estudantes de relações públicas sobre a profissão de relações públicas
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PERCEPÇÕES DOS
ESTUDANTES DE
ACERCA DE SUA
FUTURA PROFISSÃO
PESQUISA INSTITUCIONAL II
BIANCA SEIBERT, CAROLINA FINGER,
KETELYN SCRITTORI, LUIZA ARAUJO E
PATRICIA SAVI
profissão de Relações Públicas:
desafios históricos de
posicionamento no país
é no ambiente acadêmico que os
profissionais de Relações Públicas são
formados, construindo o futuro do mercado
objetivo geralcompreender quais são as
percepções dos estudantes
de Relações Públicas da
FABICO/UFRGS acerca da
profissão de Relações
Públicas
objetivos específicosidentificar o
contexto em que
os participantes
estão inseridos identificar de
que maneira as
pessoas ao redor
do estudante
influenciam suas
percepções da
profissão
identificar de
que forma os
participantes
caracterizam o
profissional de
Relações
Públicas
identificar quais
são as ações do
estudante para se
tornar o
profissional que
almeja
identificar o
contexto em que
os participantes
estão inseridos
identificar de
que maneira as
pessoas ao redor
do estudante
influenciam suas
percepções da
profissão
identificar de
que forma os
participantes
caracterizam o
profissional de
Relações
Públicas
identificar quais
são as ações do
estudante para se
tornar o
profissional que
almeja
Grupo
Focal
Entrevistas em
Profundidade
a partir da análise dos
dados, identificou-se
5 categorias
FUNÇÃO SOCIAL
DA PROFISSÃO
POUCO CLARA
“A minha irmã é RP, já é formada. E agora,
depois que ela fez, tá tudo certo. Mas eu
duvido que eles (os pais) saibam o que que
é.”
“Eu fui no meu antigo colégio, do
fundamental, com meu namorado esses dias
e comentamos ‘Ah, a gente tá na UFRGS e
tal’ e eles ‘Ah o que tu tá fazendo’ e ele
(namorado) ‘Engenharia Mecânica’, ‘Ah,
parabéns! E tu (se referindo a entrevistada)?’,
‘Relações Públicas’, ‘Ah... (pausa
constrangedora e de risos) Que legal’.
Porque eles nem sabem o que que é, né…”
“É... Não é bem desconhece... Passaram a
conhecer um pouco depois de termos
entrado na faculdade.”
“Acho que eles estão tendo consciência, mas
é uma coisa que está sendo construída, não
é uma coisa que eles sabiam.”
“Bom, eu acho que passam os semestres e as
outras habilitações ainda não sabem o que
um RP faz. E eu acho que isso fica bem
explícito isso, mas não de forma a te
constranger.”
“Todo mundo pergunta quando é que a
gente vai começar a servir um cafezinho.”
“Tu sabe o que um engenheiro faz, o que um
advogado faz. Eu acho que o RP tem que
buscar. E quando alguém pergunta, é tentar
explicar, pelo menos.”
INDEFINIÇÃO DA
ÁREA DE ATUAÇÃO
NO BRASIL
“Eu não sei, porque eu acho que RP poderia
ter um pouquinho mais de Administração
nas aulas”
“RP é um híbrido, na verdade, entre
comunicação e administração. Tu não pode
focar só num lado ou em outro. Tem que ter
o meio termo. Tanto para administração,
como para comunicação.”
“Normalmente é noção norte-americana de
RP porque vai sair em algum filme de
Hollywood, não vai sair em filmes brasileiros.
Não sei, não é tão visível aqui. E lá, eu acho
que lá o foco é bem diferente.”
“Então eu acho que quando mostra não
facilita muito também, porque é diferente do
que a gente faz aqui. É uma outra função
para RP.”
“Eu acho que tem muitas funções que se
confundem. Como tipo a gente briga com
jornalista em Assessoria e com PP em outras
várias áreas. Eu acho que se confundem
muito. Deveria ser mais direcionado.”
“Mas é grande essa área né, dá pra fazer
várias coisas.”
“É por isso que eu não consigo desenrolar: O
RP fazendo uma coisa só.”
“Por mais que ele faça uma coisa só, ele
precisa usar as outras. Precisa ficar munido
de todas essas outras coisas.”
FALTA DE CLAREZA
NA ESCOLHA DO
CURSO
“Logo que a gente entrou, e “ah, porque
tu escolheu Relações Públicas?”. Eu ficava
apavorada, porque ninguém sabia o que
tava fazendo. Daí eu falei que não passei
e jornalismo e tô aqui, né. Vamos ver, né.
A média é mais baixa.”
“Eu acho que hoje ainda tem gente que
não se encontrou, sabe. Mas vai fazer o
quê? É complicado...”
“Não tenho o que fazer, vou fazer
relações públicas” (Entrevistado, como se
estivesse “imitando” outra pessoa falando)
“Administração também.” (Entrevistado
comparando os motivos que levam
alguém a escolher Relações Públicas com
os que levam à escolha da Administração)
“Eu gosto do curso na verdade. Por mais
que tenha toda essa confusão, eu ainda
consigo me ver mesmo dentro dessa
confusão em algum lugar.”
POUCA
PREPARAÇÃO PARA
O MERCADO PELA
UNIVERSIDADE
“Se a gente ficar só no que a FABICO vai
nos dar, a gente não vai sair com o que a
gente quer.”
“Porque a UFRGS não quer que tu vá pro
mercado.”
“Além do lado teórico, podia dar uma
visão de mercado também.”
“Mas eu acho que a faculdade prepara
sim, com certeza dá uma base. Mesmo
que teórica, pra ti aplicar depois.”
“Mas aí é que tá, acho que eles (os
recrutadores dos estágios) avaliam muito
pelas universidades particulares. O
terceiro semestre da PUC é
completamente diferente.”
“Eles (os alunos das universidades
particulares) tem muita prática…”
“O problema dos professores da fabico é
que eles estão muito voltados pra área
acadêmica.”
“E eles querem que tu seja da área
acadêmica, porque pra eles rende isso. O
professor ganha com isso.”
“Tem professor que reclama que os
alunos deixam a faculdade um pouco de
lado pra fazer estágio, só que tem muita
gente que fala que quanto mais estágio
tu conseguir fazer melhor, porque é lá
que tu vai aprender alguma coisa.”
“Acho que a gente tem que procurar o
máximo de estágios.”
“Eu e a (nome do entrevistado), a gente tá
fazendo cursinho de Illustrator porque
tipo a gente viu que precisa, que pedem
nos estágios de RP. E eu acho que é uma
dessas coisas que tem certos
conhecimentos que tu nem teve tempo
de procurar, e a UFRGS não te dá tempo.
E não é uma coisa assim. Eu acho que ok,
tem que ter pré-requisitos, mas a UFRGS
não oferece tanto pra exigir tanto.”
“O foco em jornalismo e publicidade e
nunca em relações públicas.”
FALTA DE UM
MODELO REAL E
COERENTE DE
PROFISSIONAL
“Na verdade, eu não tenho referência.”
“É que na verdade a minha motivação pra
fazer Relações Públicas foi ela (a irmã),
porque ela parecia tão interessada e tão
entusiasmada com o troço, que eu sabia
que eu queria fazer daquele jeito as
coisas na minha vida.”
“Ter um jornal, um tablet, qualquer coisa
do lado da cama, ele tem que saber o
que tá acontecendo no dia logo que ele
sai de casa.”
“Tem que ser carro importado (risos)”
“(sobre empresa que o RP trabalharia):
Uma que pague bastante.”
“Eu vejo o RP tipo como, aconteceu
algum problema, tipo precisa fazer
alguma estratégia, que vai todo mundo
correr, pra ele, tipo, “o que a gente vai
fazer”, o que resolver sabe? Tipo ele tem
a solução.”
“É por isso que eu não consigo
desenrolar. O RP fazendo uma coisa só.”
“Acho que o ideal é procurar algo fora da
faculdade.”
“E também eu vou em palestras, sempre
que tem de graça eu tento ir.”
considerações finais
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