estilistica da palavra- no

Post on 03-Jul-2015

609 Views

Category:

Documents

20 Downloads

Preview:

Click to see full reader

TRANSCRIPT

ESTILISTICA DA PALAVRA

ESTILÍSTICA DA PALAVRA

A Estilística léxica ou da palavra estuda os aspectos expressivos da palavra ligados aos seus componentes semânticos morfológicos.

Há dificuldade em precisar o conceito léxico. De acordo com Josete Rey Debave o léxico pode ser conceituado de três maneiras:

A) Conjunto de morfemas- unidades mínimas presas ou livres:

Morfemas de natureza lexical radicais, semantemas- lexemas- constituem as classes abertas.

Os de natureza (gramemas) classe fechada, restrita.

B) Conjunto de palavras de uma língua tem como imagem o dicionário.

C) Conjunto de unidades ou palavras de classe aberta- morfemas lexicais ou as palavras lexicais.

PALAVRAS GRAMATICAIS

São sinsemânticas, por serem significativas quando acompanhada de outras.

PALAVRAS LEXICAIS

Chamadas de lexicográficos, nocionais, reais, plenas, mesmo isoladas despertam uma representação.

Tonalidade emotiva - sentido das palavras. Palavras de sentido afetivo – expressivo –

emoção, sentimento. Palavras que expressam julgamento –

começadas de afetividade, julgamento pessoal ou adjetivos.

Ex: feio - bonito covarde – corajoso

Elementos de avaliação – não constituem o significado da palavra, mas esta anexado a ele.

Ex: palácio, mansão- ideia de riqueza, grandeza, luxo.

  Sentido avaliativo relacionado a afixo, acrescentado

a uma lexema por sufixo ou aprefixo. Ex: politicagem, politiquice, valor pejorativo.   Palavras evocativas- grande números de palavras

se deve a associação provocadas pela sua origem ou pela variedade linguísticas a que pertencem.

Ex: Os estrangeirismo, os arcaísmos, os termos dialetais, os neologismo, as gírias – transmitem apenas um significado, mas no remetem a uma época, lugar, meio social, cultural.

1.Estrangeirismo: batom, maiô, short, basquete 2.Indigenismos: “Na cabana silenciosa, medita o

velho pajé. Iracema está apoiada no tronco, que serve de esteio...”

3.Arcaísmo: Arruído, algures, alfim, azo, carpir (chorar) – memórias póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis).

4.Os regionalismo Ex: tangerinos - tocadores de gado – zuruó –

atarantando, aturdido, quando acompnahdo de outras.

  > A gíria Ex: gororoba – comida ruim piranha – prostituta

METÁFORA

A metáfora pode ocorrer em algumas classes gramaticais como: Substantivos, Adjetivos e verbos, porém a metáfora de substantivos possui relação entre dois substantivos real e imaginário, encontrando traços semelhantes entre si.

Ex. “Considero os homens equações do terceiro grau- equações psicológicas, está claro.”

METONÍMIA

A metonímia ocorre apenas com os substantivos no qual uma palavra A é substituída por outra realidade B unindo A e B no pensamento. No exemplo de Machado de Assis:

Ex. “ Elisiário sacou o botão de coral e disse que

me fosse calçar com ele”. Entende-se que Elisiário deu o botão de coral para o personagem pedindo-lhe para vender e comprar sapatos”.

SINONÍMIA E ESTILO

As palavras que são sinônimas uma têm qualidades que a outra não tem.

Ullman transcreve o esquema em que W.E. Collinson tentou mostrar as diferenças típicas entre sinônimos.

A-diferença objetiva em termo passa a ser mais geral que o outro: recusar / rejeitar. O termo geral substitui o mais específico: carro/ automóvel; crime/homicídio.

B-diferenças de intensidade abrangendo significados objetos. É o caso de: berrar/gritar; suplicar/ pedir; obeso/ gordo.

C-diferenças de teor emotivo como abandonar/deixar; beato/religioso; vicio/defeito.

D- Diferenças de valores invocativos: Termo profissional: óbito/morte;

cirurgia/operação. Um termo mais literário: ósculo/beijo;

lábaro/bandeira; Termo coloquial: bagunça/desordem;

grana/dinheiro; boia/comida; Termo local dialetal: peitica/implicância;

jerimum/abóbora;

SINÔNIMOS

PORTUGAL BRASIL PEÃO PEDESTRE PARVO BOBO BOLEIA CARONA MIÚDO CRIANÇA

ESTILISTICA DA FRASE

A EXPRESSIVIDADE LIGADA À ESTRUTURA DA FRASE

Bally explica a frase como forma de comunicação de pensamento caracterizada por uma melodia, podendo o pensamento ser um julgamento de fato (verdadeiro ou falso), um julgamento de valor (bom ou mau) ou uma volição (algo desejável ou indesejável).

O menino trabalha

Fato verdadeiro; entoação descendente, frase declarativa.

O menino trabalha!

(Fato que causa admiração, apreciação; entoação ascendente, frase declarativa.)

O menino trabalha?

(Fato que se quer esclarecer como verdadeiro ou falso; entoação ascendente; frase interrogativa)

ô menino, trabalha.

(Fato desejável, ordem; pausa após o vocativo, curva melódica, mais acentuada no verbo, elevação e queda mais intensas; frase imperativa).

A Frase completa simples tem um só verbo principal, que pode ser de significação gramatical ou de significação nacional.

As frases de predicado nominal podem ter valor intelectual quando exprimem um fato, uma classificação, uma definição ou uma descrição objetiva:

O sol é uma estrela (classificação) Estrela é o astro que tem luz própria (definição) A terra é redonda (descrição objetiva)

Frase Complexa

Como os termos da oração, as orações que entram numa frase também apresentam maior ou menor grau de dependência e coesão.

A Construção com coordenação assindética é mais comum

na língua oral, tem um tom mais espontâneo, menor rigor

lógico, é mais ágil, sugere a simultaneidade ou a rápida sequência dos fatos.

Amaro fungava, resmungava, franzia a cara cabeluda...

Se a coesão entre as orações é reforçada por nexo – a conjunção coordenativa -, temos a coordenação sindética. A conjunção mais frequente é, cujo valor fundamental é o de reunir fatos que se acrescentam (daí a classificação de aditiva), mas que pode estabelecer várias outras relações que se apreendem pela própria significação das orações.

“O professor falou e os alunos não ouviram” e tem o valor de mas, visto que há idéia de oposição entre as orações.

A Extensão dos Períodos

Não só importa o número das orações que se agregam, como também a extensão de cada uma e dos termos que as constituem, está relacionada com o gosto pessoal do escritor, com o estilo em voga na sua época, e ainda com o gênero da composição.

Frase de Dois Membros

Cada macaco em seu galho é mais impressivo que seria cada macaco deve ficar no seu galho.

É claro que a força expressiva está mais no sentido metafórico e valor tradicional, popular da frase feita, mas a estrutura também é importante. Muitas das frases deste tipo apresentam paralelismo que acentua uma ideia implícita de causa consequência, oposição, tempo, etc.

Muito riso, pouco siso. Filhos criados, trabalhos dobrados. Palavras loucas, orelhas moucas, Casa de ferreiro, espeto de pau.

Frase de um só membro.

Informações sumárias, avisos anúncios:

Fechado para o almoço Casa à venda

Elipse

A Elipse pode explicar-se por:

- Uma expressão hesitante ou truncada do pensamento:

“Eu só queria...” “É de uma beleza...”

Neste caso a entoação é de suspensão ou reticências.

Definições que originam substantivos. Automóvel por carro Sobretudo por agasalho

É também o caso de inúmeras monotonias:

Cristais = Copos de cristais Barão = com o retrato do Barão de Pio Branco, etc.

Movimentos afetivos: as locuções fraseológicas da linguagem exclamativa.

“Não é possível! Como?! Você aqui!” “Engraçadinho...”

São as clipes desse tipo que servem de função emotiva, e que mais endereçam a estatística.

São estudados os três casos da elipse: nominal, verbal e oracional.

Nominal: (Convidei cinco amigos para jantar, mas dois não puderam vir!”)

Verbal : “O que você estava fazendo?”

Oracional: “Ele chegou?” “Lendo.”

Há também grandes exemplos de elipse desordenados nos textos internets, elipse de palavras nacionais é rara em escritores novos.

“Num tão apartados”

- Elipse eufemísticos:

“Tu vendeu a mulher, é capaz de vender até hóstias de Deus.”

Elipse de adjetivos: “ Eu acho que nunca vi espigas de milho tão como as

de lá”

Tiros que o senhor ouviu foram de briga de homem não.

Exemplos de pleonasmo.

Na fraseologia popular encontro de números binários, como:

Belo e formoso; sem dó nem piedade são e salvo falou e disse.

a)Substantivo e adjunto.

Espiteto de natureza:

Todos nus e da cor da escura treva. Camões, Lusíadas)

Espiteto de com cognatos todos.Que horror dos horrores!

b) Substantivo e verbal:

A escuridão mais se escurece com as nuvens negras.

A Ordem dos termos é um aspecto de máxima relevância para a função estatística da frase e do texto.

Para explicações, mais detalhadas acrescentamos este capítulo, como leitura para uma boa apreciação, em uma série de tipos de frases, aprofundando os estudos na área estatística da frase.

top related