eusebiozinho

‘’Disse-a toda – sem se mexer, com as mãozinhas pendentes, os olhos mortiços, pregados na titi.(…)

- Muito bem, muito bem ! – exclamou o Vilaça, impressionado, quando o Eusebiozinho findou coberto de suor. – Que memória, que memória… É um prodígio ! ‘’

Sempre nervoso, sempre ansioso, não estava preparado para a prática

CRÍTICA: estavam deliciados com aquela recitação inútil, davam importância à teórica

Não há a animação típica de criança

Recorrência a diminutivos para caracterizar Eusébiozinho

Educação de Eusebiozinho

Cena antes da procissão, o Eusebiozinho ia de anjo e o Carlos ‘’apodera-se dele’’ e este aparece a Afonso ‘’aos berros pela titi, todo desfrisado, sem uma asa, com a outra a bater-lhe nos calcanhares(…) a vestimenta toda em frangalhos’’

‘’Tinha três ou quatro meses mais que Carlos, mas estava enfezado, estiolado, por uma educação à portuguesa: daquela idade ainda dormia no choco com as criadas, nunca o lavavam para o não constiparem (…) passava os dias nas saias da titi a decorar versos… E assim lhe estavam arranjando uma almazinha.’’

Desde criança, sempre a ‘apanhar’ de Carlos: inferioridade, fraqueza

ironia

CRÍTICA: à educação de Eusébiozinho (tradicional portuguesa)

CRÍTICA

Eusebiozinho e a prostituição

Capítulo VIII – pág. 230 a 234

• ‘’Eusebiozinho! Carlos correu, olhou… Era ele, o viúvo, acabando de almoçar, com

duas raparigas espanholas. (…) estava diante de uns restos de pudim e de pratos de fruta,

amarelado, despenteado, carregado de luto… Uma das espanholas era um mulherão trigueiro, com sinais de

bexigas na cara, a outra, muito franzina, tinha uma roseta de febre… Ambras vestiam de cetim preto e fumavam cigarro.

Prostitutas

Realismo

Caracterização típica associada a prostitutas

ironia

Diminutivo

Eusebiozinho e a prostituição

‘’ E na luz da frescura que entrava pela janela, pareciam mais gastas, mais moles, ainda pegajosas de lentura morna dos colchões e cheirando a bafio de alcova’’

‘’ Durante um momento, Eusebiozinho ficou interdito, com o garfo no ar…

E nunca parecera tão fúnebre, tão reles, como resmungando estas coisas hipócritas, encolhido à sombra de Carlos.’’

• ‘’-Fizeste bem Eusebiozinho – disse Carlos por fim, batendo-lhe no ombro. – Lisboa está um horror, e o amor é coisa doce.

Personagem sem caráter, que tem vergonha das suas próprias ações

Inferioridade desde a infância

Ironia

Eusebiozinho e a prostituição

‘’E ainda ele mascava as últimas palavras, quando Concha, (…) atirou um murro à borda da mesa e, com os olhos chamejantes, desafiou Eusébio a que repetisse aquilo. Queria que ele dissesse se tinha vergonha dela, e de dizer que a tinha trazido a Sintra , (…) , ela atirou –lhe os piores nomes, dando sempre punhadas na mesa , (…) chamou-lhe porco, acusou-o de forreta, usou-o como um trapo vil.’’

‘’ Eusebiozinho (…) lá partia a passos lentos pelo corredor a pedir perdão à Concha’’

Eusebiozinho é humilhado e rebaixado por homens e mulheres, toda a vida. Inferioridade sempre.

Submissão relativamente à mulher prostitutaInferioridade, humilhado por todos - Ironia

2ª Sova de Carlos a Eusebiozinho

Capítulo XVI – pág. 615• ‘’… o Eusébio, encolhido, balbuciou atarantadamente: ‘’Olá, por

aqui…’’ -Ouve cá estupor – rugiu Carlos – Então também andaste metido

nessa maroteira da ‘’Corneta’’ ? Eu devia rachar-te os ossos um a um !

Agarrando-lhe o braço (…) sentiu na sua mão de forte aquela carne molenga e trémula, ressurgiu nele uma aversão nunca apagada – que já em pequeno o fazia saltar sobre o Eusebiozinho e esfrangalhá-lo. (…) E então abanou-o, como outrora, furiosamente, gozando o seu furor. O pobre viúvo (…) dançava, escanifrado e desengonçado.

-Acudam ! – rouquejou o desgraçado !’’ Já em criança era mole e fraco e, agora adulto, continua sem robustez

Desde pequeno que apanhava de Carlos que sempre o detestara

Inferioridade relativamente a Carlos, como sempre

Eusebiozinho

Resumindo….

Educação estritamente teórica que não o preparou para a vida

Constante inferioridade Fraqueza de corpo e espírito Falta de caráter e personalidade Humilhado e rebaixado por todos Corrupto Covarde Sempre Eusebiozinho nunca Eusébio, sempre menino nunca

homem

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