estruturas mistas de aÇo e concreto: comparaÇÃo …
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
MARIANE KAMMERS
ESTRUTURAS MISTAS DE AÇO E CONCRETO:
COMPARAÇÃO ENTRE LAJES MACIÇAS E STEEL DECK
Palhoça
2017
MARIANE KAMMERS
ESTRUTURAS MISTAS DE AÇO E CONCRETO:
COMPARAÇÃO ENTRE LAJES MACIÇAS E STEEL DECK
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
ao Curso de Engenharia Civil da Universidade
do Sul de Santa Catarina como requisito
parcial à obtenção do título de Engenheira
Civil.
Orientador: Prof. Valdi Henrique Spohr.
Palhoça
2017
Dedico este trabalho a todos que me
apoiaram durante a jornada acadêmica, entre
eles: meu namorado Filipe, a minha mãe
Bernadete, meu pai João, meus irmãos
Janaina, João Marcos e Ricardo, e todos
aqueles que acreditaram nas minhas
conquistas.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, pela minha vida, família e amigos.
Aos meus pais, Bernadete Teresinha Silvino Kammers e João Aloisio Kammers,
por todo apoio, dedicação, paciência, amor e por sempre estarem presentes nos melhores e
piores momentos da minha vida.
Aos meus irmãos Ricardo José Kammers, Janaina Kammers e João Marcos
Kammers, e aos conjugues, por todo apoio, amor e carinho.
Ao meu namorado e amigo Filipe Matos da Silva pelo amor, paciência,
compreensão, companheirismo e por sempre ao meu lado em todos os momentos sempre
apoiando e ajudando.
Aos meus amigos e companheiros de trabalho, os Engenheiros Luciano Engel e
Raquel Carvalho, em especial ao Engenheiro Everaldo Cavalheiro Pinto Junior, pelo apoio,
dedicação e contribuição para o desenvolvimento de minha vida profissional.
A todos os amigos que sempre me apoiaram e incentivaram em todas as minhas
escolhas. E também aos amigos de faculdade, em especial o Ezael Cipriano, a Géssica de
Souza, João Venzon e a Sarah Popenga, por fazerem parte dos momentos mais marcantes
durante o decorrer da graduação.
Aos professores da Universidade do Sul de Santa Catarina por todos os
ensinamentos e conhecimentos.
Ao Prof. Valdi Henrique Spohr pela oportunidade, orientação e confiança.
RESUMO
Elementos mistos de aço-concreto são constituídos de lajes mistas, vigas mistas e pilares
mistos, formados por um perfil de aço juntamente com o concreto armado, os quais quando
interagem entre si conferem maior resistência, estabilidade e menor peso na estrutura. Este
trabalho trata-se da comparação de análise dimensional e custos de estruturas mistas em duas
situações: estruturas com lajes maciças e outra com lajes steel deck. Primeiramente, serão
apresentados os conceitos básicos sobre o aço e o concreto, um estudo sobre vigas mistas e
conectores de cisalhamento, e um estudo mais aprofundado sobre lajes steel deck com a
apresentação e considerações de projeto conforme recomendações da Associação Brasileira
de Normas Técnicas. Após, apresenta-se um estudo de caso para cada situação com
dimensionamento, verificações e custos realizados em planilhas eletrônicas utilizando o
Microsoft Office Excel. Por fim, apresentam-se os resultados com análise de qual a melhor
solução para um edifício multifamiliar de quatro pavimentos.
Palavras-chave: Aço-concreto. Lajes maciças. Lajes mistas. Steel deck. Vigas mistas.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Diagrama tensão-deformação idealizado. ................................................................ 23
Figura 2 - Distribuição de tensões: perfil isolado, interação total e interação parcial. ............. 25
Figura 3 - Interação de viga metálica com laje maciça. ........................................................... 26
Figura 4 - Viga mista interada com laje steel deck. .................................................................. 26
Figura 5 - Pavimento misto formado por laje de vigota pré-moldada. ..................................... 27
Figura 6 - Vigas mistas escoradas. ........................................................................................... 28
Figura 7 - Vigas mistas não escoradas...................................................................................... 28
Figura 8 - Laje steel deck. ......................................................................................................... 29
Figura 9 – Aderência entre aço e concreto nas lajes mistas. .................................................... 30
Figura 10 - Dimensões da fôrma de aço e da laje de concreto. ................................................ 31
Figura 11 - Dimensões da fôrma de aço da Metform MF-75. .................................................. 32
Figura 12 - Diagrama de tensões para o momento positivo - Linha neutra plástica acima da
fôrma de aço. ............................................................................................................................ 33
Figura 13 - Diagrama de tensões para o momento positivo - Linha neutra plástica na fôrma de
aço. ............................................................................................................................................ 34
Figura 14 - Geometria simplificada da fôrma .......................................................................... 36
Figura 15 - Sequência de concretagem. .................................................................................... 40
Figura 16 - Distribuição das cargas concentradas ou lineares. ................................................. 41
Figura 17 - Armadura de distribuição....................................................................................... 43
Figura 18 - Deformação do conector pino com cabeça e efeitos no concreto. ......................... 46
Figura 19 - Instalação dos stud bolts. ....................................................................................... 46
Figura 20 – Planta baixa do pavimento tipo do edifício de estrutura metálica. ....................... 49
Figura 21 - Vigas e lajes do pavimento tipo do edifício de estrutura metálica com lajes
maciças. .................................................................................................................................... 50
Figura 22 - Vigas e lajes do pavimento tipo do edifício de estrutura metálica com lajes steel
deck. .......................................................................................................................................... 51
Figura 23 - Valores dos coeficientes de ponderação das ações f = f1 f3 ............................... 53
Figura 24 - Vãos teóricos ......................................................................................................... 54
Figura 25 - Tipos de vinculação das lajes ................................................................................ 55
Figura 26 - Critério para considerar bordas engastadas. .......................................................... 56
Figura 27 - Tipos de vinculação das lajes maciças. .................................................................. 56
Figura 28 - Valores de ρmin. ...................................................................................................... 59
Figura 29 - Lajes steel deck. ..................................................................................................... 64
Figura 30 - Carregamento sobre as lajes L1-L3, L2-L4, L7-L9 e L8-L10. .............................. 66
Figura 31 – Esforços cortantes nas lajes L1-L3, L2-L4, L7-L9 e L8-L10. .............................. 66
Figura 32 – Momentos fletores nas lajes L1-L3, L2-L4, L7-L9 e L8-L10. ............................. 66
Figura 33 - Carregamento sobre a laje L5. ............................................................................... 67
Figura 34 – Esforços cortantes na laje L5. ............................................................................... 67
Figura 35 – Momentos fletores na laje L5. ............................................................................... 67
Figura 36 - Carregamento sobre a laje L6. ............................................................................... 68
Figura 37 – Esforços cortantes na laje L6. ............................................................................... 68
Figura 38 – Momentos fletores na laje L6. ............................................................................... 68
Figura 39- Resistência última nominal ao cisalhamento longitudinal para os protótipos com
espessura 1,25 mm. ................................................................................................................... 69
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Especificações das propriedades dos aços conforme ASTM. ................................ 20
Tabela 2 - Classes de resistência de concretos estruturais........................................................ 22
Tabela 3 - Espessuras mínimas de chapas de aço para a solda por arco elétrico do conector.. 47
Tabela 4 - Ações permanentes diretas (CP).............................................................................. 52
Tabela 5 - Ações variáveis (CA). ............................................................................................. 52
Tabela 6 - Classificação das lajes. ............................................................................................ 55
Tabela 7 - Reações e momentos fletores das lajes maciças. ..................................................... 58
Tabela 8 - Valores mínimos para as armaduras. ....................................................................... 59
Tabela 9 – Armaduras utilizadas nas lajes maciças. ................................................................. 60
Tabela 10 – Vigas mistas utilizadas em estruturas com lajes maciças. .................................... 63
Tabela 11 – Cargas permanentes e ações variáveis nas lajes steel deck. .................................. 65
Tabela 12 – Carregamentos nas lajes steel deck. ...................................................................... 65
Tabela 13 – Vigas mistas utilizadas com lajes steel deck......................................................... 70
Tabela 14 – Custos de estruturas metálicas. ............................................................................. 71
Tabela 15 – Custos de estruturas dos stud bolts Ø 3/4" x 80 mm para lajes maciças. ............. 71
Tabela 16 – Custos de estruturas dos stud bolts Ø 3/4" x 120 mm para lajes steel deck. ........ 71
Tabela 17 – Custos de estruturas dos stud bolts Ø 3/4" x 120 mm para lajes steel deck. ........ 72
Tabela 18 – Custos para execução das lajes maciças. .............................................................. 73
Tabela 19 – Custos para execução das lajes steel deck. ........................................................... 74
LISTA DE SIGLAS E SÍMBOLOS
a - Espessura do bloco de compressão do concreto
A - Maior distância, na direção das nervuras, entre a borda da abertura e o apoio correspondente
da laje
A’ - Menor distância na direção longitudinal das nervuras, entre a borda de abertura e o apoio da
laje
Acs - Área da seção transversal do conector
Ap= AF,ef - Área efetiva da fôrma (correspondente a 1000mm de largura)
Av - Área resistente de concreto (Figura 10)
As - Área de aço da armadura longitudinal de tração, referente à área Av
b - Largura considerada da laje, tomada como 1000mm
ba - Dimensão da abertura transversal as nervuras, acrescida de um valor correspondente
a duas vezes o espaçamento entre as nervuras da fôrma
bm - Largura medida imediatamente acima do topo da fôrma de concreto
bp - Largura da carga concentrada ou linear, perpendicularmente ao vão da laje
bo - Largura média das nervuras para fôrmas trapezoidais e a largura mínima das
nervuras para fôrmas reentrantes
b1 - Largura da carga concentrada ou linear na direção paralela ao vão da laje,
não se devendo tomar valor superior a “L”
d - Altura útil da face superior da laje maciça à armadura positiva
dF - Distância da face superior da laje ao centro de gravidade da área efetiva da fôrma
e - Distância do centro de gravidade da área efetiva da fôrma à sua face inferior
emh - Distância da borda do fuste do conector à alma da nervura da fôrma de aço, medida
à meia altura da nervura e no sentido da força cortante que atua no conector
ep - Distância da linha neutra plástica da seção efetiva da fôrma à sua face inferior
E = Ea - Módulo de elasticidade
Ec - Módulo de elasticidade do concreto
Eci - Módulo de deformação tangente inicial
Eci - Módulo de elasticidade secante
Es - Módulo de elasticidade do aço da armadura
fc - Resistência à compressão simples do concreto
fcd - Resistência de cálculo à compressão do concreto
fcm - Resistência média à compressão do concreto
fck - Resistência característica à compressão do concreto
fct - Resistência do concreto à tração direta
fct,f - Resistência do concreto à tração na flexão
fct,m - Resistência média à tração do concreto
fct,sp - Resistência do concreto à tração indireta
fctk,inf - Valor da resistência à tração característica inferior
fctk,sup - Valor da resistência à tração característica superior
fy - Resistência ao escoamento do aço
fyd - Resistência de cálculo ao escoamento do aço
fyk - Resistência característica de escoamento do aço
fus - Resistência à ruptura
fucs - Resistência à ruptura do conector
fys - Resistência ao escoamento do aço da armadura
fyp - Tensão de escoamento do aço da fôrma
Fd - Carga concentrada de cálculo
FGi,k - Valor característico das ações permanentes
FQ1,k - Valor característico da ação variável principal
FQj,k - Valor característico da ação variável que pode atuar concomitante com a ação
variável principal
G - Módulo de elasticidade transversal
h - Altura da alma da viga, altura total da laje maciça
hF - Altura nominal das nervuras
hr - Espessura do revestimento da laje, se houver
ht - Altura total da laje, incluindo a fôrma e o concreto
Ic - Momento de inércia da seção bruta de concreto
LF - Vão teórico da fôrma e aço na direção das nervuras
Ls - Vão de cisalhamento, expresso em milímetros (mm)
Lp - Distância do centro da carga ao apoio mais próximo
LNP - Linha neutra plástica
m e k - Constantes empíricas, em Newton por milímetro quadrado (N/mm²)
Mn - Momento fletor negativo
Mpa - Momento de plastificação da fôrma de aço, considerando sua seção efetiva
Mpr - Momento de plastificação da fôrma de aço, reduzido pela presença da força axial
Q - Carga atuante na laje
Rg - Coeficiente para consideração do efeito de atuação de grupos
Rp - Coeficiente para consideração da posição
Smáx - Espaçamento no máximo das armaduras
t - Tempo em meses para o valor da flecha diferida
tc - Altura de concreto sobre o topo da fôrma de aço
tF - Espessura da fôrma de aço
Vv, Rd - Força cortante vertical resistente de cálculo de lajes com fôrma de aço incorporada
Vv,c,Rd - Força cortante vertical resistente de cálculo do concreto
Vv,F,Rd - Força cortante vertical resistente de cálculo da fôrma de aço incorporada
Vmax - Limite da força cortante vertical
Vp,Rd - Força cortante resistente de cálculo à punção
yt - Distância do centro de gravidade à fibra mais tracionada
w - Largura onde deve ser colocada a armadura
α - Relação entre a largura da parte comprimida e a largura plana do elemento
αE - Parâmetro em função da natureza do agregado que influencia o módulo de
elasticidade
βa - Módulo de dilatação térmica
βs - Módulo de dilatação térmica do aço da armadura
βc - Módulo de dilatação térmica do aço do concreto
- Fator de contribuição do aço; deslocamento; flecha
0 - – flecha calculada para o carregamento de longa duração sem a consideração da
deformação lenta
- Coeficiente de ponderação da resistência ou das ações
a1 - Coeficiente de ponderação da resistência do aço para o escoamento
cs - Coeficiente de ponderação da resistência do conector
s - Coeficiente de minoração da resistência do aço
sl - Coeficiente de ponderação da resistência, igual ao determinado pela norma ou
especificação utilizadas nos ensaios
- Fator de redução das ações
νa - Coeficiente de Poisson do aço
νc - Coeficiente de Poisson do concreto
ε - Deformação plástica
εc2 - Deformação específica de encurtamento do concreto no início do patamar plástico
εcu - Deformação específica de encurtamento do concreto na ruptura
εs - Deformação plástica do aço
εu - Deformação específica do aço na ruptura
εy - Deformação específica de escoamento do aço
εyd - Deformação específica de escoamento do aço de cálculo
ξ - Coeficiente função do tempo
ρ - Taxa geométrica mínima de armadura longitudinal
ρa - Massa específica do aço
ρc - Massa específica do concreto de baixa densidade
σc - Tensão à compressão no concreto
σct - Tensão à tração no concreto
τRd - Resistência básica ao cisalhamento
Ø - Diâmetro da barra da armadura
Ømáx - Diâmetro no máximo de qualquer barra da armadura de flexão
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 17
1.1 TEMA .............................................................................................................................. 17
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ........................................................................................... 17
1.3 OBJETIVOS .................................................................................................................... 17
1.3.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 17
1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 17
1.4 JUSTIFICATIVAS .......................................................................................................... 18
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 19
2.1 MATERIAIS DE ESTRUTURAS MISTAS AÇO-CONCRETO ................................... 19
2.1.1 Aço ................................................................................................................................ 19
2.1.2 Concreto ....................................................................................................................... 21
2.2 ESTRUTURAS MISTAS AÇO-CONCRETO ................................................................ 24
2.2.1 Vigas mistas ................................................................................................................. 24
2.2.2 Lajes mistas .................................................................................................................. 29
2.2.2.1 Verificação da fôrma de aço na fase inicial ................................................................ 32
2.2.2.2 Verificação da laje na fase final ................................................................................. 33
2.2.2.2.1 Momento fletor ......................................................................................................... 33
2.2.2.2.2 Resistência ao cisalhamento longitudinal ............................................................... 36
2.2.2.2.3 Verificação ao cisalhamento vertical ...................................................................... 37
2.2.2.3 Estados limites de utilização ...................................................................................... 38
2.2.2.4 Ações a serem consideradas ....................................................................................... 39
2.2.2.5 Verificação para cargas concentradas ou lineares ...................................................... 41
2.2.2.6 Disposições construtivas ............................................................................................ 43
2.2.2.7 Método construtivo ..................................................................................................... 44
2.2.3 Conectores de cisalhamento ....................................................................................... 45
3 METODOLOGIA ............................................................................................................. 48
3.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO ................................................................................... 48
3.2 SOFTWARE E PROGRAMA UTILIZADOS ................................................................. 48
3.3 MODELO PROPOSTO ................................................................................................... 48
3.3.1 Ações ............................................................................................................................. 51
3.3.2 Combinações ................................................................................................................ 52
4 ESTUDO DE CASO ......................................................................................................... 54
4.1 ESTRUTURA MISTA COM LAJE MACIÇA ............................................................... 54
4.1.1 Lajes maciças ............................................................................................................... 54
4.1.2 Vigas mistas e conectores de cisalhamento ............................................................... 62
4.2 ESTRUTURA COM LAJE STEEL DECK ...................................................................... 63
4.2.1 Lajes steel deck ............................................................................................................. 63
4.2.2 Vigas mistas e conectores de cisalhamento ............................................................... 70
4.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................................... 70
5 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 76
5.1 SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS .............................................................. 77
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 78
APÊNDICES ........................................................................................................................... 81
APÊNDICE A – CÁLCULO DAS LAJES MACIÇAS ....................................................... 82
APÊNDICE B – CÁLCULO DA VIGA MISTA V2M E CONECTORES DE
CISALHAMENTO PARA LAJES MACIÇAS ................................................................... 85
APÊNDICE C – CÁLCULO DAS LAJES STEEL DECK .................................................. 89
APÊNDICE D – CÁLCULO DA VIGA MISTA V2M E CONECTORES DE
CISALHAMENTO PARA LAJES STEEL DECK .............................................................. 92
ANEXOS ................................................................................................................................. 96
ANEXO A – REAÇÕES DE APOIO EM LAJES COM CARGA UNIFORME ............. 97
ANEXO B – MOMENTOS FLETORES EM LAJES COM CARGA UNIFORME ....... 98
ANEXO C – COEFICIENTES KC E KS ............................................................................ 100
ANEXO D – VALORES DE Α ............................................................................................ 101
ANEXO E –TABELAS DE CARGAS E VÃOS MÁXIMOS E DEMAIS
PROPRIEDADES DAS FORMAS MF-75 ......................................................................... 102
17
1 INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
Trata-se da pesquisa sobre estruturas mistas e comparação entre estruturas mistas
com lajes steel deck e lajes maciças de concreto armado.
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
Esta pesquisa estará focada na análise e dimensionamento de lajes mistas do
modelo steel deck com a interação de vigas de perfis metálicos laminados. No Brasil as
estruturas mistas estão sendo cada vez mais utilizadas em diversos tipos de construções,
principalmente aquelas em que possuem maior carregamento na estrutura como prédios e
pontes, devido a sua precisão dimensional, redução do peso próprio e aumento na velocidade
de construção.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
Dimensionar os modelos de lajes mistas do tipo steel deck e maciça, ambas
engastadas em vigas metálicas não escoradas, de perfil laminado, sendo que a interação dos
elementos é através de conectores de cisalhamento do tipo pino com cabeça. Além disso,
comparar os dois modelos quanto sua a influência em elementos metálicos da estrutura,
vantagens e desvantagens quanto à construção e custos.
1.3.2 Objetivos específicos
Dimensionar as vigas e as lajes dos modelos maciça e steel deck.
Comparar os dois modelos de laje quanto espessura, peso, influência no
dimensionamento da estrutura.
Comparar as vantagens e desvantagens na construção e custos.
18
1.4 JUSTIFICATIVAS
O Brasil é um dos maiores produtores de minério de ferro do mundo, mas também
um grande produtor de cimento. A associação do concreto com barras de aço é denominada
concreto armado, amplamente utilizado em construções no país. Há também os sistemas
mistos aço-concreto em que os perfis de aço laminados, dobrados ou soldados trabalham em
conjunto com o concreto. Além desses, há os sistemas estruturais híbridos que são formados
por elementos de concreto armado e elementos puramente de aço ou mistos de aço e concreto.
As construções mistas estão cada vez mais ganhando destaques no país, mas cerca
de 70% a 80% das obras poderiam ser executadas em sistemas mistos aço-concreto.
(SANTOS DA SILVA; GASPAR, 2014 apud PINHO, 2013, p.22).
O estudo entre os dois modelos de lajes, mistas do tipo steel deck e lajes maciças,
visa comparar qual o melhor método a ser utilizado em determinada situação de projeto, pois
os elementos estruturais mistos são projetados de modo que o concreto trabalhe
predominantemente à compressão e aço à tração. Devido a algumas vantagens destes tipos de
estruturas, o estudo e a utilização das estruturas mistas estão se difundindo cada vez mais. Por
exemplo, quanto à utilização de elementos em aço dispensa o uso de formas e escoramentos,
reduz o volume e peso próprio da estrutura, aumenta a precisão dimensional das peças e reduz
do tempo de construção, quanto ao uso dos elementos de concreto há vantagens como
aumento da rigidez, redução do consumo de aço e maior proteção contra incêndio.
A comparação dos dois modelos será através do dimensionamento das lajes e
vigas do pavimento tipo de um edifício multifamiliar de quatro pavimentos As lajes steel deck
e maciças estarão engastadas em vigas metálicas não escoradas, de perfil laminado, que
interagem parcialmente entre si através de conectores de cisalhamento do tipo pino com
cabeça.
Os resultados da verificação e análise de estudo dos dois modelos são embasados
na norma ABNT NBR 8800 de 2008.
19
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 MATERIAIS DE ESTRUTURAS MISTAS AÇO-CONCRETO
As estruturas mistas são formadas por elementos de aço-concreto, sendo que um
perfil de aço trabalha em conjunto com o concreto. Geralmente os pilares mistos são um perfil
em forma de “H” coberto totalmente ou parcialmente de concreto. As vigas mistas são
normalmente são formadas em perfil de aço no formato “I” as quais são ligadas através de
uma união mecânica com as lajes que podem ser em concreto armado ou lajes steel deck.
As estruturas mistas são projetadas de modo que as partes de concreto trabalhem à
compressão, pois o concreto possui resistência à tração limitada, e os componentes de aço,
exceto os pilares mistos, trabalhem predominantemente à tração, assim garante mais
estabilidade à estrutura. (FAKURY; SILVA; CALDAS, 2016, p. 2).
2.1.1 Aço
O uso do ferro iniciou-se cerca de 8000 anos atrás como adorno nas construções
ou fins militares em civilizações antigas como Egito, Babilônia e Índia. Em meados do século
XIX o ferrou destacou-se com a Revolução Industrial. Cerca de 100 a 150 anos atrás o aço
vem sendo utilizado intensivamente nas construções de estruturas metálicas e no concreto
armado, e a partir da década de 60 as estruturas mistas vem ganhando destaque nas
construções.
Queiroz, Pimenta e Mata (2001, p. 42) mencionam que “o aço é basicamente uma
liga de ferro-carbono com alguns elementos adicionais, podendo ter suas propriedades
mecânicas alteradas por meio de conformação mecânica ou tratamento térmico”. Os aços são
classificados de acordo com sua composição química, sendo mais comumente utilizados os
aços-carbono, aços de baixa liga com alta resistência mecânica e os aços resistentes à corrosão
atmosférica.
“Quanto às propriedades mecânicas, os aços estruturais devem ter nível
apropriado de resistência mecânica, ductibilidade, tenacidade, resiliência, soldabilidade,
dureza superficial e homogeneidade” (FAKURY; SILVA; CALDAS, 2016, p. 13).
De acordo com a ABNT NBR 8800 (2008) as propriedades mecânicas do aço
estrutural são as seguintes:
a) E = Ea = 200 000 MPa;
20
b) νa = 0,3;
c) G = 77 000MPa;
d) βa = 1,2 x 10-5
ºC-1
;
e) ρa = 7 850 kg/m³.
Os aços estruturais comumente utilizados na fabricação de chapas e perfis para
usos estruturais no Brasil especificados pela ASTM e para utilização nas fôrmas de lajes steel
deck determinadas pela ABNT NBR 7008 (2003), constam na tabela a seguir.
Tabela 1 – Especificações das propriedades dos aços conforme ASTM.
Classificação Denominação Produto
Grupo de perfil ou
faixa de espessura
disponível
Grau fy
(MPa)
fu
(MPa)
Aços-Carbono A36
Perfis 1, 2 e 3
- 250
400
a
550
Chapas e
barras t 200 mm
Aços de baixa
liga e alta
resistência
mecânica
A572
Perfis
1, 2 e 3
42 290 415
50 345 450
55 380 485
1 e 2 60 415 520
65 450 550
Chapas e
barras
t 150 mm 42 290 415
t 100 mm 50 345 450
t 50 mm 55 380 485
t 31,5 mm 60 415 520
65 450 550
Chapas de aço
revestidas
com zinco ou
liga zinco-
ferro por
imersão a
quente
NBR 7008 Chapas
0,50 t 2,00 mm ZAR 230 230 310
ZAR 250 250 360
0,60 t 2,00 mm
ZAR 280 280 380
ZAR 320 320 390
ZAR 345 345 430
0,85 t 3,00 mm ZAR 400 400 450
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro, 2008, p. 109. Modificado pela autora, 2017.
Para os aços estruturais de armadura, de acordo com Fakury, Silva e Caldas
(2016, p. 19) “utilizam-se como armaduras passivas barras redondas nervuradas fabricadas em
aço CA-50, [...] exibe os seguintes valores característicos da resistência ao escoamento e da
resistência à ruptura [...]”:
a) fys = 500 MPa;
b) fus = 550 MPa;
c) Es = 210 000 Mpa;
21
d) βs = 1 x 10-5
ºC-1
.
Os aços CA-60 apresentam as seguintes resistências ao escoamento:
a) fys = 600 MPa;
b) fus = 660 MPa.
Bastos (2014, p. 29) menciona que “os aços CA-25 e CA-50 apresentam patamar
de escoamento bem definido, e a resistência de início de escoamento (fy) fica bem
caracterizada [...], o que não ocorre nos aços CA-60.” Nos aços CA-60, onde a tensão de
escoamento não possui patamar definido, a resistência de escoamento é convencional, sendo a
deformação residual de 2 ‰.
A resistência de cálculo ao escoamento do aço (fyd) especificado pela ABNT NBR
6118 (2008), é dada por:
(Eq. 1)
2.1.2 Concreto
Desde a antiguidade os romanos se destacaram com a aplicação dos concretos e
argamassas e após foram criadas obras como o Panteão em 27 a.C. e o Coliseu construído
entre 69 e 79 d.C.. O surgimento do concreto armado é por volta de 1849 na França sem
alcançar o sucesso comercial inicialmente, mas quando Gustavo Adolpho Wayss, em 1875,
fundou sua firma, e em seguida o concreto armado começou ser estudado.
De acordo com Queiroz, Pimenta e Mata (2001, p. 37) “o concreto é um material
frágil, composto basicamente de argamassa (cimento, agregados miúdos, água e aditivo) e de
agregados graúdos, contendo um grande numero de microfissuras [...] mesmo antes de ser
sujeitos a cargas externas”.
Por ser muito utilizado na construção civil e os componentes do concreto estarem
presentes em todas as regiões do Brasil a utilização do concreto possui algumas vantagens
como custo mais baixo dependendo do tipo de construção, boa adaptabilidade, resistência
natural de 1 a 3 horas contra o fogo, resistência a choques e vibrações, dependendo da
execução possuem grande resistência às intempéries, às ações atuantes e aos agentes
agressivos.
22
Mas também possuem desvantagens como baixa resistência à tração (cerca de
10% da sua resistência), baixa resistência por unidade de volume com elevada massa
específica, alterações de volume que são provocados pela retração e fluência, e necessidade da
utilização de formas e escoramentos.
De acordo com a ABNT NBR 6118 (2014) os concretos que possuem fck entre 20
e 50 MPa possuem as seguintes propriedades:
a) Eci = αE 5 600 , onde Eci e fck são expressos em megapascal (MPa);
b) Ecs = αi Eci;
c) νc = 0,2;
d) βc = 1,0 x 10-5
ºC-1
;
e) ρc = 2 400 kg/m³ para concreto sem armadura;
f) ρc = 2 500 kg/m³ para concreto com armadura.
Os valores de αE obtidos com a ABNT NBR 6118 (2014, p. 24) são:
αE = 1,2 para basalto e diabásio
αE = 1,0 para granito e gnaisse
αE = 0,9 para calcário
αE = 0,7 para arenito
E αi é dado através da seguinte expressão:
(Eq. 2)
O concreto estrutural é classificado de acordo com sua resistência característica à
compressão, dividido em dois grupos de resistência, I e II, os quais são determinados a
através dos ensaios com corpos de prova rompidos, conforme consta na tabela a seguir.
Tabela 2 - Classes de resistência de concretos estruturais.
Classe de
resistência
Grupo I
Resistência
característica à
compressão (MPa)
Classe de
resistência
Grupo II
Resistência
característica à
compressão (MPa)
C20 20 C55 55
C25 25 C60 60
C30 30 C70 70
C35 35 C80 80
C40 40 C90 90
C45 45 C100 100
C50 50
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8953: Concreto para fins estruturais –
Classificação pela massa específica, por grupos de resistência e consistência. Rio de Janeiro, 2015, p. 2.
23
A compressão do concreto força o deslocamento da água do interior da região
comprimida para a superfície, onde se dá a deformação. Com isso ocorre a retração do
concreto que é a redução do volume causada pela perda da água por evaporação, e
consequentemente afetam a estrutura, quando contida, causa tensões no concreto e fissuração.
(QUEIROZ; PIMENTA; MATA, 2001, p. 42).
Nos ensaios de resistência à compressão do concreto são analisados os valores
médios de resistência obtidos em determinado lote através de um desvio padrão e
determinados os valores de fcm e fck.
Os fatores que influenciam na resistência à compressão do concreto são:
- composição (consumo e tipo de cimento, fator água-cimento, etc.);
- tipos de agregados (naturais ou britados);
- condições de cura (temperatura e umidade);
- forma de aplicação da carga (ensaio estático ou dinâmico);
- duração do carregamento (ensaio de curta ou de longa duração);
- idade do concreto (efeito do envelhecimento);
- estado de tensões (compressão simples ou multiaxial);
- forma e dimensões dos corpos de prova. (ARAÚJO, 2001, p. 4, nº 1).
Segundo a ABNT NBR 6118 (2014, p. 26), através dos ensaios são obtidas as
“[...] análises no estado-limite último, podem ser empregados o diagrama tensão-deformação
idealizado [...]”, conforme abaixo.
Figura 1 - Diagrama tensão-deformação idealizado.
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de
estruturas de concreto. Rio de Janeiro, 2014, p. 26.
Para os concretos de classes até C50 os valores de εc2 e εcu são 2,0 ‰ e 3,5 ‰,
respectivamente.
24
A resistência à tração do concreto pode ser determinada em três ensaios
diferentes: ensaio de tração axial, ensaio de compressão diametral ou ensaio de flexão de
vigas. Através de ensaios a fct é considerada igual a 0,9 fct,sp ou 0,7 fct,f. Na falta de ensaios
para obtenção dos valores, o valor médio característico é dado pelas equações a seguir.
(Eq. 3)
(Eq. 4)
(Eq. 5)
Onde os valores de fct,m e fck são expressos em megapascal (MPa).
2.2 ESTRUTURAS MISTAS AÇO-CONCRETO
“Denomina-se sistema misto aço-concreto aquele no qual um perfil de aço
(laminado, soldado ou formado a frio) trabalha em conjunto com o concreto (geralmente
armado), formando um pilar misto, uma viga mista, uma laje mista ou uma ligação mista.”
(QUEIROZ; PIMENTA; MARTINS, 2012, p. 10, 2 v).
2.2.1 Vigas mistas
As vigas mistas são constituídas de um perfil de aço que suporta as cargas
oriundas de uma laje de concreto apoiada sobre a mesa superior do perfil de aço. Esse sistema
estrutural de aço ligado mecanicamente a uma estrutura de concreto trabalha solidariamente
ao momento fletor. A ligação entre esses componentes é proporcionada por elementos de aço
conhecidos como conectores de cisalhamento.
Inicialmente, esse tipo de estrutura era construído com lajes moldadas in loco com
a utilização de fôrmas removíveis. A partir da década de 60 em países industrializados da
América do Norte e da década de 70 em países europeus, foi incorporada a fôrma de aço
nessa estrutura, conhecidos como lajes mistas, a partir disso ganhou popularidade e hoje é o
mais difundido nestes países. (QUEIROZ; PIMENTA; MATA, 2001, p. 85).
A interação entre o aço e o concreto pode ser observada em três situações
distintas, conforme analisada na Figura 2.
25
Figura 2 - Distribuição de tensões: perfil isolado, interação total e interação parcial.
Fonte: Fabrizzi e Gonçalves (2008, p. 94)
No caso de vigas de aço isoladas, é permitido o escorregamento formando-se duas
linhas neutras, sem ser considerada a resistência da laje no plano de flexão da viga. Quando
há a interação parcial, ocorre a formação de duas linhas neutras, porém com escorregamento
relativo inferior ao da viga isolada. Quando há interação total considera-se que o
deslocamento relativo na interface é desprezado e ocorre a formação de apenas uma linha
neutra. (FABRIZZI; GONÇALVES, 2008, p. 95).
Nas estruturas mistas, tradicionalmente são utilizados perfis “I” laminados ou
soldados, os quais são dimensionados para suportar a laje com ligações rotuladas nos apoios.
Porém, outros perfis também são utilizados para atender as demandas crescentes das
construções como maior facilidade na passagem de dutos, redução da altura entre pavimentos
aumento da rigidez e da frequência própria do piso, entre outros.
Dentre os inúmeros tipos de lajes que trabalham em conjunto com as vigas mistas,
as mais comuns no mercado são:
a) Lajes de concreto maciças onde há conectores soldados à mesa superior do
perfil e incorporados à laje. Esse tipo de laje é moldada in loco e a fôrma empregada em sua
construção é removida após a cura do concreto.
26
Figura 3 - Interação de viga metálica com laje maciça.
Fonte: Elaborado pela autora (2017).
b) Lajes mistas conhecidas também como lajes steel deck, possuem fôrma de aço
incorporada onde o conector é soldado através da fôrma de aço à mesa do perfil.
Figura 4 - Viga mista interada com laje steel deck.
Fonte: Elaborado pela autora (2017).
c) Laje pré-fabricada contém elementos pré-fabricados e moldados in-loco, com
vigotas apoiadas sobre a mesa superior das vigas metálicas e os conectores são soldados na
mesa entre as vigotas.
27
Figura 5 - Pavimento misto formado por laje de vigota pré-moldada.
Fonte: Fabrizzi e Gonçalves (2008, p. 94)
Como o concreto necessita de um período, normalmente 28 dias, para atingir a sua
resistência de projeto, há dois tipos de construções possíveis para as vigas mistas: o escorado
e o não escorado.
No sistema escorado, a viga é escorada até que o concreto atinja a resistência
suficiente para que a ação mista possa ser desenvolvida. Segundo Fabrizzi e Gonçalves (2008,
p. 98) “os elementos somente serão solicitados em conjunto; desta forma os pesos próprios, as
ações permanentes e acidentais serão resistidas pela seção mista. As deflexões também serão
as da seção mista; portanto, menores que da seção isolada”.
28
Figura 6 - Vigas mistas escoradas.
Fonte: Fabrizzi e Gonçalves (2008, p. 98)
No sistema não escorado, a viga de aço é dimensionada para resistir ao peso
próprio do concreto fresco e outras cargas de construção aplicadas antes que o concreto
adquira resistência adequada, assumindo que esteja lateralmente travada pela fôrma, ou seja, é
considerado que a viga trabalhe isoladamente. Na fase de construção, antes da cura do
concreto, tanto o concreto como os conectores não são solicitados. Após a cura do concreto os
carregamentos serão resistidos pela seção mista. “O peso próprio do concreto é normalmente
substancial e, por isto, a situação de construção pode ser condicionante, em construções não
escoradas, resultando em seções maiores que a mesma viga escorada.” (FABRIZZI;
GONÇALVES,2008, p. 98).
Figura 7 - Vigas mistas não escoradas.
Fonte: Fabrizzi e Gonçalves (2008, p. 98)
29
2.2.2 Lajes mistas
As lajes são compostas por elementos planos que possuem duas dimensões
maiores que a terceira (espessura). Para Libânio e outros (2010, p. 7) as lajes “são placas que,
além das cargas permanentes, recebem as ações de uso e as transmitem para os apoios;
travam os pilares e distribuem as ações horizontais entre os elementos de
contraventamento”.
Define-se por laje mista ou lajes steel deck, uma laje na qual se utilizam chapas
metálicas perfiladas, com forma de aço incorporada, capazes de suportar o peso do concreto
fresco, as armaduras e sobrecargas de construção na fase construtiva. Posteriormente, as
mesmas chapas combinam-se estruturalmente com o concreto, constituindo uma parte, ou
mesmo a totalidade da armadura de tração. (O FELIZ, 2013).
Figura 8 - Laje steel deck.
Fonte: ArcelorMittal (2016).
Neste tipo de laje, a fôrma de aço é incorporada ao sistema de sustentação das
cargas que funciona como suporte das ações permanentes e sobrecargas de construção antes
da cura do concreto e após a cura funciona como parte ou toda armadura de tração da laje.
(QUEIROZ; PIMENTA; MATA, 2001, p. 149).
O comportamento misto ocorre quando o aço e o concreto são combinados e
formam um único elemento. Na interface aço-concreto a fôrma de aço é capaz de transmitir
cisalhamento longitudinal, que é dado através da geometria das chapas, na forma de um
trapézio, com uma ligação mecânica através de pequenas dobras e mossas nas fôrmas e
30
ligação por meio de atrito devido ao confinamento do concreto nas fôrmas de aço reentrantes,
conforme mostra Figura 9.
Figura 9 – Aderência entre aço e concreto nas lajes mistas.
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de
estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro, 2008, p. 211.
Como a aderência natural e as forças de atrito entre os dois materiais são bons
para carregamentos com baixos valores, em situações com maiores valores a estrutura não
suporta e ocorre o rompimento desta adesão química, sem posterior restauração. Além disso,
outros fatores acarretam nesta quebra como o fator água cimento, fissuras, retração do
concreto, tensões devido à variação de temperatura, falhas devido a problemas de execução,
entre outras. Em consequência disso, são utilizados conectores de cisalhamento como pinos
com cabeça (“stud bolts”), em perfil U laminado, conectores de blocos, tipo HVB, entre
outros.
No dimensionamento das lajes mistas deve estar previsto que a fôrma suporte a
sobrecarga de construção e o peso do concreto fresco até atingir 75 % fck (QUEIROZ;
PIMENTA; MATA, 2001, p. 151). Quando há momentos fletores positivos a fôrma de aço
substitui a armadura de tração, nos casos de sistemas contínuos no dimensionamento ao
momento negativo na laje é “[...] necessário acrescentar uma armadura superior aos apoios. A
31
colocação da armadura superior evita o aparecimento de fissuras no concreto sobre os pontos
de apoio que afetam negativamente a estética e as condições de trabalho do sistema.”
(AMORIM, PERUCHI, 2014, p. 35).
As fôrmas de aço utilizadas em lajes steel deck possuem função de fôrma
autoportante para o concreto e de armadura positiva para cargas de serviço.
Comercialmente as fôrmas utilizadas no Brasil possuem altura hF variando entre
50 e 75 mm e altura ht (medida da face inferior da fôrma ao topo do concreto) de 100 a 200
mm.
Figura 10 - Dimensões da fôrma de aço e da laje de concreto.
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de
estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro, 2008, p. 215.
O catálogo da METFORM S.A. é a referência das fôrmas trapezoidais utilizadas
nesse trabalho, pois de acordo com Fakury, Silva e Caldas (2016, p. 381) “entre os
fabricantes, um dos mais presentes no mercado é a METFORM, cujas fôrmas começaram a
ser produzidas na década de 1990”.
As fôrmas são fabricadas com chapas finas de aço galvanizado ASTM A653 –
Grau 40 (ZAR 280), com fys = 280 MPa, as quais possuem espessuras de 0,80 mm, 0,90 mm e
1,25 mm, com comprimentos de até 12 m e dois tipos de geometria MF 50 (hF = 50 mm e
largura útil de 915 mm) e MF 75 (hF = 75 mm e largura útil de 820 mm). A chapa utilizada
neste trabalho é a MF 75, devido aos carregamentos utilizados no edifício do estudo de caso.
32
Figura 11 - Dimensões da fôrma de aço da Metform MF-75.
Fonte: Metform (2017, p. 7).
A METFORM recomenda que o concreto deve possuir fck maior ou igual a 20
MPa. A fim de evitar fissuras por retração e/ou variações de temperatura do concreto, deverá
ser utilizada armadura em duas direções, esta armadura deverá ter área maior ou igual a 0,1%
da área do capeamento de concreto da laje conforme consta na ABNT NBR 14323.
(METFORM S.A., 2015, p. 4)
2.2.2.1 Verificação da fôrma de aço na fase inicial
Antes da cura do concreto, fase inicial, há na verificação das fôrmas de aço a
presença das mossas na seção transversal previstas nos cálculos dos estados-limites últimos,
pois podem reduzir a resistência à flexão.
A verificação da fôrma de aço deve ser realizada através de uma análise elástica
tanto para os estados limites de utilização como para os estados limites últimos. Quando
calculada como contínua, mesmo que ocorra flambagem local em partes comprimidas da
seção, os esforços solicitantes podem ser determinados sem considerar a variação de rigidez
ao longo do comprimento. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR
8800, 2008, p. 212).
No estado limite-serviço é verificado o deslocamento máximo da fôrma de aço
sob carga de seu peso próprio e do concreto fresco, sem considerar a sobrecarga de
construção, esse deslocamento deve ser menor que LF/180 ou 20mm. (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 8800, 2008, p. 212).
Nessa fase, as formas devem ser capazes de suportar as ações atuantes relativas ao
peso próprio da estrutura do concreto fresco e seus elementos constituintes, sobrecarga de
construção com um valor mínimo de 1 kN/m² e o efeito de empoçamento caso o
33
deslocamento do centro do vão da fôrma ultrapasse LF/250. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 8800, 2008, p. 219).
2.2.2.2 Verificação da laje na fase final
Em lajes mistas a fôrma de aço possui área da seção transversal necessária para
sustentar as cargas na fase da construção, é frequentemente mais do que suficiente para suprir
a necessidade de armadura inferior da laje mista. As lajes usualmente são projetadas como
simplesmente apoiadas, mas como o concreto é contínuo há a necessidade da colocação de
armaduras negativas adicionais sobre os apoios, as quais possuem o objetivo de controlar a
fissuração do concreto nestas regiões. Nos casos em que há cargas ou vãos de grande valor, as
lajes serão calculadas como contínuas e neste caso as armaduras sobre os apoios terão função
de resistir ao momento negativo. (QUEIROZ; PIMENTA; MATA, 2001, p. 152).
2.2.2.2.1 Momento fletor
Nos casos em que não há armadura adicional a linha neutra pode estar acima ou
abaixo da face superior da fôrma de aço.
Quando a LNP está acima da fôrma, tem-se a situação a seguir.
Figura 12 - Diagrama de tensões para o momento positivo - Linha neutra plástica acima da
fôrma de aço.
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro, 2008, p. 213.
34
Essa situação ocorre quando:
(Eq. 6)
No caso em que o momento fletor positivo é dado por:
(Eq. 7)
Onde:
(Eq. 8)
(Eq. 9)
No caso em que a LNP está na fôrma de aço tem-se:
Figura 13 - Diagrama de tensões para o momento positivo - Linha neutra plástica na fôrma de
aço.
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro, 2008, p. 214.
O cálculo do momento fletor positivo é dado por:
(Eq. 10)
Onde a linha neutra é calculada pela seguinte equação:
(Eq. 11)
35
O momento de plastificação da fôrma de aço é determinado por:
(Eq. 12)
Em que
(Eq. 13)
(Eq. 14)
A presença do concreto na estrutura mista é favorável, dificultando a flambagem
local da fôrma de aço, que deve atender as exigências a seguir.
(Eq. 15)
(Eq. 16)
Para Queiroz, Pimenta e Mata no cálculo do momento negativo é considerado
“[...] a forma das nervuras na determinação da área comprimida do concreto e a distância ao
eixo da armadura. Por simplicidade pode-se considerar a nervura com forma retangular
equivalente [...]”. Assim, a área comprimida de concreto é equivalente à da fôrma utilizada,
na qual a altura é preservada. O momento negativo é dado pelas seguintes expressões:
(Eq. 17)
Onde
(Eq. 18)
(Eq. 19)
36
(Eq. 20)
Os demais termos estão definidos na figura a seguir.
Figura 14 - Geometria simplificada da fôrma
Fonte: Queiroz, Pimenta e Mata (2001, p. 158).
2.2.2.2.2 Resistência ao cisalhamento longitudinal
O cisalhamento longitudinal é caracterizado “pela ruína da ligação mecânica entre
a fôrma de aço e o concreto sobreposto, resultando em grande deslizamento relativo entre
esses dois materiais que deixam de trabalhar em conjunto” (FAKURY; SILVA; CALDAS,
2016, p. 384).
Desde a década de 60 são pesquisados métodos de cálculo para resistência ao
cisalhamento longitudinal. O mais utilizado é um método semi-empírico que foi desenvolvido
por Schuster, em 1970, denominado de “método m-k” que depende de duas constantes obtidas
por meio de ensaios experimentais efetuados com a fôrma de aço a ser utilizada.
A força cortante longitudinal das lajes é dada através da seguinte expressão.
(Eq. 21)
No caso de duas cargas concentradas simétricas o vão de cisalhamento é a
distância entre o ponto de aplicação da carga e o apoio mais próximo. Para cargas
uniformemente distribuídas o vão é dado através da Eq. 22. Para outras situações de
carregamento Ls pode ser aproximado como a distância entre uma carga equivalente de valor
37
igual à máxima força cortante e o apoio mais próximo. (QUEIROZ; PIMENTA; MATA,
2001, p. 164).
(Eq. 22)
Segundo a ABNT NBR 8800 (2008, p. 216) “quando a laje for projetada como
contínua, é permitido o uso de um vão simplesmente apoiado equivalente para determinação
da resistência. O comprimento desse vão pode ser tomado igual a 0,8 vez o vão real para vãos
internos e a 0,9 vez para vãos de extremidade”.
2.2.2.2.3 Verificação ao cisalhamento vertical
A força cortante vertical resistente de cálculo, relativa à largura de 1000 mm, é
determinada através da seguinte expressão:
(Eq. 23)
Onde
(Eq. 24)
(Eq. 25)
(Eq. 26)
Quando kv é maior que 1,0, em casos com armadura longitudinal de tração que se
estenda a mais que d+lb,nec além da seção considerada é dado pela Eq. 26 e em outros casos é
apenas 1,0.
(Eq. 27)
38
(Eq. 28)
A área resistente de concreto (Av) e as dimensões d e bn, são de acordo com a
Figura 10.
O limite da força cortante é dado por.
(Eq. 29)
2.2.2.3 Estados limites de utilização
Devem ser verificados dois estados limites de utilização depois da cura do
concreto, sendo o limite de fissuração inaceitável do concreto e o deslocamento vertical.
O estado limite de fissuração do concreto, em lajes contínuas com momento fletor
negativo, deve ser verificado de acordo com a ABNT NBR 6118 (2014) e para as lajes
simplesmente apoiadas a ABNT NBR 8800 (2008, p. 219) orienta que:
[...] deve-se colocar armadura para combater os efeitos de retração e temperatura,
com área não inferior a 0,1% da área do concreto acima da face superior da fôrma.
Essa armadura deve ser colocada preferencialmente, a 20 mm abaixo do tipo da laje.
Atenção especial [...] nos locais onde possa haver tendência de continuidade dos
elementos estruturais [...].
De acordo com ABNT NBR 8800 (2008, p. 219) os deslocamentos máximos que
as lajes mistas podem sofrer são LF/350, sendo LF o vão teórico da laje na direção das
nervuras.
Como a norma brasileira é omissa sobre a metodologia de cálculo para chegar ao
valor da flecha, sem dar qualquer valor de inércia para determinar o valor máximo de
deslocamento vertical, Queiroz, Pimenta e Mata (2001) sugerem a normatização estabelecida
no CSSBI (Church Schoolmasters & Schoolmistresses’ Benevolent Institution, 1988) e o
ASCE 9 (American Society of Civil Engineers, 1991), que envolvem os seguintes
procedimentos:
- usar teoria elástica convencional, considerando que as seções planas permanecem
planas e as tensões são proporcionais às deformações em cargas de serviço;
- a seção deve ser homogeneizada pela transformação da área de aço da fôrma em
área equivalente de concreto, com base na relação dos módulos de elasticidade;
- o momento de inércia a ser usado nos cálculos deve ser tomado como a média
entre os da seção fissurada e não fissurada. (QUEIROZ; PIMENTA; MATA, 2001,
p. 171).
39
Devem ser levados em conta os efeitos de deformação lenta do concreto,
considerando um deslocamento vertical adicional dado por:
(Eq. 30)
Ainda, Queiroz, Pimenta e Mata (2001, p. 171) afirmam que “o efeito da
deformação lenta pode também ser elevado em conta adotando-se, do lado da segurança, o
procedimento simplificado do Eurocode 4, da mesma maneira que para vigas mistas,
dividindo-se por 2 o módulo de elasticidade do concreto.”
2.2.2.4 Ações a serem consideradas
As ações a serem consideradas no cálculo de lajes mistas, na fase antes da cura do
concreto determinadas pela ABNT NBR 8800 (2008) são:
a) Pesos próprios do concreto fresco, da fôrma de aço e da armadura;
b) Sobrecarga de construção;
c) Efeito de empoçamento, caso a flecha ultrapasse certo valor.
O efeito de empoçamento deve ser levado em conta se o deslocamento no centro
do vão da fôrma, calculado com seu peso próprio somado ao do concreto fresco, ultrapassar o
valor de LF/250, considera-se um acréscimo na espessura nominal do concreto de 70 % do
valor de deslocamento. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR
8800, 2008, p. 219).
A sobrecarga de construção deverá ser tomada como o mais nocivo dos seguintes
valores, conforme ABNT NBR 8800 (2008, p. 219):
a) Carga uniformemente distribuída de no mínimo 1,0kN/m²;
b) Carga linear de 2,2 kN/m, perpendicular à direção do vão, na posição mais
desfavorável; esta exigência é válida somente para verificação ao momento fletor.
Outra exigência da ABNT NBR 8800 (2008) é de que seja levada em conta a
sequência de concretagem na determinação dos esforços solicitantes. Em cada estado limite
deve ser determinado considerando situações específicas, conforme mostra na Figura 15 as
sequências que devem ser adotadas para se determinar os máximos esforços solicitantes para
cada estado limite de verificação.
40
Figura 15 - Sequência de concretagem.
Fonte: Queiroz, Pimenta e Mata (2001, p. 173).
Após a cura do concreto, leva-se em consideração que todo carregamento é
sustentado pela estrutura de sistema misto de aço e concreto inclusive o peso próprio da laje,
mesmo se este carregamento tenha sido considerado na verificação de resistência da fôrma, na
fase inicial. “As combinações de ações devem ser feitas [...] considerando-se a combinação de
41
ações durante a construção para o dimensionamento da fôrma de aço na fase inicial. Nesse
caso, o peso próprio do concreto fresco deve ser considerado uma ação variável”.
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 8800, 2008, p. 220).
2.2.2.5 Verificação para cargas concentradas ou lineares
Em lajes mistas a capacidade de sustentar cargas lineares ou concentradas é
relativamente limitada, por isso este tipo de solicitação deve ter atenção especial. A ABNT
NBR 8800 (2008, p. 220) orienta que “para a situação das cargas concentradas ou lineares
paralelas às nervuras da fôrma de aço forem suportadas pela laje, pode-se considerá-las como
distribuídas em uma largura bm, [...] dada por:”
(Eq. 31)
Em casos de cargas lineares perpendiculares às nervuras pode ser utilizada a
expressão acima (Eq. 31), desde que bp seja o comprimento da carga linear.
Figura 16 - Distribuição das cargas concentradas ou lineares.
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de
estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro, 2008, p. 221.
A largura efetiva da laje utilizada para determinação da resistência não deve
superar os seguintes valores:
a) Para momento fletor e cisalhamento longitudinal:
- Em casos com vãos simples e tramos extremos de lajes contínuas, utiliza-se a
seguinte expressão:
42
(Eq. 32)
- Em casos de tramos internos de lajes contínuas:
(Eq. 33)
b) Para cisalhamento vertical:
(Eq. 34)
O valor de bmáx é dado pela seguinte expressão.
(Eq. 35)
Conforme alegam Queiroz, Pimenta e Mata:
A limitação de a largura efetiva não ser superior a bmáx não se aplica para cargas
lineares perpendiculares às nervuras e não é necessária em qualquer situação quando
houver uma armadura de distribuição com área igual ou superior a 0,2% da área de
concreto acima da fôrma. A armadura de distribuição tem como finalidade assegurar
a distribuição das cargas concentradas ou lineares na largura efetiva. Esta armadura
deve-se estender transversalmente em toda a largura efetiva, sendo devidamente
ancorada e calculada, conforme as prescrições da NBR 6118. (QUEIROZ;
PIMENTA; MATA, 2001, p. 175)
O momento transversal é dado por:
(Eq. 36)
Sendo que a largura onde deve ser colocada a armadura, deve respeitar a seguinte
condição:
(Eq. 37)
43
Figura 17 - Armadura de distribuição.
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8800: Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro, 2008, p. 222.
Para cargas lineares paralelas ao vão pode ser adotado a Eq. 37, desde que para o
valor da carga Fd adota-se o menor comprimento entre b1 ou LF.
Se a armadura não for suficiente para resistir a este momento ou não haver
nenhuma armadura de distribuição, a largura efetiva é bm. Em casos de carga linear
perpendicular ao vão, adota-se armadura de distribuição nominal de 0,1% da área de concreto
acima forma. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 8800, 2008,
p. 222).
2.2.2.6 Disposições construtivas
De acordo com a ABNT NBR 8800 (2008, p. 220) devem ser seguidas as
seguintes disposições construtivas:
a) Espessura de concreto deve ser no mínimo de 50 mm sobre a fôrma de aço;
b) A dimensão do agregado graúdo não deve exceder os valores de 0,40 tc, bo/3 ou
30 mm;
c) A armadura necessária para a resistência da laje ao momento positivo e o
negativo devem obedecer às prescrições da ABNT NBR 6118;
44
d) O comprimento mínimo de apoio não pode ser inferior a 75 mm para apoio em
aço ou concreto e 100 mm para apoio em outros materiais, esses valores podem ser reduzidos
para 50 mm e 70 mm, respectivamente, sendo o necessário para evitar que se atinjam os
estados-limites correspondentes;
e) Recomenda-se tratamento superficial adequado ao ambiente, como um
revestimento de galvanização em ambas as faces, nos ambientes agressivos que a
galvanização simples não é suficiente recomenda-se que a chapa galvanizada seja pintada;
f) Espessura mínima de 0,80 mm para a chapa galvanizada.
2.2.2.7 Método construtivo
O steel deck é um sistema que possui facilidade de montagem e por ser leve exige
poucos equipamentos para sua instalação, evita o desperdício de material por não depender de
escoras nem da desforma das lajes. Mas depende de guinchos ou gruas na montagem para
transporte adequado das formas para os níveis superiores da edificação.
Na execução deve haver um correto posicionamento e fixação da fôrma na
estrutura de apoio e correta distribuição do concreto durante a concretagem. Por isso é
necessário conferir o nivelamento da mesa superior da viga de aço, garantindo assim um
perfeito contato entre viga e forma. Devem ser removidas as todas ferrugens, rebarbas,
respingos de solda e oleosidades em geral que tenham ficado na forma.
Posteriormente, as formas podem ser posicionadas sobre as vigas, alinhando e
gabaritando as fôrmas de modo sejam montadas com sua largura útil real. Comumente, há a
necessidade da realização de recortes e ajustes nos cantos e contornos dos pilares. Após
ajustados e alinhados os painéis devem ser fixados na estrutura através de pontos de solda
bujão ou solda tampão.
Após o término da montagem da forma de aço, mas antes da concretagem, serão
soldados conectores de cisalhamento para ligação entre a viga metálica e a laje de concreto
com atenção para evitar a presença de umidade nas soldagens do conector.
Em seguida, é colocada uma malha metálica para distribuição dos esforços e
antifissuração a 20 mm abaixo da superfície do concreto, e quando necessário serão colocadas
armaduras adicionais conforme constam nos projetos.
Por fim, haverá a concretagem, na qual o concreto é lançado através de bomba.
Esta fase requer cuidado especial, de acordo com Cichinelli (2014) “além do tempo de cura,
que deve ser respeitado rigorosamente, nessa etapa outro ponto que requer atenção é a saída
45
do concreto, que deve ser movimentado frequentemente e cuidadosamente para minimizar os
problemas de acumulação em zonas críticas da laje [...]”.
2.2.3 Conectores de cisalhamento
O comportamento das estruturas mistas é baseado na ação conjunta entre o perfil
de aço e o concreto armado. Para que isto ocorra, é necessário que na interface aço-concreto
desenvolvam-se forças longitudinais de cisalhamento. Pois, os conectores cumprem a função
de absorver os esforços de cisalhamento horizontal e de impedir o afastamento vertical entre a
laje e a viga. No dimensionamento das estruturas, a aderência natural entre os dois materiais e
as forças de atrito presentes não são consideradas. (QUEIROZ; PIMENTA; MATA, 2001, p.
58).
Para garantir esse o comportamento, podem ser utilizados conectores de
cisalhamento, que visam restringir o escorregamento longitudinal e o descolamento vertical
na interface viga-laje. Os conectores de cisalhamento podem ser flexíveis ou dúcteis e rígidos,
os quais são definidos pela relação entre a força de cisalhamento transmitida e o deslocamento
entre as superfícies de contato, devido ao cisalhamento longitudinal gerado pela força entre o
concreto da laje e o perfil de aço. A ABNT NBR 8800 (2008) cita dois tipos de conectores de
cisalhamento, os pinos com cabeça e perfil U laminado ou formado a frio, os quais devem
estar completamente embutidos no concreto da laje, com cobrimento superior mínimo de 10
mm.
Dentre os vários tipos de conectores, os mais recomendados e utilizados
atualmente para lajes mistas são os flexíveis, do tipo pino com cabeça (stud bolt). Consiste em
um pino de aço com um “fuste projetado para funcionar como eletrodo de solda por arco
elétrico, e após a soldagem, como conector”, afirmam Fakury, Silva e Caldas (2016, p. 399).
46
Figura 18 - Deformação do conector pino com cabeça e efeitos no concreto.
Fonte: Fakury, Silva e Caldas (2016, p. 401).
De acordo com Fakury, Silva e Caldas (2016, p. 399) na fabricação de conectores
com diâmetro até 22,2mm, deve ser utilizado o aço estrutural ASTM A108 - Grau 1020, cuja
resistência ao escoamento é de 345 MPa e a resistência à ruptura 415 MPa. Além disso, o aço
deve permitir um alongamento mínimo de 20% em 50 mm e redução de área mínima de 50 %.
Ainda, a ABNT NBR 8800 (2008) indica que os pinos stud bolt após instalação devem
possuir um comprimento mínimo igual a 4 vezes o diâmetro, e atender rigorosamente ao
estipulado com a AWS D1.1 (American Welding Society) no que se refere às sua dimensões e
ligação com a estrutura mista.
Na instalação, o stud bolt é soldado na mesa de um perfil metálico ou através de
uma fôrma de aço da laje mista por eletrofusão, que é um método prático e rápido com a
utilização de uma pistola especial controlada por um temporizador.
Figura 19 - Instalação dos stud bolts.
a) b) c) d)
Fonte: Ciser, 2017, disponível em http://www.ciser.com.br/destaques/stud-bolts.
No processo de instalação, Figura 19, primeiramente acopla-se o stud bolt e o anel
cerâmico à pistola de soldagem e o pino é posicionado sobre a superfície da estrutura (Figura
47
19.a). Aciona-se o gatilho e automaticamente, o stud bolt recuará e abrirá passagem para a
corrente que forma o arco elétrico do processo de soldagem (Figura 19.b). No decorrer da
soldagem, o stud bolt é pressionado contra o metal que está em ponto de fusão e confinado
pelo anel cerâmico (Figura 19.c). O metal é solidificado em uma fração de segundos após o
fim da corrente elétrica e uma solda de alta qualidade está pronta (Figura 19.d). (CISER,
2017).
Para que a solda não danifique o material-base, a espessura não deve ser inferior
às especificadas na Tabela 3. Além disso, deve ser respeitado o valor mínimo da espessura de
40% do diâmetro do pino, para que a resistência total seja alcançada, exceto se o conector for
soldado sobre o apoio na mesa, na posição correspondente à alma do perfil de aço.
(QUEIROZ; PIMENTA; MATA, 2001, p. 63)
Tabela 3 - Espessuras mínimas de chapas de aço para a solda por arco elétrico do conector.
Diâmetro do conector Espessura mínima do metal base
(pol) (mm) (mm)
5/8” 15,9 3,75
3/4” 19,1 4,75
7/8” 22,2 6,30
Fonte: Queiroz, Pimenta e Mata (2001, p. 63).
48
3 METODOLOGIA
3.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO
A presente pesquisa é um estudo de caso com o objetivo de se obter uma melhor
compreensão e consequente comparação através do dimensionamento de dois tipos de
sistemas mistos, um com lajes steel deck e outro com lajes maciças. Possui importância
exploratória e explicativa, pois envolve um levantamento bibliográfico em que proporciona
maior familiaridade com o problema a ser resolvido e aprofunda o conhecimento da realidade
com a identificação dos fatores que contribuem para a ocorrência dos fenômenos.
3.2 SOFTWARE E PROGRAMA UTILIZADOS
Para análise e obtenção das reações dos carregamentos na estrutura a ser analisada
será utilizado software de cálculo o Ftool que analisa o comportamento de estruturas
bidimensionais, ou seja, pórticos planos. Também foi utilizado um programa desenvolvido no
Microsoft Office Excel pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) para o cálculo
de vigas mistas e dos conectores de cisalhamento.
Além destes, foi utilizado o software online CYPE Ingenieros, S.A. para geração
de custos e insumos utilizados nas estruturas.
3.3 MODELO PROPOSTO
O modelo para estudo proposto por Bellei e Bellei (2011, p. 54) é um edifício com
estrutura metálica de quatro pavimentos e área total construída de 526,5 m². O estudo a ser
realizado é do pavimento tipo que possui dois apartamentos com dois quartos sala e cozinha,
conforme Figura 20.
49
Figura 20 – Planta baixa do pavimento tipo do edifício de estrutura metálica.
Fonte: Bellei e Bellei (2011, p. 54).
O sistema estrutural, de acordo com Bellei e Bellei (2011, p. 55), é composto por
três tipos de vigas e seis lajes engastadas nas vigas. As vigas são formadas por perfis
metálicos tipo “W” e as lajes serão analisadas em duas situações: lajes maciças e lajes steel
deck.
50
Figura 21 - Vigas e lajes do pavimento tipo do edifício de estrutura metálica com
lajes maciças.
V1 V1
V1A
V1 V1
V1A
V1A V1A
V2
V2M
V2
V2
V2M
V2
V3
V3A
V3B
V3A
V3A
4425
8850
4425
60
00
30
00
60
00
15
00
0
2212,5 2212,5 3210 1215
L1 L2
L5 L6
L3 L4
OBSERVAÇÃO: COTAS EM MILÍMETROS.
Fonte: Elaboração da autora (2017).
51
Figura 22 - Vigas e lajes do pavimento tipo do edifício de estrutura metálica com
lajes steel deck.
V1 V1
V1A
V1 V1
V1A
V1A V1A
V2M
V2
V2M
V2
V3
V3A
V3B
V3A
V3A
4425
8850
4425
2212,5 2212,5 3210 1215
L1 L2
L7 L8
L5 L6
60
00
30
00
60
00
15
00
0
30
00
30
00
30
00
30
00
V2
V2
V2
V2
V2
V2V
2M
V2M
V1B V1B
L9 L10
L3 L4
V1B V1B
OBSERVAÇÃO: COTAS EM MILÍMETROS.
Fonte: Elaboração da autora (2017).
3.3.1 Ações
De acordo com Bellei e Bellei (2011, p. 62) os carregamentos utilizados para
dimensionamento da estrutura estão descritos nas tabelas a seguir.
52
Tabela 4 - Ações permanentes diretas (CP).
Ações Permanentes Diretas (CP) Cargas
(kN/m²)
Paredes internas em Dry Wall 0,30
Revestimento piso 0,50
Forro de gesso 0,15
Degrau + corrimão + estrutura da escada + laje patamar 2,50
Corredor e hall 3,00
Paredes externas no andar tipo h = 2,7 m 3,40 kN/m
Fonte: Bellei e Bellei (2011, p. 62), modificado pela autora (2017).
Tabela 5 - Ações variáveis (CA).
Ações Variáveis (CA) Cargas
(kN/m²)
Piso tipo (apartamentos) 1,50
Área de serviço 2,00
Escada/ Hall/ Corredor 3,00
Fonte: Bellei e Bellei (2011, p. 62), modificado pela Autora.
As cargas nas vigas dependem do peso da parede, reação da laje na viga devido às
ações permanentes diretas (CP) e devido às ações variáveis (CA).
3.3.2 Combinações
Nesta edificação serão utilizadas as combinações últimas normais, as quais
ocorrem devido ao uso previsto para a edificação, nelas estão incluídas ações permanentes e
ação variável principal, conforme a seguinte expressão:
(Eq. 38)
Como serão dimensionadas apenas as lajes e as vigas neste trabalho a combinação
a ser utilizada depende apenas de FGi,k e FQ1,k com coeficiente de ponderação das ações.
Conforme consta na Figura 23, coeficientes de ponderação obtidos na ABNT
NBR 8800 (2008, p. 18), para os cálculos das lajes e das vigas são utilizadas duas
combinações: normal e de construção. Para as combinações normais são utilizados os
coeficientes g= 1,40 por ter elementos construtivos industrializados com adições in loco e q=
1,50 devido a ações variáveis decorrentes de uso e ocupação. Para as combinações de
construção são utilizados os coeficientes g= 1,30 e q= 1,30.
53
Figura 23 - Valores dos coeficientes de ponderação das ações f = f1 f3
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 8800: Projeto de estruturas de aço e de
estruturas mistas de aço e concreto de edifícios. Rio de Janeiro, 2008, p. 18.
54
4 ESTUDO DE CASO
4.1 ESTRUTURA MISTA COM LAJE MACIÇA
4.1.1 Lajes maciças
Para os dimensionamentos das lajes maciças terão uma breve descrição dos
cálculos na sequência, mas todos os resultados finais estão apresentados no Apêndice A.
No dimensionamento das lajes maciças inicialmente determinam-se os vãos
teóricos (l) e os vãos livres (l0). Sendo que o vão teórico é a distância entre os centros dos
apoios, conforme a ABNT NBR 6118 (2014) é denominado vão equivalente. O vão livre é a
distância livre entre as faces dos apoios e quando há lajes em balanço é o comprimento da
extremidade livre até a face do apoio.
Após a determinação dos vãos é possível classificar as lajes com a relação entre o
maior vão e o menor vão, λ = ly / lx. É classificada da seguinte maneira:
2 laje armada em duas direções;
2 laje armada em uma direção.
Figura 24 - Vãos teóricos
Fonte: Pinheiro e outros (2010, p. 11.3).
Neste estudo de caso foram encontradas as situações conforme Tabela 6.
55
Tabela 6 - Classificação das lajes.
Lajes ly lx
λ Classificação (cm) (cm)
L1 600,0 442,5 1,36 Laje armada em duas direções
L2 600,0 442,5 1,36 Laje armada em duas direções
L3 300,0 221,3 1,36 Laje armada em duas direções
L4 300,0 121,5 2,47 Laje armada em uma direção
L5 600,0 442,5 1,36 Laje armada em duas direções
L6 600,0 442,5 1,36 Laje armada em duas direções Fonte: Elaboração da autora (2017).
Nos casos das lajes em duas direções, lajes L1, L2, L3, L5 e L6, serão calculadas
as armaduras para resistir aos momentos fletores nessas duas direções. A laje L4 também terá
armadura nas duas direções, porém a armadura principal é calculada somente na direção do
vão menor, sendo colocada na outra direção uma armadura de distribuição.
Em seguida foram identificados os tipos de vínculos. Sendo que as bordas livres
não possuem apoios, mas possuem deslocamento vertical, as bordas apoiadas ou engastadas
não possuem deslocamento vertical e somente nas bordas engastadas não há rotações.
De acordo com Pinheiro (2010) Os principais casos de vinculação são:
Figura 25 - Tipos de vinculação das lajes
Fonte: Pinheiro e outros (2010, p. 11.4).
56
No caso das bordas engastadas são consideradas as seguintes situações para
determiná-las:
Figura 26 - Critério para considerar bordas engastadas.
Fonte: Pinheiro e outros (2010, p. 11.6).
Atendendo os critérios acima, tem-se as situações conforme mostra na Figura 27.
Figura 27 - Tipos de vinculação das lajes maciças.
4425
60
00
4425
60
00
BORDAS LIVRES
BORDAS APOIADAS
BORDAS ENGASTADAS
L1 = L5 L2 = L6
2212,5
30
00
L3
1215
30
00
L4
Fonte: Elaboração da autora (2017).
57
De acordo com a ABNT NBR 6118 (2014, p. 74):
Nas lajes maciças devem ser respeitados os seguintes limites mínimos para a
espessura:
a) 7 cm para cobertura não em balanço;
b) 8 cm para lajes de piso não em balanço;
c) 10 cm para lajes em balanço;
d) 10 cm para lajes que suportem veículos de peso total menor ou igual a 30 kN;
e) 12 cm para lajes que suportem veículos de peso total maior que 30 kN;
Além disso, o cobrimento mínimo para lajes com classe de agressividade
ambiental I é de 20 mm.
Para todas as lajes inicialmente foi arbitrada a altura mínima de 8 cm, mas para
atender o necessário calculado utilizou-se h = 9 cm.
Segundo a ABNT NBR 6118 (2014, p. 169) outras prescrições gerais que devem
ser observadas:
Qualquer barra da armadura de flexão deve ter diâmetro no máximo igual a h/8.
As barras da armadura principal de flexão devem apresentar espaçamento no
máximo [Smáx] igual a 2 h ou 20 cm, prevalecendo o menor desses dois valores na
região dos maiores momentos fletores.
[...] A armadura secundária de flexão deve ser igual ou superior a 20 % da armadura
principal, mantendo-se, ainda, um espaçamento entre barras de no máximo 33 cm. A
emenda dessas barras deve respeitar os mesmos critérios de emenda das barras da
armadura principal.
Os estribos em lajes nervuradas, quando necessários, não podem ter espaçamento
superior a 20 cm.
Portanto, para o dimensionamento das lajes maciças foram utilizados os seguintes
parâmetros:
h = 9 cm
d = 6,5 cm
bw = 100 cm
Smáx = 18 cm
Ømáx = 11 mm
O cálculo das reações é baseado no processo das áreas, que dependem dos
coeficientes adimensionais , calculados através das fórmulas obtidas no Anexo A. As
reações são calculadas com a equação abaixo.
(Eq. 39)
O cálculo dos momentos fletores deste trabalho dependem dos coeficientes
tabelados μ obtidos no Anexo B, é dado pela Eq. 40.
58
(Eq. 40)
Em resumo, as reações e momentos fletores calculados estão descritos na tabela a
seguir.
Tabela 7 - Reações e momentos fletores das lajes maciças.
Lajes L1, L2, L5 e L6 L3 L4
Ações
(kN/m²) q 4,7 5,2 6,15
Reações
(kN/m)
Rx 6,57 2,25 2,43
R'x 9,63 - -
Ry 3,81 4,75 3,24
R'y - - -
Momentos
fletores
(kN/m²)
Mk,x 4,47 1,10 1,13
M' k,x 9,70 - -
M k,y 2,15 0,96 0,32
M' k,y - 2,47 1,08 Fonte: Elaboração da autora (2017).
Conhecidos os momentos fletores característicos, são realizados os cálculos de
dimensionamento das armaduras. Inicialmente é determinado o momento fletor de cálculo,
com γf = 1,4, através da seguinte expressão:
(Eq. 41)
Em seguida, calcula-se o valor do coeficiente kc.
(Eq. 42)
Com o valor de kc, o tipo de concreto e o aço a ser utilizado na armadura é obtido
o coeficiente ks através do Anexo C. Com isso o cálculo da armadura necessária é dada por:
(Eq. 43)
As armaduras devem respeitar os valores mínimos conforme ABNT NBR 6118
(2014) que é dado pela Eq. 44.
59
(Eq. 44)
A taxa geométrica mínima de armadura longitudinal (ρ) é dado por:
Tabela 8 - Valores mínimos para as armaduras.
Armaduras negativas ρ s ρ min
Armaduras positivas de lajes armadas em duas
direções ρs 0,67 ρmin
Armadura positiva (principal) de lajes armadas em
uma direção ρs ρmin
Armadura positiva (secundária) de lajes armadas
em uma direção
ρs 20 % da armadura principal
ρs 0,50 ρmin
ρs 0,90 cm²/m
Fonte: Pinheiro e outros (2010, p. 11.6).
Figura 28 - Valores de ρmin.
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto.
Rio de Janeiro, 2014, p. 130.
As áreas de aço necessárias e a armadura a ser utilizada estão resumidas nas tabela
a seguir.
60
Tabela 9 – Armaduras utilizadas nas lajes maciças.
Lajes Area de aço
(cm²/m) Armadura
Comprimento mínimo de
ancoragem (cm)
L1, L2, L5 e L6
Asx,nec 2,41 Ø 10 C/ 18 10
A'sx,nec 5,64 Ø 10 C/ 14 160
Asy,nec 0,93 Ø 5 C/ 18 5
L3
Asx,nec 0,90 Ø 5 C/ 18 5
Asy,nec 0,90 Ø 5 C/ 18 5
A'sy,nec 1,35 Ø 5 C/ 15 80
L4
Asx,nec 0,90 Ø 5 C/ 33 5
Asy,nec 1,35 Ø 5 C/ 15 5
A'sy,nec 1,35 Ø 5 C/ 15 80 Fonte: Elaboração da autora (2017).
As barras inferiores devem possuir comprimento de ancoragem de no mínimo 10
Ø das faces dos apoios.
Nos apoios em que há momentos fletores negativos é calculado o comprimento da
armadura negativa. Para barras com um comprimento igual em ambos os lados, adota-se o
menor valor entre:
Sendo al = 1,5 d e lb é dado pela seguinte expressão:
(Eq. 45)
(Eq. 46)
Após os dimensionamentos são verificadas as flechas em cada laje. Para tanto
considera-se a existência de fissuras, o momento de inércia, as flechas imediata, diferida e
total e os valores limites.
A verificação da existência de fissuras na laje é dada quando Mk > Mr. Assim, o
momento de fissuração é dado por:
(Eq. 47)
Onde α = 1,5 para seções retangulares e yt = h/2.
61
(Eq. 48)
A flecha imediata é obtida através da expressão a seguir.
(Eq. 49)
O valor de α é um coeficiente adimensional tabelado que depende de λ e do tipo
de vinculação da laje que é obtido no Anexo D.
A flecha diferida é decorrente das cargas de longa duração em função da fluência
dada por:
(Eq. 50)
Para lajes com armadura simples αf = Δξ, o coeficiente em função do tempo pode
ser calculado pelas seguintes expressões:
(Eq. 51)
(Eq. 52)
Sendo que t é o tempo em que se deseja o valor da flecha diferida.
A flecha total é calculada da seguinte forma:
(Eq. 53)
E a flecha limite é o limite para o deslocamento total, dada por:
(Eq. 54)
Portanto, com todas as verificações realizadas, constatou-se que todas as lajes
estão dentro dos limites estabelecidos. Os resultados de todos os cálculos estão descritos no
Apêndice A.
62
Resumidamente, obtém-se os seguintes resultados:
a) Concreto com fck de 20 MPa;
b) Espessura total da laje de 9 cm;
c) Detalhamento das armaduras:
- L1, L2, L5 e L6: armadura positiva de Ø 10,0 mm c/ 18 cm e Ø 5,0 mm c/ 18
cm, nos vãos de 4,423 e 6 metros, respectivamente. A armadura negativa é de Ø 10,0 mm c/
14 cm com comprimento de armadura de 160 cm na borda adjacente das lajes L1-L2 e L5-L6;
- L3, armadura positiva principal de Ø 5,0 mm c/ 18 cm para o vão de 2,213 m,
armadura positiva de Ø 5,0 mm c/ 18 cm para o vão de 3 m. Armadura negativa de Ø 5,0 mm
c/ 15 cm com comprimento de armadura de 80 cm nas bordas adjacente as lajes L1 e L5;
- L4, armadura positiva principal de Ø 5,0 mm c/ 15 cm para o vão de 1,215 m,
armadura positiva secundária de Ø 5,0 mm c/ 33 cm para o vão de 3 m, armadura negativa de
Ø 5,0 mm c/ 15 cm com comprimento de armadura de 80 cm nas bordas adjacente as lajes L2
e L6;
d) consumo de concreto de 10,48 m³/pavimento.
4.1.2 Vigas mistas e conectores de cisalhamento
As vigas mistas e os conectores de cisalhamento são dimensionados pelo
programa desenvolvido em Microsoft Office Excel pelo Centro Brasileiro da Construção em
Aço (CBCA) para o cálculo de vigas mistas.
O aço utilizado nas vigas é o aço ASTM A 572 grau 50 e os conectores de
cisalhamento serão Ø 3/4” x 80 mm.
As vigas a serem dimensionadas constam na Figura 21 - Vigas e lajes do
pavimento tipo do edifício de estrutura metálica com lajes maciças.
Resumidamente os perfis utilizados para tal situação estão descritas na tabela a
seguir.
63
Tabela 10 – Vigas mistas utilizadas em estruturas com lajes maciças.
Viga Perfil Número de conectores/vão
V1 W 150 x 24,0 10
V1A W 200 x 19,3 12
V2 W 250 x 32,7 12
V2M W 250 x 38,5 22
V3 W 150 x 13,0 -
V3A W 150 x 13,0 6
V3B W 150 x 13,0 6
Fonte: Elaboração da autora (2017).
4.2 ESTRUTURA COM LAJE STEEL DECK
4.2.1 Lajes steel deck
As lajes foram dimensionadas através das tabelas no Anexo E, além disso, todas
as verificações necessárias foram realizadas conforme a ABNT NBR 6118 (2008) cujos
resultados finais dos cálculos estão descritos no Apêndice C.
Para dimensionamento destas lajes respeitaram-se as orientações do fabricante
METFORM SA, o qual exige uma altura mínima de lajes de piso de 140 mm para fôrma MF-
75 e concreto com resistência mínima à compressão a partir de 20 MPa. O vão máximo para
lajes sem escoramento conforme o fabricante é de 4 m, caso o vão for superior ao
especificado a laje deverá ser escorada durante a concretagem.
Neste estudo de caso a laje deverá ser dimensionada sem escoramento, devido isso
serão colocadas vigas secundárias, conforme ilustra Figura 29.
64
Figura 29 - Lajes steel deck.
4425
8850
4425
6000
3000
6000
15000
2212,5 2212,5 3210 1215
L1 L2
L7 L8
L5
L3 L4
L9 L10
3000
3000
3000
3000
VIGAS SECUNDÁRIASVIGAS SECUNDÁRIAS
VIGAS SECUNDÁRIASVIGAS SECUNDÁRIAS
V1 V1
V1A
V1 V1
V1A
V1A V1A
V2M
V2
V2M
V2
V3
V3A
V3B
V3A
V3AL6
V2
V2
V2
V2
V2
V2V
2M
V2M
V1B
V1B V1B
OBSERVAÇÃO: COTAS EM MILÍMETROS.
V1B
Fonte: Elaboração da autora (2017).
De acordo com a geometria das lajes e a direção das nervuras da chapa,
determinam-se lajes como contínuas ou somente biapoiadas. Para o pavimento tipo deste
estudo, considerou-se:
a) L1-L3, L2-L4, L7-L9 e L8-L10 - lajes contínuas;
b) L5 e L6 - lajes biapoiadas.
Para determinar a fôrma a ser utilizada e altura da laje analisou-se o caso mais
crítico, com maior vão na direção das nervuras das lajes que corresponde às lajes L1-L3, L2-
L4, L7-L9 e L8-L10. Neste caso, através da Eq. 38 foram calculados os carregamentos Fd
para todas as alturas e espessuras das fôrmas MF-50 e MF-75, como mostra Tabela 12. Para
65
tal cálculo, são utilizadas as cargas da Tabela 11, em que no valor da carga permanente (CP)
não está incluso o peso próprio da laje, pois cada situação possui seu peso próprio específico.
Tabela 11 – Cargas permanentes e ações variáveis nas lajes steel deck.
Laje CP (kN/m²) CA (kN/m²)
L1-L3, L2-L4, L7-L9 e L8-L10 1,0 1,5
L5 1,0 2,0
L6 3,2 3,0
Fonte: Elaboração da autora (2017).
A carga permanente somada ao peso próprio de cada tipo de laje e a carga das
ações variáveis são inseridas na Eq. 38, cujos resultados mais críticos estão expressos na
tabela abaixo. As cargas destacadas estão abaixo das cargas máximas recomendadas pelo
fabricante, ou seja, são estas as alturas e espessuras que atendem a situação.
Tabela 12 – Carregamentos nas lajes steel deck.
Laje
Esp.
da
fôrma
(mm)
Fd (kN/m²)
MF-50 MF-75
Altura total da laje (mm) Altura total da laje (mm)
110 120 130 140 150 160 170 140 150 160 170 180 190 200
L1-L3,
L2-L4,
L7-L9 e
L8-L10
0,8 6,49 6,83 7,15 7,49 7,81 8,14 8,47 7,08 7,42 7,74 8,07 8,40 8,73 9,05
0,95 6,52 6,84 7,18 7,50 7,84 8,16 8,49 7,11 7,43 7,77 8,10 8,42 8,76 9,08
1,25 6,56 6,88 7,22 7,54 7,88 8,20 8,54 7,15 7,49 7,81 8,14 8,48 8,80 9,04
L5
0,8 7,24 7,58 7,90 8,24 8,56 8,89 9,22 7,83 8,17 8,49 8,82 9,15 9,48 9,80
0,95 7,27 7,59 7,93 8,25 8,59 8,91 9,24 7,86 8,18 8,52 8,85 9,17 9,51 9,83
1,25 7,31 7,63 7,97 8,29 8,63 8,95 9,29 7,90 8,24 8,56 8,89 9,23 9,55 9,79
L6
0,8 11,82 12,16 12,48 12,82 13,14 13,47 13,80 12,41 12,75 13,07 13,40 13,73 14,06 14,38
1,0 11,85 7,67 12,51 12,83 13,17 13,49 13,82 12,44 12,76 13,10 13,43 13,75 14,09 14,41
1,3 11,89 7,71 12,55 12,87 13,21 13,53 13,87 12,48 12,82 13,14 13,47 13,81 14,13 14,37
Fonte: Elaboração da autora (2017).
Portanto, ao verificar a pior situação, para as lajes L1-L3, L2-L4, L7-L9 e L8-
L10, constata-se que serão utilizadas lajes com fôrmas MF-75 com espessura de 1,25 mm e
altura de 140 mm, sendo este o padrão para todas as lajes.
Na tabela acima, encontra-se também a carga aplicada sobre cada laje, sendo:
a) L1-L3, L2-L4, L7-L9 e L8-L10 igual 7,15 kN/m²;
b) L5 igual 7,90 kN/m²;
c) L6 igual 12,48 kN/m²;
66
Aplicadas as cargas no programa de cálculo Ftool, para as lajes L1-L3, L2-L4,
L7-L9 e L8-L10 são observados os seguintes carregamentos e esforços resultantes.
Figura 30 - Carregamento sobre as lajes L1-L3, L2-L4, L7-L9 e L8-L10.
Fonte: Ftool (2017).
Figura 31 – Esforços cortantes nas lajes L1-L3, L2-L4, L7-L9 e L8-L10.
Fonte: Ftool (2017).
Figura 32 – Momentos fletores nas lajes L1-L3, L2-L4, L7-L9 e L8-L10.
Fonte: Ftool (2017).
Em resumo:
- VSd = 13,41 kN;
- MSd+ = 4,53 kN.m;
- MSd- = 8,04 kN.m;
- Rexterno = 8,04 kN;
67
- Rinterno = 26,81 kN.
A laje L5 possui os seguintes carregamentos.
Figura 33 - Carregamento sobre a laje L5.
Fonte: Ftool (2017).
Figura 34 – Esforços cortantes na laje L5.
Fonte: Ftool (2017).
Figura 35 – Momentos fletores na laje L5.
Fonte: Ftool (2017).
Em resumo:
- VSd = 8,74 kN;
- MSd+ = 4,84 kN.m;
- Rexterno = 8,74 kN;
68
A laje L6 possui os seguintes carregamentos.
Figura 36 - Carregamento sobre a laje L6.
Fonte: Ftool (2017).
Figura 37 – Esforços cortantes na laje L6.
Fonte: Ftool (2017).
Figura 38 – Momentos fletores na laje L6.
Fonte: Ftool (2017).
Em resumo:
- VSd = 7,58 kN;
- MSd+ = 2,30 kN.m;
- Rexterno = 7,58 kN;
Após encontrar todas as cargas e reações atuantes nas vigas verificaram-se as
reações máximas nos apoios, o momento fletor positivo e negativo, cisalhamento vertical e
longitudinal, flambagem e deformação, cujos resultados podem ser verificados no Apêndice
69
C. Tais verificações estão descritas no item 2.2.2 - Lajes mistas, as quais são regidas pela
norma ABNT NBR 8800 (2008).
Para verificação do cisalhamento longitudinal são utilizados os coeficientes m e k
que são obtidos através da seguinte figura.
Figura 39- Resistência última nominal ao cisalhamento longitudinal para os protótipos com
espessura 1,25 mm.
Fonte: Ferraz (1999, p. 36).
Em todas verificações foram utilizadas informações apresentadas nas tabelas do
Anexo E as quais se referem às propriedades físicas das chapas, a armadura para fissuração
em tela soldada e o consumo de concreto para fôrmas MF-75.
Portanto, após todas as verificações descritas no item 2.2.2 - Lajes mistas. Obtém-
se os seguintes resultados:
a) Concreto com fck de 20 MPa;
b) Perfil da fôrma de aço Steel Deck MF-75 espessura = 1,25mm;
c) Espessura total da laje de 140 mm;
d) Armaduras adicionais:
- armadura de fissuração: tela soldada Q75 com Ø 3,8 mm x Ø 3,8 mm – 150
mm x 150 mm;
- armadura negativa (lajes L1-L3, L2-L4, L7-L9 e L8-L10): Ø 10 mm a cada 13
cm com comprimento de ancoragem de 125 cm;
e) Consumo de concreto de 11,9 m³/pavimento.
70
4.2.2 Vigas mistas e conectores de cisalhamento
As vigas mistas e os conectores de cisalhamento são dimensionados pelo
programa desenvolvido em Microsoft Office Excel pelo Centro Brasileiro da Construção em
Aço (CBCA) para o cálculo de vigas mistas.
O aço utilizado nas vigas é o aço ASTM A 572 grau 50 e os conectores de
cisalhamento serão Ø 3/4” x 120 mm.
As vigas a serem dimensionadas constam na Figura 22.
Resumidamente os perfis utilizados para tal situação estão descritos na tabela a
seguir.
Tabela 13 – Vigas mistas utilizadas com lajes steel deck.
Viga Perfil Número de conectores/vão
V1 W 200 x 15,0 8
V1A W 200 x 19,3 16
V1B W 200 x 19,3 12
V2 W 250 x 38,5 10
V2M W 250 x 38,5 18
V3 W 150 x 13,0 -
V3A W 150 x 13,0 11
V3B W 150 x 13,0 11
Fonte: Elaborado pela autora (2017).
4.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Através dos dimensionamentos é possível fazer a comparação entre os dois tipos
de estrutura mista quanto ao peso das estruturas metálicas e quanto aos custos.
Os custos foram baseados em planilhas do software online Cype e planilhas do
SINAPI e ORSE.
Inicialmente o foi realizado o levantamento de custos da estrutura metálica e dos
stud bolts, conforme constam nas tabelas a seguir.
71
Tabela 14 – Custos de estruturas metálicas.
Descrição Un Qtd. /
kg
Custo
unitário (R$)
Custo total
(R$/kg)
Aço laminado A 572 Grau 50, em perfis
laminados a quente, segundo ASTM A 572,
peças simples, para aplicações estruturais
kg 1,050 3,70 3,89
Primer epóxi l 0,050 156,89 7,84
Equipamentos e elementos auxiliares para
soldagem elétrica h 0,015 7,01 0,11
Montador de estruturas metálicas h 0,023 13,07 0,30
Ajudante de montador de estruturas metálicas h 0,023 8,28 0,19
Total (R$/kg)
= 12,33
Fonte: Cype, 2017, disponível em: http://www.brasil.geradordeprecos.info/obra_nova/Estruturas/Metalicas/
Vigas/Aco_em_vigas_0_0_2_0.html. Modificado pela autora (2017).
Tabela 15 – Custos de estruturas dos stud bolts Ø 3/4" x 80 mm para lajes maciças.
Descrição Un Rend. /
unidade
Custo
unitário (R$)
Custo total /
unidade
(R$/Un)
Conector de aço galvanizado com Ø 19 mm de
diâmetro e 80 mm de altura. Un 1,000 7,57 7,57
Equipamentos e elementos auxiliares para solda
de conectores. h 0,050 39,72 1,99
Montador de estruturas metálicas. h 0,057 18,71 1,07
Total
(R$/Un) = 10,62
Fonte: Cype, 2017, disponível em: http://www.brasil.geradordeprecos.info/obra_nova/Estruturas/Concreto_
armado/Lajes_mistas/Conector_soldado.html. Modificado pela autora (2017).
Tabela 16 – Custos de estruturas dos stud bolts Ø 3/4" x 120 mm para lajes steel deck.
Descrição Un Rend. /
unidade
Custo
unitário (R$)
Custo total /
unidade
(R$/Un)
Conector de aço galvanizado com Ø 19 mm de
diâmetro e 120 mm de altura. Un 1,000 10,02 10,02
Equipamentos e elementos auxiliares para solda
de conectores. h 0,050 39,72 1,99
Montador de estruturas metálicas. h 0,057 18,71 1,07
Total
(R$/Un) =
13,07
Fonte: Cype, 2017, disponível em: http://www.brasil.geradordeprecos.info/obra_nova/Estruturas/Concreto_
armado/Lajes_mistas/Conector_soldado_0_0_0_3_0.html. Modificado pela autora (2017).
Assim, a quantidade total e custos da estrutura metálica composta pelas vigas W e
conectores de cisalhamento possuem os pesos e custos finais apresentados na Tabela 17.
72
Tabela 17 – Custos de estruturas dos stud bolts Ø 3/4" x 120 mm para lajes steel deck.
Estrutura metálica
Vigas
Lajes maciças Lajes Steel deck
Perfil Qtd. Peso total
(kg)
Total
stud bolt Perfil Qtd.
Peso total
(kg)
Total
stud bolt
V1 W 150 x 24,0 4 437,2 40 W 200 x 15,0 4 269,0 32
V1A W 200 x 19,3 4 348,69 48 W 200 x 19,3 4 348,7 64
V1B - - - - W 200 x 19,3 4 348,7 48
V2 W 250 x 32,7 4 792 48 W 250 x 38,5 4 933,6 40
V2M W 250 x 38,5 2 466,8 44 W 250 x 38,5 2 466,8 36
V3 W 150 x 13,0 1 39 0 W 150 x 13,0 1 39,0 0
V3A W 150 x 13,0 3 117 18 W 150 x 13,0 3 117,0 33
V3B W 150 x 13,0 1 39 6 W 150 x 13,0 1 39,0 11
Total = 2.239,7 kg 204 un Total = 2.561,8 kg 264 un
Custo (R$) = 27.605,62 2166,98 Custo (R$) = 31.576,22 3.451,13
Custo Total (R$) = 29.772,61 Custo Total (R$) = 35.027,36
Fonte: Elaborado pela autora (2017)
Observa-se que para a estrutura mista com laje steel deck requer alguns perfis com
maiores seções e maior quantidade de conectores de cisalhamento, consequentemente exige o
consumo de aço um pouco maior do que a estrutura com laje maciça.
73
Para a área de 116,48 m², as lajes maciças possuem os seguintes custos e insumos.
Tabela 18 – Custos para execução das lajes maciças.
Descrição Un Rend./m² Custo unitário
(R$)
Custo total
(R$)
Chapa de madeira compensada resinada para
forma de concreto, de 2,2 x 1,1 m, e = 6 mm un 0,413 25,33 10,47
Madeira roliça sem tratamento, eucalipto ou
equivalente da região, h = 3 m, Ø 8 a 11 cm (para
escoramento)
m 1,533 1,71 2,62
Tábua madeira 2ª qualidade, 2,5 x 20 cm (1 x 8")
não aparelhada m 0,360 7,62 2,74
Pregos aço polido com cabeça 17 x 21 (2 x 11) kg 0,040 8,13 0,33
Desmoldante protetor para formas de madeira, de
base oleosa emulsionada em água l 0,030 5,34 0,16
Espaçador / distanciador circular com entrada
lateral, em plástico, para vergalhão *4,2 a 12,5*
mm, cobrimento 20 mm
Un 4,000 0,13 0,52
Aço CA-60, Ø 5,0 mm, dobrado e cortado. kg 1,000 3,82 3,82
Aço CA-50, Ø 10,0 mm, dobrado e cortado. kg 9,000 4,13 37,17
Arame recozido 18 BWG, Ø 1,25 mm kg 0,294 8,57 2,52
Concreto usinado bombeável, classe de
resistência C20, com brita 0 e 1, slump = 190 +/-
20 mm, inclui serviço de bombeamento (NBR
8953)
m³ 0,095 289,63 27,51
Água l 5,000 1,35 6,75
Carpinteiro de formas h 0,665 17,97 11,95
Auxiliar de carpinteiro h 0,665 13,69 9,10
Armador h 0,334 18,10 6,05
Auxiliar de armador h 0,310 13,59 4,21
Pedreiro h 0,725 17,94 13,01
Servente h 0,816 12,98 10,59
Total (R$/m²) = 149,52
Total (R$) = 17.417,03
Fonte: Cype, 2017, disponível em: http://www.brasil.geradordeprecos.info/obra_nova/calculaprecio.asp?Valor
=0|8_0_0_2_0|1|EHL010|ehl_cuvo%20sin_soportes:_0|tipo_losa:_0|ehl_altplant:_0_1_0|hormigon%20losa:c6_0
_1_2c4_0_1_1_0_5|ehl_cuantia%20sin_soportes:_0_1600_0|acero%20losa:_0_0_0_0_0_1_0_3|ehl_mallazo:_0_
1_0_1_0|hor_separadores%20losas:_0_0_0_0_2_0_0|enc_ehl_010:c5_0_18c3_0_1_0_115c5_0_1_11c4_0_10|h
or_curado%20hormigon:_0_0_0_0. Modificado pela Autora (2017).
74
E as lajes steel deck são compostas pelos custos e insumos a seguir.
Tabela 19 – Custos para execução das lajes steel deck.
Descrição Un Rend./m² Custo unitário
(R$)
Custo total
(R$)
Perfil de chapa de aço galvanizado com forma
trapezoidal MF-75, com espessura 1,25 mm m² 1,000 96,61 96,61
Espaçador / distanciador circular com entrada
lateral, em plástico, para vergalhão *4,2 a 12,5*
mm, cobrimento 20 mm
Un 4,000 0,13 0,52
Aço CA-50, Ø 10,0 mm, dobrado e cortado. kg 3,150 4,13 13,01
Arame recozido 18 BWG, Ø 1,25 mm kg 0,057 8,57 0,49
Tela soldada nervurada CA-60, Q-75 15x15 cm,
Ø 3,8 mm, espaçamento da malha 15 x 15 cm m² 1,150 6,85 7,88
Concreto usinado bombeável, classe de
resistência C20, com brita 0 e 1, slump = 190 +/-
20 mm, inclui serviço de bombeamento (NBR
8953)
m³ 0,107 289,63 30,99
Montador de estruturas metálicas h 0,170 13,07 2,22
Ajudante de montador de estruturas metálicas h 0,273 8,28 2,26
Armador h 0,070 18,10 1,27
Auxiliar de armador h 0,067 13,59 0,91
Pedreiro h 0,730 17,94 13,10
Servente h 0,850 12,98 11,03
Total (R$/m²) = 180,28
Total (R$) = 21.000,04
Fonte: Cype, 2017, disponível em: http://www.brasil.geradordeprecos.info/obra_nova/calculaprecio.asp?
Valor=14|0_0_4_0|0|EHX010|ehx_010:c3_0_30c6_0_1_2c4_0_1_1_0_5c4_0_2_0_3_0_1c8_0_2c5_0.
Modificado pela Autora (2017).
75
O gráfico a seguir é um resumo comparativo entre todos os custos.
Gráfico 1 - Resumo dos custos.
Fonte: Elaborado pela autora (2017)
Portanto, o custo total para os dois tipos de estrutura são:
a) Estrutura com laje maciça = 47.189,64 R$;
b) Estrutura com laje steel deck = 56.027,40 R$.
Observa-se a diferença de 8.837,76 R$ entre os tipos de estrutura. A estrutura com
laje maciça possui um custo inferior do que a estrutura com laje steel deck, mas a escolha da
situação mais adequada para o estudo de caso depende de outros parâmetros como tempo de
construção, retorno de investimentos, entre outros.
27.605,62
2.166,98
17.417,03
47.189,64
31.576,22
3.451,13
21.000,04
56.027,40
Vigas mistas Conectores de
cisalhamento
Lajes Total
Cu
stos
(RS
)
Estrutura mista com laje maciça Estrutura mista com laje steel deck
76
5 CONCLUSÃO
O sistema de estruturas mistas é cada vez mais utilizado nas construções
brasileiras por ser um método construtivo mais vantajoso se considerar o tempo de execução,
economia de materiais, facilidade, rapidez construtiva e maior segurança de trabalho por
funcionar como plataforma de serviço.
Nas estruturas mistas com lajes maciças há a necessidade de escoras e fôrmas para
a construção das lajes. No entanto, em estruturas com lajes steel deck as chapas funcionam
como fôrmas metálicas para a cura do concreto recém-lançado e dispensam a utilização das
escoras durante a construção. Além disso, as fôrmas tem a finalidade de funcionar como
armadura positiva, coloca-se apenas de uma armadura para evitar fissuras no concreto
ocasionadas por retração ou variação de temperatura, mas dependendo da situação é possível
também a utilização de mais armaduras para resistir a esforços de momentos positivos ou
momentos negativos.
O comportamento das estruturas mistas dependem da união entre os elementos de
aço e concreto, cujas propriedades diferem principalmente no módulo de elasticidade. Essa
ação mista é realizada quando os elementos estão interconectados e se deformam como um
único elemento, por isso há a necessidade de conectores de cisalhamento que atuam como
ligação entre ambos. Nos estudos de caso realizados foram utilizados os pinos stud bolt que
garantem esta união entre as vigas, as fôrmas de aço e o concreto, simula a atuação do atrito
no concreto e faz com que os elementos resistam aos esforços de flexão.
No estudo de caso do pavimento tipo foram apresentados os carregamentos
fornecidos pelo autor conforme ABNT NBR 6120 (1980), com esses valores foram realizados
os cálculos de dimensionamentos das lajes maciças e das lajes steel deck com o auxílio das
tabelas fornecidas pelo fabricante através do software Microsoft Office Excel. Após os
dimensionamentos, nas lajes maciças realizaram-se verificações quanto aos momentos
fletores existentes e à existências de fissuras. Nas lajes steel deck as verificações foram quanto
aos momentos fletores, esforços de cisalhamento longitudinal e horizontal, flambagem e
deformação de acordo com ABNT NBR 8800 (2008).
Através dos resultados obtidos no dimensionamento e ao comparar os dois
modelos de lajes, verificou-se que o consumo de concreto de lajes maciças é 1,5 m³ menor e
também possui um consumo de aço das vigas de 322,14 kg menor por pavimento do que a
estrutura com as lajes steel deck.
77
Outro ponto em destaque neste trabalho são os levantamentos de custos, cujas
composições foram baseadas no software Cype e planilhas dos índices da construção civil.
Com isso, observa-se a influência das lajes na estrutura metálica, devido as vigas secundárias
o sistema misto com laje steel deck possui estrutura mais pesada em relação ao sistema com
laje maciça. Além disso, a laje steel deck possui a desvantagem de exigir uma laje com altura
maior e por questões estéticas a utilização de forros suspensos. Porém, possui vantagens como
a dispensa da utilização de escoras e desfôrma depois da cura do concreto, consequentemente
ocorre mais agilidade e facilidade de instalação e mais espaço e limpeza no canteiro de obras.
Outro ponto a ser destacado é o retorno de investimentos que depende do tempo de
construção, por exemplo, na construção de um mercado quanto antes finalizar a obra mais
cedo terá um retorno dos investimentos.
Um tipo de sistema estrutural depende da solução mais adequada considerando os
fatores da capacidade de resistir a esforços aplicados, os custos, tempo de execução, entre
outras particularidades de cada sistema. Portanto, a laje mista do tipo steel deck é mais
vantajosa do que as lajes maciças em estruturas com vãos maiores e estruturas com
necessidade de agilidade na construção.
5.1 SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS
Diante do exposto neste trabalho, citam-se algumas sugestões para os trabalhos
futuros:
Análise em elementos finitos de comparação entre os dois modelos;
Análise e dimensionamentos das estruturas para resistir situações de
temperatura elevadas, ou seja, resistir a incêndios;
Verificar a viabilidade e custos-benefícios dos demais tipos de conectores de
cisalhamento;
Análise do tempo de execução.
78
REFERÊNCIAS
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http://www.perfilor.com.br/sites/arquivos/downloads/catalogo_tecnico_polydeck_59s_12_edi
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______. NBR 8800: Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de
edifícios. 2 ed. Rio de Janeiro, 2008.
______. NBR 8953: Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa específica, por
grupos de resistência e consistência. Rio de Janeiro, 2015.
______. NBR 14323: Dimensionamento de estruturas de aço e de estruturas mistas aço-
concreto de edifícios em situação de incêndio. Rio de Janeiro, 2013.
ARAÚJO, José Milton de. Estruturas de concreto: a resistência à compressão e critérios de
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concreto armado. Disponível em: <
http://www.deecc.ufc.br/Download/TB798_Estruturas%20de%20Concreto%20I/HIST.pdf >.
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BELLEI, Ildony Hélio; BELLEI, Humberto N. (Org.). Manual da construção em aço:
Edifícios de pequeno porte estruturados em aço. 4. ed. Rio de Janeiro: IaBr/CBCA, 2011. 107
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maior produtividade executiva, lajes colaborantes são usualmente adotadas em obras rápidas.
2014. Disponível em: <http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/211/artigo327699-5.aspx>.
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CISER. Stud Bolts Ciser. Disponível em: < http://www.ciser.com.br/destaques/stud-bolts >.
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em: 20 maio 2017.
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projeto e dimensionamento de edifícios de múltiplos andares com elementos estruturais
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<http://www.set.eesc.usp.br/cadernos/nova_versao/pdf/cee46_91.pdf>. Acesso em: 18 maio
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QUEIROZ, Gílson; PIMENTA, Roberval José; MATA, Luciene Antinossi Cordeiro da.
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mistas (aço-concreto) no projeto e construção de passarelas e pontes no Brasil. Disponível em: < http://www.cbca-acobrasil.org.br/site/noticias-detalhes.php?cod=6113>.
Acesso em: 14 maio de 2017.
80
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(cbca), n. 36, dez. 2013. Disponível em: <http://www.cbca-acobrasil.org.br/site/publicacoes-
revistas.php?codDestaque=100903>. Acesso em: 14 maio 2017.
81
APÊNDICES
82
APÊNDICE A – Cálculo das lajes maciças
Lajes L1, L2, L5 e L6
lx ly λ Classificação Vinculação
Carregamentos
CP CA p
(cm) (cm) (kN/m²) (kN/m²) (kN/m²)
442,5 600,0 1,36 Laje armada em
2 direções 2B - uma borda
maior engastada 3,2 1,5 4,7
Reações Momentos fletores
Rx R'x Ry μx μ'x μy
Mx M'x My
(kN/m) (kN/m) (kN/m) (kN.m) (kN.m) (kN.m)
6,57 9,63 3,81 4,86 10,54 2,34 4,47 9,70 2,15
Armadura positiva x
Md Ø Kc Ks Asx ρs Asmin Asx,nec Ø C/S
Ancoragem
(kN.cm) (mm) (cm²/kN) (cm²/kN) (cm²/m) (%) (cm²/m) (cm²/m) (cm)
626,16 10 6,75 0,025 2,41 0,10 0,90 2,41 Ø 10 C/ 18 10
Armadura negativa x
Md Ø Kc Ks A'sx ρs Asmin A'sx,nec Ø C/S
Ancoragem
(kN.cm) (mm) (cm²/kN) (cm²/kN) (cm²/m) (%) (cm²/m) (cm²/m) (cm)
1357,98 10 3,11 0,027 5,64 0,15 1,35 5,64 Ø 10 C/ 14 160
Armadura positiva y
Md Ø Kc Ks Asy ρs Asmin Asy,nec Ø C/S
Ancoragem
(kN.cm) (mm) (cm²/kN) (cm²/kN) (cm²/m) (%) (cm²/m) (cm²/m) (cm)
301,49 5 14,01 0,020 0,93 0,10 0,90 0,93 Ø 5 C/ 18 5
Existência de fissuras
α fctm Ic yt mk mr
Existência de fissuras (MPa) (cm
4) (cm) (kN.m) (kN.m)
1,5 2,21 6075,0 4,5 4,47 4,48 A laje não está fissurada
Verificação das flechas
Imediata Diferida Total Limite
Es Ec α
ai ξ(t) ξ(t0) αf
af at alim
(MPa) (MPa) (cm) (cm) (cm) (cm)
210000 21287,37 4,73 0,55 2 0,68 1,32 0,72 1,27 1,77
83
Laje L3
lx ly λ Classificação Vinculação
Carregamentos
CP CA p
(cm) (cm) (kN/m²) (kN/m²) (kN/m²)
221,3 300,0 1,36 Laje armada em
2 direções 4A - duas bordas
menores engastadas 3,2 2,0 5,2
Reações Momentos fletores
Rx Ry μx μy μ'y
Mx My M'y
(kN/m) (kN/m) (kN.m) (kN.m) (kN.m)
2,25 4,75 4,34 3,77 9,69 1,10 0,96 2,47
Armadura positiva x
Md Ø Kc Ks Asx ρs Asmin Asx,nec Ø C/S
Ancoragem
(kN.cm) (mm) (cm²/kN) (cm²/kN) (cm²/m) (%) (cm²/m) (cm²/m) (cm)
154,66 5 27,32 0,020 0,48 0,10 0,90 0,90 Ø 5 C/ 18 5
Armadura positiva y
Md Ø Kc Ks Asy ρs Asmin Asy,nec Ø C/S
Ancoragem
(kN.cm) (mm) (cm²/kN) (cm²/kN) (cm²/m) (%) (cm²/m) (cm²/m) (cm)
134,35 5 31,45 0,020 0,41 0,10 0,90 0,90 Ø 5 C/ 18 5
Armadura negativa y
Md Ø Kc Ks A'sy ρs Asmin A'sy,nec Ø C/S
Ancoragem
(kN.cm) (mm) (cm²/kN) (cm²/kN) (cm²/m) (%) (cm²/m) (cm²/m) (cm)
345,32 5 12,24 0,020 1,06 0,15 1,35 1,35 Ø 5 C/ 15 80
Existência de fissuras
α fctm Ic yt mk mr
Existência de fissuras (MPa) (cm
4) (cm) (kN.m) (kN.m)
1,5 2,21 6075,0 4,5 1,10 4,48 A laje não está fissurada
Verificação das flechas
Imediata Diferida Total Limite
Es Ec α
ai ξ(t) ξ(t0) αf
af at alim
(MPa) (MPa) (cm) (cm) (cm) (cm)
210000 21287,37 5,41 0,0434 2 0,68 1,32 0,06 0,10 0,89
84
Laje L4
lx ly λ Classificação Vinculação
Carregamentos
CP CA p
(cm) (cm) (kN/m²) (kN/m²) (kN/m²)
121,5 300,0 2,5 Laje armada em
1 direção 4A - duas bordas
menores engastadas 3,2 3,0 6,2
Reações Momentos fletores
Rx Ry μx μy μ'y
Mx My M'y
(kN/m) (kN/m) (kN.m) (kN.m) (kN.m)
2,43 3,24 12,50 3,52 11,88 1,13 0,32 1,08
Armadura positiva x
Md Ø Kc Ks Asx ρs Asmin Asx,nec Ø C/S
Ancoragem
(kN.cm) (mm) (cm²/kN) (cm²/kN) (cm²/m) (%) (cm²/m) (cm²/m) (cm)
158,88 5 26,59 0,020 0,49 0,08 0,68 0,90 Ø 5 C/ 33 5
Armadura positiva y
Md Ø Kc Ks Asy ρs Asmin Asy,nec Ø C/S
Ancoragem
(kN.cm) (mm) (cm²/kN) (cm²/kN) (cm²/m) (%) (cm²/m) (cm²/m) (cm)
44,74 5 94,43 0,019 0,13 0,15 1,35 1,35 Ø 5 C/ 15 5
Armadura negativa y
Md Ø Kc Ks A'sy ρs Asmin A'sy,nec Ø C/S
Ancoragem
(kN.cm) (mm) (cm²/kN) (cm²/kN) (cm²/m) (%) (cm²/m) (cm²/m) (cm)
151,00 5 27,98 0,020 0,46 0,15 1,35 1,35 Ø 5 C/ 15 80
Existência de fissuras
α fctm Ic yt mk mr
Existência de fissuras (MPa) (cm
4) (cm) (kN.m) (kN.m)
1,5 2,21 6075,0 4,5 1,13 4,48 A laje não está fissurada
Verificação das flechas
Imediata Diferida Total Limite
Es Ec α
ai ξ(t) ξ(t0) αf
af at alim
(MPa) (MPa) (cm) (cm) (cm) (cm)
210000 21287,37 15,63 0,01 2 0,68 1,32 0,02 0,03 0,49
85
APÊNDICE B – Cálculo da viga mista V2M e conectores de cisalhamento para lajes
maciças
Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço (2017), modificado pela autora.
86
Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço (2017), modificado pela autora.
87
Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço (2017), modificado pela autora.
88
Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço (2017), modificado pela autora.
89
APÊNDICE C – Cálculo das lajes steel deck
Lajes L1-L3, L2-L4, L7-L9 e L8-L10
Vão da laje na direção das nervuras =3000 mm
Largura = 4425 mm
Número de vãos = 2
q fck fcd Ec fys fy fu E
(kN/m²) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
7,15 20 14,3 21287 500 280 380 200000
Reações dos apoios Esforço cortante Momentos fletores
Rmáx,ext Rmáx,int Rexterno Rinterno VS,externo VS,interno MSd+ MSd
-
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN.m/m) (kN.m/m)
14,62 49,53 8,04 26,81 8,04 13,41 4,53 8,04
Geometria
b b' bn b0 ht hF tc tF e dF c Ap
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm²)
1000 119 274 155 140 75 65 1,25 37,7 102,3 20 1.771
VERIFICAÇÕES
Deformação Momento Positivo
q δcalc δmáx Verif.
Ncf Npa a MRd MSd+
Verif. (kN/m²) (mm) (mm) (kN) (kN) (mm) (kN.m) (kN.m)
7,15 2,1 8,6 OK 789 450,8 32,3 33,7664 4,53 OK
Momento Negativo
Kc Ks As Nps a y' Mn MSd-
Verif. (cm²/kN) (cm²/kN) (cm²/m) (kN) (mm) (kN) (kN.m) (kN.m)
6,0 0,025 6,3 272,0 51,6 94,2 25,6 8,04 OK
Flambagem Cisalhamento Longitudinal
bF α (mm) Verif.
Ls m k γSl
Vl,Rd VSd Verif.
(mm) (mm) (kN/m) (kN/mm.m) (kN) (kN)
137 0,3 304 OK 675 208,63 0,039194 1,25 48,00 13,41 OK
Cisalhamento vertical
τRd As Av ρ kv h/t
Vv,c,Rd Vv,F,Rd Vv,Rd Vmáx
Verif. (MPa) (cm²/m) (cm²/m) (kN/m) (kN/m) (kN/m) (kN/m)
0,375 2,75 158,53 0,02 1,00 60 41,06 14,32 55,38 73,74 OK
90
Laje L5
Vão da laje na direção das nervuras = 2212,5 mm
Largura = 3000 mm
Número de vãos = 1
q fck fcd Ec fys fy fu E
(kN/m²) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
7,90 20 14,3 21287 500 280 380 200000
Reações dos apoios Esforço cortante Momentos fletores
Rmáx,ext Rmáx,int Rexterno Rinterno VS,externo VS,interno MSd+ MSd
-
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN.m/m) (kN.m/m)
14,62 49,53 8,74 0,00 8,74 0,00 4,84 0,00
Geometria
b b' bn b0 ht hF tc tF e dF c Ap
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm²)
1000 119 274 155 140 75 65 1,25 37,7 102,3 20 1.771
VERIFICAÇÕES
Deformação Momento Positivo
q δcalc δmáx Verif.
Ncf Npa a MRd MSd+
Verif. (kN/m²) (mm) (mm) (kN) (kN) (mm) (kN.m) (kN.m)
7,90 0,7 6,3 OK 789 450,8 32,3 33,77 4,84 OK
Flambagem Cisalhamento Longitudinal
bF α (mm) Verif.
Ls m k γSl
Vl,Rd VSd Verif.
(mm) (mm) (kN/m) (kN/mm.m) (kN) (kN)
137 0,3 304 OK 553 208,63 0,039194 1,25 57,86 8,74 OK
Cisalhamento vertical
τRd As Av ρ kv h/t
Vv,c,Rd Vv,F,Rd Vv,Rd Vmáx
Verif. (MPa) (cm²/m) (cm²/m) (kN/m) (kN/m) (kN/m) (kN/m)
0,375 2,75 158,53 0,02 1,00 60 41,06 14,32 55,38 73,74 OK
91
Laje L6
Vão da laje na direção das nervuras = 1215 mm
Largura = 30000 mm
Número de vãos = 1
q fck fcd Ec fys fy fu E
(kN/m²) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa) (MPa)
12,48 20 14,3 21287 500 280 380 200000
Reações dos apoios Esforço cortante Momentos fletores
Rmáx,ext Rmáx,int Rexterno Rinterno VS,externo VS,interno MSd+ MSd
-
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN.m/m) (kN.m/m)
14,62 49,53 7,58 0,00 7,58 0,00 2,30 0,00
Geometria
b b' bn b0 ht hF tc tF e dF c Ap
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (mm²)
1000 119 274 155 140 75 65 1,25 37,7 102,3 20 1.771
VERIFICAÇÕES
Deformação Momento Positivo
q δcalc δmáx Verif.
Ncf Npa a MRd MSd+
Verif. (kN/m²) (mm) (mm) (kN) (kN) (mm) (kN.m) (kN.m)
12,48 0,1 3,5 OK 789 450,8 32,3 33,77 2,30 OK
Flambagem Cisalhamento Longitudinal
bF α (mm) Verif.
Ls m k γSl
Vl,Rd VSd Verif.
(mm) (mm) (kN/m) (kN/mm.m) (kN) (kN)
137 0,3 304 OK 304 208,63 0,039194 1,25 102,74 7,58 OK
Cisalhamento vertical
τRd As Av ρ kv h/t
Vv,c,Rd Vv,F,Rd Vv,Rd Vmáx
Verif. (MPa) (cm²/m) (cm²/m) (kN/m) (kN/m) (kN/m) (kN/m)
0,375 2,75 158,53 0,02 1,00 60 41,06 14,32 55,38 73,74 OK
92
APÊNDICE D – Cálculo da viga mista V2M e conectores de cisalhamento para lajes
steel deck
Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço (2017), modificado pela autora.
93
Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço (2017), modificado pela autora.
94
Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço (2017), modificado pela autora.
95
Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço (2017), modificado pela autora.
96
ANEXOS
97
ANEXO A – Reações de apoio em lajes com carga uniforme
Fonte: Pinheiro e outros (2010, p. 10).
98
ANEXO B – Momentos fletores em lajes com carga uniforme
Tabela 2.3a
MOMENTOS FLETORES EM LAJES COM CARGA UNIFORME
Tipo
λ = ly/lx μx μy μx μy μ’y μx μ’x μy
1,00 4,23 4,23 2,91 3,54 8,40 3,54 8,40 2,91
1,05 4,62 4,25 3,26 3,64 8,79 3,77 8,79 2,84
1,10 5,00 4,27 3,61 3,74 9,18 3,99 9,17 2,76
1,15 5,38 4,25 3,98 3,80 9,53 4,19 9,49 2,68
1,20 5,75 4,22 4,35 3,86 9,88 4,38 9,80 2,59
1,25 6,10 4,17 4,72 3,89 10,16 4,55 10,06 2,51
1,30 6,44 4,12 5,09 3,92 10,41 4,71 10,32 2,42
1,35 6,77 4,06 5,44 3,93 10,64 4,86 10,54 2,34
1,40 7,10 4,00 5,79 3,94 10,86 5,00 10,75 2,25
1,45 7,41 3,95 6,12 3,91 11,05 5,12 10,92 2,19
1,50 7,72 3,89 6,45 3,88 11,23 5,24 11,09 2,12
1,55 7,99 3,82 6,76 3,85 11,39 5,34 11,23 2,04
1,60 8,26 3,74 7,07 3,81 11,55 5,44 11,36 1,95
1,65 8,50 3,66 7,28 3,78 11,67 5,53 11,48 1,87
1,70 8,74 3,58 7,49 3,74 11,79 5,61 11,60 1,79
1,75 8,95 3,53 7,53 3,69 11,88 5,68 11,72 1,74
1,80 9,16 3,47 7,56 3,63 11,96 5,75 11,84 1,68
1,85 9,35 3,38 8,10 3,58 12,05 5,81 11,94 1,67
1,90 9,54 3,29 8,63 3,53 12,14 5,86 12,03 1,59
1,95 9,73 3,23 8,86 3,45 12,17 5,90 12,08 1,54
2,00 9,91 3,16 9,08 3,36 12,20 5,94 12,13 1,48
> 2,00 12,50 3,16 12,50 3,36 12,20 7,03 12,50 1,48
Valores extraídos de BARES (1972) e adaptados por L.M. Pinheiro
Fonte: Pinheiro e outros (2010, p. 11).
99
Tabela 2.3b
MOMENTOS FLETORES EM LAJES COM CARGA UNIFORME
Tipo
λ =
ly/lx μx μ’x μy μ’y μx μy μ’y μx μ’x μy
1,00 2,69 6,99 2,69 6,99 2,01 3,09 6,99 3,09 6,99 2,01
1,05 2,94 7,43 2,68 7,18 2,32 3,23 7,43 3,22 7,20 1,92
1,10 3,19 7,87 2,67 7,36 2,63 3,36 7,87 3,35 7,41 1,83
1,15 3,42 8,28 2,65 7,50 2,93 3,46 8,26 3,46 7,56 1,73
1,20 3,65 8,69 2,62 7,63 3,22 3,56 8,65 3,57 7,70 1,63
1,25 3,86 9,03 2,56 7,72 3,63 3,64 9,03 3,66 7,82 1,56
1,30 4,06 9,37 2,50 7,81 3,99 3,72 9,33 3,74 7,93 1,49
1,35 4,24 9,65 2,45 7,88 4,34 3,77 9,69 3,80 8,02 1,41
1,40 4,42 9,93 2,39 7,94 4,69 3,82 10,00 3,86 8,11 1,33
1,45 4,58 10,17 2,32 8,00 5,03 3,86 10,25 3,91 8,13 1,26
1,50 4,73 10,41 2,25 8,06 5,37 3,90 10,49 3,96 8,15 1,19
1,55 4,86 10,62 2,16 8,09 5,70 3,90 10,70 4,00 8,20 1,14
1,60 4,99 10,82 2,07 8,12 6,03 3,89 10,91 4,04 8,25 1,08
1,65 5,10 10,99 1,99 8,14 6,35 3,85 11,08 4,07 8,28 1,03
1,70 5,21 11,16 1,91 8,15 6,67 3,81 11,24 4,10 8,30 0,98
1,75 5,31 11,30 1,85 8,16 6,97 3,79 11,39 4,12 8,31 0,95
1,80 5,40 11,43 1,78 8,17 7,27 3,76 11,53 4,14 8,32 0,91
1,85 5,48 11,55 1,72 8,17 7,55 3,72 11,65 4,15 8,33 0,87
1,90 5,56 11,67 1,66 8,18 7,82 3,67 11,77 4,16 8,33 0,83
1,95 5,63 11,78 1,63 8,19 8,09 3,60 11,83 4,16 8,33 0,80
2,00 5,70 11,89 1,60 8,20 8,35 3,52 11,88 4,17 8,33 0,76
> 2,00 7,03 12,50 1,60 8,20 12,50 3,52 11,88 4,17 8,33 0,76
Valores extraídos de BARES (1972) e adaptados por L.M. Pinheiro.
Fonte: Pinheiro e outros (2010, p. 12).
100
ANEXO C – Coeficientes Kc e Ks
Tabela 1.1 FLEXÃO SIMPLES EM SEÇÃO RETANGULAR - ARMADURA SIMPLES
βc =
x/d
Kc = b d²/Md (cm²/kN) Ks = As d /Md
(cm²/kN) Domínio
C10 C15 C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 CA-25 CA-50 CA-60
0,02 103,8 69,2 51,9 41,5 34,6 29,7 25,9 23,1 20,8 0,046 0,023 0,019
2
0,04 52,3 34,9 26,2 20,9 17,4 15,0 13,1 11,6 10,5 0,047 0,023 0,020
0,06 35,2 23,4 17,6 14,1 11,7 10,1 8,8 7,8 7,0 0,047 0,024 0,020
0,08 26,6 17,7 13,3 10,6 8,9 7,6 6,7 5,9 5,3 0,048 0,024 0,020
0,10 21,5 14,3 10,7 8,6 7,2 6,1 5,4 4,8 4,3 0,048 0,024 0,020
0,12 18,0 12,0 9,0 7,2 6,0 5,2 4,5 4,0 3,6 0,048 0,024 0,020
0,14 15,6 10,4 7,8 6,2 5,2 4,5 3,9 3,5 3,1 0,049 0,024 0,020
0,16 13,8 9,2 6,9 5,5 4,6 3,9 3,4 3,1 2,8 0,049 0,025 0,021
0,18 12,3 8,2 6,2 4,9 4,1 3,5 3,1 2,7 2,5 0,050 0,025 0,021
0,20 11,2 7,5 5,6 4,5 3,7 3,2 2,8 2,5 2,2 0,050 0,025 0,021
0,22 10,3 6,8 5,1 4,1 3,4 2,9 2,6 2,3 2,1 0,050 0,025 0,021
0,24 9,5 6,3 4,7 3,8 3,2 2,7 2,4 2,1 1,9 0,051 0,025 0,021
0,26 8,8 5,9 4,4 3,5 3,0 2,5 2,2 2,0 1,8 0,051 0,026 0,021
0,28 8,3 5,5 4,1 3,3 2,8 2,4 2,1 1,8 1,7 0,052 0,026 0,022
3
0,30 7,8 5,2 3,9 3,1 2,6 2,2 2,0 1,7 1,6 0,052 0,026 0,022
0,32 7,4 4,9 3,7 3,0 2,5 2,1 1,8 1,6 1,5 0,053 0,026 0,022
0,34 7,0 4,7 3,5 2,8 2,3 2,0 1,8 1,6 1,4 0,053 0,027 0,022
0,36 6,7 4,5 3,3 2,7 2,2 1,9 1,7 1,5 1,3 0,054 0,027 0,022
0,38 6,4 4,3 3,2 2,6 2,1 1,8 1,6 1,4 1,3 0,054 0,027 0,023
0,40 6,1 4,1 3,1 2,5 2,0 1,8 1,5 1,4 1,2 0,055 0,027 0,023
0,42 5,9 3,9 3,0 2,4 2,0 1,7 1,5 1,3 1,2 0,055 0,028 0,023
0,438 5,7 3,8 2,9 2,3 1,9 1,6 1,4 1,3 1,1 0,056 0,028 0,023
0,44 5,7 3,8 2,8 2,3 1,9 1,6 1,4 1,3 1,1 0,056 0,028
0,46 5,5 3,7 2,7 2,2 1,8 1,6 1,4 1,2 1,1 0,056 0,028
0,48 5,3 3,5 2,7 2,1 1,8 1,5 1,3 1,2 1,1 0,057 0,029
0,50 5,2 3,4 2,6 2,1 1,7 1,5 1,3 1,1 1,0 0,058 0,029
0,52 5,0 3,3 2,5 2,0 1,7 1,4 1,3 1,1 1,0 0,058 0,029
0,54 4,9 3,2 2,4 2,0 1,6 1,4 1,2 1,1 1,0 0,059 0,029
0,56 4,7 3,2 2,4 1,9 1,6 1,4 1,2 1,1 1,0 0,059 0,03
0,58 4,6 3,1 2,3 1,9 1,5 1,3 1,2 1,0 0,9 0,060 0,03
0,60 4,5 3,0 2,3 1,8 1,5 1,3 1,1 1,0 0,9 0,061 0,03
0,628 4,4 2,9 2,2 1,8 1,5 1,3 1,1 1,0 0,9 0,061 0,031
0,64 4,3 2,9 2,2 1,7 1,4 1,2 1,1 1,0 0,9 0,062
0,68 4,2 2,8 2,1 1,7 1,4 1,2 1,0 0,9 0,8 0,063
0,72 4,0 2,7 2,0 1,6 1,3 1,2 1,0 0,9 0,8 0,065
0,76 3,9 2,6 2,0 1,6 1,3 1,1 1,0 0,9 0,8 0,066
0,772 3,9 2,6 1,9 1,5 1,3 1,1 1,0 0,9 0,8 0,067
Fonte: Pinheiro e outros (2010).
101
ANEXO D – Valores de α
Tabela 2.5a
FLECHAS EM LAJES COM CARGA UNIFORME – VALORES DE α
1,00 4,76 3,26 3,26 2,46 2,25 2,25 1,84 1,84 1,49
1,05 5,26 3,68 3,48 2,72 2,60 2,35 2,08 1,96 1,63
1,10 5,74 4,11 3,70 2,96 2,97 2,45 2,31 2,08 1,77
1,15 6,20 4,55 3,89 3,18 3,35 2,53 2,54 2,18 1,90
1,20 6,64 5,00 4,09 3,40 3,74 2,61 2,77 2,28 2,02
1,25 7,08 5,44 4,26 3,61 4,14 2,68 3,00 2,37 2,14
1,30 7,49 5,88 4,43 3,80 4,56 2,74 3,22 2,46 2,24
1,35 7,90 6,32 4,58 3,99 5,01 2,77 3,42 2,53 2,34
1,40 8,29 6,74 4,73 4,15 5,41 2,80 3,62 2,61 2,41
1,45 8,67 7,15 4,87 4,31 5,83 2,85 3,80 2,67 2,49
1,50 9,03 7,55 5,01 4,46 6,25 2,89 3,98 2,73 2,56
1,55 9,39 7,95 5,09 4,61 6,66 2,91 4,14 2,78 2,62
1,60 9,71 8,32 5,18 4,73 7,06 2,92 4,30 2,82 2,68
1,65 10,04 8,68 5,22 4,86 7,46 2,92 4,45 2,83 2,73
1,70 10,34 9,03 5,26 4,97 7,84 2,93 4,59 2,84 2,77
1,75 10,62 9,36 5,36 5,06 8,21 2,93 4,71 2,86 2,81
1,80 10,91 9,69 5,46 5,16 8,58 2,94 4,84 2,88 2,85
1,85 11,16 10,00 5,53 5,25 8,93 2,94 4,96 2,90 2,88
1,90 11,41 10,29 5,60 5,33 9,25 2,95 5,07 2,92 2,90
1,95 11,65 10,58 5,68 5,41 9,58 2,95 5,17 2,94 2,93
2,00 11,89 10,87 5,76 5,49 9,90 2,96 5,28 2,96 2,96
∞ 15,63 15,63 6,50 6,50 15,63 3,13 6,50 3,13 3,13
Valores extraídos de BARES (1972) e adaptados por L.M. Pinheiro.
Fonte: Pinheiro e outros (2010, p.21).
102
ANEXO E –Tabelas de cargas e vãos máximos e demais propriedades das formas MF-75
Fonte: METFORM SA (2017, p.6).
103
Forma geométrica
Fonte: METFORM SA (2017, p.7).
Consumo de concreto e armadura em tela soldada
Fonte: METFORM SA (2017, p.6).
Propriedades físicas – para largura de 1000 mm
Fonte: METFORM SA (2017, p.7).
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