estudos latino americanos em comunicação2

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ESTUDOS LATINO AMERICANOS EM COMUNICAÇÃO

Universidade Federal do PiauíDepartamento de Comunicação Social

Disciplina: Teoria da Comunicação IIDocente: Jennyffer Mesquita

2011.2

AMÉRICA-LATINA NOS ANOS 70

a) Militâncias populares; b) Organização de sindicatos; c) Organizações de base; d) Criação de formas alternativas na

comunicação popular; e) Socialismo libertador

COMISSÃO INTERNACIONAL PARA OS ESTUDOS DOS PROBLEMAS DA

COMUNICAÇÃO

Nova Ordem Mundial da Informação e da Comunicação (NOMIC). Fontes de informações alternativas para cobrir os

acontecimentos; O fluxo de informação atravessaria os países por

meio do olhar latino, subdesenvolvido, mas em processo de libertação;

A democratização da informação acompanharia o ressurgimento da democracia política e o desenvolvimento de projetos econômicos nacionais na região;

A cultura latino-americana se insurgiria contra a dominação estrangeira.

A pesquisa-denúncia dos anos 70 foi sendo substituída pela pesquisa-ação, nos anos 80;

Projetos políticos, mais que propostas teóricas, mobilizaram pesquisadores e frutificaram junto a setores organizados da sociedade;

O receptor deixava de ser identificado como a massa amorfa e uniforme, passiva e manipulável, passando a ocupar o lugar do dominado – o trabalhador organizado, a feminista, o militante - , cujas apropriações expressavam um receptor crítico.

Estudo da comunicação popular/pesquisa-ação/pesquisa participativa/pesquisa militante.

NOVAS MODALIDADES DE PESQUISA

Pesquisa-ação; Pesquisa participante; Pesquisa militante.

LINHAS DE PESQUISA DA DÉCADA DE 80

1 – Políticas Públicas/Nacionais de comunicação – reatualizando a questão da dependência e ampliando o tema, com a questão da tecnologia e da democracia, havia um projeto de intervenção na comunicação pública desde o Estado;

2 – Comunicação Popular e Alternativa – ampliando a noção de comunicação para além da Indústria Cultural , havia um projeto de intervenção cultural desde os movimentos sociais.

JESUS MARTIN BARBERO

Ele formulou um projeto transdisciplinar para pensar DESDE a comunicação.

A comunicação deve ser tratada no cenário da CULTURA, que na América Latina encontra eco na sua formação HÍBRIDA, que propicia múltiplas MEDIAÇÕES na RECEPÇÃO das mensagens.

Os anos 90, no contexto da globalização e mundialização, ideologia e dependência deixam de ser categorias importantes nos estudos em comunicação e sim, a mediação e hibridação , que permitem repensar a relação do popular com o massivo, da comunicação com os movimentos sociais, do receptor com o meio, todas “mediadas”pelas estruturas socioculturais.

Além de Barbero, outros pesquisadores latinos como José Marques de Melo e Nestor Canclini, apontam a pesquisa denúncia como sendo desconecta da realidade, visto que se negam a captar o fenômeno em sua totalidade privilegiando apenas uma parte – a dominação e alienação dos meios – não considerando a capacidade de leitura dos indivíduos bem como a influência dos MCM sobre a dinâmica da cultura popular.

A escola latino-americana é um marco nas pesquisas em comunicação ao lado das outras escolas, como a norte- americana, e um divisor de águas, pois passa a entender a relação emissor-receptor de maneira distinta ao incumbir os meios de comunicação de massa de refletir em seus conteúdos os anseios e características de seus receptores.

Hoje, a pesquisa em comunicação é realizada nos programas de pós graduação – mestrado e doutorado –e vem se expandindo cada vez mais.

BIBLIOGRAFIA HOHLFELDT, Antonio, MARTINO, Luiz C. e FRANÇA,

Vera Veiga (orgs) Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências. Rio de Janeiro: Vozes, 2001.

MARQUES DE MELO, José - Teoria da Comunicação: Paradigmas Latino-Americanos, Petrópolis, Vozes, 1998

MATTELART, Armand e Michele. Histórias das teorias da comunicação. São Paulo: Loyola, 1999, 220 p. 

POLISTCHUCK, Ilana e TRINTA, Aluízio Ramos.Teorias da Comunicação: o pensamento e a prática daComunicação Social. Rio de Janeiro: Campus, 2003. 179p

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