estratégias para boa saúde alimentar

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Estratégias para prevenir e reconquistar a boa saúde mental no âmbito do comportamento alimentar

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Dia Mundial da Alimentação16. Outubro. 2011

Joana Florindo - Psicóloga Clínicawww.oficinadepsicologia.com

Comer regularmente…

Para quem tem problemas alimentares,

ou sofre mesmo de uma perturbação alimentar, a

experiência de estabelecer hábitos de ingestão regulares,

assume-se muitas vezes assustadora.

A possibilidade de cometer excessos, para além dos que já

ocorrem habitualmente, podendo desencadear novos

descontrolos e um ainda maior aumento de peso,

é uma preocupação comummente expressa…

Contudo, quando se passa à prática,

e esses hábitos são instituídos no dia-a-dia,

verifica-se que o temido não acontece.

É que o estabelecimento de um padrão de ingestão

regular, sendo mesmo uma componente fundamental no

tratamento das Perturbações Alimentares,

permite promover:

*A desmistificação do acto de comer

Retirando-lhe a importância e a negatividade que costuma

ter, assumindo-se como mais um comportamento

diário habitual;

*A redução do risco de “fomes intensas”

Que tão facilmente desencadeiam excessos alimentares;

Através de uma ingestão disciplinada – comendo no máximo

de 3 horas em 3 horas;

*A estabilização do apetite

Através da estruturação dos hábitos alimentares;

*A contenção de comportamentos alimentares dispersos

Como o “picar” ou o “petiscar” que tendem a potenciar

ingestões desmedidas com muita frequência;

* A regulação dos níveis de açúcar no sangue

Minimizando sensações de cansaço ou de irritabilidade, por

exemplo, e fornecendo energia ao longo do dia;

* E a estabilização metabólica

Reduzindo a absorção dos nutrientes ingeridos, àqueles que

são necessários ao funcionamento do organismo;

Assim, no sentido de facilitar a integração de hábitos

alimentares regulares no seu dia-a-dia,

deixo-lhe aqui algumas sugestões:

* Não fique mais de 3 horas, no máximo, sem comer

Procure comer 3 refeições principais (pequeno-almoço, almoço e

jantar) e 3 refeições secundárias (lanches) por dia, e não deixe

passar mais de 3 horas, no máximo, entre elas;

* Planeie com antecedência as suas refeições

No início de cada dia, ou na noite que lhe antecede,

preveja quando poderá comer. Se por exemplo, devido a

questões de trabalho que não podem ser alteradas, sabe que o

seu almoço no dia seguinte terá de ocorrer mais tarde, procure

levar consigo alguma comida de casa e fazer duas refeições

secundárias durante o período da manhã;

* Este padrão alimentar deve ter precedência

sobre outras actividades

Se por exemplo, não lhe é possível fazer pausas no trabalho

durante a manhã, procure levar consigo alguma comida de casa,

e fazer os seus lanches mesmo enquanto trabalha;

* Não salte refeições, sejam elas principais ou secundárias

Não fique sem comer mais do que o tempo máximo previsto,

para não correr o risco de desencadear “fomes intensas” e

posteriores “assaltos à comida”;

* Procure trazer sempre consigo um pequeno lanche

Seja no carro, na mochila de desporto ou na sua mala de mão,

procure trazer sempre consigo um pequeno lanche, que pode

consistir numa peça de fruta, num iogurte, ou numa barra de

cereais, estando assim sempre preparada para enfrentar

qualquer alteração de horário de última hora;

* Dê o seu melhor para não comer

entre as refeições planeadas

E quando não o conseguir cumprir, cometendo algum excesso

alimentar ou passando por cima de alguma refeição, volte ao

padrão regular logo de seguida, evitando a perpetuação do

descontrolo ou o surgimento de “fomes intensas”;

Mas atenção… se no seu caso estiver a viver um problema

alimentar que lhe parece impossível de gerir, ou tratar-se

mesmo de uma perturbação do comportamento alimentar,

não hesite em procurar ajuda especializada.

Qualquer sugestão aqui apresentada, não pode ser assumida

como uma resposta absoluta a um problema de saúde dessa

dimensão, que requer uma intervenção ampla e complexa, e

que precisa de ser conduzida por uma

equipa multidisciplinar especializada.

Para mais informações sobre Perturbações do Comportamento

Alimentar, bem como sobre a intervenção terapêutica que a

Oficina de Psicologia disponibiliza para os casos de

Bulimia e Ingestão Compulsiva, aceda a:

http://oficinadepsicologia.com/corpo/peso/comportamento-alimentar

http://oficinadepsicologia.com/corpo/peso/programa-paparocas

www.oficinadepsicologia.com

Joana Florindo - Psicóloga Clínica

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